O látex, um componente da borracha natural produzido

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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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ALERGIAS AO LÁTEX...
UM PROBLEMA CADA VEZ MAIS PREOCUPANTE
O látex, um componente da borracha natural produzido pela
seringueira, é um produto com características especiais, por isso muito
utilizadas em produtos hospitalares e laboratoriais, tais como luvas
descartáveis, tubos, seringas, cateteres, roupas, bandagens, etc.
Alguns usuários desses produtos podem desenvolver alergias às
proteínas do látex, que vão desde reação alérgica discreta até reação
fatal.
COMPONENTES DO LÁTEX
O látex da borracha natural é um produto processado e derivado
da seiva leitosa da seringueira (Hevea braziliensis). O nosso maior
produtor é o Estado de São Paulo. O látex produzido por células
especiais é composto de diversas substâncias químicas, como lipídios,
fosfolipídios (gorduras) e proteínas, estas as responsáveis pela
sensibilização alérgica.
Existem mais de 100 plantas capazes de produzir látex, mas
poucas têm potencial para produzi-lo comercialmente como a
seringueira. A seiva leitosa da seringueira começa o processo de
estabilização, e para conservação do látex adiciona-se amônia. A
seguir adiciona-se um antioxidante (fenilenodiamina) e os
endurecedores (tiuram, carbamatos), os quais servem para dar as
propriedades desejadas ao látex, que assim pode ser moldado em
diferentes formas e tamanhos (bexigas, camisinhas, luvas...).
O látex natural é diferente da borracha sintética, derivada do
petróleo. Como a borracha sintética é diferente em composição, não
apresenta risco aos indivíduos sensíveis ao látex.
REAÇÕES ALÉRGICAS TARDIAS
DERMATITE DE CONTATO:
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a) Irritativa: uma pessoa pode apresentar irritação pelo uso de
luvas de látex. As lesões se caracterizam por vermelhidão, secura e
descamação nas mãos e, nos casos graves, vesículas (bolhas). Tais
alterações também podem ser provocadas pelo suor e pela coceira
embaixo da luva. Os resíduos de sabão ou de detergente em contato
com a superfície cutânea prolongada também irritam e coçam.
b) Alérgica: é uma resposta imune específica aos componentes
adicionados ou naturais do látex. Esta resposta é conhecida como
hipersensibilidade tardia. A dermatite alérgica eczematosa aguda do
dorso da mão freqüentemente forma bolhas, as quais surgem em 4896 horas após o uso de luvas de látex.
A exposição repetida da pele ao látex a torna seca, descamativa
e espessa. Os agentes provocadores da alergia são os aditivos
químicos ou qualquer outra substância adicionada ao látex. As reações
de contato irritante ou alérgica reduzem a barreira protetora da pele e
aumentam a absorção de substâncias químicas e proteínas,
aumentando o risco de uma pessoa tornar-se alérgica.
REAÇÕES ALÉRGICAS IMEDIATAS
As reações alérgicas imediatas são mediadas pelos anticorpos
específicos da classe IgE antiproteínas do látex. Uma vez sensibilizada
pelo látex, a pessoa pode desenvolver rinite, conjuntivite, urticária,
angioedema, asma e, no caso grave, choque anafilático.
Não é necessário o contato direto com produtos médicos para
alguém se sensibilizar ao látex. As proteínas alergênicas ao látex são
também absorvidas pelo talco das luvas, pois quando estas são
batidas formam aerossol, que é inalado. A exposição direta do látex
nas mucosas ou na superfície serosa também ocorre com o uso de
cateteres ou de luvas usadas pelos médicos durante cirurgias,
principalmente nas abdominais e urológicas.
Reações anafiláticas graves têm ocorrido em pessoas
sensibilizadas ao látex quando estas entram em contato com
diferentes produtos vaginais e com luvas usadas em procedimentos
médicos e tratamentos dentários.
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REAÇÕES CRUZADAS
Pessoas com alergia alimentar a banana, abacate, castanha,
abricó, kiwi, mamão-papaia, maracujá, abacaxi, pêra, nectarina,
ameixa, framboesa, melão, figo, uvas, batata crua, tomate e aipo
também podem apresentar reação cruzada ao látex (Kurup et al,
1994). Alguns pacientes alérgicos ao látex poderão apresentar reações
cruzadas com esses alimentos, enquanto outros não.
Ownby e colaboradores (1994), avaliando 1000 doadores
voluntários de sangue, identificaram 6,5% deles com anticorpos IgE
antilátex específico e sem antecedentes alérgicos.
AUMENTO DA PREVALÊNCIA
As pessoas que trabalham em hospitais, clínicas e laboratórios
médicos querem se proteger contra doenças infecciosas tais como as
hepatites, a aids e outros agentes infecciosos. Pressupõe-se que o
sangue e outros líquidos corpóreos humanos são potencialmente
contagiosos e perigosos, por isso o uso de luvas de látex se tornou
amplo. O resultado dessa política foi o aumento do número de
funcionários e pacientes expostos aos produtos derivados do látex.
INDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES DE RISCO À ALERGIA AO
LÁTEX
O paciente que apresenta alergia ao látex deve documentar a
ocorrência de reações aos produtos utilizados em cirurgia médica ou
odontológica e aos produtos usados rotineiramente como luvas, roupas
e brinquedos. As alergias mais comuns são dermatites de contato,
urticária e angioedema, rinite, conjuntivite, asma e choque anafilático.
Também
os
pacientes
que
apresentaram
reações
alérgicas/choque anafilático sem causa aparente em cirurgias, história
de múltiplas cirurgias, reações a certos alimentos e história presente
ou passada de doenças atópicas (asma, rinite e eczema) devem ser
avaliados.
PESSOAS A SEREM TESTADAS
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Na pessoa a ser testada deve-se incluir o teste de sensibilidade
aos aditivos da borracha e de reações alérgicas ao látex.
Aditivos de borracha: pessoa com eczema ou dermatite de
mãos expostas ao látex deve realizar consulta médica e os testes para
documentar ou não a sensibilidade ao látex. Os testes mais
apropriados nesses casos são os de contato “in vivo”, que são feitos e
interpretados de acordo com técnica padronizada.
O teste cutâneo imediato “in vivo”, feito e lido em 15-20
minutos, detecta anticorpos da classe IgE específico antilátex. Esse
teste é feito na pessoa portadora de rinite, asma ou eczema.
Teste de laboratório: é o exame “in vitro” para detectar
anticorpos IgE no sangue de pacientes alérgicos ao látex. Este teste é
feito quando os testes cutâneos imediatos forem considerados de risco
ou quando os testes cutâneos não estiverem disponíveis.
Consumidor dos seguintes alimentos, quando causam
urticárias, coceira nos lábios e na garganta ou sintomas mais graves
quando são ingeridos ou manipulados:
Frutas que provocam reações do tipo imediato:
Abacate
Kiwi
abacaxi
Maçã
Aipo
Maracujá
Ameixa
Melão
Avelã
Nectarina
Banana
Papaia (mamão)
Batatas (cruas)
Pêra
Castanha
Pêssego
Cenoura
Tomates
Cereja
Uva
damasco
Figo
Substâncias adicionadas ao látex que podem provocar dermatite:
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Carba mix
Etilenodiamina
Imidazoldinil uréia
mercaptobenzotiazol
Mercapto mix
Ortofenilenodiamina
Tiuram mix
Tricosan
Látex da luva
AS DÚVIDAS E PERGUNTAS DEVERÃO SER LEVADAS AO SEU ALERGISTA PARA ESCLARECIMENTO.
IMPORTANTE
As informações disponíveis no site www.alergiarespiratoria.com.br possui
caráter informativo e educativo. No caso de consulta procurar seu médico de
confiança para diagnóstico e tratamento.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Alergista - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)
Membro - World Allergy Organization (WAO)
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