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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
DIREÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
I JORNADA DE CARDIOLOGIA DO HUSM
12 E 13 DE JULHO DE 2013
AUDITÓRIO GULERPE- HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA/UFSM
REITOR
Prof. FELIPE MARTINS MÜLLER
VICE-REITOR
Prof. DALVAN JOSÉ REINERT
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
DIRETORA GERAL
Prof.ª ELAINE VERENA RESENER
DIRETOR ADMINISTRATIVO
JOÃO BATISTA DE VASCONCELLOS
DIRETOR CLÍNICO
ARNALDO TEIXEIRA RODRIGUES
DIRETORA DE ENFERMAGEM
SOELI TEREZINHA GUERRA
DIRETORA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Profª. BEATRIZ SILVANA DA SILVEIRA PORTO
I JORNADA DE CARDIOLOGIA DO HUSM
PRESIDENTE
SERGIO NUNES PEREIRA
COORDENAÇÃO GERAL: SERGIO NUNES PEREIRA
COMISSÃO ORGANIZADORA
COMISSÃO DA PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
ANAMARTA SBEGHEN CERVO
HELENA CAROLINA NOAL
ISABELLA MARTINS DE ALBUQUERQUE
NOELI TEREZINHA LANDERDAHL
SANDRA MARCIA SOARES SCHMIDT
SERGIO NUNES PEREIRA
THAIS CAUDURO DALLASTA
TIAGO JOSÉ NARDI GOMES
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS:
HELENA CAROLINA NOAL
ISABELLA MARTINS DE ALBUQUERQUE
SANDRA MARCIA SOARES SCHMIDT
SERGIO NUNES PEREIRA
TIAGO JOSÉ NARDI GOMES
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA E APOIO:
ALEXIA DA ROSA CAETANO
GLIMAR DE AQUINO DA SILVA
NAURA SILVIA MACHADO COUTINHO
LÍGIA REGINA PETIM DE OLIVEIRA
NOELI LANDERDAHL
ANDREI FAVARIN
ROSELAINE DOS SANTOS FÉLIX
IZABELLE BALTA ZUMBA - AC MED
DANIELA DA PIÉVE - AC MED
JANAINA SANTI TRENTIN - AC MED
MICHELINE SULZBACHER BATISTA - AC MED
DANIEL DE PAULA SANTANA - AC MED
COMISSÃO DE APOIO
COMUNICAÇÃO:
GRÁFICO,
DIVULGAÇÃO
JOSÉ ERION SOARES
IZLENE ZORTÉA
ANDRIELE MORO
ALESSANDRA PILAR CIOQUETA
MONITORES
NAIANE CAMPOS MACHADO – AC ENF
NATANNA DA ROSA - AC ENF
CARLA SILVEIRA DE OLIVEIRA - AC ENF
MICHELE CARVALHO KARKOW - AC ENF
MARIANE DA SILVA BARBOSA - AC ENF
PEDRO HENRIQUE CANOVA MOSELE - AC MED
RODRIGO MORAES REIS - AC MED
RAFAEL ALMEIDA DE ÁVILA - AC MED
RAPHAEL HEMANN PALMA - AC MED
RAFAELA ROLIM - AC MED
JOSÉ CARLOS RODRIGUES CHAVES JUNIOR- AC MED
EDUARDO LIBRELOTTO FERNANDES - AC MED
ELABORAÇÃO DOS ANAIS
HELENA CAROLINA NOAL
SANDRA MARCIA SOARES SCHMIDT
SERGIO NUNES PEREIRA
ISABELLA MARTINS DE ALBUQUERQUE
TIAGO JOSÉ NARDI GOMES
E
ASSESSORIA
DE
PROGRAMAÇÃO DA III SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM
Data: 12 e 13/07/2013
Local: Auditório Gulerpe
12/07/2013 - Sexta-feira
07h30min às 08h00min – Credenciamento
08h00min – Abertura
08h30min às 12h00 min – Sessão com Méd. Esp. Daniele Dias de Mattos
08h30min às 09h00min - Miniconferência: Implantação do Centro de Prevenção e
Reabilitação em Doenças Não Transmissíveis da UFSM
Presidente: Profª Drª Elaine Verena Resener – Diretora Geral do HUSM
Palestrante: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira HUSM – UFSM
09h00min às 09h30min – Miniconferência: Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica no
contexto da epidemia das Doenças Crônicas não Transmissíveis – DCNT no Brasil
Presidente: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira
Palestrante: Prof. Dr. Tales de Carvalho – UDESC – SC
09h30min – 10h00min – Intervalo
10h00min às 10h30min - Miniconferência: A Experiência do Centro Integrado de Medicina
do Exercício
Presidente: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira
Palestrante: Prof. Méd. Esp. Felix Albuquerque Drummond – Diretor Médico do Centro
Integrado de Medicina do Exercício - CIME e do Centro de Fisioterapia do Hospital Mãe de
Deus. Médico da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, responsável pela Clínica Pública de
Fisioterapia Esportiva. UCMD. Coordenador da Residência em Medicina Esportiva do
Hospital Geral de Caxias / Universidade Corporativa Mãe de Deus - UCMD.
10h30min às 11h00min – Miniconferência: Controvérsias em Cardiopatia Isquêmica
Presidente: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira
Palestrante: Prof. Dr. Paulo Fernando Dotto Baú
11h00min às 11h30min – Miniconferência: Abordagem da Dor Torácica na Sala de
Emergência
Presidente: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira
Palestrante: Méd. Esp. Diego Junier Roumow
12h00min – 13h30min – Intervalo para almoço
13h30min- 15h00min – Painel: O papel da atuação Multiprofissional na Cardiologia Intensiva
Moderador: Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira – HUSM-UFSM
Participantes:
Dr. Jones Oliveira de Moraes
Enfª. Ms. Luiza de Oliveira Pitthan
Ft. Esp. Simone Franciscatto Panno
Nut. Esp.Thaís Cauduro Dallasta
Ft. Ms. Christian Correa Coronel
15h00min – 15h30minh – Intervalo
15h30min às 17h00min – Colóquio: Aspectos da Reabilitação Cardíaca no HUSM
Moderador: - Prof. Dr. Tales de Carvalho
Participantes:
Prof. Dr. Paulo Ricardo Nazário Viecili
Prof. Méd. Esp. Félix Albuquerque Drummond
Méd. Esp. Camila Krebs de Mendonça
• Profª Drª Viviane Acunha Barbosa
• Profª. Drª.Isabella Martins de Albuquerque
• Prof. Dr. Luiz Osório C. Portela
• Psic. Quênia da Rosa Gonçalves
• Nut. Esp. Thaís Cauduro Dallasta
17h00min às 17h30min - Prevenção Cardiovascular - A experiência do Instituto de
Cardiologia de Cruz Alta
Presidente: Profª Drª Isabella Martins de Albuquerque
Palestrante: Prof. Dr. Paulo Ricardo Nazário Viecili
17h30min às 18h30min – Conferência: Perspectivas atuais e futuras da Prevenção de Doenças
Cardiovasculares no Brasil
Presidente: Prof. Dr. Sérgio Nunes Pereira
Palestrante – Prof. Méd. Esp. Jorge Ilha Guimarães, RS - Presidente da Sociedade Brasileira
de Cardiologia 2010-2011
13/07/2013: sábado
08h30min – 09h30min – Mesa redonda – Tópicos Atuais da Cardiologia
Moderador: Prof. Dr. Paulo Fernando Dotto Bau – CCS-UFSM
Participantes:
Prof. Dr. Mateus Diniz Marques – Tomografia Multislice e Ressonância Magnética
Dr. Romualdo Bolzani dos Santos – O papel da medida do FFR na conduta da cardiopatia
isquêmica
Méd. Esp. Gerson Pereira de Oliveira – Plastia valvar mitral
Méd. Esp. Ralf Stuermer – CRM com Mini-CEC
09h30min às 10h00min - intervalo para café
10h00min ás 11h00min – Conferência: Aspectos atuais no tratamento da cardiopatia
isquêmica
Presidente: Méd. Ms. Arnoldo Azevedo dos Santos
Palestrante: Prof. Dr. Jorge Ilha Guimarães – Porto Alegre, RS
11h00min às 11h30min – Conferência: Cirurgia segura – da teoria à prática
Presidente: Méd. Esp. Gerson Pereira de Oliveira
Palestrante: Enfª Ms. Luciana Bjorklund de Lima - Enfermeira do Hospital de Clínicas de
Porto Alegre
12h00min – 13h30min –Intervalo para almoço
TARDE:
Programação especial para participantes do evento e integrantes da comunidade, no Auditório
Gulerpe e Turma do Ique.
13h30min 15h30min – Oficina – Suporte Básico de Vida para Leigos – Prof. Dr. Sergio
Nunes Pereira e Enfa Esp. Noeli Terezinha Landerdahl
Local: Auditório Gulerpe
16h00min - 17h30min - Oficina: Alimentação Saudável – Nut. Esp.Thaís Cauduro Dallasta
Local: Turma do Ique
Apresentação dos trabalhos em Banner Digital no Auditório Londero – 3º Andar do HUSM
Auditório Londero: 13h00min às 17h30min
Coordenação: Enfª Ms. Helena Carolina Noal
18h00min - Encerramento Prof. Dr. Sergio Nunes Pereira
TRABALHOS APRESENTADOS
MODALIDADE RESUMO
1. V. V. B. MARTINI. A atenção domiciliar ao paciente cardiopata como uma estratégia
de humanização do cuidado. Coautores: M. A. LAMPERT; C. M. BRONDANI; S. J. S
RIZZATTI; L.DONATTI; L. G. CEREZER.
2. C.R. MALDANER. A vida após cirurgia de revascularização miocárdica. Coautores:
M. BEUTER; C. S JACOBI; M. A. SEIFFERT.
3. R.K. NASCIMENTO. Análise cienciométrica da produção científica do centro de
ciências da saúde da UFSM em cardiologia. Coautores: L.C. PAULESKI; V.V.
WIERZBICKI; M.M. DALL’AGNOL.
4. C.S.P. RIBEIRO. Análise da capacidade respiratória pulmonar de pacientes
submetidos à reabilitação cardiopulmonar. Coautores: G.B. VIERA; V.P.ANTUNES; J.
R.S MACHADO; C. G. MAI; J.F. BIAZUS.
5. C.S.P. RIBEIRO. Análise do desempenho aeróbico e da força muscular respiratória de
pacientes submetidos à reabilitação cardiopulmonar. Coautores: G.B. VIERA;
V.P.ANTUNES; J. R.S MACHADO; C. G. MAI; J.F. BIAZUS.
6. C.S.P. RIBEIRO. Associação entre biomarcadores de estresse oxidativo e hipertensão
arterial em idosos ribeirinhos da Amazônia. Coautores: G.B. VIERA; V.P.ANTUNES;
J. R.S MACHADO; C. G. MAI; J.F. BIAZUS.
7. G.C. OLIVEIRA. Atuação da fisioterapia no programa multidisciplinar de reabilitação
cardíaca-revicardio (HUSM). Coautores: A.S. MACHADO; T.D. SANTOS; T.J.N.
GOMES; S.N. PEREIRA; I. M. ALBUQUERQUE.
8. J. D. SANTOS. Atuação do enfermeiro de unidade de emergência frente ao cliente
com infarto agudo do miocárdio. Coautores: F. TOLFO; L. A. WILHELM.
9. S.K.SEFRIN.
Diabete mellitus gestacional: um risco aumentado para
desenvolvimento subsequente do diabetes mellitus tipo 2. Coautor: F.R. SANTOS.
o
10. B.M.LIMA. Diagnóstico diferencial entre miocardiopatia hipertrófica e cardiopatia
hipertensiva: relato de caso no Hospital Universitário de Santa Maria. Coautores: A.
FALLER, P. ARCENO, A.L. TRINDADE, C.A. ROCKENBACH, V. WIERZBICKIR.
M. COPÊS.
11. L. RAHMEIER. Diferenças pressóricas durante o sono em homens com apneia do
sono. Coautores: R. BONDAN; C.S. FLECK; A.M. PICCININI; D. MARTINEZ.
12. C.M. SANTOS. Displasia de válvula tricúspide intra útero: relato de caso. Coautores:
W.M. SANTOS; C. PIGATTO; M. FELTRIN; L.F. SANTOS; F.M.P. GALARRETTA.
13. P. T. BIRK. Disposições de sentido à multidisciplinaridade junto ao programa medida
certa da rede globo de televisão. Coautores: C. F.TONIAL; G. B. SCHMITZ; G.
PEDROTTI; J. DALLA VECCHIA; M. M. MOREIRA; A.G. SCHMITZ FILHO.
14. D. DA PIÉVE. Endomiocardiofibrose no Hospital Universitário de Santa Maria- um
relato de caso. Coautores: I. B. ZUMBA; J. S. TRENTIN; M. S. BATISTA; R. M.
ROLIM; S. N. PEREIRA.
15. C.R. MALDANER. Enfermagem na cardiologia de adultos e idosos: tendências na
construção do conhecimento no Brasil. Coautores: M. BEUTER; C. S JACOBI; M.
A.SEIFFERT.
16. J.S.TRENTIN. Infecção de marcapasso e endocardite associadas: um relato de caso.
Coautores: I.B. ZUMBA; D.D. PIEVE; S.N. PEREIRA.
17. C. ZAKI. Influência da depressão maior na morbimortalidade cardiovascular.
Coautores: G. M. COSTA; L. W. SANTOS; T.J.N. GOMES; D.L. ZANCHET; P. M.
COSTA.
18. L. C. DAL OSTO. Interação medicamentosa dos antagonistas dos canais de cálcio
com o suco de pomelo: uma revisão. Coautores: M. R. SAGRILO; N. BERLT; L. W.
SANTOS; M. E. BARBOSA; P. M. COSTA.
19. M.S.VICENTE. Levantamento dos fatores de risco pregressos em participantes da
reabilitação cardíaca no HUSM. Coautores: T.D. SANTOS; T.J.N. GOMES; S.N.
PEREIRA; I.M.ALBUQUERQUE.
20. P. ZORZO. O efeito de uma dose alta de vitamina D na pressão arterial sistêmica.
Coautores: P.O.BORGES; A.A.S.CODEVILLA; G.R.R.SARTORI; F.W.LANGER;
M.O.PREMAOR.
21. M.A.CASSANEGO. O benefício de um programa de treinamento de fisioterapia no
pré-cirúrgico cardíaco. Coautores: L. A. ZIEGLER; I. G. RIBEIRO; C. C.
DORNELES.
22. I. G. RIBEIRO. Obesidade como fator de risco para doenças cardiovasculares.
Coautores: L. ZIEGLER; M. DE ALMEIDA; CASSANEGO, D.W.R. FERRER; D.I.
ROCHA; C.C.DORNELES.
23. C.FROEMMING. Papel da fisioterapia na fase II do programa de reabilitação cardíaca
(revicardio): relato de experiência. Coautores: M.G.MARQUES, R.B. BERTAZZO,
R.C.MICHELON, S.N.PEREIRA; T.J.G.NARDI.
24. G.R.R.SARTORI. Prevalência de doenças cardiovasculares em mulheres na pósmenopausa em Santa Maria. Coautores: A.A.S. CODEVILLA; F.W.LANGER; A. R.
VIEIRA; R.M.COPÊS; M.O.PREMAOR.
25. M.A.C.ALFREDO. Prevenção de doenças cardiovasculares em populações pediátricas
obesas e com sobrepeso. Coautores: N.K.F.ARAÚJO; I.B.M. CRUZ.
26. R. PALMA. Projeto reanima! Uma revisão sistemática da literatura sobre ensino de
reanimação cardiopulmonar a alunos do ensino médio. Coautores: REIS, P. MOSELE;
R. DE AVILA; M. DALL’AGNOL.
27. J.C.R.C.JÚNIOR. Relação entre o índice tornozelo braquial e circulação periférica
inferior. Coautores: D.P. SANTANA; E.L. FERNANDES; I.B. ZUMBA; R.M.
ROLIM; S.N. PEREIRA.
28. J.PARCIANELLO. Revisão de literatura: obesidade infantil e riscos cardiovasculares.
Coautores: G.B.SCHMITZ; J.A. CARVALHO; L.G.PAIVA; L.B. FRIEDRICH.
29. M.S. BATISTA. Resultados do serviço de cardiologia do HUSM no período de 2006 a
2012. Coautores: D. Da PIÉVE, I. B. ZUMBA, J. S. TRENTIN, J. C. R. C. JUNIOR,
S. N. PEREIRA.
30. J.D. SANTOS. Síndromes hipertensivas da gestação: revisão de literatura. Coautores:
L. A. WILHELM; L. B. RESSEL; K. C. POMPEU.
31. C.M. SANTOS. Síndrome de Taussig Bing: relato de caso. Coautores: W.M.
SANTOS; C. PIGATTO; M. FELTRIN; L.F. SANTOS; F.M.P. GALARRETTA.
RESUMOS
A ATENÇÃO DOMICILIAR AO PACIENTE CARDIOPATA COMO UMA
ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO.
V. V. B. MARTINI1; M. A. LAMPERT2; C. M. BRONDANI3; S. J. S RIZZATTI4; L.
DONATTI5; L. G. CEREZER6
1
aluna do Curso de Graduação em Enfermagem, Bolsista do Programa de Iniciação Científica do Hospital
Universitário de Santa Maria. E-mail: [email protected]
2
orientadora do Projeto de Pesquisa: Cuidado ao doente Crônico: a Atuação interdisciplinar como espaço
potencializador de transformação. Médica preceptora do SIDHUSM. Doutora em Clínica Médica - área de
concentração em geriatria PUCRS.
3
enfermeira assistencial do Hospital Universitário de Santa Maria - SIDHUSM, doutoranda do DINTER - Novas
Fronteiras - UFSM, UNIFESP, EEAN.
4
enfermeira assistencial do Hospital Universitário de Santa Maria - SIDHUSM, mestranda do PPGENF - UFSM.
5
assistente Social do Hospital Universitário de Santa Maria – SIDHUSM, Especialista em Saúde da Família UNINTER.
6
fisioterapeuta do Hospital Universitário de Santa Maria-SIDHUSM, Especialista em fisioterapia
cardiorrespiratória – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, IC/FUC.
Introdução: As doenças crônicas, dentre essas as cardiovasculares, constituem um desafio para
o sistema de saúde mundial, uma vez que são de tratamento longo e geradoras de
incapacidades. Dessa forma, modelos alternativos estão sendo implementados, como os de
atenção domiciliar, a fim de dar conta dessa demanda, buscando continuidade do tratamento e
envolvendo a família nos cuidados. Justificativa: Considerando os serviços de atenção
domiciliar como uma modalidade complementar à internação hospitalar, que objetiva a
redução do período de internação, a humanização da atenção, a desinstitucionalização e a
ampliação da autonomia dos usuários, realizou-se o presente recorte de pesquisa. Objetivo:
Demostrar a prevalência de pacientes internados no Serviço de Internação Domiciliar do
Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM) portadores de alguma cardiopatia e
destacar a importância desse serviço na humanização do cuidado. Metodologia: Trata-se de
um estudo descritivo e transversal, um recorte do projeto de pesquisa: “Cuidado ao doente
crônico: a atuação interdisciplinar como espaço potencializador de transformação”, com
CAAE 0069.0243.000-11. A amostra foi constituída por pacientes internados no SIDHUSM,
no período de 1º de setembro de 2011 a 31 de agosto de 2012. As informações foram
coletadas nos prontuários dos pacientes, com posterior análise, utilizando-se o software SPSS
20.0. As variáveis utilizadas foram: patologias de base, com quem reside e plano de cuidado.
O plano de cuidado é individualizado, embasado nas necessidades de saúde dos pacientes e
cuidadores, diagnosticadas no momento da admissão e durante as visitas domiciliares da
equipe interdisciplinar, com revisão semanal. Resultados: Ocorreram 125 internações nesse
período, sendo 14 reinternações, totalizando 111 pacientes. Destes, 19 pacientes (17,1%)
possuíam alguma patologia cardiovascular, sendo 4 encaminhados pelo Serviço de
Cardiologia e os demais pelo Serviço de Medicina Interna. Dentre esses, 18 residiam com a
família (94,7%). Quanto às cardiopatias encontradas: 17 pacientes possuíam Hipertensão
Arterial Sistêmica, 9 Insuficiência Cardíaca, 6 Fibrilação Atrial, 1 Cardiopatia Isquêmica e 1
Estenose Mitral. Observou-se que 9 possuíam apenas uma patologia (HAS), 5 tinham 2
patologias e 5 possuíam 3 ou mais patologias cardíacas associadas. Em 12 (63,1%) pacientes
foi implementado um plano de cuidado relacionado à aderência ao tratamento, 12 (63,1%)
necessitavam de adaptação à necessidade de cuidados, 14 (73,7%) reabilitação, 3 (15,8%)
cuidados paliativos e um (5,2%) com abordagem de terminalidade. Conclusão: As
necessidades mais frequentes dos pacientes encaminhados estavam relacionados à
reabilitação, aderência e adaptação ao nível de cuidados, demostrando a complexidade e
importância da continuidade de assistência após a alta hospitalar, podendo evitar
reinternações. Dessa forma, o trabalho interdisciplinar realizado no domicilio pela atenção
domiciliar, possibilita o exercício da integralidade e a humanização do cuidado.
Descritores: serviços de assistência domiciliar, doença crônica, humanização da assistência,
doenças cardiovasculares.
A VIDA APÓS CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA.
C.R. MALDANER1; M. BEUTER2; C. S JACOBI3; M. A. SEIFFERT3
1
Relator: Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). [email protected].
2
Orientadora: Enfermeira. Doutora em Enfermagem (UFSM).
3
Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da UFSM.
INTRODUÇÃO: Os indivíduos que se submetem a cirurgia de revascularização miocárdica
(CRM) enfrentam diversas mudanças no cotidiano. Assim necessitam realizar adaptações na
vida após a alta hospitalar, para dar continuidade a sua vida de maneira saudável.
JUSTIFICATIVA: No domicílio os indivíduos pós CRM não terão o suporte da equipe
multiprofissional, que tinham durante a internação. No período de recuperação da cirurgia de
revascularização miocárdica é necessário que o sujeito assuma o compromisso com o seu
cuidado, tome posse de sua vida e sinta-se responsável pelo seu tratamento. OBJETIVO:
Compreender como ocorre o cuidado de si de indivíduos que se submeteram à cirurgia de
revascularização miocárdica, após a alta hospitalar. METODOLOGIA: Projeto de pesquisa de
mestrado em Enfermagem, a ser desenvolvido durante o ano de 2013. O estudo será realizado
por meio de uma pesquisa de campo, descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa O
local será o ambulatório de pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas do Hospital
Universitário de Santa Maria - HUSM. Os sujeitos do estudo serão adultos e idosos, que
realizaram cirurgia de revascularização miocárdica no HUSM. A coleta de dados será
realizada por meio de uma entrevista narrativa com gravação em áudio, levantamento de
dados para a caracterização sociodemográfica, além de consulta ao prontuário. Os dados
obtidos na entrevista serão transcritos e submetidos à análise temática. Este estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria, sob o
número CAAE 10993912.6.0000.5346. RESULTADOS: O aprofundamento do conhecimento
da temática em pauta trará contribuições para o desenvolvimento do cuidado integral ao
paciente revascularizado, possibilitando assim, que os profissionais compreendam qual o
suporte necessário na continuidade da vida desses indivíduos, após esse evento cardiológico,
para que esse enfrentamento seja o menos traumático possível. CONCLUSÃO: Os resultados
dessa pesquisa irão compor uma dissertação de mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Portanto, pretende-se
contribuir na atuação de enfermeiros no cuidado a pacientes que se submeteram à cirurgia de
revascularização miocárdica, no sentido de conhecer as lacunas existentes nesse cuidado.
Além disso, possibilitar a identificação de estratégias de atuação da enfermagem no incentivo
ao cuidado de si e na efetiva autonomia desses indivíduos, visando à qualidade de vida dos
sujeitos.
Descritores: Enfermagem, Cuidados de Enfermagem, Revascularização Miocárdica,
Autonomia Pessoal, Cardiologia.
ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CENTRO DE
CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UFSM EM CARDIOLOGIA.
R.K. Nascimento¹; L.C. Pauleski²; V.V. Wierzbicki²; M.M. Dall’Agnol3
1
graduanda em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria, [email protected].
graduando em medicina pela Universidade Federal de Santa Maria.
3
orientadora, Professora Adjunta do Departamento de Saúde da Comunidade, Grupo de Pesquisas EPICENTRO,
Universidade Federal de Santa Maria.
2
A cienciometria é um ramo das Ciências da Informação que estuda aspectos quantitativos da
produção científica, permitindo o vislumbre da amplitude e da natureza das pesquisas
desenvolvidas por uma instituição, por seus pesquisadores ou por temáticas do conhecimento.
O Grupo de Pesquisas Epicentro vem utilizando essa metodologia para mensurar a produção
científica do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Maria. O
objetivo do presente trabalho é conhecer a produção científica dos professores do CCS em
Cardiologia, a partir do PubMed. Esta investigação buscou as publicações dos professores
ativos em abril de 2012, desde o seu ingresso na docência na UFSM e indexadas na base de
dados PubMed até 31 de maio de 2012. Dentre estas, foram selecionadas as que abordavam
doenças cardiológicas e seus fatores de risco. Essa busca ocorreu a partir dos nomes dos
docentes e foi confirmada nos seus currículos Lattes. Entre a produção dos 299 professores
do CCS, foram encontradas 52 publicações relacionadas à cardiologia, classificadas nas
seguintes categorias: dois artigos de estudos epidemiológicos sobre doenças cardiológicas
(4%), 24 artigos de estudos epidemiológicos que de alguma forma abordavam fatores de risco
para doenças cardiológicas (46%) e 26 artigos sobre estudos in vitro ou com animais sobre
fisiopatologia ou farmacologia de doenças cardiológicas ou seus fatores de risco (50%). A
distribuição desta produção pelos 17 departamentos do CCS mostra que o de Análises
Clínicas e Toxicológicas é o mais produtivo, concentrando 38,6% dos artigos, seguido dos
departamentos de Morfologia (25,0%), Fisiologia e Farmacologia (11,5%), Clínica Médica
(9,6%), Microbiologia e Parasitologia (5,8%), Cirurgia (3,8%), Farmácia Industrial (3,8%) e
Patologia (1,9%). Esse estudo possibilitou uma visualização concisa e a divulgação da
produção científica acumulada sobre cardiologia no CCS. As doenças isquêmicas do coração
ocupam as principais causas de óbito no Brasil e marcadamente no Rio Grande do Sul
(52/100.000 habitantes e 73/100.000, respectivamente, em 2010). Soma-se a isso, o
incremento da morbidade por essas doenças, diante do aumento da expectativa de vida do
brasileiro. Assim, identifica-se a necessidade de intenso estímulo para que investigações
científicas sejam conduzidas na área da Cardiologia, com fomento para apoio à produção
científica e subsídio a educação continuada dos docentes, graduandos e pós-graduandos para
pesquisa.
Descritores: cienciometria, cardiologia, produção científica, análise métrica.
ANÁLISE DA CAPACIDADE RESPIRATÓRIA PULMONAR DE
PACIENTESSUBMETIDOS À R EABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR
C.S.P. RIBEIRO1; G.B. VIERA2; V. P. ANTUNES3; J. R.S MACHADO4; C. G. MAI5; J.F.
BIAZUS6
1
Acadêmica Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- [email protected]
Acadêmica Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
3
Professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
4
Orientador- Professor do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano-UNIFRA
5
Professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
6
Professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
2
INTRODUÇÃO: Os sistemas cardiovascular e pulmonar são essenciais para a função
respiratória normal, sendo responsáveis pela distribuição de oxigênio oriundo da atmosfera
até os músculos esqueléticos. A função dos músculos respiratórios pode estar afetada na
presença de doenças relacionadas ao sistema cardíaco. Situação em que os pacientes podem
apresentar fraqueza e falência da musculatura respiratória. Um programa de treinamento
muscular específico para musculatura respiratória melhora a força muscular, a capacidade
funcional e a qualidade de vida de pacientes. A espirometria é um teste que auxilia na
prevenção e permite o diagnóstico e a quantificação dos distúrbios ventilatórios, permitindo
medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo que os valores
obtidos devem ser comparados a valores previstos adequados para a população avaliada.
JUSTIFICATIVA: O presente relato justifica- se pela importância da análise da capacidade
respiratória em pacientes com alterações cardiovasculares. OBJETIVO: Analisar a capacidade
pulmonar de pacientes com alterações cardiovasculares submetidos a um programa de
reabilitação cardiopulmonar. METODOLOGIA: Os pacientes foram submetidos ao teste de
espirometria, comparando os valores previstos para a respectiva idade com o resultado obtido
pelos mesmos, todos estando clinicamente estáveis. Para avaliar o volume pulmonar foi
utilizado um espiromêtro da marca ONE FLOW FVC. Para realizar o teste foi solicitado
ao indivíduo para espirar através de um bucal conectado ao espirômetro.Para o registro dos
volumes foi considerado o valor mais alto, com uma variação de menos de 10% entre eles.
Os integrantes participam semanalmente de um programa de reabilitação cardiopulmonar.
RESULTADOS: A amostra foi constituída de 3 pacientes com média de idade de 40 anos.
Para o individuo A o previsto era 570 vol/min, sendo que o mesmo conseguiu atingir 571
vol/min; o individuo B atingiu 315 vol/min, sendo que o esperado para a sua idade era 310
vol/min; o individuo C atingiu 375vol/min, sendo o valor predito 362 vol/min.
CONCLUSÃO: Observou- se que os participantes de um programa de reabilitação
cardiopulmonar apresentam sua capacidade pulmonar preservada, quando avaliada através do
teste de espirometria, ultrapassando os valores previstos para suas faixas etárias.
Descritores: Reabilitação, Doenças Cardiovasculares, Exercício.
ANÁLISE DO DESEMPENHO AERÓBICO E DA FORÇA MUSCULAR
RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS À REABILITAÇÃO
CARDIOPULMONAR
C.S.P. RIBEIRO1; G.B. VIERA2; V. P. ANTUNES3; J. R.S MACHADO4; C. G. MAI5; J.F.
BIAZUS6
1
acadêmica Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- [email protected]
acadêmica Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
3
orientadora- Professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano-UNIFRA
4
professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
5
professora do Curso de Fisioterapia- Centro Universitário Franciscano- UNIFRA
2
INTRODUÇÃO: Estimativas apontam que até 2030 as mortes causadas por doenças
cardiovasculares ultrapassarão 24 milhões/ano, situando- se entre as principais causas de
gastos com assistência médica. É inegável a influência que o estilo de vida acarreta no
desenvolvimento e evolução das cardiopatias. A reabilitação cardiopulmonar caracteriza- se
por ser um processo de terapia multidisciplinar para desenvolvimento e manutenção dos
níveis de atividade física, social e psicológica, após o início de doenças multifatoriais.
Objetiva obter melhora nas atividades de vida diária, mantendo um acompanhamento
adequado e monitorado para a realização do treinamento físico. JUSTIFICATIVA: O presente
relato justifica- se pela importância que o impacto dos programas de reabilitação
cardiopulmonar tem na qualidade de vida de seus participantes. OBJETIVO: Analisar o
desempenho dos pacientes submetidos à reabilitação cardiopulmonar quanto a sua capacidade
aeróbica e força muscular respiratória. METODO LOGIA: Este programa de reabilitação
conta com duas sessões semanais com duração de uma hora. Os pacientes são submetidos a
exercícios respiratórios e aeróbicos, em ambiente aquático e solo, tendo seus sinais vitais
monitorados durante toda a aplicação do protocolo. Os participantes são aceitos para o
programa após liberação médica. O protocolo teve duração de 16 semanas. Os mesmos foram
submetidos aos testes de TC6 e Manovacuometria pré e pós-aplicação do protocolo, todos
estando clinicamente estáveis. O TC6 foi realizado em uma pista com 32 metros e as pressões
respiratórias foram avaliadas com manovacuômetro digital modelo MVD- 300. Paro o
registro das pressões foi considerado o valor mais alto, com uma variação de menos de 10%
entre elas. RESULTADOS: Foram comparados através da média aritmética e comparação
simples. Resultados: A amostra foi constituída de 5 pacientes com média de idade de 60 anos.
No teste submáximo percorreram 944 metros pré e 1008 metros pós- protocolo. Na análise da
força muscular respiratória apresentaram melhora nas pressões inspiratória e expiratória
máximas, na comparação pré e pós- protocolo. CONCLUSÃO: Os programas de reabilitação
cardiopulmonar trazem benefícios para a qualidade de vida de seus participantes.
Proporcionam a manutenção e a melhora do estado de saúde dos pacientes, podendo ter
respostas positivas em relação ao desempenho aeróbico, bem como a força muscular
respiratória.
Descritores: Reabilitação, Doenças Cardiovasculares, Exercício.
ASSOCIAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA
N.K.F. ARAÚJO1a; A. R. OLIVEIRA2a; T. O. SILVA2a; E. RIBEIRO2b; E. A. M. RIBEIRO2b;
M. F. M. CATTANI2a;I. B. M. CRUZ3a
1
– Autor Principal - [email protected]
– Coautor
3
– Orientador
a-Universidade Federal de Santa Maria.
b-Universidade Federal do Amazonas.
2
Descritores: Óxido Nítrico; Estresse Oxidativo; Hipertensão; Introdução: O controle tecidual
do fluxo sanguíneo é modulado pelas células endoteliais que exercem funções anticoagulante,
vasodilatadora e anti-inflamatória. Tais mecanismos são controlados, majoritariamente, pelo
óxido nítrico (ON), responsável pelo grau de relaxamento e contração da parede arterial. No
endotélio de pacientes hipertensos, a síntese de ONp pode ser diminuída, enquanto a presença
de espécies reativas de oxigênio são aumentadas, favorecendo a disfunção celular. Dessa
forma, faz-se necessário estudo para avaliar a associação do ONp com a HAS, principalmente
em idosos devido a elevada prevalência, visto que muitos fatores podem incidir sobre os
níveis do ONp. Objetivo: Analisar a relação entre ON, um biomarcador plasmático do estresse
oxidativo, com os níveis elevados de pressão arterial sistêmica em idosos ribeirinhos da
Amazônia. Metodologia: Investigou-se uma sub-amostra de 593 idosos (275 homens/318
mulheres), inseridos na Estratégia de Saúde da Família do município amazonense (MauésAM) com idade média de 72,28 ± 8,05 anos. Nesses voluntários se aplicou entrevista
estruturada para avaliar história clínica e estilo de vida, assim como avaliações
antropométricas e bioquímicas relacionadas ao estudo, entre elas, o aferimento da pressão
arterial sistólico-diastólica (PAS/PAD), realizada por dois profissionais da saúde em dois
momentos distintos, seguindo as instruções da V Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
Os níveis de Óxido Nítrico Plasmático (ONp) foram bioquimicamente determinados por
espectrofotometria, a partir dos valores obtidos, os idosos foram agrupados segundo níveis
elevados do ONp, representando o percentil 75, determinada para ambos sexos, sendo então
comparado os níveis de PAS/PAD, bem como de outros marcadores do estresse oxidativo
como lipoperoxidação (TBARS). Potenciais fatores intervenientes nos resultados obtidos
foram testados via análise multivariada por regressão logística. Resultados: Os níveis médios
de ONp foram de 32,82 ± 26,46, com um valor de percentil 75, de 41 para homens e 45 para
as mulheres. Nos homens, níveis elevados de PAS (> 140 mm/Hg) foram associados a níveis
elevados de ONp, independente da idade, história de hipertensão, diabetes, obesidade e outras
doenças cardiovasculares. Nas mulheres tal associação não foi observada. Conclusões: Os
resultados sugerem que ONp pode indicar em homens idosos, PAS não controlada,
independente de outros fatores de risco cardiovascular.
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR
DEREABILITAÇÃO CARDÍACA-REVICARDIO (HUSM)
G.C. OLIVEIRA¹; A.S.MACHADO²; T.D. SANTOS³; T.J.N.GOMES 4; S.N. PEREIRA5; IM.
ALBUQUERQUE6
¹acadêmica do 6° semestre de fisioterapia, UFSM.
²acadêmica do 8° semestre de fisioterapia, UFSM.
³acadêmica do 7° semestre de fisioterapia, UFSM.
4
prof. Ms. do curso de fisioterapia,UFSM.
5
prof. Dr. do curso de medicina,UFSM.
6
prof.ª Drª do curso de fisioterapia,UFSM.
IntroduçãoA organização mundial da Saúde (OMS) define a Reabilitação Cardíaca (RC) como
a soma de atividades necessárias para garantir aos pacientes cardíacos as melhores condições,
mentais e sociais possíveis para que eles consigam levar uma vida ativa e de qualidade. No
Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) a RC é promovida através do Programa
Multidisciplinar de Reabilitação Cardíaca (REVICARDIO),onde atuam acadêmicos e
profissionais de diversas áreas da saúde. Nesse estudo, damos enfoque ao trabalho realizado
pela fisioterapia nas fases II e III da RC.JustificativaA atividade física é um componente
central da RC que atua no cuidado ao cardiopata (prevenção secundária) e também como fator
preventivo (prevenção primária) em portadores de risco para doenças cardiovasculares.
Objetivo: O presente estudo tem por objetivo relatar as atividades físicas realizadas na Fase II
e na Fase III do REVICARDIO. Metodologia Tendo como base a experiência no
REVICARDIO, as acadêmicas de fisioterapia relatam os procedimentos realizados nas Fases
II e III da RC. Resultados A RC tem como objetivos melhorar a capacidade funcional do
indivíduo, preparando-o para o retorno de suas atividades de vida diária ou do trabalho,
proporcionando assim um condicionamento cardiovascular. Por esse motivo é dividida nas
fases: Fase I (aguda) período de internação hospitalar; Fase II constitui-se na fase de
convalescença, em ambiente domiciliar ou em ambulatório monitorizado; Fase III
denominada Reabilitação em fase crônica, a partir do terceiro mês pós-evento cardíaco; na
Fase IV o paciente pode realizar atividades liberadas pelo médico sem monitorização ou sem
supervisão. A fase II é realizada no HUSM, sendo as atividades desenvolvidas no ambulatorio
da fisioterapia, tendo início tão logo o paciente receba alta da fase I. Nesta fase as atividades
físicas incluiem exercícios predominantemente aeróbicos (cicloergometro, esteira
ergometrica) e de força, com baixa intensidade (fotalecimento de membros inferiores e
superiores), com exercícios supervisionados e prescritos de forma individual, acompanhados
de monitorização dos sinais vitais (pressão arterial, frequencia respiratoria, saturação
periférica de oxigenio e frequencia cardiaca).Já a fase III acontece geralmente em ambientes
comunitários (academia) de forma organizada e supervisionada. Neste programa, os
pacientes são mais estáveis e fortes fisicamente. A intensidade nesta fase do programa está em
torno de 70% da freqüência cardíaca máxima, podendo ser ajustada até 85%. É importante
mencionar que a intensidade deve ser personalizada e evoluir gradativamente.ConclusãoA RC
é indispensável para a melhora de condições não somente cardiovasculares como também
sociais e mentais. A atividade realizada pela fisioterapia no REVICARDIO proporciona aos
pacientes uma melhora na capacidade funcional e a eficiência do sistema cardiorrespiratório
através de atividades aeróbicas incrementadas de forma gradual conforme a evolução de cada
paciente.
Descritores: Fisioterapia, Reabilitação, Doenças Cardiovasculares.
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO DE UNIDADE DE EMERGÊNCIA FRENTE AO
CLIENTE COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
J. D. SANTOS1; F. TOLFO2; L. A. WILHELM3
1
relatora. Acadêmica do 6° semestre de Enfermagem. Universidade Federal de Santa Maria -UFSM. E-mail:
[email protected]
2
orientador. Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem. UFSM.
3
enfermeira. Mestranda em Enfermagem. UFSM.
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares representam um grave e significativo problema
de saúde pública, representando uma importante causa de mortalidade em todo o mundo.
Dentre estas doenças, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é responsável por elevada taxa de
prevalência e mortalidade nos contextos intra ou pré-hospitalares. É caracterizado pela
necrose celular da musculatura cardíaca causado pela interrupção do fluxo sanguíneo
coronariano que nutre o coração. Frente ao exposto, é relevante que o profissional enfermeiro
em unidade de emergência atue de forma rápida e eficaz, dotado de competência técnicocientífica, ética e humanística, sendo que, na maioria dos casos, o enfermeiro presta os
primeiros cuidados aos pacientes que chegam à unidade de emergência. JUSTIFICATIVA:
Justifica-se a relevância deste trabalho, uma vez que o enfermeiro deve estar atuando a frente
desta patologia, pois quanto mais cedo é a identificação e tratamento do IAM, melhor é o seu
prognóstico. OBJETIVO: Identificar , segundo a literatura, a conduta do enfermeiro em
unidade de emergência frente ao paciente infartado. METODOLOGIA:Trata-se de uma
revisão de literatura a partir de artigos científicos publicados na base de dados US National
Library of Medicine National Institutes of Health (PUBMED). RESULTADOS: Entre os
artigos analisados evidenciam-se alguns cuidados importantes prestados pelo profissional
enfermeiro. Dentre eles, encontram-se a correta identificação de sinais e sintomas frente ao
IAM, sendo que, os sintomas mais presentes no IAM são a dor precordial intensa em aperto
ou esmagamento, irradiação da dor para o membro superior esquerdo, pescoço e/ou
mandíbula, e, ocasionalmente, náuseas, vômito e epigastralgia. Ao exame físico, ainda podese perceber presença de batimentos cardíacos com B3, B4 e o início recente de um sopro. A
percepção da necessidade da realização precoce do eletrocardiograma (ECG) é também
apontada como importante atuação do enfermeiro nessa situação de emergência, uma vez que
através da análise de toda a atividade elétrica cardíaca e identificação de distúrbios de ritmo,
condução e eventos isquêmicos, o enfermeiro possa identificar estas alterações e construir um
plano de cuidados de enfermagem adequado às especificidades do IAM. Ainda, frente ao
cliente portador de IAM, é imprescindível que o enfermeiro garanta o suporte ventilatório
necessário, participando ativamente da administração de oxigênio, conforme prescrição
médica, objetivando a melhora da oxigenação cardíaca e consequentemente a diminuição da
carga de trabalho do músculo cardíaco. Cabe ainda como atuação do enfermeiro a garantia de
um acesso venoso periférico calibroso para a administração dos medicamentos necessários
para a reabilitação do cliente, tais como, agentes trombolíticos e o seu efeito anticoagulante e
medicamentos com efeito analgésico, como o sulfato de morfina. Após a realização dos
cuidados anteriormente citados, faz-se necessária a monitorização contínua, cabendo ao
enfermeiro controle dos sinais vitais e suas alterações, presença de hiper/hipotensão, alteração
do ritmo cardíaco, controle do balanço hidroeletrolítico, depressão respiratória e adequada
monitorização cardíaca. CONCLUSÃO: O estudo possibilitou identificar a atuação do
enfermeiro ao cliente com IAM. Entretanto, sugere-se que este, esteja em constante
aperfeiçoamento de seu processo de trabalho, utilizando a educação permanente em saúde
como ferramenta para a melhoria da qualidade de sua assistência.
Descritores: Enfermagem, infarto do miocárdio, assistência de enfermagem, atendimento de emergência.
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: UM RISCO AUMENTADO PARA O
DESENVOLVIMENTO SUBSEQUENTE DO DIABETES MELLITUS TIPO 2
FÉLIX, Roselaine dos Santos1 ; SPERONI, Katiane Sefrin2
1Enfermeira da Unidade Tocoginecológica do Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM; Membro da
comissão de organização do evento. [email protected]
2Enfermeira do Trabalho. Aluna da Pós-graduação de Gestão de Organizações Públicas em Saúde. Aluna da PósGraduação TICs Aplicada à Educação – UFSM; Técnica de Enfermagem da Unidade Tocoginecológica –
HUSM. [email protected]
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças de maior prevalência no mundo
ocidental e o Brasil perfila entre os dez países com maior número absoluto de indivíduos
portadores de DM tipo 2. Para Chaves et al (2010) a incidência de Diabetes Mellitus
Gestacional (DMG) duplicou nos últimos 8 anos paralelamente com a epidemia da obesidade
e com o risco elevado de desenvolvimento do DM tipo 2 na mãe e na prole. No Brasil, a
Sociedade Brasileira de Endocrinologia (2008) estima uma prevalência do DMG de 2,4% a
7,2%. Essa crescente prevalência acarreta um alto custo econômico e social, elevando a
incidência de malformações cardíacas fetais em gestantes diabéticas prévias sem controle
adequado e aumentando o risco de desenvolver o DM tipo 2 subsequentemente. Para Sharp et
al (2011), as cardiopatias congênitas são a terceira causa de morte no período neonatal e a
terceira causa específica de mortalidade infantil no Rio Grande do Sul(RS). Nesta
perspectiva,objetiva-se com este estudo discutir a importância de um pré-natal eficaz,
relacionandoa incidência de DM em um Hospital público do Rio Grande do Sul e suas
consequênciasna saúde desta mulher à qual tem um risco aumentado de desenvolver o DM
tipo 2 e doença cardiovascular em gestações futuras, como também, risco aumentado do feto
apresentar malformação cardíaca. Metodologia: Este estudo é de natureza descritiva tipo
relato de experiência com averiguação do livro de internações da Unidade Toco ginecológica
de um Hospital público do RS em que analisamos os percentuais de internações de gestantes
com diagnóstico de DM. No período de março a maio de 2013, a temática foi debatida a fim
de sensibilizar a equipe para prestar maiores esclarecimentos as gestantes na adesão ao
tratamento da DM. Resultados: Para Aguilar (2011), as malformações cardíacas fetais são o
tipo mais comum de anomalia congênita nas gestações complicadas pelo diabetes. Conforme
SHARPE et al. (2005), nas gestações de mulheres com DMG, a incidência de anormalidades
cardiovascularesaumenta de 2 para 34 por 1000 nascimentos. Observou-se que cerca de 32%
a 55% das internações das mesmas são decorrentes de DM (seja DMG o mais frequente
seguido dotipo 2). Neste contexto, no mês de março tivemos 27 gestantes (55%) internadas
com diagnóstico de DM. Em abril tivemos 18 gestantes diabéticas (40%). Em maio tivemos
um total de 16 gestantes diabéticas (32%). Considerações Finais: Ao término deste estudo,
observou-se o elevado número de gestantes internadas pelo diagnóstico de DM e considera-se
importantíssimo que a equipe multiprofissional de saúde promova maiores informações sobre
a prática de adotar hábitos saudáveis, reduzindo a obesidade, o sedentarismo, aumentando a
adesão ao tratamento e ao pré-natal, diminuindo complicações durante a gestação e no
puerpério e diminuindo o risco do desenvolvimento do DM tipo 2 e consequentemente
alterações cardiovasculares materna ou fetal, visando à promoção à saúde. Palavras-chave:
Diabete Mellitus, Malformação Congênita, Cardiopatia Fetal; Diabete Mellitus Gestacional.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA E
CARDIOPATIA HIPERTENSIVA: RELATO DE CASO NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
B.M. LIMA¹; A. FALLER²; P. ARCENO²; A.L. TRINDADE²; C.A. ROCKENBACH²; V.
WIERZBICKI²; R.M. COPÊS³.
¹ Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria ; E-mail :
[email protected]
² Acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria
³ Médica Residente de Clínica Médica no Hospital Universitário de Santa Maria
Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética cardiovascular comum
(0,2% da população geral), causada por mais de 1400 mutações em 11 ou mais genes que
codificam proteínas do sarcômero cardíaco. É considerada importante causa de morte súbita
por arritmia, insuficiência cardíaca e fibrilação atrial (risco potencial de acidente vascular
cerebral embólico). A maioria dos indivíduos afetados não são diagnosticados devido à
ausência de sintomas substanciais. O diagnóstico clínico é: o diagnóstico é sugerido por
hipertrofia ventricular esquerda sem causa explicável e é confirmado por Ecocardiograma
Bidimencional ou Ressonância Magnética cardiovascular. O diagnóstico diferencial entre
miocardiopatia hipertrófica e cardiopatia hipertensiva gera implicações não só clínicas, mas
também terapêuticas e prognósticas, e nem sempre se constitui tarefa fácil por meio de
ecocardiografia convencional. Justificativa: A justificativa para tal estudo, deve-se ao fato de
que aumentando os conhecimentos acerca da real causa do problema cardíaco, haveria maior
compreensão do tratamento, da patologia estudada e da elaboração de plano assistencial de
equipe de saúde ao paciente. Objetivo: o diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica pode ser
problemático. Surge então, a importância de análise de diagnósticos diferenciais em critérios
de diagnósticos como ecocardiografia e eletrocardiografia. Método: Realizou-se um estudo
descritivo, através do levantamento de dados do prontuário da paciente durante os dias que
esteve internada no Hospital Universitário de Santa Maria ( HUSM) no mês de Junho DE
2013. Resultados: JSC, feminina, 59 anos. Tabagista-60 m/a-, previamente hipertensa, com
história de angina esporádica ao repouso desde IAM há 10 anos. Paciente chegou ao HUSM
encaminhada da UPA com queixa principal de dor torácica.
Ao ECG, flutter atrial.
Medicada com AAS, isordil e dose de ataque de clopidogrel. ECG revelou ritmo sinusal com
sobrecarga de VE. Série de enzimas cardíacas negativas. Ecocardiografiatranstorácica: FE:
74%, S: 2,4 cm, PP: 1,2cm, severa hipertrofia de VE com função sistólica global preservada,
insuficiência mitral leve e moderado aumento de átrio esquerdo. Necessidade de realizar
diagnóstico diferencial entra miocardiopatia hipertrófica e cardiopatia hipertensiva.
Conclusão: No diagnóstico diferencial de miocardiopatia hipertrofica é importante excluir a
Cardiopatia Hipertensiva, que devido à hipertensão sistêmica de longa duração também gera
hipertrofia ventricular esquerda. O Screening familiar também pode auxiliar na elucidação
diagnóstica, devido ao possível componente genético na CMH- herança autossômica
dominante.
Palavras-chave: miocardiopatia hipertrófica; hipertrofia ventricular esquerda; dor no peito.
DIFERENÇAS PRESSÓRICAS DURANTE O SONO EM HOMENS COM APNEIA
DO SONO
RAHMEIER, L1; BONDAN, R2; FLECK, C.S.1; PICCININI, A.M.1; MARTINEZ, D3
1
fisioterapeuta. Docente do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA, Santa Maria- RS.Email:
[email protected]
2
fisioterapeuta. Especialista em Geriatria e Gerontologia pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos - CBES,
Porto Alegre – RS.
3
médico. Docente PPG: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre- RS.
Introdução: A apneia do sono, distúrbio intrínseco do sono, tem como consequência tanto
eventos cardíacos agudos quanto condições cardiovasculares crônicas O aumento na pressão
arterial é a consequência cardiovascular mais evidente da apneia do sono, desta forma a
monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é uma ferramenta cada vez mais
importante no manejo de hipertensos, pois oferece uma medida mais acurada da pressão
usual. Justificativa: Estudos têm mostrado que a pressão arterial noturna é um parâmetro
importante no prognóstico cardiovascular. Desta forma valores de pressão arterial obtidos
pela MAPA durante o ciclo sono-vigília permitem traçar um perfil de variação da pressão
arterial, sendo medidas de 24 horas uma forma de estabelecer o risco cardiovascular.
Objetivo: Verificar as diferenças pressóricas que ocorrem durante o período de sono em
homens com apneia do sono. Metodologia: Foram excluídos indivíduos que fizessem uso
de anti-hipertensivo, medicamentos com efeito no sistema nervoso central, e apresentas sem
alguma doença crônica ou acidente vascular cerebral. A polissonografia foi registrada das
23h às 7h, em laboratório do sono. Um microfone foi acoplado ao monitor do aparelho
demonitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) para registrar em um canal da
polissonografia os sons da atividade do monitor. O monitor foi programado para registrar
medidas a cada 20 minutos das 7 às 23horas e a cada 10 minutos das 23h às 7h. Após 24h de
MAPA cada medida foi classificada em pressão arterial diurna e noturna, após o estagiamento
do sono na polissonografia, a classificação noturna foi dividida nas categorias acordado,
despertares, dormindo. Resultados: Foram estudados treze indivíduos do sexo masculino,
com idade de 35±9 anos, circunferência do pescoço 43±7cm, circunferência abdominal de
103±23cm, índice de massa corporal de 23,5±5 Kg/m2e índice de apneia-hipopneia de
31±36AH/hora. As médias sistólica e diastólica da pressão arterial de 24h foram
143±17mmHg e 83±12mmHg. Os dados da MAPA registraram
44±8 e 45±3 medidas
diurnas e noturnas, respectivamente. Quando se comparou o período de despertares e
dormindo encontrou-se diferença significativa na PAD (84,2±12,4 Mmhg x 78,8±13;
P=0,035). Houve uma tendência a significância em relação à PAS (147,9±10,4 mmHg x
140,7±18,2 mmHg; P=0,095). Conclusão: Na presente série de pacientes, demonstramos com
número maior de medidas pela MAPA que o período de sono é constituído de diferentes
estágios que podem apresentar diferenças na pressão arterial. Tal fato poderia implicar na
avaliação mais detalhada da influência da pressão arterial noturna sobre o prognóstico
cardiovascular.
Descritores: Apneia do sono, Monitorização ambulatorial da pressão arterial, Polissonografia.
DISPLASIA DE VÁLVULA TRICÚSPIDE INTRA-ÚTERO: RELATO DE CASO
C.M. SANTOS, W.M. SANTOS, C. PIGATTO, M. FELTRIN, L.F. SANTOS, F.M.P.
GALARRETTA.
Caroline Mombaque dos Santos – Médica-Residente do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Universidade
Federal de Santa Maria. E-mail: [email protected]
Wendel Mombaque dos Santos – Enfermeiro do trabalho. Mestrando em Enfermagem. Universidade Federal de
Santa Maria.
Camila Pigatto – Médica Ginecologista e Obstetra, Médica-Residente do serviço de Medicina Fetal.
Universidade Federal de Santa Maria.
Marcelo Feltrin - Médico Ginecologista e Obstetra, Médico-Residente do serviço de Medicina Fetal.
Universidade Federal de Santa Maria.
Larissa Fonseca dos Santos – Médica Ginecologista e Obstetra, Especialista em Medicina Fetal. Universidade
Federal de Santa Maria.
Francisco Maximiliano Pancich Galarretta - Médico Ginecologista e Obstetra, Doutor em Ginecologia e
Obstetrícia. Universidade Federal de Santa Maria.
Introdução: As anomalias congênitas estão entre as maiores causas dos óbitos infantis,
entretanto as gestações com óbito intra-útero ou que evoluem com abortamento, poderiam
estar subestimadas, levando ao aumento deste índice. Os fatores de risco para malformação
cardíaca podem ser de origem materna ou fetal. O conceito de displasia valvar é amplo,
variando em forma de apresentação e gravidade, desde discretos espessamentos de folhetos
até completa ausência destes. A presença de insuficiência valvar leva à regurgitação
tricúspide. Quanto maior a regurgitação tricúspide, maior a dilatação das câmaras direitas
(átrio principalmente), o que pode ocasionar compressão anatômica ou funcional da artéria
pulmonar. A importante cardiomegalia restringe o desenvolvimento pulmonar levando à
hipoplasia grave. Como na quase totalidade dos casos a hipoplasia pulmonar leva ao óbito no
pós-parto imediato, a literatura não apresenta dados epidemiológicos.
O exame
ultrassonográfico demonstra dilatação cardíaca progressiva com aumento de câmaras direitas,
associada à regurgitação tricúspide. Pode detectar-se, ainda, estenose ou até mesmo atresia de
artéria pulmonar. Apesar do aumento do volume cardíaco e da presença de lesões no trato de
saída do ventrículo direito piorarem o prognóstico, a ausência desses achados em avaliação
inicial não indica necessariamente um bom desfecho perinatal, já que esses podem se
desenvolver no decorrer da gestação. Nenhuma medida consistente para modificar o
prognóstico desses fetos está descrita. Estima-se em 100% o óbito neonatal. Justificativa:
Displasia de válvula tricúspide fetal é uma malformação congênita, de modo a possuir restrita
literatura sobre esta, justificando a realização deste trabalho. Objetivo: descrever um relato de
caso sobre a displasia de válvula tricúspide intra-útero. Metodologia: Relatar aspectos
ultrassonográficos do diagnóstico intra-útero da Displasia de válvula tricúspide. Resultados:
CAC, 24 anos, branca, casada, do lar, procedente de Panambi, com história obstétrica de um
aborto espontâneo em primeiro trimestre. Encaminhada à UMF devido cardiomegalia ao
exame obstétrico de rotina. Chega ao serviço com idade gestacional calculada por US precoce
de 24 semanas. Realizada avaliação ecocardiográfica que demonstrou aumento de ventrículo e
átrio direitos (com predominância atrial), displasia de válvula tricúspide com regurgitação
severa e não visualização de fluxo anterógrado na artéria pulmonar. No US ao utilizarcorte
transversal fetal, foi possível visualização do predomínio das cavidades direitascardíacas.
Assim como, ao relacionar a área torácica com a área cardíaca fetal, confirma cardiomegalia
fetal. Ao usarmos o Doppler colorido na região do defeito detecta-se a regurgitação tricúspide
importante. Para melhor avaliação e definição da possibilidade de intervenção cirúrgica
neonatal, a paciente foi então encaminhada ao Instituto de Cardiologia de Porto Alegre. A
interrupção através de cesariana foi indicada com 31 semanas devido a cardiomegalia
importante. Feto evoluiu com óbito neonatal imediato apesar das manobras de ressuscitação
com peso de aproximadamente 2 Kg. Conclusão: A anomalia cardíaca fetal representa a
malformação mais comum. Apesar disso, o caso descrito representa patologia rara de grave
expressão sem fatores de risco detectados associados. Como o HUSM não possui serviço de
cardiologia pediátrica cirúrgica, os casos acompanhados são encaminhados para outro centro
de referência o que nos limita quanto aos dados neonatais.
Descritores: Valva Tricúspide, Técnicas de Diagnóstico Obstétrico e Ginecológico Obstetrícia,
Anormalidades Congênitas.
DISPOSIÇÕES DE SENTIDO À MULTIDISCIPLINARIDADE JUNTO AO
PROGRAMA MEDIDA CERTA DA REDE GLOBO DE TELEVISÃO
P. Thaís Birk1, C. Ferroni Tonial2, G. Bevilacqua Schmitz2, G. Pedrotti3, J. Dalla Vecchia3, M. Mastella Moreira 3;
Antonio Guilherme Schmitz Filho4
1
Acadêmica do 5º semestre do curso de Medicina
2
Acadêmicos do 5º semestre do curso de Medicina
3
Acadêmicos do 6º semestre do curso de Educação Física – Bacharelado e-mail: [email protected]
4
Orientador, Professor de Educação Física Doutor em Ciências da Comunicação
Introdução: A multidisciplinaridade é relevante à sustentação de uma vida saudável. Neste
contexto, o Fantástico/Rede Globo, apresentou o quadro “MEDIDA CERTA”, 23/07 a 16/12
de 2012, protagonizado pelo ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário, chamando a atenção do
problema de sobrepeso e estabelecendo algumas prescrições à abordagem cotidiana da
questão. Como o programa é referência, aos finais de semana na televisão brasileira, cabe
revisar o surgimento da multidisciplinaridade como temática. Justificativa: Encontrar
subsídios relacionados ao sobrepeso associado a doenças cardiovasculares liga-se a análise
das atribuições às noções de saúde e as peculiaridades organizadas midiaticamente à
constituição de investigações direcionadas às informações desenvolvidas e à possibilidade de
utilizá-las como elemento constitutivo de ações multidisciplinares. Objetivos: Analisar a
tematização do sobrepeso associado a doenças cardiovasculares no universo televisivo,
sobretudo, aquelas relacionadas à centralidade midiática. Caracterizar aspectos de uma
idealização à multidisciplinaridade, a partir de composições e interações ocorridas no
processo jornalístico. Metodologia: Partiu-se da aquisição e organização preliminar de
atributos relacionados à noção de sobrepeso associada às doenças cardiovasculares,
disponíveis para consulta nos vídeos produzidos para o programa MEDIDA CERTA,
totalizando uma revisão de treze ocorrências virtuais. Resultados: A informação sofreu
diferenciações de apresentação, em alguns casos, as edições dos episódios interferiram no
sentido atribuído. A idealização dependeu do tempo histórico de sua ocorrência e se fez em
conformidade aos interesses gerados à discussão. As instituições sociais, bem como atores,
foram acionadas na determinação daquilo que representou o mais adequado. A noção de
saúde ligada a discussão do assunto foi partilhada e sofreu ingerências multidisciplinares,
com a participação de profissionais de educação física, nutrição, medicina, fisioterapia, entre
outros. O sistema midiático tornou-se o grande interlocutor nas adequações de juízos e no
gerenciamento de sentido junto à sociedade brasileira. Gerando enfoques relacionados à
importância da alimentação adequada, com pouco azeite, sal e a redução de alimentos
gordurosos. Além do controle do colesterol, percentual de gordura, carboidratos, frequência
cardíaca, fatores importantes relacionados à prevenção de cardiopatias. Houve também
destaque para treinos aeróbicos variados (corridas, exercícios funcionais, atividades
esportivas) como auxílio à redução de peso e obtenção de melhor condicionamento.
Conclusão: A informação gera importante movimento na cotidianidade e age diretamente na
construção de realidades e sentidos. Conceitos são debatidos na esfera midiática como se
debatidos na esfera pública. Deve-se considerar essa importante característica e utilizá-la por
ocasião de investigações relacionadas ao reconhecimento de sentidos ligados às noções de
saúde e ao desenvolvimento de ações multidisciplinares. O fato do programa utilizar a
notoriedade do ídolo Ronaldo, como exemplo de atitude para uma vida saudável e de
aplicação relativamente simples no cotidiano da população, representa a relevância e
preocupação em estabelecer indicadores para as pessoas destacando os riscos da obesidade e
as medidas necessárias à prevenção das cardiopatias. Além da relevância do envolvimento
de equipes multiprofissionais na resolução de problemas do gênero.
Palavras chaves: multidisciplinaridade, cardiopatias, sobrepeso, análise, mídia.
ENDOMIOCARDIOFIBROSE NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA
MARIA- UM RELATO DE CASO
D. DA PIÉVE¹, I. B. ZUMBA², J. S. TRENTIN², M. S. BATISTA², R. M. ROLIM², S. N. PEREIRA³
¹Acadêmica do curso de Medicina, UFSM; [email protected]
²Acadêmicos do curso de Medicina, UFSM;
³Orientador e docente do departamento de cirurgia, UFSM.
Introdução: Endomiocardiofibrose (EMF) é considerada uma cardiomiopatia restritiva rara.
Epidemiologicamente comum em países de baixo nível socioeconômico e prevalentes em
crianças, jovens e no sexo feminino. Caracteriza-se pela presença de fibrose nos ápices das
cavidades ventriculares, ocasionando disfunção no processo de enchimento ventricular e na
mecânica valvar, levando à clínica de insuficiência cardíaca (IC). Isso devido à infiltração
eosinofílica, formação de trombo sobre o local inicial da lesão e/ou substituição do
endocárdio por colágeno. Justificativa: Consideramos justificado esse relato pelo fato de ser
conhecido que no Brasil existem relatos da ocorrência dessa doença especialmente na região
nordeste do país, não sendo encontrado relato de tal doença na região sul do país. Objetivo:
Descrever um relato de caso de endomiocardiofibrose ocorrido no Hospital Universitário de
Santa Maria. Metodologia: Revisamos o prontuário hospitalar da paciente e realizamos a
análise dos dados. Relato de Caso: Paciente P. C. S, feminina, 24 anos, natural de Santa
Maria (RS), foi admitida em dezembro 2012 no HUSM com quadro de déficit motor súbito,
com perda de força do MSD, disartria, desvio de comissura labial para esquerda e alteração da
mímica facial, sendo diagnosticado acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico, mais tarde
convertido em hemorrágico.Tinha também relato de cansaço a médios esforços, negando
dispnéia a pequenos esforços e dispnéia paroxística noturna. Á ausculta cardíaca tinha sopro
sistólico mitral moderado. Realizada TC de Crânio, que evidenciou, respectivamente,
hipodensidade em núcleos da base (cápsula) à esquerda. O ecocardiograma transesofágico
revelou insuficiência mitral leve, importante dilatação do átrio esquerdo e do direito, estrutura
anelar dividindo o ventrículo esquerdo em duas cavidades, Fração de ejeção de 66%,
disfunção diastólica do VE padrão restritivo (grau III), hipertensão arterial pulmonar severa e
pequena imagem apical sugestiva de trombo. Na investigação para a possível etiologia da
insuficiência cardíaca (IC), os exames evidenciaram achados sugestivos de EMF como
etiologia da IC do tipo restritivo. Optou-se, então, por tratamento clínico, com melhora do
quadro e a paciente teve alta com warfarina, enalapril, furosemida e sinvastatina e sertralina,
com boa evolução. Conclusão: Sendo a endomiocardiofibrose uma entidade rara, em que
no Brasil tem sido relatada mais frequentemente no nordeste, consideramos válido o relato do
presente caso, por não conhecermos relato deste tipo de doença em nosso estado.
Descritores: endomiocardiofibrose, cardiomiopatia, fibrose, infiltração eosinofílica.
ENFERMAGEM NA CARDIOLOGIA DE ADULTOS E IDOSOS:
TENDÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO BRASIL.
C.R. MALDANER1, M. BEUTER2, C. S JACOBI3, M. A. SEIFFERT3
1
Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM). [email protected]
2
ORIENTADORA: Enfermeira. Doutora em Enfermagem- UFSM.
3
Enfermeira. Mestranda do PPGEnf da UFSM.
INTRODUÇÃO: A cardiologia cada vez mais é uma especialidade em que enfermeiros
desenvolvem pesquisas, com o intuito de uma atuação mais qualificada. JUSTIFICATIVA:
Quando se realiza uma investigação científica é importante a busca pelo que já foi produzido
e pesquisado na área. OBJETIVO: Apresentar as tendências na construção do conhecimento
em enfermagem em dissertações e teses na temática relacionada à Cardiologia de adultos e
idosos. METODOLOGIA: A presente revisão foi fundamentada em uma busca bibliográfica
desenvolvida no Portal de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal
de Nível Superior (CAPES), em novembro de 2012, com recorte temporal delimitado entre
2007 a 2011, utilizando-se os termos "cardiologia" e "enfermagem" Foram encontradas 51
produções, dessas 46 dissertações e cinco teses. Após leitura de títulos e resumos foram
descartadas: incompletudes; produções que não eram da enfermagem; produções onde os
sujeitos eram crianças e adolescentes; e os estudos de revisão. Para análise restaram 30
produções, dessas 27 dissertações e três teses. Realizou-se a leitura minuciosa de todos os
resumos encontrados e para organizar os dados, foi elaborado um instrumento com roteiro
sistematizado contendo: código (por exemplo: D1, D2... T1, T2...), título, ano de publicação,
estado de origem, abordagem metodológica, sujeitos da pesquisa e objetivo do estudo.
RESULTADOS: Quanto ao ano de publicação destacou-se o de 2010 com nove
produções,seguido de 2008 com oito produções, depois 2009 com sete, 2007 com quatro e
2011 com apenas duas produções. Salienta-se que não houve publicações de teses de
enfermeiros relativas à cardiologia nos anos 2007, 2009 e 2011. Ao analisar a abordagem
metodológica dos estudos, identificou-se um destaque para as abordagens quantitativas com
18 produções, 11 com abordagem qualitativa, uma qualitativa- quantitativa. Foi expressivo o
número de produções utilizando os pacientes como sujeitos, totalizando 22, sendo encontradas
8 produções em que os sujeitos eram enfermeiras. De acordo com a procedência, houve
predomínio de produções da região Sudeste totalizando 14, seguida da região Nordeste com
nove produções, depois da região Sul com seis produções e da região Centro-Oeste com
apenas uma. Destaca-se que para constituir as tendências da enfermagem em cardiologia, foi
verificado o objetivo principal dos estudos, assim, as principais questões que foram tratadas
nas dissertações e nas teses referem-se a: ações de enfermagem; perfil do paciente; aspectos
clínicos do paciente; sentimentos dos enfermeiros; e, qualidade de vida do sujeito.
CONCLUSÃO: O aumento da expectativa de vida, por consequência, trará o aumento de
pessoas portadoras de cardiopatias, o que implica em necessidade de cuidado de enfermagem
especializado e cada vez mais pautado em pesquisas científicas. Isto nos remete a repensar e
encontrar formas alternativas de estudos que aprimorem cada vez mais o cuidado profissional
para que as demandas dos pacientes sejam supridas. Foi possível observar que existem
lacunas nas produções científicas em dissertações e teses da enfermagem, uma dessas lacunas
refere-se à questão da autonomia do sujeito cardiopata, autonomia vista como algo
fundamental para a continuidade da vida de maneira saudável após o evento cardiológico.
Descritores: Enfermagem, Cardiologia, Cuidados de Enfermagem.
INFECÇÃO DE MARCAPASSO E ENDOCARDITE ASSOCIADAS: UM RELATO DE
CASO
J.S.TRENTIN ¹; I.B. ZUMBA ²; D.D. PIEVE ²; S.N. PEREIRA³
¹ Acadêmica do Curso de Medicina – UFSM – [email protected]
² Acadêmica do Curso de Medicina - UFSM
³ Docente do Departamento de Cirurgia – UFSM
Introdução: Como qualquer outro corpo estranho, um dispositivo cardíaco implantável pode
ser infectado. A incidência de infecções de marcapasso é baixa; Em uma revisão de 21
estudos, a taxa de infecções variou de 0,8 a 5,7%. As infecções de dispositivo são geralmente
consideradas em duas categorias: Infecções da loja e Infecções mais profundas. A
primeira ocorre quando há contaminação perioperatória da loja do marcapasso. A segunda
decorre da contaminação do componente intravascular de um marcapasso (eletrodos). Essas
infecções podem acompanhar uma infecção subcutânea ou surgirem por semeadura de
bacteremia a partir de um local remoto. Os microorganismos S. aureus e estafilococos
coagulase-negativos, geralmente S. epidermidis causam 65 a 75% das infecções de loja
e até 89% das endocardites relacionadas ao marcapasso Objetivo: Relatar o caso de
uma paciente com infecções decorrentes de sucessivas reintervenções para substituição
valvar mitral e do sistema de marcapasso. Justificativa: A ocorrência de infecção de
marcapasso e de endocardite isoladas não é rara, porém a associação dessas é incomum.
Métodos: Foi revisado o prontuário hospitalar da paciente e realizada análise dos dados.
Relato de Caso: Paciente feminina, branca, 65 anos, obteve diagnóstico de Bloqueio
Atrioventricular em 2002 e realizou implante de Marcapasso definitivo em 2003. Em 2011
foi instalada prótese mitral biológica. Em agosto de 2012, apresentou uma infecção na
loja de implante gerador esquerdo; na cirurgia de extrusão não foi possível retirar um cabo
que estava aderido ao átrio direito. Internou por abcesso na loja de implante e possível
endocardite associada ao cabo. Realizada cirurgia de ressecção do eletrodo ventricular
antigo. Em setembro, houve nova infecção de marcapasso e endocardite associada, com
celulite no local do marcapasso à esquerda. Iniciado tratamento empírico com
Teicoplamina, retirado o marcapasso e os eletrodos por extrusão e implantado novo
marcapasso à direita. Coletado material para cultura que evidenciou S. epidermidis
Resistente a Meticilina e Sensível a Daptomicina, tendo realizado tratamento por 28 dias
e obtido alta. Em 2013 veio encaminhada por processo similar e um abcesso hepático, tendo
recebido Ceftriaxone e Metronidazol. Realizado Ecocardiograma que evidenciou
vegetações no cabo do marcapasso e na valva tricúspide. Iniciou tratamento com
Daptomicina, Gentamicina e Rifampcina. Na sequência, foi à cirurgia cardíaca para a
retirada do gerador e eletrodos do marcapasso. Foi implantado cabo epicárdico ventricular e
colocado novo gerador em loja na região subclávia esquerda. Após, foi removida a válvula
tricúspide e colocado bioprótese n. 31. Permanece em recuperação. Conclusão: O presente
trabalho relata um caso relativamente raro de associação desinfecção no eletrodo e
gerador de marcapasso com endocardite da valva tricúspide, em paciente previamente
submetida a três cirurgias para troca de valva mitral e substituições de próteses com
disfunção. Essa associação ainda não havia acontecido nesse Hospital e não encontramos
na literatura consultada relato de caso semelhante.
Descritores: infecção, endocardite, cirurgia.
INFLUÊNCIA DA DEPRESSÃO MAIOR NA MORBIMORTALIDADE
CARDIOVASCULAR
C. ZAKI1; G. M. COSTA2; L. W. SANTOS3; T.J.N. GOMES4; D.L. ZANCHET5; P. M. COSTA6.
1
Relatora, Acadêmica de Medicina da UFSM; email: [email protected]
Psiquiatra Clínica e Forense, Profa. Substituta de Psiquiatria da UFSM
3
Acadêmico de Medicina da UFSM
4
Fisioterapeuta, Prof. Substituto de Fisioterapia da UFSM
5
Médico Residente de Reumatologia do HCPA
6
Orientadora, Médica Geriatra e Profa. Adj. Clínica Médica da UFSM
2
Introdução e justificativa: A depressão maior ou unipolar tem uma prevalência estimada em
5,8% em um ano e 12,6% ao longo da vida no Brasil, sendo uma doença de curso crônico e
recorrente, subdiagnosticada e subtratada. Prevista como primeira causa específica de
incapacidade para 2030, equiparando-se às doenças cardíacas graves no impacto à saúde do
indivíduo, estudos demonstram que essa condição clínica pode piorar os desfechos em
eventos cardíacos isquêmicos e é considerada como fator de risco para doenças
cardiovasculares, o que traduz a importância de conhecer a correlação entre essas patologias.
Objetivo e metodologia: Esse trabalho pretende ressaltar a importância da depressão maior
como fator de risco cardiovascular e faz uma revisão da literatura na base de dados PubMED
abrangendo os últimos 10 anos, envolvendo os unitermos “unipolar depression” e
“cardiovascular disease”. Como critério de inclusão foram selecionados os artigos mais
relevantes, levando-se em conta os maiores níveis de evidência e a multiplicidade de
publicações sobre o tema. Resultados: Quando o quadro de depressão é intenso e possui no
mínimo duas semanas de duração, podendo ou não ser acompanhado de sintomatologia
psicótica, trata-se de um Episódio Depressivo Maior, que se repetindo na vida do indivíduo
leva ao diagnóstico do Transtorno Depressivo Maior. A sua relação com Doença Arterial
Coronariana (DAC) é tida como complexa e bidirecional. Assim, a depressão pode tanto
contribuir quanto ser consequência da doença cardiovascular. Evidências fisiopatológicas
corroboram essa relação: a) hiperatividade simpático-adrenal, linearmente associada à
gravidade da depressão; b) diminuição na variabilidade da frequência cardíaca observada em
pacientes deprimidos; c) alterações na ativação plaquetária mediada pela serotonina; d)
elevação dos níveis de citocinas inflamatórias (especialmente proteína C reativa e
interleucinas 1 e 6) em deprimidos, independentemente do histórico de cardiopatia; e)
disfunção endotelial encontrada em deprimidos saudáveis, bem como melhora desta após
tratamento com antidepressivosinibidores da recaptação da serotonina. Fatores
comportamentais estão também envolvidos nesse processo, posto que pacientes deprimidos
apresentam menor adesão aos tratamentos medicamentosos e de mudanças de estilo de vida.
Estudos epidemiológicos controlados para fatores de risco demográficos (como sexo, idade,
nível socioeconômico) têm evidenciado a depressão como um fator de risco independente
para o desenvolvimento e a expressão da doença cardiovascular. Adicionalmente, têm-se
acumulado resultados confirmando o impacto negativo da depressão no prognóstico de
pacientes com doença cardíaca isquêmica ou insuficiência cardíaca. Embora o tratamento
farmacológico da depressão produza melhora significativa na morbidade de indivíduos
cardiopatas, permanece controverso o seu impacto na redução da mortalidade cardiovascular.
Conclusão: O Transtorno Depressivo Maior está associado à drástica elevação na
morbimortalidade cardiovascular. Resta controverso se os antidepressivos são capazes de
reduzir a mortalidade por DAC. Assim, o reconhecimento e adequado manejo destas
condições devem fazer parte da abordagem das equipes multiprofissionais de saúde que
trabalham com prevenção, tratamento e reabilitação de doenças cardiovasculares.
DeCS: depressão, transtorno depressivo maior, doenças cardiovasculares.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA DOS ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE
CÁLCIO COM O SUCO DE POMELO: UMA REVISÃO
L. C. DAL OSTO1; M. R. SAGRILO2; N. BERLT2; L. W. SANTOS2; M. E. BARBOSA2; P. M. COSTA3.
1
Relator, Acadêmico de Medicina da UFSM; email: [email protected]
2
Acadêmicos(as) de Medicina da UFSM.
3
Orientadora, Doutora e Professora Adjunta do Curso de Medicina da UFSM.
Os antagonistas dos canais de cálcio (ACC) são uma classe importante de drogas
lipossolúveis utilizada no controle da hipertensão arterial sistêmica e no tratamento da angina
pectoris. Seu amplo uso, principalmente pela população idosa, faz do pomelo um fruto
potencialmente perigoso se ingerido na vigência de tratamento. O pomelo é muito consumido
nos países do cone sul, como Uruguai, Argentina, Chile e sul do Brasil e seu suco vem sendo
estudado sugerindo potenciais propriedades cardioprotetoras e anticancerígenas. Por sua
importância como alimento popular e seu potencial risco de interação com outros
medicamentos, como ACC, estatinas, etc. faz-se necessário entender os mecanismos pelos
quais a interação suco de pomelo-ACC se dá, alertando para a importância da prevenção da
ingesta combinada desses produtos. Esse trabalho realiza uma revisão da literatura junto à
base de dados PubMED no período dos últimos 20 anos. Como terminologia de busca
utilizou-se as palavras-chave “grapefruit” e “calcium channel blocker”. Utilizou-se como
critério de inclusão artigos completos disponíveis que abordassem a interação medicamentosa
entre os dois produtos. Um total de 11 artigos foram incluídos na revisão. O suco de pomelo
tem por mecanismo de ação a inibição sustentada e irreversível por até 24h da CYP3A4, por
degradação enzimática e redução da tradução do RNAm. A CYP3A4 é uma enzima presente
no citocromo P450, responsável pelo metabolismo hepático e entérico pré-sistêmico de
muitas substâncias endógenas e exógenas, dentre elas os ACC. A CYP3A constitui 70% das
enzimas CYP nos enterócitos, onde o efeito do suco predomina. A P-glicoproteína (Pgp) é
outra proteína presente nos enterócitos responsável pelo efluxo de substratos de volta ao
lúmen intestinal, que parece, em menor grau, ser inibida pela ingestão do suco. As
furanocumarinas - um grupo de substâncias que inclui a bergamotina e sua derivada 6'-7'-dihidroxibergamotina (DHB) - são as substâncias atualmente aceitas como responsáveis pela
potencialização dos efeitos dos ACC. Assim, o suco de pomelo aumenta a biodisponibilidade
dos ACC pela diminuição de seu metabolismo pré-sistêmico em até 112% por via oral.
Quando misturadas em laboratório, as furanocumarinas são capazes de reproduzir o efeito do
suco de pomelo, porém nenhuma delas é isoladamente capaz de gerar tais resultados. Os
efeitos do suco de pomelo variam significativamente entre os indivíduos, estando ausentes
quando os ACC são administrados por via endovenosa. A ingestão da polpa da fruta tem
menor efeito quando comparada ao suco. A interação suco-felodipina, por exemplo, aumenta
proporcionalmente à frequência de ingestão e à quantidade ingerida de suco. Um intervalo de
2 a 3 dias é recomendado para evitar a interação. Interessante ressaltar que a ingesta de suco
de pomelo não esteve relacionada à interação medicamentosa com nenhuma outra classe de
medicamentos anti-hipertensivos, apesar de existirem relatos de interação com outras drogas
cardiovasculares, como antiarrítmicos, agentes hipolipemiantes e antiagregantes plaquetários.
Diante de todo esse quadro, percebe-se a importância de se alertar a população leiga e até
mesmo o meio médico sobre os riscos potenciais da ingesta concomitante de suco de pomelo
e ACC.
DeCS: bloqueadores dos canais de cálcio, pomelo, interações alimento-droga, citocromo P450 CYP3A.
LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PREGRESSOS EM
PARTICIPANTES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA NO HUSM
M.S.VICENTE1; T.D.SANTOS2; T.J.N.GOMES3; S.N.PEREIRA4; I.M.ALBUQUERQUE5
1
Bolsista
do
Programa
PROIC HUSM, Acadêmica do 7° semestre de
Fisioterapia, UFSM,
[email protected]
2
Acadêmica do 7° semestre de Fisioterapia, UFSM.
Prof. Msc. do Departamento de Fisioterapia e Reabilitação, UFSM.
4
Coordenador do Programa Revicardio.
5
Prof.ª. Dra do Departamento de Fisioterapia e Reabilitação, UFSM.
3
As doenças cardiovasculares representam importante problema de saúde pública mundial,
visto que constituem a principal causa de morbi-mortalidade e representam os mais altos
custos em assistência médica. Graças à epidemiologia, foi possível observar o que age e como
agem os determinantes e os agravantes das cardiopatias ou fatores de risco de uma doença
cardiovascular. Alguns principais fatores de risco para doença arterial coronariana são
conhecidos e comprovados, como hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, dislipidemias,
obesidade, sedentarismo, diabetes mellitus e antecedentes familiares. É importante o
conhecimento dos fatores de risco pregressos, isolados ou combinados, pois a efetividade
de programas de reabilitação cardíaca está na dependência do controle dos mesmos. Este
trabalho tem como objetivo analisar os principais fatores de risco pregressos apresentados
pelos atuais participantes do Programa Multidisciplinar de Reabilitação Cardíaca REVICARDIO integrantes da Fase III do programa. Os dados foram obtidos através de
levantamento dos prontuários dos 8 pacientes (60,12 ± 8,21 anos, todos do sexo masculino,
IMC 29,19± 5,26) que compõem a Fase III do programa. Dentre os fatores analisados, o
tabagismo foi um fator de risco apresentado por cem por cento (100%) dos pacientes, setenta
e cinco por cento (75%) apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 62,5% eram
sedentários, quatro pacientes apresentavam dislipidemia, o que representa 50% dos
participantes, há também dois portadores de diabetes mellitus tipo II, caracterizando vinte e
cinco por cento (25%) da população. Nenhum dos pacientes apresentou apenas um fator de
risco, porém setenta e cinco por cento (75%) do grupo apresentava três ou mais destes fatores
associados. A melhor terapêutica às cardiopatias é o combate aos fatores de risco. A
prevenção ou eliminação destes fatores determinará o sucesso de todo e qualquer programa
de saúde, o que confere a equipe multidisciplinar papel importante na reabilitação destes
pacientes.
Descritores: Fatores de Risco, Coronariopatias, Reabilitação.
O EFEITO DE UMA DOSE ALTA DE VITAMINA D NA PRESSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
P. ZORZO¹; P. O. BORGES²; A. A. S. CODEVILLA²; G. R. R. SARTORI²; F. W. LANGER²; M. O.
PREMAOR³.
¹Acadêmica de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria, [email protected]; ²Acadêmico(a) de
Medicina, Universidade Federal de Santa Maria;
³ Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa Maria.
Introdução: Vários estudos associam o uso de vitamina D com uma diminuição da
mortalidade cardiovascular. Alguns estudos de coorte mostram níveis pressóricos mais altos
em indivíduos com deficiência de vitamina D. Não se sabe se a reposição de vitamina D
nestes indivíduos diminui a pressão arterial sistêmica. Justificativa: A pressão arterial
sistêmica é um importante fator de risco para eventos cardiovasculares. O uso de vitamina D
pode diminuir os níveis pressóricos em indivíduos com deficiência desse hormônio.
Objetivos: Avaliar a eficácia da reposição de vitamina D em mulheres idosas na pressão
arterial sistêmica. Metodologia: O estudo é um ensaio clínico duplo cego randomizado, com
dois braços, controlado com placebo. Mulheres com idade ≥ 60 anos recrutadas através das
listas de frequentadoras da Paróquia Nossa Senhora da Glória. Os critérios de exclusão são a
presença de doença aguda, neoplasias, doença renal crônica e doenças do metabolismo ósseo.
Cada grupo de 20 idosas recebe 300.000 UI de colecalciferol (VitD) ou placebo (P) de igual
sabor. A pressão arterial aferida de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, nos tempos 0, 30, 60 e 90 dias. O estudo é aprovado pela Direção de Ensino e
Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria e pelo Comitê de Ética da Universidade
Federal de Santa Maria. Modelos de regressão linear generalizada são utilizados para avaliar
as diferenças nos grupos e entre os grupos. Correção de Bonferroni é usada para ajustar para
múltiplas comparações. Resultados: Não há diferenças significativas entre os grupos após a
randomização na avaliação basal. A idade media das mulheres é [média (DP); vitD vs. P,
respectivamente] 67.5(4.7) anos vs. 66.7(6.1) anos. O IMC é 27.9 (4.0) kg/m2vs. 27.8 (4.8)
kg/m2 e as PAS e PAD são 141,6(24,7) mmHg vs. 144,8 (21,3) mmHg e 82,6(12.3) mmHg
vs.82,4(11.4) mmHg. Não há diferença na PAD após o tratamento (P = 0,830). Apesar de
não encontrarmos diferença significativa entre os grupos durante todo o acompanhamento
na PAS, quando consideramos a análise dos 60 e 90 dias esta foi significativamente menor no
grupo da vitamina D [a diferença no mês 2 quando comparada ao mês 0 é 9,06 mmHg (IC 2,7
a 15,4; P 0,002) e no mês 3 quando comparada ao mês 0 é 13,7 mmHg (IC 5,7 a 21,4; P
<0,0001)]. Conclusão: A reposição de vitamina D parece ser eficaz na redução da pressão
arterial sistólica no segundo e terceiro mês de tratamento.
Descritores: pressão arterial, vitamina D, mulheres, cardiovascular.
O BENEFÍCIO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FISIOTERAPIA
NO PRÉ- CIRÚRGICO CARDÍACO
M. A. CASSANEGO1; L. A. ZIEGLER1; I. G. RIBEIRO1; C. C. DORNELES2
1
Milene de Almeida Cassanego, acadêmica de fisioterapia da Universidade Luterana do
Brasil, e-mail: [email protected]
1
Luciana Arruda Ziegler, acadêmica de fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil
1
Iris Girolometto Ribeiro, acadêmica de fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil
2
Camila de Christo Dorneles, professora de fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil
INTRODUÇÃO: As complicações pulmonares pós-operatórias são uma fonte significativa de
mortalidade e morbidade, acarretando em um aumento do tempo de internação e custos. A
fisioterapia respiratória deverá ser iniciada no pré- operatório de forma a avaliar a eficácia de
suas intervenções em pacientes com maior e menor risco para desenvolver complicações, a
fim que estes se beneficiem com o tratamento. JUSTIFICATIVA: Esse trabalho é importante
devido os riscos de complicações pulmonares pós- operatórias (CPP) em cirurgia cardíaca
que variam entre 3 e 16% na revascularização do miocárdio e entre 5 e 7% em cirurgias
valvares e um programa de fisioterapia pré-operatório tende a contribuir contra complicações
no pós- cirúrgico. OBJETIVO: Verificar as principais técnicas utilizadas pela fisioterapia e a
importância do treinamento no pré- operatório cardíaco em relação à redução do tempo de
internação hospitalar, prevenção de complicações radiológicas pulmonares, alteração de
volumes pulmonares e força muscular inspiratória. METODOLOGIA: Baseada numa
pesquisa científica de revisão bibliográfica, baseado em livros, artigos, revistas cientificas e
site de publicações cientifica (SCIELO, BIREME, PEDro, LILACS). RESULTADOS: Em
estudos realizados, os pacientes foram submetidos à fisioterapia convencional que consiste
em exercícios ventilatórios, posicionamento no leito, manobras de vibração e compressão
torácica, orientação de tosse duas vezes ao dia e foram orientados sobre o pós-operatório. Os
resultados mostram que 76% dos pacientes que participaram de um programa de educação no
pré- operatório de cirurgia cardíaca apresentaram redução dos níveis de ansiedade antes da
cirurgia, mostram que pacientes com intervenção pré- cirúrgica tem o tempo de internação
hospitalar reduzido, mesmo com alguns pacientes recebendo apenas dois atendimentos no
pré- operatório, alguns pós- cirurgia de válvulas receberam alta hospitalar 8 dias antes do
que os pacientes que não receberam fisioterapia pré operatória, porém, não houve diferença
nas complicações radiológicas pulmonares. CONCLUSÃO: A fisioterapia pré- cirúrgia
cardíaca colabora com os pacientes na antecipação de sua alta hospitalar, o que também
resulta em diminuição de gastos hospitalares. As orientações ao paciente quando ao
procedimento cirúrgico e a evolução pós- operatória parece diminuir a ansiedade deles.
Assim, pode- se pensar em custo- efetividade num programa de fisioterapia pré- operatório,
mesmo que recebendo um número baixo de atendimento fisioterapêutico e existe a
necessidade de mais estudos, com um numero maior de pacientes, para a comprovação de que
a fisioterapia pré- cirúrgica é efetiva na mostra radiológica.
Descritores: benefícios, treinamento, fisioterapia.
OBESIDADE COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS
CARDIOVASCULARES
I. GIROLOMETTO RIBEIRO1; L. ZIEGLER1; M. DE ALMEIDA CASSANEGO1; D. W.R. FERRER2;
D. IDALGO DA ROCHA3; C. C.DORNELES4
1
Iris Girolometto Ribeiro, acadêmica de fisioterapia na Universidade Luterana do Brasil, e-mail:
í[email protected]
1
Luciana Ziegler, acadêmica de fisioterapia na Universidade Luterana do Brasil
1
Milene de Almeida Cassanego, acadêmica de fisioterapia na Universidade Luterana do Brasil
2
Daniele Wesz Ribas Ferrer, fisioterapeuta, Universidade Luterana do Brasil
3
Daniele Idalgo da Rocha, fisioterapeuta, Universidade Luterana do Brasil
4
Camila de Christo Dorneles, professora do curso de fisioterapia da Universidade Luterana do Brasil.
INTRODUÇÃO: Obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um
consumo de energia na alimentação, superior àquela usada pelo organismo para sua
manutenção e realização das atividades do dia a dia. No Brasil, o excesso de peso e a
obesidade já atingem mais de 30% da população adulta. A obesidade é acompanhadade uma
maior morbidade e uma menor longevidade, estando fortemente associada a afecções, como
hipertensão arterial, diabetes mellitus, gota, dificuldades
respiratórios, problemas
ortopédicos, disfunção psicossocial, pedra na vesícula, alguns tipos de câncer, entre outras.
JUSTIFICATIVA: O aumento gradativo de obesos jovens, pela vida moderna e atribulada
que todos levam o que resulta numa alimentação de má qualidade e o aumento do
sedentarismo, faz com que seja importante uma atenção especial pelos profissionais da saúde
para essa população, orientando- os sobre riscos e direcionando um tratamento adequado.
OBJETIVO: Demonstrar as principais alterações geradas pela obesidade que contribuem para
a incidência de doenças cardiovasculares (DCV). METODOLOGIA: Baseada numa
pesquisa científica de revisão bibliográfica, baseado em livros, artigos, revistas cientificas e
sites de publicações cientifica (SCIELO, Lilacs, BIREME, PEDro). RESULTADOS: Estudos
realizados demonstram alterações fisiopatológicas no coração do indivíduo obeso, tais como:
a pressão de enchimento e o volume do ventrículo esquerdo aumentada, desviando para a
esquerda a curva de Frank Starling, e dilatação das câmaras. Na frequência desta situação no
paciente hipertenso obeso, as alterações fisiopatológicas se mesclam e resultam em
adaptações cardíacas estruturais dimórficas, caracterizadas por hipertrofia ventricular
esquerda excêntrica concêntrica. O tratamento indicado depende do grau de obesidade, mas o
acompanhamento nutricional é fundamental em qualquer grau de obesidade, em alguns casos
faz- se necessário a intervenção farmacológica temporária para a redução de peso e até
mesmo cirúrgica para a redução de estômago. CONCLUSÃO: A obesidade é um fator de risco
para DCV cada vez mais presente na atualidade. São os aspectos econômicos, sociais e
psicológicos que repercutem nos hábitos de vida e consequentemente no organismo. Cabe aos
integrantes da equipe multidisciplinar promover a saúde, orientando quanto à importância da
manutenção da alimentação, prática de exercícios como método preventivo para o
estabelecimento de doenças cardiovasculares.
Descritores: Obesidade, doenças cardiovasculares, risco.
PAPEL DA FISIOTERAPIA NA FASE II DO PROGRAMA DE
REABILITAÇÃO CARDÍACA (REVICARDIO): RELATO DE EXPERIÊNCIA
C. FROEMMING1; M. G. MARQUES1; R. B. BERTAZZO1; R. C. MICHELON1; S. N. PEREIRA2; T. J. G.
NARDI3; I. M. ALBUQUERQUE4
1
Cristieli Froemming acadêmica de Fisioterapia UFSM, [email protected]
1
Marcelle Gomes Marques acadêmica de Fisioterapia UFSM
1
Raquel Bortoluzzi Bertazzo acadêmica de Fisioterapia UFSM
1
Rita Cassiana Michelon acadêmica de Fisioterapia UFSM
2
Dr. Sérgio Nunes Pereira professor titular UFSM
3
Me. Tiago José Gomes Nardi professor substituto UFSM
4
Orientadora
INTRODUÇÃO: A cada ano, as doenças cardiovasculares (DCVs) são responsáveis por 16,7
milhões de mortes no mundo, sendo no Brasil a primeira causa de morte. Por estes motivos as
DCVs, têm recebido atenção especial dos profissionais da saúde. Os programas de
reabilitação cardíaca objetivam o retorno do paciente cardíaco ao nível ótimo de recuperação,
capacitando este sujeito a adquirir e manter melhores condições de saúde. O Serviço de
Reabilitação Cardíaca do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) envolve a
participação de uma equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista
e educador físico) com proposta integrada de prevenção secundária nas doenças
cardiovasculares, nas fases I, II e III da reabilitação cardíaca, seguindo a Diretriz de
reabilitação cardiopulmonar e metabólica. Os tratamentos fisioterapêuticos na fase hospitalar
baseiam-se em procedimentos simples, como exercícios metabólicos de extremidades, treino
de marcha, entre outras atividades. Já, após alta hospitalar, quando preenchido os requisitos,
os pacientes recebem tratamento fisioterapêutico conforme protocolo de reabilitação
cardíaca, e realizam testes de esforço físico e respiratórios. OBJETIVO: Relatar vivências
de acadêmicos de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) no
desenvolvimento das atividades relativas à fase II do programa de reabilitação cardíaca do
HUSM. METODOLOGIA: O cenário é o HUSM e a academia do Centro de Educação Física
e Desportiva (CEFD) ambos localizados na UFSM. Participam da reabilitação cardíaca oito
pacientes. Esses são atendidos duas vezes por semana, uma vez no Serviço de Fisioterapia e
outra na academia do CEFD. Os acadêmicos de fisioterapia, mediante supervisão docente,
realizam a assistência para reabilitação cardíaca do grupo. RESULTADOS: De início, os
estudantes conhecem o projeto do qual faz parte o REVICARDIO, compreendendo sua
importância para os pacientes, HUSM e UFSM. Após, os acadêmicos analisam a história
clínica dos pacientes, reconhecem a estrutura física disponível e são orientados quanto à
conduta dos atendimentos. Em seguida, iniciam o trabalho na fase II da reabilitação cardíaca,
orientados pelos docentes coordenadores do projeto e seguindo o protocolo da respectiva
fase. Também, são estimulados a estudar sobre a fisioterapia cardiovascular. CONCLUSÃO:
A participaçãode acadêmicos de fisioterapia no programa de reabilitação cardíaca
REVICARDIO é de suma importância na formação desses profissionais, devido a esse tipo de
intervenção resultar em diminuição no tempo de internação e melhora da capacidade
funcional desses indivíduos. Desta forma, acreditamos que os alunos participantes desse
programa ao experimentarem um contato precoce e direto com os pacientes, tendem a
desenvolver habilidades de comunicação, acolhimento e segurança, assim como a construção
de uma boa e sólida postura profissional.
DeCS: doenças cardiovasculares, serviço de reabilitação, fisioterapia
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM MULHERES NA
PÓS-MENOPAUSA EM SANTA MARIA
G. R. R. SARTORI1; A. A. S. CODEVILLA2; F. W. LANGER2; A. R. VIEIRA2; R. M. COPÊS3; M. O.
PREMAOR4
1
Acadêmico de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria, [email protected]
Acadêmico de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria;
3
Médica Residente, Hospital Universitário de Santa Maria;
4
Professora Adjunta do Departamento de Clínica Médica, Universidade Federal de Santa Maria.
2
Introdução: As doenças cardiovasculares representam o maior custo referente a internações
hospitalares no país e são a principal causa de morte na população brasileira. Além disso,
estudos observacionais identificam idade pós-menopausa como fator de risco para doenças
cardiovasculares. Justificativa: Existem poucos estudos populacionais sobre a prevalência de
doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa em nosso país. Objetivo: Verificar a
prevalência de doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa em Santa Maria, Rio
Grande do Sul, Brasil. Metodologia: O estudo é delineado como transversal, incluindo 287
mulheres para investigar prevalência de doenças cardiovasculares na cidade de Santa Maria.
O estudo abrange o período entre primeiro de março e sete de junho de 2013. Os critérios de
inclusão são: ser mulher, ter 55 anos de idade ou mais e consultar nas unidades básicas de
saúde de sua região pelo menos uma vez nos últimos 24 meses. Os critérios de exclusão são:
ter déficit cognitivo, ser institucionalizada ou possuir dificuldades de comunicação. Os locais
de entrevista são as Unidades Básicas de Saúde, onde, após explicação do estudo com
posterior assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, os entrevistadores
aplicam um questionário padronizado a estas mulheres a respeito de histórico de
hipercolesterolemia, diagnóstico médico de hipertensão arterial, ocorrência de acidente
vascular cerebral, angina ou infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca. Além disso,
é avaliado o índice de massa corporal (IMC) de 276 das entrevistadas. Os valores estão
expressos em média e desvio padrão (DP) ou número (porcentagem). Resultados: A média de
idade das mulheres é 67,17 (DP = 7,76). O IMC médio das entrevistadas é 29,73 (DP = 5,38).
Das entrevistadas, cento e noventa e quatro relatam ter diagnóstico médico de hipertensão
arterial (69,5%) e cento e sessenta e seis de hipercolesterolemia (59,5%). Vinte e três
reportam acidente vascular cerebral (8,1%), trinta e cinco angina ou infarto agudo do
miocárdio (12,3%) e vinte e uma insuficiência cardíaca (7,4%). Conclusão: Esses dados são
similares a outro estudo observacional de base populacional realizado em Pelotas no ano de
2009, cujos métodos são semelhantes ao nosso. A prevalência autorreportada de doenças
cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa é consideravelmente alta em nosso meio.
Essas prevalências corroboram a necessidade de promoção e prevenção da saúde
cardiovascular dentre mulheres na pós-menopausa.
Descritores: pós-menopausa, pressão arterial, isquemia miocárdica, acidente vascular
cerebral.
PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM POPULAÇÕES
PEDIÁTRICAS OBESAS E COM SOBREPESO
M.A.C. ALFREDO¹a; N.K.F. ARAÚJO²a; I.B.M.CRUZ³a
1a
-Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria [email protected]
- Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria
3a
- Professora Adjunta do Centro de Ciências da Saúde daUniversidade Federal de Santa Maria.
2a
Introdução: A prevalência da obesidade infantil tem aumentado consideravelmente nas
últimas décadas e pode ser caracterizada como uma epidemia mundial. Os atuais hábitos
alimentares ricos em carboidratos e gordura saturada, têm sido acompanhados de
sedentarismo na infância, o que acarreta em alterações do perfil lipídico, as quais podem ser
permanentes caso não haja intervenções. Diversos estudos apontam a obesidade como fator
independente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em crianças, além de
associá-la a síndrome metabólica e relatarem sua ligação com a resistência à insulina, a
hipertensão arterial, a dislipidemia e a diabetes melito tipo 2. Objetivos: Analisar quais são os
eventos em saúde entre crianças obesas ou com sobrepeso relacionadas às doenças
cardiovasculares, bem como sua prevalência na população, a fim de se compreender a
causalidade desses dados epidemiológicos e preveni-los. Metodologia: A revisão bibliográfica
abordou publicações entre os anos de 2003 a 2013, por meio de buscas sistemáticas utilizando
os bancos de dados eletrônicos: Medline, Scielo, Pubmed, Cochrane e Google acadêmico.
Resultado e discussão: Em algumas cidades brasileiras cerca de 20% das crianças e
adolescentes são obesas ou apresentam sobrepeso. Sabe-se que complicações metabólicas são
recorrentes nessa parcela da população, uma delas é a síndrome metabólica que se apresentou
com alta prevalência nos estudos, juntamente com a hipertensão arterial e
hipertrigliceridemia. No mesmo contexto, pesquisas revelaram que mesmo em crianças
eutróficas, há a necessidade da investigação do perfil lipídico, já que valor elevado de
lipoproteína LDL-c favorece o aparecimento da doença arterial coronariana, e conjuntamente
com o aumento de triglicerídeo. Conclusão: A manutenção do peso saudável é importante
durante a infância, pois a obesidade adquirida tende a persistir na vida adulta, acompanhada
de hipertensão e diabetes, notórios fatores de risco para doenças cardiovasculares. Diante
disso, percebe-se a importância da implementação de medidas intervencionistas na prevenção
a este distúrbio nutricional em indivíduos mais jovens. Algumas áreas merecem atenção,
como a educação por meio de medidas educativas no currículo escolar, a indústria alimentícia
e os meios de comunicação.
Descritores: Obesidade, Doenças cardiovasculares, Estresse oxidativo.
PROJETO REANIMA!
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA SOBRE
ENSINO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR A ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO.
R. PALMA1; R. REIS1; P. MOSELE1; R. DE AVILA1; M. DALL’AGNOL2
1
Raphael Hemann Palma – Ac. 5º semestre, Medicina, UFSM – [email protected]
Pedro Henrique Canova Mosele - Ac. 5º semestre, Medicina, UFSM
1
Rodrigo Moraes Reis – Ac. 5º semestre, Medicina, UFSM
1
Rafael Almeia de Avila – Ac. 5º semestre, Medicina, UFSM
2
Profª Marinel Mór Dall’Agnol - Departamento de Saúde da Comunidade, Grupo de Pesquisas
EPICENTRO, UFSM.
1
Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2008, foi estimado
que 17,3 milhões de pessoas no mundo foram ao óbito por doenças do aparelho
cardiovascular, sendo que 12,8% destes, ou seja, 7,25 milhões devido à doença isquêmica do
coração. Sabe-se que mais de 50% das paradas cardiorrespiratórias (PCR) acontecem fora do
ambiente hospitalar e que o sucesso do procedimento é reduzido em 10% a cada minuto, após
o início do evento. Além disso, danos cerebrais potencialmente irreversíveis ocorrem após os
cinco primeiros minutos da parada cardíaca, e a taxa de sobrevivência é reduzida em até três
vezes na espera de um profissional de saúde. Dada à magnitude do problema, são de grande
importância a capacitação e os conhecimentos da população frente a esses episódios, pois os
procedimentos de reconhecimento e início da massagem cardíaca (Cadeia de Sobrevivência)
são simples e podem ser iniciados por leigos. Justificativa: Os estudantes de ensino médio
encontram-se inseridos em um contexto de aprendizado e são capazes de disseminar o
conhecimento às suas famílias e comunidade. Porém, são necessárias a busca e a avaliação de
publicações sobre o ensino de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) a esses jovens, sendo
preciso evidências sobre quais métodos apresentam maior efetividade e proporcionam maior
retenção de conhecimento. Objetivos: Buscar evidências científicas sobre o aprendizado e a
retenção de conhecimento dos alunos de ensino médio a partir do ensino teórico e prático da
RCP; Identificar os métodos de ensino teóricos e práticos que possuíram melhor eficácia;
Fornecer referencial teórico para um projeto extensão sobre RCP. Metodologia: A revisão
bibliográfica sistemática foi realizada a partir da biblioteca eletrônica Pubmed, no dia 7 de
maio de 2013. Em uma busca avançada, foi selecionada a opção de pesquisa por palavras no
texto e utilizadas uma combinação de dois campos, o primeiro escolhido dentre os seguintes:
Cardiopulmonary Resuscitation, Basic Life Support, Chest Compression, CPR, BLS. O
segundo entre: High School e Secondary School. Resultados: No total foram encontrados
123 artigos. Desses, 71 eram duplos. A partir dos 53 restantes, foram excluídos aqueles que
atendiam pelo menos um destes critérios: artigos com temática diferente, população-alvo não
escolar, ou <14 anos, artigos com amostra <60 alunos, artigos que somente abordavam o uso
do Desfibrilador Externo Automático (DEA) e método de ensino não presencial. Ao fim,
restaram cinco artigos que versavam especificamente sobre a temática desta revisão.
Resultados: A literatura que apresenta evidência científica da eficácia da capacitação para
RCP é escassa. A análise dos cinco artigos que satisfizeram os critérios desta revisão
sistemática aponta eficácia do método de ensino de reanimação cardiorrespiratória baseado
em aulas expositivas e práticas em manequim. Além do aprendizado da técnica correta de
reanimação, em um artigo foi apontado que os alunos tiveram retenção do conhecimento, após
quatro meses da capacitação, tão boa quanto logo após o ensino.
Capacitação, educação em saúde, ensino fundamental e médio, reanimação cardiopulmonar.
RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE TORNOZELO BRAQUIAL E CIRCULAÇÃO
PERIFÉRICA INFERIOR
J.C.R.C. JÚNIOR¹, D.P. SANTANA2, E.L. FERNANDES2, I.B. ZUMBA², R.M. ROLIM², S.N. PEREIRA³
¹ Acadêmico de medicina, UFSM, [email protected]
² Acadêmico de medicina, UFSM
³ Orientador e docente do departamento de cirurgia, UFSM
Introdução: O índice tornozelo braquial (ITB) tem como função mensurar o acometimento
dos membros inferiores, revelar se há ou não a presença de obstruções periféricas e qual a sua
gravidade. Quando o ITB é anormal, valores menores ou iguais a 0,9 , está relacionado à
obstrução comprometedora das artérias dos membros inferiores. Está, também, associado à
possibilidade de eventos cardiovasculares (ECV), infarto agudo do miocárdio (IAM),
particularmente, e acidente vascular encefálico (AVE) – independentemente de outros fatores
de risco. Justificativa: Como visto na literatura, o ITB é um bom indicador de morbidades
relacionadas à circulação, sendo utilizado como auxiliar a outros métodos diagnósticos .
Dessa forma, é relevante a análise dos dados entre os grupos de prevenção cardiológica
primária e secundária. Objetivo: Comparar os valores do ITB entre os participantes do
Programa de Reabilitação Cardíaca (REVICARDIO - caso) e os participantes do Programa de
Prevenção de Doenças Cardiovasculares (PREVENCARDIO - controle) do Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM). Tem o intuito de saber se há diferenças significativas
entre o grupo de pessoas que foi submetido a cirurgias cardíacas /angioplastias
(REVICARDIO) e o que não foi (PREVENCARDIO). Metodologia: Desenho do estudo: É
um estudo retrospectivo analisando dados de prontuário, referentes a mensuração do ITB.
Critérios de inclusão: Participar dos programas REVICARDIO e PREVENCARDIO .
Critérios de exclusão: Apresentar doença terminal, ter sofrido amputação, houver
impossibilidade técnica de aferição do ITB ou apresentar ITB superior a 1,4. População do
estudo: 34 pessoas, sendo 17 do grupo caso (REVICARDIO) e 17 do grupo controle
(PREVENCARDIO). Protocolo do ITB: Todas as aferições foram realizadas com
esfigmomanômetros aferidos pelo Inmetro. Em decúbito dorsal foram aferidas as pressões
sistólica da artéria tibial posterior, da artéria dorsal do pé direito e da artéria braquial
bilateralmente. Dividiu-se a maior das pressões encontradas no tornozelo pela maior das
pressões sistólicas encontrada na artéria braquial dos membros superiores, obtendo-se assim o
ITB. Os valores considerados normais para o ITB estão entre 0,9 e 1,4. Análise estatística:
Após a coleta de dados nas fichas, os mesmos foram lançados em de planilhas de cálculo.
Resultados: A média do ITB do primeiro grupo (participantes do programa REVICÁRDIO)
foi de 0,94. A média do segundo grupo (participantes do programa PREVENCÁRDIO) foi de
1,11. Apesar de os resultados revelarem uma média maior que 0,9 (valor atribuído ao ITB
normal), apenas no primeiro grupo observou-se pacientes com ITB abaixo desta faixa de
normalidade. Conclusão: Nossos resultados demonstraram que pacientes do grupo caso, como
o esperado, têm maior chance de desenvolver doenças arteriais periféricas, quando
comparados aos pacientes componentes do grupo controle ,sendo o ITB uma medida útil para
verificação do risco de doenças relacionadas à circulação periférica inferior.
REVISÃO DE LITERATURA: OBESIDADE INFANTIL E RISCOS
CARDIOVASCULARES
J. Parcianello1; G. Bevilacqua Schmitz1; J. Aguirre Carvalho1; L. Garcia dePaiva1; L. Barcellos Friedrich1; E. L.
Bevilacqua Schmitz2
1
Acadêmicos do 5º semestre de medicina da UFSM - e-mail: [email protected]
2
Orientador, Médica especialista em Medicina de Família e Comunidade
Introdução: A obesidade infantil é um problema de saúde pública que preocupa cada vez mais,
tanto pelo rápido crescimento de sua prevalência, como também por ser um dos principais
fatores que contribui para a doença cardiovascular precoce e síndrome metabólica.O
Bogalusa Heart Study, a partir de vários estudos de coorte, demonstrou que os fatores de
risco relacionados aos problemas cardiovasculares estão presentes desde a
infância/adolescência. Dessa forma, uma maior atenção deve ser dada a essa faixa etária,
tendo em vista que fatores de risco podem ser modificados e evitados para reduzir a
probabilidade de complicações cardiovasculares na vida adulta. Justificativa: Uma vez que as
doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte em todo o mundo, os fatores
de risco associados a elas devem ser detectados precocemente para minimizar comorbidades
futuras. Objetivo: O objetivo deste trabalho é mostrar a relevância de se conhecer fatores de
risco associados às doenças cardiovasculares desde a infância como forma de prevenir
grandes comorbidades na vida adulta. Métodos: Foi realizada uma busca de artigos através do
banco de dados Scielo e Pubmed, bem como manuais e diretrizes relacionadas ao tema. As
palavras-chave utilizadas foram: risco cardiovascular, obesidade infantil. Resultados: Segundo
as diretrizes Brasileiras de Obesidade Infantil, a obesidade defini-se como acúmulo de tecido
gorduroso localizado ou generalizado provocado por desequilíbrio nutricional associado ou
não a distúrbios genéticos ou endócrinometabólicos. Devido à variação da corpulência
durante o crescimento, ainterpretação difere de acordo com sexo e faixa etária. A
International Obesity Task Force define a condição de sobrepeso na curva de percentil de
índice de massa corpórea entre valores 85% a 95% e a obesidade corresponde ao valor acima
de 95%. Sugere-se que crianças com percentual de gordura maior do que 33% e
circunferência abdominal superior a 71 cm são mais predispostas a risco cardiovascular. Entre
os diversos fatores de risco cardiovasculares analisados, o sobrepeso e a obesidade sempre se
mostraram fortemente relacionados à doença arterial coronariana e diversos estudos reforçam
sua prevalência aumentada em idades precoces, podendo variar de 18,8% a 26,3% em coortes
brasileiras envolvendo crianças e adolescentes. Além disso, dados do Bogalusa Heart Study,
mostraram uma associação direta entre circunferência abdominal, níveis elevados de
triglicerídeos, LDL-c e insulina, e uma associação indireta com baixos níveis de HDL-c,
independente de raça, gênero, IMC e altura, sendo todos estes fatores associados a um maior
risco cardiovascular. Em outros estudos realizados no Brasil, foi evidenciado uma prevalência
de obesidade e sobrepeso relacionado diretamente com um aumento dos níveis de colesterol
total e triglicerídeos, elevação da pressão arterial e uma baixa quantidade deatividade física
e hábitos de vida inadequados. Conclusão: Pela revisão de vários estudos, compreende-se
que a obesidade infantil tornou-se uma pandemia relacionada com o maior risco de doenças
cardiovasculares no futuro. Os principais fatores que se relacionam com obesidade infantil
são: altos índices de LDL e colesterol total, baixos níveis de HDL, pressão arterial elevada,
circunferência abdominal aumentada e sedentarismo.
RESULTADOS DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA DO HUSM NO PERÍODO DE
2006 A 2012
M. S. BATISTA¹, D. Da PIÉVE², I. B. ZUMBA², J. S. TRENTIN², J. C. R. C. JUNIOR², S. N. PEREIRA³
¹Acadêmica do curso de Medicina, UFSM; [email protected];
²Acadêmicos do curso de Medicina, UFSM
³Orientador e docente do departamento de cirurgia, UFSM
Introdução: Em julho de 2006, o Hospital Universitário de Santa Maria foi credenciado como
Unidade de Alta Complexidade em Cardiologia, após longa luta para aquisição de um novo
equipamento de Hemodinâmica -quesito indispensável para obtenção do referido
credenciamento – além da complementação como a montagem da Unidade de Cardiologia
Intensiva. Ainda em julho, iniciaram os procedimentos de Cateterismo cardíaco, Angioplastias
e Cirurgias com circulação extracorpórea. Ao longo desses sete anos, foram realizadas 733
cirurgias cardíacas e 9.970 procedimentos cardiovasculares. Justificativa: Considerando o
fato de que o Hospital havia sido descredenciado para o serviço de Hemodinâmica e Cirurgia
cardiovascular em 1989 e desde então não havia opção para atendimento de alta
complexidade em cardiologia pelo SUS, nos parece justificável apresentar este relato sobre a
experiência acumulada no período. Objetivo: Apresentar o relato desta experiência
Metodologia: Foi utilizada a base de dados do Serviço de Hemodinâmica e do Setor de
Estatística do HUSM. Resultados: Os resultados obtidos são mostrados na tabela abaixo:
Ano
CAT
2006
282
2007
ACTP
MP
ATP
ART
CIR.
CARD.
106
43
*
-
21
587
257
59
07
53
101
2008
532
199
86
05
169
117
2009
644
265
77
17
619
125
2010
697
216
101
56
775
118
2011
743
177
110
99
904
123
2012
726
206
110
101
942
128
* Em 2006, esse procedimento não era realizado pelo Serviço de Hemodinâmica .
Legenda:
CAT – Cateterismo Cardíaco
ACTP – Angioplastia Coronariana
Transluminal Percutânea
MP – Marcapasso
Cir. Card – Cirurgia Cardíaca
ATP – Angioplastia Transluminal periférica
ART – Arteriografia
Conclusão: Ao longo do seguimento de sete anos, foi observado um aumento progressivo no
número de Cateterismos, Introdução de Marcapassos, Angioplastia Transluminal Periférica,
Arteriografia e Cirurgias Cardíacas. A Angioplastia Coronariana Transluminal Percutânea
apresentou variabilidade na progressão quantitativa.
DESCRITORES: serviço de cardiologia, procedimentos invasivos, evolução na contagem de
intervenções cardiovasculares.
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS DA GESTAÇÃO: REVISÃO DE LITERATURA
J. D. SANTOS2; L. A. WILHELM.3; L. B. RESSEL.4; K. C. POMPEU5
2
Relatora. Acadêmica do 6° semestre de Enfermagem. Universidade Federal de Santa Maria -UFSM. E-mail:
[email protected]
3
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem. UFSM.
4
Orientadora.Doutora em Enfermagem. Professora associada ao Departamento de
Enfermagem da UFSM.
5
Técnica e Acadêmica de Enfermagem UFSM. Doula.
INTRODUÇÃO: Entre as complicações existentes no ciclo gravídico-puerperal, uma das mais
importantes é a hipertensão arterial gestacional, que ocupa o primeiro lugar entre as causas de
morte materna brasileira. Em gestantes, as Síndromes Hipertensivas Gestacionais (SHG)
podem ser classificadas como níveis pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg para pressão
sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica. Com etiologia ainda desconhecida, as SHG tem
incidência em 6% a 30% das gestantes, apresentando um alto risco de morbidade e
mortalidade materna e perinatal. Ainda, as SHG podem ser classificadas em Hipertensão
Arterial Crônica, Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica, Pré-eclâmpsia e
Eclâmpsia. JUSTIFICATIVA: É relevante estudar as principais SHG pelo fato de serem a
principal causa de morbimortalidade materna e perinatal, além de refletir acerca da assistência
prestada a essas mulheres com SHG. OBJETIVO: Realizar uma reflexão acerca dos
principais tipos de Síndromes Hipertensivas Gestacionais. METODOLOGIA: Revisão de
literatura baseada em revisão de livros, periódicos e manuais, a respeito da temática.
RESULTADOS: A Hipertensão Arterial Crônica pode ser observada antes da gravidez ou
durante a gestação, próximo da 20ª semana, podendo permanecer após o seu termino. Préeclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica evidencia-se pelo surgimento da pré-eclâmpsia
em mulheres com hipertensão crônica ou doença renal. Nestas gestantes, ocorre o
agravamento desta situação e o surgimento ou piora da proteinúria após a 20ª semana de
gestação. Ainda, nesta condição, pode surgir trombocitopenia e o aumento das enzimas
hepáticas. Associada aos piores resultados das síndromes hipertensivas, tanto maternos
quanto perinatais, a pré-eclampsia caracteriza-se clinicamente pelo aumento dos níveis de
pressão após a 20ª semana de gestação, compondo a tríade: edema, proteinúria e hipertensão
arterial. Tendo o seu desaparecimento 12 semanas após o parto, a pré-eclâmpsia compromete
todos os órgãos e sistemas maternos, principalmente os sistemas cerebral, vascular, hepático e
renal e pode ser classificada como leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento
desses sistemas. Nesse constructo, a eclâmpsia caracteriza-se quando este quadro hipertensivo
gera convulsões tônico-clonicas ou coma na gestante, não tendo sua origem de epilepsias e
doenças convulsivas. Este tipo de SHG pode ocorrer tanto na gravidez, parto ou puerpério
imediato e tem como principais manifestações de sintomas pré-convulsão a cefaléia, frontal
ou temporal, e/ou distúrbios de acomodação visuais (escotomas). Vale destacar que, embora a
maioria destas gestantes manifeste estes sintomas, estes podem estar ausentes em um número
significativo de mulheres, o que pode gerar dificuldade na identificação da doença.
CONCLUSÃO: Apesar do fato da gestação ser um fenômeno fisiológico e sua evolução, na
maioria dos casos não apresentar intercorrências, as SHG podem estar presentes neste
processo. Sendo assim, o conhecimento dos principais tipos de SHG e sua fisiopatologia
pode permitir facilidade no seu diferenciamento e contribuir para uma atuação eficiente da
equipe de saúde, permitindo o diagnóstico precoce e atuação precisa no momento adequado,
com vistas a reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna decorrentes destas síndromes.
Descritores: Enfermagem, hipertensão, gravidez, complicações na gravidez.
SÍNDROME DE TAUSSIG BING: RELATO DE CASO
C.M. SANTOS1, W.M. SANTOS2, C. PIGATTO3, M. FELTRIN4, L.F. SANTOS5, F.M.P.
GALARRETTA6.
1
Caroline Mombaque dos Santos – Médica-Residente do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.Universidade
Federal de Santa Maria. E-mail: [email protected]
2
Wendel Mombaque dos Santos – Enfermeiro do trabalho. Mestrando em Enfermagem. Universidade Federal
de Santa Maria.
3
Camila Pigatto – Médica Ginecologista e Obstetra, Médica-Residente do serviço de Medicina Fetal.
Universidade Federal de Santa Maria.
4
Marcelo Feltrin - Médico Ginecologista e Obstetra, Médico-Residente do serviço de Medicina Fetal.
Universidade Federal de Santa Maria.
5
Larissa Fonseca dos Santos – Médica Ginecologista e Obstetra, Especialista em Medicina Fetal. Universidade
Federal de Santa Maria.
6
Francisco Maximiliano Pancich Galarretta. Médico Ginecologista e Obstetra, Doutor em Ginecologia e
Obstetrícia. Universidade Federal de Santa Maria
Introdução: As anomalias congênitas são as maiores causas dos óbitos infantis. A doença
cardíaca congênita é responsável por 30 a 50% desses óbitos. Ao avaliarmos somente o
período pós-natal, a incidência de anomalias cardíacas varia de 3 a 12 por 1000 nascidos
vivos. Mas, ao considerar as gestações com óbito intra-útero ou que evoluem com
abortamento, esta incidência estaria subestimada. Os fatores de risco para malformação
cardíaca podem ser de origem materna (diabetes, exposição a drogas, história familiar, idade)
ou fetal (hidropsia fetal, cromossomopatias, gemelaridade). Ainda assim, a maior parte das
crianças afetadas não possui nenhum fator de risco conhecido. Os defeitos cardíaco mais
complexos e severos, por serem mais visíveis, são mais facilmente identificados intra-útero.
A síndrome de Taussig Bing consiste na transposição da aorta para o ventrículo direito e máposição da artéria pulmonar com defeito de septo ventricular. Foi primeiramente descrita há
60 anos e ainda representa um desafio aos cardiologistas. No recém-nato, apresenta-se como
uma patologia cianótica. Justificativa: a Síndrome de Taussig Bing é uma rara
malformação congênita, de modo a possuir pouca literatura sobre esta, justificando a
realização deste trabalho. Objetivo: descrever um relato de caso sobre a síndrome de Taussig
Bing em um recém- nascido. Metodologia: Relatar aspectos ultrassonográficos do
diagnóstico intra-útero da síndrome de Taussig Bing. Resultados: MRP, 40 anos, quatro
gestações com três partos vaginais prévios, negra, do lar, casada, procedente de Santa Maria.
Foi encaminhada à UMF apresentando uma idade gestacional de 30 semanas e 3 dias por
exame precoce devido a alterações cardíacas no exame obstétrico rotineiro e na
ecocardiografia fetal. Realizou exame no serviço que evidenciou transposição dos grandes
vasos da base, comunicação interventricular perimembranosa (diagnóstico de Síndrome de
Taussig Bing) associado com malformação adenomatóide cística pulmonar unilateral.
Conclusão: Foi realizado seguimento pré-natal de rotina que descartou comorbidades
associadas. Ao completar 32 semanas de idade gestacional, paciente foi encaminhada a
serviço de referência em cardiologia (Instituto de Cardiologia – Porto Alegre – Rio Grande
do Sul) para avaliação e programação de cirurgia cardíaca fetal após o nascimento. Decidiu-se
pela realização de parto por via alta com 37 semanas de gestação, peso ao nascimento maior
de 3 Kg, cianose importante. Recém-nascido evoluiu para óbito durante realização do
segundo procedimento para correção do defeito que era possuidor.
Descritores: Dupla Via de Saída do Ventrículo Direito, Técnicas de Diagnóstico Obstétrico e
Ginecológico , Obstetrícia , Anormalidades Congênitas.
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