Resumo das Características do Medicamento 1. Nome

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Resumo das Características do Medicamento
1. Nome do Medicamento
Etoxisclerol 0,5%, Solução injetável, 5 mg/ml
Etoxisclerol 1, Solução injetável, 10 mg/ml
Etoxisclerol 2%, Solução injetável, 20 mg/ml
Etoxisclerol 3%Solução injetável, 30 mg/ml
2. Composição dos Medicamentos
Etoxisclerol é um agente esclerosante à base de lauromacrogol 400 e contém as seguintes
quantidades de substância ativa:
Substância ativa por tipo e quantidade
Cada ml contém:
Etoxisclerol
0,5%
1%
2%
3%
Lauromacrogol 400
5 mg
10 mg
20 mg
30 mg
Excipientes com efeito conhecido:
Etoxisclerol contém 42 mg de etanol por ml.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1
3. Forma Farmacêutica
Solução injetável, Solução límpida, incolor a muito ligeiramente amarela esverdeada.
4. Informações Clínicas
4.1 Indicações terapêuticas
Etoxisclerol está indicado para escleroterapia de veias varicosas e da doença hemorroidal.
4.2 Posologia e modo de administração
Dependendo do tamanho das varizes a esclerosar, são necessárias concentrações diferentes de
Etoxisclerol. Para o tratamento de hemorróidas é utilizado Etoxisclerol 3%. É válida a
seguinte escala de indicação:
Modo
de Concentração de Etoxisclerol
administração
0,5%
1%
2%
3%
Telangiectasias
●
Veias centrais de
telangiectasias
Varizes reticulares
●
●
●
Líquido
Espuma
Líquido
Espuma
Líquido
Espuma
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
●
●
Pequenas varizes
Varizes médias
Grandes varizes
Hemorróidas
grau I e II
de
●
●
●
●
●
●
●
Líquido
Espuma
Líquido
Espuma
Líquido
Espuma
Líquido
Espuma
Se estiverem indicadas várias concentrações para o mesmo tratamento, deve ter-se em conta o
diâmetro da veia e a situação individual do doente. Em caso de dúvida, deve utilizar-se a
concentração mais baixa.
Posologia com administrações únicas e diárias
De uma forma geral, não deve ser ultrapassada a dose de 2 mg de lauromacrogol 400
(polidocanol) por kg de peso corporal e por dia.
Para um doente com um peso corporal de 70 kg podem ser injetados até 140 mg de
lauromacrogol 400 (exceção, ver Posologia em hemorróidas).
140 mg de lauromacrogol 400 estão contidos em:
Etoxisclerol 0,5%
28 ml de solução injetável
Etoxisclerol 1%
14 ml de solução injetável
Etoxisclerol 2%
7 ml de solução injetável
Etoxisclerol 3%
4,6 ml de solução injetável
Etoxisclerol pode ser utilizado para a escleroterapia com espuma (ver secção 5.1,
Propriedades farmacodinâmicas). Para a produção de uma espuma viscosa de bolha fina,
homogénea e padronizada, observar as indicações dos respetivos sistemas.
Na aplicação na forma de espuma esclerosante, a dose total de 10 ml de espuma por sessão e
por dia - independentemente do peso corporal - não deve ser ultrapassada.
Uma varicose extensa deve ser sempre tratada em várias sessões.
Na primeira sessão de tratamento de varizes, os doentes com tendência para reações de
hipersensibilidade não devem receber mais de uma injeção. Dependendo da reação, no
tratamento seguinte poderão ser administradas várias injeções, observando sempre a dose
máxima.
Escleroterapia de telangiectasias
Dependendo do tamanho da área a tratar, são administrados 0,1 a 0,2 ml de Etoxisclerol
0,25% ou 0,5% por injeção por via Intravenosa.
Escleroterapia de veias centrais de telangiectasias
Dependendo do tamanho da área a tratar, são administrados 0,1 a 0,2 ml de Etoxisclerol
0,25%-1% por injeção por via Intravenosa.
Escleroterapia de varizes reticulares
Dependendo do tamanho da variz a tratar, são administrados 0,1 a 0,3 ml de Etoxisclerol 1%
por injeção por via Intravenosa.
Escleroterapia de pequenas varizes
Dependendo do tamanho da variz a tratar, são administrados 0,1 a 0,3 ml de Etoxisclerol 1%
líquido por injeção por via Intravenosa.
Na utilização de Etoxisclerol 1% na forma de espuma esclerosante, p. ex., para o tratamento de
varizes de ramificações, são injetados por injeção até 4 ml (máximo de 6 ml) por punção. No
caso de veias perfurantes, são injetados até 2 ml (máximo 4 ml) por punção. Observe a dose
diária máxima.
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
Escleroterapia de varizes médias
Dependendo do diâmetro das varizes a esclerosar, utiliza-se Etoxisclerol 2% ou 3% líquido.
Na primeira sessão só deve ser administrada uma injeção de 0,5 a 1 ml de Etoxisclerol 2% ou
3%. Dependendo do resultado do tratamento e da extensão da área a esclerosar, no tratamento
seguinte poderão ser administradas várias injeções de até 2 ml por injeção, observando
sempre a dose máxima.
Ao utilizar Etoxisclerol 2% na forma de espuma esclerosante, p. ex., para o tratamento de
veias perfurantes, são injetados até 2 ml de espuma, para o tratamento das veias safenas
magna e parva são injetados até 4 ml por punção (na veia safena magna no máximo 6 ml).
Observe a dose diária máxima.
Ao utilizar Etoxisclerol 3% na forma de espuma esclerosante, p. ex., para o tratamento das
veias safenas magna e parva, são injetados até 4 ml por punção (na veia safena magna no
máximo 6 ml). Observe a dose diária máxima.
Escleroterapia de grandes varizes
No primeiro tratamento é administrada apenas uma injeção de 1 ml de Etoxisclerol 3%
líquido. Dependendo do resultado do tratamento e da extensão da área a esclerosar, nos
tratamentos seguintes poderão ser administradas várias (2 a 3) injeções com até 2 ml por
injeção, observando sempre a dose máxima.
Ao utilizar Etoxisclerol 3% na forma de espuma esclerosante, p. ex., para o tratamento das
veias safenas magna e parva, são injetados até 4 ml por punção (na veia safena magna no
máximo 6 ml). Observe a dose diária máxima.
Concentrações da espuma esclerosante por indicação
Etoxisclerol
Exemplos de aplicação
Veia safena magna
Veia safena parva
Varizes de ramificações
Veias perfurantes
1%
+
+
2%
3%
+
+
+
+
+
Nota: As concentrações indicadas referem-se ao Etoxisclerol líquido para a produção de espuma esclerosante
Escleroterapia de hemorróidas
Durante uma sessão, a dose total de 3 ml de Etoxisclerol 3% não deve ser ultrapassada.
Dependendo do diagnóstico, é injetado no máximo 1,0 ml por mamilo hemorroidário na
forma de injeção estritamente por via submucosa. A exceção é o mamilo hemorroidário às 11
horas nos homens. Neste não devem ser injetados mais de 0,5 ml.
População pediátrica
Não existe uma utilização relevante de Etoxisclerol na população pediátrica.
Modo e duração de administração
Escleroterapia de telangiectasias
Escleroterapia de veias centrais de telangiectasias
Escleroterapia de varizes reticulares
Escleroterapia de pequenas varizes
Normalmente, a injeção é administrada numa perna em posição horizontal ou elevada a cerca
de 30-45° acima da posição horizontal. Todas as injeções, mesmo no caso de telangiectasias,
devem ser efetuadas por via intravenosa!
Devem ser utilizadas agulhas muito finas (p. ex., cânulas de insulina) e seringas fáceis de
utilizar. A punção deve ser realizada tangencialmente e a aplicação lenta com posição
intravenosa da cânula.
No caso da espuma esclerosante, a cânula não deve ter um tamanho inferior a 25 G.
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
Escleroterapia de médias e grandes varizes
Independentemente do modo de punção – no doente em pé apenas com cânula ou no doente
sentado com seringa pronta para a injeção – a injeção é normalmente administrada numa
perna em posição horizontal ou elevada a cerca de 30-45° acima da posição horizontal.
As injeções devem ser efetuadas estritamente por via intravenosa!
No caso da escleroterapia com espuma, a punção direta e a injeção em veias safenas não
visíveis, veias perfurantes e varizes na região inguinal ou na região poplítea devem ser
controladas mediante ecografia (de preferência com Doppler). Noutras varizes não visíveis,
recomenda-se a orientação da punção e da injeção mediante ecografia.
Indicações:
Dependendo do grau e da extensão das varizes, podem ser necessários vários tratamentos.
Os trombos que se formam ocasionalmente nas veias varicosas são eliminados mediante
incisão perfurante e extração do trombo.
Tratamento de compressão após a injeção de Etoxisclerol líquido
Depois de tapar o local de injeção, deve aplicar-se uma ligadura ou meia de compressão. A
seguir, o doente deve caminhar durante 30 minutos, se possível na área do consultório.
Tratamento de compressão após a injeção de Etoxisclerol espuma esclerosante
Depois de tapar o local de injeção, a perna do doente é imobilizada durante 2 a 5 minutos.
Devem ser evitadas manobras de Valsalva e ativação muscular do doente, assim como uma
compressão imediata no local de injeção. A compressão é aplicada após cerca de 10 minutos
nas veias safenas magna ou parva e após 5 minutos nas varizes de ramificações, varizes
recidivantes ou veias perfurantes.
Duração da compressão
Após a escleroterapia de telangiectasias, a compressão deve ser usada durante 2 a 3 dias, nos
outros casos durante 5 a 7 dias.
Após a escleroterapia de médias e grandes varizes, a compressão deve ser usada durante 3 a 5
semanas. No caso de varicose generalizada, recomenda-se um tratamento de compressão de
vários meses com ligaduras de alta compressão.
Para garantir uma colocação segura da ligadura, especialmente na coxa e nos membros
arredondados, recomenda-se a colocação de uma faixa de espuma sob a ligadura de
compressão.
O sucesso da escleroterapia é essencialmente determinado pelo tratamento continuado e
cuidadoso de compressão.
Escleroterapia de hemorróidas
A injeção deve ser administrada estritamente por via submucosa diretamente no mamilo
hemorroidário ou acima (cranial) do mamilo na área circundante dos vasos que o irrigam.
Deve ter-se um especial cuidado na área do esfíncter anal interno devido ao risco de danos e
subsequentes problemas de incontinência. No tratamento do mamilo hemorroidário às 11
horas nos homens, devido à proximidade da uretra e da próstata, a quantidade injetada não
deve ultrapassar os 0,5 ml de Etoxisclerol 3%.
Dependendo da extensão das hemorróidas, podem ser necessários vários tratamentos.
4.3 Contraindicações
Escleroterapia de varizes
A escleroterapia de varizes é absolutamente contraindicada em casos de:
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1.
doenças sistémicas agudas graves (especialmente quando não tratadas)
imobilidade
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
insuficiência arterial grave (de grau III e IV de Fontaine)
doenças tromboembólicas
risco elevado de trombose (p. ex., trombofilia hereditária conhecida ou existência de vários
fatores de risco em simultâneo, como utilização de contracetivos hormonais ou terapêutica
hormonal de substituição, adiposidade, tabagismo, fases prolongadas de imobilidade).
Na escleroterapia com espuma também estão incluídos:
forame oval patente sintomático conhecido./ Shunt direita-esquerda conhecido sintomático.
Dependendo do grau de gravidade, a escleroterapia de varizes pode ter uma contraindicação
relativa em casos de:
estados febris
asma brônquica ou forte tendência conhecida para alergias
muito mau estado geral
insuficiência arterial grave (de grau III e IV de Fontaine), quando se pretende esclerosar
telangiectasias
edema da perna (quando não influenciável por compressão)
doenças cutâneas inflamatórias na área de tratamento
sintomas de microangiopatia ou neuropatia
mobilidade limitada
Na escleroterapia com espuma também estão incluídos:
forame oval patente assintomático conhecido
sintomas visuais, psíquicos ou neurológicos após escleroterapia com espuma
Escleroterapia de hemorróidas
A escleroterapia de hemorróidas é absolutamente contraindicada em casos de:
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados na
secção 6.1
doenças sistémicas agudas graves (especialmente quando não tratadas)
inflamações agudas na área anal.
Dependendo do grau de gravidade, a escleroterapia de hemorróidas pode ter uma
contraindicação relativa em casos de:
estados febris
asma brônquica ou forte tendência conhecida para alergias
muito mau estado geral
doenças inflamatórias intestinais crónicas (p. ex., doença de Crohn)
hipercoagulabilidade conhecida.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Todos os preparados de Etoxisclerol contêm 5%vol. de álcool. Tal deve ser tido em
consideração em doentes com antecedentes de alcoolismo ou submetidos a um tratamento do
alcoolismo com Disulfiram.
Os preparados de Etoxisclerol contêm menos de 1 mmol (39 mg) de potássio por ampola.
Os preparados de Etoxisclerol contêm menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por ampola.
Escleroterapia de varizes
Os agentes esclerosantes nunca devem ser injetados por via intra-arterial uma vez que podem
provocar necroses graves, que podem obrigar a uma amputação. Neste tipo de incidentes,
consultar imediatamente um cirurgião vascular (ver secção 4.9)!
Para todos os agentes esclerosantes impõe-se um diagnóstico médico rigoroso na área da face,
uma vez que a injeção ntravascularpode provocar a inversão da pressão nas artérias, levando,
assim, a uma deficiência visual permanente (cegueira).
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
Em determinadas regiões corporais, como o pé ou na região dos tornozelos, persiste o
aumento do risco de injeção intra-arterial inadvertida. Assim, devem ser utilizadas
quantidades e concentrações reduzidas com um cuidado extremo durante o tratamento.
O volume médio recomendado de espuma esclerosante por sessão é de 2 a 8 ml, sendo o
volume máximo de espuma esclerosante por sessão (para uma ou mais injeções) 10 ml.
Durante o tratamento de veias safenas, a injeção da espuma é efetuada com uma distância
mínima de 8 a 10 cm relativamente aos pontos de drenagem. Caso a ecografia detete um bolus
de espuma no sistema venoso profundo, o doente deve proceder à ativação muscular, p. ex.,
flexão dorsal da articulação do pé.
Escleroterapia de hemorróidas
Na esclerose de hemorróidas deve ter-se o cuidado de não danificar o esfíncter anal interno, a
fim de evitar problemas de incontinência.
Nos homens, na área do mamilo hemorroidário às 11 horas não devem ser administrados mais
de 0,5 ml de Etoxisclerol 3% devido à proximidade de outras estruturas (próstata e uretra).
4.5 Interações medicamentosas
Lauromacrogol 400 é um anestésico local. Com a administração concomitante de outros
anestésicos existe o perigo de efeito aditivo destes anestésicos no sistema cardiovascular.
4.6 Fertilidade, Gravidez e amamentação
Gravidez
Até à data não existe experiência suficiente na utilização de Etoxisclerol em mulheres
grávidas. Estudos em animais indicaram toxicidade reprodutiva, mas nenhum potencial
teratogénico (ver secção 5.3 Dados de segurança pré-clínica).
Assim, Etoxisclerol só pode ser utilizado na gravidez se for estritamente necessário.
Amamentação
Não está disponível informação sobre a passagem de lauromacrogol 400 para o leite materno
humano. Caso o tratamento esclerosante se torne necessário durante a amamentação,
recomenda-se a interrupção da mesma durante 2 a 3 dias.
4.7 Efeitos na capacidade de conduzir e a utilização de máquinas
Desconhecem-se efeitos negativos de Etoxisclerol sobre a capacidade de condução e a
utilização de máquinas.
4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis mencionados de seguida foram comunicados em relação com a
utilização mundial de lauromacrogol 400. Estas reações foram prejudiciais em alguns casos,
mas de uma forma geral foram apenas transitórias. Como se trata frequentemente de
comunicações espontâneas, sem relação com um grupo de doentes definido e sem grupo de
controlo, não é possível calcular as frequências com exatidão ou comprovar sempre uma
relação causal com a exposição ao fármaco. No entanto, com base na experiência de longo
prazo, é possível realizar uma avaliação fundamentada.
Escleroterapia de varizes
Durante a escleroterapia de varizes foram observadas reações locais indesejáveis (p. ex.,
necroses), especialmente na pele e no tecido subjacente (raramente também nos nervos), após
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
uma injeção inadvertida no tecido circundante (injeção paravenosa). O risco aumenta com o
aumento das concentrações e das quantidades de Etoxisclerol.
Além disso, foram observados os seguintes efeitos secundários com diferentes frequências
(indicação de acordo com MedDRA (Dicionário Médico para as Atividades
Regulamentares)):
Muito frequentes (≥ 10%); frequentes (≥ 1% - < 10%); pouco frequentes (≥ 0,1% - < 1%);
raros (≥ 0,01% - < 0,1%); muitos raros, incluindo casos isolados (< 0,01%).
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: choque anafilático, angioedema, urticária (generalizada), asma (crise asmática)
Doenças do sistema nervoso
Muito raros: acidente vascular cerebral, apoplexia, cefaleia, migraine (com espuma
esclerosante com a frequência: raros), parestesia (local), perda dos sentidos, estado de
confusão, tonturas, afasia, ataxia, hemiparesia, hipoestesia oral
Afeções oculares
Muito raros (com espuma esclerosante raros): deterioração da visão (afeção reversível da
visão)
Cardiopatias
Muito raros: paragem cardíaca, palpitações, frequência cardíaca anormal
Vasculopatias
Frequentes: neovascularização, hematoma
Pouco frequentes: tromboflebite superficial, flebite
Raros: trombose venosa profunda (possivelmente devido a doença base)
Muito raros: embolia pulmonar, síncope (vasovagal), colapso circulatório, vasculite
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raros: dispneia, desconforto no peito (sensação de pressão no peito), tosse
Doenças gastrointestinais
Muito raros: alteração do paladar, náuseas, vómitos
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Frequentes: hiperpigmentação cutânea, equimose
Pouco frequentes: dermatite alérgica, urticária de contacto, reação cutânea, eritema
Muito raros: hipertricose (na área da escleroterapia)
Afeções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Raros: dor numa extremidade
Perturbações gerais e dores no local de administração
Frequentes: dor no local de injeção (curto prazo), trombose no local de injeção (coágulo
sanguíneo intravaricoso local)
Pouco frequentes: necrose, tumefação, edema
Muito raros: febre, afrontamentos, astenia, mal-estar
Exames complementares de diagnóstico
Muito raros: pressão sanguínea anormal, frequência cardíaca anómala (taquicardia,
bradicardia)
Lesões, intoxicações e complicações devido a intervenções
Pouco frequentes: lesão neurológica
Escleroterapia de hemorróidas
Na escleroterapia de hemorróidas foram observadas reações locais indesejáveis como ardor,
dor, mal-estar e sensação de pressão durante e após a injeção, especialmente em homens na
área do mamilo hemorroidário às 11 horas (área da próstata). Estas reações são de natureza
transitória e podem durar em casos raros 2 a 3 dias. Com a injeção adequada, a escleroterapia
de hemorróidas é indolor devido à inexistência de fibras nervosas sensíveis na área da injeção.
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
Além disso, foram observados os seguintes efeitos secundários com diferentes frequências
(indicação de acordo com MedDRA (Dicionário Médico para as Atividades
Regulamentares)):
Muito frequentes (≥ 10%); frequentes (≥ 1% - < 10%); pouco frequentes (≥ 0,1% - < 1%);
raros (≥ 0,01% - < 0,1%); muitos raros, incluindo casos isolados (< 0,01%).
Doenças do sistema imunitário
Muito raros: choque anafilático, angioedema, urticária (generalizada), asma (crise asmática)
Doenças do sistema nervoso
Muito raros: perda dos sentidos, estado de confusão, tonturas
Cardiopatias
Muito raros: palpitações
Vasculopatias
Muito raros: síncope vasovagal, colapso circulatório
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes: proctite, prurido anal
Muito raros: náuseas
Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
Pouco frequentes: dermatite alérgica, urticária de contacto, reação cutânea
Doenças dos órgãos genitais e da mama
Muito raros: disfunção eréctil
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: ardor na mucosa, dores no local de injeção, mal-estar, sensação de pressão
Pouco frequentes: induração
Raros: necrose (local, raramente com extensão para os tecidos circundantes), hemorragia no
local de injeção, trombose no local de injeção (intra-hemorroidal)
Muito raros: febre
Exames complementares de diagnóstico
Muito raros: pressão sanguínea anormal
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é
importante, uma vez que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do
medicamento. Pede-se aos profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de
reações adversas diretamente ao INFARMED, I.P.:
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: +351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: [email protected]
4.9 Sobredosagem
Medidas de emergência e antídotos
Reações anafiláticas
As reações anafiláticas representam situações raras, mas com potencial perigo de vida agudo.
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
O médico assistente deve estar preparado para prestar medidas de emergência e ter disponível
uma mala de emergência adequada.
Escleroterapia de veias varicosas
A sobredosagem local (provocada pelo facto do volume injetado ou da concentração serem
demasiado elevados) pode provocar necrose local, especialmente após uma injeção
paravenosa.
Escleroterapia da doença hemorroidal
A sobredosagem local (provocada pelo facto do volume injetado ou da concentração serem
demasiado elevados) pode provocar necrose tecidular local, possivelmente extensível ao
tecido circundante.
Tratamento de intoxicação local após aplicação incorreta durante a escleroterapia de varizes
das pernas
a)
Injeção intra-arterial
1.
Deixar a cânula in situ – se já tiver sido removida, procurar novamente o canal de
punção
2.
Injetar 5 a 10 ml de um anestésico local, sem adição de adrenalina
3.
Injetar 10.000 UI de heparina
4.
Envolver a perna isquémica em algodão e mantê-la baixa
5.
Hospitalizar o doente preventivamente (cirurgia vascular)
b)
Injeção paravenosa
Dependendo da quantidade e da concentração do Etoxisclerol injetado por via paravenosa,
injetar 5 a 10 ml de solução salina fisiológica, de preferência juntamente com hialuronidase
no local de aplicação da escleroterapia. Em caso de dor aguda, pode injetar-se um anestésico
local (sem adrenalina).
5. Propriedades Farmacológicas
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Código ATC: C05BB02
Grupo fármacoterapêutico: Grupo 3.6 – Venotrópicos.
Dependendo da concentração e da quantidade, o lauromacrogol 400 prejudica o endotélio dos
vasos sanguíneos.
Devido à ligadura de compressão que é aplicada após a escleroterapia de varizes, as paredes
dos vasos danificados são comprimidas, evitando a formação excessiva de trombos e a
recanalização do trombo aderente à parede que se formou inicialmente. Desta forma, ocorre a
transformação desejada em tecido fibroso e, por conseguinte, a escleroterapia.
O lauromacrogol 400 tem ainda um efeito anestésico local e anula de forma reversível tanto a
sensibilidade dos órgãos-alvo (recetores) como também a condutibilidade das fibras nervosas
sensíveis.
Estudos clínicos
Escleroterapia de varizes
Estão disponíveis dados científicos extensos sobre Etoxisclerol nas diversas concentrações, no
entanto, desconhecem-se resultados de longo prazo provenientes de estudos clínicos.
Etoxisclerol 0,25%
Estudo controlado com placebo
APROVADO EM
30-09-2014
INFARMED
Estão disponíveis resultados de um estudo que comparou Etoxisclerol 0,25% com uma
solução salina fisiológica que serviu como placebo, em 22 e 23 doentes, respetivamente.
Foram tiradas fotos de uma área de perna com telangiectasias antes do tratamento e 4 semanas
após uma única sessão de escleroterapia. Estas fotos foram enviadas a dois angiologistas
independentes para avaliação. O sucesso do tratamento foi avaliado com a ajuda de uma
escala VAS (escala analógica visual) de 0-100 mm (estando "0" para nenhum sucesso do
tratamento, ou seja, nenhumas telangiectasias desapareceram e "100" que desapareceram
100% das telangiectasias da área de tratamento assinalada) Ambos os especialistas avaliaram
a eficácia de Etoxisclerol 0,25% (média de 31 e 30) independentemente um do outro como
estatisticamente significativamente melhor que placebo (média de 15,3 e 16,3).
Como critérios de avaliação secundários do sucesso do tratamento foram recolhidos dados
sobre a satisfação do doente e a avaliação do médico do estudo também ocultado
(0 = nenhuma alteração/insatisfeito, necessidade de continuação do tratamento, 1 = ligeira
melhoria/pouco satisfeito, indicação para continuação do tratamento, 2 = melhoria
significativa/satisfeito, continuação do tratamento de telangiectasias residuais eventualmente
necessário, 3 = grande melhoria/muito satisfeito, continuação do tratamento desnecessária).
Para a médica do estudo (fármaco do estudo 1,41; placebo 0,22) e os doentes (fármaco do
estudo 2,09; placebo 0,91), o sucesso do tratamento ficou claramente visível já após a
primeira sessão. Ambos os preparados foram bem tolerados.
Etoxisclerol 0,5%
Comparação com tetradecil sulfato de sódio
Para Etoxisclerol 0,5% estão disponíveis resultados de dois estudos semelhantes dos EUA,
nos quais Etoxisclerol 0,5% foi testado em comparação com tetradecil sulfato de sódio num
total de 51 doentes. Relativamente ao desaparecimento de pequenas varizes (< 1 mm), não se
verificou uma diferença significativa entre os dois grupos de tratamento. Etoxisclerol 0,5%
obteve uma pontuação de eficácia de 4,51 (desvio padrão 0,47) num estudo e 3,96 (desvio
padrão 0,83) no outro, 4 meses após o tratamento ("1" = pior que antes do tratamento,
"2" = igual ao estado anterior, "3" = desapareceu a minoria das varizes, “4” =desapareceu a
maioria das varizes, "5" = desapareceram todas as varizes).
Estudo controlado com placebo
Num estudo controlado com placebo, Etoxisclerol 0,5% (13 doentes) demonstrou resultados
estatísticos significativamente melhores no tratamento de pequenas varizes (diâmetro em pé
< 1 mm) que o grupo de placebo (14 doentes). O critério primário de eficácia era o grau do
desaparecimento das varizes. Distinguiu-se entre "agravamento", "nenhuma eficácia", "pouco
eficaz", "eficaz" e "bastante eficaz".
A satisfação dos doentes também determinada com uma escala de 5 níveis ("insatisfeito",
"pouco satisfeito", "nem satisfeito nem insatisfeito", "satisfeito no geral", "satisfeito") também
foi estatisticamente significativamente melhor no grupo de Etoxisclerol 0,5%.
Estudo EASI
Num estudo multicêntrico, aleatorizado, com dupla ocultação (Estudo EASI) foram tratados
338 doentes com Etoxisclerol 0,5% (telangiectasias, (n = 94), com Etoxisclerol 1% (varizes
reticulares, (n = 86)), com o agente esclerosante autorizado nos EUA tetradecil sulfato de
sódio 1% (utilizado de acordo com a autorização americana para ambos os tipos de varizes,
(n = 105)) ou com uma solução salina isotónica como placebo (igualmente para ambos os
tipos de varizes (n = 53)).
Para a avaliação do critério-alvo primário, o médico assistente e dois especialistas experientes
ocultados compararam imagens digitais feitas segundo um processo padronizado da área de
tratamento com um tamanho de 10x10 cm2 12 semanas após a última de três possíveis sessões
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de tratamento com as imagens da mesma área, recolhidas diretamente antes do tratamento. A
eficácia foi avaliada mediante as imagens digitais com 1 = pior que antes, 2 = igual a antes,
3 = melhoria moderada, 4 = boa melhoria ou 5 = sucesso completo do tratamento. A avaliação
da eficácia de Etoxisclerol compreendeu 4,52 ± 0,65. Placebo foi estatisticamente
significativamente pior (p < 0,0001). O tetradecil sulfato de sódio 1% (4,47 ± 0,74) obteve
uma avaliação similar ao Etoxisclerol. O sucesso do tratamento, definido como grau de
avaliação 4 ou 5, foi alcançado em 95% dos doentes tratados com Etoxisclerol, em 92% dos
doentes tratados com tetradecil sulfato de sódio 1%, mas apenas em 8% dos doentes tratados
com placebo (diferença relativa a placebo (p < 0,0001)).
Após 12 e 26 semanas, os doentes avaliaram o seu grau de satisfação (1 = muito insatisfeito,
2 = insatisfeito, 3 = moderadamente satisfeito, 4 = satisfeito e 5 = muito satisfeito).
Estatisticamente significativamente (p < 0,0001) mais doentes (88%, 84%) ficaram satisfeitos
ou muito satisfeitos com Etoxisclerol comparativamente com tetradecil sulfato de sódio 1%
(64%, 63%) ou placebo (13%, 11%).
A incidência dos sintomas locais, p. ex., irritação, hiperpigmentação e hematoma foi
estatisticamente significativamente mais elevada em doentes tratados com tetradecil sulfato de
sódio 1%, o que explica também a menor satisfação dos doentes.
Etoxisclerol 1%
Comparação com tetradecil sulfato de sódio
Para Etoxisclerol 1% estão disponíveis resultados de dois estudos semelhantes dos EUA, nos
quais Etoxisclerol 1% foi comparado com tetradecil sulfato de sódio num total de 50 doentes.
Relativamente ao desaparecimento de pequenas varizes (1-3 mm), não se verificou uma
diferença significativa entre os dois grupos de tratamento. Etoxisclerol 1% obteve uma
pontuação de eficácia de 4,31 (desvio padrão 0,62) num estudo e 4,28 (desvio padrão 0,89) no
outro, 4 meses após o tratamento ("1" = pior que antes do tratamento, "2" = igual ao estado
anterior, "3" = desapareceu a minoria das varizes, “4” =desapareceu a maioria das varizes,
"5" = desapareceram todas as varizes).
Estudo controlado com placebo
Num estudo controlado com placebo (varizes médias, diâmetro em pé 1-3 mm, conceção de
verificação igual ao de Etoxisclerol 0,5% anteriormente descrito), Etoxisclerol 1% (15
doentes) foi estatisticamente significativamente melhor (desaparecimento das varizes medido
segundo uma escala de 5 níveis) que placebo (11 doentes). Também na avaliação dos doentes
(escala de 5 níveis), Etoxisclerol 1% obteve resultados estatisticamente significativamente
melhores.
Estudo EASI
Etoxisclerol 1% foi estudado num estudo multicêntrico, aleatorizado, com dupla ocultação
(Estudo EASI) juntamente com Etoxisclerol 0,5%. O resumo dos resultados do estudo pode
ser consultado no capítulo sobre Etoxisclerol 0,5%.
Etoxisclerol 2%
Estudo controlado por concentração e com placebo
Num estudo clínico de prospeção, Etoxisclerol 2% e 3% foram comparados com uma solução
salina fisiológica como placebo em 15 doentes com varicose de ramificação. Doze semanas
após a escleroterapia, o diagnóstico obtido mediante ultrassonografia com Doppler (oclusão
comprovável, anecóico (sem eco) e ausência de um refluxo retrógrado patológico) distinguiuse significativamente do diagnóstico do grupo de placebo. O índice de fluxo veno-arterial dos
doentes tratados com Etoxisclerol desceu estatisticamente significativamente do valor basal
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1,49 para 1,06; no grupo de placebo não foi alcançada uma redução significativa. Não foi
realizada a estratificação dos resultados segundo concentrações de polidocanol. A maioria dos
doentes no grupo do fármaco em estudo (10 de 15) recebeu Etoxisclerol 2%.
Etoxisclerol 3%
Comparação com tetradecil sulfato de sódio
Para Etoxisclerol 3% estão disponíveis resultados de dois estudos semelhantes dos EUA, nos
quais Etoxisclerol 3% foi comparado com tetradecil sulfato de sódio num total de 52 doentes.
Relativamente ao desaparecimento de varizes médias a grandes (3 a 6 mm), não se verificou
uma diferença significativa entre os dois grupos de tratamento. Etoxisclerol 3% obteve uma
pontuação de eficácia de 4,56 (desvio padrão 0,45) num estudo e 4,51 (desvio padrão 0,46) no
outro, 4 meses após o tratamento ("1" = pior que antes do tratamento, "2" = igual ao estado
anterior, "3" = desapareceu a minoria das varizes, “4” =desapareceu a maioria das varizes,
"5" = desapareceram todas as varizes).
Estudo controlado com placebo
Num estudo controlado com placebo, Etoxisclerol 3% (14 doentes) demonstrou resultados
estatisticamente melhores no tratamento de grandes varizes (diâmetro em pé 3 mm ou mais)
que o grupo de placebo (11 doentes). Como critério de eficácia primário foi determinado o
grau do desaparecimento das varizes mediante uma escala de 5 níveis ("agravamento",
"nenhuma eficácia", "pouco eficaz", "eficaz" e "bastante eficaz"). A satisfação dos doentes,
também determinada com uma escala de 5 níveis ("insatisfeito", "pouco satisfeito", "nem
satisfeito nem insatisfeito", "satisfeito no geral", "satisfeito") também foi estatisticamente
significativamente melhor no grupo de Etoxisclerol 3%.
Comparação com espuma esclerosante
Num estudo multicêntrico e aleatorizado (Estudo ESAF), 106 doentes com insuficiência da
veia safena magna foram tratados com Etoxisclerol espuma (produzida com a ajuda do kit de
espuma (EasyFoam®) de Etoxisclerol 3%) ou com Etoxisclerol 3% líquido. O critério-alvo
primário foi a eliminação do refluxo (< 0,5 s), medido mediante ecografia com Doppler 3 cm
abaixo da junção safeno-femoral 3 meses após a última injeção.
Após a injeção de Etoxisclerol espuma padronizada, alcançou-se o objetivo do tratamento
num número significativamente maior de doentes (69%) comparativamente com o grupo de
controlo (27%). Os critérios-alvo secundários oclusão da veia, tempo de refluxo, tempo de
enchimento e satisfação do doente também melhoraram significativamente com Etoxisclerol
espuma. O número de dias de tratamento necessários até ao sucesso do tratamento foi, em
média, com 1,3 no grupo de Etoxisclerol espuma, inferior ao do grupo de controlo. Com o
número reduzido de efeitos secundários observados, não foram observadas diferenças entre
ambos os grupos.
Noutro estudo clínico (total de 95 doentes) realizado em França, comparou-se Etoxisclerol
espuma esclerosante padronizada (DSS), produzida com Etoxisclerol 3%, com Etoxisclerol
líquido. Após 3 semanas, em 85% dos doentes tratados com Etoxisclerol espuma mediante
injeção única imposta pelo estudo, o tratamento foi bem-sucedido (eliminação do refluxo).
Após a terapêutica clássica com Etoxisclerol na forma de líquido, este valor situava-se nos
35%. Os doentes foram chamados dois anos após a última injeção. Cinco doentes não
apareceram para o exame de seguimento. Estes foram formalmente enquadrados como erros
do tratamento. Deste modo, a taxa de sucesso baixou no total (espuma esclerosante) para 53%
após 2 anos, após uma única aplicação de 2,5 ml de Etoxisclerol espuma.
Dados de posologia, estudos com concentrações diferentes de polidocanol
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Em estudos com concentrações controladas, estudou-se a eficácia de Etoxisclerol 0,25%,
0,5%, 1%, 2% e 3% (avaliação conjunta sobre desaparecimento das varizes, avaliação
macroscópica e avaliação pelo doente) de acordo com uma escala de 5 níveis em vários tipos
de varizes. Fez-se a distinção entre "agravamento", "nenhuma eficácia", "pouco eficaz",
"eficaz" e "bastante eficaz".
Pequenas varizes
Comparação entre Etoxisclerol 0,5% (18 doentes) e 1% (18 doentes):
Nenhumas diferenças estatisticamente significativas.
Comparação entre Etoxisclerol 0,25% (18 doentes) e 0,5% (19 doentes):
Etoxisclerol 0,5% foi estatisticamente significativamente melhor.
Varizes médias
Comparação entre Etoxisclerol 0,5% (26 doentes) e 1% (28 doentes):
Etoxisclerol 1% foi estatisticamente significativamente melhor.
Comparação entre Etoxisclerol 1% (23 doentes) e 2% (24 doentes):
Nenhumas diferenças estatisticamente significativas.
Grandes varizes
Comparação entre Etoxisclerol 2% (30 doentes) e 3% (26 doentes):
Etoxisclerol 3% foi estatisticamente significativamente melhor.
Escleroterapia de hemorróidas
Estão disponíveis resultados de um estudo no qual a eficácia e a tolerabilidade de Etoxisclerol
3% (112 doentes) são comparadas com as de fenol a 5% em óleo (108 doentes) no tratamento
de hemorróidas de grau 1 e 2. Após 2 sessões, um total de 97% dos doentes foi tratado com
sucesso. As diferenças nos sintomas antes e depois do tratamento foram, em ambos os grupos
estatisticamente significativas (p < 0,001). Não houve uma diferença significativa entre o
grupo de Etoxisclerol e o grupo de fenol em óleo.
No entanto, o Etoxisclerol apresentou neste estudo menos efeitos secundários que o fenol em
óleo. Após a injeção ocorreram dores passageiras no grupo de fenol em óleo com uma
frequência significativamente maior que no grupo de Etoxisclerol (em 24 doentes no grupo de
fenol em óleo, em 11 doentes no grupo de Etoxisclerol, p < 0,01). Necroses e ulcerações só
foram observadas no grupo de fenol em óleo (4 necroses, 8 ulcerações).
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Seis voluntários saudáveis receberam 37 mg 14C-lauromacrogol 400 em solução fortemente
diluída na veia safena magna. A área sob a curva de concentração x tempo de lauromacrogol
400 plasmático foi bifásica - com uma semivida de eliminação terminal de lauromacrogol 400
e os seus metabolitos de 4,09 h. Esta AUC∞ situou-se em 3,16 µg x h/ml, a depuração total em
11,68 l/h. 89% da dose administrada foi eliminada do sangue nas primeiras 12 horas.
Noutro estudo, após o tratamento com Etoxisclerol 3%, determinaram-se as concentrações
plasmáticas das moléculas de lauromacrogol 400 não metabolizadas em 6 doentes com
varizes (diâmetro > 3 mm). A semivida plasmática foi de 0,94-1,27 h, a AUC∞ 6,1910,90 µg x h/ml. A depuração total foi, em média, de 12,4 l/h e o volume de distribuição
17,9 l.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Etoxisclerol possui no estudo em animais uma toxicidade aguda comparativamente baixa.
Ensaios de segurança farmacológica indicaram efeitos cronotrópicos, inotrópicos e
dromotrópicos negativos, provocando queda da pressão arterial. Com a administração
concomitante de outros anestésicos locais surgiram adicionalmente efeitos pró-arrítmicos.
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Com a administração repetida de Etoxisclerol, ocorreram alterações histológicas em alguns
animais, nomeadamente no intestino, na glândula suprarrenal e no fígado em todas as espécies
testadas, ocorrendo no coelho também no rim.
Lauromacrogol 400 provocou hematúria em todas as espécies testadas. A partir de 4 mg/kg de
peso corporal/dia, nos ratos machos ocorreu um aumento do peso do fígado após a aplicação
diária em 7 dias consecutivos e a partir de 14 mg/kg/dia observou-se o aumento da atividade
da ALT/TGP e da AST/GOT.
Mutagenicidade
Lauromacrogol 400 foi extensamente analisado in vitro e in vivo. Todos os exames foram
negativos, tendo lauromacrogol 400 induzido poliploidia em células de mamíferos num único
teste in vitro. No entanto, com a utilização correta não se prevê um potencial genotóxico
clinicamente relevante.
Toxicidade reprodutiva
A aplicação i.v. diária de lauromacrogol 400 ao longo de várias semanas ou durante a
organogénese não teve qualquer efeito sobre a fertilidade masculina e feminina no rato, nem
na primeira parte do desenvolvimento embrionário, não tendo também induzido no rato nem
no coelho efeitos teratogénicos, mas sim efeitos embrio e fetotóxicos (aumento da
mortalidade embrionária/fetal, diminuição do peso fetal) na área da dose maternotóxica. Com
a limitação do tempo de utilização durante a organogénese para intervalos com
respetivamente 4 dias consecutivos, não ocorreram efeitos maternotóxicos nem efeitos
embrio/fetotóxicos (coelho). O desenvolvimento peri e pós-natal, o comportamento, assim
como a reprodução não foram comprometidos em ratos cujas mães receberam lauromacrogol
400 durante a gestação tardia e no período de lactação a cada 2 dias por via i.v.
Lauromacrogol 400 atravessa a placenta no rato.
6. Informações Farmacêuticas
6.1 Lista dos excipientes
Etanol a 96%,
Fosfato dissódico di-hidratado
Fosfato monopotássico
Água para injetáveis.
6.2 Incompatibilidades
Desconhecidas.
6.3 Prazo de validade
5 anos.
6.4 Precauções especiais de conservação
Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
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Todos os preparados de Etoxisclerol estão disponíveis na forma de solução injetável em
embalagens com 5 ampolas (vidro da classe hidrolítica 1) cada uma com 2 ml.
6.6 Precauções especiais de eliminação
A ampola destina-se apenas a utilização única. Os resíduos devem ser eliminados.
Para a produção de espuma esclerosante padronizada observe as instruções dos respetivos
sistemas.
7. Nome e Endereço do Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Chemische Fabrik Kreussler & Co. GmbH
Rheingaustraße 87-93
65203 Wiesbaden
Telefone: 0611 / 9271 – 0
Telefax: 06 11 / 9271 – 111
www.kreussler.com
E-mail: [email protected]
Distribuidor:
Rubeaspharma, S.A.
Rua clube atlético de rio tinto, n.º 115
4435-188 Rio tinto
Portugal
8. Números da Autorização de Introdução no Mercado
Nome do medicamento
Número da autorização de introdução
no mercado
Etoxisclerol 0,5%
Etoxisclerol 1%
Etoxisclerol 2%
Etoxisclerol 3%
9. Data da Primeira Autorização/Renovação da Autorização da Introdução no Mercado
10. Data da Revisão do Texto
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