O ovo de galinha João Cabral de Melo Neto O ovo revela o

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Ensino Médio - Unidade São Judas Tadeu
Professor (a):
Aluno (a):
Wanderson
Série: 2ª
Data: ____/ ____/ 2016.
LISTA DE LITERATURA
Orientações:
- A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel almaço.
- Caso seja respondida em folha de papel almaço deverá conter cabeçalho completo (Data, nome, disciplina,
nome do professor e série).
- As listas que não forem realizadas conforme orientações serão desconsideradas.
O ovo de galinha
João Cabral de Melo Neto
1.
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O ovo revela o acabamento
a toda mão que o acaricia,
daquelas coisas torneadas
num trabalho de toda a vida.
E que se encontra também noutras
que entretanto mão não fabrica:
nos corais, nos seixos rolados Vocabulário:
Torneadas: redondas
e em tantas coisas esculpidas
cujas formas simples são obra
de mil inacabáveis lixas
usadas por mãos escultoras
escondidas na água, na brisa.
Reescreva a primeira estrofe
colocando-a em ordem direta. (0,75)
2.
Noutras: em outras
Seixos: fragmento de rocha dura,
pedra solta;
‘seixos rolados’: seixo sem
arestas, porque arredondado pelo
desgaste, e que se encontra à beira
mar e em margens de leitos de rios.
No entretanto: no entanto
No entretanto, o ovo, e apesar
de pura forma concluída,
não se situa no final:
está no ponto de partida.
Em apenas uma estrofe o poeta faz
referência ao trabalho humano.
Reescreva esta estrofe. (0,75)
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3. Considere os conceitos: (1,0)
Sujeito: para filosofia, o ser individual, real, capaz de praticar uma ação.
Objeto: tudo o que está fora do sujeito e que pode receber ação daquele.
Agora, identifique o sujeito (S) e objeto (O) para cada fragmento, considerando o poema
lido:
(
) ovo (primeira estrofe)
( )mão (primeira estrofe)
(
) corais, seixo rolados
(
)coisas esculpidas
(
) mãos escultoras
(
) água e brisa
Unid. São Judas Tadeu (62) 3205-4833 – www.colegiointerativa.com.br – e-mail: [email protected]
Leia o soneto a seguir:
Rio Abaixo
Treme o rio, a rolar, de vaga em vaga...
Quase noite. Ao sabor do curso lento
Da água, que as margens em redor alaga,
Seguimos. Curva os bambuais o vento.
Vivo, há pouco, de púrpura, sangrento,
Desmaia agora o Ocaso. A noite apaga
A derradeira luz do firmamento...
Rola o rio, a tremer, de vaga em vaga.
Um silêncio tristíssimo por tudo
Se espalha. Mas a lua lentamente
Surge na fímbria do horizonte mudo:
E o seu reflexo pálido, embebido
Como um gládio de prata na corrente,
Rasga o seio do rio adormecido.
Olavo Bilac
Vocabulário:
Púrpura: cor vermelha
Ocaso: pôrdo sol, desaparecimento
do sol ao entardecer.
fímbria: franja, orla, beirada.
gládio: espada de dois gumes, com corte dos
dois lados.
4. Como se classifica essa forma fixa de poema constituída de dois quartetos e dois tercetos?
5. No texto predomina a descrição. Responda:
a) O que o eu-lírico descreve?
b) Nessa descrição, o eu-lírico assume o ponto de vista de quem está num barco, no rio. Que verbo
da primeira estrofe comprova essa afirmativa?
6. Copie do texto as expressões correspondentes a:
a. Entardece:
b. escurece:
7. Podemos classificar as rimas de um poema em três tipos:
- rima pobre: ocorre quando rimam palavras da mesma classe gramatical. (substantivo com
substantivo)
- rima rica: ocorre quando rimam palavras de classe gramatical diferente. (substantivo com
adjetivo)
- rima preciosa: ocorre quando rimam uma palavra e uma combinação de palavra, como estrela e
vê-la .
Copie do texto “Rio Abaixo” um exemplo de:
a) Rima rica:
b) Rima pobre:
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8. No texto ocorrem algumas das principais características do estilo parnasiano. Assina abaixo
com um X as alternativas que contenham essas características: (1,0)
(
) descrição detalhada de objetos ou cenas.
(
) preferência pelas frases na ordem direta.
(
) preferência pelas frases na ordem indireta.
(
) emprego de palavras raras, que não são utilizadas no vocabulário cotidiano.
(
) preferência pelo soneto.
(
) sentimentalismo exagerado ao declarar seu amor a mulher amada.
(
) perfeição das formas.
Leia o soneto abaixo e responda as questões propostas:
Remorso
Olavo Bilac
Às vezes, uma dor me desespera...
Nestas ânsias e dúvidas em que ando.
Cismo e padeço, neste outono, quando
Calculo o que perdi na primavera.
Versos e amores sufoquei calando,
Sem os gozar numa explosão sincera...
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Sinto o que desperdicei na juventude;
Choro, neste começo de velhice,
Mártir da hipocrisia ou da virtude,
Os beijos que não tive por tolice,
Por timidez o que sofrer não pude,
E por pudor os versos que não disse!
Vocabulário:
Ânsias: desejos
Cismo: teimo
Padeço: fico doente
Gozar: aproveitar
Quisera: desejara
Mártir: aquele que sofreu
tormentos ou a morte.
Pudor: vergonha
9. Na primeira estrofe, ao falar de outono e primavera, a que fases de sua vida se refere o eulírico?
10. “...quando/ Calculo o que perdi na primavera” . O que perdeu o eu-lírico nessa fase?
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