O-022. XX CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA. PRÊMIO: RICARDO PASQUINI - para jovens investigadores (<35 anos). Premiação: Certificado. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS TRANSPLANTES ALOGÊNICOS DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS NO BRASIL.. Stela de Castro Freitas, Nágila Alves Lima, Melina de Paiva Bezerra, Vinícius Torres Bezerra, Larissa Castro Firmino, Beatriz de Sousa Sampaio, Francisco Willamy Pedrosa Alves Filho, Kamilla do Rêgo Chaves, Iana Fernanda Sousa Machado, Rosane Alice Barbosa Bomfim de Morais,. Transplante Alogênico. INTRODUÇÃO: O transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas é uma alternativa de grande importância em muitos acometimentos hematológicos. Desse modo, é importante conhecer o perfil epidemiológico desses procedimentos realizados, a fim de melhor preparação por parte dos serviços de saúde e melhor redirecionamento das verbas públicas. OBJETIVO: Traçar perfil epidemiológico dos transplantes alogênicos de células-tronco hematopoiéticas realizados no Brasil entre janeiro de 2008 e março de 2016. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo utilizando dados secundários disponíveis na base do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram analisados os dados do número de transplantes alogênicos de células-tronco hematopoéticas de medula óssea, transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas de sangue de cordão umbilical, transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas de sangue periférico no período de janeiro de 2008 a março de 2016, de acordo com todas as unidades da federação e regiões brasileiras que realizam esse tipo de procedimento. As variáveis foram: número total de procedimentos desse tipo realizados , doadores e receptores aparentados ou não aparentados e regime de atendimento (público e privado). RESULTADOS: Foram realizados 5043 procedimentos ao total no período de janeiro de 2008 a março de 2016. A região sudeste apresentou a maior pravalência de procedimentos alogênicos de células-tronco hematopoiéticas de medula óssea de aparentados (30,1%) e também de não aparentados (9,4%). O estado de São Paulo apresentou maior percentual de transplante de células-tronco de sangue periférico (16,5%). O transplante de células-tronco de cordão umbilical não aparentado representou cerca de 3,3% e aparentados apenas 0,3% do total de transplantes realizados. O setor privado apresentou maior prevalência do total de procedimentos realizados (49,1%). DISCUSSÃO: A medula óssea é a fonte mais tradicional de células-tronco hematopoéticas, mas está sendo substituída pelas células progenitoras hematopoéticas, também encontradas no sangue periférico, principalmente nos transplantes autólogos. Outra fonte é sangue de cordão umbilical (CURCIOLE, 2010). Quanto ao grau de parentesco no transplante alogênico, o qual apresentou maior percentual no presente estudo, em um outro estudo realizado na Universidade de São Paulo, a maioria do parentesco foi de irmãos e, os demais, os pais. CONCLUSÃO: O estudo demonstra a maior prevalência de transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas nas regiões mais populosas e de melhor condição socioeconômica. É preciso, portanto, maior investimento por parte da saúde pública para esse procedimento, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade por doenças que podem ser tratadas através do transplante. Epidemiologia, Hematologia, Brasil