UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO CIÊNCIAS DA SAÚDE E BIOLÓGICAS CURSO DE BIOLOGIA (EAD) Rio de Janeiro, abril de 2008 PARÊNQUIMA, COLÊNQUIMA E ESCLERÊNQUIMA Wellington Waldstein de Moura Neto Matrícula 2008080075 COLÊNQUIMA A célula colenquimática notabiliza-se pela plasticidade e espessamento da paredes, além da capacidade da divisão. É relevante a razão de crescimento, considerada a mais rápida entre os outros tipos de células vegetais. Tal crescimento é resultante de mudanças rápidas na forma das células, acompanhadas de alongamento das paredes. O colênquima origina-se do meristema fundamental, é o tecido de sustentação constituído por células vivas que apresentam a parede primária bem espessada. A característica mais marcante deste tecido refere-se ao espessamento desigual das paredes celulares, áreas bem espessadas. A plasticidade da parede celular do colênquima possibilita o crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade. As células do colênquima se assemelham ao parênquima por possuírem protoplasto vivo, campos de pontuações primários e também por serem capazes de retomar a atividade meristemática. O colênquima é o tecido mecânico das regiões de crescimento e assim ocorre em órgãos jovens. O colênquima, devido à plasticidade e capacidade de alongar-se, adaptase à sustentação das folhas e caules em crescimento. O grau de espessamento parece estar relacionado com as necessidades da planta pois em espécies sujeitas a ação de agentes externos, como por exemplo, ventos fortes, o espessamento das paredes celulares inicia-se precocemente e torna-se mais acentuado do que o espessamento de espécies sob condições amenas. Por outro lado, as regiões jovens, geralmente são fotossintetizantes, necessitando, portanto, de tecidos que permitam a entrada da luz, como e o caso do colênquima. Havendo necessidade de cicatrização e regeneração celular, consegue-se devido à capacidade do colênquima de reassumir a atividade meristemática. ESCLERÊNQUIMA Durante o crescimento da planta. a plasticidade da parede celular (do colênquima) é muito importante pois as células sofrem alongamento, porém quando atinge a maturidade, a célula deve assumir uma forma definida e, neste caso, a elasticidade da parede (do esclerênquima) é mais relevante que a plasticidade. Uma parede elástica pode ser deformada por tensão ou pressão, mas reassume sua forma e tamanho originais quando essas forças desaparecem. Se um órgão maduro fosse constituído unicamente de tecidos plásticos, as deformações causadas pelos mais variados agentes como vento, passagem de animais e outros, seriam permanentes. Por outro lado, a planta deve oferecer resistência às peças bucais, unhas e ovopositores de animais. A presença de esclerênquima como uma camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos imaturos evita que os animais e insetos se alimentem deles, porque a lignina não é digerida, sendo um mecanismo de defesa da planta. O esclerênquima é também um tecido de sustentação que, como o colênquima, tem origem primária, diferindo deste último porque geralmente suas células não mantêm seus protoplastos vivos na maturidade e apresentam parede secundária lignificada, cujo espessamento é uniforme. Sendo a lignina muito inerte, fornece um revestimento estável, evitando o ataque químico, físico e biológico. Enquanto a água e a maioria das substâncias dissolvidas nela passam facilmente pela parede primária, numa parede secundária a passagem é extremamente lenta. PARÊNQUIMA Os tecidos essencialmente elaboradores são constituídos, por parênquimas. Este tecido vivo é o constituinte mais abundante na maior parte dos órgãos das plantas superiores. Devido a esta característica, estes tecidos são igualmente denominados tecidos fundamentais. As suas células de morfologia isodiamétrica apresentam, em comum, a característica de serem pouco diferenciadas, conterem grandes vacúolos, e terem parede celular pouco espessa. Este tecido é considerado primitivo, já que é igualmente componente importante da grande maioria das plantas dos grupos vegetais inferiores. Em muitos órgãos, este tecido diferencia-se no sentido da acumulação de substâncias de reserva de natureza diversa (amido, sacarose etc). Algumas células parenquimatosas apresentam paredes celulares com protuberâncias internas e plasmalema muito sinuoso envolvido em intensa atividade de transporte de substâncias com o exterior. Estas células desempenham papel importante na translocação de solutos entre células adjacentes. BIBLIOGRAFIA CARRAPIÇO, Francisco. Tecidos Vegetais.