COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Enfermagem em Intercorrências Cirúrgicas Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” SUMÁRIO Introdução....................................................................................................................01 Clínica Cirúrgica...........................................................................................................01 Características físicas da clínica cirúrgica...........................................................................01 Terminologias Cirúrgicas....................................................................................................02 Risco operatório..................................................................................................................04 Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas.................................................06 Parada Cardiopulmonar.......................................................................................................09 Preparo pré-operatório.........................................................................................................18 Principais Cirurgias.............................................................................................................24 Cirurgias neurológicas........................................................................................................24 Cirurgia Cardíaca...............................................................................................................26 Cirurgias das amígdalas e adenóides.................................................................................27 Cirurgias do aparelho respiratório......................................................................................28 Drenagem Torácica............................................................................................................30 Cirurgia Gastrintestinal......................................................................................................33 Cirurgia Renal....................................................................................................................35 Cirurgias proctológicas......................................................................................................37 Cirurgias ginecológicas......................................................................................................38 Cirurgias do Intestino........................................................................................................42 Cirurgias Ortopédicas........................................................................................................46 Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica...................................................................52 Referências Bibliográficas e Agradecimentos..........................................................................54 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Introdução A cirurgia, seja eletiva ou de emergência, é um evento estressante e complexo. Muitos dos procedimentos cirúrgicos são realizados na sala de operação do hospital, embora muitos procedimentos simples que não precisam de hospitalização sejam feitos em centros cirúrgicos e unidades ambulatoriais de cirurgia. A pessoa com problema de saúde que requer uma intervenção cirúrgica. Recentes avanços tecnológicos têm levado a procedimentos cirúrgicos mais complexos, tais como os que precisam de técnicas de microcirurgia; os mais sensíveis aparelhos de monitorização; transplante múltiplo de órgãos humanos; a implantação de aparelhos mecânicos e a reimplantação de órgãos. Em consequência, muitas pessoas agendadas para cirurgia submetem-se aos procedimentos diagnósticos e preparações pré-operatórias antes da admissão no hospital. Elas também deixam o hospital muito cedo, aumentando a necessidade de ensino do paciente, de plano de alta, de preparação para o auto cuidado e para os serviços de reabilitação. Cirurgia A cirurgia através de técnicas manuais procura remover focos de infecção, retirar órgãos doentes, restaurar funções alteradas e implantar próteses e aparelhos no corpo. Clínica Cirúrgica É a unidade onde permanecem os pacientes submetidos a grandes cirurgias, cirurgia ambulatorial ou cirurgia realizada em uma unidade de curta permanência nos períodos pré e pós-operatórios, em cada tipo de cirurgia os princípios básicos da assistência de enfermagem permanecem os mesmos. Neste mesmo local o paciente é preparado para o ato cirúrgico e recebido após a cirurgia para recuperação do equilíbrio orgânico. Características físicas da clínica cirúrgica 1 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Sala para chefia de enfermagem; Sala para reuniões; Posto de enfermagem, local para o arquivo e manipulação dos prontuários e papeletas, realização de relatórios diários de enfermagem, dependências para preparo de medicamentos e materiais diversos utilizados nas técnicas de enfermagem; Enfermarias e apartamentos, área ocupada pelo paciente. Arsenal, área onde são armazenados os materiais estéreis; Expurgo, local apropriado para lavar, desinfetar, enxaguar e secar os materiais sujos e contaminados. Terminologias Cirúrgicas Cabe ao profissional de enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o procedimento cirúrgico, em especial a terminologia pertinente. Essa terminologia é formada por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada à cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer a definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de cirurgia. Os profissionais de enfermagem que atuam na clínica cirurgica precisam conhecer essas terminologias, para prestar a assistência de enfemagem nosperiodos pré e pós-operatório. Prefixos - adeno - relativo à glândula - cole - relativo à vesícula - colo - relativo ao colo - cisto - relativo à bexiga - colpo - relativo à vagina - êntero - relativo ao intestino - gastro - relativo ao estômago 2 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” - hístero - relativo ao útero - nefro - relativo ao rim - oftalmo - relativo aos olhos - orqui- relativo aos testículos - ósteo - relativo ao osso - oto - relativo ao ouvido - procto - relativo ao reto - rino - relativo ao nariz - salpinge - relativo às trompas - tráqueo - relativo à traquéia Sufixos - ectomia - remoção de um órgão ou parte dele - exerese - Separação agressiva das partes de um órgão em função de lesões traumáticas - ostomia - abertura cirúrgica de uma nova boca - otomia - corte - pexia - fixação de um órgão - plastia - alteração da forma de um órgão - rafia - sutura - scopia - olhar no interior - centese – punção Operações de remoção (ectomia) - Apendicectomia - remoção do apêndice - Nefrectomia - remoção do rim 3 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” - Prostatectomia remoção da próstata Operações de abertura (tomia) - Coledocostomia - abertura e exploração do colédoco Construção cirúrgica de novas bocas (stomia) - Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal - Ileostomia - abertura artificial no íleo - Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina Operações de fixação ou reposicionamento (pexia) - Histeropexia - suspensão e fixação do útero - Orquidopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa - Nefropexia - fixação do rim em seu lugar anatômico Operações para alteração da forma e/ou função (plastia) - Rinoplastia - plástica do nariz - Mamoplastia plástica da mama - Palatoplastia - plástica que reconstitui o palato. Operações de sutura (rafia) - Colporrafia - sutura da vagina - Perineorrafia - sutura do perineo - Tenorrafia - sutura de tendão Operações para observação e exploração (scopia) - Broncoscopia - exame com visualização direta dos brônquios - Cistoscopia - exame com visualização direta da bexiga - Gastroscopia - exame com visualização direta do estomago Risco Operatório Risco operatório é o perigo de complicações e mortalidade a que o doente é submetido frente a uma intervenção operatória. 4 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Estado Nutricional: qualquer deficiência nutricional deve ser corrigida antes da cirurgia. Pacientes com desidratação e para corrigir os déficits e promover a melhor condição préoperatória possível. A obesidade aumenta enormemente o risco e a gravidade das complicações associadas com a cirurgia, o paciente obeso é geralmente mais difícil de cuidar por causa do peso adicional; o paciente respira precariamente, estando sujeito a hipoventilação e as complicações pulmonares pós-operatórias. Estado Respiratório: a meta para os pacientes cirúrgicos é ter uma ótima função respiratória. A todos os pacientes é pedido que parem o tabagismo quatro a seis semanas antes da cirurgia; aqueles que vão se submeter a cirurgia torácica e abdominal superior são ensinados quanto aos exercícios respiratórios. Estado Cardiovascular: o bom funcionamento do sistema cardiovascular atende às necessidades de oxigênio, de fluido e de nutrição ao longo do período operatório. De particular importância para o paciente com doença cardiovascular é a necessidade de evitar mudanças bruscas de posição, assim como a imobilização prolongada e a sobrecarga do sistema circulatório com fluido ou sangue. Funções Hepática e Renal: a meta é ter o máximo de funcionamento dos sistemas hepáticos e urinários, de modo que as medicações, agentes anestésico sejam adequadamente removidos do corpo. Função Endócrina: em geral, o risco cirúrgico para o paciente com diabetes controlado não é maior do que o risco para paciente não diabético; todavia, a monitorização frequente dos níveis de glicose do sangue é importante antes, no decorrer e depois da cirurgia. Função Imunológica: uma importante função no pré-operatório é determinar a existência de alergias, é importante identificar e registrar qualquer sensibilidade a certos medicamentos. Terapia Anterior com Medicação: a história sobre a medicação é obtida devido aos possíveis efeitos das medicações sobre o curso do período operatório do paciente e sobre a possibilidade de efeitos da interação medicamentosa. 5 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Além dos fatores biológicos, os econômicos e educacionais têm aumentado muito os riscos cirúrgicos em nosso meio, grande parte da população brasileira carece de alimentação (em quantidade e qualidade), de boas condições de moradia e de trabalho, de higiene etc., o que aumenta a possibilidade de se contrair uma patologia cirúrgica e de se apresentarem riscos operatórios. Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas Complicações Circulatórias Hemorragia Hemorragia é a ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue, a gravidade da hemorragia se mede pela quantidade e rapidez de sangue extravasado. A hemorragia divide-se em interna e externa. Hemorragia Interna: As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo. Pode haver exteriorização do sangue nos orifícios naturais como: boca, ouvido, reto, etc.; Hemorragias Externas: As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar. Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo rico em oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa. As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações. As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo. 6 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Sinais e sintomas: fraqueza, sede, frio, ansiedade, alteração do nível de consciência ou inconsciência, tremores e arrepios do corpo, pulso rápido e fraco, respiração rápida e artificial, pele pálida, fria e úmida, sudorese e pupilas dilatadas. Assistência de enfermagem Deitar o paciente; Afrouxar as vestes; Manter a área afetada mais elevada do que o resto do corpo; Manter o paciente aquecido; Estancar a hemorragia, fazer compressão com uma compressa no local da hemorragia; Controlar os sinais vitais. Hemorragia nasal: Colocar o paciente sentado; Inclinar a cabeça para trás; Colocar bolsa contendo gelo sobre o nariz; Pressionar o nariz na face lateral que está sangrando. Hemorragia no estômago: Colocar o paciente em decúbito dorsal; Deixar o paciente em jejum absoluto; Colocar bolsa contendo gelo, sobre o estômago; Elevar os membros inferiores. Hemorragia genital: Repousar a paciente com os membros inferiores mais elevados; Colocar bolsa contendo gelo na região suprapúbica; Fazer tamponamento vaginal. 7 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Choque É a diminuição do fluxo sanguíneo adequado a manutenção da perfusão tecidual. Classificação 1) Choque hipovolêmico: Causas Hemorragias; Desidratação; Queimaduras; Quadro clínico Queda da pressão venosa; Aumento da resistência periférica; Taquicardia. 2) Choque cardiogênico Causas Infarto; Tamponamento cardíaco; Embolia pulmonar; Quadro clínico Oligúria; Pressão venosa alta; 3) Choque séptico Causas Infecção generalizada Quadro clínico Hipotensão; 8 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Taquicardia; Prostração; Calafrios; 4) Choque neurogênico Causas Traumatismos; Intoxicações; Quadro clínico Anestesia medular; Distúrbios emocionais; Assistência de enfermagem Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou horizontal; Oxigenoterapia, se prescrito; Monitorizar a pressão arterial, pulso, respiração e a temperatura; Controlar a diurese; Providenciar material para dissecção venosa, se necessário; Providenciar material para instalação da PVC (Pressão Venosa Central), se necessário; Parada Cardiopulmonar É a interrupção severa das funções do coração seguida do colapso do sistema cárdiorespiratório-cerebral. Causas Obstrução das vias aéreas superiores; Intoxicação; Choque elétrico; Hipoventilação; Superdosagem de anestésicos; 9 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Hipotermia; Infarto do miocárdio; Afogamento; Quadro clínico Ausência de respiração; Ausência da pulsação; Queda rápida da pressão arterial; Cianose; Palidez; Sudorese; Estado de inconsciência; Mídriase; Assistência de enfermagem Auxiliar o enfermeiro e o medico nos procedimentos; Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal; Afrouxar as roupas do paciente; Aproximar do paciente o carrinho de parada contendo medicamentos usados na reanimação, o desfibrilador e o aspirador; Aproximar o material para intubação orotraqueal e ventilação mecânica; Isolar a cama ou a maca do paciente com biombo, se o quarto não for individual; Colocar em ordem o quarto ou a enfermaria, sem descuidar de nenhum momento do paciente, se este permanecer na unidade, ou aguardar a sua transferência para a UTI, para iniciar a limpeza e a ordem do local. Trombo 10 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” É uma espécie de coágulo de sangue que se localiza dentro de um vaso sanguíneo, aderido à parede do mesmo, obstruindo a passagem de sangue. A obstrução pode ser parcial ou total. Quando um trombo se forma e obstrui o fluxo normal de sangue, chamamos esse evento de trombose. A trombose das artérias coronárias é a principal causa de infartos do miocárdio. Sinais e sintomas Desconforto ou queimação na porção posterior da perna; Podem ocorrer câimbras; Pode haver prurido na região das veias; Dores; Sensação de formigamento e de peso na perna; Edema; Calor; Pode haver vermelhidão no trajeto da veia. 11 Avenida XV de Novembro, 413-Centro 413 - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: CEP: 08500-405 08500 Tel.: (11) 4678-55084678 [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Foto ao lado, mostra paciente com sinais e sintomas de Trombose.Reparem na assimetria das pernas. O lado inchado e onde ocorreu a Trombose. Assistência de enfermagem Elevar os membros inferiores; Orientar o paciente para se mover no leito; Hidratação adequada, principalmente nos pacientes idosos, não deixar com má postura, evitando deixar os membros inferiores pendentes; Enfaixamento nos membros inferiores; Verificar sinais vitais na fase aguda a cada quatro horas; Observar a presença dos sinais clínicos associados à embolia pulmonar, como: dispneia, cianose, sudorese, pulso rápido, etc.; Tromboflebite É causada por trombose venosa, determinando alterações inflamatórias na parede da veia. O pós-operatório e o repouso ou imobilização prolongados são as situações clínicas mais importantes que predispõem à trombose venosa. Dessa forma, 90% dos casos de tromboflebite ocorre em veias profundas da perna. A tromboflebite pode ocorrer em qualquer fase do pós-operatório. Seus sintomas incluem febre, sensibilidade e edema da extremidade comprometida. Quando a tromboflebite é localizada, secundária às injeções ou cateter, raramente produz febre. Assim que diagnosticada, inicia-se o tratamento adequado, incluindo anticoagulantes, a fim de evitaremse complicações pulmonares. 12 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Complicações respiratórias Pneumonia Inflamação dos pulmões associada à presença de exsudato nas luzes dos alvéolos, comumente causada por agentes infecciosos e químicos. Sinais e sintomas Calafrios; Febre (38,5 – 40,5°C) Dor em ponta no tórax; Tosse com expectoração; Taquipnéia; Sudorese profusa. Assistência de enfermagem Auxiliar o enfermeiro em suas condutas; Executar a prescrição do enfermeiro; Estimular a deambulação precoce; Exercícios respiratórios e percussão torácica (quando prescrito pelo enfermeiro ou pelo médico) Embolia pulmonar Quando um trombo que está aderido à parede do vaso se solta e viaja pela corrente sanguínea recebe o nome de êmbolo. O êmbolo viaja pelo corpo até encontrar um vaso com calibre menor do que o próprio, ficando preso e obstruindo a circulação do sangue. Quando o êmbolo impacta em um vaso damos o nome de embolia. Se o vaso obstruído fica no cérebro, chamamos de embolia cerebral. Se fica no pulmão, chamamos de embolia pulmonar. 13 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Sinais e sintomas Aumento da frequência respiratória; Taquicardia; pleural (infarto pulmonar). 10% são assintomáticas; 10% apresentam hemoptise e dor. Assistência de enfermagem Proporcionar deambulação precoce; Estimular exercícios ativos e realizar movimentos passivos dos membros no leito. O tratamento da embolia pulmonar pode ser apenas com anticoagulação e suporte nos casos menos graves, até uso de trombolíticos (substâncias que diluem o êmbolo) e cirurgia de emergência. O mais importante no tromboembolismo pulmonar é a prevenção. É imprescindível realizar a profilaxia nos casos com maior risco, como nas cirurgias ortopédicas dos membros inferiores. A profilaxia é feita normalmente com anticoagulação, normalmente com heparina em doses baixas. Complicações da ferida Infecção da ferida É o processo infeccioso na incisão cirúrgica, geralmente o primeiro sinal é a febre que aparece após o quarto dia de pós-operatório, devido a germes entéricos ou Estafilococos. Sua incidência é maior em pacientes idosos com arteriosclerose e pacientes obesos, pois pode haver menor suprimento sanguíneo na área da ferida operatória. Sinais e sintomas Febre; Taquicardia; 14 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Calafrios; Mal-estar; Quando a infecção é profunda (atinge os músculos), ela se manifesta entre o 4° e o 7° PO; A ferida revela sensibilidade acentuada e vermelhidão variável; Assistência de enfermagem Verificar a temperatura de 4/4 horas ou de acordo com a prescrição de enfermagem Trocar curativos, quando necessário, observar e anotar aspecto; Anotar débito das secreções; Estimular ingestão da dieta e ingestão hídrica, se o paciente não estiver em jejum; Observação: o ideal é a prevenção, iniciada no pré-operatório, através de medidas que diminuem esta complicação (melhorar nutricionalmente, imunologicamente, propiciar de forma correta e necessária as medidas de desinfecção, antissepsia, assepsia, etc.); Hematoma É o acúmulo de sangue entre os tecidos da ferida operatória. Sinais e sintomas “Mancha azulada” na pele; Abaulamento e dor persistente (nos grandes hematomas) Assistência de enfermagem Observar e anotar o aspecto ao redor da incisão cirúrgica e a ocorrência de sangramento (comunicar à enfermeira) 15 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Deiscência É a ruptura da cicatriz operatória, normalmente ocorrendo no pós-operatório imediato, mas podendo acontecer entre o quarto e o sétimo dia do pós-operatório, quando, dependendo da cirurgia, o paciente já recebeu alta. O episódio agudo é geralmente precipitado pelo esforço, distensão abdominal ou tosse exigindo atendimento imediato. Sinais e sintomas Liberação de secreção serossanguinolenta; Ruptura dos pontos; Assistência de enfermagem Avaliar o aspecto dos pontos e a liberação de secreções; Estimular e auxiliar no uso correto da técnica da tosse; Manter curativos compressivos, nos pacientes com risco ou que já desenvolveram a deiscência. Evisceração É à saída de vísceras pela incisão cirúrgica após uma deiscência. Sinais e sintomas Exposição externa das vísceras. Assistência de enfermagem Cobrir as vísceras com uma compressa estéril e avisar imediatamente a enfermeira ou médico; Acalmar o paciente e transmitir segurança. Complicações urinárias Retenção urinária 16 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” É a mais frequente em cirurgias do abdome inferior, em pacientes acamados, em idosos e naqueles em que a administração de líquidos no pré e transoperatório foi excessiva, levandoos à perda do tônus vesical, assim como o reflexo da micção. Sinais e sintomas Ausência de micção por mais de 12 horas ou eliminação de pequena quantidade de urina em intervalos frequentes; Abaulamento no abdome inferior (distensão vesical) e maior sensibilidade à palpação; Vontade intensiva de urinar sem, contudo, conseguir. Assistência de enfermagem Deambulação precoce; Levar o paciente ao sanitário e deixar correr água na pia; Irrigar o períneo com água morna; Dialogar, detectando temores e minimizando-os; Em ultimo caso, realizar cateterismo vesical. Infecção urinária Pode ocorrer nas primeiras 48 horas pós-operatórias por exacerbação de infecção prévia ou de instrumentação pré, trans ou pós-operatória. Sinais e sintomas Febre; Disúria, retenção urinária ou piúria. Assistência de enfermagem Fazer controle de diurese; Oferecer líquidos por via oral ou controlar hidratação venosa; Verificar temperatura de 4/4 horas; Administrar antibioticoterapia nos horários corretos, conforme prescrição médica. 17 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Preparo pré-operatório O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da cirurgia. Classificação: Pré-operatório mediato: período que vai do momento da internação até 24 horas antes da cirurgia. Pré-operatório imediato: período que inicia 24 horas antes da cirurgia e termina quando o paciente é encaminhado ao centro cirúrgico. Objetivo Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns dias ou até mesmo em minutos. As cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do paciente. Preparo psicológico Tem como objetivo assegurar confiança e tranquilidade mental ao paciente. A internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar ansioso e cheio de temores. O trabalho, a vida diária do paciente é momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo. Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente a apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós18 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” operatória, levando-o a complicações respiratórias, agitação e outros problemas. Para auxiliar o paciente a enfermagem deve desenvolver confiança, ser calma, otimista e compreensiva. Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a cirurgia. Inteirados da aflição do paciente a enfermeira deve ser notificada para que tome a melhor medida, dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião ou anestesista para esclarecer o paciente. Portanto a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para atender o paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a pessoa que ouve, compreende, ampara e conforta. Preparo físico É dividido em três etapas 1 - inicial 2 - na véspera da cirurgia 3 - no dia da cirurgia 1. Preparo inicial: É quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia. Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona: Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados; A coleta e encaminhamento dos materiais para exames; A manutenção do jejum quando necessário; A aplicação de medicamentos, soro e sangue; 19 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” A realização de controles; Observação de sinais e sintomas; Anotação no prontuário. 2. Preparo físico na véspera da cirurgia: Tem por objetivo remover toda a fonte de infecção. Proceder da seguinte forma: Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa; Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração durante a cirurgia; Barbear os homens; Dieta leve no jantar, até 8 horas antes da cirurgia; Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica; Jejum após o jantar, orientar o paciente; Promover ambiente tranquilo e repousante; Verificar os sinais vitais de 6/6 horas; Pesar o paciente: dado importante para o cálculo das doses medicamentosas, detectar retenção hídrica e controle de peso; Orientar quanto ao uso de comadre e papagaio, para se prevenir desconfortos pósoperatórios; Melhorar a capacidade respiratória: através de exercícios respiratórios, nebulização, drenagem postural, tapotagem, técnica da tosse, ingestão hídrica e exclusão do fumo. 3. Preparo físico no dia da cirurgia: Verifica se o jejum continua sendo mantido; Realizar tricotomia na área que vai ser operada uma hora antes de encaminhar o paciente ao centro-cirúrgico, para se evitar o acúmulo de microoganismos nas lesões microscópicas, consequentes deste procedimento. Atenção para que não ocorram lesões macroscópicas, que apresentam riscos bem maiores para instalação de infecções; 20 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Remover maquiagem, próteses e joias.As joias e próteses serão enroladas e guardadas conforme rotina do local; Verificar pulso, temperatura, respiração e P.A; Encaminhar o paciente para urinar meia hora antes da cirurgia; Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição médica; Checar a medicação pré-anestésica administrada; Fazer anotação no prontuário; Ajudar o paciente a passar da cama a maca; Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário; Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico. Preparo da unidade do paciente e atendimento pós-operatório Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate a alta. Visam ajudar o recém-operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida e segura. Classificação Pós-operatório imediato (POI): período de 24 horas que se inicia ao término do ato cirúrgico. Pós-operatório mediato (1° POI, 2° POI): após as 24 horas que se sucedem ao ato cirúrgico. Nos hospitais que possuem no centro cirúrgico, sala de recuperação anestésica ou pósanestésica, os pacientes são recebidos nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais. Só posteriormente esse paciente é encaminhado à unidade onde estão internados. Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. Cuidados no preparo da unidade visa equipá-la para o recebimento do paciente operado, a fim de 21 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o encaminhamento do paciente para a S.O (sala de operações). Cuidados Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente; Arrumação do leito “tipo operado”; Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira; Trazer suporte de soro e colocá-lo ao lado da cama; Deixar oxigênio com equipamento completo. Ao receber o paciente no quarto Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários, através de movimentos uniformes e leves para se evitar a queda da pressão arterial, trações sondas e cateteres e perdas de punções venosas; Manter o paciente em posição dorsal horizontal com a cabeça lateralizada, para se prevenir aspiração nos casos de vômitos e favorecer a respiração; Aquecer o paciente de acordo com a necessidade; Verificar no prontuário as anotações do centro cirúrgico; Verificar os sinais vitais inicialmente, de 15/15 minutos e, à medida que vão se estabilizando de 30/30 min., de 45/45 minutos até a estabilização completa, até que a verificação seja de 4/4 horas; Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado; Observar o gotejamento do soro e sangue; Observar estado geral e nível de consciência; Observar e anotar o estado externo do curativo do local operado se está seco ou com sangue; Conectar tubos de drenagem aos fracos coletores e mantê-los abertos; 22 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Fazer leves movimentos passivos com os MMII de 1/1 hora até cessarem os efeitos anestésicos sobre eles. Após estimular movimentos ativos no leito. O procedimento previne complicações circulatórias; Manter o leito com grades elevadas para evitar queda; Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas, somente com prescrição médica; Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias; Fazer anotação no prontuário; Qualquer sinal ou alarmante sintoma como alteração do nível de consciência, sangramento excessivo do local da cirurgia ou qualquer outro deve ser comunicado imediatamente, a enfermeira ou médico. Nas horas em seguida Ao recuperar totalmente a consciência avisá-lo do lugar onde esta e que esta passando bem; Periodicamente, verificar os sinais vitais e funcionamento de soros e sondas; Promover conforto no leito; Medicar o paciente para dor, quando necessário, conforme a prescrição médica; A primeira refeição após a cirurgia será oferecida após o retorno do peristaltismo, detectado pelo enfermeiro ou médico; Anotar volume e aspecto das drenagens. Pós-operatório mediato A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja, 24 horas aproximadamente após o ato cirúrgico. O paciente deverá ser acompanhado na primeira deambulação. Processo para esta deambulação: elevar a cabeceira do leito, sentar numa cadeira e 23 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” deambular. Se ocorrerem queixas de tontura e palidez, retornar ao leito e solicitar ao paciente que inspire profundamente; Curativo diário ou de acordo com as necessidades (drenagens abundantes requerem mais de um curativo ao dia), os pontos serão retirados em torno do 7° dia do PO, alternadamente ou não. Principais Cirurgias Os cuidados de enfermagem citados acima são aplicados para todos os tipos de cirurgia, a seguir apresentaremos as principais cirurgias e os cuidados de enfermagem específicos no pré e pós-operatório para cada uma. Cirurgias neurológicas Os avanços tecnológicos e o refinamento dos procedimentos de imageamento e das técnicas cirúrgicas tornaram possível aos neurocirurgiões localizar e tratar das lesões intracranianas com maior precisão que outrora. Os instrumentos microcirúrgicos permitem que o delicado tecido seja separado sem trauma. Para alguns pacientes, a craniotomia permanece como a conduta mais apropriada; ela pode ser combinada a outras modalidades de tratamento. Craniotomia É a abertura do crânio para tratamento cirúrgico das estruturas intracranianas. Indicações Tumores intracranianos, Traumatismos cranioencefálicos; Abcessos ou hematomas intracranianos; Pré-operatório 24 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Em geral são administrados medicamentos anticonvulsivantes antes da cirurgia para diminuir o risco de convulsões pós-operatórias; O couro cabeludo é tricotomizado 1 hora antes da cirurgia, de modo que quaisquer abrasões superficiais resultantes não tenham tempo para ficar infectadas. Observar ocorrência de paralisia, alterações auditivas e/ou visuais, alterações na fala, incontinências e nível de consciência; Observar a marcha, acompanhar nas deambulações, se necessário e fornecer apoio. O andar pode ser lento; Controlar rigorosamente de 2/2 horas a pressão arterial, pois a hipertensão poderá indicar aumento da pressão intracraniana; Estar atento às queixas de cefaléia; Posicionar o paciente em Fowler para reduzir a pressão intracraniana; Fazer controle de diurese e hídrico; Pós-operatório Manter o leito em Fowler, lateralizando a cabeça; Fazer controle hidroeletrolítico; Observar ataduras que envolvem o crânio, pois poderá haver sangramento; Observar e anotar aparecimento de complicações e comunicar a enfermeira; Simpatectomia É o desligamento das fibras nervosas simpáticas com o intuito de aumentar o tônus vascular e consequentemente propiciar o desenvolvimento da circulação colateral (s nervos simpáticos controlam a tensão dos vasos sanguíneos, e o seu desligamento diminui a resistência e aumenta a irrigação). Indicação Obstrução arterial crônica com necrose nos pés e dor no membro em repouso. 25 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Pré-operatório As dietas deverão ser hipolipídias; Não colocar calor no membro atingido; Mudanças de decúbito para prevenir estase venosa; Evitar ambiente frio; Pós-operatório Observar rigorosamente coloração, temperatura, sensibilidade e motricidade do membro operado; Estimular exercícios de contrações musculares isométricas. Cirurgia Cardíaca Apesar de ser considerada durante alguns anos algo assustador, o termo “Cirurgia Cardíaca” deixou de ser um mito e passou a ser um fato corriqueiro no dia a dia das pessoas. Hoje é comum encontrarmos nos mais diversos seguimentos pessoas que foram operadas , levando uma vida praticamente normal. A cirurgia cardíaca é utilizada para tratar uma variedade de problemas cardíacos. Os procedimentos mais comuns incluem a angioplastia coronariana transluminar percutânea, a revascularização da artéria coronária e o reparo ou reposição das valvas cardíacas defeituosas. Tipos de cirurgia cardíaca Angioplastia coronariana transluminar percutânea: busca melhorar o fluxo de sangue dentro de uma artéria coronariana por meio da destruição da placa de ateroma que se formou e está interferindo na circulação do sangue para o coração. Revascularização da artéria coronária: um vaso sanguíneo de uma outra parte do corpo (por exemplo, veia safena) é enxertado distal à lesão da artéria coronária – desviando a obstrução. 26 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Reparo ou reposição das valvas cardíacas defeituosas: o reparo ou reposição de uma valva cardíaca depende da causa e da disfunção valvar. Pré-operatório: Realizar tricotomia e a medicação pré-anestésica (conforme prescrição médica); Preparar o paciente para os acontecimentos no período pós-operatório. Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades. Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico onde será realizada a cirurgia cardíaca, com duração aproximada de 6 horas e ao término da mesma transferido para UTI; Pós-operatório Garantir uma oxigenação adequada no período pós-operatório imediato à insuficiência respiratória é comum após a cirurgia de coração aberto; Empregar a monitorização hemodinâmica durante o período pós-operatório imediato, para avaliar o estado cardiovascular e respiratório e o equilíbrio hidroeletrolítico, no sentido de evitar complicações ou reconhecê-las o mais cedo possível; Monitorar a drenagem dos drenos torácicos mediastinais e pleurais; Administrar medicamentos pós-operatórios, conforme prescrição médica; Monitorar quanto a complicações (hemorragias, choque, arritmias, febre); Minimizar ansiedade; Manter o volume adequado de líquido; Cirurgias das amigdalas e adenóides As amígdalas são dois agregados linfóides localizados uma de cada lado da garganta. As adenóides são constituídas pelo mesmo tecido das amígdalas, localizada na parte de trás do nariz. As amígdalas e adenóides são muitas vezes removidas quando se tornam grandes e bloqueiam a via aérea superior, causando dificuldade respiratória. Pode também ser necessária 27 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” a remoção quando ocorrem várias infecções de garganta.·. Amigdalectomia: Remoção cirúrgica das amígdalas Adenoidectomia: Retirada cirúrgica das adenóides. Pré-operatório. Estar atento às queixas de tosse e resfriado.·. Pós-operatório Decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem por via oral; Colocar colar de gelo nos casos de hemorragia; Orientar o paciente para evitar tossir e falar, pois isso provoca dor; Dieta líquida ou semilíquida, fria, natural ou gelada, sendo que a ultima, em excesso, poderá provocar resfriados; Evitar exposição ao sol; Estar atento aos sinais de hemorragia. Roncos e obstrução nasal podem ocorrer devido ao inchaço após a cirurgia, o que normalmente melhora após 10 a 14 dias. Uma placa branca de cicatrização ocorre após a cirurgia no local onde estavam as amígdalas,não é infecção. Quase a totalidade das crianças e adultos que sofrem uma amigdalectomia ou adenoidectomia se queixam de dor na garganta. Algumas podem se queixar de dor no ouvido (dor reflexa) e algumas pode se queixar de dor no pescoço ou na mandíbula (devido à posição no momento da cirurgia). Para que não haja dor excessiva e o pósoperatório ocorra mais tranquilamente administre as medicações nos horários corretos, conforme a prescrição médica. Cirurgias do aparelho respiratório Traqueotomia 28 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” É a abertura cirúrgica entre o 2° e o 3° anéis da traqueia. Traqueostomia A traqueostomia é uma abertura artificial na traquéia na qual um tubo é inserido. É utilizada para: 1. Estabelecer e manter uma via respiratória. 2. Impedir a aspiração de vômito de alimentos, vedando a traquéia e separando-a do tubo digestivo na pessoa inconsciente ou paralisada. 3. Tratar o doente que necessita de ventilação com pressão positiva e não pode ser dada eficazmente por meio de máscara 1.1.1 Pré-operatório Transmitir ao paciente tranquilidade e confiança; Pós-operatório No pós-operatório imediato será necessária grande vigilância do doente: Monitorização continua. O estoma recentemente feito deve ser mantido, através da aspiração de secreções adequada. A necessidade de aspiração poderá ser determinada pelo som do ar que vem da cânula especialmente se o doente respirar fundo. Quando a respiração é ruidosa, o pulso e a frequência respiratória aumentam, o doente necessita de aspiração. Os doentes que estão conscientes podem geralmente indicar quando necessitam de 29 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” aspiração. Um doente que consiga expulsar as secreções pela tosse não necessita de ser aspirado tão frequentemente. Se os sinais vitais se encontram estáveis, o doente deve ser colocado em semi-fowler para facilitar a ventilação, promover a drenagem, minimizar o edema e evitar a tensão sobre as linhas de sutura. Estimular a tosse para facilitar a eliminação das secreções; O paciente teme asfixiar-se, manter vigilância e tranquilizá-lo; Oferecer prancheta e lápis para proporcionar comunicação; Desinflar o balonete da cânula de 2/2 horas por dois minutos para prevenir ulceração e necrose da traquéia, sendo que a aspiração antecede este cuidado. Este tipo cânula é utilizado em pacientes em coma ou em uso de ventiladores, para que a luz traqueal se mantenha ocluída e não escape ar e para que não haja aspiração do conteúdo gástrico. Manter o equilíbrio nutricional: o doente com cânula de traqueostomia é geralmente capaz de deglutir e de fazer uma ingestão oral normal, exceto no caso de o doente estar inconsciente e terá que ser alimentado por SNG. Proporcionar higiene oral. As secreções têm tendência a acumular-se na boca e na faringe. Manter gazes limpas entre a pele e as partes laterais da cânula; Drenagem torácica Consiste na colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural para remoção de gás e líquidos. 30 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Termos: DRENO DE TORAX E FRASCO COLETOR Pneumotórax: presença de ar no espaço intrapleural; Hemotórax: presença de sangue no espaço intrapleural; Empiema: presença de pus no espaço intrapleural; Quilotórax: presença de líquidos no espaço intrapleural; Ações de Enfermagem Antes e durante o procedimento: Informar o paciente sobre o procedimento e indicar como ele pode ajudar (a importância de ficar imóvel) Tornar o doente confortável com apoios adequados, se possível numa das seguintes posições: - sentado na beira do leito com os pés apoiados e com os braços e a cabeça sobre almofada sobre o leito; - sentado numa cadeira com os braços e a cabeça repousando no encosto; - deitado sobre o seu lado não afetado com o leito elevado entre 35 a 45º caso ele não consiga ficar sentado. Apoiar e tranquilizar o doente durante o procedimento. 31 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Expor todo o tórax, o local da introdução do dreno é determinado a partir de radiografias e por percussão; Depois do procedimento Avaliar o doente a intervalos de tempo com especial incidência para a alteração da frequência respiratória e/ou cardíaca, assimetria do movimento respiratório, desmaio, vertigem, opressão torácica, tosse incontrolável, muco espumoso e/ou sanguinolento e sinais de hipoxemia. Após a colocação de drenos a intervenção de enfermagem é especialmente dirigida para a manutenção da permeabilidade e esterilidade do circuito. Colocar água esterilizada no frasco de drenagem cobrindo com líquido estéril. O tubo deve ficar aproximadamente 2,5cm abaixo do nível do líquido, a água atua como selador e evita o retorno do ar para o espaço pleural. A outra extremidade, mais curta deve ser ligada à aspiração. Clampear o sistema durante a troca do frasco ou retirada das secreções, para evitar pneumotórax; Marcar o nível de origem do líquido com adesivo, onde é marcada a drenagem horária; Fazer a fixação do dreno para evitar a saída acidental; Evitar clampear o dreno durante o transporte do paciente (um dreno clampeado pode provocar pneumotóraxhipertensivo, com o balanço do mediastino e parada cardíaca); Assegurar-se de que a aspiração está funcionante e manter os tubos permeáveis; Manter o tubo sem angulações que impeçam a drenagem ou a remoção de ar, o que interferiria com a regular reexpansão pulmonar; Vigilância do sistema pode ocorrer borbulhamento inesperado, provocado pela fuga de ar do sistema. Nunca conectar a rede de vácuo diretamente no respiro do frasco selo d’água; Mobilizar o doente sempre que possível para facilitar a drenagem; 32 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Observar e comunicar o médico imediatamente se sinais de respiração rápida, cianose, pressão no tórax, enfisema subcutâneo ou sinais de hemorragia. Várias situações podem provocar esta sintomatologia, desde pneumotórax hipertensivo, hemorragia, dor intensa, embolia pulmonar, tamponamento cardíaco. A intervenção cirúrgica pode ser necessária. Incentivar o doente a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes; Quando necessário transportar o doente para outro local, colocar o frasco de drenagem abaixo do nível do tórax de modo a impedir o refluxo do líquido; Os drenos são removidos quando o pulmão estiver expandido e as drenagens não sejam significativas (inferior a 150cc por 24 horas). Cirurgia Gastrintestinal Gastrostomia Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação à luz gástrica com o plano cutâneo da parede abdominal através de uma sonda com as finalidades de drenagem (descompensação) ou de alimentação (nutrição). Pré-operatório Descrever os cuidados pós-operatórios (soro, sonda nasogástrica, drenos, cuidados com a incisão, possibilidade de ostomia). 33 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Explicar os fundamentos da respiração profunda e ensinar ao paciente como virar-se tossir, respirar e mobilizar a incisão. Essas medidas minimizarão as complicações pósoperatórias; Monitorar a ingestão e a eliminação; Informar que o preparo do intestino será iniciado 1 a 2 dias antes da cirurgia para uma melhor visualização; Coordenar uma consulta como enfermeiro terapeuta quando o paciente estiver programado para uma ostomia a fim de iniciar o conhecimento o tratamento precoce dos cuidados pós-operatórios; Pós-operatório Conectar a sonda de Gastrostomia ao látex e adaptar ao coletor; Manter a sonda de Gastrostomia aberta no POI; Anotar aspecto e volume das drenagens de 6/6 horas; Observar queixas de náuseas e vômitos e ocorrência de distensão abdominal; Quando houver o retorno do peristaltismo, iniciar a alimentação pela sonda de Gastrostomia; Observar rigorosamente o volume e os intervalos das refeições; Não administrar refeições quentes ou muito frias; Não administrar rapidamente a dieta para prevenir a distensão abdominal; Não forçar a entrada dos alimentos; Irrigar a sonda antes e após as refeições com 15 ml de água filtrada, para detectar estase e prevenir infecções gastrintestinais, provocadas por alimentos que se alojam na parede da sonda e também para prevenir a sua obstrução; Manter a sonda fechada após as refeições; Posicionar o paciente em semi-fowler durante e após as refeições; Permitir que o paciente experimente a dieta, quando não houver contraindicações; Observar e anotar frequência e aspecto das eliminações intestinais. 34 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Gastrectomia É a ressecção parcial ou total do estômago. Pré-operatório Assistir psicologicamente e espiritualmente o paciente; Fazer enteróclise dez horas antes da cirurgia; Auxiliar o enfermeiro na lavagem gástrica. Pós-operatório Manter sonda nasogástrica aberta e anotar volume e aspecto das drenagens; Não permitir que a SNG comprima o nariz nem haja dobra no sistema; Manter o leito em Fowler após o restabelecimento dos sinais vitais; Observar ocorrência de náuseas, vômitos, distensão abdominal. Anotar e avisar o enfermeiro. Cirurgia Renal As principais cirurgias renais podem incluir: Nefrectomia procedimento para remoção do rim; Transplante renalpara insuficiência renal crônica; Pielolitotomiaprocedimento para remover obstrução, tal como cálculos ou tumores; Nefrostomiaprocedimentos para introduzir tubos de drenagem; Nefrectomia é mais utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar indicada para traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e outras doenças renais. A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando o rim remanescente é normal. 35 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Pré-operatório Rever os exercícios com os membros inferiores e fornecer informações a respeito das meias compressiva que podem ser utilizadas no pós-operatório; Ensinar os exercícios de respiração profunda e tosse eficaz; Pós-operatório Manter decúbito contrário ao lado operado; Controlar diurese; Prevenir complicações pulmonares, atelectasia, pneumonia, pneumotórax, com exercícios respiratórios e deambulação precoce; Manter boa drenagem do tubo torácico, quando usado (a proximidade da cavidade torácica com a região operada pode levar à necessidade de uma drenagem torácica pela colocação de um dreno no pós-operatório). Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter ou uretral), quando indicados. Para os pacientes de transplante renal, administrar medicamentos imunossupressores (corticosteroides), conforme prescrito, e monitorar os sinais precoces de rejeiçãotemperatura superior a 38.5ºC, débito urinário diminuído, aumento de peso de 1 kg ou mais durante a noite, dor ou hipersensibilidade sobre o local do enxerto e hipertensão; Ureterostomia Consiste na secção operatória e sua implantação na pele. Pós-operatório Orientar quanto ao manuseio da bolsa; Observar se o paciente é alérgico ao adesivo da bolsa; Estimular a ingestão hídrica; Trocar a bolsa sempre que necessário; 36 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Lavar a pele ao redor da ostomia com água e sabão; Observar ao redor da ostomia e detectar se há irritação por contato com a urina, o que deve ser evitado; Colocar gaze sobre a ostomia para absorver a urina e propiciar a aderência da bolsa. Bolsa coletora de urina. Na figura ao lado observa-se observa uma bolsa coletora de urina, ela é do tipo drenável e tem um "dreno" próprio que lhe é característico, uma "torneirinha". Cirurgias proctológicas A cirurgia proctológicas pode ser feita para Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou câncer de próstata. A abordagem cirúrgica depende do tamanho da glândula, intensidade da obstrução, idade, saúde subjacente e doença prostática. Hiperplasia benigna da próstata (HBP) é o crescimento benigno da próstata, não havendo correlação com o câncer de próstata. As causas ainda são indeterminadas. Ocorre Ocorre dos 40 anos em diante, sendo mais comum a partir dos 60 anos.O crescimento da próstata pode comprimir a uretra determinando uma série de sintomas urinários: - diminuição da força e calibre do jato urinário; - aumento das micções noturnas; - ardência para urinar; - sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar; - urinar em dois tempos; 37 Avenida XV de Novembro, 413-Centro 413 - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: CEP: 08500-405 08500 Tel.: (11) 4678-55084678 [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” - urina com sangue; - gotejamento acentuado no final da micção; - diminuição do volume do ejaculado. O diagnóstico de HPB e suas complicações baseiam-se nos sintomas, nos exames de laboratório (sangue e urina), no toque retal, na ultrassonografia da próstata e em alguns casos há necessidades de exames endoscópicos das vias urinárias. Intervenções cirúrgicas 1. Ressecção transuretral da próstata (RTU ou RTUP)- a mais comum e feita sem uma incisão por meio de instrumento endoscópico. 2. Prostatectomia aberta Pré-operatório Explicar os cuidados pós-operatórios previstos, incluindo a drenagem por cateter, irrigação e monitoramento da hematúria. Administrar a preparação intestinal conforme prescrito, ou instruir o paciente na administração doméstica e manter-se em jejum após a meia noite. Pós-operatório Manter a drenagem urinária e monitorar quanto à hemorragia. Proporcionar cuidados com a ferida e evitar a infecção. Monitorar e evitar as complicações (infecção e deiscência da ferida, obstrução ou infecção urinária, hemorragia, tromboflebite, embolia pulmonar, incontinência urinária). Cirurgias ginecológicas 38 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” As cirurgias ginecológicas são uma gama de cirurgia relacionada ou aparelho reprodutor feminino, entre algumas delas pode-se relacionar: a histectomia, salpingectomia, ooforectomia, portos cesarianos, perinioplastia, ligadura tubária entre outras, todas elas possuem cuidados em comuns estes cuidados também irá depender bastante das necessidades de cada paciente, a enfermagem tem papel fundamental para com estas pacientes, isso se deve pela grande influencia psicossocial que a mesma irá enfrentar, desta forma cabe à enfermagem diversos cuidados relacionados ao paciente alguns deles estão relacionados logo abaixo. Fechamento parcial da vagina É a sutura da vagina Indicações Prolapso uterino (desencadeado após o parto pelo enfraquecimento dos suportes). Salpingectomia Remoção cirúrgica das trompas Indicações Em casos de gravidez ectópica, processos inflamatórios (que não respondem a antibioticoterapia). Ooforectomia Remoção cirúrgica dos ovários Indicações Em casos de cistos ovarianos ou neoplasias, carcinoma mamário (em pacientes que não chegaram à menopausa). 39 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Histerectomia A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. Ocupa o segundo lugar entre as cirurgias efetuadas com mais frequências nas mulheres, logo a seguir à cesariana. Dependendo do tipo de histerectomia realizado e do motivo por que esta intervenção está a ser efetuada, por vezes, durante uma mesma cirurgia, efetua-se também a remoção do colo uterino, dos ovários e das trompas de Falópio. Existem três tipos básicos: Histerectomia total (ou "histerectomia tradicional") - Remoção do útero e do colo uterino. Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Histerectomia subtotal ou parcial - O útero é removido, mas o colo uterino é preservado. Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Alguns ginecologistas acham que deixar o colo uterino pode reduzir os problemas de incontinência mais tarde na vida. Histerectomia radical - Remoção do útero, do colo uterino e de alguns gânglios linfáticos pélvicos. Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Esta intervenção é normalmente recomendada para tratar cancros do útero e do colo uterino. Pré-operatório Apoiar psicologicamente: ter interesse pelo problema e ouvir a paciente com atenção. Ela poderá apresentar-semuito sensível, triste pela perda da capacidade reprodutora ou ansiosa quanto ao prognóstico. Pós-operatório Sonda vesical: deverá ser retirada de 24 a 48 horas após cirurgia, observar e anotar drenagem e aspectos da urina; Monitorar e observar curativos, drenos e sangramentos vaginais e anotar; Retirar gazes de tamponamento 24 horas após determinadas cirurgias; 40 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Nas pacientes com sonda vesical, fazer campleamento dela nas 24 horas que antecedem a sua retirada, para prevenir alterações nas eliminações urinárias; Mastectomia É a remoção parcial ou total da mama e dos músculos peitorais, do tecido adiposo e dos linfonodos axilares. Indicações Carcinoma da mama Pré-operatório Assistir psicologicamente e espiritualmente; a retirada da mama reflete-se na feminilidade e na sexualidade da paciente, deixando-a deprimida, ansiosa; Tricotomia da parede torácica, do terço superior do braço, da axila e da parte superior do abdome. Pós-operatório Manter o leito em Fowler, após a normalização dos sinais vitais, para facilitar as drenagens; O curativo não deverá ser trocado até o 3° PO; Manter o braço, do lado operado, em tipoia para evitar tensão excessiva na cicatriz cirúrgica; Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax; Quando houver cicatrização, auxiliar na colocação de porta-seios ou próteses, se necessário; Assistir psicologicamente. 41 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Cirurgias do Intestino Jejunostomia Comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede abdominal. Neste tipo de ostomia as fezes são, inicialmente, líquidas. Com o decorrer do tempo elas passam a ser semilíquidas ou semi-pastosas. Notamos que durante o dia essa consistência pode variar, geralmente, em decorrência da alimentação. Indicações Em casos de estenose e tumores esofagianos, neoplasias gástricas, traumatismos duodenais nos indivíduos submetidos à gastrectomia total. Ileostomia Comunicação do íleo com a parede abdominal para excreção Indicações Perfuração, neoplasias e traumas extensos do cólon. Colectomia Ressecção de parte do cólon Indicações Carcinomas do cólon Colostomia Comunicação da luz do cólon com a parede abdominal. Nesse tipo de ostomia as fezes, geralmente, são mais consistentes. Indicações Obstrução aguda do cólon, neoplasia intestinal, trauma intestinal. Pré-Operatório 42 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Contribuir para a aceitação a modificação anatômica e para a adaptação a nova forma de eliminação intestinal, ouvir com atenção os temores e dúvidas; Compreender a ansiedade, irritação, depressão ou agressividade; Orientar como usar o dispositivo para eliminação fecal; Preparo intestinal de acordo com a prescrição médica. Pós-operatório A bolsa coletora deve conter um orifício que ultrapasse o estoma e que não deixe a pele ao seu redor exposta, pois a excreção contem enzimas que escoriam apele. Bolsas com orifício inferior são apropriadas para o esvaziamento, sem necessidade de trocá-las frequentemente; Após o retorno do peristaltismo, são oferecidas dietas liquidas e sem resíduos em pequenos volumes para evitar a excitação do peristaltismo. Os alimentos muito quentes ou muito frios e o fumo devem ser evitados, pois são excitantes do peristaltismo; Peixes, cebola e repolho dão odor fétido às eliminações; Orientar o paciente quanto o auto-cuidado, para que se torne independente; Ouvir os receios e dúvidas sobre a sua nova situação; Estimular a ingestão hídrica; Em torno de 60 dias o paciente poderá voltar gradualmente às atividades normais, se a evolução for boa. Estoma e Tipos de Bolsa Estoma “É uma abertura feita na parede abdominal por meio de colostomia, ileostomia, etc.”. OstomiaÉ uma cirurgia para construção de um novo trajeto para saída das fezes ou da urina. Em todos esses casos os ostomizados precisam de uma bolsa coletora para coletar suas fezes ou urina. 43 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Tipos de Bolsas Coletoras Existem vários tipos e modelos de bolsas coletoras que foram criados para melhor atender as diferentes necessidades e dimensões dos estomas. Bolsas coletoras intestinais Na foto observa-se uma bolsa coletora de fezes, ou seja, uma bolsa do tipo intestinal. Note-se que ela é, também, drenável e o seu fechamento, para que não haja saída dos dejetos, é feito com um "clamp". Bolsas coletoras drenáveis e não drenáveis. Considerando-se a sua forma de descartar os dejetos fecais as bolsas coletoras podem serdrenáveis e não drenáveis. Bolsas drenáveis 44 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Apresentam-se com uma abertura na extremidade inferior por onde são esvaziadas, periodicamente, e costumam ter maior durabilidade. Uma de suas vantagens é que reduzem as lesões na pele do abdômen. Para os ostomizados, quanto menor o número de trocas de suas bolsas coletoras, menor serão os danos a sua pele. Os constantes descolamentos das barreiras podem contribuir para o aparecimento de lesões na região em torno do estoma. Bolsas não drenáveis São fechadas, isto é, a extremidade inferior não se abre e elas não podem ser esvaziadas. Elas devem ser trocadas quando estiverem com um 1/3 de sua capacidade preenchida ou quando for necessário. A imagem mostra uma bolsa coletora intestinal e não drenável, por conta disso, sempre que cheia (1/3 do seu conteúdo) deve ser descartada. A bolsa ao lado apresenta um filtro para retirada dos gases. Bolsas coletoras de uma peça e de duas peças. As bolsas de uma peça são as mais utilizadas e costumam ter um preço mais acessível do que as de duas peças. Por essa razão são as mais distribuídas pelo SUS, no Brasil. Elas duram em média, em condições normais, cerca de três dias. O conjunto da figura é uma bolsa coletora de uma peça porque reúne em uma só peça a placa e a bolsa. Note-se que ela é do tipo intestinal, drenável e de uma peça. As bolsas de duas peças ou equipamento de duas peças para ostomia têm coletor plástico em separado que se encaixa na placa colada no abdômen. Geralmente, esses modelos são mais caros e duram um pouco mais do que os demais. Essa disposição facilita as lavagens internas 45 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” da bolsa, que podem ser feitas com ela fora do corpo. Além disso, esse tipo de bolsa fornece uma proteção adicional para os estomas, porque os conserva dentro do estojo que se cria com a junção da placa e a bolsa. A imagem mostra uma bolsa coletora de duas peças. A placa está colocada do lado esquerdo e a bolsa do lado direito da imagem. Veja que ambas as peças tem encaixes próprios, sendo o da placa do tipo "macho" e o da bolsa do tipo "fêmea". Cirurgias Ortopédicas Artrodese: fixação de u ma articulação. Artroplastia: operação destinada a refazer superfícies articulares e restabelecer seu uso. Osteossíntese:fixação da fratura por meio de placas e parafusos. Osteotomia: secção cirúrgica de um osso. Amputação e Desarticulação Cuidados de Enfermagem 46 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” O planejamento das ações de enfermagem aos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por tumores ósseos deve prever promoção da independência, prevenção de complicações como trombose venosa profunda e fratura patológica, educação ao paciente e familiar quanto às metas do plano assistencial e promoção de um ambiente acolhedor. Pré-operatório Encorajar o uso de equipamentos adaptações necessárias à locomoção devido ao risco de fratura patológica; Não realizar punção no membro a ser operado; Manter e registrar no prontuário todos os exames de imagem realizados; Ouvir e encorajar a expressão de sentimentos. Pós-operatório Avaliar estado neurovascular da extremidade (enchimento capilar, temperatura, sensibilidade e motricidade); Estimular a mobilização ativa no leito, dentro da limitação; Manter o membro operado elevado; Manter curativo compressivo; Estimular o uso de equipamentos e adaptações necessárias à locomoção de acordo com a carga permitida; Utilizar medidas para a prevenção de úlcera por pressão; Avaliar perfusão e débito de dreno. Artroplastia de Quadril A artroplastia é uma cirurgia de reconstituição da articulação pela substituição por prótese, que pode ser total ou parcial. Quando a artroplastia é total, ocorrem a remoção de toda a cabeça e de parte do colo do fêmur e a remodelagem do acetábulo. Na parcial, é substituída 47 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” apenas uma das superfícies articulares, a femural ou a acetabular. Os objetivos principais da artroplastia são o alívio da dor, a restauração e a melhora da função articular. Pré-operatório Orientar o cliente quanto às rotinas; Orientar sobre o uso de anticoagulante, demonstrando a técnica de aplicação; Orientar o cliente quanto ao pós-operatório, minimizando sua ansiedade em relação ao procedimento realizado; Observar e identificar riscos para complicações. Pós-operatório Repouso relativo: por um ou dois dias permanecer em DDH. Utilizar um coxim entre as pernas; Nos primeiros dias, banho no leito; Alternar horários de analgesia; Anotar e desprezar débito do DPV; Atentar para sinais de hemorragia (DPV) e ferida cirúrgica; Controle dos sinais vitais; Manter paciente aquecido; Mobilizar em bloco; Proteção das extremidades ósseas; Verificar perfusão do membro operado; Nas próteses com cimento andar no 4° dia após a cirurgia, sem cimento não poderá pisar nas 3 primeiras semanas; Orientar o paciente a realizar exercícios. Gesso É utilizado para imobilizar um osso. 48 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Indicações Fraturas, luxações, complemento cirúrgico. Assistência de enfermagem ao paciente com aparelho gessado Manter o membro gessado elevado, para reduzir o edema, melhorar o retorno venoso aliviar a dor; Os aparelhos gessados recentemente não devem ser apoiados em travesseiros ou no leito, nem envolvidos por cobertas para prevenir queimaduras pela elevação da temperatura; Manter vigilância, observar frequentemente a extremidade do membro gessado. Queixas de formigamento, dor e cianose significam compressão de vasos sanguíneos, o que poderá levar a necrose da área. Não permitir que objetos sejam introduzidos no interior do gesso para se prevenir lesões cutâneas; Estimular exercícios passivos com os dedos do membro gessado; Orientar o paciente a não molhar o gesso; Observar se não há mau cheiro no membro afetado; Após retirada do gesso, lavar o membro de forma suave com água morna e sabão e enxugar com toalha macia, por que a pele fica bastante sensível. Hidratar a pele, evitar coçar e esforços bruscos. Tração É a aplicação de uma força continua sobre um segmento corporal na tentativa de neutralizar a contratilidade muscular e assim diminuir o espasmo muscular e a dor, restaurar o comprimento de membros, reduzirem luxações, corrigir deformidades e atuar como complemento cirúrgico. Princípios da tração 49 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Ter força oposta ou contra tração; Ser livre de qualquer atrito; Seguir uma linha estável de força; Ser continua; Ser aplicada na posição supina e com alinhamento corporal; Tração Cutânea É aplicada com a força puxando a pele e as partes moles, que atuam indiretamente sobre os ossos. É indicada quase sempre para a redução de fraturas, tem a desvantagem de suportar pouca quantidade de peso. É contra indicada na presença de lesões de pele. Assistência de enfermagem nas trações cutâneas Observar o aspecto das extremidades; Manter o alinhamento do corpo do paciente no leito; Estimular movimentos passivos das articulações liberadas; Observar a integridade da pele; Tração Esquelética É utilizada no tratamento das fraturas e correções ortopédicas por ter a vantagem de suportar um tempo prolongado de uso e maior quantidade de peso. 50 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Uma variação de tração esquelética é a tração craniana, onde a aplicação dos fios metálicos é feita diretamente nos ossos do crânio. Assistência de enfermagem nas trações cutâneas esqueléticas Manter limpos e secos os locais de inserções dos pinos; Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Tração - Avaliar dor - Avaliar a condição neurovascular: comparar o membro afetado com o não afetado; coloração, pulso, movimento e sensibilidade; - Checar o equipamento de tração: alinhamento, fixação, quantidades de pesos prescritas, pesos livres e manutenção da contra-tração. - Estimular o paciente a realizar exercícios ativos no leito (principalmente se a tração estiver nos MMII); - Cobrir as pontas proeminentes de qualquer pino ou haste. - Para que se obtenha uma tração efetiva, é preciso que exista uma força de contra-tração, que geralmente é o próprio peso do paciente; - A tração deve ser contínua para ser efetiva, não deve ser interrompida; - Promover contra com o posicionamento correto do leito: 51 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” - Deve-seevitar situações que diminuam ou limitem a tração (exemplo: mau posicionamento do paciente; este deve estar alinhado no centro do leito.); - As cordas devem estar bem esticadas, desobstruídas e sem nós; - Os pesos devem pender livremente, sem encostar-se ao chão ou na cama. Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica Exemplos de anotação da equipe de enfermagem Importante relembrar e acrescentar que, ao final de cada Anotação de Enfermagem, após a identificação do profissional deve ser inutilizado o espaço restante da linha (não deixar espaços em branco) e a próxima anotação deverá ser registrado na linha subsequente. Anotações do pré-operatório 7h00 Em jejum desde as 22h. Realizada tricotomia em região perianal. Julieta Soares COREN-SP-98760-AE -------------------------------------------------------------------7h30 Encaminhada ao banho de aspersão, retirada prótese dentária e colocadas as roupas do Centro Cirúrgico. Julieta Soares – COREN-SP-98760-AE----------------------8h30 PA=130x80 mmhg, T=36,3ºC, R=20. Administrado item três da prescrição médica e encaminhada ao Centro Cirúrgico em maca. Julieta Soares COREN-SP-98760-AE......... Anotações do pós-operatório 10h45 Transferida da maca para a cama, posicionada em decúbito lateral esquerdo e elevadas as grades do leito. PA=110x70 mmhg, P=68, R=20, T=36,2ºC. Renato Santos – COREN-SP11153-AE ------------------- 52 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” 12h00 Aceitou toda a dieta oferecida (almoço). Renato Santos – COREN-SP- 11153-AE ------------------------------------------------------------------------12h15 Realizada higiene oral com creme dental. Renato Santos – COREN-SP-11153AE............................................................................................................. 13h00 Refere algia na região cirúrgica. Informado à enfermeira Dra. Eugênia Rocha, que requisita medicar com o item2 da Prescrição Médica. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE -----------------------------------------------14h30 Observada infiltração ao redor do acesso venoso. Interrompida a infusão e comunicado à enfermeira. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE ------14h35 Avaliado dorso da mão esquerda, onde estava instalado cateter periférico. Observo sinais de infiltração de medicamento na região ao redor do cateter, que apresenta hiperemia, com aproximadamente três cm de diâmetro, e edema (+/+++). Retiro cateter e prescrevo punção de outro acesso venoso periférico (item oito) e cuidados no local da infiltração (itens 9, 10 e 11). Dra. Eugênia Rocha – COREN-SP-120225 --------------------------------------------14h40 Realizo punção venosa, conforme item8 da Prescrição de Enfermagem. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE-----------------------------------------------14h45 Cumpridos os itens 9, 10 e 11 da Prescrição de Enfermagem. Dra. Eugênia Rocha – COREN-SP-120225--------------------------------------- 53 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected] COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO “Tradição em formar Profissionais com Qualidade” Referências Bibliográficas 1. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico cirúrgico. 9ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan: 2005. 2. NETTINA. Prática de Enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan: 1996. 3. POSSARI J.F. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão, 1° ed. São Paulo: Iátria, 2004. 4. MEEKER, MH; ROTHROCK, JC; Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico, 10° ed. RJ Guanabara Koogan, 1997. 5. Silva, MD, et. Al. Enfermagem na unidade de centro cirúrgico, 2° Ed, SP, editora EPU, 1999. Agradecimentos Agradecemos a toda equipe do Colégio Técnico São Bento e em especial à Professora Débora Cristina de Jesus Costaque participou da revisão desta apostila. 54 Avenida XV de Novembro, 413-Centro - Ferraz de Vasconcelos –SP-CEP: 08500-405 Tel.: (11) 4678-5508- [email protected]