Escola Secundária de Manuel Teixeira Gomes - Portimão - 2010/2011 Aluno: Jéssica Rosa | e-mail: [email protected] | Nº: 10 Grego | Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades 12.º ano de escolaridade | Turma: E Hércules II (Hércules estrangulando o leão de Nemeia, Peter Paul Rubens, 1638-1639) Hércules, (em Grego-Héracles), era visto como o homem mais forte do mundo e de sangue divino. Era filho de Zeus e de Alcmena. Quando Hércules nasceu, o rei do Olimpo anunciou que, um dia, a criança nascida seria senhor de toda a Grécia. Hera, em fúria, espalhou que o seu primo Euristeu teria vindo ao mundo antes dele, e então, Hércules, mais tarde, iria ter de o servir. Alcmena, com medo que Hera conspirasse contra o seu filho, mandou-o ser criado num campo, pensando que Zeus não deixaria de proteger o seu próprio rebento. Mas Hera e Atenas passaram por esse mesmo campo e, ao verem aquele recém-nascido, todo nú, e sem saber quem ele era, Hera pegou na criança e pô-la ao seu colo, junto do peito, mas este chupou-o com tanta força que ela o atirou para o chão. Atena levo-o depois para a cidade e deu-o à sua própria mãe, para que esta o criasse. Alcmena começou a criar o próprio filho na esperança de que as poucas gotas do leite de Hera o salvariam da má vontade da deusa. 2 Mas quando Hera soube quem era o bebé que tinha salvado da morte, irritada, enviou duas cobras para o matarem, no seu próprio berço, e, enquanto a mãe dormia, estas enrolaram-se à volta do pescoço da criança. Hércules acordou com um grito, o que fez acordar a mãe que viu o seu bebé apanhar uma cobra em cada mão, e, rindo, estrangulou-as. Alcmena, aos gritos, chamou pelo marido, que ficou espantado com o feito de Hércules, e logo mandou chamar Tirésias, para ler a sina do menino. A partir dai, Anfitrião fez de tudo para criar aquele filho adotivo. Chegou a uma altura em que o jovem teve de escolher se a sua força se dirigia para o bem ou para o mal. Hércules passeava sozinho quando encontrou duas belas mulheres e cada uma lhe fez um sinal para a acompanhar, mas por caminhos diferentes. Uma era Prazer, tinha um ar próspero e estava ricamente vestida; a outra era Dever, mais modesta e recatada, vestida de branco, sem enfeites nem jóias. O herói ainda hesitou mas acabou por dar a mão a Dever, e assim se deu a escolha de Hércules. Por ter escolhido Dever como guia, Hércules veio a ser o herói mais famoso da sua época. Os deuses saudaram os seus feitos prodigiosos. Hermes deu-lhe uma espada invencível, Apolo ofereceu-lhe umas setas penetrantes e usava um célebre escudo, encomendado por Zeus. Hera não se esquecia do rancor que tinha deste filho de Zeus e mandou sobre o herói uma loucura furiosa que o fez atirar o próprio filho para o fogo e afastar de si a esposa. Quando Hércules se apercebeu do que tinha feito, caiu numa profunda melancolia e, durante um tempo, buscou o perdão e o conforto dos deuses. Foilhe exigido que servisse o seu parente Euristeu, em forma de penitência. Assim sendo, teve de executar doze duras tarefas por ordem deste mesmo: A primeira que lhe foi imposta foi matar o leão de Nemeia, um monstro selvagem que há muito que aterrorizava a terra de Argólida. Tendo só o seu arco e uma oliveira brava que arrancou pela raiz para servir de moca, Hércules percorreu a floresta de Nemeia, onde o leão tinha o covil. Ao deparar-se com o animal, apontou o arco com pontaria certeira e, seta após seta, tombaram inofensivas do couro do animal. Mas quando o leão se preparava para saltar, Hércules deitou fora as suas armas e atirou-se para cima dele, estrangulando-o até á morte, depois esfolou-o com as suas próprias unhas. Desde então, era reconhecido para onde quer que fosse. A sua segunda tarefa consistia em vencer um monstro que infestava os pântanos de Lerna. Era Hidra, uma enorme cobra de nove cabeças, uma das quais não podia ser ferida com nenhuma arma e as outras voltariam a nascer, logo que fossem cortadas. Acompanhado pelo sobrinho, Iolas, pôs-se a caminho de Lerna e rapidamente encontrou a colina onde Hidra se escondia. Fez a criatura sair do buraco com setas e esta atacou-o. Hércules aguentou a investida e cortou as cabeças uma a uma enquanto a cobra lhe enroscava o corpo e quase o asfixiava. Pediu, então, ajuda a Iolas, que trazendo uma 3 tocha queimou as feridas ensaguentadas de maneira a que as cabeças não voltassem a nascer de novo. Hidra, enfurecida, ficou só com a cabeça que nenhuma arma poderia ferir, mas o herói esmagou-a com a sua moca, arrancou-a e enterrou-a no chão, por baixo de um enorme rochedo. Depois, Hércules mergulhou as setas naquele sangue envenenado para que dai em diante as feridas por elas causadas fossem incuráveis. O seu terceiro trabalho foi capturar vivo o veado Cirenite, de cornos de ouro e cascos de bronze, que vagueava pelas colinas de Arcádia. Durante um ano, Hércules perseguiu-o fora da Grécia, até à Trácia e desertos bárbaros e pelas brumas setentrionais. Foi despistado várias vezes e a única coisa a fazer foi aleijar o ágil veado com um dardo e, depois, apanhá-lo e levá-lo aos ombros, para a sua terra. O quarto trabalho foi apanhar um animal mais sinistro, um javali que devastava a montanha que separava a Ática de Elis. Durante o caminho Hércules travou uma luta, contra sua vontade, com um Centauro chamado Fólo, que pôs à sua frente bastante carne mas nenhum vinho, porque só tinha um barril que pertencia a todos os Centauros e que não podia ser aberto, a não ser que todos estivessem presentes para partilhá-lo. Mas Hércules convenceu-o a abrir o barril e assim que o odor a vinho se espalhou pela floresta, os outros Centrauros vieram atacá-lo. Este defendeu-se com as suas setas invencíveis, matando-os um por um. Seguidamente, o herói prosseguiu para as terras do javali e acabou por cansá-lo, seguindo-o por profundos sulcos de neve até poder amarrálo com cordas e levá-lo vivo a Euristeu. A sua quinta tarefa foi limpar, num só dia, os estábulos de Augeias, rei de Elis, que possuía três mil cabeças, mas que nunca se dera ao trabalho de mandar limpar o recinto onde se amontoavam os dejetos dos animais. Ao ver Hércules apresentar-se para este trabalho, Augeias riu-se e prometeu-lhe a décima parte dos seus rebanhos se este conseguisse concretizar o trabalho. Hércules viu que os rios Peneu e Alfeu corriam ali perto e conduziu as suas águas de maneira a atravessarem os estábulos e a limparemnos, num só dia. Quando Augeias soube que ele fora enviado por Euristeu, quis recusar a recompensa, mas Hércules obrigou-o à sua promessa, chamando como testemunha Fileu, o filho de Augeias. O seu sexto trabalho foi caçar as Estinfálias, aquelas mesmas aves de rapina com setas em vez de penas, que perturbavam a viagem dos Argonautas. Viviam no Lago Estinfalo. Atena, deusa das invenções, deu-lhe um enorme par de taramelas de latão, feitas por Vulcano, que faziam muito barulho. Instalando-se numa colina, Hércules espantou-as com as taramelas e quando as aves levantaram voo, este matou-as com as suas setas. 4 Hércules concretizou todos estes trabalhos e ainda mais seis de igual perigo e dificuldade. Foram tantas e tão gloriosas as acções por ele levadas a cabo que, depois da sua morte, o incluíram no número dos deuses e lhe deram Hebe, deusa da mocidade, por mulher. Hércules apresentou-se na forma de um homem robusto e musculoso, coberto com uma pele de leão e uma maça muito pesada. Referências Bibliográficas: 1. http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9rcules 2. GRIMAL, Pierre. Mitologia Grega e Romana (4ºedição) - DIFEL