BOLETIM BIBLIO ESJAC n.º 18

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BOLETIM BIBLIO ESJAC n.º 18
ÍNDICE
Introdução
Dez obras em destaque para ler, folhear ou consultar durante este mês de abril.
HISTÓRIA DO CORPO: DO RENASCIMENTO AO ILUMINISMO – I
de Jacques Gélis et al.
• HISTÓRIA DO
Ano de edição: 2015
CORPO: DO
RENASCIMENTO Páginas: 495 p.
AO ILUMINISMO - I Editora: Círculo de Leitores
ISBN: 978-972-42-4982-7
• HISTÓRIA DO
Coleção: História do Corpo; I
CORPO: DO
RENASCIMENTO COTA ESJAC: 94 HIS
• Introdução
AO ILUMINISMO - 2
Numa época em que proliferam os corpos virtuais, em que se fazem transfusões
de sangue e se implantam órgãos, em que se esbate a fronteira entre o mecânico e o
orgânico, em que nos aproximamos da programação da espécie e da replicação do
GEORGE E SETA indivíduo, torna-se mais necessário do que nunca sentir o limite do ser humano,
DESPEDIDA
conhecendo a história do seu corpo ao longo dos séculos.
Influenciado, nas suas formas e nas suas encenações, pelas condições materiais e
O LIVRO DO RISO
culturais
variáveis, o corpo sofreu mutações profundas ao longo do tempo histórico.
E DO
Com
o
Renascimento
dá-se a emergência do corpo “moderno”: um corpo liberto da
ESQUECIMENTO
influência dos astros, das forças ocultas e dos amuletos. Começa, então, a esboçarO QUIDDITCH
se uma visão científica sobre o corpo.
ATRAVÉS DOS
Entre o Renascimento e o Iluminismo verifica-se um conflito cultural. O corpo vai
TEMPOS
afirmando a sua autonomia, tornando-se único, individual, ao mesmo tempo que se
AS FLORES DE
acentuam as imposições coletivas de ordem política, religiosa e social.
• NÃO TEMOS DE
SER ALEMÃES
•
•
•
•
LÓTUS
• OLHAR
PORTUGAL:
SENTADOS À
MESA – UMA
ANTOLOGIA
LITERÁRIA
• HISTÓRIA DO
CORPO: DA
REVOLUÇÃO
FRANCESA À
GRANDE GUERRA
-1
Gabriela Calé (Professora de História)
HISTÓRIA DO CORPO: DO RENASCIMENTO AO ILUMINISMO - 2
de Daniel Arasse et al.
Ano de edição: 2015
Páginas: 527 p.
Editora: Círculo de Leitores
ISBN: 978-972-42-4983-4
Coleção: História do Corpo; 2
COTA ESJAC: 94 HIS
Dividido entre o progresso do indivíduo e as imposições do âmbito coletivo, o
corpo, em todas as suas dimensões, é testemunha da renovação do lugar do ser
• HISTÓRIA DO
humano na sociedade durante o período entre o Renascimento e o Iluminismo. Uma
CORPO: DA
renovação revelada em contextos como o exercício físico ou os jogos, nos quais a
REVOLUÇÃO
eficácia vai sendo valorizada em detrimento da força ou da violência. Também os
FRANCESA À
diversos olhares sobre os corpos deformados, cujas características escapam às
GRANDE GUERRA
representações comuns, sofrem alterações durante os séculos XVI a XVIII. A imagem
-2
do corpo representado pelos artistas deste período, em que a nudez ocupa um lugar
recente, é tributária dos recentes conhecimentos anatómicos, mas também da regras
de civilidade, do autodomínio e do saber viver.
ABRIL de 2016
Gabriela Calé (Professora de História)
NÃO TEMOS DE SER ALEMÃES
de José Matos Torres
Ano de edição: 2014
Páginas: 214 p.
Editora: Matéria-Prima Edições
ISBN:978-989-8461-90-2
Cota ESJAC: 33 TOR
O livro de José Matos Torres, Não temos de ser alemães, observa
de forma acutilante o atual estado da economia portuguesa,
nomeadamente no que respeita à enorme dívida pública, associada a
um baixo crescimento económico, com consequências inevitáveis nos
níveis de desenvolvimento de Portugal.
Crítica o papel do Estado que, segundo o autor, não se deve sujeitar
ao papel de mero espetador das políticas internacionais, desenhadas,
sobretudo, no norte da Europa, mas antes deve constituir um vetor essencial nas
reformas estruturantes e na prossecução do crescimento económico do país.
Os estados soberanos de países periféricos, como Portugal, devem impor-se
naquilo que são os desígnios do verdadeiro desenvolvimento económico e social,
rejeitando fórmulas simplistas de contenção orçamental, rejeitando a precarização do
trabalho, rejeitando a sujeição absoluta aos mecanismos de mercado, encontrando,
assim, políticas de sustentabilidade que deverão assegurar um projeto de
estabilidade económica em que a justiça social seja um princípio inalienável.
Livro comprado com o prémio do concurso Young Business Talents 2013/2014.
Dulce Vilhena (Professora de Economia)
GEORGE E SETA DESPEDIDA
de Maria Judite de Carvalho
Ano de edição: 2015
Páginas: 48 p.
Editora: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-72840-1
Coleção: Educação Literária
Cota ESJAC: 83 CAR
Maria Judite Carvalho publicou em 1995 o seu último livro Seta Despedida, embora
haja mais três obras póstumas. Esta obra, que contém doze contos, valoriza, na
perfeição, a esperança de vencer a efemeridade do tempo. Escrita de forma sóbria e
ao mesmo tempo densa, ilustra como nunca a fragilidade da condição humana.
“George” é um conto em destaque, já que figura no título da obra e é um texto de
leitura obrigatória no novo Programa e Metas Curriculares de Português, 12.º ano, em
opção com o conto “Sempre é uma companhia” de Manuel da Fonseca
Este conto obriga o leitor a refletir sobre a vida e sobre a condição humana.
George, a personagem principal, sofre um processo de degeneração, perde a sua
identidade. Afinal, "George" é o grito de "uma voz estrangulada".
Paula Pereira (Professora de Português)
O LIVRO DO RISO E DO ESQUECIMENTO
de Milan Kundera
Ano de edição: 2015
Páginas: 237 p.
Editora: Dom Quixote
ISBN: 978-972-20-5822-3
COTA ESJAC: 85 KUN
Kundera é um romancista realista e metafísico, de um realismo e de uma metafísica
extenuados e dolorosos e, por essa razão, capaz de lampejos, de intuições penosas,
de aparições escaldantes, de centelha e de espasmos. Esta obra é uma narrativa
entrecortada de erotismo e imagens oníricas em que o autor lança um olhar perspicaz
e amargo sobre o quotidiano da República Checa após a invasão russa de 1968. As
desilusões da juventude, a desorientação dos intelectuais, a prepotência dos líderes
políticos, tudo converge para o esquecimento, imposto ou voluntário, individual ou
coletivo.
Fernanda Lopes (Professora de Geografia)
O QUIDDITCH ATRAVÉS DOS TEMPOS
de Kennilworthy Whisp
Ano de Edição: 2002
Páginas: 56 p.
Editora: Editorial Presença
ISBN: 978-972-23-2756-5
Cota ESJAC: 85 WHI
O Quidditch Através dos Tempos é um livro de ficção escrito por K. Whisp,
pseudónimo de JK Rowling. O tema, o desporto dos feiticeiros, imprime a esta obra um
cunho cómico, o que o torna muito agradável de ler.
Os primeiros capítulos descrevem os jogos dos feiticeiros montados em vassouras.
De seguida é feito um estudo das origens deste desporto fictício e explicação das suas
regras. Por fim, é-nos apresentada uma análise da popularidade do quidditch noutros
países do mundo.
Uma leitura interessante e curiosa que nos transporta para o universo de Harry
Potter. A não perder!
Margarida Beato (Professora de Inglês)
AS FLORES DE LÓTUS
de José Rodrigues dos Santos
Ano de Edição: 2015
Páginas: 683 p.
Editora: Gradiva
ISBN: 978-989-616-671-7
COTA ESJAC: 83 SAN
O século XX nasce, e com ele germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à
Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias.
Quatro histórias. Quatro famílias. Quatro destinos.
Inspirando-se em figuras históricas como Salazar e Mao Tse-Tung, o novo romance de
José Rodrigues dos Santos conduz o leitor numa viagem arrebatadora de Lisboa a
Tóquio, de Irkutsk a Changsha, do comunismo ao fascismo. Assim, As Flores de Lótus
é uma das mais ambiciosas obras da literatura portuguesa contemporânea.
Fernanda Lopes (Professora de Geografia)
OLHAR PORTUGAL: SENTADOS À MESA – UMA ANTOLOGIA LITERÁRIA
de Fernando-António de Almeida
Ano de Edição: 2015
Páginas: 535 p.
Editora: Círculo de Leitores
ISBN: 978-972-42-5049-6
Coleção: Olhar Portugal
Cota ESJAC: 83 ALM
Trata-se de uma coletânea de cenas passadas à mesa ou onde a comida tem
papel primordial, retiradas de muitos escritores clássicos portugueses.
O autor salienta que o «ato de comer, o sentar-se à mesa, o conviver, a relação de
sociabilidade assim engendrada, à volta de um bom copo e de um bom prato», tornouse importante a partir da segunda metade do século XIX, deixando para trás o seu lado
teológico, o denominado “pecado da gula”. Assim, é natural que muitos dos textos
presentes nesta obra sejam desse século e do início do século XX. Fernando-António
Almeida faz renascer textos excecionais, que, desta maneira, têm uma nova
oportunidade de serem desvendados por novos e diferentes leitores.
No total Olhar Portugal: Sentados à Mesa - Uma antologia literária contém excertos
de vinte e uma obras de autores cujo tema comum é, evidentemente, a gastronomia.
Entre eles contam-se Camilo Castelo Branco, Bulhão Pato, Ramalho Ortigão, Júlio
Dinis e Eça de Queirós.
Paula Pereira (Professora de Português)
HISTÓRIA DO CORPO: DA REVOLUÇÃO FRANCESA À GRANDE GUERRA - 1
de Alain Corbin et al.
Ano de edição: 2015
Páginas: 421 p.
Editora: Círculo de Leitores
ISBN: 978-972-42-4984-1
Coleção: História do Corpo; 3
COTA ESJAC: 94 HIS
Qual era o saber dos médicos acerca do corpo, da sua anatomia e da sua fisiologia?
De que forma este saber se constituiu e evoluiu ao longo do século XIX? O que
representava o corpo aos olhos dos clérigos e dos cristãos fervorosos? Que sistema de
normas resultava destas crenças? Que olhar os artistas lançavam sobre o corpo? Que
obsessões, que fantasmas – ou mesmo que angústia - guiaram este olhar, enquanto se
construía um imaginário social, encarnado numa série de tipos? São estas as questões
cujas respostas condicionam o objetivo de uma história do corpo do século XIX. Têm,
portanto, de ser abordadas antes de passar à história dos prazeres e da dor.
Gabriela Calé (Professora de História)
HISTÓRIA DO CORPO:
DA REVOLUÇÃO FRANCESA À GRANDE GUERRA - 2
de Alain Corbin et al.
Ano de edição: 2015
Páginas: 386 p.
Editora: Círculo de Leitores
ISBN: 978-972-42-4985-8
Coleção: História do Corpo; 4
COTA ESJAC: 94 HIS
As alterações verificadas ao longo do século XIX em domínios como a técnica, a
medicina ou as próprias mentalidades marcaram profunda e longamente a perceção do
corpo. O florescimento da ginástica e do desporto contribuíram para esta alteração de
mentalidade
A revolução industrial gerou um cuidado específico no controlo do corpo do
operário, reduzindo e adaptando os movimentos, mecanizando-os por vezes,
procurando evitar os acidentes de trabalho, muitas vezes mortais. A medicina e os
cuidados médicos abriram caminho a uma nova perceção do corpo, nomeadamente do
corpo enfermo. Ao mesmo tempo, o advento da anestesia gerou novas perspetivas
sobre o sofrimento e a dor.
Novas noções de higiene vão surgindo cujos efeitos se prolongariam pelo século
XX.
Gabriela Calé (Professora de História)
Agrupamento de Escolas Dr. Jorge Augusto Correia
Biblioteca
Escola Secundária/3EB Dr. Jorge Augusto Correia
Rua Luís de Camões
8800-415 Tavira
Tel. 281 320 440
Professora Bibliotecária: Ana Cristina Matias
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