Teoria do Conhecimento e Filosofia da Ciência III Professor: Osvaldo Pessoa Frota Jr. Estagiário: Lucas Machado Seminário de Leitura I: As Paixões da Alma (§§ 30-43) Nesse seminário, discutiremos os artigos 30 a 43 de As Paixões da Alma, de Descartes. Tendo em vista que esse é um curso sobre filosofia da mente, optei direcionar a discussão a partir do que julgo serem quatro pontos fundamentais para articular o texto discutido com o tema de nosso curso: 1- O Dualismo corpo-alma (ou mente-corpo) de Descartes 2- A união do corpo e da alma em Descartes (que não é senão o assunto dos artigos que discutiremos nesse seminário) 3- A relação da teoria sobre a relação mente-corpo (e, nesse sentido, da “filosofia da mente”) de Descartes com a sua teoria moral 4- As repercussões da filosofia cartesiana na discussão ulterior sobre a relação mente-corpo A fim de tratar o primeiro ponto, faremos uma breve excursão aos primeiros artigos de As Paixões da Alma, relacionando-os com alguns momentos de outros textos de Descartes como As Meditações e o Discurso do Método. No tratamento do segundo ponto, além de tratar dos artigos sobre os quais nosso seminário versa, recorrerei a leituras complementares que farão alguns acréscimos à nossa compreensão sobre a união do corpo e da alma em Descartes e a função da glândula pineal nessa. Ao abordar o terceiro ponto, recorrerei aos últimos artigos da primeira sessão de As Paixões da Alma, bem como a algumas cartas de Descartes e outras leituras complementares. Por fim, para discutir o último ponto, farei algumas breves conexões de Descartes com o “paralelismo” espinosista e de que maneira esses desenvolvimentos se conectariam com o próximo texto de nosso seminário, de Bergson. Os dois pontos que mais nos interessam nesse seminário são, em verdade, os dois primeiros; gostaria, contudo, de tratar rapidamente também os dois últimos pontos, posto que contribuem para adquirirmos uma perspectiva mais ampla das conexões existentes entre, por um lado, o tema de nosso curso com outros assuntos relevantes à filosofia e, por outro, do texto desse seminário com o texto subsequente. 1. O Dualismo corpo-alma de Descartes Na altura dos artigos de nosso seminário, a distinção entre corpo e alma como duas substâncias diferentes já está pressuposta; com efeito, essa separação é pressuposta desde os primeiros artigos de As Paixões da Alma, em que Descartes afirma que, para podermos bem definir as paixões da alma, é preciso distinguir claramente entre as funções do corpo e as funções da alma.1 Isso porque, para o filósofo, uma mesma coisa pode ser chamada tanto de 1 DESCARTES, 1979 1, §2 1 paixão quanto de ação, dependendo do que estamos tomando como ponto de referência: uma mesma coisa é uma ação, para aquele que faz com que ela aconteça, e paixão, para o sujeito a quem ela acontece2. As paixões da alma, portanto, são aquelas coisas que, acontecendo com ela, são causadas por outra coisa, distinta da própria alma, outra coisa que não pode ser senão o corpo. Mas só podemos saber o que são, de fato, suas paixões, e não suas ações, se soubermos as funções que alma desempenha e as funções que o corpo desempenha, sem confundir as funções de um com a de outro; só assim poderemos saber o que o corpo pode fazer e o que a alma pode fazer e, por conseguinte, o que só pode surgir na alma por efeito do corpo – quer dizer, suas paixões, aquilo que não é causado por ela própria. Assim, os primeiros artigos do PdA buscarão estabelecer quais são as funções que o corpo e a alma, enquanto duas substâncias distintas, desempenham na união substancial que é o homem, um composto de corpo e alma. Contudo, cabe uma breve explicação do dualismo cartesiano pressuposto no PdA, antes de prosseguirmos. Afinal, esse é um dos pontos mais interessantes para a discussão de nosso curso: por que supor que alma e corpo são coisas distintas, substâncias diferentes e de naturezas completamente distintas? Para esclarecermos esse ponto, recorreremos, aqui, brevemente, à segunda e à sexta meditação de As Meditações3. Como sabemos, na segunda meditação, Descartes chega ao cogito como uma certeza inquestionável de que eu, enquanto algo que penso, existe. Ora, pensa Descartes, inicialmente: coloquei todas as coisas materiais em dúvida, desde aquilo que me é oferecido pelos sentidos até a existência de meu próprio corpo; se, estando a existência dessas coisas ainda em dúvida, não posso, contudo, duvidar da minha existência enquanto algo que pensa, parece razoável pensar que esse algo que pensa não depende, de forma alguma, de nada material. Portanto, esse algo que eu sou, esse ser pensante que eu sou, não deve ser material, posto que, se fosse, eu ainda teria dúvida de sua existência; contudo, como não tenho dúvida de que existo, e não tenho dúvida de que existo na medida em que sou algo que pensa, sou persuadido de que aquilo que sou, enquanto um ser pensante, não é material4. Essa conclusão, contudo, ainda não é satisfatória para Descartes5; é apenas ao chegar na sexta meditação que a diferença entre o corpo e a alma é satisfatoriamente estabelecida. Isso porque, uma vez comprovado que Deus não é enganador6 e que todas as minhas ideias claras e distintas são verdadeiras7, devo concluir também que toda a coisa que é concebida clara e distintamente, sem que para tanto tenha que se conceber outra coisa, é, de fato, distinta dessa outra coisa, posto que pode ser separada dela. E como posso conceber aquilo que sou enquanto ser pensante – uma coisa que pensa, sem extensão e indivisível – independentemente daquilo que o meu corpo é – um ser extenso e infinitamente divisível – 2 Idem ibid., §1 DESCARTES 1979 4. 4 Idem ibid., Segunda Meditação, §§ 5-7. 5 Idem ibid., Segunda Meditação, §8 6 Idem ibid., Terceira Meditação. 7 Idem ibid., Quarta Meditação, §16 3 2 devo concluir que a minha alma – aquilo que sou enquanto substância pensante – é distinto de meu corpo – aquilo que sou enquanto substância extensa8. Assim, justificamos, brevemente, o dualismo cartesiano. Resta-nos compreender, dada a distinção entre corpo e alma, qual é a função de cada um deles. Nesse sentido, o notável em Descartes é o quanto ele se afasta dos antigos. Vimos, na aula anterior, que, para os antigos, o que caracterizava a alma era, sobretudo, a sua capacidade de produzir movimento e calor (e também percepções). Para Descartes, porém, o movimento e o calor podem ser explicados inteiramente pela extensão, pela matéria as leis termo-dinâmicas que a regem9.De que forma, contudo, o corpo será capaz, por si próprio de produzir movimento, sem a intervenção da alma? Descartes explica extensivamente sua teoria sobre a circulação sanguínea e sua relação com a produção dos espíritos animais que movimentam o corpo através do cérebro e dos nervos na Quinta Parte do Discurso do Método10; aqui, contudo, explicaremos brevemente esse funcionamento, a partir daquilo que se encontra igualmente dito nos artigos do PdA no que concerne às funções do corpo. Basicamente: no corpo, o sangue circula indo das veias para o coração e do coração para as artérias. O sangue que vem das veias é um sangue grosso que, ao chegar no coração – o grande centro de calor no corpo humano – é dilatado, de tal forma que o sangue que vai para as artérias é um sangue mais sutil e fino. As partículas mais sutis produzidas pelo aquecimento do sangue no coração – aquelas que Descartes chama de espíritos animais – são levadas até o cérebro e, através do cérebro, para os nervos distribuídos pelo corpo, que nada mais são do que finos tubos tensos de tecido que, dependendo da quantidade de espíritos animais que recebem, fazem com que a parte do corpo a que estão conectados se movimente de uma ou outra forma – o que, por sua vez, faz com que o movimento dos espíritos no cérebro também seja alterado, levando-o a fazer com que a circulação de espíritos animais pelos nervos se modifique. Temos, assim, as funções do corpo explicitadas. Quais são, porém, as funções da alma? Nenhumas outras, senão as suas ações e as suas paixões. Sim, pois, mesmo que as paixões da alma sejam causadas pelo seu corpo, elas, contudo, só podem ocorrer e só se dão na alma, de forma que só podem a ela pertencer, e não ao corpo. As ações da alma são as suas vontades, enquanto suas paixões são suas percepções. Contudo, as paixões que mais estritamente são chamadas de paixões da alma são aquelas percepções que não são percepções sobre objetos externos, nem mesmo sobre o próprio corpo, mas sim percepções, sentimentos ou emoções que se referem à alma especificamente11, tal como a cólera, a 8 Idem Ibid., Sexta Meditação, §17 Isso distanciará Descartes dos antigos de diversos modos, o que lhe dará, de acordo com alguns, o mérito de se afastar das concepções animistas da matéria e tratá-la unicamente segundo suas próprias leis, o que torna igualmente desnecessária, para Descartes, a clássica distinção aristotélica entre os três tipos de alma. A partir de agora, a alma não será mais compreendida como a forma substancia, como aquilo que dá forma a matéria e a anima; antes, alma e corpo serão substâncias completamente distintas que operam cada uma segundo sua própria natureza, sendo duas ordens distintas e independentes de existência. A essa respeito, cf. SILVEIRA, 1984. 10 DESCARTES 1979 3. 11 DESCARTES 1979 1, §§ 25-27 9 3 alegria, ou a admiração: emoções que são sentidas não nos objetos, nem em nenhuma parte de nosso corpo, mas sim em referência ao nosso próprio pensamento à nossa própria alma. Figura 1 - As divisões do pensamento. Retirado de TEIXEIRA, 1990. Assim, temos as funções distintas do corpo e da alma, justificadas pelo dualismo cartesiano, explicitadas: ao corpo, cabe tudo que diz respeito ao movimento e ao calor; à alma, tudo que diz respeito aos pensamentos, sejam eles vontades, sejam eles percepções. 4 2. A união do corpo e da alma Contudo, ao mesmo tempo em que a filosofia cartesiana admite a distinção entre a substância pensante e a substância extensa, igualmente assume a sua união em nós, como homens, como um fato dado. Apesar de não termos meios de explicar ou justificar essa união, posto que toda concepção que podemos ter dela é necessariamente confusa, não podemos negar, contudo, que ela ocorra. Portanto, por mais que não seja possível explicar essa união, é possível descrevê-la, e é isso que Descartes tentará fazer nos artigos que lemos para esse seminário. Sendo assim, é interessante notar que Descartes parece estabelecer uma relação entre corpo e alma de oposição complementar12: ao mesmo tempo em que é necessário estabelecer uma distinção e oposição entre eles, é preciso relacioná-los e fazer com que eles interajam de modo complementar, cada um exercendo a função que lhe é própria. Para pensar essa união, o artigo 30 é especialmente notável: pois ele afirma que a alma está unida igualmente a todo o corpo, posto que não é divisível nem extensa e, portanto, não pode se encontrar-se em uma parte específica do corpo do que em outra: ela tem que estar unida a ele como um todo. Não obstante, Descartes afirma, no artigo seguinte, que a alma exerce especialmente as suas funções em uma parte do corpo situada no centro do cérebro: a famosa glândula pineal13. Descartes crê que essa seja a “sede” da alma no corpo por dois motivos14: o primeiro, o de que essa é a única parte do cérebro que não é dupla e, portanto, a única parte do corpo apta a produzir uma percepção única dos objetos, tal como nós a temos. O segundo, a de que essa glândula está disposta de tal modo no centro do cérebro e pode se movimentar nele com tanta facilidade que ela não apenas é perfeitamente apta a ser afetada pela movimentação dos espíritos animais que aí se dá, quanto também a movimentar esses mesmos espíritos. Sendo assim, quando temos uma percepção, por exemplo, de um leão, os nossos nervos óticos são de tal maneira estimulados a movimentar os espíritos animais dentro deles que essa movimentação faz com que os espíritos animais no cérebro movimentem a glândula pineal de tal modo a produzirem nela a percepção do leão. Além disso, se a figura do leão for muito pavorosa, isso excitará o cérebro da pessoa que o percebe de modo a fazer com que os espíritos animais se movimentem para os nervos que a levarão a movimentar o seu corpo de forma a fugir. Mais do que isso: essa excitação no cérebro fará com que ele leve os espíritos animais, pelos nervos, a mudarem o tamanho dos orifícios do coração, de maneira que o sangue que entrará nele será rarefeito de uma forma diferente – forma que fará com que os espíritos animais cheguem no cérebro e o estimulem de tal modo a reforçar a paixão que este está sentido. Essa relação de alimentação recíproca entre um estímulo que cria uma paixão no cérebro, o que, por sua vez, faz com que o cérebro altere a corrente sanguínea de forma a que os espíritos continuem a afetar o cérebro de modo a criar essa mesma paixão, é o autorreforçamento circular que justifica a perduração das paixões enquanto as sentimos15. 12 SILVEIRA, 1984, p. 31. DESCARTES 1979 1, §31. 14 Idem ibid., §32. 15 Idem ibid., §36. Conferir também a nota 49. 13 5 Figura 2 - A Glândula Pineal, suspensa acima dos ventrículos, de acordo com a concepção de Descartes. Assim, vemos como o corpo produz alterações na alma. Contudo, a alma também pode produzir alterações no corpo. Pela sua vontade, a alma é capaz de movimentar a glândula pineal, de maneira a fazer com que ela movimente os espíritos animais em uma ou outra direção, para um ou outro nervo, produzindo percepções diferentes e movimentos diferentes de acordo com a forma com que ela é movimentada16. É assim que a alma pode encontrar a memória das coisas de que deseja lembrar e imaginar coisas novas: quando tenta se lembrar de algo, move a glândula por todos os lados, até que os espíritos sejam levados a movimentar-se pelos poros onde ficaram marcadas as impressões do objeto que se deseja lembrar; quando imagina coisas novas, movimenta a glândula de forma a impelir os espíritos pelos poros a partir dos quais a coisa pode ser representada17. Entretanto, é fundamental notar algo aqui: que o corpo só pode influenciar a alma e a alma só pode influenciar o corpo indiretamente. O corpo, por mais que possa influenciar a alma produzindo nela paixões, não pode determiná-la de modo absoluto; por mais que influenciada pelas paixões, a alma é sempre livre para agir de acordo com sua vontade. E a alma, por mais que possa influenciar o corpo, alterando as paixões que este produz e os movimentos que ele faz, não pode fazê-lo diretamente, em perfeita correspondência com a sua vontade, mas apenas indiretamente, por meio de representações que se associem de tal modo a um ou outro movimento da glândula pineal que levem à produção do movimento ou da paixão desejada18. Assim, por exemplo, se alguém está sentindo medo de um leão, a sua vontade de não senti-lo, por si própria, de nada adiantará para diminuir o seu medo; o único modo de, se não mudar o seu sentimento, ao menos resistir a ele, é representar-se coisas que façam com que sua glândula pineal se movimente de maneira contrária ao movimento que 16 Idem ibid., §39. Idem ibid. §§ 42-43. 18 Idem ibid., § 44. 17 6 gera o medo. Poder-se-ia representar, por exemplo, a glória do combate, ou a vergonha da fuga etc. Desse modo, fica estabelecido um ponto muito importante: apesar de corpo e alma estarem unidos no homem, essa união não quer dizer que um possa interferir imediatamente no outro, de forma a determiná-lo unilateralmente segundo suas próprias leis. Não; justamente porque corpo e alma são distintos, apesar de estarem unidos e poderem se influenciar reciprocamente, essa influência só pode ser indireta: um só pode influenciar o outro na medida em que age segundo as leis do outro. 3. Filosofia da mente e teoria moral Ora, o estudo de Descartes sobre a relação mente-corpo não tem, para ele, um interesse meramente teórico; com efeito, cabe notar que o PdA é em grande parte uma elaboração posterior de ideias desenvolvidas em outros trabalhos e, principalmente, em sua correspondência com Elizabeth19, correspondência na qual Descartes se esforça por elaborar, justamente, a sua moral. A discussão de Descartes sobre a relação mente-corpo possui, portanto, um fundo moral: trata-se de entender essa relação a fim de melhor compreender como a alma pode controlar as paixões, de modo que seja possível levar uma vida virtuosa. Não por outros motivos, os últimos artigos da primeira sessão do PdA dissertam sobre os poderes (ou falta deles) da alma em relação ao corpo20, a distinção entre as almas fracas e as almas fortes21, e a possibilidade que mesmo as almas mais fracas têm de conseguir um controle absoluto de suas paixões, desde que esse controle seja feito por um julgamento correto e um conhecimento verdadeiro das coisas22. Assim, vemos que a discussão sobre a relação mente-corpo não tem um interesse meramente teórico ou especulativo: trata-se de uma reflexão fundamental para pensarmos a dimensão ética e moral do homem, o que ele é e como pode ser um agente moral, segundo as relações que sua consciência tem com o seu corpo. 4. Repercussões posteriores Apesar de seus diversos elementos inovadores e importantes para uma nova concepção da relação corpo-alma, o dualismo cartesiano sofreu severas críticas, sobretudo pela impossibilidade confessa de explicar como seria possível duas substâncias diferentes interagirem entre si. Não por outro motivo, um dos maiores cartesianos que já existiu, Espinosa, abolirá o dualismo cartesiano a favor do monismo ontológico: existe apenas uma substância, Deus, que é absolutamente todas as coisas23. Nessa situação, contudo, como fica a relação mente-corpo e a interação entre os dois? Ora, em vez de buscar explicar uma interação que só poderia ser pensada de maneira confusa, como o próprio Descartes confessava, Espinosa afirmará não haver qualquer interação desse tipo – alma e corpo, ou, em outras palavras, pensamento e extensão, não são duas substâncias distintas que podem interagir entre si, mas sim dois atributos distintos, duas manifestações distintas de uma mesmo substância, que é Deus. Sendo assim, a correlação entre corpo e mente, entre estados mentais e estados físicos, não ocorre em função de uma interação mútua entre eles, mas sim 19 DESCARTES 1979 2, pp.297-316. Cf. também TEIXEIRA, 1990. Descartes 1979 1, §§ 45-46 21 Idem ibid., § 48 22 Idem ibid., §§ 49-50 23 Espinosa, 2007. 20 7 em função deles serem duas expressões diferentes, mas paralelas, de uma mesma coisa. Parece-nos que é em alguma medida a essa espécie de paralelismo cartesiano, ou a algumas versões possíveis deste, que Bergson se referirá no texto que leremos para nosso próximo seminário. Referências bibliográficas: 1. DESCARTES, R. – As Paixões da Alma. In: Os pensadores. Tradução: J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Editora Abril, 1979. 2. _____________ - Cartas. In: Os pensadores. Tradução: J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Editora Abril, 1979. 3. _____________ - Discurso do Método. In: Os pensadores. Tradução: J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Editora Abril, 1979. 4. _____________ - Meditações. In: Os pensadores. Tradução: J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Editora Abril, 1979. ESPINOSA, B. - Ética. Tradução: Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. SILVEIRA, L. F. - A união substancial corpo-alma no âmbito da nova ciência cartesiana. In: Trans/form/ação. São Paulo: 7:25-36, 1984. TEIXEIRA, L. – Ensaio sobre a moral de Descartes. São Paulo: Editora Brasiliense, 1990. Outras referências: CLARKE, D. M. – Descartes’ Theory of Mind. Nova York: Oxford University Press, 2003. Descartes and the Pineal Gland: http://plato.stanford.edu/entries/pineal-gland/ 8