A “existência”, segundo Descartes, garantida pela atualidade do

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A “existência”, segundo Descartes, garantida pela atualidade do
pensamento
Tamillis Evelin Conceição de Oliveira*
* é aluna de Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz
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A consciência é um dado essencial em nossa concepção de existência, implica o autoreconhecimento enquanto sujeito que se difere dos possíveis objetos, por ter ele a
capacidade de investigar, descobrindo a si mesmo e o mundo ao seu redor. Ter
consciência nesse sentido é saber-se existente, mas entender que tal existência possui
uma relação necessária com a noção de consciência do pensamento. Sem a consciência
de si, enquanto sujeito pensante, a existência se desfaz. Descartes, em sua filosofia,
afirma que ele existe, porém essa afirmação tem uma ressalva, só há existência enquanto
existe consciência dessa existência, enquanto metaforicamente, ele está diante de si
mesmo, enquanto sua consciência contempla o seu ser. Para o autor, a proposição “eu
sou, eu existo”, é necessariamente verdadeira todas as vezes que eu a enuncio ou que a
concebo em meu espírito, mostrando o quanto a afirmação do cogito enquanto princípio
subjetivo é importante na epistemologia cartesiana. Este trabalho acentua toda a noção
de consciência e pensamento entendida por Descartes na medida em que a consciência
de si mesmo,ou o pensar sobre si mesmo, é o principio que fundamenta o ser para o
filósofo moderno. Descartes aguça que não pode ser nada além de puro pensamento,
pois somente o pensamento resiste à corrosão da dúvida. Isto implica dizer que todas as
coisas podem ser puras ficções de um espírito que as concebe e nada, até o
momento,fundamenta a realidade das coisas sensíveis.
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