ID: 58591349 30-03-2015 | Emprego & Universidades Tiragem: 16364 Pág: 5 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 23,00 x 28,40 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 2 ENSINO SUPERIOR Linha de crédito aos estudantes do superior atrasou até Março Empréstimos de garantia mútua aos estudantes atrasaram mais em 2015 que em anos anteriores. Pelo menos num caso, só no dia 25 de Março começaram a ser concedidos. E Chris Ratcliffe / Bloomberg ste foi um ano de atrasos graves nos bancos para a concessão de crédito com garantia mútua aos estudantes do ensino superior. O Novo Banco, por exemplo, só na passada semana recebeu luz verde para iniciar os contratos com os estudantes universitários para estes financiarem os seus estudos. Esta iniciativa de crédito do Estado é gerida pela Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM ) que todos os anos renova o contrato com os bancos para estes estabelecerem novos contratos com os estudantes universitários, com a definição de um ‘plafond’ máximo para cada ano. Neste ano lectivo de 2014/2015, que começou há seis meses, o que aconteceu foi que “a comunicação da renovação da iniciativa aconteceu mais tarde do que é habitual”, segundo fonte oficial do Novo Banco. Só no passado dia 25 de Março “chegou o esclarecimento que aguardávamos por parte da SPGM, tendo o crédito universitário com garantia mútua ficado disponível no Novo Banco no mesmo dia”, adiantou a mesma fonte. Este atraso causa problemas graves a muitos estudantes que, sem este dinheiro do crédito, não conseguem financiar as suas despesas para prosseguirem os estudos. “Sabemos que a linha de crédito para estudantes do ensino superior com garantia mútua está a funcionar em pleno nalgumas instituições de crédito protocoladas. Outras estarão, eventualmente, mais atrasadas no seu processo interno de arranque no corrente ano lectivo”, foi a resposta dada ao U&E pela SPGM. O problema é que a sociedade alterou algumas das condições de concessão dos empréstimo, o que obrigou as entidades bancárias a alterar todo o sistema informático de concessão destes créditos. Um processo longo que atrasou todo o processo, garante uma fonte de uma entidade bancária. A mesma fonte oficial da SPGM adiantou que “a data de entrada em funcionamento da linha de crédito tem variado de ano lectivo para ano lectivo”, relembrando que “esta linha é um mecanismo de apoio ao financiamento de estudantes do ensino superior no qual convergem os interesses de entidades tão diferentes como o Governo, instituições de crédito, o sistema português de garantia mútua e estudantes, o que requer a concretização de acordos que Muitos estudantes foram aos bancos e não tinham disponível a linha de crédito para financiar os seus estudos. Só no passado dia 25 de Março “chegou o esclarecimento que aguardávamos por parte da SPGM”, afirma fonte do Novo Banco. acautelem as diferentes partes envolvidas, o que explica algum arrastar do processo de arranque da linha no actual ano lectivo”. Só em Janeiro passado, a linha de crédito foi reactivada com a renovação do contrato entre o Ministério da Educação e Ciência e a SPGM, envolvendo sete instituições bancárias (ver caixa ao lado). O montante contratualizado para este ano foi de 20 milhões de euros, ou seja, menos um milhão de euros que o acordado no ano lectivo anterior. O problema foi que apesar de ter sido renovado o contrato, a linha de crédito não chegou a todas as instituições bancárias e a SPGM justificava o atraso, na altura, com “processos internos de decisão sobre o montante global de empréstimos”. Ainda assim, na Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, tudo terá funcionado normalmente. Fonte oficial deste banco disse ao U&E: “Com os [empréstimos] que estão contratualizados e em vigor, a Caixa não registou qualquer problema no pagamento”. ■ C.C., M.Q. e J.M. SPGM Linha de crédito lançada em 2007/2008 A linha de crédito de garantia mútua para os estudantes do ensino superior foi criada no ano lectivo de 2007/2008. É gerida pelo Estado através da Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM) e envolve sete instituições bancárias: Santander Totta, Montepio Geral, Caixa Geral de Depósitos, Milennium bcp, Novo Banco, BPI e Crédito Agrícola. Todos os anos a SPGM renova o contrato com os bancos para estes estabelecerem novos contratos com os estudantes, com a definição de um ‘plafond’ máximo para cada ano. Os créditos podem ser para financiar a licenciatura, o mestrado, o doutoramento ou uma simples pós-graduação. As condições dos empréstimos de garantia mútua são semelhantes nos vários bancos e as tranches são libertadas, normalmente, mensalmente num valor fixo. A taxa depende da média do aluno, como forma de premiar o mérito. O prazo de reembolso situa-se entre 72 e 120 meses. ID: 58591349 30-03-2015 | Emprego & Universidades Tiragem: 16364 Pág: 1 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 5,03 x 4,01 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 2 Empréstimos aos estudantes arrancam com vários meses de atraso. P.V