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Sociologia
Antes que a Sociologia trouxesse a luz o caráter irremediavelmente social do Ho-
mem e de seu comportamento, muitos hábitos e costumes foram associados a processos
naturais. O sangue azul da nobreza européia, a indolência do mulato, a preguiça dos índios, a inferioridade de negros, a superioridade masculina em relação a mulher etc. foram
por muito tempo discursos- que se apoiaram em pressupostos biológicos e geográficos,
como raça, clima e meio. A isso se deu o nome de determinismo biológico e geográfico,
e contra ele a Sociologia cunhou o termo Cultura.
A) Explique duas relações do conceito de Cultura com a desnaturalização dos costumes.
B) Indique três elementos para a desnaturalziação do discurso hornofóbico.
Resolução
A) A cultura é o elemento fundamental para a desnaturalização dos costumes, pois
através da cultura nos temos que o homem é retirado do estado de natureza e
colocado no estado de cultura. Isso pode ser mostrado a partir da perspectiva
que o homem abandona o comportamento instintivo, isto é natural, e passa a agir
segundo os padrões culturais, os quais este se encontra inserido. O processo de
socialização promove então uma adaptação do indivíduo as condições necessárias
para a vida social. Podemos perceber, por exemplo, o processo da fala, o qual o
ser social desenvolve o conhecimento e a participação na vida coletiva, esta linguagem é um desenvolvimento social, que varia de sociedade para sociedade, e
que não existe um único padrão a ser seguido, muito menos uma forma natural a
qual todos os seres humanos possuam de uma forma inata. Podemos citar também os hábitos alimentares, que são determinados pela sociedade e não por algo
que esteja presente no comportamento instintivo deste “ser humano”. Assim em
cada cultura os hábitos humanos serão diferenciados, representando claramente
a desnaturalização do comportamento e sua imposição para com a definição do
ser e sua vida na sociedade.
B) O discurso homofóbico pode ser entendido por ser uma criação social, pois não
existe um elemento geral que negue esta prática, como sendo algo presente no
instinto humano. Podemos destacar, por exemplo, a diferenciação presente na
questão de gênero, pois a prática dos relacionamentos homoafetivos, já foi uma
prática desde a antiguidade. Porém o discurso da superioridade de gênero e das
implicações da masculinidade colocam atitudes negativas e depreciativas para
aqueles indivíduos que possuem esta determinação. Pode-se citar também que
a homofobia pode ser passada de geração para geração, colocando os atos preconceituosos como uma regra para determinada sociedade e para determinados
gêneros, isto sem uma comprovação científica, muito menos a existência de um
estudo ou de uma experiência que comprove mazelas a serem provocadas por tal
ato. O discurso homoafetivo representa também uma tentativa de manter ou de
promover o poder de um grupo na sociedade, contra aquele grupo que é considerado uma minoria, e que é subjugado nas relações de poder da sociedade. Esta
última perspectiva nos mostra que nas relações sociais, a disputa sobre o controle
e a determinação das condutas sociais pode levar a práticas homofóbicas, mas
que as suas motivações são de cunho social e não uma rejeição natural do ser
humano.
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