1 Fisioterapia no tratamento da paralisia facial periférica Marcel Garcez Arakian1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia² Pós-graduação em Fisioterapia em Neurofuncional – Faculdade Ávila Resumo A paralisia facial periférica (PFP) decorre da interrupção da condução nervosa do nervo facial (VII par de nervos craniano), devido a diferentes fatores etiológicos, como, traumáticos, infecciosos, neoplásicos, idiopáticos e outros. Essa doença causa a paralisia de um conjunto de músculos responsáveis pela mímica facial, podendo acarretar grandes deformidades fisionômicas que levam a incapacidades físicas, psicológicas e sociais. Os recursos e técnicas fisioterapêuticas tem um papel importante na recuperação ou minimização destas complicações. O principal objetivo da fisioterapia é restabelecer o trofismo, a força e a função muscular, por meio de recursos sugeridos como a cinesioterapia, feedback visual, eletrotermoterapia e massagens. Várias técnicas são empregadas no tratamento da PFP, obtendo-se bons resultados. O objetivo desta revisão bibliográfica é descrever algumas técnicas mais utilizadas, bem como enfatizar as de maior efetividade no tratamento da paralisia facial periférica segundo relatos da literatura científica atual. Palavras-chave: Paralisia Facial Periférica; Fisioterapia; Exercícios Terapêuticos. 1. Introdução Esta temática de pesquisa aborda as medidas terapêuticas da fisioterapia no tratamento de pacientes portadores de paralisia facial periférica. O homem possui várias formas de expressar suas vontades, pela fala, gestos e pela expressão facial onde são demonstradas as emoções. Todavia, a atuação da expressão facial depende de vários músculos e nervos regidos por um sistema nervoso bastante complexo (AMORIM, 2007). A paralisia facial periférica decorre da interrupção do nervo facial (VII par de nervos craniano) em seu trajeto a partir de sua emergência ou origem aparente no encéfalo, no sulco bulbo pontino, ou durante sua passagem pelo interior do osso temporal devido a diferentes fatores etiológicos (SALES et al., 2009). O nervo facial é um dos 12 nervos cranianos, é um nervo misto, sendo sua maior porção, motora, inerva 26 músculos faciais, com funções diferentes, e a menor porção possui componentes funcionais com fibras aferentes sensitivas e fibras eferentes parassimpáticas (CAROPRESO, 2000). O acometimento desse nervo craniano em todo o seu trajeto ou em parte dele resulta em paralisia completa ou parcial da mímica facial ipsilateral a lesão, e pode estar associada a distúrbios da gustação, salivação, lacrimejamento, hiperacusia e hipoestesia no canal auditivo externo (CIBUSKIS JUNIOR, et al., 2007). A paralisia acarreta a perda, em maior ou menor grau, dos movimentos da face, podendo ser unilateral ou bilateral, afetando a assimetria das expressões fisionômicas do seu portador (ROCHA et al, 2010). Segundo Cibuskis Junior (2007), a fisioterapia é indispensável com o objetivo principal de restabelecer o trofismo, a força e a função muscular tendo papel fundamental no tratamento da paralisia facial periférica. A recuperação da função do nervo facial depende da etiologia, 1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional. ² Graduada em fisioterapia, especialista em metodologia do ensino superior; mestrado em bioética e direito em saúde. 2 idade do paciente, comprometimento neuromuscular, tipo de lesão, nutrição do nervo e tratamento instituído (GARANBANI et al., 2007). Segundo Maruska (2004), os recursos sugeridos são: a cinesioterapia, eletrotermoterapia e massagens. Justifica-se esta pesquisa científica diante a necessidade de se avaliar as abordagens fisioterapêuticas existentes e identificar aquelas que apresentam efetividade. Com isso, os profissionais da área de reabilitação física podem obter esclarecimentos e consequentemente resultados mais satisfatórios e proporcionar uma melhoria na qualidade de vida às pessoas acometidas pela paralisia facial periférica. 2. Anatomia da musculatura fascial Os músculos da face são denominados músculos da expressão ou da mímica, parte fundamental na comunicação humana (BARROS et al., 2004). Segundo Kendall (2007), o nervo facial, por meio de seus muitos ramos, inerva a maioria dos músculos faciais. Vários músculos podem trabalhar em conjunto para criar movimentos, como fazer uma careta, sorrir, ou o movimento pode ocorrer em uma única área, como elevar uma sobrancelha. A perda da função dos músculos faciais interfere na capacidade de falar claramente e de comunicar sentimentos por meio de expressões faciais (BERNARDES et al., 2010). Os músculos da face são responsáveis pela ação das expressões como: sorrir, franzir a testa, olhar de surpresa. Possuem inserções únicas, e se diferem das inserções dos outros músculos do nosso corpo (KENDAL, et al.. 2007). A maioria dos músculos fixa-se no osso ou na fáscia e produzem seus efeitos puxando a pele. Os músculos da expressão facial circundam os orifícios da boca, dos olhos e do nariz e atuam como esfíncteres e dilatadores, que fecham e abrem os orifícios e esse mecanismo produz as expressões faciais (MOORE et al., 2001). Segundo Kendall (1995) e Moore (2001), os músculos faciais são: - Prócero: traciona o ângulo interno das sobrancelhas para baixo e produz rugas transversas na ponta do nariz. Origina-se na fáscia que cobre a parte inferior do osso nasal e parte superior da cartilagem nasal lateral e se insere na pele sobre a parte inferior da testa entre os supercílios. - Orbicular do olho: parte palpebral - fecha os olhos suavemente; parte orbitária - fecha os olhos fortemente. Parte lacrimal - Puxa as pálpebras e pontos lacrimais medialmente. Suas fibras prendem-se primeiramente à margem medial da órbita e ao ligamento palpebral medial. - Risório: retrai e levanta o ângulo da boca, como no sorriso forçado ou irônico. Fixa-se na fáscia que recobre a glândula parótida ínfero-medialmente sobre a clavícula até a margem inferior da orelha e ao ângulo da boca. - Orbicular da boca: fecha os lábios e os protrai para frente. É constituído por numerosos estratos de fibras musculares de outros músculos faciais e de fibras próprias que circundam a boca. Neles se insere três grupos musculares que o traciona para cima, para os lados e para baixo. Os músculos que tracionam os lábios para cima são: - Zigomático: Levanta o canto da boca, levanta o lábio superior. - Levantador do ângulo da boca: Eleva-se na comissura labial, acentuando o sulco nasolabial, como na expressão de arrogância. Fixa-se superiormente à margem infra-orbital e, inferiormente, ao ângulo da boca. - Levantador do lábio superior: Eleva e everte o lábio superior e dilata a narina. Fixa-se superiormente na maxila. Divide-se em dois fascículos que se fixam na cartilagem alar maior do nariz e no lábio superior e eleva ambas as estruturas. Os músculos que tracionam os lábios para baixo são: - Depressor do lábio inferior: Deprime e everte o lábio inferior como no beicinho. 3 - Platisma: Puxa a pele do mento e da comissura labial para baixo, como na tristeza e decepção. Origina-se na fáscia que recobre as partes superiores dos músculos deltóide e peitoral maior, e estende-se súpero-medialmente sobre a clavícula até a margem inferior da mandíbula. -Mentoniano: Eleva a pele do mento e faz a protusão do lábio inferior como na expressão de dúvida ou desdém. Origina-se na mandíbula e desce para a pele do mento. Os músculos que tracionam o orbicular dos lábios lateralmente são: - Bucinador: É responsável por comprimir as bochechas, conservando-as tensas durante as fases de abertura e fechamento da boca. Há freqüentemente vazamento da saliva pelo ângulo da boca do lado lesado. Fixa-se lateralmente nos processos alveolares das maxilas e mandíbula, e na rafe pterigomandibular. - Nasal: Alarga as aberturas do nariz como na respiração forçada ou difícil. A parte transversa (compressor da narina) origina-se da parte superior da crista canina na face anterior da maxila, superior aos dentes incisivos, e passa súpero-medialmente para o dorso do nariz. A parte alar origina-se da maxila acima da parte transversa e se fica na cartilagem alares do nariz. - Frontal: Eleva o os supercílios e enruga a fronte quando se contraí como na expressão de medo, surpresa e atenção. Origina-se da parte anterior da aponeurose epicrânica e está fixado na pele das pálpebras. - Corrugador do supercílio: Traciona as sobrancelhas na expressão de sofrimento, severidade ou desaprovação. 2.1 Anatomia e fisiologia do nervo fascial O nervo facial origina-se no núcleo do facial situado na ponte, emerge da parte lateral do sulco bulbo-pontino, próximo, pois, do cerebelo (ângulo ponto-cerebelar). A seguir, o nervo penetra no osso temporal do crânio pelo meato acústico interno e emerge do crânio pelo forame estilomastóideo, para se distribuir aos músculos mímicos (MACHADO, 2006). A raiz mais calibrosa do nervo facial possui fibras motoras para inervar os músculos faciais e a raiz menor, também denominada nervo intermédio, possui fibras sensitivas e parassimpáticas. As fibras sensitivas são distribuídas à mucosa nasal e palato mole, entre as quais há fibras responsáveis pela sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua (DANGELO E FATTINI, 2005). As raízes do nervo facial após penetrarem no osso temporal pelo meato acústico interno fundem-se em tronco único e percorrem o canal facial. Imediatamente acima do vestíbulo do ouvido interno volta-se posteriormente de modo abrupto, formando o chamado joelho do nervo facial. Neste nível ele apresenta uma dilatação, o gânglio geniculado, onde se situam os corpos dos seus neurônios sensitivos, e corre na parede posterior o ouvido médio para emergir do crânio pelo forame estilomastóideo (DANGELO E FATTINI, 2005). Para um melhor entendimento, segundo Parreiras (2010), o nervo facial é dividido em segmentos, desde sua origem até suas terminações na musculatura facial: - Segmento Pontino: Inicia-ser junto e posteriormente com o nervo intermédio e acústico, atravessando o ângulo do ponto cerebelar até o meato acústico interno. - Segmento Meático: fundo une-se ao nervo intermédio formando um só nervo, quando o facial penetra no canal do nervo facial. - Segmento Labiríntico: Tem início no fundo do meato e término no gânglio geniculado, que descansa sobre a cóclea. Neste ponto o facial se curva para trás e forma um ângulo de 60º, constituindo o primeiro joelho do nervo facial. - Segmento Tímpânico: Divide-se em uma porção proximal e outra cocleariforme, que vai do gânglio até o processo cocleariforme, e uma porção distal chamada de estapediana, que está relacionada ao estribo. - Segmento Piramidal: Relaciona-se intimamente com a eminência piramidal. 4 - Segmento Mastóideo: Tem início ao processo piramidal, apresentando o segundo joelho do nervo facial em um ângulo de 110º. - Segmento Extratemporal: Tem início ao forame estilomastóideo e se divide ao atingir a parótida. Na glândula parótida, o nervo facial se divide em tronco temporofacial e cervicofacial, de onde sairão os ramos terminais frontal que inerva o músculo frontal, o corrugador do supercílio, a parte superior do orbicular dos olhos, auricular superior e inferior e os músculos intrínsecos da parte lateral da orelha. O ramo zigomático inerva a parte lateral e inferior do orbicular dos olhos, músculos do nariz e lábio superior. O ramo bucal inerva os músculos levantadores do lábio superior, levantador do ângulo da boca, nasal, prócero, risório, zigomático maior e menor, orbicular da boca e bucinador. O ramo mandibular inerva os músculos do lábio inferior, parte inferior do orbicular oris, o quadrado inferior dos lábios, mentual e triangular e o ramo cervical nutre o músculo platisma. As fibras do ramo motor estão adjacentes às fibras mediais, mas separadas das mesmas. As fibras nervosas mediais conduzem informações sensorial especial, geral e visceral motora, sendo denominadas de nervo intermédio ou nervo intermédio de Wrisberg(CORRÊA, 2011). 2.1.1 Componentes funcionais do nervo facial -Porção Motora (Eferente Visceral Especial): Inerva os músculos estapédio, estilo-hioide, digástrico e todos os músculos da mímica facial. -Porção Motora Visceral (Eferente Visceral Geral): Estimula as glândulas lacrimal, submandibular, sublingual, bem como a membrana mucosa do nariz e palatos mole e duro. -Porção Sensorial Geral (Aferente Somático Geral): Inerva a região cutânea da concha auricular, região retroauricular e, possivelmente, para complementar a inervação sensitiva proporcionada pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo, que supre a parede do meato acústico e membrana timpânica externa. -Porção Sensorial Especial (AferentesViscerais Especiais): Gustação nos 2/3 anteriores da língua e palatos mole e duro. 2.2 Paralisia fascial periférica Segundo Goulart (2002), a paralisia facial ocorre devido à interrupção do nervo facial em seu trajeto ou em parte dele em conseqüência de diversos fatores etiológicos, acarretando uma paralisia do conjunto de músculos da face e afetando a mímica facial. Sua incidência varia de 20 a 30 casos por 100.000 pessoas (JUNIOR, 2009). Homens e mulheres são igualmente afetados (BARREIRA, 2010). A paralisia facial pode ser central ou periférica. As lesões que acometem o núcleo motor ou abaixo dele, acomete a hemiface, ipsilateral à lesão, causa hipotonia e o paciente pode não fechar o olho do lado comprometido, são chamadas de paralisia facial periférica. As lesões acima do núcleo motor (supranucleares) acometem o quadrante inferior da face, contralateral à lesão, causa hipertonia espástica, o paciente consegue fechar o olho do lado comprometido, são chamadas de paralisia facial central (CÔRREA, 2011). A etiologia da paralisia facial pode ser dividida em: - Traumática: Pode acometer os indivíduos através de objetos cortantes ou perfurantes, projéteis de arma de fogo, acidentes automobilísticos, traumas cirúrgicos e outros; - Infecciosa: Lesões do nervo facial causadas por infecções causadas pela meningite, otites, herpes zoster e outras; - Neoplásicas: Se dá pela compressão ou destruição do nervo facial, devido ao processo neoplásico. Mais comum na glândula parótida, tronco cerebelar dentre outros; - Disfunções Metabólicas: Como diabetes Mellitus, hipotireoidismo, gravidez; 5 - Congênitas: Decorrentes de malformação congênita. Sua ocorrência não muito freqüente e geralmente está associada a malformações da orelha e outras estruturas circunvizinhas. - Vascular: Bloqueio na circulação arterial que nutre o nervo facial. - Tóxica: Segundo estudos, as lesões de origem tóxica são raras. Em geral se apresentam bilaterais, e ocorrem pela administração de drogas que causam imunossupressão ou alterações vasculares. Ocorrem com maior evidência em pacientes que realizam tratamento quimioterápico. - Iatrogênica: As lesões do nervo podem ocorrer durante cirúrgicas otológicas e podem acontecer desde o tronco cerebral até os ramos periféricos, na face e no pescoço. E podem ocorrer devido ao risco do procedimento cirúrgico ou à inexperiência ou descuido médico. - Idiopática: É o tipo de paralisia mais comum e corresponde a maioria dos casos. Ainda é muito discutida, pois ainda não houve um consenso quanto à causa. É súbita, com início e desenvolvimento rápidos, podendo permanecer com uma paralisia mínima, ou progredir para uma paralisia quase completa. GOULART et al., (2002) afirmam que o quadro clínico da paralisia facial periférica, varia de acordo com o grau de acometimento da lesão do nervo facial. Nas lesões completas, há uma diminuição da movimentação, flacidez muscular e perda das rugas faciais. Nas lesões incompletas, os sinais e sintomas variam de acordo com os músculos mais comprometidos. As lesões nervosas podem ser classificadas em três tipos de acordo com a agressão sofrida (PARREIRAS et al., 2010): - Neuropraxia: É o grau mais leve de lesão. A estrutura do nervo contínua íntegra, mas existe uma interrupção da condução nervosa. Embora paralisado, o nervo conduz impulsos acima e abaixo da lesão e responde a estímulos. A recuperação é total, depois de cessada a causa. - Axonotmese: Há perda da continuidade do axônio. Os axônios distais à lesão sofrem uma degeneração e a regeneração periférica é lenta. - Neurotmese: É o grau mais grave. Ocorre lesão do axônio, do endoneuro e da bainha de mielina. Devido à perda, há dificuldade na recuperação, porém os músculos faciais, diferentemente dos outros, continuam aptos a receber novas terminações nervosas e regenerarem, mesmo depois de longo período de denervação. De acordo com BARROS et al., (2004), na paralisia facial periférica pode ocorrer assimetria da fisionomia, tanto durante o repouso quanto em movimento, que algumas vezes provoca deformidade grotesca no rosto. A pálpebra inferior fica caída, inchaço facial, dificuldade de fechar completamente os olhos, mas claramente, os sintomas variam de acordo com a localização e a gravidade da lesão do nervo facial (ROCHA et al., 2010). A paralisia facial periférica pode causar outros sintomas como: os sulcos da testa ficam menos pronunciados do lado paralisado, o globo ocular se levanta ao tentar fechar a pálpebra (sinal de Bell). Os cílios do lado afetado ficam mais evidentes do que o lado sadio quando os olhos tentam se fechar, a fenda da pálpebra aumenta, há uma ausência do sulco nasomentoniano e queda da comissura labial. A boca e a língua são desviadas para o lado sadio, quase impossibilitando de conter líquidos, assobiar, soprar ou sorrir (BARROS, 2004). Neste tipo de paralisia pode ocorre uma diminuição do lacrimejamento, pois o nervo facial inerva o saco lacrimal e palpebral; há alteração do reflexo do músculo do estribo, que é responsável pela proteção da orelha interna contra sons de alta intensidade; alteração do nervo corda do tímpano, responsável pela sensibilidade gustativa de dois terços anteriores da língua e pela inervação motora da glândula submandibular e glândulas salivares (AMORIM, 2007). Ocorre também alteração do tônus e da musculatura voluntária da boca, acarretando grandes dificuldades no processo de deglutição; e alterações de outras funções, como sensibilidade 6 tátil das regiões do pescoço que é inervada sensitivamente pelo ramo cervical (AMORIM, 2007). Uma das complicações mais comuns na evolução crônica da paralisia facial periférica é o ressecamento corneano, pois o paciente tem dificuldade de fechar completamente a pálpebra, e ocorre uma diminuição na produção de lágrimas e perda do reflexo de piscar (GOULART et al., 2002). Além disto, pode ocorrer o lagoftalmo devido àdepressão da pálpebra inferior, e como conseqüência ocorre o lacrimejamento, desconforto e dor devido à exposição prolongada da córnea (TESSITORE et al., 2008). A sincinesia é outra complicação pósparalisia que pode variar de leve a severa, podendo acarretar grandes deformidades, a qualquer movimento facial realizado (GOULART et al., 2002). O quadro é geralmente bem agudo o paciente acorda ou percebe de uma hora para outra uma assimetria no rosto. A fraqueza acomete toda uma metade da face, da boca até a testa. A boca entorta para o lado preservado, o olho do lado acometido tem dificuldade de fechar a pálpebra (ficando mais aberto),o paciente não consegue elevar a sobrancelha do lado acometido, as rugas da testa do lado alterado desaparecem. A grande maioria das paralisias faciais periféricas agudas não apresenta causa identificável. Estima-se que uma boa parte desses casos sejam gerados por reativação do vírus herpes tipo 1 (aquele que causa lesão eventual nos lábios – com vesículas). O vírus do herpes ficaria latente nos nervos por muitos anos e eventualmente geraria uma inflamação que causaria boa parte das paralisias faciais. Essa é uma teoria forte, mas de difícil comprovação nos casos do dia-adia, por isso fica sempre como a principal hipótese nos casos sem outra explicação demonstrável. Mesmo sendo uma reativação viral o paciente geralmente não apresenta febre, outros sintomas virais e, na grande maioria das vezes, não apresentam as vesículas lábias concomitantemente. A Paralisia de Bell (paralisia facial periférica sem causa aparente) é causada provavelmente pela reativação do herpes simples tipo 1. Se não houver sinais de alarme o paciente pode receber o tratamento e alta mesmo sem realizar exames, devendo fazer seguimento ambulatorial. Outras causas infecciosas podem ser pensadas em casos selecionados, tais como HIV, Herpes Zoster e Doença de Lyme; causas imunológicas, como a Polirradiculoneurite, a Miastenia Gravis e a Sarcoidose; causas vasculares, como conflito neuro-vascular grave e isquemia do nervo facial; causas tumorais, como metástase ou neurinomas . São doenças mais raras e investigadas em casos selecionados, quando o contexto clínico é propício ao seu aparecimento, o quadro clínico é sugestivo ou a evolução é desfavorável. 3. Recursos fisioterapêuticos O tratamento da paralisia facial periférica deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros (TESSITORE et al., 2008). A fisioterapia utiliza de várias técnicas no tratamento da paralisia facial periférica com objetivo de manter a flexibilidade e a elasticidade da musculatura facial e evitar deformidades AMORIM (2007). Dentre os recursos fisioterapêuticos, a literatura aponta a cinesioterapia com biofeedback eletromiográfico de superfície ou com espelho, como um tratamento importante para a recuperação da paralisia facial (GOULART et al., 2002). Porém outras técnicas como a eletroterapia, crioterapia, a facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), termoterapia, massoterapia e outras, são utilizadas, podendo obter bons resultados. O importante é que uma boa avaliação do paciente seja realizada, para que um tratamento adequado seja traçado. -Cinesioterapia: na cinesioterapia, os exercícios de mímica facial e re-treinamento facial devem ser realizados com auxílio de feedback visual, utilizando um espelho, desta forma, o paciente tem uma melhor conscientização visual e permite a correção dos erros (CORREA, 7 2011) e uma maior eficácia do controle voluntário da musculatura facial, além do espelho ser um recurso de fácil aquisição e de baixo custo (GOULART et al., 2002). De acordo com SOARES (2002), o fisioterapeuta deve ter conhecimento da função de cada músculo da mímica e saber reproduzir o seu movimento, a fim de orientar ao paciente os exercícios cinesioterápicos, para que ele faça tanto na clínica quanto em casa. Os exercícios devem ativar os músculos específicos que foram comprometidos pela lesão do nervo facial, evitando que o paciente realize movimentos, como abrir amplamente a boca, para não promover movimento em massa, pois esses movimentos podem recrutar diferentes músculos, principalmente quando o paciente apresentar uma grave hipotonia e paresia da musculatura (CÔRREA, 2011). Em geral, o paciente com acometimento grave do nervo periférico, apresenta déficit no controle motor, tendo dificuldade em realizar exercícios em uma velocidade rápida, gerando fadiga desses músculos (CÔRREA, 2011). Segundo GOULART et al., (2002), a utilização do feedback visual na paralisia facial periférica tem como objetivo aumentar a contração muscular e eliminar os movimentos em massa e sincinesias, melhorando a simetria e a sincronia dos movimentos entre o lado acometido e o sadio. A utilização do biofeedback eletromiográfico (EMG) fornece informações sobre a atividade elétrica muscular, através de eletrodos de superfície. O tratamento com biofeedback visual com espelho ou com auxílio do EMG de superfície deve ser realizado junto com um programa de reeducação muscular, onde exercícios específicos para o sistema neuromuscular facial devem ser realizados repetidamente de forma lenta, gradual e isolada (GOULART et al., 2002). A ação da musculatura do lado sadio deve ser limitada e a coordenação, simetria, controle motor e a funcionalidade dos músculos devem ser priorizados (GOULART et al., 2002). Após algumas sessões, não sendo observada sincinesia durante a execução dos movimentos, o fisioterapeuta pode sugerir exercícios com movimentos de modo mais rápido (CÔRREA, 2011). Várias vantagens são apontadas para a utilização do feedback visual como a de ser uma técnica indolor e não-invasiva, aceita facilmente pelos pacientes e por fornecer informações imediatas sobre o nível de esforço e sucesso obtido nas atividades musculares, o espelho é um recurso de baixo custo, fácil acesso e permite a correção dos movimentos realizados de forma inadequada pelos próprios pacientes (GOULART et al., 2002). Tanto o feedback visual com espelho quanto o biofeedback eletromiográfico apresentaram resultados positivos no tratamento da paralisia facial periférica, entretanto, alguns autores perceberam que a musculatura afetada não atinge o mesmo nível de atividade que o músculo sadio (GOULART et al., 2002). -Fascilitação neuro proprioceptiva (FNP): a FNP utilizada em pacientes com paralisia facial periférica visa promover e acelerar as respostas neuromusculares através da estimulação proprioceptiva (SALES et al., 2009). Os movimentos devem ser realizados bilateralmente devido à simetria facial, e por meio de reflexos de estiramento. O movimento deve ser realizado em frente ao espelho para um melhor controle do paciente (OGNIBENI e SANT’ANA, 2003). Segundo CÔRREA (2011), a utilização da FNP deve ser avaliada cuidadosamente pelos fisioterapeutas, pois nem todos os pacientes terão benefícios com a técnica. Acredita-se que haja poucos fusos musculares na musculatura da face, sendo assim, a aplicação de reflexo de estiramento pouco favoreceria o recrutamento de unidades motoras. Além disto, a técnica de irradiação pode favorecer movimentos em massa ou sincinesias, porque alguns pacientes apresentam déficit de controle motor, devido ao acometimento do nervo facial.Conjuntamente à FNP várias técnicas podem ser utilizadas como pressões, estiramento, resistência, reforço, contrações repetidas e inversão de antagonistas. As pontas dos dedos são usadas, promovendo 8 movimentos mais fortes e resistidos, estimulando e reforçando os movimentos mais fracos (SALES et al., 2009). -Eletroterapia: de acordo com AMORIM (2007), a eletroterapia não é eficaz ou até mesmo, não recomendada, pois podem causar espasmos e contraturas, e na maioria dos casos, o paciente não obtém melhora significativa. Entretanto LAGE et al., (2003), acredita que a eletroterapia promove estímulo sensitivo e motor à musculatura. Deve-se levar em consideração a escolha de uma corrente adequada, o tempo de pulso e intensidade de corrente de acordo com a sensibilidade do paciente. Além disso, deve ser realizado eletrodiagnóstico prévio para se diminuir os possíveis efeitos colaterais como a contratura muscular (LAGE et al., 2003). -Termoterapia: a crioterapia provoca uma vasoconstrição reflexa, causando miorrelaxamento e analgesia. Deve ser aplicado de forma rápida e breve sobre o dermátomo do músculo a ser trabalhado para facilitar a atividade muscular (ROCHA et al., 2010). Outros autores afirmam que a crioterapia tem como objetivo estimular os pontos motores, obtendo contração muscular na fase flácida da paralisia (SALES et al., 2009). Segundo CORRÊA (2011), a utilização da crioestimulação não é relatada na literatura, por não apresentarem dados que comprovem resultados positivos na estimulação de músculos paréticos ou paralisados. Porém SOARES et al., (2002) relatam que alguns autores discutem a utilização da crioterapia, uma vez que o gelo causa relaxamento pela inibição neuromuscular ao estímulo e aumenta o fluxo sanguíneo no local. Alguns pacientes, todavia, podem apresentar reações alérgicas e edema em contato com o gelo. O calor é utilizado com o objetivo de promover o relaxamento da musculatura na fase de hipertonia da paralisia facial (GARANHANI et al., 2007), pois promove aumento da circulação sanguínea no local, maior extensibilidade dos tecidos moles e diminui a resistência dérmica (SALES et al., 2009). A termoterapia por calor pode ser aplicada superficialmenteatravés de compressas quentes, infravermelho, ou por calor profundo através de ondas curtas, ultra-som (ROCHA et al.,2010). Durante a fase aguda de processos inflamatórios e hipoestesia, a utilização de compressas quentes são contra-indicadas pelo aumento da vasodilatação e metabolismo local(ROCHA et al., 2010). A radiação infravermelha é utilizada para alívio da dor e diminuição da rigidez, pois favorece a regeneração dos tecidos moles, porém são contra indicados em pacientes com perda da sensibilidade térmica cutânea (ROCHA et al., 2010). Entretanto, SOARES et al., (2002) afirmam que a termoterapia por calor é uma técnica simples e eficaz de se combater a hipertonicidade, podendo ser utilizado calor úmido ou seco. -Massoterapia: a massoterapia é uma técnica utilizada com o objetivo de diminuir o edema através da drenagem linfática (CÔRREA et al.,2011) e alongamento da musculatura contraída, para melhorar o tônus da musculatura relaxada e aumentar a circulação sanguínea (RONDINI et al., 2006). A massagem deve ser feita nas duas hemifaces, com manobras de deslizamento superficial e profundo, de modo correto para não desencadear reações reflexas e piora das retrações musculares (AMORIM, 2007). A pompagem atua nas fáscias musculares, promovendo uma amplitude dos movimentos e uma analgesia na tensão dos bloqueios faciais, aumenta a circulação, favorece as trocas osmóticas (ROCHA et al., 2010). -Orientações domiciliares: O fisioterapeuta deve orientar o paciente acometido pela paralisia facial periférica e seus familiares em relação a quando e como realizar os exercícios domiciliares (CÔRREA,2011). O paciente deve ser conscientizado que não é a quantidade de exercícios realizados ao dia que irá promover uma recuperação mais rápida, mas sim, o momento e a maneira certa de realizá-los. O tônus, a força e a retração muscular do paciente devem ser avaliados pelo fisioterapeuta antes de iniciar os exercícios domiciliares (CÔRREA,2011). O paciente será elegível para exercícios domiciliares quando conseguir 9 realizar movimentos sem apresentar sincinesias ou movimentos em massa e deve ser orientado a realizá-los em frente ao espelho para que haja um feedback e ele próprio consiga controlar os movimentos. Os exercícios devem ser praticados em uma velocidade lenta e após a aquisição do controle motor dos músculos da mímica facial, a velocidade pode ser aumentada(CÔRREA, 2011). O fisioterapeuta deve orientar o paciente também quanto aos cuidados com o olho, que deve ser protegido durante o banho e à noite ao dormir, devido ao ressecamento da córnea em razão das alterações com o fechamento do olho e redução do lacrimejamento (SALES et al., 2009). 4. Metodologia Uma busca sobre o tema foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, no idioma português, foi utilizado também livros de acervo pessoal e do acervo da biblioteca da Universidade Paulista – UNIP, no periodo de 20 de fevereiro de 2013 até 15 de março de 2013. Foram utilizados os seguintes descritores ou palavras-chave: paralisia facial periférica, Fisioterapia, exercícios terapêuticos. Foram utilizadas outras fontes científicas obtidas por busca manual nas referências encontradas no material selecionado, como livros textos clássicos referentes ao tema, a fim de dar subsídios para a realização deste trabalho. Como objetivo geral sendo identificar na literatura as abordagens fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da paralisia facial periférica. Citar os recursos e técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da paralisia facial periférica. E como objetivo especifico seria de evidenciar dentre os recursos e técnicas fisioterapêuticas apresentadas, a de maior efetividade no tratamento. 5. Resultados e discussão Segundo CÔRREA (2011), embora a eletroterapia seja um recurso muito utilizado nas lesões nervosas periféricas, não se aplica nas lesões do nervo facial, pois este recurso pode causar espasmos e contraturas e geralmente não se obtém uma melhora significativa (AMORIM, 2007). SOARES (2002) aprova a utilização da crioterapia, entretanto, CÔRREA (2011) afirma que a musculatura da face não possui fusos musculares suficientes para serem ativados pelo estiramento reflexo do gelo. CÔRREA (2011) comenta que não há dados que comprovem resultados positivos quanto à utilização da crioestimulação de músculos paréticos ou paralisados, porém SALES et al., (2009) relatam que a crioterapia tem o objetivo de estimular os pontos motores e contrair a musculatura facial na fase flácida. Alguns autores apontam a cinesioterapia, a termoterapia e a massagem como as mais eficazes, porém todas as técnicas pesquisadas mostraram resultados positivos no tratamento da paralisia facial periférica (MARUSKA, 2004). Apesar disto, nenhuma das técnicas ou recursos fisioterapêutico, apresentaram parâmetros específicos para avaliação da efetividade dos mesmos. A massoterapia tem o objetivo de alongar a musculatura contraída, melhorar a tonicidade da musculatura relaxada, aumentar a circulação sanguínea e diminuir o edema (RONDINI, 2006), entretanto, AMORIM (2007) comenta que se a massagem não for realizada de modo correto, pode desencadear reações reflexas e piorar as retrações musculares existentes na paralisia facial periférica. A FNP, apesar de bastante utilizada na paralisia facial periférica, é questionada por CÔRREA (2011), pois pouco favorece o recrutamento de unidades motoras devido à existência de 10 poucos fusos musculares na face. A técnica de radiação também é questionada, pois pode favorecer movimentos em massa ou sincinesias. Na presente revisão, observamos que os recursos fisioterapêuticos mais utilizados no tratamento da paralisia facial periférica foram a cinesioterapia com ou sem feedback visual com espelho, o biofeedback com aparelho eletromiográfico, a crioterapia e a Facilitação Neuromuscular Propriocetiva (FNP). A cinesioterapia com feedback com espelho se mostrou mais eficiente por se tratar de um recurso de baixo custo e de fácil aquisição, além de permitir que o paciente realize os exercícios de forma adequada, podendo corrigir os movimentos incorretos. Alguns autores discutem o uso do biofeedback com aparelho eletromiográfico caracterizandoo como não eficaz para a recuperação funcional dos pacientes com paralisia facial periférica, porém ressalta-se que outros autores relatam resultados positivos, principalmente na fase crônica. 6. Conclusão A Paralisia Facial Periférica é uma patologia relativamente comum de origem e evolução benigna. O susto é grande no começo, é necessário procura de um médico com experiência para diferenciá-la de um quadro central (um AVC por exemplo). O médico decidirá se há ou não necessidade de exames e se há ou não vantagem do tratamento com medicações. Cuidado especial com o olho deve ser tomado na grande maioria dos casos. O seguimento clínico é fundamental para reconhecer e intervir no caso de evolução desfavorável. O tratamento da paralisia facial periférica deve ser realizado o mais precocemente possível, para que a doença não evolua e haja uma regressão dos déficits motores dos pacientes. Além da fisioterapia, é importante que se tenha um acompanhamento multidisciplinar, como médico, fonoaudiólogo e psicólogo que irá contribuir para um tratamento mais efetivo. As técnicas e recursos fisioterapêuticos aplicados na paralisia facial periférica proporcionam resultados positivos e eficazes, destacando a cinesioterapia com feedback visual com utilização de espelho por apresentar inúmeras vantagens na sua utilização e praticamente nenhuma desvantagem. Outras técnicas como a massoterapia, termoterapia, facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), eletroterapia e outras, também se mostraram eficazes. Entretanto, mais estudos devem ser realizados, aumentando o número de comprovações científicas e de comparação entre um recurso e outro para que se tenha um resultado mais fidedigno. O tratamento fisioterapêutico da paralisia facial periférica é de longa duração e exige muita dedicação por parte do paciente, que bem orientado deve reforçar o treinamento com um programa domiciliar. Nos casos com recuperação insatisfatória é possível utilização de Botox (no lado bom), para melhorar a simetria (uma vez que o aspecto estético é a principal problema da paralisia sequelar). Há outras opções cirúrgicas como descompressão do nervo em casos graves (ainda em estudo) e microcirurgia de transposição de nervo (também medida de exceção). 11 Refêrencias AMORIM Francimeire Tavares Ramalho. Paralisia Facial Periférica: Tratamento através da Acupuntura e Fisioterapia, Trabalho de conclusão de curso (Pós graduação Latu Sensu em Acupuntura) - Centro Integrado de Terapias Energéticas - CITE, Recife,2007. BARREIRA, João Albuquerque Coelho Seabra. Paralisia Facial Periférica: Impacto da Qualidade de Vida, Dissertação de Mestrado em Medicina, Faculdade de Ciências da Saúde, Covilhã,2010. BARROS, Jadir Novais; MELO, Adriana de Medeiros; GOMES, Ivone Carmen Dias. Paralisia Facial Periférica – Prognósticos, Rev. CEFAC, São Paulo, v.6,n.2,184-8,abrjun,2004. 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