Economia DICA: Acompanhe a performance da dívida do setor público no extrato da revista Conjuntura Econômica, em anexo. Crescimento e Desenvolvimento Econômico Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 9 5 V i ren e R oxo Ma t e s c o Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ ________________________________________________________________ ___________________________________________________________ ____________________________________________________________ 9 6 Economia Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 9 7 V i ren e R oxo Ma t e s c o Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ “O orçamento nacional deve ser equilibrado; As dívidas públicas devem ser reduzidas, a arrogância das autoridades deve ser moderada e controlada; Os compromissos a governos estrangeiros devem ser minimizados, se a nação não quiser ir à falência; As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta pública”. Autor: Marcus Tullius Cícero, Roma, 35 a. C. 9 8 Economia Conceitos Crescimento é o aumento Crescimento é o aumento contícontínuo do produto internuo do produto interno bruto em termos no bruto e desenvolvimenglobal e per cápita ao longo do tempo; to é o aumento na produção Desenvolvimento é o aumento global acompanhado de mona produção global acompanhado de dificações nas disposições modificações nas disposições técnicas técnicas e institucionais. e institucionais, isto é, em mudanças nas estruturas produtivas e na alocação dos insumos pelos diferentes setores da produção. O desenvolvimento só ocorre com crescimento econômico. Porém, o inverso não é verdadeiro. Determinantes e Restrições O crescimento econômico depende de um conjunto de fatores, dentre os quais se destacam: a) Acumulação de capital: Através do aumento de máquinas e equipamentos, construção de novas plantas produtivas, melhoria de infra-estrutura (estradas, sistema de telefonia, energia, etc.) melhor qualificação e (re) treinamento de mão-de-obra; b) Crescimento populacional: aumento da força de trabalho e da demanda agregada; aumento do mercado consumidor; c) Progresso tecnológico: pode ser neutro, poupador de capital ou de trabalho. Nos países em desenvolvimento, por terem o fator trabalho em abundância, o processo produtivo é poupador de capital, que é o seu fator mais escasso. Para a caracterização da existência do desenvolvimento econômico, deve-se observar ao longo do tempo: 9 9 V i ren e R oxo Ma t e s c o a) Crescimento do bem-estar social, medido por meio dos indicadores de natureza econômica, por exemplo: PIB, PIB per capita; b) Melhoria nas condições de saúde, nutrição, educação, moradia e transporte; c) Diminuição dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade. Fatos Marcantes da Economia Brasileira 1930-1945 Em 1929, ocorreu uma forte crise econômica mundial que provocou a queda do preço internacional do café no mercado mundial. O governo de Getulio Vargas, que tomou o poder com a Revolução de 30, passou a adotar, em 1931, medidas em defesa do café brasileiro. A moeda nacional desvalorizou-se fortemente entre 1930 e 1934. A desvalorização da moeda nacional e a defesa do café constituíram bons estímulos para o início do dinamismo industrial, com foco na política de substituição de importações. A indústria nascente passou a liderar o crescimento econômico a partir de 1933, com taxas médias anuais de cerca de 9% ao longo do restante da década de 30. Durante a II Guerra Mundial, sobretudo, entre 1939 e 1941, ocorreu forte desaceleração da taxa de Em 1929, ocorreu uma forvariação do PIB industrial. Contudo, te crise econômica mundial o aumento das exportações de manuque provocou a queda do faturados não tradicionais foi capaz de preço internacional do café estimular a retomada do crescimento no mercado econômico neste período. 100 Economia 1945-1960 Em 1956, o governo de Jus- Entre 1947 e 1953 houve conticelino Kubitschek lançou o nuidade do crescimento industrial via Plano de Metas. política de substituição de importações, com ênfase no controle de emissão de guias de importação que passou a funcionar como barreira não tarifária, à entrada de concorrentes, por meio de bens e serviços importados. A taxa de câmbio nominal permaneceu fixa entre 1947 e o início de 1952. Em 1953, a Instrução nº.70 da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), antecessora do Banco Central, estabeleceu o regime de taxas múltiplas de câmbio, com leilões periódicos. O câmbio passou, então, a ser o principal sustentáculo da política de substituição de importações. Apesar da desvalorização cambial, continuava a ocorrer no mercado de divisas forte ágio na taxa de câmbio. Nos setores de bens de consumo não duráveis, a política de substituição de importações cumpriu plenamente o seu papel de dinamizadora. A continuidade do crescimento exigia, doravante, aprofundamento da estrutura industrial, a entrada da chamada industrialização difícil (Raul Prebisch, economista da Cepal), que constituía na adoção da diversificação industrial, com a criação de novos segmentos produtivos nacionais. Em 1956, o governo de Juscelino Kubitschek lançou o Plano de Metas. As principais ações desse plano centravam-se em: a) aumento da produção e refino de petróleo; b) aumento da capacidade de geração e transmissão de energia elétrica de base hidráulica (Furnas e Três Marias); c) construção e asfaltamento de rodovias; d) ampliação da capacidade de produção siderúrgica de laminados planos; e) ampliação da capacidade produtiva nos setores de química pesada, vidro, borracha e outros bens intermediários; f) implantação da indústria automobilística; e, g) forta- 101 V i ren e R oxo Ma t e s c o lecimento da indústria mecânica e de material elétrico. O Plano de Metas contou com os seguintes instrumentos de política fiscal: altas tarifas para as importações, adoção da lei do similar nacional e financiamento à indústria, em geral, pelo então, BNDE (atualmente Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 1960-1974 Após o crescimento acelerado ocorrido entre 1957-1961 (taxa média de variação do PIB de 8,9% ao ano), a economia brasileira inicia um ciclo de desaceleração (stop and go), de 1963 a 1967 (cuja taxa média ficou em 3,5% ao ano). Entre 1967 e 1973 o PIB voltou a crescer a taxas médias de 10,2% ao ano. Em 1964, o primeiro governo Em 1964, o primeiro gover- militar lançou o “Programa de Ação no militar lançou o “Progra- Econômica de Governo” (PAEG), que ma de Ação Econômica de tinha como objetivo: a) controlar a in- Governo” (PAEG). flação; b) promover reforma no sistema financeiro (criação do Banco Central, do Banco Nacional da Habitação etc.); c) promover a reforma fiscal; e, d) reforma no aparelho do Estado, centralizando o processo orçamentário e transferir as despesas fiscais para o controle dos Bancos do Brasil e Central. Em 1966 iniciou a reforma fiscal, que passou a vigorar no ano seguinte. O principal objetivo foi aumentar o esforço fiscal para eliminar o déficit público e permitir a adoção de renunciais fiscais para estimular os investimentos produtivos e, por conseguinte, o crescimento da economia. Tal reforma passou a tributar o fluxo de bens e serviços, em especial à tributação sobre o valor adicionado: ICM de competência estadual e IPI de 102 Economia competência federal. Neste período, ocorreram algumas mudanças de política econômica: redução das tarifas de importação (que continuavam elevadas) e criação de estímulos cambiais, fiscais e creditícios às exportações. Em função disso, ocorreram fortes incrementos das exportações, sobretudo, as de manufaturados. A principal fonte do crescimento industrial foi oriunda do setor de bens de consumo durável que, entre 1967 e 1973, crescera 22% ao ano, impulsionada pela expansão do crédito direto ao consumidor final. 1974-1980 Em 1974, o padrão econômicoindustrial começava a dar sinais de esgotamento, agravado pelo choque do petróleo e pela desaceleração da taxa Em 1974, o governo Ernesto Geisel lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento, referente ao período 19751980. de crescimento das economias mais industrializadas ocasionando, assim elevados déficits comerciais. Para enfrentar estes problemas, o governo Ernesto Geisel lançou o II Plano Nacional de Desenvolvimento, referente ao período 1975-1980. As principais metas, entre outras, centraram-se em: a) ampliação da capacidade produtiva nos setores de química pesada, de não metálicos, de não ferrosos, siderúrgico, petroquímico, de papel e celulose e de bens de capital; b) implementação de grandes projetos de exportação em siderurgia, alumínio e papel e celulose; e c) ênfase na estratégia de substituição de petróleo importado por petróleo nacional e no fortalecimento de (novas) fontes de energia hidroelétrica. A partir de então, os investimentos produtivos aumentaram fortemente que, como proporção do PIB, se situaram em 22,2% entre 1974103 V i ren e R oxo Ma t e s c o 1978, ante 19,8% entre os anos de 1970-1973. O governo retomou a política de substituição de importações. Entretanto, o recrudescimento da inflação e o aumento do déficit público, que levaram à redução dos investimentos no final dos anos 70, associados aos problemas cambiais, impulsionaram o desequilíbrio das contas externas. Nos anos de 1974 e 1980, embora o crescimento econômico ainda apresentasse taxas elevadas (7%ª.ª), já demonstrava variação inferior à alcançada ao longo do período anterior. Entre os anos de 1967-1973, o PIB crescia a taxas médias de 10,2% ao ano. 1981-1989 No final de 1981, o então Ministro da Fazenda Delfim Neto lançou um pacote fiscal e monetário fortemente recessivo, com o objetivo de conter as importações, por meio da redução da demanda agregada interna. Neste período, foram muitas as dificuldades para captar recursos no exterior (empréstimos e financiamentos), num cenário de forte elevação das taxas de juros no mercado internacional e de um segundo choque do petróleo, que acabara de ocorrer no final de 1979. No final de 1982, o país firmou acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Entre o triênio 1981-1983 a economia brasileira entrou em recessão, a taxa de variação média do PIB foi de –2,1% ao ano. Em 1984, a economia começou a se recuperar, registrando crescimento médio de 5,3% ao ano graças, em parte, à boa safra agrícola, que contou com estímulo ao crédito estabelecido no II PND. Isso permitiu a geração de mega superávits comerciais entre 1984 e 1994, da ordem de US$ 12,7 bilhões (média anual). 104 Economia Em 1986, o governo José Sarney adotou o Plano Cruzado com o foco de combater a elevada inflação que assolava o país. O principal instrumento escolhido para reduzir a inflação foi o congelamento dos preços e salários. O Em 1986, o governo José Sarney adotou o Plano Cruzado com o foco de combater a elevada inflação que assolava o país. sucesso da estabilidade de preços foi temporário e o governo passou a enfrentar a desconfiança da população nas ações do executivo. Em 1988, o governo realizou a segunda grande reforma fiscal (a primeira fora em 1966). O principal objetivo desta reforma foi desconcentrar a receitas disponíveis do setor público. A reforma fiscal, em consonância a Constituição de 1988, teve como foco principal o aumento dos recursos destinados pela União aos Estados e Municípios, e pelos Estados aos Municípios. Essas transferências de recursos foram realizadas sem contrapartida nas transferências dos encargos da União para os Estados e Municípios, o que viria a agravar o problema do déficit do setor público. O aumento das transferências de recursos incentivou a União a buscar fontes de receitas que não fossem partilhadas aos Estados e Municípios, tais como as contribuições. O executivo passa a criar as mais diferentes contribuições, tais como: sobre a folha de pagamento, sobre o lucro líquido, sobre o faturamento (PIS e COFIS) e sobre a movimentação financeira (CMPF). 1990-2000 Em 1990, iniciou-se a abertura da economia, cuja efetivação somente se consolidaria quatro anos depois. Naquele ano foi criado o Código de Defesa do Consumidor, que representou um marco sobre os 105 V i ren e R oxo Ma t e s c o direitos privados do cidadão. Entre Em 1994 foi implementado 1990 e 1992, o crescimento econômico o Plano Real. situou-se em -1,3% ao ano, em razão dos sucessivos planos heterodoxos adotados infrutiferamente no combate à inflação. O Plano Real, implementado em 1994, passou a intensificar o aumento do consumo, por meio das importações (taxa de câmbio valorizada). As despesas com Consumo Agregado aumentaram, passando de 77% do PIB, em 1993, para 79,4%, em 1994. O crescimento econômico apresentou alta taxa de variação, porém decrescente até 1996 (1994 com 5,9%; 1995 com 4,2%; e 1996 com 2,7%). Em 1997, a despeito da crise asiática, a economia brasileira voltou a se recuperar (taxa positiva de 3,6%). Entre junho de 1994 e janeiro de 1999, a taxa de câmbio tornouse fortemente valorizada de fato que, aliado à abertura comercial, limitou o crescimento da indústria (neste período, o PIB industrial apresentou taxa de variação bem oscilante: 6,7% em 1994; 1,9% em 1995; 3,2% em 1996; 5,7% em 1997; e –1,3% em 1998). Apesar dos ganhos de produtividade e de competitividade, o país não foi capaz de aumentar as receitas com exportações (média de US$ 49,2 bilhões), que permaneceram quase estagnadas (variação média de 2,1% ao ano), enquanto as despesas com importações (média de US$ 54,2 bilhões) cresceram fortemente (variação média de 10,2% ª.ª). Os setores mais beneficiados foram os de bens de capital e os tecnologicamente mais intensivos. A globalização mudara a lógica comercial, e os bens de maior conteúdo tecnológico (maior qualidade com menor preço) tornaram-se o centro do consumo no Brasil e no mundo. Em síntese, os principais fatos econômicos ocorridos entre julho de 1994 e dezembro de 1998, podem, assim, ser resumidos: a) o Plano 106 Economia Real aumentou o consumo, o poder de compra cresceu com a estabilização da moeda; b) O Real (R$) ficou valorizado em relação ao dólar americano, a demanda por importados cresceu, impondo maior concorrência entre as empresas; c) cresceu o déficit da balança comercial, pois com a moeda nacional valorizado as exportações perderam competitividade; d) o governo estimulou, por meio de elevadas taxas de juros, o influxo de capital estrangeiro para equilibrar as contas externas; e) chegaram as crises externas: asiática e russa. O governo decidiu aumentar, ainda, mais as taxas internas de juros, a fim de evitar a fuga de capitais externos; f) o pagamento de juros causou descontrole nas contas do setor público; g) a desconfiança dos investidores aumentou, e o risco-país cresceu; h) os juros elevados inibiram o consumo e os investimentos na produção e o desemprego aumentou; e, h) a queda do PIB, associada com o crescimento populacional, levou a uma queda na renda per capita. A população cresceu mas a riqueza não. No ano de 1999, de forte instabilidade econômica, os fatos econômicos mais marcantes podem, ser resumidos: a) os desequilíbrios internos e externos geraram fortes incertezas nos mercados; b) cresceu a desconfiança frente a uma possível moratória dos estados (sobretudo, Minas Gerais) junto ao Governo Federal, levando pânico ao investidor estrangeiro. As reservas internacionais reduziram-se rapidamente. O Banco Central foi forçado a alterar o regime cambial, abandono do sistema de Bandas, deixando, assim, de intervir mo mercado. A taxa de câmbio disparou; c) os índices de preços registraram fortes aumentos. O Índice de Preço no Atacado (IPA) disparou (28,9%), demonstrando elevada alta nos custos produtivos. As empresas começaram o repasse de seus custos. O Banco Central elevou a taxa interna de 107 V i ren e R oxo Ma t e s c o juros para conter a demanda agregada – manter a inflação em níveis baixos. Os grandes atacadistas e o comércio em geral não aceitavam os repasses de preços; d) a inflação recuou, o Banco Central tomou várias medidas para incentivar o ingresso do capital estrangeiro. Reinicia o fluxo positivo de capital internacional, associado à entrada de capital externo referente ao programa de estabilização do FMI; e) a taxa de câmbio começa a valorizar-se, e a taxa de juros começa uma trajetória de queda; f) a dívida interna do setor público cresceu. Houve arrocho nas despesas públicas. A carga tributária aumentou e, por conseguinte, as receitas públicas cresceram. O país apresentou superávit fiscal (3,28% do PIB). Nas empresas a prioridade foi a de substituir os insumos importados por nacionais. A crise da economia brasileira começou a arrefecer-se, o PIB apresentou variação positiva de 0,79%. 2000-2004 Em 2000, o país apresentou cresEm 2000, o país apresencimento real de 4,36%, e a inflação (metou crescimento real de dida pelo IPCA) registrou 5,97%. O dé4,36%, e a inflação (medificit comercial persistiu desde 1995; as da pelo IPCA) registrou exportações cresceram 14,7% (US$ 55,0 5,97%. bilhões), enquanto as importações aumentaram 15,7% (US$ 55,8), em relação ao ano anterior. O ano de 2001 foi marcado por lamentáveis acontecimentos: cassações e renúncias movimentaram a vida política brasileira. O racionamento de energia elétrica, em decorrência da falta de investimentos, inibiu a obtenção de taxas mais elevadas de crescimento econômico e a variação dos preços, ultrapassou a meta estabelecida pelo FMI, acorda- 108 Economia da em 4%. O IPCA (IBGE) registrou 7,67%, enquanto os juros reais se mantiveram elevados em comparação aos juros praticados em outros países (desenvolvidos e em desenvolvimento). Os juros altos serviram de “proteção” frente à crise da Argentina, para uma possível fuga de capital estrangeiro. Os atentados terroristas nos EUA contribuíram para a queda do crescimento dos EUA, com reflexo para aos principais países desenvolvidos. O ano de 2002 foi difícil para o país. A crise na Argentina afetou a economia brasileira mais pelo efeito contágio (sob a visão do investidor estrangeiro) e menos pelo efeito direto sobre as transações de comércio: Argentina responde com cerca de 10% das exportações brasileiras. O processo eleitoral aliada à falta de liquidez no mercado internacional sobretudo, para os países emergentes reduziu os fluxos de capitais internacionais e, por conseguinte, a taxa de câmbio alcançou quase R$ 4,00 por 1 US$ e o risco país atingiu quase 3.000 pontos. A inflação (medida pelo IPCA) ultrapassou a casa dos dois dígitos (12,53%) e o PIB registrou baixo crescimento, 1,93%. A relação dívida/PIB se manteve alta, em 56,5% e o superávit fiscal ficou em 4,01% do PIB. O ano de 2003, primeiro ano de mandato do governo PT, foi marcado pelo forte ajuste fiscal e monetário, o que resultou num fraco desempenho econômico de 0,5% de variação real do PIB e elevadíssima taxa de desemprego, 13%, segundo o IBGE. O Banco Central manteve elevada a taxa de juros, média anual de 23,5% e baixa a oferta de crédito (compulsório de até 60% sobre os depósitos à vista). O resultado da política econômica austera foi queda na taxa de inflação, IPCA de 9,3% e alto superávit fiscal de 4,39% do PIB, ultrapassando a meta acertada com o FMI, de 4,25% do PIB . No entanto, a relação dívida/PIB se manteve ainda alta 57,2%. No lado externo, o país apresentou excelen- 109 V i ren e R oxo Ma t e s c o te superávit comercial de US$ 24,5 bilhões que, associado à liquidez internacional manteve a taxa de câmbio controlada, em torno de R$/ US$= 3,08 (média anual) e o risco-país ficou baixo, próximo a 400 pontos. A maior crítica ao governo PT se refere a pouca eficácia das políticas sociais, principais bandeiras do partido ao longo de sua história. Em 2004, a economia brasileira finalmente voltou a apresentar taxa elevada de crescimento econômico (5,2%). O setor agropecuário continuou apresentando boa performance (5,3%). Contudo, o setor industrial foi o motor do crescimento, com 6,2%. A variação do PIB sob a ótica da demanda agregada apresentou os seguintes resultados: consumo das famílias, com 4,3%; consumo do governo, com 0,7%; investimentos brutos, com 10,9%; exportação com 18,0 e importação com variação de 4,3%. A despeito do crescimento da economia, a queda na taxa de desemprego foi baixa, ficando em 10,6% (desemprego aberto do IBGE) ante a taxa de 12,6% registrada em 2003, e a variação da renda do trabalhador cresceu pouco, apenas 3,7%. O setor externo apresentou excelente resultado. A balança comercial registrou superávit de US$ 33,7 bilhões, o que possibilitou um saldo positivo na conta “transações correntes” de US$ 11,7 bilhões, o maior já observado desde 1947, quando a Autoridade Monetária começou a compilar as séries estatísticas do Balanço de Pagamentos. Os investimentos diretos estrangeiros (capital mais cobiçado do mundo) voltaram ao país. As empresas transnacionais investiram US$ 18,2 bilhões, o que significou aumentou de quase 80% em relação aos US$ 10,1 bilhões ingressados em 2003. Tal resultado decorreu, em grande parte da troca de ações entre as empresas Ambev e Interbrew que, sozinhas, movimentaram mais de US$ 5 bilhões. O IPCA (índice oficial que acompanha a meta de inflação) atingiu 7,6%, 110 Economia ficando acima da previsão do Banco Central (7,0%), para 2004. Em sendo assim, o Banco Central passou a aumentar, a partir de setembro, quando a taxa básica de juros Selic passou de 16,5% e atingiu 17,75% em final de dezembro. A taxa de câmbio, Real por dólar norte americano, ficou estável registrando R$/US$ 2,69 no final do ano. Com a valorização interna da taxa cambial associada a forte desvalorização do dólar norte-americano nos mercados internacionais as empresas domésticas e o governo amortizaram parte de sua dívida externa, reduzindo a vulnerabilidade externa do país. A dívida externa brasileira passou de US$ 236 bilhões para US$ 217 bilhões, representando 35,8 % do PIB (US$ 605 bilhões). Observação: O resumo dos fatos econômicos mais marcantes foi elaborado pela professora. Portanto, qualquer equívoco é de inteira responsabilidade da autora. As críticas ou sugestões serão bem-vindas. 111 V i ren e R oxo Ma t e s c o Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ ________________________________________________________________ 112 Economia Anotações: _________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ ________________________________________________________________ 113 V i ren e R oxo Ma t e s c o Questões básicas com respostas 1. Por que as reservas compulsórias constituem poderosos instrumentos de política monetária. Porque a partir do montante de reservas exigido legalmente aos bancos comerciais, o banco central controla a quantidade de moeda em circulação. 2. O especulador é um manipulador de preços no mercado? Não. A especulação é uma atividade positiva do mercado, uma vez que consiste na compra de um ativo na expectativa de que seu preço se eleve ou, simetricamente, na venda desse ativo na expectativa de seu preço caia. Já a atividade de manipulação consiste na transação de um ativo com o objetivo de alterar seus preços e induzir a erros de julgamento dos participantes deste mercado, utilizando muitas vezes informações falsas e/ou boatos. 3. O banco central do brasil é independente? Não. Um Banco Central é considerado “independente” quando não é “obrigado” a financiar o déficit público por estar ligado hierarquicamente ao Ministério da Fazenda. Um Banco Central independente tem mandato definido – normalmente não coincide com o mandato do executivo: presidente e ministros – e tem como objetivo quase único manter a estabilidade da economia. 114 Economia 4. Todo ativo possui perfeita liquidez? Não. Somente a moeda é um ativo perfeitamente líquido, os demais (títulos, terrenos e ações) possuem graus diferenciados de liquidez. A composição do portfólio de um indivíduo depende, em muito, de sua preferência pela liquidez. 5. Os bancos comerciais podem “criar” moeda? Sim. Os bancos comerciais criam moeda concedendo empréstimos do valor do excedente de reservas. Esses empréstimos são depositados na conta bancária do tomador. 6. O mercado financeiro tem influência sobre a especialização da mãode-obra? Sim. O mercado financeiro, ao incentivar a realização de investimentos em novas áreas do sistema econômico, induz, necessariamente, ao aumento da divisão do trabalho. O mercado financeiro tem influência sobre a especialização da mão-de-obra? 7. Quais são os principais instrumentos de política monetária de que um banco central dispõe? São basicamente três os instrumentos: a) taxa de redesconto; b) operações de compra e venda de títulos no mercado; e c) alíquota dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais. 115 V i ren e R oxo Ma t e s c o 8. Algumas operações realizadas na economia têm como resultado a criação ou destruição de moeda? a) b) c) d) Sim. Alguns exemplos facilitam a compreensão de tal processo: o aumento das reservas internacionais amplia a base monetária e, por conseguinte, aumenta o m1; o resgate de depósitos de poupança para aquisição de ações na bolsa de valores amplia o m1; o superávit fiscal reduz a base monetária e, por conseguinte, reduz o m1; e as vendas de títulos do tesouro nacional pelo banco central diminuem a base monetária e o m1. 9. O banco central tem como obrigação proteger os bancos comerciais? Sim. O banco central empresta dinheiro a bancos ilíquidos (mas solventes), ou estabelecendo limites de saque por parte do público ou, ainda, decretando feriados bancários, se necessário. O banco central tem como obrigação proteger os bancos comerciais? 10. Por que a presença de empresas transnacionais é importante para um país? Por que essas empresas, por estarem presentes nos principais mercados mundiais, são atualizadas tecnologicamente, demandam empregos mais qualificados e, normalmente, têm forte participação na 116 Economia pauta exportadora do país hospedeiro. Assim, elas impõem às empresas locais maiores exigências à competição. 11. Quais são algumas vantagens relativas ao programa de privatização em curso no brasil? O programa de privatização Sob o ponto de vista do déficit permite reduzir despesas público esse programa permite, por um lado, reduzir despesas com as emprecom as empresas estatais. sas estatais e, por outro, obter receitas com a sua venda para pagamento de dívidas, diminuindo futuras despesas com juros. Sob o ponto de vista estrutural a privatização permite maior concorrência entre as empresas e, assim, induz ao aumento da eficiência produtiva. 12. O déficit público sempre é prejudicial à economia? Não. O déficit público prejudica a economia quando reduz o investimento privado, reduzindo assim o emprego e o consumo. 13. Os choques nominais e reais causam impactos semelhantes sobre o sistema econômico? Não. Os choques nominais alteram os níveis de preços, porém mantém os preços relativos inalterados – aumento de oferta monetária. Já os choques reais afetam os preços relativos dos bens e insumos – mudanças tecnológicas, de preferência dos consumidores e de suprimento de fatores da produção. 117 V i ren e R oxo Ma t e s c o 14. Por que a eficiência econômica tende a ser maior quanto maior for a concorrência entre as empresas? Porque quando as empresas são “tomadoras” de preços, tanto no mercado vendedor quanto no comprador, os fatores da produção e os insumos por elas utilizados são alocados ao uso mais valorizado. 15. Se a população decidisse, com receio do desemprego, poupar mais, o que ocorreria com o produto nacional? Individualmente cada um teria sucesso, porém em termos agregados haveria sérios problemas econômicos. Esse fenômeno, conhecido como o paradoxo da parcimônia, demonstra que se, por qualquer razão, os indivíduos resolvessem poupar uma parcela maior da renda (consumir menos), isso acabaria por reduzir o nível de renda nacional, caso os empresários mantivessem os mesmos níveis de investimentos produtivos. 16. O que são “vazamentos” e “injeções” e como eles ocorrem no sistema econômico? Os vazamentos constituem qualquer alocação da renda que não seja dispêndio direto - poupança e pagamentos por impostos são bons exemplos. As injeções constituem qualquer alocação da renda que não seja para o consumo - os investimentos representam um bom exemplo. Quando os vazamentos excedem as injeções há queda da demanda agregada e da renda nacional. 118 Economia 17. Como ocorrem os ciclos de negócios? Os ciclos de negócios ocorrem pelas variações na lucratividade dos investimentos decorrentes dos avanços tecnológicos. Esses avanços causam impactos sobre a variação da produção, das taxas reais de juros e sobre o efeito incerto dos preços. Os ciclos de negócios ocorrem pelas variações na lucratividade dos investimentos decorrentes dos avanços tecnológicos. 18. O que significa uma economia indexada? Economia indexada é aquela em que a moeda deixa de exercer as suas funções clássicas. Algumas moedas serão utilizadas como padrão de referência (ou unidade de conta), outras serão utilizadas como meio de troca ou de pagamentos. 19. Assegurar o direito de propriedade dos meios de produção é importante para o crescimento econômico? Sim. Uma vez que, ao assegurar ao investidor e aos empresários os ganhos oriundos de sua aplicação financeira, física e de sua capacidade organizacional os investimentos, de modo geral, estarão sendo estimulados. 20. O que determina a taxa de crescimento econômico? A proporção de bens e serviços finais que são bens de investimento e que serão incorporados ao setor produtivo da economia determina, 119 V i ren e R oxo Ma t e s c o juntamente com a taxa de eficiência de uso dos recursos produtivos existentes, a taxa de crescimento econômico. 21. Por que os países com economia de livre empresa tendem a crescer mais? Os países com economia de Porque, ao visar a maximização dos lucros, os empresários aproveitam ao máximo os recursos existentes, ou seja, há pouco desperdício e o crescimento se torna mais elevado. 22. O aumento da taxa de crescimento é inflacionário? livre empresa tendem a crescer mais? Porque, ao visar a maximização dos lucros, os empresários aproveitam ao máximo os recursos existentes, ou seja, há pouco desperdício e o crescimento se torna mais ele- Não. Um aumento da capacidavado. de de produção, acompanhado do aumento da produção, leva a mais produção e também a mais renda, e a mais demanda agregada (pelo fluxo circular). Assim, a uma maior produção vai corresponder também uma maior demanda, e o crescimento não acelera nem desacelera a inflação previamente existente. 23. A redistribuição de renda diminui a demanda agregada? Não, porque os que ganharam mais renda vão gastar no lugar dos que perderam. Não muda o gasto agregado, mas pode mudar o perfil da demanda, isto é, os tipos de bens demandados. E se a redistribuição for brusca, pode levar a um choque de oferta e a um desemprego estrutural transitório, nos setores em que o perfil da demanda foi modificado. 120 Economia Avaliação do conhecimento da unidade Não envie planilha em Excel. As respostas devem ser enviadas em programa Word. Você receberá, um pedido por e-mail, cuja solução deverá ser encaminhada à professora Virene ([email protected]) com cópia para o CPEAEx/EAD ([email protected]). 2 121 V i ren e R oxo Ma t e s c o Glossário TERMOS 122 SIGNIFICADOS Ação Ativo financeiro emitido por uma empresa, e negoci-ado em Bolsa de Valores, que se compro-mete a realizar no futuro uma seqüência de pagamentos, denominados dividendos. Apreciação Nominal Aumento do preço da moeda nacional em termos de uma moeda estrangeira. Apreciação Real Aumento do preço relativo dos bens domésticos em relação aos preços internacionais dos bens estrangeiros. Arbitragem Proposição segundo a qual as taxas de retorno esperado de dois ativos financeiros devem ser iguais. Também chamada de “arbitragem de risco” para distingui-la da “arbitragem sem risco”. A arbitragem avalia o retorno em taxas reais dos ativos financeiros, que deve ser idêntico (semelhante). Balanço de Pagamentos Conjunto de contas relativas às transações (bens e serviços e de fluxos de capitais e financeiros) realizadas por um país com o resto do mundo. Banco Central Instituição que regula a oferta monetária dos bancos comerciais e as operações do sistema bancário em geral. Banco dos Bancos. Banda Cambial Limites dentro dos quais o Banco Central permite que a taxa de câmbio flutue sob um sistema de taxa de câmbio relativamente determinada. Tal prática foi utilizada no Brasil, após a implantação do Plano Real, vigorando até 13 de janeiro de 1999. Base de Ponderação Corresponde à definição da estrutura de pesos ou de ponderações dos produtos ou serviços e grupos componentes de um número índice, de um certo período de tempo. Base Monetária Somatório do montante de reservas bancárias e de moeda emitida (papel moeda em circulação) pelo Banco Central. Oferta primária de moeda. Bem Não-Durável Mercadoria que pode ser armazenada, mas tem uma vida média curta. Ex.: Alimentação, roupas, calçados. Bem Comerciável Todo bem que o mercado (interno e/ou externo) admite pagar um valor para sua aquisição. Bem Complementar Quando a quantidade demandada de dois bens varia no mesmo sentido. Quando o preço de um bem (X) aumenta, a quantidade demandada do outro (Bem Y) tende a diminuir. Ex.: Salsicha e pão no cachorro-quente. Bem de Consumo Bem e/ou serviço que é consumido ou utilizado dentro de um prazo relativamente curto, como alimentos e eletricidade. Na prática muitos bens considerados de consumo duram mais, como vestidos e torradeiras elétricas. Economia TERMOS Bem de Giffen SIGNIFICADOS Bem cuja demanda diminui quando o preço diminui. O bem deve ser “inferior” (ver Bem Inferior) para que isso ocorra. Bem Durável Mercadoria que pode ser armazenada e usada por alguns anos. Não se destina ao consumo direto. Ex.: Automóvel, televisão. Bem Final Bem produzido para uso final e não para revenda dentro de um determinado período de tempo. Bem Inferior Bem que as pessoas demandam menos quando sua renda aumenta. Ex.: Champanhe nacional. Bem Livre Bem que não é escasso e cuja oferta excede a demanda a preço zero. Exemplo: ar Bem Normal ou Superior Bem Público Puro Bem que tem sua demanda aumentada quando a renda do indivíduo aumenta. Capital Fixo Estoque de prédios, equipamentos e outros recursos de produção disponíveis por um certo período de tempo. Capital Humano Conjunto de habilidades profissionais possuídas pelos trabalhadores em uma economia. Cartel Acordo entre as empresas de um certo mercado, para determinação de preços e/ou de produção (quantidades ofertadas). Ex. Países produtores de Petróleo Choque Nominal Choque que altera o nível de preços, mas os preços relativos permanecem inalterados. Exemplo: aumento imprevisto da oferta monetária. Choque Real Choque que afeta o preço relativo de bens e insumos em geral. Por exemplo, variação imprevista na preferência dos consumidores, na tecnologia ou na oferta dos fatores. Commodity Money Bem de aceitação geral tanto por seu uso como meio de troca, quanto por si mesmo. O principal exemplo é o ouro. Concorrência Extrapreço Concorrência Monopolista Concorrência entre empresas em aspectos outros além do preço. Por exemplo, em qualidade e serviços prestados. Concorrência Perfeita Sempre que há quantidade de fornecedores suficiente de modo que nenhum vendedor possa elevar seu preço sem perder seus clientes para outro fornecedor. Condição MarshallLerner Conluio Condição em que uma depreciação real da taxa de câmbio provoca o aumento das exportações líquidas. Bem cujo consumo por uma pessoa não reduz seu consumo por outras pessoas como, por exemplo, defesa nacional. Mercado semelhante ao da concorrência perfeita, exceto pelo fato de que as empresas diferenciam os produtos pela Marca. Acordo implícito ou explícito entre empresas, com o intuito de não concorrerem entre si. 123 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Consumo Agregado (C) Conta de Capital e Financeira Conta de Transações Correntes Contração Fiscal Contração Monetária Cota Crescimento do PIB 124 SIGNIFICADOS Gastos da família, empresas e governo com consumo de bens e serviços finais. Conta do Balanço de Pagamentos que registra os ativos financeiros (fluxos de capitais) que entram e saem do país. Conta do Balanço de Pagamentos que registra todas as transações com bens, serviços e renda entre o país e outros países. Política destinada a reduzir o déficit orçamentário por meio da redução dos gastos públicos ou do aumento das receitas públicas: Ex.: tributação Redução da oferta de moeda. Também chamada de aperto monetário ou rigidez monetária. Limite de quantidade de um bem (importado e/ou exportado). Taxa de crescimento do PIB real por um período de tempo. Variação positiva das quantidades produzidas, num determinado período de tempo. Crítica de Lucas Proposição de Roberto Lucas segundo a qual as relações existentes entre as variáveis podem mudar com a mudança da política econômica. Exemplo é a aparente alternância entre inflação e desemprego, que pode desaparecer caso os formuladores de políticas econômicas tentarem explorá-las. Curto Prazo Período em que uma empresa pode variar (aumentado ou diminuindo) alguns mas não todos os seus fatores de produção. Ex: numero de maquinários. Curva de Demanda É qualquer curva de inclinação descendente (em uma representação por eixos ortogonais, onde o eixo vertical representa os preços e o eixo horizontal representa as quantidades). Mostra a maior quantidade demandada de um bem a um preço menor, contanto que outros determinantes da demanda (como renda e preços de outros bens) permaneçam constantes. Curva de Laffer Curva que mostra a variação crescente na taxa marginal de impostos, elevando num primeiro momento as receitas tributárias. A partir de uma determinada taxa (incidência) de impostos, a arrecadação total começa a reduzir-se. Ou seja, carga tributária excessiva tende a elevar a sonegação. Curva de Oferta Curva que mostra a relação entre preços e quantidade de um bem que os produtores estão dispostos a ofertar. Geralmente possui inclinação ascendente; a exceção é quando a empresa apresenta custos decrescentes. Curva de Phillips Curva que demonstra a relação entre variação da inflação e a do desemprego. A curva de Phillips original mostrava a relação existente entre as taxas de inflação e desemprego. A curva de Phillips modificada mostra a relação entre as variações da taxa de inflação e da taxa de desemprego. Economia TERMOS Curva IS SIGNIFICADOS Curva de inclinação descendente que relaciona produto e a taxa de juros. Essa curva corresponde à relação entre investimento e poupança (IS) a condição de equilíbrio no mercado de bens e serviços. Curva J Curva que descreve a deterioração inicial da balança comercial causada pela depreciação real da taxa de câmbio, seguida por uma melhoria na balança comercial. Curva LM Curva de inclinação ascendente que relaciona a taxa de juros e o produto. Essa curva corresponde à relação entre demanda e oferta de moeda (LM), a condição de equilíbrio no mercado financeiro. Custo de Oportunidade Custo Marginal Custo do melhor uso alternativo. Ou seja quanto custa escolher (A) em detrimento de (B). Custo Privado Custo Social Custos Fixos Custo arcado pelos que produzem um bem. Razão entre a variação do custo total e a variação da (quantidade produzida). Aumento do custo total decorrente da produção de uma unidade adicional. Custos da sociedade na aquisição dos bens e serviços. Custos que não aumentam nem diminuem quando a produção varia, no curto prazo. Ex.: Aluguel. Custos Implícitos Custos incorridos em virtudes das alternativas de oportunidades de que se desistiu. Para uma firma, eles incluem os custos do tempo e investimentos do proprietário, também denominados “Custos de Oportunidade”. Custos Irrecuperáveis de entrada (sunk costs) Deflação Demanda Agregada Custos que não podem ser evitados e de difícil recuperação. Ex: Melhorias realizadas em um sítio ou casa de campo. Muitos gastos não são recuperados no momento da venda destes imóveis. Demanda Elástica Quando um aumento percentual de preços causa redução maior nas quantidades demandadas (percentual), reduzindo a receita total do produtor. Depósito à Vista Conta bancária que permite aos depositantes emitirem cheques, cartões de débitos ou obterem dinheiro até um valor igual ao saldo da conta da corrente. Depreciação Declínio do valor do capital fixo (por uso ou desgaste) geralmente por um ano. Para o cálculo da renda nacional a depreciação é chamada “provisão para consumo de capital” ou Despesas com Depreciação. Redução do nível geral de preços da economia. Quantidade total de bens e serviços demandados numa economia por um certo período. Os bens e serviços de consumo e de investimentos demandados pelos setores privados, público e externo,. Ou de outra forma: Total demandado de bens e serviços pelas famílias, empresas e governo. 125 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Desaceleração Inflacionária Deseconomia de Escala Ocorre quando um certo aumento em todos os insumos, matérias primas (fatores da produção) resulta num aumento menor na produção total. Desemprego Cíclico Desemprego Estrutural Desemprego devido às variações na atividade econômica. Desemprego Friccional Desemprego decorrente do funcionamento normal de uma economia. Mudanças voluntárias por parte dos trabalhadores, em busca de emprego melhor. Economia de Escala Ocorre quando um aumento nos insumos e matérias primas (fatores da produção) resulta num aumento mais do que proporcional na produção total. Efeito “Fischer” ou “Hipótese de Fischer” Efeito “Riqueza Real” Proposição de que, no longo prazo, um aumento da expansão monetária nominal se reflete em aumento idêntico da taxa nominal de juros e da taxa de inflação, enquanto a taxa real de juros não varia. Efeito Oliveira-Tanzi Avalia o efeito adverso da inflação sobre a arrecadação de impostos e, em conseqüência, sobre o déficit público. Efeito Renda Mensura o efeito sobre a quantidade demandada de um bem quando a renda real varia. Eficiência Quando os trabalhadores produzem o máximo possível com determinados recursos. Para produzir mais de um determinado bem, uma economia eficiente deve produzir menos de outros bens e, assim, situarse sobre a curva de possibilidades de produção. Eficiência Alocativa (eficiência de Pareto) Elasticidade Quando nenhuma negociação ou redistribuição de bens e insumos vai melhorar a situação de alguns sem piorar a de outros. Elasticidade-Cruzada da Demanda 126 SIGNIFICADOS Redução da taxa de inflação. Ritmo menor no aumento geral de preços. Desemprego causado por variações na demanda ou por mudanças tecnológicas, e que afetam seriamente certos setores industriais, ocupações ou segmentos específicos. Com despesas em treinamento e (re) capacitação do trabalhador é possível minimizar o desemprego estrutural. Aumento da demanda agregada em virtude de uma redução do nível de preços. Um nível menor de preços eleva o valor real de ativos nominais, especialmente o poder de compra, fazendo com que as pessoas gastem mais. Também chamado “efeito do saldo real”. Reação de uma variável a uma mudança em outra, sendo as duas variações expressas em termos percentuais. Reação da quantidade demandada a uma variação de preço de outro bem. Variação percentual na quantidade demandada para cada variação de 1% no preço. Ambas as variações percentuais são expressas em valores absolutos. Economia TERMOS Elasticidade-Preço da Demanda SIGNIFICADOS Variação percentual da quantidade demandada para cada variação de 1% no preço. Ambas as variações percentuais são expressas em valores absolutos. Elasticidade-Preço da Oferta Variação percentual da quantidade ofertada para cada variação de 1% no preço. Ambas as variações percentuais são expressas em valores absolutos. Elasticidade-Renda da Demanda Variação percentual da quantidade demandada para cada variação de 1% na renda. Ambas as variações percentuais são expressas em valores absolutos. Escambo Escassez Comércio sem moeda. Regime de trocas de mercadorias ou de serviços. Escola Clássica Escola que predominou no final do século XVIII e o século XIX, consolidando a ciência econômica como um corpo científico próprio. Foram lançadas as bases do liberalismo econômico, onde prevalecem as forças de mercado, sem intervenção do governo. Seus expoentes foram Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill e Jean Baptiste Say (criador do princípio de que a oferta cria a sua própria demanda). Escola de Lausanne ou Escola de Matemática Escola de Viena ou Escola Psicológica Austríaca Dentro dos princípios da Escola Marginalista empregava os processos de lógica matemática a partir da noção de equilíbrio. Condição existente quando os recursos atuais são inadequados para satisfazer as necessidades do mercado. Escola que apresentou a ciência econômica em três dimensões analíticas: economia pura (dedutiva, construída sobre a psicologia do interesse pessoal, do “homus economicus”); economia aplicada (indutiva, a partir da observação dos fatos) e arte econômica (campo de formulação de regras da política econômica, a partir da economia aplicada). Escola Fiscalistas Escola econômica que defende a atuação ativa do governo, por meio de política econômica. Também chamados de Keynesianos, e seus expoentes foram James Tobin e Paul Anthony Samuelson. Escola Fisiocracia Uma das escolas precursoras da economia, embora muito influenciada por questões de filosofia, ética e de religião, tendo o seu apogeu no final do século XVIII. Essa escola se preocupou com a questão da repartição do produto entre os setores da atividade econômica, e enfatizou as leis naturais do universo, que condicionariam as relações econômicas. Seu principal expoente foi François Quesnay (médico) responsável pela noção dos fluxos, órgãos e circulação, cujos termos são utilizados em economia. Escola Historicista Escola crítica da ciência abstrata e dedutiva dos clássicos. Os historicistas substituíram o enfoque abstrato pelo método concreto e indutivo. No século XIX os historicistas contribuíram para a consideração da atividade econômica em suas relações com o meio social. Escola Marginalista A Escola Marginalista é baseada no pensamento neoclássico. Os conceitos de margem, tais como: utilidade marginal, receita marginal, custos marginais são determinantes para a tomada de decisões por parte dos consumidores e produtores. Para essa escola, o conceito de margens sobrepõe ao conceito de médias (produtos, custos e receitas). 127 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Escola Marxista 128 SIGNIFICADOS Escola baseada nos fundamentos de Karl Marx, da segunda metade do século XIX, que criticava fortemente o funcionamento e as premissas do sistema capitalismo. Para essa escola, o desenvolvimento tecnológico em sistemas capitalistas levaria à marginalização dos trabalhadores, baseando a sua análise, a partir da luta de classes entre os capitalistas e os trabalhadores. Escola Mercantilista Escola precursora do estudo econômico sistematizado, no século XVIII. Apesar de não apresentar um conjunto analítico homogêneo, seus expoentes como, William Petty e Cantillon enfocavam questões relativas à acumulação da riqueza, do comércio exterior e da moeda. Consideravam o poder do estado relacionado com o estoque de metais preciosos. Escola Monetarista Corrente econômica que enfatizava a importância da política monetária para as flutuações cíclicas da economia. O economista Milton Friedman, da escola de Chicago, Nobel em 1976, é considerado o “expoente” da escola monetarista. Escola Neoclássica Escola que se desenvolveu no final do século XIX e inicio do século XX, tendo como noção os princípios liberais (economia de mercado), consolidando a formalização analítica da economia e do uso intensivo da matemática. A teoria do valor utilidade, pela qual os preços dos bens são formados, a partir do grau de satisfação do consumidor, contrapondo-se à teoria do valor trabalho, pela qual o valor dos bens seria oriundo do lado da oferta ou dos custos da mão-de-obra. Seus principais expoentes foram Alfred Marshall, Leon Walras, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter e Francis Edgeworth, entre outros. Escola Keynesiana Corrente econômica que, a partir da teoria Keynesiana, enfatizava o papel da especulação financeira e defende a intervenção do governo na atividade econômica. Os expoentes são Paul Davison e Hyman Minsky, entre outros. Pós- Espíritos Animais Termo introduzido por John Maynard Keynes (1883-1946) para referirse a variações nos investimentos que não poderiam ser explicadas pelo comportamento das variáveis correntes. Estado da Tecnologia Grau de desenvolvimento tecnológico de um país ou setor. Em outras palavras, estado da Arte, que significa o “top”, o mais avançado em termos de tecnologia. Estagflação Estruturalismo Ocorrência, ao mesmo tempo, de inflação e recessão econômica. Excedente do Consumidor É o que o consumidor está disposto a pagar a mais do que o preço fixado pelo mercado. Corrente econômica surgida na Comissão Econômica para a América Latina e Caribe. A CEPAL foi criada em fevereiro de 1948, pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa corrente supõe que a existência de inflação em países em desenvolvimento está associada a tensões de custos, causadas por deficiências estruturais e conflitos distributivos. Economia TERMOS Excedente do Produtor Excesso de Demanda SIGNIFICADOS Ocorre quando os preços praticados pelo mercado encontram-se acima dos custos marginais de produção. Quando a quantidade demandada excede a Quantidade ofertada (preço abaixo do preço de equilíbrio de mercado). Excesso de Oferta Quando a quantidade ofertada excede a quantidade demandada, e o preço transacionado ultrapassa o preço de equilíbrio. Expansão Monetária Expectativas Racionais Exportações Líquidas Externalidades Negativas Externalidades Positivas Famílias Aumento da oferta da moeda. Expectativas não tendenciosas e baseadas nas melhores informações disponíveis. Diferença entre as exportações e as importações de bens. Também chamadas de saldo líquido da balança comercial. Fatores que impõem custos não compensadores sobre outros. Também chamados “deseconomia de escala”. Fatores que criam benefícios para outros que não pagam por eles. Proprietários de todos os fatores de produção da economia. As famílias fornecem os serviços de mão-de-obra, terra, capital e propriedade de empresas. Fator de Produção Qualquer insumo usado na produção de um bem. Os principais fatores de produção são, a saber: terra, mão-de-obra, trabalho, capital financeiro, capital de giro e capital fixo (máquinas, equipamentos). Firmas (Empresas) Produtores de bens e serviços, com fins lucrativos, transformadores dos fatores da produção em bens e serviços . Força de Trabalho Todas as pessoas empregadas ou desempregadas, em idade ativa, normalmente entre 18-65 anos de idade. O limite de idade para a composição da força de trabalho varia entre países. G-7 Grupo das 7 maiores potências econômicas do mundo: EUA, Japão, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Canadá. Gastos do Governo (G) Hipótese de Tiebout Despesas com bens e serviços adquiridos pelos governos federal, estadual e municipal. Índice de Confiança do Consumidor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O tamanho menor da burocracia pública e maior mobilidade de pessoas e empresas entre cidades, estados e países resultam em governos mais eficientes. Índice que estima a confiança do consumidor em relação às condições econômicas correntes e futuras. Calculado pela Organização das Nações Unidas (ONU), esse índice foi construído para aferir o grau de desenvolvimento social de um país, a partir da média de três indicadores: a) esperança de vida; b) taxa de alfabetização; e, c) renda per capita. 129 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Índice de Equivalência Monetária 130 SIGNIFICADOS Medida de liquidez que atribui diferentes pesos a diferentes ativos segundo o grau de liquidez de cada um deles. Também chamado de índice de serviços monetários ou índice “Divisia”. Índice de Preços Média ponderada de preços de uma cesta de bens e serviços, como percentual dos preços praticados em um ano base. Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Custo de uma determinada cesta de bens e serviços ao consumidor, de famílias de um certo nível de renda específico (Exemplo: 1 a 08 salários mínimos), em uma determinada localidade: cidade, região ou país. Índice de Preços ao Produtor (IPP) Inflação Índice de preços de bens produzidos pelos setores: industrial, agrícola, pesqueiro, florestal e de concessionárias de energia elétrica. Injeções Qualquer forma de dispêndio, exceto de consumo. Inclui investimentos e gastos governamentais. Interdependência Mútua Investimento (I) Quando as ações (atitudes) de uma empresa afetam, de modo significativo, as decisões de outra empresa do mesmo segmento (setor). Investimento Direto Estrangeiro Investimentos de empresas já existentes ou a criação de novas empresas em uma determinada economia por investidores estrangeiros como, por exemplo, aquisições (empresas privadas ou públicas) e fusões. Investimento Líquido Aumento do estoque de capital físico de um país. Trata-se da diferença entre o investimento bruto e as despesas com depreciação (manutenção). Lei da Demanda A quantidade demandada e o preço têm relação inversa. Demanda-se mais a um preço menor, e menos a um preço maior (com tudo o mais constante). Lei da Oferta A quantidade ofertada e o preço em geral estão diretamente relacionados. Oferta-se mais quando o preço aumenta, e menos quando o preço diminui (com tudo o mais constante). Lei de Okun Lei HumphreyHawkins Relação entre o crescimento do PIB e a variação da taxa de desemprego. Lei Nacional de Recuperação Industrial (NIRA) Liquidez Programa “New Deal”, dos EUA, que solicitava à indústria que assinasse códigos de comportamento, estabelecesse um salário mínimo e não impusesse mais cortes salariais. Elevação generalizada e contínua do nível geral de preços (maioria dos preços) da economia. Aquisições de novos bens de capital fixo (máquinas, equipamentos, ferramentas e construções de plantas industriais) pelas empresas. Lei aprovada em 1978, pelo Congresso dos Estados Unidos, que definiu os objetivos da política monetária a serem perseguidos pelo FED (Banco Central dos EUA). Facilidade com que um ativo (título público ou ação) pode ser convertido em dinheiro (espécie). Economia TERMOS Longo Prazo SIGNIFICADOS Período de tempo em que a empresa pode mudar (alterar) todos os insumos, incluindo o tamanho da planta produtiva, os equipamentos e etc. Também, considerado o período em que as empresas podem tomar decisões de entrar ou sair de um determinado setor da atividade econômica. Lucro Econômico Refere se a diferença entre a receita total e os custos totais (explícitos e os implícitos). Lucros Contábeis Referem se a diferença entre a receita total e os custos explícitos. Os custos implícitos não são considerados. M1 – Meios de Pagamentos Mensuração da oferta monetária considerando apenas o dinheiro em poder do público (PMPP) mais os depósitos à vista disponíveis nos bancos comerciais. Existem outros meios de pagamentos: M2, M3, M4. Mecanismo Cambial Europeu (ERM) Conjunto de regras que determinam as bandas dentro das quais os países membro do Sistema Monetário Europeu têm de manter suas taxas de câmbio bilaterais. Mercado de Trabalho Primário Mercado de trabalho em que os empregos são bons, os salários são elevados e a rotatividade da mão de obra é baixa. O contrário de mercado de trabalho secundário. Modelo MundellFleming Modelos de Crescimento Endógeno Modelo de equilíbrio simultâneo nos mercados de bens, serviços e financeiro para uma economia aberta (mantém relações com o exterior). Moeda de Banco Central Moeda Fiduciária Moeda emitida pelo Banco Central. Também conhecida como base monetária ou moeda de alta potência. Oferta Primária de Moeda. Moeda Subvalorizada Moeda nacional de um país cuja taxa cambial está abaixo da taxa de equilíbrio no mercado livre. Moeda Supervalorizada Monetarização da Dívida Pública Monopólio Moeda nacional de um país cuja taxa de câmbio está acima da taxa de equilíbrio no mercado livre. Neutralidade da Moeda Proposição teórica de que a expansão monetária nominal não afeta nem o produto nacional nem a taxa de juros, mas reflete-se totalmente em um aumento proporcional do nível de preços (inflação). New Deal Conjunto de instrumentos (programas) postos em prática pelo governo Franklin Roosevelt para dinamizar a economia dos EUA, e retirá-la da grande depressão econômica da década de 30. Modelos nos quais a acumulação de capital físico e humano pode sustentar o crescimento econômico mesmo na ausência de progresso tecnológico. Moeda sem lastro em ouro ou qualquer outro bem (ativo) valioso. Por exemplo, o papel moeda. Refere a prática de emitir moeda para financiar a necessidade de financiamento do setor público (déficit nominal ou total). Único vendedor de um bem ou serviço, que não possui substituto próximo no mercado. O monopólio será bilateral quando existe apenas um único vendedor e de um único comprador no mercado. 131 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Nível Natural de Emprego Oligopólio Operação de Mercado Aberto OMC Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) Padrão Ouro 132 SIGNIFICADOS Nível de emprego que prevalece quando o desemprego é igual à sua taxa natural. Mercado com poucos vendedores e barreiras médias ou altas à entrada de novos concorrentes no mercado. Compra e venda de títulos da dívida pública pelo Banco Central para aumentar ou diminuir a oferta da moeda na economia. Organização Mundial do Comércio. Organização internacional que pesquisa e estuda as informações econômicas de muitos países, a maioria pertence a condição de desenvolvidos. Sistema em que um país fixava o preço de sua moeda com relação ao ouro, e se dispunha a trocar o ouro pela paridade declarada da moeda. Paradoxo da Poupança Situação provocada pela tentativa das pessoas de poupar mais, o que pode levar tanto ao declínio do produto nacional quanto à ausência de alterações na poupança. Paridade da Taxa de Juros O retorno financeiro do capital internacional se equivale entre os países, levando em conta os riscos de inadimplência (risco-país) e de valorização ou desvalorização da moeda nacional, em relação a moeda estrangeira. Paridade do Poder de Compra (PPC) Quando as taxas cambiais entre os países variam de modo que os bens, importados ou domésticos, são vendidos a um mesmo preço. Também chamada “lei do preço único”, porque diferentes unidades do mesmo bem tendem a ser vendidas pelo mesmo preço em qualquer mercado. Método de ajuste empregado para possibilitar comparações de PIB em âmbito internacional. Patente Direito legal concedido pelo governo a uma pessoa ou empresa. Concessão de patente decorrente do uso de um novo produto ou técnica, por um período determinado. Política de Redesconto Ação do Banco Central em emprestar recursos financeiros aos bancos. De maneira geral, os meios pelos quais o Banco Central empresta recursos financeiros (empréstimos especiais) aos bancos comerciais. Política de Rendas Conjunto de instrumentos públicos que estabelecem diretrizes ou controles para os salários e/ou preços. Política Fiscal Conjunto de instrumentos que estabelece a forma pela qual um governo arrecada (receitas públicas) e realiza as suas despesas públicas. Política Industrial Conjunto de instrumentos que destinada a incentivar os setores industriais (específicos ou não). Política Monetária Conjunto de instrumentos que determina a quantidade e a taxa de crescimento da oferta monetária. Economia TERMOS População Economicamente Ativa Poupança Nacional SIGNIFICADOS Número de pessoas potencialmente disponíveis (idade e condições físicas e mentais) para trabalhar. Parte não consumida da renda disponível (renda depois de descontados os impostos). Preferência pela Liquidez Prêmio Risco Termo introduzido por John Maynard Keynes para representar a demanda por moeda, pelos agentes econômicos. Princípio da Demanda Efetiva Termo criado por John Maynard Keynes e pelo polonês Mikail Kalecki, segundo o qual a demanda agregada determina as variações do produto real e a renda, no curto prazo. Esse princípio inverte a lei de Say, que apontava a oferta agregada como determinante da demanda. Produtividade do Trabalho Produto Interno Bruto (PIB) Razão entre o produto interno bruto e o número de trabalhadores (força de trabalho). Produto Nacional Bruto Nominal Produto Nacional Bruto Real Somatório da produção de bens e serviços finais produzidos por residentes a preços vigentes (chamado de PNB em valores correntes). Produto Nacional Líquido Produto ou renda per capita Quantidade Demandada Quantidade Ofertada Somatório da produção de bens e serviços finais produzidos por residentes descontadas as despesas com depreciação do capital físico. Relação Linear Relação entre duas variáveis de modo que o aumento de uma unidade em uma variável sempre leva ao aumento de (n) unidades na outra variável. Relação Negativa Dois bens (X) e (Y) estão negativamente relacionados. Quando a quantidade do bem X aumenta, a quantidade do bem Y diminui e vice-versa. Também chamada relação inversa. Diferença entre a taxa de juros paga de um certo título de dívida pública de um país e a taxa de juros paga pelo título de dívida de cotação mais elevada (outro país). Mensuração da produção, fabricação e criação de todos os bens e serviços finais de um país, num determinado período de tempo. Representa o valor monetário do mercado dos bens e serviços finais produzidos pelo trabalho e plantas produtivas situadas em um país (mensurado em valores correntes ou constantes). Somatório da produção de bens e serviços finais produzidos por residentes a preços de um determinado ano, também conhecido como PNB em valores constantes. O Produto Interno Bruto (PIB) ou Renda Interna Bruta Renda Interna Bruta (RIB) dividido pelo número total de habitantes. Quantidade máxima de um bem que os compradores estão dispostos e são capazes de comprar a um determinado preço, num período de tempo. Quantidade máxima de um bem que as empresas estão dispostas ou são capazes de ofertar a um determinado preço, num período de tempo. 133 V i ren e R oxo Ma t e s c o TERMOS Relação Positiva 134 SIGNIFICADOS Dois bens (X) e (Y) estão positivamente relacionados. Quando a quantidade do bem X aumenta, a quantidade do bem Y também aumenta, e vice-versa. Renda Pessoal Disponível (RPD) Renda descontada os pagamentos com impostos. RPD representa a renda disponível destinada as despesas com consumo e poupança das famílias. Rendimentos Constantes de Escala Rendimentos Decrescentes de Capital Rendimentos Decrescentes do Trabalho Resíduo de Solow Proposição de que o aumento (ou a diminuição) proporcional de todos os insumos e matérias-primas conduzem ao mesmo aumento (ou diminuição) proporcional na produção total. Riqueza Financeira O valor de todos os ativos financeiros de uma pessoa menos suas obrigações financeiras. Às vezes chamada abreviadamente de riqueza. Risco de Inadimplência Salário Nominal Risco de que o emitente de um título de dívida não pague todo o montante prometido pelo título. Salário Real Rendimento do fator trabalho de um certo período de tempo em termos reais (igual ao salário monetário nominal dividido por um índice de preços). Senhoriagem Superávit Primário Receitas obtidas pelo Banco Central com a emissão de moeda. Proposição de que um aumento de todos os insumos e matérias primas conduz a uma diminuição na produção total. Proposição de que os aumentos do fator de trabalho levam a aumentos cada vez menores de produção à medida que o número de trabalhadores aumenta. Excesso de crescimento do produto bruto corrente em relação ao que poderia ser atribuído ao crescimento do capital e do trabalho. Rendimento do fator trabalho, em valores correntes, por um certo período de tempo. Receitas públicas superiores aos gastos públicos, excluído-se os pagamentos de juros da dívida (encargos financeiros). Taxa de Câmbio Preço da moeda de uma nação em termos de moeda de outra nação. (É a razão entre o preço de duas moedas ex: R$/US$) Taxa de Câmbio Fixa Taxa de câmbio entre as moedas de dois ou mais países, fixada em determinado nível e ajustada raramente, ou não ajustada por um longo período de tempo. Taxa de Câmbio Flexível Taxa de câmbio determinada pelas forças do mercado, livre de intervenção por parte do Banco Central. Também chamada taxa de câmbio flutuante livre. Taxa de Câmbio Multilateral (Taxa Real de Câmbio Multilateral) Taxa real de câmbio entre um país e seus parceiros comerciais, calculadas como a média ponderada das taxas reais de câmbio bilaterais. Também chamada de taxa real de câmbio ponderada pelo comércio ou taxa de câmbio real efetiva. Economia TERMOS Taxa de Câmbio Nominal SIGNIFICADOS Número de unidades de moeda nacional que se pode obter por uma unidade de moeda estrangeira; o preço da moeda estrangeira em termos de moeda nacional. Taxa de Câmbio Real Taxa de Desemprego Preço relativo dos bens estrangeiros em relação aos bens nacionais. Taxa de Inflação Taxa em que o nível de preços varia no decorrer de um certo período de tempo. Teorema de Ronald Coase Teoria que mostra que as pessoas podem se livrar de qualquer fracasso de mercado negociando entre si quando os custos de transação são baixos. Teoria dos Jogos Análise de um pequeno número de jogadores (indivíduos ou organizações) com interesses conflitantes e cujas atitudes de um afetam as do outro. União Européia Organização política e européia entre os países-membro da Europa. Anteriormente chamada de Comunidade Européia. Vazamento Qualquer alocação de renda que não seja gasta diretamente em bens e serviços. Exemplo: impostos e poupanças. Porcentagem da força de trabalho desempregada (em relação à população economicamente mobilizável). Uma pessoa está desempregada se está ativamente procurando trabalho ou esperando se apresentar ou ser chamada novamente a um emprego, segundo o IBGE. Fontes: BLANCHARD, Olivier, Macroeconomia: teoria e política econômica. Rio de Janeiro, Campus, 1999. GONÇALVES, et. al. Economia Aplicada, 4. ed. Rio Janeiro: FGV, 2004. PINHO, D. B. VASCONCELLOS, M.A S. Manual da Economia. São Paulo: Saraiva, 1998. WESSELS, Walter J. Economia, São Paulo: Saraiva, 1998. 135 V i ren e R oxo Ma t e s c o Referências Básica: Co-autoria Profa. Virene Roxo Matesco GONÇALVES, A. C. P.; GONÇALVES, R. R.; SANTACRUZ, R.; Matesco, Virene R. Economia aplicada. 5 ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2003. MATESCO, Virene R.; SCHENINI, P.H. Economia para não economistas: princípios básicos de economia para profissionais em mercados competitivos. Rio de Janeiro: Ed. Senac Rio, 2005. livraria @fgv.br – fones 0800217777 e (21)2553-5543 www.rj.denac.br/editora fone: (21) 2582-5583 Complementar BAER, W. A economia brasileira. 2. ed. São Paulo: Nobel, 2002. BEGG, D. K. H.; STANLEY F.; DORNBUSCH R., Introdução à economia. Rio de Janeiro: sevier, 2003. GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO, R. Jr. Economia brasileira contemporânea. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2004. O’SULLIVAN, A.; SHEFFIN, S. Introdução à economia: princípios e ferramentas. São Paulo: Prentice Hall, 2004. ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 20 ed. 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