TÍTULO: DA FILOSOFIA SOCRÁTICA À VISÃO BASEADA EM

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TÍTULO: DA FILOSOFIA SOCRÁTICA À VISÃO BASEADA EM RECURSOS: O AUTOCONHECIMENTO
COMO RECURSO ESTRATÉGICO PARA AS ORGANIZAÇÕES
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
AUTOR(ES): RAYRES HELENA FONSECA VICENTE, RONILSON MENDONÇA RODRIGUES
ORIENTADOR(ES): EDSON PINTO FERREIRA FILHO, FERNANDA CAMPOS JUNQUEIRA
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO – PROPPEX
1. RESUMO
O presente trabalho irá tratar da filosofia socrática à visão baseada em recursos: o
autoconhecimento como recurso estratégico para as organizações, destacando a
importância do autoconhecimento por parte dos gestores. Serão realizadas pesquisa
exploratória, descritiva e um estudo de caso, com apoio da pesquisa bibliográfica
[dados secundários: livros, revistas especializadas, jornais, rede eletrônica, entre
outras fontes acessíveis] e pesquisa de opinião [por meio de questionário
previamente definido].
Palavras chave: filosofia; autoconhecimento; administração; recursos; estratégia.
2. INTRODUÇÃO
O mundo contemporâneo tem utilizado de forma desenfreada uma variedade de
termos e técnicas para explicar e aprimorar a gestão de recursos humanos no
interior das organizações. Algumas literaturas sugerem que, efetivamente, as
organizações terão melhores desempenho e ganhos de resultados quando se
apropriarem da melhor forma dos serviços oriundos da combinação, singular, de
recursos disponíveis. Os ganhos de produtividade e performance são, então,
necessariamente, fruto do conhecimento perfeito dos recursos, competências e
capacitações disponíveis pelo gestor e efetiva alocação destas competências por
parte do mesmo.
3. OBJETIVOS
Dessa maneira, o objetivo geral é apresentar o autoconhecimento por parte dos
gestores como um recurso indispensável para melhoria da performance e resultados
de um equipe e organização.
E, são objetivos específicos: (i) apresentar uma discussão contextual a respeito da
consciência do homem sobre si mesmo, tendo como base os estudos de Gurdjieff e
Ouspensky; (ii) apresentar a filosofia socrática como uma ferramenta valiosa para o
autoconhecimento; (iii) apresentar as organizações pela perspectiva dos recursos,
seus fundamentos e parâmetros para melhoria de desempenho e resultados; (iv)
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promover o encadeamento, a perfeita harmonia entre os temas anteriormente
citados, construindo um novo olhar sobre as organizações e o desenvolvimento de
suas equipes, e (v) realizar pesquisa de opinião, de caráter censitário, com os
alunos dos cursos de gestão [Administração, Logística e Recursos Humanos], do
Centro Universitário Geraldo Di Biase, para verificar como este público trata a
questão do autoconhecimento e sua importância no contexto contemporâneo.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
De acordo com Vergara (1997), foram adotados dois critérios para sua
caracterização: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins a pesquisa é
exploratória e descritiva. Quanto aos meios, um estudo de caso, com apoio da
pesquisa bibliográfica [dados secundários: livros, revistas especializadas, jornais,
rede eletrônica, entre outras fontes acessíveis] e pesquisa de opinião [por meio de
questionário previamente definido].
A aplicação de questionários acontecerá em breve junto dos alunos regularmente
matriculados nos cursos de graduação em Administração e em Recursos Humanos
do UGB. Os resultados e análises dos dados levantados serão apresentados na
apresentação do CONIC.
5. DESENVOLVIMENTO
O conhecimento filosófico surge quando alguns gregos, insatisfeitos com as
explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar
respostas para elas, demonstrando que o mundo e a natureza podem ser
conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer a si
mesma.
Com Sócrates o projeto Filosófico começa a ser modificado. Sócrates costumava
conversar com todos, fossem velhos ou moços, nobres ou escravos. Seu método de
conhecimento ficou conhecido exatamente por desconstruir, a partir de indagações,
as ideias preconcebidas dos indivíduos. A “ironia socrática” é o termo utilizado para
denominar este modo de abordagem a partir de questionamentos e perguntas
variadas (ARANHA e MARTINS, 2008).
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A consciência da própria ignorância é o começo da Filosofia Socrática (CHAUI,
2000). Ao redirecionar o foco do estudo filosófico para o homem e partir em busca do
autoconhecimento, Sócrates percebe que quem analisa a si próprio irá perceber que
existem muitas coisas que ainda não sabe realmente, que ainda existem muitas
áreas onde é necessário adquirir mais experiência.
Os estudos de Gurdjieff e Ouspensky traduzem a psicologia da evolução possível ao
homem, uma síntese da ciência do desenvolvimento do conhecimento do homem
sobre si mesmo através da consciência. Da caracterização do homem atual como
uma máquina, que responde mecanicamente aos estímulos que recebe do ambiente
em que vive, estes estudos se desenvolvem apresentando argumentos que
permitem o trabalho sobre si para o despertar da consciência a respeito do que se é.
A consciência do homem depende, portanto, de uma questão de tomada de
conhecimento interior, que cria memória e permite que o homem possa dominar a si
mesmo – recursos, qualidades e capacidades que possui.
Segundo Proença (1999), as firmas diferem de forma fundamental porque cada uma
delas possuirá um agrupamento singular de recursos: seus ativos, competências [no
sentido de conhecimentos] e capacitações [no sentido de habilidades] específicos.
Para tal, o perfeito conhecimento a respeito do que se é, do que se tem e o que se
quer, é fundamental.
Vale dizer ainda que a história e as opções de trajetória futura estarão sempre
condicionadas pela consciência e significância do estoque de seus recursos
acumulados, e pela velocidade e precisão na escolha, aquisição ou desenvolvimento
de novos recursos. São estas assimetrias entre as firmas que explicam porque
estratégias bem sucedidas não são rapidamente imitadas e então anuladas em sua
eficácia.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
Embora o trabalho ainda esteja em fase de desenvolvimento, com base em tais
pressupostos teóricos é possível perceber que o ser e o saber devem se
desenvolver concomitantemente. A compreensão do outro só é possível quando o
homem compreender a si mesmo. Portanto, para alcançarmos melhores resultados
precisamos conhecer nossos hábitos, comportamentos, reações, ações, gestos e
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falas. Cumpre lembrar que, como uma pesquisa em andamento, outras reflexões e
resultados serão alcançados, permitindo mudanças na forma como se abordam os
temas apresentados até aqui.
7. FONTES CONSULTADAS DURANTE A PESQUISA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução a Filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2008.
CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.
DROSDEK, Andreas. Sócrates, o poder do não-saber. Rio de Janeiro: Editora
Vozes, 2007.
FERREIRA
FILHO,
Edson
P.
Capacitações
Tecnológicas
e
Vantagem
Comparativa Intitucional: A Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras. Dissertação de
Mestrado em Ciências Sociais, pelo Centro de Pesquisas em Desenvolvimento,
Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2007.
FLEURY, Afonso. FLEURY, Maria Tereza Leme. Estratégias competitivas e
competências essenciais: perspectivas para internacionalização da indústria no
Brasil. Gestão & Produção. V. 10, nº 2, pág. 129-144, ago.2003.
LIEBENSTEIN, H. Allocative Efficiency and X Efficiency. American Economic
Review (56), 1966
MARIOTTI, Humberto. Pensamento Complexo. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
OUSPENSKY, P. D. Psicologia da evolução possível ao homem. 18ª ed. São
Paulo: Pensamento, 2009.
PROENÇA, A. Dinâmica estratégica sob uma perspective analítica: refinando o
entendimento gerencial. Arché, ano VIII, número 23, 1999.
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