I n f O r M a Edição nº51, Março 2013 — Nissan 5773 — Ano 17 Cerimônia celebra o dia internacional da Chevra também foi alvo de elogios do rabino Shie Pasternak. “A Chevra não faz distinção entre ricos e pobres, ilustres ou anônimos. Todos os judeus são tratados da mesma maneira.” Pasternak informou que está sendo produzido um manual prático da instituição para ser distribuído a outras comunidades judaicas do país. “A Chevra de São Paulo é um exemplo para o mundo”, destacou. Fotos: acervo Chevra Reunidos nos schill da Vila, no Bom Retiro, no último dia 17/02, 7 de Adar no calendário hebraico, os rabinos Eliahu Valt e Shie Pasternak, ao lado de diretores da Associação Cemitério Israelita de São Paulo, sob a condução do professor Abrão Zweimann, celebraram o Yom Hachevra. A data, 7 de Adar, dia de nascimento e morte de Moshe Rabeinu, é celebrada mundialmente em todas as comunidades judaicas em honra Rabino Pasternak: “A Chevra de São Paulo é exemplo para o mundo” às sociedades funerárias israelitas. “Não se sabe exatamente o local deira. “Fazer uma tahara de sepultamento desse grande tzadik, mas (purificação dos corpos) foi Deus quem cuidou de sepultá-lo, daí o é fazer uma caridade sentido nobre do trabalho desempenhado verdadeira”, disse, enalpela Chevra Kadisha”, explica Zweimann. tecendo o trabalho de todos os funcionários e EXEMPLO – O rabino Valt ressaltou que a da diretoria da entidade. A excelência dos rituChevra também é conhecida como Hessed Shel Emet, que significa caridade verda- ais religiosos praticados O rabino Valt entre os diretores Luiz Gornstein e Jayme Melsohn n Leis e Costumes Judaicos sobre o acendimento de velas “Costuma-se acender uma vela na sinagoga em homenagem ao falecido durante 12 meses. Isto deve ser feito, de preferência, na sinagoga feliz Pessach! Desejamos a todos uma feliz e alegre comemoração de Pessach, conscientes da importância histórica, tradicional e relevante na comunidade judaica do seu significado: manter sempre brilhantes as luzes do judaísmo e o compromisso com o nosso futuro, como tem sido até aqui. O Pessach é uma data muito importante para nós onde rezava o falecido. Ao acender a vela deve- judeus, pois evoca a saída dos nossos an- se dizer que esta está sendo acesa em mérito a tepassados do Egito, onde eram escravos, Fulano ben Fulano. em busca de liberdade e independência. É costume deixar uma vela acesa durante doze meses na casa do enlutado, ou, de preferência, na casa onde morou o falecido. Num ano de treze meses, deve-se acender a vela somente até o final dos doze meses. No entanto, há costumes de deixar a vela acesa até o Yohrtsait. Costuma-se acender velas diante do chazan enlutado na hora da oração, em mérito da alma do falecido. Conforme o costume Chabad, acendem-se 5 velas.” Rabino Shamai Ende in “Leis e Costumes do Luto Judaico” (pág. 47). O povo judeu sempre buscou reafirmar suas convicções e as transmissões contidas na Torá, que lhes foi outorgada quando se libertaram e chegaram à presença do Senhor no deserto do Sinai. Desde então, se estabeleceu uma característica marcante: a luta dos judeus para ser independente, cioso de suas tradições. A festa de Pessach evoca tudo isso e toda a nossa circunstância histórica. Ao celebrarmos a fuga do Egito, lembramos exatamente da importância da continuidade das tradições. Chag sameach! José Meiches e Rubens Muszkat Presidente e vice-presidente Chevra Kadisha Informa 90 anos em prol da comunidade Entidade surgiu da união de três organizações distintas, sem qualquer caráter comercial ou privado No dia 23 de fevereiro, a Associação Cemitério Israelita de São Paulo – Chevra Kadisha completou 90 anos. Criada três anos após a fundação do Cemitério Israelita de Vila Mariana, a então Sociedade surgiu da organização das entidades Comunidade Israelita de São Paulo, Congregação Israelita “Askenazi” e Synagoga Centro Israelita, com o intuito de sanar as dificuldades administrativo-financeiras enfrentadas pelo campo santo, que corria o risco de ser interditado pela Prefeitura. Hugo Lichtenstein foi o primeiro presidente e a diretoria, constituída de seis membros, sendo dois de cada uma das três entidades constituintes. COMPrOMISSO – Conforme relatam Monica Musatti e Roney Cytrynowicz no livro Associação Cemitério Israelita de São Paulo 85 anos, “a fundação da Sociedade Cemitério (e das chevrot kedishot ou Chevrot Hessed ve Emet, sociedades funerárias, que também se formariam, cuidando do ritual, dos cuidados com o corpo e do sepultamento segundo as diferentes tradições no interior do judaísmo) atendia aos princípios comunitários e religiosos de que sepultar os mortos segundo o ritual judaico é um compromisso coletivo de toda a comunidade e que nenhum proveito se pode tirar dessa tarefa. Por isso, devem estas instituições ser comunitárias e abertas a todos os seus integrantes, exercidas como atividade voluntária, de muito respeito dentro da comunidade, e sem qualquer caráter privado ou comercial”. Para celebrar os 90 anos, foi lançado um logotipo especial da entidade. artigo de conselheira da Chevra incentiva procura por manutenção de sepulturas Clara Kochen alertou para a necessidade de suporte financeiro para a preservação dos cemitérios Em recente artigo nesta publicação (edição nº 50, dezembro/12), a vicepresidente do Conselho Deliberativo da Chevra, Clara Kochen, destacou a situação de abandono em que se encontram vários cemitérios judaicos no exterior, por falta de empenho do ishuv local. “Para garantir a integridade dessa memória tão respeitada por nós, por ser uma das mais sagradas mitzvot do judaísmo, se faz necessário suporte material. ...Viabilizar essa preservação, contribuindo com a taxa de manutenção mensal ou definitiva é dever de cada um”, escreveu a conselheira. O texto repercutiu muito positivamente, resultando em alguns contatos de interessadas em assumir a responsabilidade pela contribuição mensal relativa à conservação do cemitério e manutenção de sepulturas de parentes. MEMÓrIa – Infelizmente, a Chevra registra milhares de sepulturas nessa condição. “Lembrando que preservar a memória dignifica a vida, apelamos àqueles que possuem parentes sepultados em qualquer de nossos campos santos para que entrem em contato conosco a fim de assumir a responsabilidade pelo pagamento da manutenção desses túmulos”, afirma o diretor Jayme Melsohn. A diretoria da Chevra conta com a colaboração de todos para que possa dar continuidade a seu trabalho em prol da comunidade judaica de São Paulo. Chevra Kadisha Informa n Errata O nome correto do arquiteto que projetou o Monumento em Memória às Vítimas do Nazismo (ed. nº 50, dez./12), no Cemitério Israelita do Bu- Foto: acervo Chevra tantã, é Dan Antonio. Calendário Confira no quadro abaixo as datas no período de março a junho próximo, nas quais, por motivos religiosos, os cemitérios fecham para visitação. Calendário Gregoriano festividade Data Hebraica Dia da Semana 12 de março até 11 de abril Rosh Chodesh Nissan até 2º Rosh Chodesh Yar 1º Nissan até 1º Yar terça-feira até quinta-feira 24 de abril Pessach Sheni 14º Yar quarta-feira 28 de abril Lag Baomer 18º Yar domingo 10 de maio até 21 de maio Rosh Chodesh Sivan até 12º Sivan 1º Sivan até 12º Sivan sexta-feira até terça-feira 08 de junho 1º Rosh Chodesh Tamuz 30º Sivan sábado 09 de junho 2º Rosh Chodesh Tamuz 1º Tamuz domingo EXPEDIENTE – Coordenação: Jayme Melsohn. Edição: Roberta Jovchelevich (Mtb. 22.908). Projeto gráfico e diagramação: Formato Editoração e Design. Impressão: Spel Gráfica e Editora. Tiragem: 19.150 exemplares. Mantendo acesa a chama da comunidade. • ACISP (sede administrativa): Rua Prates, 435, CEP 01121-000 – São Paulo – SP – Brasil – Telefone (11) 3329-7070 – Fax (11) 3229-1281. • Em caso de falecimento, ligar para (11) 3782-0909, das 8h às 15h, e (11) 3227-5425, das 15h às 23h. Atendimento 24 horas, durante o Shabat e festas judaicas: (11) 7854-6312. • Visite nosso site na internet: www.chevrakadisha.org.br.