ESTUDO 2 - Comunidade Amiga

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DISCIPULADO 1
ESTUDO
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2
O PENTATEUCO
SUMÁRIO
Divisões do Pentateuco.
Da criação ao dilúvio.
Os patriarcas.
Os 400 anos do cativeiro no Egito.
Moisés: libertação do Egito e liderança no deserto.
Destaques do Pentateuco.
Competências a serem Construídas
Depois de realizar este estudo, você deverá ter
construído as seguintes competências:
Competência-chave: descrever os principais relatos
do Pentateuco.
Competências-secundárias:
1 Descrever as principais seções do Pentateuco.
2 Conhecer a inserção do pecado na raça humana.
3 Saber como Deus preservou a raça humana
4
5
6
7
através do dilúvio.
Caracterizar as principais experiências
vivenciadas pelos patriarcas.
Descrever os 400 anos de cativeiro do Povo de
Israel no Egito.
Conhecer o preparo e o exercício de liderança de
Moisés.
Descrever os destaques do Pentateuco.
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PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE CASA CAIADA
EVANGELIZAÇÃO – ADORAÇÃO – COMUNHÃO – DISCIPULADO - SERVIÇO
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DISCIPULADO 1
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Introdução
O primeiro conjunto de livros do Antigo Testamento é aquele que os gregos chamaram
de Pentateuco, isto é, uma obra em cinco tomos ou volumes. É a Torá dos judeus, isto é, a
lei. Esses livros tiveram os seus nomes distinguidos com a palavra inicial grega. Assim,
temos o Gênesis, que descreve a origem do universo e da raça humana até à formação do
povo de Israel na sua permanência no Egito. O livro de Êxodo narra todo o percurso da
saída dos israelitas do Egito, liderados por Moisés, para aos pés do monte Sinai receberem
de Deus a lei religiosa, civil e cerimonial, estabelecendo um pacto sagrado (testamento),
como o povo de Deus. O terceiro livro é o de Levítico, que regula o culto religioso à maneira
de ritual, dirigido especialmente aos levitas, que formavam a tribo consagrada ao serviço do
santuário. O quarto livro é de Números, com o nome devido aos recenseamentos do povo
contidos na sua primeira parte, contemplando também fatos e providências legislativas
correspondentes a cerca de quarenta anos de vida nômade no deserto. No quinto livro, o de
Deuteronômio ou segunda lei, que narra o fim da jornada no deserto, Moisés retoma a
legislação anterior, adaptando-a às novas condições de vida sedentária, em que o povo viria
a se encontrar com a conquista próxima da Palestina.
O Pentateuco é uma das partes constitutivas do Antigo Testamento – AT. Na verdade,
o próprio Novo Testamento – NT faz uma divisão do AT em três partes (Lc 24.44): Lei
(Pentateuco), Profetas e Escritos (Salmos).
Por outro lado, a partir das referências contidas nos AT e NT sobre o Pentateuco,
pode-se afirmar que Moisés (cerca de 1.400 a.C.) é seu autor. Por exemplo: Ne 13.1 e II Cr
25.4 falam dos Livros de Moisés; Ne 8.1 diz do Livro da Lei de Moisés; I Cr 16.40 e Ed 7.10
se referem à Lei do Senhor; Ne 8.18 relata o Livro da Lei de Deus; semelhantemente,
encontramos expressões análogas em Mt 12.5, Mc 12.26, Lc 16.16, Jo 7.19, Gl 3.10 etc.
Jesus mesmo disse que Moisés... escreveu a meu respeito (Jo 5.46), assim como explicou
aos seus discípulos que as Escrituras falam dele começando por Moisés (Lc 24.27). O
próprio Pentateuco traz uma prova interna da autoria de Moisés: ele escreveu o grande
código jurídico, o livros da Aliança (Ex 24.3-7) e a exposição da lei no Deuteronômio (Dt
31.24-26).
Na verdade, conforme a cultura e práticas da época, Moisés utilizou fontes literárias
nos seus escritos, como se pode ver em Gn 5.1 e Nm 21.14. Além disso, profetas
posteriores que sucederam a Moisés (Dt 18.15-20) preservaram o texto, mas o atualizaram
historicamente, acrescentando alguns pontos, tais como a descrição dos reis e dos príncipes
de Edom (Gn 36.1) e a descrição da morte de Moisés (Dt 34.1-12).
1. O Pentateuco
Os primeiros cinco livros da Bíblia recebem o nome de Pentateuco. A maioria dos
estudiosos atribui a autoria destes livros a Moisés. Eles contêm a história da criação, Adão e
Eva, Noé e o dilúvio, Abraão, a formação do povo judeu, o cativeiro no Egito, a libertação
através de Moisés, a lei divina dada aos judeus e os 40 anos de peregrinação no deserto,
motivada pela incredulidade do povo.
Para melhor visualização do conteúdo, podemos dividir o Pentateuco em quatro
seções:
(1) Da criação ao dilúvio.
(2) Os patriarcas: Abraão, Isaque, Jacó e José.
(3) Os 400 anos do cativeiro egípcio.
(4) Moisés: libertação do Egito, deserto e Canaã.
As duas primeiras divisões estão contidas no livro de Gênesis (livro dos começos) e as
outras duas se encontram nos livros de Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio. Dentre
os muitos ensinos e revelações dadas por Deus nestes livros, cremos ser de importância
enfocar e tecer um breve comentário sobre alguns temas em particular para cada divisão.
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2. Da Criação ao Dilúvio
5.1
No princípio Deus criou... (Gn 1.1)
Trata-se aqui da decisão divina de fazer o nosso universo vir a existir do nada. É
exatamente isto que diz o verbo criar no hebraico (Hb 11.3). O apóstolo João afirma que
Jesus é o Deus criador (Jo 1.1 e 14) e Paulo reafirma (Cl 1.18) esse fato. É interessante
notar que ao relatar a criação de todos os animais há a expressão segundo a sua espécie.
Isto deixa claro que Deus criou cada espécie como elas são, evidenciando a sua criação
perfeita e prévia, e não uma evolução do imperfeito para o perfeito. O homem foi criado a
imagem e semelhança do próprio Deus, sendo feito ser inteligente, dotado de consciência,
liberdade e senso moral.
5.2
A loucura do pecado (Gn 3.15)
O pecado de Adão e Eva foi a desobediência a Deus. Em Adão pecou uma raça inteira
(Rm 5.12), pois ele estava nos representando. Por causa do pecado original, a terra foi
amaldiçoada e espinhos, desertos e desgraças surgiram. O homem foi expulso da presença
de Deus e perdeu o seu estado de inocência. O pecado continuou a se espalhar e trazer
desgraças, Caim mata Abel (Gn 4.8), os serem humanos se multiplicando projetam a torre
de Babel para glória pessoal (Gn 11.14).
5.3
Noé e o Dilúvio (Gn 6.9-8.19)
O pecado da raça humana atinge nível tão degradante que não é tolerado por Deus.
Ele anuncia o dilúvio com Noé, que era um homem íntegro e, por sua postura, Deus o
escolhe para ser a voz de alerta ao seu povo. Noé tem uma missão difícil, como se pode ver
das seguintes análises e observações:
(1) Um barco estava sendo construído muito longe de rios ou do mar.
(2) Noé anunciava um dilúvio para pessoas que nunca haviam presenciado chuvas
ou enchentes.
(3) A construção da arca levou dezenas de anos.
(4) Apenas Noé e seus filhos acreditavam no que Deus iria fazer.
O Dilúvio é uma das primeiras expressões da justiça divina contra o pecado. Ali vemos
a ação do Deus Justo inibindo a impunidade. O pecado gera uma santa reação da ira divina
(Rm 1.18-26) e a razão pela qual Deus não trata todos os pecadores de igual forma é a sua
misericórdia (Lm 3.22).
Apesar do dilúvio ter representado um recomeço, e alguns estudiosos apontarem para
a arca como um símbolo de Cristo, o pecado continuou ativo e o homem pecador optando
pelo mal.
3. Os Patriarcas
3.1
Abraão, o pai da fé
Abraão morava em Ur da Caldéia (procure localizar a cidade num mapa bíblico). O seu
primeiro contato com o projeto de Deus para formação do povo judeu já se caracterizava um
desafio para sua fé: sai da tua casa, da tua parentela e vaia para uma terra que eu te
mostrarei (Gn 12.1). A ordem por si só se constituía um risco (deixar o lugar seguro e ir com
sua família para não se sabe onde) e grande desafio de sua confiança em Deus. Abrão,
porém, creu no invisível (Hb 11.8) e partiu para onde não sabia (o destino lhe era
desconhecido). O próprio Deus prometeu fazer de Abrão uma grande nação e nele
abençoar as famílias da terra. A obediência e a atitude positiva deste homem diante de
todas as solicitações e ordens divinas o fez conhecido como o pai da fé. Da vida deste servo
de Deus merecem destaque os seguintes fatos:
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3.2
Apesar de sua fé, Abraão mente e trata sua esposa indevidamente (Gn 12.1213).
Ele não possuía ambição material (Gn 13.9).
Sua submissão plena à vontade de Deus o tornou um homem íntegro e
misericordioso (Gn 14.22-24).
Sodoma e Gomorra, devido à imoralidade, são destruídas mesmo com a oração
intercessória de Abraão (Gn 18.23-33).
É com Abraão que se tem o primeiro registro de dízimo ao Senhor (Gn 14.20).
Sara descreu e Abraão concordou com o erro do concubinato (Gn 16.2).
O resultado deste erro gera conseqüências danosas até hoje, pois Ismael (filho
da serva) foi o pai dos Árabes.
Deus promete um filho a Abraão mesmo tendo sua esposa entrado na
menopausa (Gn 18.11).
Sara dá à luz a Isaque em cumprimento ao anúncio divino (Gn 21.1-2).
Deus prova mais uma vez a fé de Abrão pedindo seu filho Isaque como sacrifício,
e Abraão não teve receio em fazê-lo, sendo depois impedido por Deus (Gn..
22.11).
Isaque, o pai dos gêmeos
Isaque cresceu e aos 27 anos perde a sua mãe, Sara. Abraão lhe proporcionou o
casamento com Rebeca, sua prima (leia a história, que é muito bonita, em Gn 24.15-51).
Isaque teve filhos gêmeos com Raquel: Esaú e Jacó. A história deste patriarca mostra um
problema familiar a ser evitado: a predileção. Esaú cresceu e tornou-se um caçador e era o
predileto de Isaque, enquanto Jacó tornou-se um pastor de ovelhas e chegado às tarefas do
lar, sendo o predileto de Rebeca. Este erro de criação gerou divisões e esquemas de
engano (Gn 25.28), provocando o desejo de Esaú de querer matar Jacó (Gn 27.41), levando
este a fugir para não morrer.
3.3
Jacó: de enganador a príncipe de Deus
Jacó foi pai de doze filhos, os quais deram origem as doze tribos do povo de Israel.
Ele, ao fugir de Esaú, foi procurar os parentes de sua mãe. Na viagem, Deus lhe apareceu e
Jacó pediu a bênção do Senhor sobre ele (Gn 28.20-22). A experiência de Jacó é profunda
e termina numa ação divina transformadora de um homem enganador (este é o significado
do nome Jacó) em príncipe de Deus (significado de Israel, novo nome que Deus lhe deu,
conforme Gn 32.28). Da vida de Jacó merecem destaque os seguintes fatos:
(1) Jacó conhece Raquel, filha do seu tio Labão, a ama tanto que aceita trabalhar 14
anos para tê-la como esposa (Gn 29.18,27).
(2) Labão engana Jacó e o faz casar primeiro com a sua filha mais velha, Lia,
gerando um grande problema de rivalidade matrimonial entre as irmãs (Gn 29.2225).
(3) Raquel era estéril, porém Deus ouve suas orações e lhe torna fértil (Gn 30.22).
(4) Com o tio e sogro, Jacó enriquece e decide voltar para a terra de seus pais (Gn
30.25).
(5) Jacó fica em Canaã, prospera e cria seus 12 filhos (Gn 30.42-43).
(6) Jacó se reconcilia com Esaú (Gn 33.1-16).
3.4
José: fidelidade a toda prova
O relato da história de José é empolgante e rico de grandes lições. Ele era o décimo
primeiro filho de Jacó e o primeiro de Raquel. Foi o filho do amor maior de Isaque. Deus
começou a interagir com José quando ele era bem Jovem, pois através de sonhos Deus lhe
mostrou o que iria acontecer (embora o próprio José não compreendesse a extensão e o
real significado, Gn 37.23). Fica muito evidente que José era um homem manso, pacato e
muito fiel a Deus.
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José passou por situações difíceis e por teste severos antes de chegar a ser o primeiro
ministro do faraó do Egito. Em cada situação José demonstrou sua paciência e dependência
de Deus. Sua fidelidade foi honrada por Deus e através do seu prestígio no Egito levou o
povo de Israel a tornar-se um grande povo. Os pontos a seguir apresentam os fatos de
destaque na vida deste patriarca:
(1) Bem jovem, José é vendido pelos irmãos como escravo a mercadores (Gn 37.2728).
(2) Vendido no Egito se torna escravo de um oficial do faraó. Por sua capacidade e
fidelidade, o oficial o coloca como administrador de seus negócios pessoais (Gn
37.36; 39.4).
(3) A esposa do oficial lhe convida a adulterar várias vezes e José rejeita e foge. Ela,
não conseguindo seduzi-lo, decide prejudicá-lo e diz ao esposo que José tentou
forçá-la a ter relações com ele (Gn 39.12).
(4) José é mandado para a prisão e ali passou dois anos (Gn 39.20).
(5) Ainda na prisão, Deus lhe mostrou o significado do sonho do copeiro e do
padeiro do faraó (Gn 39.9 e 16).
(6) Na prisão, ganhou a confiança do carcereiro e passa a ser o seu administrador
(Gn 39.21-22).
(7) Faraó, sabendo que José servia a um Deus que interpretava sonhos, o chama e
pede interpretação para as sete vacas magras e sete vacas gordas que sonhou,
José interpreta e é colocado como governador do Egito. (Gn 44.41).
(8) Uma grande fome em Canaã leva a família de José para o Egito (Gn 42.1-3).
4. Os 400 anos do cativeiro no Egito
Enquanto José foi governador no Egito, o povo de Israel gozou das benevolências do
faraó. Porém, com o passar dos anos e dos reis, subiu ao trono do Egito um faraó que não
conhecia José (Ex 1.8). Este novo monarca ficou com medo dos judeus vendo o seu grande
número e sua prosperidade. Ele, então, decide fazer dos judeus escravos para as suas
construções e, com trabalhos forçados e penosos, tentar impedir o seu aumento numérico e
a possível ameaça ao seu reino. Surge, assim, o cativeiro do povo hebreu no Egito.
4.1
Moisés
Esta situação de cativeiro se prolonga por longos 400 anos. O povo pedia a Deus um
libertador e ele, no seu tempo próprio, após 320 anos de escravidão, escreve a história
fazendo acontecer os seguintes fatos.
(1) O faraó, sem efeito, aumenta os trabalhos do povo para impedir o crescimento
populacional (Ex 1.10 e 14).
(2) Em um ato desumano, faraó mandou as parteiras matarem todas as crianças do
sexo masculino quando nascessem , porém estas resolveram não obedecer (Ex
1.16-17).
(3) O faraó ordenou o povo egípcio matar os meninos judeus que nascessem e
deixar viver as meninas (Ex 1.22).
(4) Neste ambiente, Joquebe teve um filho e decidiu colocá-lo em um cesto nas
águas do Nilo para que a irmã do faraó o encontrasse (Ex 2.3).
(5) A princesa encontrou a criança e lhe deu o nome de Moisés, que significa tirado
das águas (Ex 2.10).
(6) Moisés foi educado como filho da princesa e passa 40 anos no Egito, porém ele
sabia que era hebreu e via a aflição do povo (Ex 2.12).
(7) Moisés decidiu agir na hora errada e fazendo a coisa errada, matou um oficial
egípcio que castigava um do seu povo (Ex 2.15-21).
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(8)
Com medo de ser descoberto, Moisés fugiu para Midiã, onde encontrou Zípora,
pastora de ovelhas, filha de Jetro, com quem se casou, passando ali outros 40
anos (Ex 2.16-22).
É interessante salientar que Deus moldou e educou o seu líder Moisés tanto na
sofisticação e técnicas administrativas do governo egípcio quanto na simplicidade e
humildade de ser pastor de ovelhas. No Egito, Moisés aprendeu a técnica de liderar; no
deserto com as ovelhas, ele aprendeu a ser paciente, manso e agir na hora certa.
4.2
O arbusto que queimava sem se consumir
Este foi o evento marcante na vida de Moisés. Com ele, Deus inicia visivelmente o seu
plano de libertação do povo hebreu. O texto de Êxodo 3.2-5 relata o fato de Moisés, ao
cuidar das ovelhas, ter visto uma sarça (pequeno arbusto) que pegava fogo, mas não se
consumia. Curioso, se aproximou. Ali Deus lhe apareceu, declarou que o local era santo e
lhe ordenou que tirasse as sandálias dos pés. Naquele local, aconteceram fatos que
merecem a nossa atenção
(1) Moisés é chamado para libertar o povo de Israel e Deus lhe mostra o seu poder
(Ex 3.10).
(2) Moisés pede para Deus mandar outra pessoa (síndrome da fuga), alegando ser
gago, não saber falar (Ex 4.10-13).
(3) Deus repreende Moisés e lhe concede que Arão, seu irmão, fale em seu lugar
(Ex 4.14).
(4) Deus revela a Moisés o seu santo nome: EU SOU (Ex 10.14).
5. Moisés: libertação do Egito e liderança no deserto
Este tema é abordado pelos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio,
sendo o próprio Moisés a figura central. Deus, agora, decide com poder e maravilhas,
libertar o povo do Egito e conduzi-lo para Canaã, terra que prometeu e já havia dado a
Abraão (Ex 12.51). No relato destes livros, destacamos os seguintes fatos:
(1) A libertação do povo com as dez pragas no Egito (Ex 7.14 a 12.51).
(2) A passagem pelo Mar Vermelho (Ex 14.22-23).
(3) Milagres de Deus através de Moisés e a dureza de coração do povo de Israel (Ex
15.24;16.2-3;17.3).
(4) Moisés recebe a Lei (Ex 20-21 e o livro de Levítico com a lei cerimonial).
(5) As especificações para a construção do tabernáculo (Ex 25-34).
(6) A falta de visão dos 10 espias em Cades-Barnéia (Nm 13.31).
(7) 40 anos de peregrinação no deserto (Nm 14.33).
(8) De volta à Cades-Barnéia (Dt 1.2).
(9) O povo é ensinado novamente sobre a Lei de Deus (livro de Deuteronômio).
(10) A morte de Moisés (Dt 34.1-12).
6. Algumas Considerações sobre o Pentateuco
Alguns destaques são observados no Pentateuco, tais como:
(1) A lei sobre a circuncisão está incluída na descrição da aliança de Deus com
Abraão e Sara (Gn 17.9-14).
(2) O interesse de Pentateuco é a aliança de Deus com Abraão, Isaque e Jacó.
(3) O livramento dos descendentes de Jacó do Egito.
(4) A obrigação dos israelitas de guardar a lei de Deus dada no Sinai.
(5) O desejo de Deus de que os israelitas o adorassem e fossem uma nação santa
para ele.
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(9)
(10)
(11)
O propósito de Deus de que a nação de Israel viesse a ser uma bênção que
alcançasse todas as nações da terra (Gl 3.8 e 14).
O livro de Gênesis revela sua estrutura literária repetindo por dez vezes a
expressão esta é a história ou são estas as gerações.
O livro de Êxodo continua a história começada em Gênesis sobre os israelitas
que foram para o Egito (Gn 46.26-27; Ex 1.1). Nele, vemos que a lei promulgada
em 19-40 é baseada na narrativa do êxodo de Israel 1-18, a fim de fornecer
fundamento histórico. Vemos, também, Deus confirmando seu chamado a
Moisés quando conduz a nação para fora do Egito de volta ao Monte Horebe, a
mesma montanha onde Moisés foi comissionado (Ex 3.1 e 12). Êxodo é
lembrado no memorial da Páscoa, representando a salvação do novo Israel
através do sacrifício de Cristo. Observa-se que Moisés cumpre o juramento de
José de que seus ossos seriam levados do Egito (Gn 50.25; Ex 13.19).
O livro de Levítico é um manual de liturgia para os sacerdotes. Ele explica os
rituais do tabernáculo, suplementando as instruções para a sua construção de Ex
25-40, assim como mostra como foi realizado o rito para a ordenação de
sacerdotes, prescrito em Ex 29.
O livro de Números relata a marcha de Israel no deserto, desde o Sinai até
Canaã. Esse livro dramatiza a marcha espiritual de todos os filhos de Deus
através da vida, cheia de montes e de vales, em nosso caminho para a Terra
Prometida, com a recomendação de não perder a fé. Extensos textos de
Gênesis, Êxodo e Levítico têm sua ocorrência em Números.
Finalmente, o livro de Deuteronômio registra a exposição de Moisés da lei que
ele recebeu no Monte Sinai. Moisés resume a história de Israel, do Sinai à terra
de Moabe, conforme registrado em Números. Em seu segundo discurso (Dt 5),
Moisés faz referências a Êxodo, repetindo de forma atualizada os Dez
Mandamentos de Ex 20.
Conclusão
O Pentateuco narra a história que vai da criação até a morte de Moisés. Ele é
composto por livros individuais, mas que demonstram uma unidade. É, também, uma
mistura de história e lei, onde a história explica a lei.
Lamentavelmente, algumas pessoas alegam que Moisés não foi o autor do
Pentateuco, considerando, por exemplo, o fato dele conter em Deuteronômio a narrativa da
morte de Moisés. Concordamos que realmente houve atualizações literárias feitas por
terceiros na narrativa do ultimo capítulo de Deuteronômio, pois não se admite que Moisés
narrou sua própria morte.
Além disso, os relatos da criação do céu e da terra foram revelações especiais de
Deus, pois não havia uma testemunha humana presente nesta época. Entretanto, os relatos
dos acontecimentos da pós-criação, não precisam, necessariamente, ter sido fruto de uma
revelação especial.
Aprendendo com a História
1.
2.
3.
4.
5.
Tendo Deus santa ira contra o pecado (Adão, dilúvio, Sodoma e Gomorra), como ele
lhe tem tratado em relação aos erros que você comete?
Que lições você tirou para sua vida conhecendo a história de Abraão e Sara?
Deus mudou a vida de Jacó enquanto ele orava, você pode identificar atitudes
espirituais suas que geram uma ação transformadora de Deus em sua vida?
Quais as qualidades do caráter de José que você gostaria de ver no seu?
O que falta, impede ou precisa ser feito para que você tenha as qualidades acima?
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8.
9.
10.
Durante 400 anos os judeus foram escravos e clamavam por libertação. Há na sua
vida alguma área que ainda lhe escraviza? O que você tem feito para se libertar? (Leia
João 8.34-36).
Moisés foi trabalhado por Deus por 80 anos para servir 40. Como você vê o preparo de
Deus na sua vida para servi-lo, em termos de tempo, paciência e área de ação?
Na sua opinião, qual o propósito de Deus ao dar a lei ao povo?
A lei dada aos judeus é válida para você? Explique sua resposta. (Leia Mateus 5.17-20
e Gálatas 3.23-29).
O povo de Israel levou 40 anos para entrar em Canaã podendo tê-lo feito em 4 meses
(Nm 13.25 a 14.:4). Identifique a causa do acontecido e analise o que na sua vida pode
estar de forma semelhante acontecendo.
Autores: Sérgio Lyra, Wendell Silva e Rubem Ximenes.
Elaborado em: 07/08/2003.
Última revisão: 24/03/2005.
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