VI Colóquio Internacional Marx e Engels – Cemarx/IFCH/Unicamp GT 4- Economia e política no capitalismo contemporâneo. LUTA POLÍTICA E CRISE ECONÔMICA NO BRASIL ATUAL. David Maciel * A recente crise econômica mundial tem suscitado um debate entre os intelectuais, acadêmicos e forças de esquerda acerca das possibilidades de superação da hegemonia neoliberal vigente no Brasil desde os anos 90. Apesar de algumas vozes em contrário, em grande medida vislumbra-se um cenário positivo para as forças antineoliberais, com um menor impacto da crise no país, a retomada do intervencionismo econômico estatal combinado com a adoção de políticas econômicas anticíclicas e a implementação de políticas sociais mais incisivas, com a ampliação de direitos sociais e distribuição de renda. Em nível mundial não falta quem considere uma possibilidade concreta a constituição de um novo modelo de legitimação política baseado numa “social democracia global” (BAVA, 2009). Consideramos que para o caso do Brasil, dadas as características da inserção subalterna do país na dinâmica econômica mundial e dadas as condições de luta política e social definidas pela autocracia burguesa reformada, estas expectativas não condizem com o processo político em curso no país, que indica uma verdadeira “blindagem política” da hegemonia neoliberal diante do agravamento da situação econômica e social. I- A crise e o Brasil. Em primeiro lugar é preciso considerar que a atual crise econômica constitui-se numa típica crise de acumulação capitalista, manifesta inicialmente no plano financeiro, mas com irradiações incontornáveis em todos os setores econômicos. Segundo analistas marxistas das mais diversas posições políticas e teóricas, a atual crise demonstra possuir um caráter estrutural, com as tradicionais conseqüências nefastas em termos sociais e, agora, ambientais. As inevitáveis comparações com a crise de 1929 indicam que a atual crise também terá longa duração, com a particularidade de assumir uma abrangência bem maior devido ao caráter muito mais mundializado da economia capitalista contemporânea, abrangendo desde os países centrais, como já claramente manifesto, até os menos integrados entre os países periféricos (Chesnais, 2008; Costa, 2009; Gonçalves, 2008; Mészáros, 2009; Paulani, 2008; Santos, 2007). Apesar do otimismo inicial do governo e dos empresários, a crise se instalou definitivamente no Brasil a partir do final de 2008. O ritmo de crescimento econômico ocorrido durante o ano, inédito desde o início do governo Lula, rapidamente se desvaneceu, com queda geral na atividade econômica originando uma situação de recessão no primeiro trimestre de 2009. Segundo dados divulgados há uma queda substancial do produto industrial, mas também no produto agrícola; forte redução das exportações e das importações; desaceleração do consumo das famílias e do consumo da administração pública. Principalmente, há queda acentuada na taxa de formação bruta de capital fixo, indicando que a recessão deve continuar, apesar da pequena redução do ritmo de desaceleração econômica nos meses de abril e maio (IBGE, 2009; Toledo, 2009c). O efeito social mais importante deste processo é a combinação entre taxas bastante elevadas de desemprego, em torno de 15% nas regiões metropolitanas, e a redução da massa salarial, atingindo milhões de trabalhadores dos setores formal e informal (Lima, 2009a e 2009b; Pinheiro e Athayde, 2009; DIEESE, 2009). Na verdade, a “contaminação” da economia brasileira pela crise mundial era inevitável dado o alto nível de vulnerabilidade externa desenvolvido nos últimos anos pela aplicação continuada da política econômica neoliberal e pelo processo de “regressão colonial” desenvolvido a partir dos anos 90. A predominância assumida pelo capital externo sobre a economia brasileira graças às privatizações; o processo de desindustrialização de diversos setores importantes; o avanço do agronegócio, do extrativismo e de outras atividades produtivas de baixo nível tecnológico; o crescimento acelerado da economia informal e a própria submissão à lógica da especulação financeira são evidências do processo de “regressão colonial” estabelecido no país. Não a toa, o crescimento econômico dos últimos anos se deu pelo aprofundamento desta tendência regressiva, manifestando-se já no início de 2008 como déficit na balança de pagamentos, record histórico da remessa de lucros para o exterior, record histórico da taxa de superávit primário, déficit no saldo da conta corrente, taxa de juros elevadas e câmbio valorizado (Maciel, 2009). As iniciativas tomadas pelo governo diante da crise não fugiram fundamentalmente ao receituário neoliberal já adotado, combinando a manutenção do núcleo duro da política econômica -taxas de juros elevadas, câmbio valorizado, regime de metas de inflação e política de superávit primário- com medidas de caráter meramente indutor e políticas sociais compensatórias. Ao invés da adoção de mecanismos de controle e regulação do mercado, o governo preferiu adotar medidas como a ajuda econômica à empresas privadas, a oferta de mais recursos públicos para financiamento e estímulo ao crédito e a redução de impostos, visando induzir o crescimento econômico de forma indireta e sem limitar a livre movimentação do capital (Siqueira, 2009b). Além disso, fortalece o setor produtor de bens primários exportáveis estimulando o avanço do agronegócio na Amazônia conforme medida provisória recém aprovada (Melo, 2009). Os principais beneficiários destas iniciativas foram os setores monopolistas do capital, particularmente as transnacionais da indústria automobilística, o agronegócio e os bancos (Siqueira, 2009a). No plano social, o governo limitou-se a aprofundar as políticas sociais compensatórias ampliando o “bolsa-família” e o segurodesemprego, além de aumentar o salário-mínimo. As medidas de cunho mais duradouro e estrutural limitaram-se à ampliação dos recursos do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e à criação de um programa de habitação popular, cujos resultados efetivos ainda demorarão a aparecer (Cintra, 2009). O potencial anticíclico destas medidas é diretamente contraditado pela orientação predominante na política econômica, restringindo sua capacidade de combater a crise de forma eficiente, como os últimos dados relativos à dinâmica da economia parecem indicar. Esta situação demonstra não só a hegemonia do capital financeiro externo no interior do bloco no poder, como a manutenção da orientação neoliberal no tratamento da crise. Não é demais lembrar que lideranças empresariais diversas, além de seus funcionários no meio acadêmico e na mídia, vem defendendo abertamente uma “nova rodada” de reformas neoliberais – reforma da previdência, reforma tributária, reforma trabalhista, etc., além da redução dos gastos públicos – como solução para a crise. Diante deste processo e da incontornável tendência ao agravamento da crise social e do problema ambiental no país conclui-se que os efeitos mais negativos e perversos da crise devem recair sobre os trabalhadores, dando margem ao capital para “administrála” a seu favor com o tradicional processo de destruição de forças produtivas e de concentração de renda somado à manutenção do neoliberalismo e a um novo giro na dinâmica da regressão colonial. II- Autocracia burguesa, neoliberalismo e luta política. A tendência acima descrita, que pode ser revertida, pois o processo aqui analisado ainda está em curso, é enormemente reforçada pela dinâmica de luta política em vigor no país na atualidade, que dificulta a inserção dos trabalhadores na arena da disputa política de forma autônoma e numa perspectiva antineoliberal. Isto por que o caráter autocrático-burguês do Estado brasileiro, meramente reformado pela “transição democrática” iniciada durante a Ditadura Militar e aperfeiçoado pelas reformas neoliberais dos anos 90, condiciona a arena da disputa política e cria uma espécie de “blindagem política” à crise, dificultando a superação da hegemonia neoliberal nos marcos da ordem institucional e a adoção de uma orientação política favorável aos trabalhadores. A partir do processo de “transição democrática” dirigido pelo governo militar desde meados dos anos 70, desenvolveu-se um processo histórico onde o Estado autocrático-burguês (Fernandes, 1987: 289-366), consolidado e aperfeiçoado pela Ditadura Militar, foi sendo reformado progressivamente. Primeiramente com diversas reformas na institucionalidade política autoritária, desdobradas entre 1977 e 1985 (Maciel, 2004); mais tarde com sua substituição por uma institucionalidade democrática que preservou-lhe os elementos fundamentais de controle do conflito político, mesmo que adaptados às novas condições. Deste modo, a institucionalidade democrática, consagrada pela Constituição de 1988, tornou-se a forma política de um Estado autocrático-burguês reformado, que passou a combinar a dinâmica política democráticoburguesa (sistema de partidos, rotina eleitoral, liberdades políticas e civis, equilíbrio entre os poderes) com um conteúdo político autocrático que impede ou, no mínimo, dificulta enormemente a ascensão dos trabalhadores à condição de sujeito político. Sujeito político por que capaz de disputar a hegemonia sobre a sociedade com um projeto político-social próprio e de inserir-se na arena da disputa política como um ator relevante, que necessariamente deve ser ouvido nas principais questões políticas e sociais (Maciel, 2008). Para a análise da “blindagem política” vigente na atual conjuntura os principais elementos autocráticos presentes na institucionalidade política são a estrutura partidária, a legislação eleitoral, a estrutura sindical, a supremacia do poder Executivo e o conjunto de características sintetizados na tutela militar. A estrutura partidária condiciona o sistema partidário de modo a favorecer a criação e o funcionamento de partidos fortemente burocratizados e centralizados, eleitoreiros e pouco mobilizadores, “partidos da ordem”, pois voltados fundamentalmente para a conquista de aparelhos no aparato estatal e para a legitimação das forças políticas que controlam o Estado. A legislação eleitoral privilegia a representação política das forças conservadoras ao estabelecer uma forte disparidade na representação parlamentar dos estados, submete os pleitos eleitorais à força do poder econômico e estabelece um verdadeiro “veto” aos partidos com pequena inserção parlamentar no que respeita ao acesso à campanha eleitoral gratuita. A estrutura sindical, ainda caracterizada pela tutela estatal apesar das modificações por que passou, reforça o corporativismo e o “legalismo” no movimento sindical, além de sua dependência ao Estado, impedindo a transformação dos sindicatos em instrumentos de disputa contra-hegemônica. A supremacia do poder Executivo sobre os outros poderes, Legislativo e Judiciário, torna o processo de tomada de decisões extremamente centralizado esvaziando-os como instâncias de poder alternativo, em relação aos quais os trabalhadores poderiam viabilizar a defesa dos seus interesses. Finalmente a tutela militar sobre os governos civis, apenas dissimulada na atualidade, mas nem por isto menos importante no controle do conflito político, pois além de ocupar de maneira autônoma diversas instâncias do aparato do Estado, as Forças Armadas ainda colocamse como reserva repressiva a ser mobilizada contra os trabalhadores sempre que necessário. Somado a este processo de reforma na autocracia burguesa, é necessário destacar que nos anos 90 as reformas neoliberais aperfeiçoaram esta estrutura estatal autocrática, pois a privatização das estatais, a política de abertura comercial e financeira, a desregulamentação dos direitos trabalhistas, a criação das agências reguladoras, a reforma do Estado, entre outras medidas, possibilitaram ao grande capital maior liberdade de ação, tornaram o Estado mais poroso aos seus interesses e esvaziaram ainda mais a inserção dos trabalhadores na arena da disputa política, particularmente numa perspectiva antineoliberal. Além disto, reduziram drasticamente os instrumentos de política econômica à disposição do governo, criando um obstáculo importante às pretensões de qualquer governo identificado com os interesses dos trabalhadores em aplicar uma orientação antineoliberal nos marcos da institucionalidade, regulando a economia, promovendo políticas anticíclicas, distribuindo renda e ampliando direitos sociais e trabalhistas (Maciel, 2007). III- Algumas tendências conjunturais. As conseqüências nefastas deste processo de manutenção e aperfeiçoamento da autocracia burguesa para a luta dos trabalhadores manifestam-se em toda a sua inteireza agora, quando o agravamento da crise exige uma necessária capacidade de reação. No plano partidário e eleitoral vigora uma situação extremamente desfavorável para os partidos de esquerda que pretendem assumir um caráter mobilizador e organizativo, pois prevalecem o eleitoralismo e o institucionalismo como formas determinantes de ação política e de inserção no processo de disputa. A incapacidade do PT e dos partidos governistas de esquerda (PC do B, PSB, PDT) em apresentar uma alternativa à administração neoliberal da crise, de um lado, e a pequena inserção institucional e social dos partidos oposicionistas de esquerda (PSOL, PCB, PSTU, PCO), de outro, são indicadores desta situação. No caso do PT vigora uma situação ainda mais grave, pois sua integração passiva à ordem torna-o francamente dependente do governo, tanto para a ocupação de cargos e instâncias do aparelho de Estado determinantes para sua sobrevivência institucional, quanto para a sua identidade política frente à sociedade. No plano político esta situação faz com que o partido coloque-se como braço do governo junto à sociedade, mera “caixa de ressonância e legitimação” das iniciativas deste último, incapaz de dirigi-lo politicamente e definir-lhe os rumos. O atual processo de indicação da candidatura petista para 2010 exemplifica esta situação, ou seja, uma candidatura definida pelo governo e não pelo partido. No plano sindical, a vigência da estrutura sindical estatal fortalece uma orientação meramente econômico-corporativa na luta sindical, dificultando a articulação de ações conjuntas entre os sindicatos e centrais sindicais e a elaboração de uma pauta luta comum, de caráter antineoliberal, que vá além da mera defesa do emprego e dos salários (Brasil de Fato, 2008a e 2008b; Melo, 2008). Apesar de algumas tentativas, as ações conjuntas entre as centrais sindicais ainda não foram além de manifestações e passeatas. Não há, por enquanto, um amplo movimento de articulação e mobilização sindical com uma pauta política mínima capaz de pressionar o governo e o empresariado a negociarem saídas para a crise mais favoráveis aos trabalhadores. Mesmo as centrais sindicais de esquerda (Conlutas e Intersindical), que se colocam numa posição de oposição ao governo, convivem com esta dificuldade, numa demonstração de que o problema vai muito além do transformismo imposto à CUT e outras centrais sindicais (Toledo, 2009a; Lima, 2009c). Na verdade, a reforma sindical anunciada pelo governo e ainda não implementada totalmente parece ser o centro das preocupações do movimento sindical como um todo. Em relação aos movimentos sociais ainda vigora sua criminalização, herança e conseqüência da forte autonomia conquistada pelas Forças Armadas em determinados aparatos do Estado e da tutela militar, aberta ou oculta, sobre os sucessivos governos civis. A criminalização dos movimentos sociais é parte expressiva do pensamento autocrático articulado doutrinariamente pelos militares, mas ainda bastante presente nas principais instâncias do Estado, como no Judiciário, em setores expressivos do Parlamento e na orientação de diversos governos estaduais, como os de São Paulo e Rio Grande do Sul. A relativa imunidade da estrutura partidária e eleitoral à dinâmica política e social dos movimentos sociais é outro fator negativo, pois dificulta enormemente sua capacidade de intervir no processo político de maneira correspondente à sua força social. Finalmente, a adoção de políticas sociais compensatórias pelo governo federal, como o “bolsa-família”, tem funcionado como um poderoso elemento de desmobilização social e de legitimação da orientação neoliberal moderada predominante (Toledo, 2009b). Os altos índices de popularidade e aprovação conferidos ao presidente da República, além do uso e abuso eleitoreiro dos programas sociais do governo conferem ao neoliberalismo uma faceta “neopopulista” fundamental para a contenção dos conflitos sociais na atual crise (MARQUES e MENDES, 2005). O forte movimento transformista (Gramsci, 2002) operado sobre a CUT, o PT e as forças políticas e sociais que compõem o seu campo político também é um elemento importante da “blindagem política” aqui analisada. Consequência direta do processo de reforma e aperfeiçoamento da autocracia burguesa desencadeado nos últimos 30 anos, o transformismo sobre estes setores atingiu o ápice quando da adesão do governo Lula ao neoliberalismo, mesmo que em sua versão moderada, em 2003. Esta situação reforçou e ampliou significativamente o transformismo operado pelo Estado e o bloco no poder sobre os movimentos sociais, partidos e forças políticas de esquerda, tornando-os em grande parte impotentes para combater a hegemonia neoliberal e dirigir um movimento contra-hegemônico de largo fôlego. A ausência de alternativas políticas de esquerda à crise e as ilusões quanto às possibilidades de um renascimento do keynesianismo ou da social-democracia, mesmo que em sua variante periférica, o desenvolvimentismo, são manifestações deste processo. Finalmente, na atual conjuntura o perfil autocrático desta dinâmica política acima descrita se manifesta de modo sintético no peso determinante que a sucessão presidencial de 2010 assumiu no processo político e na luta de classes, colocando o movimento dos trabalhadores sob uma lógica política francamente desfavorável aos seus interesses. Em primeiro lugar por que subordina o trabalho de mobilização e organização dos trabalhadores à dinâmica político-eleitoral, reproduzindo o viés eleitoreiro que relatamos acima. Em segundo lugar, por que o eixo da disputa deve se dar no âmbito dos “partidos da ordem”, polarizada pela candidatura do governo (PT, partidos aliados e grande parte do PMDB), de um lado, e pela candidatura da oposição de direita (PSDB, PFL-DEM e setores do PMDB), de outro. Situação que limita a disputa às variantes “moderada” e “extremada” do neoliberalismo (Boito Jr., 1999: 4976). Em terceiro lugar por que a orientação neoliberal extremada apresentada pela oposição de direita coloca os movimentos sociais, partidos e forças de esquerda sob a chantagem do “mal menor”, ou seja, apoiar a variante moderada expressa pela candidatura governista para evitar a vitória conservadora. Nestas condições a “blindagem” do processo político brasileiro em relação à dinâmica socialmente desestabilizadora da atual crise econômica e social permite ao bloco no poder “administrá-la” nos marcos do neoliberalismo, fazendo recair sobre os trabalhadores seu fardo mais pesado. A não ser que o movimento dos trabalhadores consiga romper com a autocracia burguesa reformada, aproveitando a crise para refundar o Estado e estabelecer novas bases para a dinâmica econômico-social. REFERÊNCIAS: BAVA, Silvio Caccia. “A crise e as oportunidades”. In: Le Monde Diplomatique Brasil, junho de 2009, p. 9-11. BOITO JR., Armando. Política neoliberal e sindicalismo no Brasil. São Paulo, Xamã, 1999. BRASIL DE FATO. “Dirigente cutista vê 2009 com otimismo”. 11 a 17 de dezembro de 2008, 2008a, p. 7. ___. “Conlutas e CUT têm manutenção do emprego como prioridade”. 11 a 17 de dezembro de 2008, 2008b, p. 7. CHESNAIS, François. “Introduction à la discussion sur la crise”. 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