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Setembro de 2016 Rev. nº 00
PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ
Estudo de Impacto Ambiental - EIA
ÍNDICE
5.1.5 -
Dados Meteorológicos e Climatológicos ..........................................
Coordenador:
Índice
1/17
Técnico:
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NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ
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Legendas
Figura 5.1.5-1 - Localização da estação meteorológica de Floriano (PI). ............................................. 1/17
Figura 5.1.5-2 - Normal climatológica de temperaturas médias (máximas e mínimas) de 1961 a
1990 em Floriano (PI). ................................................................................... 2/17
Figura 5.1.5-3 - Normal climatológica de precipitação média mensal de 1961 a 1990 em Floriano
(PI). ........................................................................................................ 3/17
Figura 5.1.5-4 - Normal climatológica de Umidade Relativa do Ar médias mensais de 1961 a 1990
em Floriano (PI). ......................................................................................... 4/17
Figura 5.1.5-5 - Normal climatológica de insolação mensal de 1961 a 1990 em Floriano (PI). ..................... 5/17
Figura 5.1.5-6 - Normal climatológica de nebulosidade mensal de 1961 a 1990 em Floriano (PI). ................ 6/17
Figura 5.1.5-7 - Direção e velocidade predominantes do vento de 1961 a 1990 no Piauí. .......................... 7/17
Figura 5.1.5-8 - Eixo de confluência dos ventos alísios de sudeste com os de nordeste – ZCIT. ................... 9/17
Tempo na superfície associada com uma Frente Fria. ................................................................. 10/17
Figura 5.1.5-9 - Frentes Frias na Região Nordeste. ..................................................................... 10/17
Figura 5.1.5-10 - Diagrama esquemático da nebulosidade associada aos Vórtices Ciclônicos de
Altos Níveis-VCAN. ..................................................................................... 11/17
Figura 5.1.5-11 - Linhas de Instabilidade (LI) na Região Nordeste.................................................... 12/17
Figura 5.1.5-12 - Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs) na Região Nordeste. Imagens do
Satélite Meteosat-7- canal infravermelho, recepcionadas pela estação de dados
da FUNCEME. ............................................................................................ 13/17
Figura 5.1.5-13 - Nebulosidade associada às Ondas de Leste, se deslocando desde a costa da
África até o litoral leste do Brasil. Imagem do Satélite Meteosat-7, canal
infravermelho do dia 11/01/2000 às 21h local, recepcionada pela estação de
dados da FUNCEME. .................................................................................... 14/17
Coordenador:
Índice das Legendas
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Figura 5.1.5-14 - Brisa Marítima e Brisa Terrestre. ..................................................................... 15/17
Figura 5.1.5-15 - Simplificação dos padrões oceânicos e atmosféricos que contribuem para a
ocorrência de anos muito secos, secos, normais, chuvosos e muito chuvosos, na
parte norte da Região Nordeste do Brasil. .......................................................... 17/17
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5.1.5 -
Dados Meteorológicos e Climatológicos
5.1.5.1 -
Características Meteorológicas Locais
A caracterização meteorológica da Área de Influência do empreendimento, aqui apresentada, tem
como base dados secundários da normal climatológica do INMET (1961-1990 – 30 anos de dados)
referentes à estação meteorológica de superfície de Floriano (código OMM 81868 - Latitude 6,76ºS
e Longitude 043,00ºW). Esta estação foi selecionada por estar mais próxima do empreendimento,
com o conjunto de dados completo da normal meteorológica (30 anos de dados).
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) recomenda o espaçamento máximo de 150 km entre
estações sinóticas e de 300 km entre estações meteorológicas para estudos de caracterização
climatológica, podendo-se usar dados meteorológicos de estações em áreas localizadas em um
raio de até 150 km (VIANELLO, 1991). Desta forma, os dados da estação meteorológica de
Floriano são representativos para a área de estudo. A localização da estação meteorológica é
apresentada na Figura 5.1.5-1.
Fonte: www.inmet.gov.br
Figura 5.1.5-1 - Localização da estação meteorológica de Floriano (PI).
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A seguir, são apresentados os dados de temperatura, precipitação pluviométrica, umidade
relativa do ar, insolação, nebulosidade e regime de ventos para a estação meteorológica de
Floriano (PI).
5.1.5.1.1 -
Temperatura
A temperatura na região oeste do Piauí apresenta a média mais alta entre 35,2º e 36,2ºC no
período de agosto a outubro, e as menores temperaturas médias entre os meses de maio a junho
(próximo à 21,3ºC), como apresentado na Figura 5.1.5-2. As médias de temperatura mais altas
correspondem ao período de primavera e não ao período de Verão, como esperado. As médias de
temperatura mais baixas correspondem ao período de inverno.
Figura 5.1.5-2 - Normal climatológica de temperaturas médias
(máximas e mínimas) de 1961 a 1990 em Floriano (PI).
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Precipitação Pluviométrica
A precipitação pluviométrica média é apresentada na Figura 5.1.5-3. Os maiores valores
ocorrem nos meses de janeiro a março, entre 142,2 e 166,0 mm/mês. Este período é úmido e de
elevados índices de chuva. Entre julho e setembro, a precipitação varia de 0,9 a 9,9 mm,
caracterizando esse período como seco.
Figura 5.1.5-3 - Normal climatológica de precipitação
média mensal de 1961 a 1990 em Floriano (PI).
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5.1.5.1.3 -
Umidade Relativa do Ar
Os valores de umidade relativa (UR) para a região do oeste do Piauí apresentam média anual de
66,5%. Os índices de UR variam entre 46 e 82% durante todo ano (Figura 5.1.5-4). Os meses de
janeiro a março são os que apresentam os maiores índices de umidade relativa (80%, 81% e 82%
respectivamente). Os meses de agosto e setembro são os que apresentam os menores índices
(48% e 46%, respectivamente).
Figura 5.1.5-4 - Normal climatológica de Umidade Relativa do Ar
médias mensais de 1961 a 1990 em Floriano (PI).
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5.1.5.1.4 -
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Insolação
A insolação expressa à quantidade de horas em que é registrado feixe de luz solar direto sobre uma
superfície. A média anual de horas de insolação de 1961 a 1990 em Floriano (PI) é de 2.584,8 horas.
O período de junho a setembro apresenta os maiores valores de insolação com índices acima de
262 horas ao mês. O mês de fevereiro aparece com o menor índice de horas, com 134 horas de
insolação. A Figura 5.1.5-5 representa o número de horas de insolação média mensal.
Figura 5.1.5-5 - Normal climatológica de insolação mensal de 1961 a 1990 em Floriano (PI).
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5.1.5.1.5 -
Nebulosidade
Na região em estudo a nebulosidade média anual é de 6 décimos. O período de maior
nebulosidade é entre janeiro e maio, com médias de 8 décimos do céu encoberto. Os meses de
julho e agosto aparecem com menor nebulosidade, com média de 3 décimos de céu encoberto
(Figura 5.1.5-6).
Figura 5.1.5-6 - Normal climatológica de nebulosidade mensal de 1961 a 1990 em Floriano (PI).
5.1.5.1.6 -
Regime de Ventos
As diferentes condições de pressão atmosférica fazem com que o ar seja deslocado de uma área
de maior pressão (Alta Pressão), para uma área de menor pressão (Baixa Pressão), e esse
movimento dá origem aos ventos (MUNHOZ & GARCIA, 2008). Os ventos também são
influenciados pelo movimento de rotação da Terra, pela topografia, e consequentemente, do
atrito do ar com a superfície. A direção do vento também é muito variável no tempo e no
espaço, quando levado em consideração os aspectos geográficos do local como rugosidade do
terreno, a topografia, a vegetação, e a época do ano (sazonalidade).
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Na área de abrangência da área de estudo, os ventos apresentam pequena variação durante o
ano, tanto em relação à direção quanto a intensidade (Figura 5.1.5-7). A direção predominante
do vento no Nordeste do Brasil é Leste (E), com flutuações para Sudeste (SE) e Nordeste (NE).
Nas áreas dos blocos, de acordo com as normais climatológicas de 1961 a 1990 (INMET, 2015), a
direção predominante dos ventos na região oeste do Piauí é de Nordeste (NE) e Leste (E) ao longo
de todos os meses do ano.
Fonte: INMET, 2015.
Figura 5.1.5-7 - Direção e velocidade predominantes do vento de 1961 a 1990 no Piauí.
5.1.5.2 -
Caracterização do Clima
A área de estudo está localizada no estado do Piauí. Por este estado estar localizado entre as
regiões Amazônica e Nordeste, e também pela extensão no sentido norte-sul, o estado do Piauí
apresenta diferenças climáticas e pluviométricas.
A característica climática predominante no estado do Piauí é tropical. As temperaturas são
elevadas, com médias anuais superiores a 26°C, que chega a atingir 29°C, enquanto os índices
pluviométricos tem média anual de 970 mm. Devido a sua posição geográfica, no estado do Piauí
existem diferentes tipos de clima:
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 Na porção central o clima é tropical quente e semiúmido, com as maiores quantidades de
chuvas ocorrendo durante o verão. Ocorrem também de 4 a 5 meses secos, no período do
inverno. As chuvas nesta porção geográfica são reduzidas, ocorrendo ainda em menor
quantidade a sudeste.
 A leste o clima da região é característico do tropical semiárido do Nordeste brasileiro, com 6
a 8 meses secos ao ano.
Nesta
região,
existem
diversos
sistemas
atmosféricos
atuantes
no
clima,
além
de
fenômenos atmosféricos que podem influenciar, além de outros fatores, os períodos de seca e
chuva. Estes períodos de seca e os de chuva podem ser afetados pelas oscilações dos fenômenos
El Niño e La Niña, que ocorrem no Oceano Pacífico. Em anos de La Niña, o clima é mais seco e
frio, ao passo que, nos anos de El Niño, há mais chuvas e temperaturas mais elevadas. Ressaltase que a frequência de ocorrência destes fenômenos atmosféricos é a cada 3 a 7 anos (ALVES
et al., 1997). Esses fenômenos são apresentados com maior detalhamento no item 5.1.5.2.2 –
Influência dos Oceanos Pacífico e Atlântico no Clima da Região Nordeste.
5.1.5.2.1 -
Sistemas Atmosféricos
Os principais sistemas atmosféricos atuantes sobre a Região Nordeste do Brasil são: a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT), as Frentes Frias, Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN),
Linhas de Instabilidade (LI), Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs), Ondas de Leste e
Brisa Marítima e Brisa Terrestre (FERREIRA & MELLO, 2005).
 Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – É caracterizada por um conjunto de nuvens que
circunda a faixa equatorial do globo terrestre (Figura 5.1.5-8), formada principalmente pela
confluência dos ventos alísios do hemisfério norte com os ventos alísios do hemisfério sul, em
baixos níveis. O choque entre os ventos alísios faz com que o ar quente e úmido ascenda e
provoque a formação das nuvens, provocando baixas pressões atmosféricas, altas
temperaturas da superfície do mar, intensa atividade convectiva e precipitação.
A ZCIT é o fator mais importante na determinação da abundancia das chuvas no setor norte
do Nordeste do Brasil. Normalmente ela migra sazonalmente de sua posição mais ao norte,
aproximadamente 14oN em agosto-outubro para posições mais ao sul, aproximadamente 2 a
4oS entre fevereiro a abril. Esse deslocamento e a intensidade da ZCIT estão relacionados aos
padrões da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) do oceano Atlântico Tropical (UVO,
1989).
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Fonte: Modificado de
https://www.google.com.br/search?q=zcit&espv=2&biw=1024&bih=683&tbm=isch&tbo=u&source=
univ&sa=X&ved=0CDMQsARqFQoTCMPQvf7A8cYCFUifgAodK9gHbQ#imgrc=GGNaVQpVM356HM%3A
Figura 5.1.5-8 - Eixo de confluência dos ventos alísios de sudeste com os de nordeste – ZCIT.
 Frente Fria – A penetração de frentes frias até as latitudes tropicais é outro importante
mecanismo causador de chuvas no Nordeste do Brasil entre os meses de novembro e janeiro.
As frentes frias são conjuntos de nuvens organizadas que se formam na região de confluência
entre uma massa de ar frio (mais densa) com uma massa de ar quente (menos densa). A massa
de ar frio penetra por baixo da quente, como uma cunha, e faz com que o ar quente e úmido
suba, forme as nuvens e, consequentemente, as chuvas (Figura 5.1.5-9).
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Fonte: http://www.dammous.com/tempo/f_frias.asp
Fonte: http://www.dammous.com/tempo/f_frias.asp
Tempo na superfície associada com uma Frente Fria.
Fonte: Ferreira & Mello, 2005
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=44377348
Diagrama esquemático indicando a posição
mais ao norte das Frentes Frias que
influenciam as chuvas no Nordeste do Brasil.
Nebulosidade associada às Frentes Frias,
estendendo-se até oeste da Região Amazônica.
Figura 5.1.5-9 - Frentes Frias na Região Nordeste.
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 Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) – Os VCANs que penetram na região Nordeste do Brasil
formam-se no oceano Atlântico, principalmente entre os meses de novembro e março, e sua
trajetória normalmente é de leste para oeste, com maior frequência entre os meses de
janeiro e fevereiro, conforme demonstrado por GAN & KOUSKY (1982). O tempo de duração
desses sistemas varia em média, entre 7 a 10 dias.
Os VCANs são um conjunto de nuvens que, observado pelas imagens de satélite, têm a forma
aproximada de um círculo girando no sentido horário. Na sua periferia há formação de nuvens
causadoras de chuva e no centro há movimentos de ar de cima para baixo (subsidência),
aumentando a pressão e inibindo a formação de nuvens (Figura 5.1.5-10).
Fonte: Ferreira & Mello, 2005
Figura 5.1.5-10 - Diagrama esquemático da nebulosidade
associada aos Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis-VCAN.
 Linhas de Instabilidade (LI) – São conjuntos de nuvens organizadas em forma de linha,
normalmente do tipo cúmulos, que são causadoras de chuvas (Figura 5.1.5-11). Sua formação
se dá basicamente pelo fato de que com a grande quantidade de radiação solar incidente
sobre a região tropical ocorre o desenvolvimento das nuvens cúmulos, que atingem um
número maior à tarde e início da noite, quando a convecção é máxima, com consequentes
chuvas. Outro fator que contribui para o incremento das LIs, principalmente nos meses de
fevereiro e março, é a proximidade da ZCIT (CAVALCANTI, 1982).
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Diagrama esquemático da nebulosidade
associada às Linhas de Instabilidade (LI) de
fevereiro a maio.
Diagrama esquemático da nebulosidade
associada às Linhas de Instabilidade (LI) de
agosto a novembro.
Fonte: Modificado de Cavalcanti, 1982
Imagem do satélite METEOSAT-7, recepcionada pela
estação de dados da FUNCEME, mostrando uma Linha
de Instabilidade desde o litoral do estado do
Maranhão até o estado do Rio Grande do Norte.
Fonte: Modificado de FUNCEME, 2002
Figura 5.1.5-11 - Linhas de Instabilidade (LI) na Região Nordeste.
 Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs) – São conjuntos de nuvens que se formam
devido às condições locais favoráveis como temperatura, relevo, pressão, etc., e provocam
chuvas fortes, de curta duração, normalmente isoladas e acompanhadas de fortes rajadas de
vento (Figura 5.1.5-12). Os CCMs, na região subtropical, ocorrem preferencialmente durante
os meses de primavera e de verão no hemisfério sul, formando-se no período noturno com um
ciclo de duração entre 10 e 20 horas (SOUZA et al., 1998).
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Fonte: Modificado de FUNCEME, 2002
Fonte: Modifica do de FUNCEME, 2002
Dia 21/01/96 às 21:00h local.
Dia 24/04/97 às 08:00h local.
Figura 5.1.5-12 - Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs) na Região Nordeste.
Imagens do Satélite Meteosat-7- canal infravermelho, recepcionadas pela estação de dados da FUNCEME.
 Ondas de Leste – As ondas de leste são ondas que se formam no campo de pressão
atmosférica, na faixa tropical do globo terrestre, na área de influência dos ventos alísios, e se
deslocam de oeste para leste, ou seja, desde a costa da África até o litoral leste do Brasil
Figura 5.1.5-13. Ele provoca chuvas principalmente na Zona da Mata que se estende desde o
Recôncavo Baiano até o litoral do Rio Grande do Norte, mas, quando as condições oceânicas e
atmosféricas estão favoráveis, as Ondas de Leste também provocam chuvas no estado do
Ceará nos meses de junho, julho e agosto, principalmente na parte centro-norte do estado.
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Fonte: Modificado de FUNCEME, 2002
Figura 5.1.5-13 - Nebulosidade associada às Ondas de Leste,
se deslocando desde a costa da África até o litoral leste do
Brasil. Imagem do Satélite Meteosat-7, canal infravermelho
do dia 11/01/2000 às 21h local, recepcionada pela
estação de dados da FUNCEME.
 Brisa Marítima e Brisa Terrestre – As brisas Marítimas e Terrestres ocorrem devido ao
aquecimento e resfriamento diferenciados que se estabelecem entre a terra e a água
(FEDOROVA, 2001). Durante o dia o continente se aquece mais rapidamente que o oceano
adjacente, fazendo com que a pressão sobre o continente seja mais baixa do que sobre o
oceano. Isto faz com que o vento à superfície sopre do oceano para o continente, vento esse
denominado de Brisa Marítima. A Brisa Marítima chega a penetrar até 100 km para dentro do
continente. No período da noite o continente perde calor mais rapidamente que o oceano,
fazendo com que esse fique com temperaturas mais elevadas se comparadas às do continente.
Dessa forma a pressão fica maior sobre o continente, fazendo com que o vento sopre do litoral
para o oceano, vento esse chamado de Brisa Terrestre. A Brisa Terrestre também afeta até
100 km para dentro da região marinha.
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As brisas Terrestre e Marítima (Figura 5.1.5-14) nem sempre são percebidas. No nordeste do
Brasil, por exemplo, onde os ventos alísios são persistentes e intensos durante todo o ano,
quase sempre as brisas apenas contribuem para mudar um pouco a direção e a velocidade
desses. Dependendo da orientação da costa, a velocidade do vento, resultante da
superposição alísio-brisa, pode ser maior ou menor que a do alísio (VAREJÃO-SILVA, 2001).
Fonte: https://www.ipma.pt/pt/enciclopedia/otempo/previsao.numerica/index.html?page=aladin.brisa.mar.xml
Brisa Marítima
Brisa Terrestre
Figura 5.1.5-14 - Brisa Marítima e Brisa Terrestre.
Além dos principais sistemas atmosféricos que atuam sobre a Região Nordeste do Brasil, já
apresentados, os oceanos Pacífico e Atlântico também exercem influência sobre o clima desta
região. A seguir, é apresentada a forma com que estes dois oceanos influenciam o clima da
Região Nordeste do Brasil.
5.1.5.2.2 -
Influência dos Oceanos Pacífico e Atlântico no Clima da Região
Nordeste
Em anos de El Niño, quando as águas superficiais da Bacia do Pacífico, em torno do Equador, e
sobre o lado centro-leste, estão mais aquecidas, toda a convecção equatorial se desloca para o
leste, alterando assim o posicionamento da Célula de Walker (célula convectiva de circulação
global atmosférica no plano vertical-zonal oeste-leste). Devido à continuidade da circulação
atmosférica, o ar quente sobre aquela região é empurrado, originando uma célula descendente
sobre o Oceano Atlântico, próximo à Região Nordeste do Brasil e à Amazônia oriental.
Dependendo da intensidade dessa célula de circulação e de sua fase de ocorrência, pode haver
inibição da formação de nuvens e descida da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e,
consequentemente, deficiência das chuvas na região do Nordeste do Brasil. Assim, o fenômeno
El Niño, é um dos responsáveis pela redução das chuvas na região norte do Nordeste do Brasil.
Coordenador:
5.1.5 - Dados Meteorológicos e Climatológicos
Técnico:
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PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ
Estudo de Impacto Ambiental - EIA
3095-00-EIA-RL-0001-00
Setembro de 2016 Rev. nº 00
O fenômeno El Niño (aquecimento acima do normal das águas do oceano Pacífico Equatorial), por
exemplo, dependendo da intensidade e período do ano em que ocorre, é um dos responsáveis por
anos considerados secos ou muito secos, principalmente quando acontece conjuntamente com o
dipolo positivo do Atlântico (Dipolo do Atlântico: diferença entre a anomalia da Temperatura da
Superfície do Mar-TSM na Bacia do Oceano Atlântico Norte e Oceano Atlântico Sul), que é
desfavorável às chuvas. O fenômeno La Niña (resfriamento anômalo das águas do oceano
Pacífico) associado ao dipolo negativo do Atlântico (favorável às chuvas) é normalmente
responsável por anos considerados normais, chuvosos ou muito chuvosos na região.
Na Figura 5.1.5-15 (a) a área sombreada indica a posição da ZCIT e o Sistema de Alta Pressão do
Atlântico Norte (AAN). Nesta figura, as setas indicam a intensificação dos ventos alísios de
nordeste. Quando as águas do Atlântico Norte estão mais frias que o normal, o Sistema de Alta
Pressão do Atlântico Norte e os ventos alísios de nordeste intensificam-se. Se neste mesmo
período o Atlântico Sul estiver mais quente que o normal, o Sistema de Alta Pressão do Atlântico
Sul e os ventos alísios de sudeste enfraquecem. Este padrão favorece o deslocamento da ZCIT
para posições mais ao sul da linha do Equador, e é propício à ocorrência de anos normais,
chuvosos ou muito chuvosos para o setor norte do Nordeste do Brasil (FUNCEME, 2002).
Na Figura 5.1.5-15 (b) a área sombreada indica a posição da ZCIT e o Sistema de Alta Pressão do
Atlântico Sul (AAS). As setas indicam a intensificação dos ventos alísios de sudeste. Quando as
águas do Atlântico Sul estão mais frias que o normal, o Sistema de Alta Pressão do Atlântico Sul e
os ventos alísios de sudeste intensificam-se. Se neste mesmo período as águas no Atlântico Norte
estiverem mais quentes que o normal, o Sistema de Alta Pressão do Atlântico Norte e os ventos
alísios de nordeste enfraquecem (FUNCEME, 2002). Este padrão favorece o deslocamento da ZCIT
para posições mais ao norte e é propício à ocorrência de anos secos ou muitos secos para o setor
norte do Nordeste do Brasil.
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NOS BLOCOS PN-T-137, PN-T-151 E PN-T-165, NA BACIA DO PARNAÍBA, PIAUÍ
Estudo de Impacto Ambiental - EIA
(a)
(b)
Fonte: FUNCEME, 2002.
Figura 5.1.5-15 - Simplificação dos padrões oceânicos e atmosféricos que contribuem para a ocorrência de
anos muito secos, secos, normais, chuvosos e muito chuvosos, na parte norte da Região Nordeste do Brasil.
5.1.5.3 -
Considerações Finais
A característica climática predominante no estado do Piauí é tropical. As temperaturas são
elevadas, com médias anuais entre 21ºC e 36ºC, Precipitação que varia de 0,9 a 9,9 mm,
Umidade relativa do ar entre 46% e 82%, Insolação com valores de índice superiores a 134 horas e
Nebulosidade com média anual de 6 décimos. O Regime de Vento na região da atividade é
apresenta direção predominante de Nordeste (NE) e Leste (E) ao longo de todos os meses do ano.
É importante ressaltar a necessidade de uso de proteção contra a incidência de raios solares para
os trabalhadores, com a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e loção de
bloqueador solar.
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