Avanços e perspectivas no tratamento da esquistossomose: uma revisão Allan Teixeira Silva, Universidade Federal do PIauí; Hianny Ferreira Fernandes, Universidade Federal do PIauí; Jônathas de Santana Galvão Pinheiro, Universidade Federal do PIauí; Tâmisa Seeko Bandeira Honda, Universidade Federal do PIauí; Valéria Andrade Lima, Universidade Federal do PIauí; Thays dos Santos Araújo, Universidade Federal do PIauí; France Keiko Nascimento Yoshioka, Universidade Federal do PIauí; Introdução: A esquistossomose mansônica é uma doença negligenciada, causada pelo Schistosoma mansoni, endêmica em diversos países da África e América latina, incluindo o Brasil. Essa doençapode variar desde formas assintomáticas até quadros clínicos graves com fibrose hepática, podendo levar a óbito. Grande parte da sintomatologia é decorrenteda resposta imune do hospedeiro contra antígenos parasitários. Atualmente o tratamento é baseado na administração de praziquantel (PZQ) e oxamniquina. Essas drogas atuam no verme adulto, miracídios e esquistossômulos primários, mas não em esquistossomos jovens. No entanto não previnem reinfecções, nem lesões no fígado e no baço.A administração em massa desses medicamentos inevitavelmente selecionou parasitas resistentes, além de terem sido observados efeitos colaterais. Nos últimos anos diversos esforços têm sido lançados afim de melhorar o tratamento tradicional e desenvolver novas terapias. Materiais e Métodos: O presente trabalho baseou-se em uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório em bases de dados de artigos científicos como Scielo, MEDILINE e PUBMED. Os artigos foram selecionados independentemente do idioma, desde que abordassem o tema proposto, sendo estes artigos originais ou artigos de revisão. Resultados e Discussão: A biotecnologia tem proporcionado estratégias para aumentar a eficiência do PZQ, como a formulação de nanopartículas de lipídeos sólidos para carregar a droga. O PZQ é pouco solúvel em água e consequentemente tem baixa absorção no trato gastrointestinal. A adição dessas nanopartículas à formulação tem mostrado aumentar a solubilidade e biodisponibilidade da droga com liberação controlada, sendo ainda observado uma maior atividade esquistossomicida e menor toxicidade em relação a droga em suspensão. Novas drogas e alvos terapêuticos têm sido estudados como alternativas de tratamento. O extrato da planta Mitracarpusfrigidus, por exemplo,demonstrou ter boa eficiência na diminuição da carga parasitária sem afetar a função hepática.Um medicamento que atua como modulador da resposta imune chamado Resquimodvem sendo estudado para uso terapêutico e utilização em compostos vacinais devido a sua capacidade de modular citocinas, aumentando a _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=241" expressão de IL-10, INF-? e diminuindo os níveis de IL-4. A proteína G acoplada a receptor SmGPR-3 é ativada pela dopamina, um neurotransmissor que tem sua função bem elucidada noS. mansoni. O receptor SmGPR-3 parece controlar a atividade motora do parasita e apresenta diferenças estruturais em relaçãoaos receptores de dopamina humano, possibilitando o uso de fármacos que o tem por alvo. Conclusão: A necessidade de renovar os conceitos e atualizar o conhecimento sobre essa doença tem levado a avanços no desenvolvimento de novas drogas, aperfeiçoamento do tratamento tradicional e entendimento dos mecanismos imunopatológicos. A presente revisão abordou aspectos que podem servir de ponto de partida para estudos mais aprofundados sobre o tema. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=241"