Interpretando Atributos em Imagens O Uso de Padrões na Interpretação de Imagens • Um dos objetivos fundamentais da interpretação de imagens diz respeito à extração daquela pequena parcela de informação de interesse que se encontra em meio a inúmeros outros atributos de tons e arranjos de padrões presentes em qualquer imagem de sensoriamento remoto. Esse processo é conhecido como redução de dados. • Essa redução, ou simplificação, se dá através da separação visual de tipos diferentes de texturas, que por sua vez são formadas por combinações de tons, padrões e formas. • Esse processo é totalmente dependente da experiência do intérprete e se baseia em: • Detecção: é a percepção limítrofe que algo (objeto/alvo) de interesse existe na imagem • Localização: é a definição da posição desse objeto/alvo de interesse na imagem • Reconhecimento: é a definição da categoria a que pertence o objeto/alvo (por ex., automóvel) • Identificação: é o estabelecimento das características específicas do objeto/alvo (por ex., um Volkswagen azul) O Uso de Padrões na Interpretação de Imagens Elemento Textural Um elemento textural é a menor superfície contínua e homogênea, distinguível na imagem fotográfica e possível de repetição, com formas e dimensões definidas. Exemplo: um elemento textural pode ser a imagem de uma árvore, ou de uma parte da árvore, dependendo da escala da foto; ou a imagem de uma parte de uma drenagem ou do relevo. Textura A textura é o padrão de arranjo dos elementos texturais e representa a imagem de conjunto dada pela disposição das menores feições que conservam sua identidade na escala da fotografia. Importante observar que as variações na textura do relevo e da drenagem constituem a propriedade fundamental na análise da imagem, pois permite separar feições com significados diferentes ou associar feições com o mesmo significado, dado por condições naturais. Estrutura A estrutura é a lei que exprime o padrão de organização no espaço dos elementos texturais. O Uso de Padrões na Interpretação de Imagens Zonas Homólogas São agrupamentos de elementos texturais e estruturais com propriedades semelhantes. As zonas homólogas são separadas por: (i) limites definidos, quando coincidem com uma forma linear estruturada (por exemplo: limite entre 2 tipos de vegetação distintos); (ii) limites progressivos, quando as propriedades de uma zona homóloga são substituídas progressivamente pelas propriedades de outra zona homóloga (e.g., transição entre solos) e; Profundidade Percepção de Profundidade (1) • A percepção da profundidade é um atributo essencial em nossa vida diária e também para a visualização de atributos em imagens de sensoriamento remoto. • Toda pessoa com uma visão binocular normal focaliza os objetos nas duas retinas, o que possibilita que a posição dos objetos seja percebida em 3 dimensões. • A forma como a visão humana percebe os objetos em 3-D por ser exemplificada ao segurar uma caneta à frente e piscar alternadamente os dois olhos. A caneta parece mudar de posição em relação ao fundo, sendo que quanto mais distante dos olhos estiver a caneta, menor parece ser essa mudança de posição. Este fenômeno é chamado de diferença de paralaxe. Percepção de Profundidade (2) • A percepção da profundidade em 3-D se baseia na nossa capacidade em discriminar a paralaxe absoluta de um objeto e aquela do seu fundo distante, o que se denomina paralaxe relativa. • Os atributos de profundidade de imagens com diferença de paralaxe podem ser extraídos através da chamada visão estereoscópica ou visão tri-dimensional, bastante utilizada e explorada em sensoriamento remoto. • Uma vez que o poder de resolução angular do olho humano é limitado, somos capazes de enxergar em três dimensões até distancias de, no máximo, meio quilometro. • Para objetos distantes mais do que este limite de 0,5 km, somos capazes apenas de estimar a profundidade; para isso, usamos inconscientemente a posição das sombras, baseado em nosso conhecimento da posição do sol no céu. • Ao olharmos uma imagem, assumimos que a direção de iluminação é sempre do canto superior esquerdo, o que pode levar a ilusões de topografia invertida quando a iluminação vem na verdade de outras direções.