PLANO DE AULA ÁREA: Filosofia Patrística ou Cristã. TEMA: A distinção do Amor em Santo Agostinho HISTÓRIA DA FILOSOFIA: Medieval INTERDISCIPLINARIDADE: Ensino Religioso e História. TRANSVERSALIDADE: Ética DURAÇÃO: 1 aula de 50 minutos AUTORIA: Ricardo Júlio Maragna OBJETIVOS: Trabalhar a distinção do “Amor” em Santo Agostinho e sua aplicabilidade na Ética no mundo contemporâneo, bem como, o comportamento humano a partir desta distinção, levando em consideração a liberdade responsável de quem age com e por Amor. METODOLOGIA: O desenvolvimento desta proposta dar-se-á por meio de uma aula expositiva, utilizara recurso como debate dialogado e redação. CONTEÚDO: Utilização de texto extraído do livro citado na Bibliografia das páginas 123 e 124. AMA E FAZE O QUE QUISERES: Santo Agostinho também procurou refletir sobre a melhor conduta que o ser humano devia seguir, delineando uma ética harmonizada com os preceitos morais cristãos. Na vida, há experiências que proporcionam prazer; entretanto, elas são apenas alegrias parciais e transitórias, incomparáveis com a felicidade absoluta de estar na presença de Deus. Essas experiências devem servir para que o homem dirija seu espírito ao verdadeiro bem, que é alcançável somente através de Jesus Cristo. Por exemplo, a contemplação das belezas naturais (como o céu, os mares, os animais, etc.) não deve ser apreciada como um fim em si mesma, mas sim como uma pequena amostra da verdadeira beleza, da alegria infinita que somente o criador de todas as coisas pode oferecer. Para Santo Agostinho, o amor é a essência da substância divina, está presente em todos os homens e é a energia que move o comportamento humano. Por isso, é por meio de seu direcionamento para a busca das verdades superiores que o homem pode atingir a felicidade de repousar em Deus. Em outras palavras, isso significa amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo, como determinam os evangelhos. O amor, entretanto, pode se dirigir para coisas passageiras, como o prazer carnal. Nesse caso, ele estará se desviando de sua natureza, que é a de almejar os prazeres superiores. Por meio desse raciocínio, chegamos à definição agostiniana de “mal”. Nas palavras de Santo Agostinho, o mal é: “a perversão da vontade desviada da substância suprema”. É o amor dirigido às criaturas como se elas tivessem valor por si mesmas, como se a sua Beleza, o prazer que proporcionam ou o afeto com que retribuem o amor não se originassem do ato de amor infinito de Deus: a criação. Assim decifra-se o dito agostiniano “ama e faze o que quiseres”: se o homem ama verdadeiramente, isto é, como Deus ama, com gratuidade e fazendo o bem aos outros, sua vontade será guiada corretamente; por isso, ser e agir conforme a própria vontade, iluminada pelo amor divino é a garantia de que essa liberdade de ação será justa, ou seja, ética. O amor que conduz o homem a agir corretamente segundo a vontade de Deus, conforme Santo Agostinho ensinou, só vem a existir no coração dos indivíduos pela ação da “graça”, na exposição da polêmica que o bispo de Hipona manteve contra a heresia dos pelagianos. ATIVIDADES: A partir do debate e do texto, os alunos vão elaborar uma redação sobre o tema em dupla. AVALIAÇÃO: Participação no debate e Redação. BIBLIOGRAFIA: CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. Editora Ática. São Paulo: 2005.