Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho

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Centro de referência em
Artroplastias do quadril e de joelho
Edição:
Dr. Ricardo de Souza e Silva Morelli
Enfermeira Lia Jeronymo Romero
Produção:
Departamento de Comunicação do Hospital Vera Cruz
O conteúdo desta publicação encontra-se protegido pela lei de
Direitos Autorais. É proibida a reprodução do todo ou mesmo de
parte desta obra sem a permissão expressa e formal de seus editores.
Para consultas sobre utilização legal deste trabalho, o contato prévio
deve ser feito por meio do depto. Jurídico através do e-mail
[email protected]
Prefácio
Vivemos atualmente um cenário onde há um
progressivo envelhecimento populacional, associado
à elevação de doenças degenerativas que exigem
constantes atualizações nos estudos da biomecânica.
Além desse fator, existe uma reestruturação familiar
em que mais pessoas vivem sozinhas. Assim, uma
doença que compromete a mobilidade hoje tende a
tomar uma dimensão muito maior que nas décadas
passadas.
Antes da artroplastia, os pacientes passavam por uma
cirurgia chamada artrodese, que consistia na fusão
de osso com osso e o paciente perdia totalmente a
mobilidade da articulação coxofemoral. A maioria
optava por fazê-la pela dor crônica e constante
que sentiam. A artrodese era uma cirurgia pesada,
necessitava da imobilização com gesso. Mais tarde
passou-se para a técnica de imobilização com certos
tipos de parafuso.
No fim da década de 70 comecei a proceder à
artroplastia de quadril e, nesse período, eu já atuava
na medicina havia algum tempo. Nessa época em
Campinas havia somente dois serviços que realizavam
a artroplastia, a equipe do Dr. José Carlos Affonso
Ferreira e o Hospital Vera Cruz.
Um tempo depois outros serviços começaram a fazer,
mas não na frequência com que nós fazíamos.
Hospital Vera Cruz
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Nesse período existiam dois tipos básicos de
próteses totais do quadril. A primeira foi a prótese de
Charnley e, um ou dois anos depois, foram lançadas
as próteses de Müller.
Elas eram diferentes. A prótese de Charnley tinha
a cabeça do fêmur bem pequena (22mm) e a de
Müller era bojuda, bem maior (32mm) e ocupava
a maior parte do componente acetabular protético.
Ambas eram basicamente de metal e o componente
acetabular de polietileno de alta densidade. Só depois
de um tempo surgiram as próteses de cerâmica.
Por uma série de detalhes, nós, quando começamos a
realizar este procedimento no Vera Cruz, escolhemos
as próteses de Müller. E realizamos um número
enorme de cirurgias.
Hoje eu não opero mais. Vou ao consultório três
vezes por semana para atender todos meus fiéis
pacientes. Eles confiam na minha experiência.
É perceptível e admirável a mudança do humor
dos pacientes pós-cirúrgicos das novas e avançadas
técnicas que são adotadas aqui no Hospital Vera
Cruz. Eles se sentem renovados.
O procedimento praticado hoje por nossa equipe de
Ortopedia proporciona o alívio das dores e restaura
as funções originais, devolvendo ao paciente a
qualidade de vida que existia antes do surgimento da
enfermidade.
Termino meu relato comentando que minhas
consultas sempre foram longas. Passo a explicar
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
todos os detalhes do procedimento, mostro imagens.
Gosto de me dedicar aos pacientes.
Sempre falei dos benefícios da cirurgia, que eles
iriam deixar de viver uma vida com dificuldades e,
quando os convenço, sinto uma alegria imensa ao
vê-los recuperados.
Já ouvi inúmeras vezes a frase: “Não sei por que eu
não operei antes”.
É muito bom ouvir isso.
Dr. Renato Morelli
Ortopedista e Traumatologista
Hospital Vera Cruz
Hospital Vera Cruz
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Sumário:
Capítulo I: Introdução...........................................................................8
Dr. Ricardo de Souza e Silva Morelli
Capítulo II: Fluxo de atendimento e apoio .........................................11
Enfermeira Lia Jeronymo Romero
Capítulo III: Autorização e agendamento de procedimentos cirúrgicos.. 12
Enfermeira Maiara Denardi de Barros Kaiser
Capítulo IV: Estratégias para autorização e qualificação de fornecedores...15
Farmacêutica Patrícia Zinsly Borges
Dr. João Paulo Oliveira
Capítulo V: Recepção de materiais, fluxo de equipamentos
e estratégias no Centro Cirúrgico ................................................17
Enfermeira Lia Jeronymo Romero
Capítulo VI: Consulta pré-anestésica, táticas anestésicas
e analgesia pós-operatória...........................................................21
Dr. João Paulo Domeni
Capítulo VII: Diretrizes da CCIH...........................................................23
Dra. Vera Márcia de Souza L. Rufeisen
Capítulo VIII: Serviços de apoio - Hemoterapia e Banco de Tecidos...24
Dr. Gustavo de Carvalho Duarte
Enfermeira Lia Jeronymo Romero
Capítulo IX: UTI - Cuidados pós-operatórios.......................................28
Dr. Ronaldo Padovani
Capítulo X: Cuidados em Enfermaria - Médico internista...................31
Dra. Maria Fernanda Bottino Roma
Dr. Bruno Gonçalves de Campos Araújo
Dr. Júlio César do Pinho Moreira
Capítulo XI: Assistência de Enfermagem.............................................33
Enfermeira Cristina Gomes de Oliveira
Enfermeira Francisleine Frank dos Santos
Enfermeiro Marcelo Francisco Venâncio
Capítulo XII: Fisioterapia.....................................................................36
Fisioterapeuta Estela Toi
Fisioterapeuta Thiago Medeiros Rodriguez
Capítulo XIII: Central de Relacionamento Médico .............................45
Lilian Morelli Pimentel
Anexos:
Anexo I - Autorização de procedimentos cirúrgicos ....................47
Anexo II - Agendamento cirúrgico...............................................49
Capítulo I
Introdução
Artroplastias do quadril e joelho são procedimentos já muito
frequentes e com projeções de contínuo aumento na sua indicação.
Fato explicado tanto pelo crescente envelhecimento da população,
como pela disseminação da consciência do legítimo desejo de uma
melhor qualidade de vida.
As substituições de articulações dolorosas por próteses, ao serem
comparadas com os principais procedimentos médicos, destacam-se
entre as que mais proporcionam impactos positivos no ganho de anos
de vida ajustada por qualidade (QALY). E contam, portanto, com um
grande apelo de custo-utilidade.
A artrose/artrite incapacitante num paciente, que com frequência
também é portador de comorbidades, é um problema complexo. A
superespecialização dos profissionais da Saúde traz a oportunidade de
se lidar com esse desafio com mais segurança e chances de sucesso.
Por outro lado, a abordagem do especialista tem a tendência de
fragmentar essa assistência e perder o foco no paciente como um todo.
Diante desse cenário, das características peculiares dessas doenças
e do fato conhecido de que as artroplastias são procedimentos de
passos sequenciais, já bem definidos e pouco variáveis, mas que
requerem a harmonia de todos os atores envolvidos, percebe-se uma
oportunidade, na qual ações coordenadas podem trazer um importante
ganho de qualidade.
Esta é uma proposta institucional de atendimento ao paciente
fundamentado na visão sistêmica, através do cuidado integral e
integrado, reunindo processos clínicos e administrativos organizados
num programa de gestão.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
A atuação, assim, planejada e de execução eficaz é o alicerce para
um bom desfecho do tratamento, otimiza os recursos, desenvolve as
medidas diagnósticas, terapêuticas e de cuidados focados no paciente,
diminui os riscos, os custos, oferece suporte, segurança e agilidade ao
ortopedista, aumentando a sua possibilidade de sucesso.
Objetivos
• Ser consistente no seu programa de cirurgia segura.
• Prover condições para que esses pacientes tenham um suporte
clínico pós-operatório para as intercorrências.
• Assegurar, junto a sua equipe de Anestesia, as diretrizes de
planejamento pré-operatório, táticas anestésicas e de analgesia
pós-operatória.
• Disponibilizar a equipe de Enfermagem treinada na atenção aos cuidados
peculiares desses pacientes e na atuação como guardiã de todo esse
processo de integração entre os diversos profissionais da Saúde.
• Assegurar que a equipe de Fisioterapia tenha seus cuidados
alinhados ao plano terapêutico.
• Proporcionar um centro de recepção e esterilização de materiais e
Centro Cirúrgico eficientes.
• Assegurar o suporte e a atenção dedicada e específica a esses
pacientes do médico internista e da UTI, nos casos indicados.
• Providenciar acesso à hemoterapia nas situações que se configurem
necessárias, segundo os protocolos vigentes.
• Manter a acessibilidade aos bancos de tecido para viabilizar
cirurgias de revisão ou artroplastias complexas.
• Atuar como catalisador nas relações entre os fornecedores de materiais
e planos de saúde para o bom andamento e presteza nas internações.
• Incentivar a formação de grupos de estudos entre os ortopedistas, demais
médicos e profissionais da Saúde envolvidos para aprimorar condutas
terapêuticas e preventivas gerais, baseadas em evidências, sempre
respeitando as individualidades e as especificidades dos pacientes.
• Gerenciar a operação desse modelo de atendimento.
Hospital Vera Cruz
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A disseminação desses conceitos e a contribuição de cada um dos
envolvidos são os elementos críticos para o sucesso deste programa.
Abrangência
Todas as unidades que recebem pacientes, desde a internação até a
alta do setor.
Interface
Recepção, Internação, Centro Cirúrgico, CME, UTI, Alas de Internação,
Pronto-Socorro, Fisioterapia, Internista, Intensivista, Farmácia, OPME,
Relacionamento de Convênios, Banco de Sangue e Banco de Tecidos.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo II
Fluxo de
atendimento e apoio
Início
Processo de Autorização,
Cotação e Negociação de
Materiais estéreis
e descartáveis
Cirurgião agenda
cirurgia de
Artroplas a de
Joelho ou Quadril
Avaliação
clínica externa
(apta)
Avaliação e
resolução das
pendências
Encaminha para consulta
pré-anestésica.
Orientação de banho
em casa
Não
Avaliação
clínica
interna
Sim
Não
Alta
hospitalar
üMédico Cirurgião
üInternista
üAnestesista
üEnfermagem Alas
üFisioterapia
üHemoterapia
Preparo e
planejamento
com a família
Atendimento
mul profissional
pós-operatório com
cirurgião responsável
üMédico Cirurgião
üAnestesista
üIntensivista
üEnfermagem UTI
üFisioterapia
Atendimento
mul profissional
pós-operatório com
cirurgião responsável
Plano Terapêu co
e analgesia
pós-cirúrgica
Recebimento e
processamento
de materiais estéreis
e descartáveis
Agendamento OK?
Fim
Sim
Admissão
do paciente
Cirurgia segura
Cirurgia
executada
Prioridade
4º e 8º
andar
Apoio de
Hemoterapia
e Banco
de Tecidos
Não
Sim
POI UTI?
LEGENDA
Cirurgião
Hospital Operação
Equipe Mul
Anestesia
Hospital Vera Cruz
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Capítulo III
Autorização e
agendamento de
procedimentos cirúrgicos
Visando otimizar o processo de autorização de procedimentos
cirúrgicos (anexo I), seguem as orientações que esclarecem o fluxo
de encaminhamento de documentação necessária exigida pelas
operadoras de saúde para a continuidade do processo:
• Os documentos devem ser enviados, exclusivamente, via e-mail
([email protected]), utilizando,
preferencialmente, arquivos em formato PDF para documentos
ou JPEG para fotos. Então, uma confirmação será enviada após o
recebimento pelo setor de Agendamento Cirúrgico.
• O agendamento cirúrgico deverá ser feito via contato telefônico
pela secretária ou pelo médico responsável. As informações
essenciais serão solicitadas no momento do agendamento,
visando a segurança do paciente e um melhor planejamento da
Gestão da Agenda. No agendamento cirúrgico (anexo II) constam
as orientações que esclarecem a rotina proposta pela instituição.
Importante
A solicitação da autorização do procedimento junto ao convênio se dará
a partir do momento em que toda a documentação estiver completa.
Cabe ressaltar que, em caso de qualquer retorno para reanálise, esse
prazo se reinicia. Após a autorização do procedimento, o médico ou a
secretária serão informados via e-mail e telefone. A responsabilidade
do agendamento, assim como a comunicação com o paciente, é do
médico.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Atenção
O paciente deverá ser orientado a trazer toda a documentação original
no dia da internação.
Fluxo de pacientes
O hospital conta com um setor de Gerenciamento de Leitos, que
controla o fluxo de pacientes desde o planejamento para a admissão
até a alta hospitalar, garantindo que os pacientes recebam o cuidado
certo, no lugar certo, na hora certa, promovendo maiores níveis de
segurança, qualidade e satisfação.
Internação hospitalar
No dia anterior ao procedimento, o Gerenciamento de Leitos entra
em contato telefônico com o paciente, realizando as orientações
relacionadas com a internação autorizada, e um SMS de confirmação
de internação é encaminhado ao celular que constar no cadastro
do paciente. Como orientação padrão, o paciente deverá chegar ao
hospital com 2 horas de antecedência do horário agendado, tempo
necessário e suficiente para a execução do processo de internação e
admissão pela equipe de Enfermagem na unidade.
Para esse processo, conta-se com a unidade de Apoio Cirúrgico, que
é destinada para a admissão transitória de pacientes eletivos. Após
o procedimento, o paciente será direcionado para a acomodação
definitiva (UTI, Enfermaria – leito ou apartamento –, respeitando
as questões contratuais). Pacientes cirúrgicos serão alocados,
preferencialmente, em leitos definitivos, nas unidades do 4º ou 8º
andar, seguindo os critérios de internação cirúrgica (PMI 013 – critérios
de Internação por Setor, disponível no Interact).
Alta hospitalar
O cirurgião deve, preferencialmente, executar as altas hospitalares
previstas até as 10 horas, visando uma maior eficiência no giro de leitos.
Pacientes com previsão de alta hospitalar serão orientados, em relação
às rotinas (banho, troca de curativo, administração de medicamentos,
Hospital Vera Cruz
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desjejum, liberação do quarto em até 2 horas após a alta médica,
etc.), pela equipe Assistencial na véspera. Quando possível, deverá
registrar em Evolução Médica a previsão de alta e comunicar à equipe
Assistencial. Se necessária a remoção do paciente para a alta via
ambulância, deve ser preenchido o formulário padrão 24 horas antes.
Em caso de alta com assistência domiciliar, prever antecipadamente
e preencher o formulário padrão o quanto antes para que não haja
atrasos na liberação do convênio. O formulário deverá ser entregue
à equipe de Enfermagem, que irá direcionar o impresso aos setores
responsáveis.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo IV
Estratégias para
autorização e qualificação
de fornecedores
A gestão dos fornecedores deverá funcionar como parte estratégica
nos procedimentos cirúrgicos de artroplastia de quadril e joelho, e
isso se torna imprescindível para o sucesso do projeto. Dessa forma,
existe a necessidade de compor a base de fornecimento dos materiais
especiais para utilização na realização da cirurgia, informando
fornecedores qualificados e homologados de acordo com os critérios
estabelecidos na Política Institucional de Qualificação de Fornecedores
do Hospital Vera Cruz e que de alguma forma possuam alta performance
em serviços e produtos, demonstrada a partir de recolhimento de
informações pela CME (materiais reprocessáveis) e OPME (materiais
descartáveis e transações financeiras/administrativas).
Com base nesse conceito, os cirurgiões são aconselhados a optarem
por marcas de produtos consolidados no mercado, e levam-se em
consideração as habilidades de cada profissional cirurgião para
realizar as cirurgias com as marcas predefinidas. Dessa forma, quatro
fornecedores foram eleitos, compondo marcas distintas para atender
as necessidades cirúrgicas.
Os fornecedores foram convidados a participar da cotação e negociação
de valores de seus materiais, relacionando os produtos necessários
para atender a demanda cirúrgica. A negociação dos valores foi iniciada
e será acordada de forma a atender a necessidade médica, através de
valores predefinidos para os procedimentos que serão executados.
Objetiva-se, também, a manutenção da parceria e transparência com
Hospital Vera Cruz
15
as operadoras de saúde.
A negociação antecipada e a escolha dos fornecedores são importantes
para que a instituição conheça os valores praticados pelos fornecedores
eleitos e possa atuar junto às operadoras de saúde de forma pró-ativa,
demonstrando o resultado financeiro em materiais hospitalares de
OPME, diárias e taxas. Esse processo também pressupõe agilidade nas
cotações, autorizações e logística pré-programadas com as entregas
dos materiais autorizados para que o processo cirúrgico ocorra.
A estratégia não é mandatória, pois o cirurgião pode optar por materiais
não contemplados na negociação. Porém, o processo do programa
tende a agilizar as atividades que culminam na cirurgia programada.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo V
Recepção de materiais,
fluxo de equipamentos
e estratégias no Centro
Cirúrgico
Após a aprovação e a negociação do material, parte dele (descartável e
equipamento não estéril) é encaminhada para o setor de OPME, onde
será conferido o que foi solicitado e o que está disponível.
Todo o material a ser esterilizado será encaminhado para a CME, onde
receberá o tratamento adequado para uma esterilização segura.
O material recebido é checado, peça por peça, de acordo com o “vale”
do paciente. Esse documento é o mesmo que o cirurgião vai conferir
numa das etapas da Cirurgia Segura.
Todo esse processo é monitorado e qualificado.
Em paralelo aos trâmites internos, antes da
cirurgia o paciente recebe do Vera Cruz uma
publicação que contém todas as informações
importantes e orientações necessárias para
que o procedimento cirúrgico ocorra da
forma mais segura.
Hospital Vera Cruz
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Protocolo de boas práticas para fornecedores de OPME itinerante e
as atividades do bloco cirúrgico
O fornecedor/distribuidor de OPME dá início à sua atividade na
negociação das caixas de materiais e instrumentais e prazos de entrega
na CME.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
A empresa contratada poderá ou não dar o suporte de equipamentos
trazidos por ela para a cirurgia (equipamento itinerante). Em caso de
utilização de equipamento médico no procedimento, é necessário que
os mesmos estejam com as manutenções preventivas, calibrações,
avaliação de segurança elétrica e outros serviços pertinentes ao
equipamento (de acordo com a especificação de cada um) com a sua
periodicidade em dia. É de extrema importância que os documentos
sejam enviados antecipadamente ao departamento de Engenharia
Clínica via e-mail ([email protected]).
A estratégia proposta é que alguns equipamentos sejam fidelizados
na logística da empresa para que os documentos fiquem sempre
atualizados no departamento de Engenharia Clínica.
Após o material estar estéril, sua ação é caracterizada na presença do
instrumentador cirúrgico, que representa a empresa e zela pelo bom
funcionamento e utilização dos equipamentos e materiais.
Hospital Vera Cruz
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Fluxo de recebimento de material itinerante
O material é encaminhado para o Centro Cirúrgico, que já iniciou o processo
da Cirurgia Segura.
As salas são montadas de acordo com o Manual de Montagem de Sala,
onde há a provisão de equipamentos, mesas e sala com tamanho adequado
para atender os materiais, equipamentos e a equipe com segurança.
Recebimento
Recepção
do material
externo
(médico ou
empresa)
Início
Receber
material
e registrar
no impresso
Sim
Material
de empresa?
Conferir as
caixas de acordo
com o “vale”
da empresa
Não
Pode
processar na
termo?
Sim
Não
Sim
Pode lavar
na US?
Não
Montar
na carga
da termo
Lavar na US
e enxaguar na
água de osmose
Lavar
manualmente
e enxaguar na
água de osmose
Preparar as caixas
iden ficando-as
com os nomes
dos pacientes
Montar
o carrinho da
sala avaliando
o invólucro
Encaminhar
para CC
Fim
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo VI
Consulta pré-anestésica,
táticas anestésicas e
analgesia pós-operatória
No pré-operatório é fundamental a realização da visita pré-anestésica,
observando a avaliação da clínica médica, os relatos de alergias e
complicações em outros procedimentos anestésicos, as medicações
em uso, o tempo de suspensão, o tempo de jejum e comorbidades
associadas, a necessidade de reserva de hemoderivados e leito de
terapia intensiva no pós-operatório.
No intraoperatório serão adotadas medidas para evitar a hipotermia, tais
como: uso de soluções aquecidas, aquecimento ativo com manta térmica
e antibiótico profilático na hora que antecede o procedimento cirúrgico.
Existem técnicas farmacológicas, como o uso do ácido tranexâmico,
que se trata de um agente antifibrinolítico, ou seja, que atua inibindo as
proteínas do sistema fibrinolítico, que são responsáveis pela dissolução
natural de coágulos. Em outras palavras, o ácido tranexâmico impede
que os coágulos já formados sejam dissolvidos e, assim, ajuda a estancar
os sangramentos causados pelo trauma cirúrgico (sempre respeitando
sua contraindicação: portadores de coagulação intravascular ativa,
vasculopatia oclusiva aguda e em pacientes com hipersensibilidade
aos componentes da fórmula).
Dose na indução de 10mg/kg e repique após 4 horas.
Quanto à técnica anestésica, sempre que possível, deve-se preferir
a realização de bloqueios espinhais para as cirurgias de membros
Hospital Vera Cruz
21
inferiores, com a possibilidade de analgesia contínua pelo cateter
peridural.
Nos casos em que o bloqueio espinhal estiver contraindicado relativa
ou absolutamente, como instabilidade hemodinâmica, lesões ou
infecção no local da punção e uso de terapia anticoagulante, deve-se
considerar a anestesia geral associada ao bloqueio de nervo periférico
guiado por ultrassonografia (nervo femoral, ciático poplíteo).
A analgesia pós-operatória vai variar de acordo com o procedimento
realizado e com as condições clínicas do paciente, tendo como opções:
• Dor leve a moderada: dipirona 1g EV 6/6h + tramadol 50mg EV
8/8h, se necessário.
• Dor intensa: dipirona 1g EV 6/6h + tramal 50mg EV 8/8h + metadona
3-5mg EV 8/8h, se necessário.
• Evitar AINES.
• Em pacientes colaborativos, pode-se considerar bomba de PCA
com morfina ou fentanil e ainda bloqueio de plexo contínuo.
Para garantir a qualidade analgésica, tanto no intraoperatório quanto
no pós, o Hospital Vera Cruz conta com o serviço de residência
orientado e preparado para manter a analgesia subsequente pelo
cateter peridural ou periférico, apresentando assistência completa até
o dia da alta hospitalar do paciente.
Indicações de reserva da UTI para artroplastia de quadril:
• Paciente com 80 anos ou mais.
• Paciente cardiopata.
• Paciente com duas ou mais comorbidades potencialmente
descompensáveis.
• Paciente com menos de 50kg.
• Revisão de artroplastia.
• Sangramento intraoperatório maior que 25% de sua volemia inicial.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo VII
Diretrizes da CCIH
Para esses pacientes, no dia da consulta préanestésica, será disponibilizado o sabonete
de clorexidina, o qual prepara a pele de
maneira adequada para a data da cirurgia.
Toda orientação necessária para essa atividade
vai num folder junto com o detergente e um
telefone de contato, para caso de dúvidas.
O uso de antimicrobianos para profilaxia deve ter seu início 1 hora antes
da cirurgia ou na indução anestésica. Caso ocorra perda excessiva de
sangue ou cirurgia prolongada, podem-se utilizar de doses adicionais no
intraoperatório.
O antimicrobiano de escolha é a cefazolina, com dose inicial de 2g EV, e
na cirurgia prolongada repetir após 4 horas.
No pós-operatório seguir com 1g EV a cada 8 horas e seu uso não deve
exceder 24 a 48 horas.
Nos casos de cirurgia de revisão (por ser possível a mesma ser decorrente
de infecção), prolonga-se o uso por 5 dias, até a reavaliação após o
resultado da cultura.
Outra opção é a cefuroxima na dose inicial de 1,5g EV, seguida de 750mg
EV a cada 8 horas, nas mesmas condições descritas acima.
Em casos de alergia aos betalactâmicos, os mesmos serão substituídos
por vancomicina 1g EV a cada 12 horas ou clindamicina 600mg EV a
cada 6 horas.
Hospital Vera Cruz
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Capítulo VIII
Serviços de apoio
Hemoterapia
O aumento da complexidade das abordagens cirúrgicas associada ao
envelhecimento populacional ocasiona um risco crescente de situações
em que os pacientes podem apresentar anemias importantes, com
necessidade de transfusões de sangue. Em contrapartida, é fato que
a transfusão de hemocomponentes alogênicos, na verdade, é um
transplante de um tecido vivo, que incorre em riscos de curto e longo
prazo, podendo ocasionar grande morbidade aos pacientes.
Para que esse impasse seja solucionado e esses pacientes atinjam os
melhores resultados possíveis, desenvolveu-se a prática denominada
“Patient Blood Management”. Esse programa é composto por
abordagens multidisciplinares, baseadas em evidências científicas, com
objetivo de otimizar o cuidado ao paciente, que pode necessitar de
transfusão de hemocomponentes.
De acordo com essa estratégia deve-se atuar em três frentes:
1. Otimizar a hemopoiese.
2. Minimizar o sangramento perioperatório.
3. Otimizar a adaptação fisiológica à anemia.
Quanto à otimização de hemopoiese, é sabido que a morbidade
relacionada ao paciente cirúrgico aumenta proporcionalmente com
relação à existência e intensidade da anemia pré-operatória. Sendo
assim, devem ser adotadas estratégias para que o paciente realize
o procedimento cirúrgico sem a presença de anemia e, se possível,
com a hemoglobina acima de 14,0g/dl. Para tal, podemos utilizar
suplementação com ferro oral/endovenoso, ácido fólico e agentes
estimuladores de hemopoiese (e.g.: eritropoetina).
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Recomenda-se que todos os pacientes sejam avaliados para quadro de
anemia (homens com hemoglobina < 13,0g/dl e mulheres < 12,0 g/dl)
no pré-operatório e aqueles que apresentem quadro anêmico sejam
encaminhados para avaliação de um hematologista.
A ampla utilização de doação de sangue autóloga pré-operatória tem sido
contestada em muitos estudos devido ao grande número de unidades
de sangue doadas não utilizadas, muitas vezes descartadas, e, também,
ao aumento dos custos assistenciais sem que haja um resultado melhor
nessa população.
Sendo assim, recomenda-se que a doação de sangue autóloga
pré-operatória deva ser utilizada em casos específicos, a serem
determinados pelo médico hematologista (anemia pré-operatória,
presença de aloanticorpos importantes, recusa a receber transfusão
de sangue).
Dentro do contexto pré-operatório ainda, como serão realizados
procedimentos com perfil de sangramento importante, é recomendável
que seja providenciada a reserva de hemocomponentes para a utilização
no período perioperatório, conforme a tabela abaixo:
Esses padrões podem ser alterados de acordo com as características de cada paciente,
conforme a avaliação do médico assistente.
Quanto à minimização de sangramento no período intraoperatório,
podem-se utilizar as técnicas cirúrgicas específicas e os medicamentos
pró-coagulantes, como os fibrinolíticos (este tema será abordado em
outra seção deste material).
Hospital Vera Cruz
25
Quanto à utilização de hemocomponentes no intraoperatório, deve
ser aplicada a política restritiva, ou seja, guiados pelo quadro clínico do
paciente, associado aos exames laboratoriais, decidir sobre a utilização
da transfusão de sangue, limitando-a a situações nas quais exista
benefício clínico evidente.
Diversos trabalhos mostraram que, em geral, pacientes toleram muito bem
a hemoglobina na faixa de 7,0 a 8,0g/dl e sem maior morbidade quando
são comparados a pacientes com hemoglobina entre 9,0 e 10,0g/dl. As
comorbidades de cada indivíduo, associadas à clínica naquele momento
(taquicardia, hipotensão, sinais de hipoperfusão), devem ser utilizadas
para adaptar esses valores de gatilho à situação e a cada paciente.
Com relação à otimização de fatores de adaptação à anemia, é sabido
que o controle de outras comorbidades, como hipertensão arterial e
disfunção cardíaca, tem impacto direto na capacidade de tolerância dos
indivíduos. Sendo assim, sugere-se que todos os pacientes passem por
avaliação cardiológica pré-operatória.
A utilização dessa estratégia deverá assegurar aos pacientes que
eles cheguem à cirurgia em melhores condições clínicas, realizem o
procedimento cirúrgico de acordo com as diretrizes estabelecidas e
obtenham o melhor resultado possível.
Banco de Tecidos
Os bancos de tecidos ósseos são necessários para prover material
biológico para uma série de procedimentos ortopédicos. A crescente
necessidade de tecidos musculoesqueléticos para transplante é
decorrente do desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e fez com
que diversos serviços se dispusessem a ter sua própria fonte de tecidos
para transplante.
O Hospital Vera Cruz tem cadastro com o Banco de Tecidos da USP e
da Santa Casa de São Paulo, onde temos fluxos estabelecidos e práticas
seguras quando agendadas.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Fluxo de transplante de tecidos (ossos)
O registro dos tecidos transplantados, das cirurgias e dos pacientes
é enviado anualmente para manter o cadastro e o hospital apto para
tal atividade.
É colhida a amostra do tecido transplantado e enviada ao Laboratório de
Análises Clínicas do Hospital Vera Cruz para o controle microbiológico.
Hospital Vera Cruz
27
Capítulo IX
UTI - Cuidados
pós-operatórios
Objetivo
Destinados a pacientes que, após avaliação anestésica, clínica e/ou
cardiológica, tiveram indicação para um PO imediato em UTI, por
apresentarem comorbidades relevantes, minimizando assim riscos de
intercorrências ou complicações indesejadas, proporcionando maior
segurança aos pacientes e tranquilidade aos familiares e ao médico
assistente, que, através de um cuidado sistematizado, tenha garantido
um atendimento especializado e de qualidade.
O cuidado multidisciplinar
Entende-se como a forma ampla e sistematizada do “cuidado” ao
paciente em suas variadas necessidades, inclusive, sempre que possível,
da presença de acompanhante durante a internação.
• Admissão: informações do anestesista sobre o paciente e seus
antecedentes, sobre procedimento e suas necessidades ou
intercorrências.
• Recepção do paciente pela enfermagem e pelo médico, estendendo
a atenção aos familiares, tão logo que possível.
• Planejamento terapêutico multidisciplinar:
̵̵
Atenção ao decúbito elevado até o completo despertar,
minimizando complicações respiratórias.
̵̵
Liberação de dieta adequada assim que possível, reduzindo os
riscos do jejum prolongado.
Hidratação basal, com atenção às situações de restrição nos
pacientes com insuficiência cardíaca, renal e pneumopatas.
̵̵
28
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
̵̵
Sintomáticos, garantindo o bem-estar do paciente.
Atenção especial para analgesia, evitando, porém,
o uso de AINH, principalmente nos mais idosos pelo
risco de nefropatia. Cuidado em relação às substâncias
sabidamente alergênicas, monitorizadas pela enfermagem
e pela farmacêutica clínica, que também monitora a
necessidade de ajustes de doses e as possíveis interações
medicamentosas durante a visita multidisciplinar diária.
̵̵
Manutenção das medicações habituais, salvo contraindicações.
̵̵
Antibioticoterapia - profilática, conforme diretrizes da CCIH,
salvo em situações de infecção prévia, nas quais se seguem as
orientações da ortopedia e/ou do infectologista da CCIH.
̵̵
Hemocomponentes - critérios da Hematologia, com critério
restritivo transfusional, salvo em situações especiais,
como nos coronariopatas e renais crônicos, que têm
critérios menos restritivos. Nas anemias leves, prescrição
de ferro VO / endovenoso, ácido fólico ou de agentes
estimuladores da hemopoiese, como os preconizados pela
Hematologia.
̵̵
Evitar o uso de medicamentos sabidamente causadores
de delirium, principalmente nos mais idosos
(benzodiazepínicos e alguns antibióticos).
̵̵
Medidas de Profilaxias para Úlcera de Estresse
(bloqueador de bomba protônica VO ou bloqueador H1
IV na impossibilidade de ingesta) e para TVP com medidas
farmacológica e/ou mecânica, dependendo do risco
avaliado.
̵̵
Fisioterapia respiratória no POI, devendo ser estendida às
Enfermarias nos pneumopatas.
Hospital Vera Cruz
29
̵̵
Mobilização precoce, observando as restrições imediatas da
cirurgia e na sua liberação, orientadas pela fisioterapia motora.
̵̵
Avaliação odontológica.
A atenção a esse cuidado multidisciplinar, adotado pela equipe, traz
segurança e qualidade no atendimento ao paciente, sempre respeitando
as diretrizes e os protocolos do médico assistente.
30
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo X
Cuidados em Enfermaria Médico internista
Avaliação pré-operatória
Essas cirurgias terão caráter eletivo, portanto, esses pacientes já terão
avaliação de riscos pré-operatórios realizada ambulatorialmente.
Aqueles que fazem uso de anticoagulantes e antiagregantes devem ser
orientados previamente quanto ao tempo necessário para suspensão
das drogas. Para os pacientes que não possuem tal avaliação, o médico
internista deverá ser comunicado para realizá-la após os resultados dos
exames abaixo:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Raio X de tórax PA+P
Eletrocardiograma
Hemograma completo
Coagulograma
Sódio
Potássio
Ureia
Creatinina
Urina I e Urocultura
Se, no momento da consulta pré-anestésica, o anestesista tiver a
necessidade de uma análise complementar à do médico clínico, o paciente
será encaminhado para uma consulta no 3º andar pelo internista. Essa
necessidade será negociada pelo telefone diretamente com os internistas
da manhã, os quais atendem no 3º andar todos os dias.
Pacientes internados sem avaliação pré-operatória ambulatorial poderão
ter atraso na cirurgia, devido ao tempo necessário para a avaliação
clínica, coleta e resultado de exames.
Hospital Vera Cruz
31
Caberá ao internista a atenção à reconciliação medicamentosa
(manutenção ou suspensão das medicações de uso habitual).
Cuidados pós-operatórios
O médico internista deverá ser comunicado pela equipe de Enfermagem
sobre o retorno do paciente à Enfermaria para iniciar os cuidados pósoperatórios.
Cabe ao internista:
• Cuidar da hidratação do paciente.
• Prevenir o paciente de delirium.
• Escolher os medicamentos apropriados no cuidado do idoso e ajustar
as doses necessárias.
• Atentar-se à prevenção de Tromboembolismo Venoso (TEV) e, em
conjunto com a equipe cirúrgica, definir o melhor momento para
início da profilaxia medicamentosa.
• Atender as intercorrências clínicas.
• Preparar o paciente e os familiares para a alta.
Profilaxia de Tromboembolismo Venoso
• Durante a internação: clexane 40mg SC 1x ao dia.
• Alta: apixabana 2,5mg 12/12h ao dia por 10 a 14 dias nos pacientes
submetidos à artroplastia de joelho e 32 a 38 dias nos pacientes
submetidos à prótese de quadril.
32
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo XI
Assistência de Enfermagem
A enfermagem tem um papel muito importante em todos os períodos
do tratamento, pois são os profissionais que estão mais próximos do
paciente e que têm um olhar mais apurado para identificar qualquer
risco ou complicação precocemente.
Objetivo
Destacar os cuidados de enfermagem específicos direcionados ao
paciente submetido à artroplastia total de quadril e joelho, enfatizando
os cuidados no pré e pós-operatório, a prescrição de enfermagem e a
orientação para a alta, utilizando a Sistematização de Enfermagem (SAE).
Cuidados de Enfermagem - Pré-Operatório
Hospital Vera Cruz
33
Cuidados de Enfermagem - Pós-Operatório Imediato
34
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Cuidados de Enfermagem - 1º Pós-Operatório
Cuidados de Enfermagem - 2º Pós-Operatório
Hospital Vera Cruz
35
Capítulo XII
Fisioterapia
O Programa de Fisioterapia nas Artroplastias de Quadril e Joelho
inicia-se no pré-operatório. O objetivo é a conscientização quanto ao
período de tratamento. O sucesso do programa depende da coesão da
equipe de reabilitação, da cooperação e da motivação do paciente. A
aceitação e a dedicação às fases descritas asseguram a assertividade
das ações e o rápido restabelecimento das funções e das atividades de
vida diária com ênfase na qualidade de vida.
Consulta pré-operatória com o fisioterapeuta
A consulta pré-operatória com o fisioterapeuta deverá ser agendada
na Clínica de Fisioterapia e Reabilitação do Hospital Vera Cruz, localizada
na Av. Jesuíno Marcondes Machado, 326, Nova Campinas - Campinas SP, através do telefone (19) 3751-3770, de segunda a sexta-feira, das
7h00 às 18h00.
A consulta pré-operatória com o fisioterapeuta consiste em:
• Avaliação funcional.
• Avaliação postural e cinemática da marcha.
• Avaliação dos indicadores de equilíbrio (Escala de BERG) e qualidade
de vida (SF-36).
• Orientação quanto ao uso de dispositivos auxiliares da marcha,
aquisição, regulagem de altura e treino de marcha em superfície
plana e quando em degrau.
• Orientação quanto aos cuidados no ambiente domiciliar (barra
de apoio no banheiro, altura de camas e poltronas, tapetes e
iluminação adequada no período noturno).
• Orientação quanto ao posicionamento do membro operado no
repouso.
• Orientação quanto à importância do uso de gelo, frequência e
cuidados na aplicação.
36
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
• Orientação quanto ao programa de exercícios no pós-operatório
imediato (demonstrar os exercícios na capacidade de cada
indivíduo).
Pós-operatório
A fisioterapia começa no PO imediato, durante a internação, e deve continuar
em domicílio ou nas clínicas especializadas. Serão realizadas duas visitas ao
dia com o objetivo de mobilização e retirada do leito precoce.
PO imediato
• A avaliação das condições clínicas do paciente, da amplitude de
movimento, da força muscular e da dor.
• Conscientização do plano terapêutico.
• Orientações de exercícios a serem realizados e cuidados
domiciliares.
• Posicionamento no leito, com orientações ao paciente e ao seu
acompanhante.
• Exercícios metabólicos.
• Mobilização precoce e uso de CPM (em caso de artroplastia de
joelho).
PO 1
A conduta realizada varia conforme a necessidade do paciente e a
prescrição médica:
• Saída do paciente do leito.
• Orientar e ensinar o paciente e o seu acompanhante sobre a
transferência segura em várias situações.
• Ortostatismo e descarga parcial de peso, conforme liberação
médica.
• Encorajar a participação ativa do paciente.
• Manter os exercícios metabólicos.
• Mobilizações passivas, exercícios ativo-assistidos, ativos e exercícios
isométricos.
• Orientar e ensinar o paciente e o seu acompanhante sobre a
continuidade e o progresso da reabilitação em ambiente domiciliar.
Hospital Vera Cruz
37
PO 2
• Inicia-se o treino de marcha com o auxílio do andador.
• Treinar o paciente e orientar o acompanhante quanto à utilização
do dispositivo auxiliar da marcha, com a confiança do equilíbrio
estático e dinâmico.
• Estimular o autocuidado para o preparo da alta hospitalar.
• Reforçar a orientação do programa domiciliar.
Controle de resultados
O resultado positivo do Programa de Reabilitação pode ser medido no
cumprimento das fases da reabilitação: indicadores de sessões, tempo
de internação e alta hospitalar, respeitando o início do tratamento
(liberação e indicação médica) com a alta segura.
Programa de Reavaliação Periódica e revisão dos dados
O Programa de Reavaliação Periódica tem o objetivo de manter o
controle das orientações nas diversas fases do tratamento, bem como
a atualização dos dados, certificando o sucesso do projeto.
As orientações pertinentes à fase de tratamento podem ser aplicadas
para a manutenção do pós-operatório. O exercício físico periódico
e preventivo tem como objetivo o fortalecimento muscular, o
treinamento proprioceptivo e a flexibilidade, mantendo e restaurando
a qualidade de vida.
38
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Exercícios e orientações - Artroplastia no joelho
Orientações domiciliares:
• Compressa de gelo 20 minutos, com intervalo, a cada 2 horas.
• No repouso, não colocar travesseiro embaixo do joelho.
• Descanse as pernas em extensão com leve elevação (acima do nível do coração).
• Siga as orientações do seu médico e do fisioterapeuta.
• Os exercícios domiciliares podem ser feitos até 3 séries de 10 repetições cada.
Na frequência de até 3 vezes ao dia.
Movimente a patela gentilmente
para medial e retorne.
Mantenha-se 1 minuto
na posição e descanse.
Movimente a patela gentilmente
para cima e para baixo.
Mantenha-se 1 minuto
em cada posição.
Movimente os pés para a frente,
para trás e em movimentos circulares
horários e anti-horários.
10 repetições de cada movimento.
Pressione o joelho para baixo,
contraindo a coxa.
Mantenha a contração por
6 segundos. 10 repetições.
Dobre e estique o joelho
gentilmente.
1 série de 10 repetições.
Elevação da perna estendida,
na altura do outro joelho flexionado.
1 série de 10 repetições.
Hospital Vera Cruz
39
Dobre o joelho operado com o
auxílio da outra perna.
1 série de 10 repetições.
Em pé e com apoio, flexione e
estenda o joelho ativamente.
1 série de 10 repetições.
Em pé e com apoio,
fique na ponta dos pés
e retorne à posição inicial.
1 série de 10 repetições.
40
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Exercícios e orientações - Artroplastia no quadril
Orientações domiciliares:
• Não fletir o quadril acima de 90 graus.
• Não cruzar a perna além da linha média do corpo.
• Não rodar a perna operada internamente.
• Siga as orientações do seu médico e do fisioterapeuta.
• Os exercícios domiciliares podem ser feitos até 3 séries de 10 repetições cada.
Na frequência de até 3 vezes ao dia.
Movimente os pés para a frente,
para trás e em movimentos
circulares horários e anti-horários.
10 repetições de cada movimento.
Realize gentilmente o alongamento
passivo da cadeia posterior
com o auxílio de uma faixa.
3 repetições de 20 segundos cada.
Pressione o joelho para baixo,
contraindo a coxa.
Mantenha a contração por
6 segundos. 10 repetições.
Com o joelho estendido faça
abdução do quadril operado.
1 série de 10 repetições.
Com uma fita elástica, pressione para
fora, fazendo a abdução do quadril.
Mantenha 6 segundos de contração.
1 série de 10 repetições.
Com um travesseiro entre os joelhos,
pressione para dentro. Mantenha a
contração por 6 segundos.
1 série de 10 repetições.
Hospital Vera Cruz
41
42
Com o joelho estendido faça
abdução do quadril operado.
1 série de 10 repetições.
Extensão do quadril,
com estabilização
da pelve sobre a maca.
1 série de 10 repetições.
Em pé e com apoio,
fique na ponta dos pés
e retorne à posição inicial.
1 série de 10 repetições.
Em pé e com apoio, flexione e
estenda o joelho ativamente.
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Cuidados e orientações no pós-operatório nas artroplastias
Precauções na artroplastia total de quadril
Não fletir o quadril acima do ângulo de 90°.
Não cruzar a perna além da linha média do corpo.
Não rodar internamente o membro inferior operado (não aponte os dedos dos pés ou torça a
perna para dentro. Evite torcer o tronco quando estiver sentado ou em pé).
Hospital Vera Cruz
43
Cuidados e orientações no retorno ao domicílio
Posição para sentar
Altura do vaso sanitário.
Adaptadores para elevar o
assento do vaso sanitário.
Barras de apoio no boxe para chuveiro.
Posição para deitar
NÃO apoie o travesseiro
embaixo do joelho.
44
Procure manter o membro operado sempre
levantado, reduzindo o edema.
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Capítulo XIII
Central de
Relacionamento Médico
O departamento de Relacionamento Médico é responsável em
estreitar o relacionamento dos profissionais médicos com a instituição,
orientando e oferecendo suporte no que for preciso.
Em um espaço personalizado, o departamento cumpre importantes
funções administrativas, tais como:
• Cadastramento de médicos no hospital.
• Informações para a manutenção do cadastro de profissionais.
• Informações sobre os convênios e planos que são atendidos em
parceria com o Hospital Vera Cruz.
• Integração dos médicos nas diversas áreas administrativas e
assistenciais.
• Habilitação dos profissionais para utilizarem o sistema de gestão
(Tasy).
• Assessoria na obtenção de aventais personalizados.
• Distribuição e manutenção de crachás.
• Divulgação dos trabalhos e das atividades da Fundação Roberto
Rocha Brito.
• Eventualmente, envio de comunicados aos médicos.
• Confirmação da agenda cirúrgica através de e-mail e SMS.
• Divulgação e orientação sobre os benefícios oferecidos pelo
hospital (lanchonete, restaurante e estacionamento).
Hospital Vera Cruz
45
Contatos:
Departamento Relacionamento Médico
[email protected]
Telefones: 19 3734-3124 ou 3734-3279
Departamento Relacionamento Comercial Convênios
[email protected]
Telefones: 19 3734-3054 ou 3734-3279
www.hospitalveracruz.com.br
46
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Anexo I - Autorização de procedimentos cirúrgicos
Documentação necessária para autorização eletiva procedimentos cirúrgicos
• Formulário de Solicitação de Procedimento Médico-Hospitalar
(impresso padrão para a internação pelo Plano Vera Cruz ou
específico de cada convênio – para Mediservice é obrigatório
formulário padrão).
• Letra legível.
• Código TUSS (descrição do procedimento) e CID.
• Assinatura e carimbo do médico.
• Identificação de procedimento “ambulatorial” ou “internado”.
• Cópia de documento com foto e carteirinha do convênio do
paciente.
• Para procedimentos com OPME, enviar:
̵̵
Lista completa de materiais a serem utilizados, assinada e
carimbada pelo cirurgião.
̵̵
Indicação de três fabricantes/fornecedores.
̵̵
Quando a indicação for de fornecedor único, preencher
o formulário específico e padronizado pelo Hospital Vera
Cruz, que deve ser solicitado por e-mail.
• Laudos e relatórios médicos que justifiquem a solicitação do
procedimento.
• Termo de Consentimento Informado para a Internação (verso do
impresso Hospital Vera Cruz) carimbado e assinado.
Atenção - Orientar o paciente a trazer o pedido original para a
consulta pré-anestésica e no momento da internação.
Hospital Vera Cruz
47
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA A AUTORIZAÇÃO DE
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS DE PACIENTES INTERNADOS OU
PROCEDIMENTOS DE URGÊNCIA
• Será obrigatório o envio da cópia do Formulário de
Solicitação de Procedimento Médico-Hospitalar via e-mail
para [email protected]
• Para procedimentos com OPME deverá ser informado:
̵̵
Lista completa de materiais a serem utilizados, assinada e
carimbada pelo cirurgião.
̵̵
Indicação de três fabricantes/fornecedores.
Para indicação de fornecedor único, preencher o formulário específico
e padronizado do Hospital Vera Cruz (solicitar o impresso por e-mail).
48
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Anexo II - Agendamento cirúrgico
O agendamento cirúrgico deve ser sempre executado via contato
telefônico pelo cirurgião ou pela secretária, de segunda a sexta-feira,
das 8h00 às 18h00, através dos telefones:
19 3734-3200, 3734-3220 ou 3734-3011.
• O agendamento deve respeitar, sempre que possível, o prazo
para a autorização dos convênios. Segundo as regras da ANS,
as operadoras têm até 21 dias úteis, a partir do recebimento do
pedido, para concluir essa autorização. Os agendamentos fora do
prazo poderão acarretar o cancelamento do procedimento.
• Orientar o paciente que o agendamento da consulta pré-anestésica
deve ser feito pelo telefone 19 3734-3344 (no horário comercial).
• A documentação necessária para a autorização do
procedimento deverá ser enviada através do e-mail
[email protected] em até 72h
após o agendamento (desconsiderar, caso o procedimento esteja
AUTORIZADO).
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA TODOS OS AGENDAMENTOS
Sempre informar, caso o paciente já esteja internado:
1. Nome completo e dados cadastrais (obrigatório CPF e data de
nascimento).
2. Cirurgia (código TUSS) e procedimentos adicionais.
3. Cirurgião (CRM e nome completo).
4. Porte cirúrgico.
5. OPME - descrever a lista de materiais completa no formulário de
“Solicitação de Procedimento Médico-Hospitalar” ou encaminhar
via e-mail com assinatura e carimbo do médico.
6. Reserva de equipamentos necessários ao procedimento.
Hospital Vera Cruz
49
7. Instrumentais particulares do cirurgião serão, obrigatoriamente,
reprocessados no hospital - encaminhar para CME de 4 a 5 horas
antes do procedimento.
8. Necessidade de reserva de hemocomponentes (entrar em contato
com o Banco de Sangue - ramal 3193).
9. Necessidade de reserva de UTI - seguir critérios para indicação de
reserva.
10.Necessidade de reserva de Banco de Ossos - reserva SO.
11.Local da cirurgia.
12.Lateralidade.
13.Precaução (contato/contato rigoroso/aerossol/gotícula/mista) quando houver, o agendamento é permitido a partir das 15h00,
respeitando o protocolo. Para agendamento antes do horário
estabelecido, acordar diretamente com o Centro Cirúrgico.
14.Alergia ao látex, quando houver, o agendamento deverá ser no
primeiro horário, respeitando o protocolo. Para agendamento
após o horário estabelecido, acordar diretamente com o Centro
Cirúrgico.
15.Informações sobre os honorários médicos - particulares ou com
cobertura via convênio.
50
Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Referências bibliográficas:
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OF KNEE OSTEOARTHRITIS. Ann Rheum Dis. 2010 Mar; 69(3):483-9.
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Centro de referência em Artroplastias do quadril e de joelho
Lista de contatos:
Autorização, agendamento e administração dos procedimentos para a
realização da cirurgia:
Enfermeira Maiara Denardi de Barros Kaiser
[email protected]
Autorização e qualificação de fornecedores
Farmacêutica Patrícia Zinsly Borges
19 9.9175-3966
Dr. João Paulo Oliveira
19 9.9545-8585
[email protected]
Recepção de materiais, fluxo de equipamentos e estratégias no Centro Cirúrgico
Enfermeira Lia Jeronymo Romero
19 9.9206-8313
[email protected]
[email protected]
Consulta pré-anestésica
Ambulatório de Anestesia - Central de Agendamento
19 3734-3344
Cuidados em Enfermaria - médico internista
Dra. Maria Fernanda Bottino Roma
Dr. Bruno Gonçalves de Campos Araújo
Internista de Plantão - 19 9.9204-1106
[email protected]
Fisioterapia
Fisioterapeuta Estela Toi
Fisioterapeuta Thiago Medeiros Rodriguez
19 3751-3770
[email protected]
Central de Relacionamento Médico
Lilian Morelli Pimentel
19 3734-3279
[email protected]
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