florística de áreas de preservação permanente em nascentes com

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FLORÍSTICA DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE EM NASCENTES
COM DIFERENTES NÍVEIS DE CONSERVAÇÃO NA SUB-BACIA DO ARROIO
MANOEL ALVES, EM ITAARA, RS
Bruna Balestrin Piaia1; Ana Paula Moreira Rovedder2; Idiane Fátima Giacomini1,2;
Maureen de Moraes Stefanello2
1
Fundação Mo'ã - Estudos e Pesquisas para a Proteção e o Desenvolvimento
Ambiental ([email protected]), Santa Maria, RS
2
Universidade Federal de Santa Maria, RS
Recebido em: 08/09/2015 – Aprovado em: 14/11/2015 – Publicado em: 01/12/2015
DOI: http://dx.doi.org/10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2015_161
RESUMO
A vegetação natural no entorno de nascentes desempenha importantes serviços
ecossistêmicos, sendo essencial sua conservação e restauração. Nesse sentido,
objetivou-se analisar o estado atual da composição florística em nascentes da subbacia do Arroio Manoel Alves, em Itaara, Rio Grande do Sul, como forma de
caracterização do nível de possíveis fontes de impacto sobre a comunidade arbórea.
O levantamento da composição florística foi realizado em seis nascentes, essas
foram classificadas como degradada, perturbada ou preservada. Em cada nascente
foram amostradas quatro parcelas de 5 x 30 m, totalizando 600 m². As espécies
foram classificadas por síndrome de dispersão e grupo sucessional. A similaridade
florística entre as nascentes foi comparada por meio de análise de agrupamento.
Foram amostrados 485 indivíduos, distribuídos em 46 espécies e 23 famílias
botânicas nas seis nascentes. A espécie exótica Eucalyptus sp. foi encontrada em
todas as nascentes. Houve a dominância de espécies com síndrome de dispersão
zoocórica e do grupo sucessional pioneira. O dendrograma demonstrou maior
dissimilaridade entre nascentes preservadas e degradadas. A principal causa de
alteração na composição florística das nascentes foi o plantio de Eucalyptus sp. em
áreas de preservação permanente. Os valores do índice de Shannon e a riqueza das
nascente avaliadas são inferiores aos encontrados em outros estudos realizados na
mesma fisionomia florestal, evidenciando impacto na comunidade arbórea das
nascentes.
PALAVRAS-CHAVE: área de preservação permanente, bacia hidrográfica, nível de
perturbação, similaridade florística.
FLORISTIC OF PERMANENT PRESERVATION AREA IN SPRINGS WITH
DIFFERENT LEVELS OF CONSERVATION AT SUB-BASIN ARROIO MANOEL
ALVES IN ITAARA, RS
ABSTRACT
The natural vegetation around springs plays important ecosystem services
and its conservation and restoration is necessary. In this sense, the present study
aimed to analyze the current state of the floristic composition in springs located in of
Arroio Manoel Alves sub-basin, Itaara, Rio Grande do Sul, in order to characterize
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the impact level on the tree community. Floristic composition survey was performed
in six springs, that were classified as degraded, disturbed or preserved. In each
spring were sampled four plots (5 x 30 m), in 600 m² of total areas. The species were
classified by dispersal syndrome and successional group. The floristic similarity
between the springs was compared using cluster analysis. We sampled 485
individuals, belonging to 46 species and 23 botanic families in the six springs. The
exotic species Eucalyptus sp. was found in all the springs. Zoochoric and pioneer
species predominated in the study area. The dendrogram showed greater
dissimilarity between preserved and degraded springs. The main cause of change in
floristic composition was the Eucalyptus sp. plantation in permanent preservation
areas. The values of Shannon index and the richness of spring evaluated are lower
than those found in other studies conducted in the same forest physiognomy,
evidenced impact on tree community of springs.
KEYWORDS: permanent preservation area, watershed, level of disturbance, floristic
similarity.
INTRODUÇÃO
As florestas, em especial as matas ciliares e a vegetação natural no entorno
de nascentes, desempenham importantes serviços ambientais, como a manutenção
do ciclo hidrológico (DE GROOT et al., 2000; CASSATI, 2010), mais notadamente
na qualidade e quantidade da água, na filtragem e retenção de partículas (COLLINS
et al., 2013; AGUIAR et al., 2014), na diminuição do escoamento superficial e, com
isso, maior infiltração (RODRIGUES et al., 2015), entre outros.
A preservação da vegetação natural nas margens dos rios e ao redor de
nascentes e reservatórios é regulamentada pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de
2012. Denominadas como Áreas de Preservação Permanente têm a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade , o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bemestar das populações humanas. Em relação à faixa no entorno de nascentes e de
olhos d’água perenes, em qualquer situação topográfica, é obrigatório um raio
mínimo de 50 m. Por outro lado, quando se trata de áreas consolidadas, com
atividades agrossilvipastoris até a data de 22 de julho de 2008, o raio mínimo
obrigatório de vegetação nativa é de 15 m no entorno das nascentes (BRASIL,
2012). No entanto, há um consenso entre a comunidade científica e a percepção de
produtores rurais (principalmente entre os pequenos e médios produtores), de que
essa metragem não é suficiente para a efetiva preservação dos serviços prestados
pelas áreas de nascentes (SILVA et al., 2011).
Apesar de sua importância ambiental, e mesmo sendo áreas de preservação
permanente protegidas pela legislação, as áreas de mata ciliar e no entorno de
nascentes são constantemente submetidas a pressões antrópicas (FERREIRA et al.,
2011; OLIVEIRA et al., 2012), ocorrendo um processo de substituição de paisagens
naturais por outros tipos de uso e ocupação do solo, tais como agricultura,
pastagem, silvicultura, entre outros (ALARCON et al., 2015) e fragmentação de
habitats.
A fragmentação de habitats é uma das principais consequências da atual
dinâmica de uso da terra pelo homem, cuja velocidade de alteração das paisagens
naturais é maior do que a da dinâmica de perturbação natural dos ecossistemas
(TABARELLI & GASCON, 2005). A fragmentação causa perda de habitats, extinção
de espécies (BERNACCI et al., 2006), alteração na comunidade arbórea (METZGER
et al., 2009), sendo que espécies tolerantes à sombra são fortemente afetadas pelo
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efeito de borda, assim como os processos de chuva de sementes, recrutamento e
mortalidade (GROENEVELD et al., 2009).
Assim, ações de conservação e restauração devem ser implementadas para
reduzir a extinção de espécies, manutenção de florestas maduras, favorecer
processos de regeneração (METZGER et al., 2009) e garantir a manutenção da
biodiversidade regional (BERNACCI et al., 2006). Além disso, a pressão antrópica
exercida nas áreas de nascente e mata ciliar causa impacto direto na composição
florística das comunidades, muitas vezes, desconhecido pela ciência. Nesse sentido,
informações quanto à estrutura ecossistêmica, níveis de resiliência, comportamento
das espécies, são importantes para implementação de ações de restauração e
conservação da biodiversidade, especialmente na região sul do Brasil, devido ao
clima subtropical (ROVEDDER et al., 2014).
Nesse sentido, o rebordo do planalto meridional na região central do Rio
Grande do Sul (RS), constitui-se em uma área primordial para abastecimento d'água
de diversas cidades e para manutenção da vazão em cursos hídricos. Esta região é
local de nascente dos Rios Ibicuí e Vacacaí-mirim, que percorrem uma extensa
região da metade sul do Estado. A sub-bacia do Arroio Manoel Alves, pertencente à
bacia do Rio Vacacaí-Mirim, teve suas matas ciliares fortemente impactadas por
ações antrópicas quanto ao uso e ocupação do solo e supressão da vegetação
nativa no entorno de muitas nascentes (GIACOMINI et al., 2014).
Portanto, o presente estudo objetivou verificar o estado atual da composição
florística em nascentes da sub-bacia do Arroio Manoel Alves, como forma de
caracterização do nível de perturbação sobre a comunidade arbórea.
MATERIAL E MÉTODOS
Localização da área
O estudo foi desenvolvido em seis nascentes da sub-bacia do arroio Manoel
Alves, no município de Itaara (Lat. 29º 36' S e Long. 95º 46' O), região central do Rio
Grande do Sul (Figura 1). De acordo com a classificação climática de Köppen, o
município se enquadra no tipo Cfa, clima subtropical úmido, com verões quentes,
sem estação seca definida. A temperatura média do mês mais frio é de 12,2°C e a
do mês mais quente é de 22,9°C, a altitude média do município é de 400 m
(ALVARES et al., 2013). A classe de solo predominante na região é o Neossolo
Litólico, originado de rochas ígneas extrusivas (STRECK et al., 2008).
A região está inserida no Bioma Mata Atlântica, com predomínio da Floresta
Estacional Decidual (IBGE, 2012), em que a maior parte da área florestal se
encontra no Rebordo do Planalto, localizada na metade sul do município de Itaara.
Em pequenas proporções ocorre Floresta Ombrófila Mista, principalmente nas áreas
altas e planas, onde a vegetação arbórea forma capões e matas de galeria
(MARCHIORI, 2002). A sub-bacia hidrográfica do arroio Manoel Alves abrange uma
área de aproximadamente 3.300 ha, inserida na Bacia Hidrográfica do Rio VacacaíMirim, esta possui área total de 112.000 ha, em cinco municípios: Santa Maria,
Restinga Seca, Itaara, São João do Polesine e Silveira Martins (GASTALDINI &
OPPA, 2011).
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FIGURA 1 Mapa de localização da sub-bacia do Arroio Manoel Alves em Itaara, RS.
Caracterização do estado de conservação e fonte de impacto das nascentes
As nascentes foram caracterizadas em diferentes estados de conservação,
conforme a classificação proposta por PINTO et al. (2004), em que são demarcados
quatro raios de 50 m cada, medidos com trena, partindo do olho d'água, à direita,
esquerda, acima e abaixo deste, tendo como referência o escoamento do curso de
água. Desse modo, classificou-se as nascentes em três categorias:
- Preservada: quando apresentavam pelo menos 50 metros de vegetação
natural no seu entorno;
- Perturbada: quando não apresentavam 50 metros de vegetação natural, mas
apresentavam bom aspecto, apesar de estarem ocupadas em parte por pastagem
e/ou agricultura;
- Degradada: quando se encontravam com alto grau de perturbação, pouco
vegetada, solo compactado, presença de gado, com erosões e voçorocas.
As principais fontes de perturbação observadas nas nascentes do Arroio
Manoel Alves foram plantios de eucalipto em regime de talhadia e pecuária bovina
(Tabela 1).
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TABELA 1 Estado de conservação, fonte de impacto e características do entorno de
seis nascentes da sub-bacia do arroio Manoel Alves em Itaara, RS.
Estado de
Fonte de
Características do entorno da
Nascente
conservação
perturbação
nascente
Plantio de eucalipto Faixa de vegetação natural menor
N1
Perturbada
e pecuária bovina
que 10 m e área de pastagem
Plantio de eucalipto Pastagem e plantio de eucalipto
N2
Degradada
e pecuária bovina
na APP
Plantio de eucalipto Pastagem e plantio de eucalipto
N3
Degradada
e pecuária bovina
na APP
N4
Preservada
Vegetação natural
N5
Preservada
Vegetação natural
Área isolada a oito anos em
N6
Perturbada
Pecuária bovina
sucessão inicial
Levantamento florístico
Para a caracterização florística do estrato arbóreo foram demarcadas quatro
parcelas de 5 m x 30 m formando uma cruz em cada nascente, tendo como ponto
central o olho d'água, a área amostral total foi de 600 m² em cada nascente. Todos
os indivíduos com Circunferência à Altura do Peito (CAP) maior que 15 cm foram
identificados taxonomicamente a campo, sendo que quando houve dúvida sobre a
identificação de alguma espécie, materiais foram coletados e identificados com a
ajuda de especialistas no Herbário do departamento de Ciências Florestais da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Adotou-se o sistema de classificação
APG III (2009) e os nomes científicos confirmados por meio do site do Missouri
Botanical Garden (http://www.tropicos.org/Home.aspx).
Análise dos dados
As espécies foram classificadas conforme a síndrome de dispersão das
sementes, adotando os critérios morfológicos do fruto (PIJL, 1982) e com auxilio de
bibliografia (BUDKE et al., 2005; NEGRINI et al., 2012; SCIPIONI et al., 2013).
Dessa forma, as espécies foram classificadas em zoocórica, quando são dispersos
por animais, anemocórica, quando são dispersos pelo vento e autocórica, quando
não há adaptações para dispersão pelas outras formas, como alas, polpa carnosa,
semente com arilo, entre outras adaptações. As espécies também foram
classificadas quanto ao grupo sucessional, conforme o proposto por SWAINE &
WHITMORE (1988), em pioneiras e não pioneiras.
A composição florística do estrato arbóreo foi avaliada pelos parâmetros
riqueza, abundância, diversidade de Shannon (H) e equabilidade de Pielou (J'). Os
valores de diversidade de Shannon (H) foram comparados pelo teste-t de Hutcheson
(HUTCHESON, 1970), as comparações foram feitas aos pares.
Para verificar a similaridade florística entre as nascentes, foi realizada análise
de agrupamento com dados de presença e ausência pelo método de ligação
UPGMA (Unweighted Pair Group Method with Arithmetic Mean) e dissimilaridade de
jaccard, de acordo com o pacote vegan (OKSANEN et al., 2015) do programa R (R
DEVELOPMENT CORE TEAM, 2013).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
No levantamento florístico, foram amostrados 485 indivíduos, pertencentes a
46 espécies e 23 famílias botânicas, nas seis nascentes avaliadas. Das espécies
amostradas, três foram identificadas apenas em nível de gênero e sete não foram
identificadas, devido a ausência de material botânico (Tabela 2).
O número de espécies, considerando todas as nascentes, foi inferior ao
observado em outros estudos realizados no rebordo do planalto meridional, na
região central do Rio Grande do Sul. FÁVERO et al. (2015) registrou 57 espécies em
um morro da mesma tipologia florestal. Em outro estudo, também na mesma região,
foram registradas 66 em floresta secundária e 43 em área de capoeira (DULLIUS,
2012).
TABELA 2 Relação de espécies distribuídas em suas respectivas famílias e
classificação ecológica por grupo sucessional e síndrome de dispersão
de sementes de seis nascentes da sub-bacia do Arroio Manoel Alves,
em Itaara, RS.
Nascentes
Família/Espécies
GS
SD
N1 N2 N3 N4 N5 N6 Total
Anacardiaceae
1
1
Lithraea molleoides (Vell.) Engl.
P
Zoo
1
1
3
7
Schinus terebinthifolius Raddi
P
Zoo 2
Aquifoliaceae
3
3
Ilex brevicuspis Reissek
NP
Zoo
Araucariaceae
Araucaria angustifolia (Bertol.)
1
2
3
Kuntze
P
Zoo
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana (Cham.)
1
1
Glassman
P
Zoo
Asteraceae
13 13
Baccharis dracunculifolia DC.
P
Ane
Dasyphyllum spinescens (Less.)
3
3
Cabrera
P
Ane
Erythroxylaceae
7
Erythroxylum deciduum A.St.-Hil.
P
Zoo 7
Euphorbiaceae
Gymnanthes klotzschiana
1 4
2
18
11
Müll.Arg.
P
Aut
Fabaceae
Dalbergia frutescens (Vell.)
14 9
23
Britton
P
Ane
Parapiptadenia rigida (Benth.)
3
4
7
Brenan
P
Ane
Lauraceae
Cinnamomum amoenum (Nees)
3
3
Kosterm.
NP
Zoo
2
2
Ocotea puberula (Rich.) Nees
P
Zoo
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Ocotea pulchella (Nees) Mez
Malvaceae
Luehea divaricata Mart. & Zucc.
Melastomataceae
Miconia hiemalis A.St.-Hil. &
Naudin ex Naudin
Myrtaceae
Blepharocalyx salicifolius (Kunth)
O.Berg
Calyptranthes concinna DC.
Campomanesia
xanthocarpa O.Berg
Eucalyptus sp.
Eugenia involucrata DC.
Eugenia rostrifolia D.Legrand
Eugenia uniflora L.
Myrcia palustris DC.
Psidium cattleianum Sabine
Pinaceae
Pinus sp.
Quillajaceae
Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. &
Tul.) Mart.
Rhamnaceae
Hovenia dulcis Thunb.
Rosaceae
Prunus myrtifolia (L.) Urb.
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Salicaceae
Casearia decandra Jacq.
Sapindaceae
Allophylus edulis (A.St.-Hil.,
Cambess. & A. Juss.) Radlk.
Allophylus guaraniticus (A. St.Hil.) Radlk.
Cupania vernalis Cambess.
Matayba elaeagnoides Radlk.
Solanaceae
Cestrum sp.
Styracaceae
Styrax leprosus Hook. & Arn.
Symplocaceae
Symplocos uniflora (Pohl) Benth.
Thymelaeaceae
10
P
Zoo
P
Ane
P
Zoo
P
NP
Zoo
Zoo
NP
P
NP
NP
P
P
P
Zoo
Ane
Zoo
Zoo
Zoo
Zoo
Zoo
P
Ane
P
Ane
P
Zoo
1
P
Zoo
7
P
Zoo
NP
Zoo
P
Zoo
P
P
P
Zoo
Zoo
Zoo
P
Zoo
P
Zoo
P
Zoo
15
25
1
1
3
1
1
6
2
12
1
1
1
1
18 37 93 30
3
1
10
9
12
1
1
191
4
1
19
2
1
4
4
1
1
2
1
1
1
1
1
2
1
1
2
10
2
5
1
4
1
1
1
1
4
4
8
16
3
19
3
37
1
1
4
1
2
1
3
3
29
36
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9
9
Daphnopsis racemosa Griseb.
NP Ane
Não determinada
1
1
NI 1
Nd
Nd
2
2
NI 2
Nd
Nd
1
1
NI 3
Nd
Nd
2
2
NI 4
Nd
Nd
1
1
NI 5
Nd
Nd
3
3
NI 6
Nd
Nd
2
2
NI 7
Nd
Nd
62 38 95 122 99 69 485
Total
Em que : GS = Grupo sucessional; P = Pioneira; NP = Não Pioneira; SD = Síndrome
de dispersão; Zoo = Zoocórica; Ane = Anemocórica; Aut = Autocórica; nd = não
determinada.
A família Myrtaceae foi a mais representativa (9 spp.), seguida de
Sapindaceae (4 spp.) e Lauraceae (3 spp.). Essas famílias possuem ampla
distribuição no sul do Brasil (JARENKOV & WAECHTER, 2001; NASCIMENTO et
al., 2001; GIEHL et al., 2007; SILVA et al., 2012; FÁVERO et al., 2015; FIORENTIN
et al., 2015), sendo que muitas das espécies de Myrtaceae são registradas em
ambiente higrófilo, como nascentes e matas ciliares.
As espécies com maior número de indivíduos foram Eucalyptus sp., Matayba
elaeagnoides Radlk., Symplocos uniflora (Pohl) Benth. e Ocotea pulchella (Nees)
Mez, sendo que o eucalipto foi a única espécie florestal amostrada em todas as
nascentes.
A principal atividade econômica da sub-bacia do Arroio Manoel Alves é a
silvicultura do eucalipto em regime de talhadia, sendo que apenas uma das seis
nascentes avaliadas não se encontra em propriedade rural com essa atividade.
Apesar das nascentes N4 e N5 se encontrarem com vegetação natural em um raio
de 50 m em seu entorno, também há indivíduos de eucalipto nesses locais (Tabela
2) decorrente de antigos plantios.
TABELA 3 Abundância, riqueza, índice de diversidade de Shannon e equabilidade
de Pielou encontrados em cada nascente avaliada na sub-bacia do
Arroio Manoel Alves, em Itaara, RS.
Nascente
Abundância
Riqueza (S)
H'
J'
N1 - Perturbada
62
14
2,12
0,80
N2 - Degradada
38
2
0,12
0,18
N3 - Degradada
95
3
0,12
0,11
N4 - Preservada
122
22
2,54
0,82
N5 - Preservada
99
22
2,62
0,85
N6 - Perturbada
69
17
2,05
0,72
Em que: H' = Índice de diversidade de Shannon; J' = Equabilidade de Pielou
Os valores de equabilidade de Pielou para as nascentes preservadas e
perturbadas demonstraram uniformidade na distribuição de indivíduos por nível
taxonômico amostrado. Contudo, as nascentes degradadas N2 e N3 apresentaram
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os menores valores para este índice, o que pode ser devido à dominância de
indivíduos de eucalipto (Tabela 3).
Observou-se os menores valores do índice de diversidade de Shannon (H')
nas nascentes degradadas N2 e N3, essas áreas foram iguais pelo teste-t de
Hutcheson (p<0,05) e diferentes das demais áreas na comparação aos pares
(Tabela 4). A maior diversidade florística foi observada nas nascentes preservadas
N5 e N4, sendo que não houve diferença entre essas nascentes (Tabela 4). Os
valores de índice de Shannon encontrados para cada nascente foram inferiores aos
encontrados por DULLIUS (2012) em Floresta Estacional Decidual secundária na
mesma região do presente estudo e em outros estudos realizados em mata ciliar da
mesma formação florestal, também na região central (BUDKE et al., 2004) e na
região noroeste do estado (AVILA et al., 2011).
TABELA 4 Significância do teste-t de Hutcheson (p<0,05) para o índice de
diversidade de Shannon (H') entre as nascentes da sub-bacia do Arroio
Manoel Alves, em Itaara, RS.
Nascente
H'
N1
N2
N3
N4
N5
N6
N1 - Perturbada
2,12
N2 - Degradada
0,12
s
N3 - Degradada
0,12
s
ns
N4 - Preservada
2,54
s
s
s
N5 - Preservada
2,62
s
s
s
ns
N6 - Perturbada
2,05
ns
s
s
s
s
Em que: s = diferença significativa; ns = diferença não significativa
Quanto ao grupo sucessional, o predomínio de espécies pioneiras (31)
demonstra o grau de antropização a que as nascentes foram submetidas em maior
ou menor nível (Figura 2), demonstrando caráter inicial a médio das áreas e a
fragmentação e antropização dos habitats.
Número de espécies
25
2
20
4
15
4
3
3
1
2
10
5
16
15
14
N3
N4
Nascentes
N5
N6
11
2
0
N1
N2
Pioneira
3
Não Pioneira
Não identif icada
FIGURA 2 Classificação sucessional das espécies identificadas nas nascentes da
sub-bacia do Arroio Manoel Alves em Itaara, RS.
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A síndrome de dispersão zoocórica foi dominante em todas as nascentes
seguida da anemocórica e autocórica (Figura 3). Considerando todas as nascentes,
foram encontradas 63,04% de espécies zoocóricas, 19,56% anemocóricas, 2,17%
autocóricas e 15,22% não foram determinadas. A síndrome de dispersão zoocórica
tem sido relatada como dominante em fisionomias subtropicais, como em Floresta
Estacional Decidual (BUDKE et al., 2005; SCIPIONI et al., 2013) e em Floresta
Ombrófila Mista (NEGRINI et al., 2012).
A maior proporção de espécies zoocóricas confirma a importância dos
agentes bióticos na dispersão de sementes em florestas subtropicais, sendo que a
diminuição de populações de animais pode dificultar a colonização e
estabelecimento de espécies, conforme concluído por ALMEIDA et al. (2008). O
autor realizou estudo das síndromes de dispersão em Floresta Ombrófila Mista no
sul do Paraná.
A única espécie autocórica amostrada foi Gymnanthes klotzschiana
Müll.Arg.(branquilho) da família Euphorbiaceae, sendo que esta espécie não foi
encontrada na comunidade arbórea das nascentes N2 e N6.
Número de espécies
25
20
2
1
4
4
1
15
4
5
13
12
N5
N6
1
1
1
10
15
5
11
1
1
1
1
1
0
N1
zoocórica
N2
N3
N4
Nascentes
anemocórica
autocórica
não deteminada
FIGURA 3 Síndromes de dispersão das espécies identificadas nas
nascentes da sub-bacia do arroio Manoel Alves, em
Itaara,RS.
Há maior similaridade entre as nascentes preservadas N4 e N5. Estas tiveram
ligações mais próximas às nascentes perturbadas N1 e N6. As nascentes
degradadas N2 e N3 formaram um grupo com maior dissimilaridade em relação às
demais. Essa divisão concorda com as diferenças nos valores de riqueza,
equabilidade de Pielou e diversidade de Shannon entre nascentes com menor
riqueza e em maior estado de degradação da estrutura ecossistêmica (Figura 4).
Conforme a intensidade de perturbação há alteração na composição florística
no entorno das nascentes, sendo que a principal causa dessa alteração deve-se ao
plantio de eucalipto em áreas de preservação permanente. Apenas as nascentes N4
e N5 apresentaram valores superiores para todos os parâmetros avaliados. Ao
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contrário, os valores observados para as demais áreas confirmam a necessidade de
intervenções de técnicas de restauração florestal para acelerar o restabelecimento
da diversidade florística e funcional no entorno destas nascentes.
FIGURA 4 Dendrograma obtido pela análise de agrupamento para a
composição florística das nascentes da sub-bacia do
Arroio Manoel Alves, em Itaara, RS.
CONCLUSÕES
As famílias com maior riqueza seguem o observado em estudos realizados
em áreas da mesma formação florestal.
Os valores do índice de Shannon e a riqueza das nascentes avaliadas são
inferiores aos encontrados em outros estudos realizados na mesma fisionomia
florestal, evidenciando impacto na comunidade arbórea das nascentes.
O plantio de eucalipto em área de preservação permanente é a principal
causa de alteração na composição florística nas áreas de nascente.
Há a necessidade de estabelecer medidas e técnicas de restauração
ecológica para as nascentes da sub-bacia do Arroio Manoel Alves.
AGRADECIMENTO
À Petrobras pelo patrocínio, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
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