3.1 alporquia

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Universidade Federal do Amazonas
Departamento de Ciências Florestais
Faculdade de Ciências Agrárias
Curso de Engenharia Florestal
Mergulhia e Alporquia
Manaus, Junho de 2009.
Eliezer Litaiff de Aguiar
Elvis Mouzinho de Almeida
José Cordeiro Neto
Leonardo Brasileiro Lira
Roberto José Maués da Rocha
Paulo Renato da Silva Vieira
Walter Gomes da Silveira Filho
Mergulhia e Alporquia
Trabalho solicitado pela Professora
Narrúbia Almeida para obtenção de nota
na matéria de Viveiros Florestais.
Manaus, Junho de 2009.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
2. OBJETIVO ................................................................................................................... 5
3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................... 5
3.0 METODOLOGIA ....................................................................................................... 6
3.1 ALPORQUIA .............................................................................................................. 6
3.1.1 RECOMENDAÇÕES.............................................................................................. 7
3.1.2 PRÁTICA DE PROPAGAÇÃO.............................................................................. 7
3.1.2.1 ALPORQUIA AÉREA ......................................................................................... 7
3.1.2.2 ALPORQUIA DE SOLO ..................................................................................... 8
3.1.2.3 ALPORQUIA DE TORNIQUETE ...................................................................... 8
3.2 MERGULHIA ............................................................................................................ 9
3.2.1 RECOMENDAÇÕES............................................................................................ 10
3.2.2 Fatores que afetam a regeneração das plantas ....................................................... 10
3.2.2.1 Luz ...................................................................................................................... 11
3.2.2.2 Solo ..................................................................................................................... 11
3.2.2.3 Nutrição .............................................................................................................. 11
3.2.2.4 Fisiológico .......................................................................................................... 11
3.2.2.5 Idade do ramo ..................................................................................................... 11
3.2.2.6 Reguladores de crescimento ............................................................................... 12
3.2.2.7 Anelamento ......................................................................................................... 12
3.2.3 PRÁTICA DE PROPAGAÇÃO............................................................................ 12
3.2.3.1 POR CURVATURA E ENTERRAMENTO DE RAMO .................................. 12
3.2.3.2 MERGULHIA SIMPLES INVERTIDA ............................................................ 13
3.2.3.3 MERGULHIA CONTÍNUA CHINESA ............................................................ 14
Figura 2. Mergulhia contínua chinesa. ........................................................................... 14
3.2.3.4 MERGULHIA CONTÍNUA SERPENTEADA ................................................. 14
3.2.3.5 MERGULHIA TIPO CEPA ............................................................................... 15
3.3 Vantagens e desvantagens do método de propagação assexuada ............................. 16
4.0 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 17
5.0 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO
A multiplicação das plantas por meio de caules é uma das técnicas mais
comuns na propagação vegetativa. A propagação vegetativa ou assexual é de
grande importância quando se deseja multiplicar um genótipo que é altamente
heterozigoto e que apresenta características consideradas superiores, que se
perdem quando propagadas por sementes. Cada planta, individualmente
produzida por meio vegetativo, é, na maioria das vezes, geneticamente idêntica
à planta – mãe, constituindo assim, o motivo de sua aplicação. O método
implica a criação e desenvolvimento de um sistema radicular no caule, quer
antes, quer depois da sua remoção da planta – mãe, o que se pode conseguir
pelo processo chamado de mergulhia. Em relação ao método de propagação
vegetativa artificial pode ser citado o método da alporquia. O presente trabalho
tem como objetivo apresentar informações sobre estes dois métodos de
propagação vegetativa apresentando conceitos e os tipos mais utilizados de
cada um assim como suas vantagens e desvantagens no que se trata de
propagação de plantas e os fatores que afetam a regeneração das plantas.
2. OBJETIVO
Executar a multiplicação de plantas por meio de caules através do
desenvolvimento de um sistema radicular no caule antes ou depois da sua
remoção da planta – mãe e também para proceder artificialmente a propagação
vegetativa através dos métodos de mergulhia e alporquia.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Horto Municipal de Manaus entre os meses de
abril e maio. As espécies utilizadas foram a papoula (Hibiscus sp) e ervacidreira que são espécies de fácil manuseio para este tipo de procedimento.
Também foi utilizada bibliografia adquirida na biblioteca central da UFAM para
a realização do trabalho escrito, além de material coletado na internet e para o
experimento foram utilizados: arame de cobre, tesourinha, pá, maquina
fotográfica, tesoura de poda e saco plástico.
3.0 METODOLOGIA
3.1 ALPORQUIA
O método da alporquia é um dos métodos mais antigos usados para a
reprodução de plantas. É recomendado para a multiplicação de espécies que
produzem caules e ramos rígidos e lenhosos ou que sejam difíceis de enraizar
por estacas de galho.
Dentre os métodos de reprodução vegetativa, a alporquia é especialmente
indicada para plantas que perderam suas folhas inferiores e ficaram com sua
aparência comprometida. O processo consiste, principalmente em, interromper
o fluxo de seiva em um determinado ponto da planta, imediatamente abaixo do
ponto de onde queremos fazer a divisão, forçando o aparecimento de novas
raízes, incentivando uma região próxima à extremidade de um caule principal
ou de um ramo lateral a produzir raízes, assim, com a separação da
extremidade enraizada, é possível obter um novo exemplar da planta.
A alporquia deve ser feita na época em que as plantas estejam em plena
atividade vegetativa.
O tempo gasto para realizar a separação do ramo que sofreu alporquia é
de aproximadamente dois a três meses, dependendo da espécie. A melhor
forma de determinar a época de remoção do ramo que sofreu alporquia é
observar a formação de raízes através do plástico transparente.
Uma das grandes vantagens deste método é que o funcionamento
vegetativo da planta não é prejudicado, de forma a preservar e até favorecer a
planta-mãe. Outra vantagem da alporquia é permitir o controle do crescimento
de plantas. Porém, o seu principal fator limitante é manter úmido o substrato
envolto, em razão da altura e do fato de este estar amarrado ao galho. Por ser
muito trabalhosa, não é utilizada para a propagação de plantas frutíferas em
nível comercial, más é um método que facilita o emprego de técnicas, como o
anelamento e a aplicação de hormônios, os quais auxiliam a formação de
raízes.
Figura 1. Procedimentos de alporquia.
3.1.1 RECOMENDAÇÕES
Quando se pretende usar o método para a obtenção de novos
exemplares, recomenda-se selecionar ramos laterais para a operação. Por
outro lado, quando a intenção for controlar a altura, deve-se fazer o alporque
na extremidade do caule principal.
3.1.2 PRÁTICA DE PROPAGAÇÃO
Existem 3 tipos de básicos de alporquia:
- Alporquia aérea (também chamada de Anel de Malpighi);
- Alporquia de solo;
- Alporquia de torniquete.
3.1.2.1 ALPORQUIA AÉREA
Na alporquia aérea, retira-se a casca em torno de todo o galho (para
espécies mais delicadas, pode-se deixar uma pequena faixa que é chamada de
ponte). O comprimento do corte deverá ser de 2 a 3 vezes o diâmetro do
tronco. O processo se inicia deixando uma quantidade de esfagno suficiente de
molho em hormônio enraizador por período de no mínimo 2 horas. Pode-se
usar também hormônio enraizador em pó, no local de onde se retirou a casca.
O local sem casca é cuidadosamente envolvido com o esfagno, que é preso
com o uso de uma fita ou ráfia, sem apertar muito. A bola de esfagno deverá
ter um diâmetro suficiente para permitir o desenvolvimento das raízes. Depois
disso, cobre-se tudo com um plástico que pode ser de cor preta para evitar a
entrada de raios solares (as raízes são foto sensíveis), prendendo-o tanto na
parte inferior quanto na superior, tendo-se o cuidado de deixar uma pequena
abertura por onde irá entrar a água, Ao invés desse plástico, pode-se usar
também um pequeno vaso ou copo descartável, o qual é cortado ao meio,
arrumado em volta da "bola de esfagno" e o restante do recipiente completado
com terra. Logo em seguida faz – se uma inspeção nas raízes e se age
conforme na alporqia de solo, tendo o cuidado de não desmanchar a bola de
esfagno, sob o risco de danificar as raízes que neste momento são muito
delicadas.
3.1.2.2 ALPORQUIA DE SOLO
Na alporquia de solo, utiliza- se um galho longo, que possa ser dobrado
até o chão ou ainda pode-se usar um vaso colocado ao lado do galho que se
pretende usar. Para facilitar pode – se retirar uma parte da casca (± metade do
diâmetro do galho por um comprimento de ± 2 vezes o seu diâmetro), do lado
que estiver para baixo (em contato direto com a terra). Após o período
recomendado, faz-se uma inspeção e se a quantidade de raízes for suficiente,
o galho é então separado da planta mãe e plantado em outro vaso, se não se
coloca a terra de volta e aguarda-se por mais um tempo.
3.1.2.3 ALPORQUIA DE TORNIQUETE
No método do torniquete usa - se o mesmo procedimento da alporquia
aérea, sendo que não se corta a casca. O que se faz é enrolar no galho um
arame de cobre com diâmetro de ± 3 mm, fazendo-se um torniquete até que
metade do diâmetro do arame penetre na casca. Esse método é usado em
plantas que não toleram uma interrupção radical no fluxo da seiva (caso
particular das coníferas)
3.2 MERGULHIA
A mergulhia é uma das técnicas mais antigas usadas na propagação das
plantas lenhosas. A haste é forçada a desenvolver raízes antes de ser
separada da planta-mãe. Trata-se de um método fácil em virtude de evitar o
controle ambiental adequado para se assegurar a sobrevivência da haste
enquanto se desenvolve o seu sistema radicular.
É essencial escolher conscientemente tanto o ramo a utilizar na mergulhia
como o solo que apresenta melhores condições para enraizamento. A condição
em que se apresenta o ramo exerce um efeito significativo sobre o possível
sucesso da mergulhia. Para que seja o maior possível, deve-se procurar a
obtenção de ramos vigorosos, de crescimento rápido e com elevada
capacidade de enraizamento. O solo em redor da planta-mãe necessita ser
preparado para constituir um meio que facilite o enraizamento do ramo. A
formação de raízes será encorajada, em primeiro lugar, pela exclusão da luz,
além de ser também pela presença de oxigênio, humidade e calor suficiente.
A colocação de haste ao abrigo da luz, que se chama branqueamento é
extremamente importante para se estimular o crescimento inicial das raízes.
Quanto mais cedo se a luz se excluir da haste, melhor será a resposta. Assim,
quanto mais depressa a haste for enterrada no solo, maiores serão as
probabilidades de se conseguir o enraizamento. O solo onde se pretende
executar a mergulhia deve possuir boa capacidade para retenção de água,
bom arejamento e drenagem adequada. O calor melhorará o enraizamento e
por esse motivo, deve – se assegurar que o ramo mergulhado e o solo em que
a operação se efetivou recebam uma quantidade adequada de luz solar. No
entanto, não esquecer que o aquecimento só será eficiente em boas condições
de humidade do solo. Assim é vantajosa a rega das mergulhias durante os
períodos secos.
As mergulhias que tenham revelado dificuldade de um bom enraizamento
deverão ser dadas um período adequado para se estabelecerem antes de
serem levantadas. Para que elas atinjam esse estado, elas devem ser
estimuladas separando – as da planta – mãe as já enraizadas cerca de três
semanas antes de serem retiradas e replantadas. Mais tarde, esta separação
pode ser reforçada pela poda dos ramos de modo a criar – se um melhor
equilíbrio entre as raízes e o ramo em que se originam. Sua principal
desvantagem é que a sua aplicação comercial é pouco restrita, pois o
rendimento é muito baixo e necessita de muita mão – de – obra. É de ampla
aplicação em arboricultura, mas não tão usado em silvicultura.
3.2.1 RECOMENDAÇÕES
- Antes da mergulhia
Os ramos devem ser preparados antes de entrar em contato com o solo.
As operações consistem na desfolha e em anelamentos, incisões ou torções na
parte que ficará enterrada.
Após ser enterrado, o ramo é mantido preso ao solo por um tutor ou
forquilha.
- Após a mergulhia
Os ramos-mergulhos, após determinado tempo, enraízam e devem ser
separados da planta matriz. A separação pode ser feita de uma só vez ou
gradualmente. A essa operação dá-se o nome de desmame. O desmame
gradual tem por finalidade a redução lenta da alimentação da nova planta, de
modo a forçá-la a nutrir-se de suas próprias raízes.
Uma separação brusca pode secar a planta, principalmente quando ela
não se encontra ainda suficientemente enraizada (Simão, 1998).
3.2.2 Fatores que afetam a regeneração das plantas
De um modo geral esse fatores são os mesmos da estaquia, diferindo apenas
em ordem de importância. Tal fato é devido a grande semelhança entre estes
métodos de propagação. A seguir serão apresentados os fatores mais
importantes:
3.2.2.1 Luz
Para que ocorra a formação de raízes em uma determinada parte do ramo, é
necessário que haja ausência de luz, nesta parte, durante o período de
enraizamento. A ausência de luz provoca um estiolamento do ramo, com
acúmulo de auxinas e diminuição da lignina e dos compostos fenólicos. As
possibilidades de enraizamento são maiores quando o estiolamento é feito em
ramos mais jovens.
3.2.2.2 Solo
É necessário que o solo apresente uma textura leve, com umidade, aeração e
temperatura adequadas para a formação das raízes.
3.2.2.3 Nutrição
Como planta propagada por mergulhia permanece ligada a planta-mãe, ocorre
um fluxo contínuo de água e minerais, sendo que uma nutrição equilibrada da
matriz poderá favorecer a formação de raízes.
3.2.2.4 Fisiológico
A mergulhia deve ser realizada quando a planta se encontra em fase de
crescimento vegetativo, principalmente no final deste período, devido a ocorrer
um acúmulo de carboidratos e outras substâncias importantes para a emissão
de raízes.
3.2.2.5 Idade do ramo
Ramos mais jovens geralmente enraízam com maior facilidade do que ramos
mais velhos. A poda drástica dos ramos antes da mergulhia é uma prática
bastante utilizada para a emissão de novas brotações que, assim como no
processo da estaquia, tendem, a apresentar um melhor enraizamento.
3.2.2.6 Reguladores de crescimento
A aplicação de substancias estimuladoras do enraizamento como o ácido
indolbutírico poderá favorecer a formação de raízes. Estas substâncias são
utilizadas principalmente alporquia, devido a facilidade de aplicação.
3.2.2.7 Anelamento
O anelamento é uma prática que provoca uma interrupção no fluxo das
substancias nutritivas no caule, produzindo um acumulo de carboidratos,
auxinas e outros fatores do crescimento nesta região, favorecendo o
enraizamento. O anelamento pode ser feito retirando-se um anel da casca, ou
amarrando-se um arame ao redor do ramo.
3.2.3 PRÁTICA DE PROPAGAÇÃO
Existem 5 tipos básicos de mergulha:
- Por curvatura e enterramento de ramo;
- Simples;
- Continua chinesa;
- Continua serpenteada;
- Tipo cepa;
3.2.3.1 POR CURVATURA E ENTERRAMENTO DE RAMO
O ramo a enraizar é dirigido no sentido do terreno, deste ramo a ser
propagado, devem-se retirar as brotações laterais e as folhas que se
encontram entre 10 e 60 cm da extremidade, depois o ramo é encurvado para
o solo e aí enterrado a uma profundidade de 10 a 15 cm, deixando-se, em
média, os últimos 25 cm do ramo emergentes (Browse, 1979, citado por Paiva
e Gomes, 2001). Para manter o ramo nessa posição, fixa-se um tutor na sua
proximidade.
A época ideal para se utilizar este processo é, normalmente, no princípio
da primavera, usando-se gemas dormentes, de um ano de idade, de ramos
baixos e flexíveis, que se podem dobrar facilmente até o solo. Como regra
geral, os ramos de mais de um ano não são indicados para se fazer a
mergulhia (Hartmann e Kester, 1976, citados por Paiva e Gomes, 2001).
A parte que permanece sob o solo emite raízes e forma uma planta.
3.2.3.2 MERGULHIA SIMPLES INVERTIDA
Este método é talvez o mais eficiente e fácil para a mergulhia de uma ampla
gama de variedades de plantas lenhosas. Constitui uma técnica que causa um
mínimo de perturbação a planta – mãe.
A porção de um ramo antes da extremidade é enterrada no solo, induzindo - se
a formação de raízes na parte abaixo da terra. Logo que se estabeleça o
sistema radicular, o ramo pode separar – se da planta – mãe. O
desenvolvimento das raízes é encorajado pelo fato de o fornecimento dos
alimentos minerais e das hormonas se restringir a parte enterrada do ramo.
Para se conseguir êxito deve - se recorrer a ramos com alta capacidade de
reprodução das raízes, localizados perto do nível da terra.
Rigorosamente doze meses antes de se proceder a mergulhia, podar um ramo
localizado na parte inferior da planta – mãe de modo a estimular – se a
produção de lançamentos de crescimento rápido. Estes serão encurvados e
manipulados com mais facilidade no decurso da mergulhia e da rapidez do seu
crescimento, evidenciarão boa capacidade de produção de raízes. Para facilitar
a permanência do ramo nesta posição é indicada a colocação de um tutor.
3.2.3.3 MERGULHIA CONTÍNUA CHINESA
Na modalidade contínua chinesa, o ramo é enterrado ao longo do seu
comprimento, ficando à mostra apenas a extremidade apical. O sucesso deste
método depende do fato de as gemas voltadas para cima crescerem e do
enraizamento correspondente na face voltada para baixo (Mattos, 1976, citado
por Paiva e Gomes, 2001).
É semelhante à mergulhia de curvatura, com a diferença de se poderem obter
várias novas plantas de uma única, dependendo do interesse e do tamanho do
ramo-mergulho.
Para que o ramo fique em contato com o solo, faz-se um sulco com
profundidade aproximada de 30 cm (Simão, 1998).
Figura 2. Mergulhia contínua chinesa.
3.2.3.4 MERGULHIA CONTÍNUA SERPENTEADA
Na modalidade contínua serpenteada, a colocação do ramo compreende
uma alternância de entradas e saídas do solo, permitindo a formação de mudas
normais e invertidas, além de dar ao conjunto um aspecto de serpentina
(Mattos, 1976, citado por Paiva e Gomes, 2003).
Este processo possibilita a obtenção de plantas normais e invertidas
simultaneamente (Simão, 1998).
Figura 3. Mergulhia contínua serpenteada.
3.2.3.5 MERGULHIA TIPO CEPA
Consiste no plantio de uma muda oriunda de semente ou de estaca e, antes da
estação de crescimento, em uma poda drástica da mesma, de modo que sejam
emitidas inúmeras brotações. Quando estas brotações apresentarem em torno
de 10 a 15 cm de altura, realiza-se a primeira amontoa com terra, a segunda
amontoa é realizada com 20 a 25 cm e a terceira quando as brotações
atingirem em torno de 40 cm. A amontoa deve ser realizada na primavera, de
modo que se forme em camalhão com 25 a 30 cm de altura para possibilitar um
bom desenvolvimento do sistema radicular formado. Em muitos casos, é
necessário realizar amontoas posteriores para a manutenção da altura
desejada.
A mergulhia de cepa só deve ser usada em espécies capazes de emitir gemas
adventícias ou dormentes, pois, com a poda drástica, elimina-se toda a parte
aérea da planta. Pode ser realizada várias vezes em uma mesma planta e
permite obter um bom número de mudas enraizadas.
A separação das brotações enraizadas é feita no inverno seguinte, devendo-se
desmanchar o camalhão com cuidado para não danificar o sistema radicular. O
corte deve ser feito o mais próximo possível da planta-mãe, a qual deve ser
mantida descoberta para emissão de novas brotações.
3.3 Vantagens e desvantagens do método de propagação assexuada
3.3.1. Vantagens: Perpetuação de caracteres agronômicos, redução da fase
juvenil, obtenção de plantas uniformes e combinação de clones na enxertia;
3.3.2 Desvantagens: Transmissão de doenças, risco de mutação das
gemas, riscos de danos generalizados na área de produção.
.
4.0 CONCLUSÃO
Os métodos de mergulhia e alporquia tem sido de grande importância e cada
vez mais utilizados como recursos para a propagação vegetativa, porem ainda
há muito que fazer para que esses métodos sejam mais eficazes, pois há
algumas espécies que são de difícil reprodução em condições ambientais
normais, mas vale ressaltar que esses métodos terão grande sucesso se as
plantas estiverem em grande atividade vegetativa. A capacidade para produção
de raízes depende não só da idade da planta – mãe como também da do
próprio ramo a usar para a propagação. Conclui-se também que existem
vantagens e desvantagens na utilização destes métodos de propagação
vegetativa já que os mesmos não são aplicáveis a todas as espécies vegetais e
podem inclusive acarretar em altos custos e mão-de-obra.
5.0 BIBLIOGRAFIA
BROWSE, Philip McMillan. A propagação das plantas, 3ª edição.Coleção
Euroagro, Publicações Europa – América. 1979
Sites:
http://www.celsobonsai.hpg.ig.com.br/alporquia.htm
http://dalmeida.com/floricultura/praticas/mergulhias.htm
http://www.jardimdeflores.com.br/JARDINAGEM/A29alporquia.htm
http://www.msm.com.br/botanica/alporquia.htm
http://www.projetobonsai.com/2008/04/03/alporquia/
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