Importância da Reprodução Assexuada das

Propaganda
biologia
Moderna plus
Parte I
Unidade C
Capítulo 6 Diversidade e reprodução das plantas
biologia dos organismos
2
amabis
martho
1
leitura
Importância para
a humanidade da reprodução
assexuada das plantas
A
s plantas angiospermas geralmente são capazes de se reproduzir asse- xuadamente, o que é denominado propagação vegetativa. Essa característica é utilizada pelos seres humanos para propagar plantas de interesse
econômico. A grama-de-jardim e o morangueiro, por exemplo, têm caules
do tipo estolho, ou estolão, que crescem sobre o solo e originam tanto raízes
como ramos aéreos de espaço em espaço. A quebra desses caules, espontânea
ou propositalmente, torna as plantas independentes, constituindo-se em
uma forma de reprodução assexuada. Algumas espécies apresentam gemas
caulinares foliares que podem dar origem a novos indivíduos. É o caso, por
exemplo, dos tubérculos da batata-inglesa e do inhame, assim como das
folhas da planta-da-sorte.
A capacidade de as gemas do caule de diversas plantas se diferenciarem
em ramos ou raízes tem sido aproveitada pelos agricultores e jardineiros
para propagar indivíduos com características de interesse. A técnica mais
utilizada para esse tipo de propagação é a estaquia, que consiste em remover
uma porção do ramo da planta que contenha gemas, a estaca, e introduzi-la
no solo úmido. Costuma-se também aplicar hormônios na base das estacas
para estimular a formação de raízes.
ESTAQUIA
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ALPORQUIA
MERGULHIA
Representação de alguns tipos de enxertia.
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Outra técnica de propagação vegetativa é a mergulhia, que consiste em
fazer um corte parcial em um ramo, dobrá-lo, prendê-lo ao solo com um
grampo de metal e cobri-lo de terra. O contato da região do corte com o solo
estimula o enraizamento e, quando este já é suficiente para manter a nova
planta, o ramo é cortado da planta-mãe. Uma variação desse método é a alporquia, que consiste em fazer um corte parcial no ramo e envolver a região
cortada com terra úmida, que é mantida no local por um pedaço de tecido
ou plástico amarrado ao ramo. Nesse caso, também, o corte e o contato com
a terra úmida induzem o enraizamento, enquanto o ramo continua a receber
nutrientes minerais e água da planta-mãe pela parte intacta do caule.
O método mais utilizado de propagação vegetativa de espécies arbóreas e
arbustivas, depois da estaquia, é a enxertia (do latim insertare, inserir). Essa
técnica consiste em implantar uma parte viva da planta que se quer propagar,
um ramo, ou uma gema, denominados “cavaleiros”, em uma porção enraizada
de uma outra planta, o “cavalo”. A técnica de enxertia é bem antiga, havendo
registros de sua utilização já no século III a.C para a propagação de árvores
frutíferas. A vantagem da enxertia é que os tecidos do cavaleiro fundem-se
aos tecidos do cavalo, o qual já tem raízes plenamente desenvolvidas, o que
possibilita o crescimento rápido do cavaleiro. Essa técnica é muito utilizada
para propagar plantas de interesse cujas raízes são fracas ou suscetíveis a
doenças. Nesses casos, utiliza-se como cavalo uma planta da mesma espécie,
ou de uma espécie próxima, que tenha sistema radicular vigoroso e resistente
a doenças.
A Garfagem
Cavaleiros
Cavalo
C Escudo ou borbulha
Gema
B Incrustação
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Cavaleiro
Enxertia
concluída com
aplicação de
cera
Cavalo
Algumas técnicas de propagação vegetativa de plantas.
Cavaleiro
com gema
Cavalo
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Uma outra técnica de propagação vegetativa que se torna cada vez mais
popular é a cultura de tecidos in vitro. A técnica consiste em retirar um fragmento da planta de interesse, esterilizando-o para evitar infecções bacterianas
e colocando-o em uma solução nutritiva solidificada com ágar. Nesse meio de
cultura, células do fragmento da planta readquirem características embrionárias e passam a se dividir, originando um aglomerado de células denominado
calo. A aplicação de hormônios vegetais ao calo induz a formação de raízes,
caule e folhas, gerando novas plantas.
josé mariano amabis
A técnica de cultura de tecidos tem sido empregada com grande sucesso
na propagação de plantas ornamentais como orquídeas, bromélias e outras
plantas de interesse econômico. Essa metodologia permitiu o desenvolvimento de plantas transgênicas, reconstituídas a partir de uma única célula
na qual foi implantado um gene de interesse.
Plantas originadas dos calos são
transplantadas para o solo
CLONES
Calos
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Fragmentos
de folhas são
colocados em meio
de cultura
As células
multiplicam-se,
originando os calos
Células dos calos
diferenciam-se em
pequenas plantas
Representação de técnicas de propagação vegetativa de plantas por
cultivo in vitro. Na foto, frascos contendo plantas jovens de cana-de-açúcar
propagadas in vitro por cultura de tecidos.
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