Quarta Estação ROTEIRO 1 “Discipulado Cristão”

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Quarta Estação
ROTEIRO 1
“Discipulado Cristão”
ENCONTRO: Quando você precisa de um conselho urgente para tomar uma decisão
importante, a quem você procurara e por quê?
EXALTAÇÃO: Ler João 14.26 e orar agradecendo a Deus por estar sempre ao nosso
lado. Sugestões de cânticos:
- Ajuntamento (número 9)
- Benditos laços são (número 25)
- Bom estarmos aqui (número 26)
- Como é precioso, irmão (número 35)
EDIFICAÇÃO
Estudo: O amor pelo discípulo – João 13.1
1. Que é discipulado cristão?
R. Discipular é tornar a pessoa obediente a Jesus, em tudo. Não existe discipulado sem a
transmissão da vida de Jesus vivida pelo discípulo para o discipulando. Não existe
discipulado sem o discípulo ao lado
2. Segundo João 13.5-17, como podemos pensar o valor do exemplo no discipulado?
R. Jesus colocou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos. Lavar e
enxugar, serviço completo! Faz parte da vida com Jesus usar os meus dons para abençoar
os outros e permitir que os outros usem os seus dons para me abençoar! O contrário disso
são egoísmo e orgulho: “Se sabeis essas coisas, bem aventurado sois se as praticardes”!
(Jo 13.17)
3. De onde vem o auxílio para a tarefa de discipular?
R. O Espírito Santo é o nosso ajudador. É o atual “Emanuel” presente em nossos
corações. Somos o templo dele, pois ele habita em nós. Quanto mais cheios dele, mais
submissos à vontade de Deus e mais dispostos à realização da sua obra. Conforme João
16.13, o Espírito Santo viria para nos guiar na verdade de Jesus. Em Mateus 28.20, Jesus
prometeu estar todos os dias com aqueles que o obedecessem na tarefa de fazer
discípulos.
EVANGELISMO
Reveja a ficha de relacionamentos orando ao Senhor, verificando entre os que você tem
listado alguém que possa ser discipulado por você.
Quarta Estação
ROTEIRO 2
“Discipulado Cristão”
ENCONTRO: Pelo que você gostaria de ser lembrado?
EXALTAÇÃO: Ler 1Co 11.1, dividir em duplas e orar agradecendo a Deus pelo de Jesus
que nos inspira a andar como Ele andou.
Sugestões de cânticos:
- Aclame ao Senhor (número 8)
- Brilha Jesus (número 27)
- É teu povo (número 51)
- Firme nas promessas (número 65)
EDIFICAÇÃO
Estudo: “Características do Discipulado Cristão”. 1Tm 2.15
1. Onde encontramos o preparo necessário para levar outros a serem seguidores de
Jesus?
R. Na Bíblia. O discipulador cristão tem que ser alguém da Palavra e de palavra. Não
resolve só conhecer a Palavra do Senhor. É preciso honrar e obedecer ao Senhor da
Palavra.
2. Leia os textos de Mt 5.48; 1 Pe 1.16; 1Jo 2.6; Cl 2.6 e descubra o que há de comum
entre os textos.
R. A ordem para buscarmos uma vida santificada. Deixe o grupo comentar cada texto e
discutam quais os empecilhos para esta busca.
3. Quando começa a caminhada de um verdadeiro discípulo de Jesus?
Começa quando uma pessoa recebe Jesus como Salvador:
(1)Compreende que é pecadora e necessita do perdão divino;
(2) Reconhece que não pode salvar-se por ter bom caráter ou fazer boas coisas;
(3) Crê que o Senhor Jesus morreu na cruz em seu lugar;
(4) Através de uma decisão de fé, reconhece Jesus como o seu todo suficiente Salvador e
Senhor da sua vida.
Ninguém se torna cristão vivendo a vida cristã. A experiência de conversão marca o
início do discipulado.
EVANGELISMO
Separar o grupo em duplas, pedindo que conversem entre si sobre a pessoa a quem
desejam discipular. Orem uns pelos os outros.
Quarta Estação
ROTEIRO 3
“Discipulado Cristão”
ENCONTRO: O que você valoriza numa boa amizade?
EXALTAÇÃO: Ler João 1.40-42. Neste texto temos exemplos de pessoas que levaram
outros a conhecer Jesus. Agradeça a Deus pelas pessoas que falaram de Jesus a você.
Sugestões de cânticos:
Maior é o que está em nós (número 85)
Jesus Pastor Amado (número 82)
Não a nós, Senhor (número 91)
O nome de Jesus (número 100)
EDIFICAÇÃO
Estudo: “Exemplos Bíblicos de Discipulado”. Jo 1.35-37
1. De acordo com o texto de Jo 1.35-37, que exemplo João nos dá ao apontar para
Jesus?
R. O grande cuidado dos discipuladores é exatamente deixar claro que os discípulos são
de Jesus e não propriedades deles. João estava mostrando que não era ele o alvo e nem
aquele que deveria ser realmente seguido. “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo
3.30).
2. Peça ao grupo que identifique e discuta as ações descritas nos textos:
João 1.40-42: O que leva os parentes. Enfatiza a importância de testemunhar na família.
João 1.44-46: Aquele que mostra ao amigo. Enfatiza a importância dos relacionamentos.
At 18.1-3: Aquele que participa do trabalho. Mostra o valor de gastar tempo investindo
em vidas)
3. Comente a frase: “Nossas igrejas estão repletas de consumidores e vazias de
reprodutores.”
Resposta livre. Mas enfatize que discipulado é repartir vida, é multiplicação! Eu e você
somos os agentes continuadores da obra redentora.
EVANGELISMO
Peça que cada membro do grupo diga o nome da pessoa a quem deseja discipular. Faça
uma lista única e distribua para que todo o grupo ore por todos os nomes durante a
semana.
Leve papel e caneta para todos, e cada um vai anotando os nomes em sua lista.
Quarta Estação
ROTEIRO 4
“Discipulado Cristão”
ENCONTRO: De que maneira você se sentiu amado nos últimos dias e por quem?
EXALTAÇÃO: Ler Rm 15.6-13. Pedir que os membros comentem o valor da comunhão
no Gf. Orar agradecendo a Deus o privilégio de estar juntos.
Sugestões de cânticos:
O meu louvor (número 99)
O Caminho da cruz (número 96)
Oferta de amor (número 101)
Pai de amor (número 104)
EDIFICAÇÃO
Estudo: “Discipulado na carta aos Romanos” (Romanos 15.6 a 13).
1. Jesus afirmou que deveríamos ser conhecidos pelo amor (Jo 13.35). Em Efésios
4.15, Paulo também fala sobre a unidade cristã. A unidade é opcional?
R. Não! É um imperativo divino. Peça ao grupo que liste ações que ajudem a desenvolver
a unidade cristã.
2. No texto de Rm 16.3-5, temos uma saudação à igreja que se reunia numa casa. O
que é uma igreja? Onde ela pode reunir-se?
R. Geralmente dizemos que vamos à igreja, mas na verdade, vamos ao templo da igreja.
A igreja está onde dois ou três estiverem reunidos, em nome de Jesus. A cultura não
incentiva uma igreja em casa, mas os primeiros passos do cristianismo foram dados nas
casas
3. Qual a importância da obediência na vida de um cristão? Rm. 16.19-20
No discipulado, é sempre oportuno voltar à obediência, considerando que é o maior
desafio bíblico. Nem todos os que louvam, adoram, oram e ajudam o próximo estão em
obediência, mas os obedientes fazem estas coisas e também as outras, como evangelizar,
discipular, entregar os seus dízimos e ofertas, honrar pai e mãe e obedecer a seus
pastores! O caminho da obediência pode ser duro, mas sempre melhor que o da
desobediência.
EVANGELISMO
Ore mais uma vez pelas pessoas que desejamos com que se tornem discípulos de Jesus.
Gaste tempo orando por você, para Deus o capacite a ser um discipulador.
LIÇÃO 01 - QUE É DISCIPULADO CRISTÃO?
Pr. Nilton A. de Souza
Introdução – O amor pelo discípulo – Jo 13.1
Não existe discipulado sem o discípulo ao lado. O maior exemplo é Jesus. Ele chamou os doze
para que estivessem com ele e os tornou pescadores de homens (Mc 1.17). Amar dá trabalho. Se
alguém não quiser ter trabalho, que também não ame. Abrir-se para o amor é aceitar o desafio de
pagar o preço. Deus amou e por isso nos enviou Jesus, o seu filho unigênito (Jo 3.16). Na semana
mais difícil para Jesus dentre as que viveu aqui na terra, quando o clímax de toda a sua obra
estava para acontecer, chamou os seus discípulos para estar com eles nesses momentos de
despedida e ainda lhes dar as derradeiras orientações e lições de vida e para a vida. Não basta
dizer, é preciso também fazer. O amor de Jesus não era pela metade e nem dependia das
circunstâncias. Ele os amou até o fim, mesmo havendo entre os discípulos o Judas traidor, o
Pedro que mentiu e o Tomé que duvidou!
1. O Valor do Exemplo do Discipulador – João 13.5-17
Na Palestina daqueles dias não havia banheiros nas casas. Havia banheiros públicos. Nas casas
havia as talhas de água para lavar somente os pés. Em face disso, as pessoas usavam os banheiros
públicos e ao chegarem a casa, apenas necessitavam lavar os pés. Com muita sensibilidade
emocional e espiritual - gente como a gente precisa ser -, Jesus colocou água numa bacia e
começou a lavar os pés dos discípulos. Levar e enxugar, serviço completo! Pedro se manifestou
com uma humildade invertida. Talvez não quisesses ter os seus pés lavados por Jesus para não se
tornar obrigado a lavar os pés dos outros. Lembro-me de um verso quando crianças: “Eu não vou
à sua casa, para você não vir na minha; você tem a boca grande, vai comer minha farinha!” Há
muitas pessoas que não querem ser ajudadas e fazem tudo sozinhas. Rejeitam fortemente
qualquer iniciativa nessa direção. Muitas vezes, não é porque não queiram incomodar os outros,
mas antes porque não querem dar chances de serem incomodas. Faz parte da vida com Jesus,
usar os meus dons para abençoar os outros e permitir que os outros usem os seus dons para me
abençoar! O contrário disso são egoísmo e orgulho: “Se sabeis essas coisas, bem aventurado sóis
se as praticardes”!(Jo 13.17)
2. A Necessidade da Advertência – Jo 13.21-30
Discipular é também cuidar e dar direção discipulador se preocupa com a conduta do
discipulando. Podemos deduzir do ensino bíblico que ninguém recebe tentação acima daquilo que
pode suportar (1Co 10.13) e que cada um é tentado pelas suas próprias concupiscências (Tg 1.14).
Segundo o que tenho ouvido e experimentado, Deus sempre nos adverte, falando diretamente ao
nosso coração, usando fatos e pessoas para nos alertar. Alguém já disse que “não podemos evitar
que um pássaro pouse em nossa cabeça, mas podemos evitar que ele faça ninho”. É comum
ninguém gostar de advertências e críticas. Devemos ouvir e refletir sobre os fatos que deram
origem à crítica. Além dos fatos, devemos olhar o perfil de quem está criticando e advertindo.
Tratando-se de uma pessoa íntegra e submissa a Deus, nosso cuidado e prudência devem ser
multiplicados. Entretanto, se a crítica tiver conotações de inveja, juízo precipitado e partir de
pessoas inidôneas, devemos continuar nossa caminhada sem profundas preocupações, mas com o
sinal de alerta ligado. Judas foi advertido, mas preferiu seguir o seu próprio caminho. Mais tarde,
teve remorso mas não se arrependeu. O arrependimento vem em face do pecado cometido. O
remorso é fruto das conseqüências do pecado. Por exemplo, alguém rouba sempre e nunca se
arrepende. Quando então é preso, a conseqüência do roubo o leva ao remorso. Temos que cuidar
uns dos outros e mutuamente nos exortarmos.
3. O Auxílio para a Tarefa de Discipular. - Jo 14.26
O Espírito Santo é o nosso ajudador. É o atual “ Emanuel” presente em nossos corações. Somos
o templo dele, pois ele habita em nós. Quanto mais cheios dele, mais submissos à vontade de
Deus e mais dispostos à realização da sua obra. Conforme João 16.13, o Espírito Santo viria para
nos guiar na verdade de Jesus. A palavra grega para Paráclito tem o mesmo radical da palavra
exortação. Exortar é estar ao lado de alguém para conduzi-lo na verdade. Quanto mais cheios do
Espírito Santo, melhores discipuladores, pois estaremos mais cheios de Jesus! Ou como disse o
autor sacro no hino 116 do CC “Vem Espírito divino, grande ensinador!” Ninguém está mais
interessado na obra do discipulado que o próprio Deus. Fazer discípulos é fazer imitadores do
próprio Jesus. Deus não quer adeptos do Cristianismo. Ele quer seguidores de Jesus. A multidão
de João 6:60-69 recuou da sua tentativa interesseira de seguir a Cristo. Ela seguia Jesus por causa
das curas, da comida e da fama esperada. Por outro lado, está bem claro em Mt 28.20 quando
Jesus prometeu estar todos os dias com aqueles que o obedecessem na tarefa de fazer discípulos.
4. Um chamado à obediência. – Jo 15:12-14
O verbo mais importante da Bíblia é o obedecer. O ser humano pode adorar louvar, evangelizar e
mesmo discipular, sem obedecer. É o que existe dominicalmente em nossas igrejas. Multidões
comparecem aos cultos trazidas por inúmeras motivações! É possível adorar sem obedecer? Será
que Deus recebe o culto dos desobedientes? Em 1Sm 15.22 o profeta diz para o rei Saul “ Tem
porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do
Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de
carneiros.” A marca mais forte do discípulo é a obediência. Discipular é tornar a pessoa
obediente a Jesus, em tudo. Não existe discipulado sem a transmissão da vida de Jesus vivida pelo
discípulo para o discipulando. Será que obedecemos? Entregamos os nossos dízimos
mensalmente em nossa igreja (Casa do Tesouro) e estamos ganhando almas para Jesus?
5. Uma Preocupação Presente – João 17.15-16
Assim como a vida de uma canoa é estar na água e a sua morte é a água estar dentro dela, a vida
de uma igreja é estar no mundo, sendo sal e luz; a morte da igreja é o mundo estar dentro dela
com suas paixões e pecaminosidade. Temos uma missão no mundo e precisamos estar nele. Dois
perigos: de um lado, podemos estar tão ligados ao mundo e perdermos a condição de profetas; por
outro lado, podemos estar tão distantes do mundo e perdermos a condição de sacerdotes. Teremos
ouvintes, mas não teremos mensagem ou, teremos mensagem, mas não teremos ouvintes. O
equilíbrio é estar tão próximos de Deus e tão próximos do mundo. Teremos a mensagem e
teremos ouvintes! Seremos ao mesmo tempo profetas e sacerdotes de Deus.
Conclusão – O Orar pelo Discípulo –João 17.
O que Deus pode, a minha oração também pode! No ponto anterior, falamos do sacerdote. Esta
figura bem colocada por Pedro em 1Pe 2.9 deve nos lembrar do dever de nos colocarmos perante
Deus em favor dos outros. Sacerdote é aquele que faz da dor do outro a sua dor. Quando vê
alguém necessitado, ele também se torna necessitado e ora como se o problema fosse seu. Como
olhar então para o perdido, para o carente, para o drogado e outros ? Temos falta de profetas
(ganhadores de almas) e falta de sacerdotes (pessoas cheias de compaixão e graça). Discipular é
fazer seguidores de Jesus e lhes oferecer um ombro amigo para que a caminhada da vida se torne
mais leve, enquanto não chegamos ao céu e conquistemos outros para lá estarmos eternamente
juntos.
LIÇÃO 2 – CARACTERÍSTICAS DO DISCIPULADO CRISTÃO.
Pr. Nilton A. de Souza
Introdução
“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus; e o que de mim ouviste diante
de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os
outros.” Esse desafio apresentado por Paulo a Timóteo em 2Tm 2.1,2 deve trazer muita convicção
aos nossos corações lembrando-nos de que discipulado é fazer imitadores de Cristo, contrariando
o velho jargão “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. É mais confortável e bem mais
irresponsável dizer para as pessoas olharem para Jesus! O discípulo autêntico diz categoricamente
como o apóstolo Paulo afirmou em 1Co 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de
Cristo”. Para ser imitável, o discípulo precisa estar comprometido com o seu próprio crescimento
espiritual, ser um guardião da pureza, preservar com toda a ética e fidelidade a doutrina que
confessa, cuidar e se alegrar com o progresso dos seus discipulandos e viver a fé como um
combatente perseverante, confiando que a vitória já está garantida.
1. O Preparo Necessário. – 1Tm 2.15
O discipulador cristão tem que ser alguém da Palavra e de palavra. Sempre fico impressionado
quando leio a tentação de Jesus em Mt 4.1-11. Jesus sabia e vivia a Palavra! O Diabo apenas
sabia a Palavra. É importante saber, mas sobretudo viver! Não resolve só conhecer a Palavra do
Senhor. É preciso honrar e obedecer ao Senhor da Palavra. Não combina com o Diabo o uso da
Bíblia. A Bíblia é a verdade e o Diabo é o pai da mentira, como Jesus disse em João 8.44. Só
pode viver a verdade quem conhece Jesus. Ele é a verdade.(João 14.6). Ó homem só é livre pela
verdade (João 8.32,36). O Diabo mentiu para o primeiro casal, no Éden. O casal pecou. Todo
pecado tem sempre a ver com a mentira. Jesus usou a Palavra para derrotar Satanás e o seu
primeiro golpe foi a afirmação de que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que
sai da boca de Deus”(Mt 4.4). Paulo nos dá em Ef 6.10-17 as ferramentas para a vitória sobre
Satanás. Quando a gente conhece e usa a Palavra, pode ficar de pé perante Satanás e se curvar
somente diante de Deus. Deus tem compromisso com gente fiel! Quando Jesus mandou o Diabo
embora, ele o deixou e os anjos vieram e serviram Jesus. Será que temos lido a Palavra? Quanto
tempo gastamos com ela diariamente? Você tem um local para se encontrar com Deus: quarto,
sala, quintal, escritório ou outro lugar santificado para isso? Se ainda não, providencie! Será uma
bênção para a sua vida e para os outros.
2. A Vida Santa Esperada – 1Jo 2.3-6
Deus nunca mandou que fôssemos sábios quanto Ele, nem onipotentes, nem onipresentes e nem
oniscientes quanto ele. A ordem foi no sentido de sermos perfeitos como ele é perfeito (Mt 5.48)
e santos como ele é santo (1 Pe 1.16). João não deixou por menos (1Jo 2.6), Paulo também em Cl
2.6 e Pedro em 1Pe 2.21. Deve haver coerência entre a nossa crença e a nossa prática. Se o
conhecemos, devemos obedecer-lhe. A prova do nosso amor é a obediência (Jo 14.21 e 15.14).
Somos o referencial de Jesus aqui no mundo. Aliás, a igreja é o corpo de Jesus. As mãos, os pés,
o coração e a boca de Jesus, são os da igreja. O mundo não vê Jesus; vê a igreja e nos vês. Um
missionário chegou numa tribo muito isolada e desconhecida dos pesquisadores. Quando
conseguiu se comunicar com o povo, falou-lhe de |Jesus. Qual foi a sua surpresa quando aquele
povo lhe disse que Jesus já tinha estado com eles há algum tempo atrás. Com alguns dias de
inquietação e busca, o missionário descobriu que outro missionário tinha passado um tempo com
eles e a sua vida era tão parecida com a de Jesus que eles pensaram ter sido o próprio Jesus! Se
alguém rejeitar Jesus por causa da sua incredulidade, a culpa será dele. Se rejeitar por causa do
meu mau testemunho, a culpa será minha! Sejamos pontes e não obstáculos.
3. A Fidelidade Doutrinária.- 2 Jo 7-9
O conselho de Paulo a Timóteo foi que ele tivesse cuidado de si mesmo e do ensino (1Tm 4.16)!
Estamos num tempo em que a doutrina tem sido pouco valorizada. O mundo trouxe para a igreja
a moda do descartável, do pragmático e do imediatismo. O que está com problemas é jogado fora;
só vale o que funciona bem e produz satisfação aos usuários, aqui e agora. Isso insulta a
fidelidade, a ética e os valores eternos que vão além da vida terrena. Há uma igreja evangélica
brasileira que cresce alicerçada em três pilares: cura física, prosperidade e descarrego. Tudo tendo
a ver com o bem estar terreno. Tem sido uma boa receita para um país de assistência médica
precária, de muita gente pobre e de grande inclinação mística. Entretanto, a doutrina está para a
prática como a receita está para o bolo. Uma receita errada produz um bolo errado assim como
uma doutrina errada dá origem a uma prática errada. Um pensador afirmou que “Viver é
pensar.O homem vive o que pensa. É preciso pensar certo para viver direito”. Devemos saber
nossas doutrinas pois são bíblicas e precisam ser transmitidas para os futuros líderes e igrejas.
4. O Acompanhamento do Progresso – 3Jo 3,4 e 14.
Discipulado é discipulado ao lado. É vida na vida ou transmissão de vida. Jesus tinha dois
ministérios: um com a multidão e outro com os discípulos. Com muita diferença quanto ao tempo
e qualidade, Jesus investiu muito nos doze discípulos. Antes de fazer outros discípulos,
precisamos ser discípulos imitáveis. Antes de fazer é preciso ser. O caminho do verdadeiro
discipulado começa quando uma pessoa recebe Jesus como Salvador: 1)Compreende que é
pecadora e necessita do perdão divino; 2) Reconhece que não pode salvar-se por ter bom caráter
ou fazer boas coisas; 3)Crê que o Senhor Jesus morreu na cruz em seu lugar; 4)Através de uma
decisão de fé, reconhece Jesus como o seu todo suficiente Salvador e Senhor da sua vida.
Ninguém se torna cristão vivendo a vida cristã. A experiência de conversão marca o início do
discipulado. A vida de um discípulo é de natureza sobrenatural. Não temos em nós o poder para
vivê-la. Dependemos do poder de Deus.Somente quando nascemos de novo recebemos forças
para viver como Jesus viveu e ensinou. Não se pode esperar crescimento espiritual de alguém
morto. Entretanto, se alguém está vivo, naturalmente cresce. O nascido de novo tem fome! Se
alguém não tem fome das coisas espirituais, deve examinar a si mesmo e perguntar: “Nasci de
novo? Sou filho de Deus? Estou determinado a obedecer-lhe?”
5. A Fé para Prosseguir – 1Jo 5.1-4
O nosso exemplo supremo é Jesus. Foi uma vida de obediência à vontade de Deus. Viver pela fé é
viver segundo a Bíblia determina e no poder do Espírito Santo. Vida de fé é vida de oração, de
sintonia plena com Deus. O desafio é a produção do fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Se desejamos
vencer o mundo, temos que viver a fé que abraçamos. Muitos só querem as honras da fé, mas
precisamos honrar a fé!
Conclusão.
Deus para fazer uma melancia leva dias e, basta deixá-la ao sol por algumas horas, ela deixa de
existir como tal. Um carvalho leva 100 anos, mas dura séculos. Não existem atalhos. Comparando
o discipulado a uma escada, não podemos pular degraus. Temos que passar pelas etapas de
experiências com Deus, conhecendo e vivenciando a sua Palavra. Com certeza, quanto mais
alimento (Bíblia), respiração (oração) e exercícios (vida de testemunho), mais crescimento será
experimentado. Nascemos de novo e estamos realmente crescendo? O nosso êxito não deve ser
medido olhando para onde estávamos e onde estamos, mas olhando para onde estávamos e onde
deveríamos estar! Que nota você daria para você? Como melhorar?
LIÇÃO 3 – EXEMPLOS BÍBLICOS DE DISCIPULADO
Pr. Nilton A. de Souza
Introdução.
A exuberância do discipulado na vida de uma igreja foi a experiência com o apóstolo Paulo.
Depois do seu encontro com Jesus na estrada de Damasco (At.9), alguém o levou até a casa de
Judas (de Tarso) onde foi apresentado a Ananias e batizado por ele. Logo depois Barnabé o
tomou e se tornou o seu discipulador. Atualmente, temos em nossas igrejas alguns poucos
obstetras (atuam no nascimento) e raríssimos pediatras (os que cuidam depois do nascimento). Já
pensaram uma mãe tirando férias do lar logo após o nascimento de um filho? Será que uma
criança poderia viver sem a ajuda de alguém? Já temos a “Operação André” (estratégia para
alcançar os perdidos) e estamos lançando o “Projeto Barnabé”(estratégia para cuidar dos
achados). Paulo foi bem cuidado por Barnabé e fez o mesmo com Timóteo, Tito e muitos outros.
Se você ainda não tem sido um pai espiritual que gera e/ou cuida de filhos espirituais até que
alcancem a maturidade para se reproduzirem, que Deus desafie o seu coração para assumir um
compromisso extremamente bíblico e demasiadamente necessário! Inspire-se nos exemplos a
seguir.
1. Aquele que aponta para Cristo – Jo 1.35-37
O grande cuidado dos discipuladores é exatamente deixar claro que os discípulos são de Jesus e
não propriedades deles. João, o grande discipulador, tomou três decisões fundamentais: 1) “Eu
sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaias”
(Jo 1.23). Ele estava consciente de quem ele era e o que deveria fazer; 2) “Eis o cordeiro de
Deus!” (Jo 1.36), mostrando que não era ele o alvo e nem aquele que deveria ser realmente
seguido; 3) “Importa que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). João trabalhava para a enaltecer
Jesus e glorificar a Deus com a sua vida e ministério! Em resumo, ele preparou o caminho,
mostrou o caminho e saiu do caminho! O discipulador é tentado, na maioria das vezes, a preparar
o caminho, mostrar o caminho e a ficar no caminho. Ele pode se tornar uma luz tão brilhante que,
a exemplo dos besouros, voam e batem na luz e caem no chão. Insistem em voar, mas a luz os
atrapalha. A maior alegria de um discipulador é ver o progresso do discipulando e não tê-lo como
um concorrente. Deus nos deu diferentes dons e cada um fará melhor o que for feito exercendo os
seus dons. Matusalém viveu 969 anos e ele só é lembrado por isso. Jesus viveu apenas 33 anos! O
valor não está necessariamente no tempo de vida mas como viveu a vida num determinado
tempo.
2. Aquele que leva o parente – Jo 1.40-42
As narrativas bíblicas pouco destacam André, mas registram dois acontecimentos extraordinários
na vida desse homem. João fala que foi André que levou o seu irmão Pedro a Jesus, logo depois
de tê-lo conhecido.É também João que menciona o seu nome como aquele que achou um menino
que tinha cinco pães e dois peixes (Jo 6.8). A maioria dos batistas e grande parte dos evangélicos
sabem quem é Billy Graham. Entretanto, ele credita o êxito do seu ministério a sua família, a sua
equipe e a milhões de anônimos que por ele oram no mundo todo. Pedro foi um dos mais
destacados entre os discípulos, mas foi o quase que anônimo André que Deus usou para trazê-lo
a Jesus. Em nossas estatísticas pelo Brasil, temos descoberto que mais de 95% dos membros de
nossas igrejas foram levados a Jesus por gente conhecida, estando a família em primeiro lugar
como agente da salvação. Você está orando e trabalhando para que membros de sua família se
convertam? Que tal parar agora e cada um orar por familiares seus ainda não crentes, depois de
mencionar seus nomes e dizer em que condições se encontram na sua vida espiritual?
3. Aquele que mostra ao amigo – Jo 1.44-46
Outra fonte geradora de salvos é o testemunho de amigos para os amigos. Muito pela ausência de
um Programa de Discipulado nas igrejas, onde a chance que o novo crente tem de estudar a Bíblia
e se preparar para o batismo se resume no horário da EBD, aos domingos. Via de regra, as igrejas
não possuem crentes preparados para fazer o discipulado nos lares dos novos convertidos. Logo
após o batismo, recebem o desafio de ganhar os seus amigos para Jesus. Aí ele declara que os
seus amigos atuais já são todos crentes! Suas atividades esportivas e de lazer são feitas com o
pessoal da igreja. Também não freqüenta mais as festas da família! O resultado disso é que
matamos um ardoroso missionário junto aos seus amigos e família, muito disposto a ganhar
pessoas para Jesus. Dentro de pouco tempo ele se comportará como os demais da igreja: sem
evangelizar, sem discipular e deixa de freqüentar os cultos de oração. Se praticarmos o
discipulado e crermos no poder que o Espírito Santo tem para proteger os que estão sendo
edificados na Palavra, a conquista de amigos será abundante. Você está orando por alguns amigos
e agindo estrategicamente com eles a fim de trazê-los a Jesus? Lembrem-se dos seus nomes e
tenham também outro momento de oração, assumindo o dever diante de Deus de trazê-los a Jesus.
4. Aquele que participa do trabalho - At 18.1-3
Vivemos em um mundo de parcerias.Várias parcerias têm sido estabelecidas visando um bom
negócio para as partes envolvidas. Paulo e Áquila viveram esta experiência em termos
profissionais, mas não pararam por aí. Eram também parceiros na expansão do reino de Deus,
colocando em prática o que depois registraria em uma de suas cartas àquela igreja (At 3.9).
Satanás sabe que a cooperação é tremendamente salutar e estratégica para a expansão do Reino de
Deus e por isso não podemos permitir que ela enfraqueça. Nos últimos anos, com os problemas
financeiros e de gestão invadindo as nossas instituições, o advento de tantas denominações
evangélicas e inúmeros modelos eclesiásticos, os alicerces da cooperação têm sofrido intensos
bombardeios e até mesmo mexido com a fidelidade das igrejas com sua denominação.
Precisamos estar mais unidos como bons parceiros, compartilhando esforços e minimizando
custos, visando ministérios bem sucedidos.
Sua igreja é fiel na entrega do Plano Cooperativo e participa das ofertas missionárias? Por que
sim e por que não? Que tal a inspiração de 2Co 5.15?: “e ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
5. Aquele que se interessa pela verdade – At 18.24-26
Apolo foi humilde e não teve medo de conhecer com maior profundidade o caminho de Deus.
Posso imaginar a delicadeza e a ternura com que o casal Priscila e Áquila lhe dirigiram a palavra.
Só assim puderam receber sua atenção. O ensino dinâmico e criativo promove quatro tipos de
mudança no ouvinte. Ele muda o conhecimento, o entendimento, a habilidade e a atitude. Quando
ensinamos uma verdade bíblica, o maior valor está na mudança de atitude. O amor é a arma mais
poderosa para gerar confiança e, sem confiança não há educação. Somos portadores da verdade.
Nosso propósito é que as pessoas possam nos ouvir e conhecer a verdade. Há muita gente em
busca da verdade e precisamos ser sábios e amáveis para transmiti-la. Com orgulho, prepotência e
soberba, os ouvintes nos evitarão. Apolo foi abençoado quando encontrou mestres afáveis e
humildes.
Conclusão.
A vida cristã é dinâmica. Deve ser compartilhada e reprodutiva. Nossas igrejas estão repletas de
consumidores e vazias de reprodutores. Eu e você somos os agentes continuadores da obra
redentora. Cremos no Deus Todo Poderoso que fez, que faz e que fará em nós e através de nós
grandes maravilhas. Que problemas enfrentamos e que posições corajosas devemos assumir para
que aceleremos o nosso crescimento? Você é um exemplo de discipulador?
LIÇÃO 4 – DISCIPULADO CRISTÃO NA CARTA AOS ROMANOS
Pr. Nilton A. de Souza
Introdução.
É emocionante ler os últimos dois capítulos de Romanos que expressam com tanta nitidez o
relacionamento de Paulo com esses irmãos, mencionando nomes e os identificando pelas
qualidades observadas tal como um pai faz com seus filhos. O ambiente é de família; não de
chefe e subordinados; não de general e soldados ou de alunos e mestres. Discipulado são pais e
irmãos mais experientes, transmitindo vida aos mais novos para que aprendam a caminhar na fé e
a se reproduzirem em novos discípulos. Será que conhecemos bem aqueles que servem a Deus
conosco e temos investido um tempo de qualidade para o crescimento espiritual deles? Ninguém
deve deixar de fazer o pouco que pode por não poder realizar o muito que gostaria!
1. A Unidade Cristã - Rm 15.6-13
Como afirmou Jesus, deveríamos ser conhecidos pelo amor (Jo 13.35). Depois João escreveu: “
Vede que grande amor nos tem concedido o nosso Pai; que fôssemos chamados filhos de Deus; e
nós o somos. Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu a ele” (1 Jo 3.1). A
maneira mais fácil do mundo conhecer a Deus é conhecê-lo através dos seus filhos! Será que
somos dignos dessa honra, ou daremos uma pálida e fraca impressão de Deus? Os atos da igreja
neste mundo são os atos de Cristo neste mundo. A igreja é o corpo de Cristo! O próprio Paulo em
Ef 4.15 e 16 escreve: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a
cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas,
segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo em
amor”. A tônica da oração de Jesus em João 17 é a unidade. Ele pede para que todos sejam um
assim como ele é um com o Pai (v.21). A unidade não é opcional. É um atendimento ao
imperativo divino.
2. A Mútua Responsabilidade – Rm 15.14
Ecoa ainda em cada um de nós a pergunta que tem atravessado os séculos: “...sou eu o guarda do
meu irmão”?(Gn 4.9b). Para Caim, foi uma fuga em face do fratricídio cometido. Para nós é uma
tentativa de transferir responsabilidade. Todos conhecemos os direitos e os deveres: os nossos
direitos e os deveres dos outros. O ensino bíblico é riquíssimo em reciprocidade consoante o que
Jesus disse em Mt 7.12. O discipulado oferece a maior das oportunidades em termos de mútua
responsabilidade. É uma fonte inesgotável de benefícios para quem é discipulado e para quem
discípula. Os desafios e tarefas que sugerimos ao discipulando, precisamos também efetuar. Seria
hipocrisia exigir do outro um padrão de vida que não tenho buscado alcançar. Nossa meta deve
ser formar discípulos que tenham condições de nos admoestar e ministrar a graça de Deus para
nós. Numa família, é comum os filhos darem conselhos aos pais. Sinal de que aprenderam com
os pais e estão amadurecidos. Na vida espiritual, isso é mais acentuado posto que o próprio
Espírito Santo é o grande Mestre que nos dá sabedoria, não pelo tempo de casa mas pela
intensidade da busca. Você poderia ser abençoado por um filho na fé? Já viveu essa experiência?
3. A Nossa Casa como Igreja – Rm 16.3-5
Infelizmente, herdamos do Velho Testamento e da cultura católica o conceito antigo de templo.
Achamos que templo e igreja é a mesma coisa. Deus morava no Templo, mas no Novo
Testamento, cada crente é o templo do Espírito Santo (1Co 6.19). Quando Jesus morreu na cruz,
o véu do templo se rasgou, mostrando que Deus não estaria mais lá e o Santo dos Santos estava
vazio. Deus saiu do templo e veio para os corações. Paulo, em At 17.24, declara categoricamente
que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas! Geralmente dissemos que vamos à
igreja, mas na verdade, vamos ao templo. A igreja está onde dois ou três estiverem reunidos, em
nome de Jesus. A cultura não incentiva uma igreja em casa, mas os primeiros passos do
cristianismo foram dados nas casas. Isso durou até o século IV, quando o imperador Constantino,
tornou a igreja da época, instituição oficial do governo. Quem era cidadão romano,
automaticamente tinha que ser cristão. Não era fruto de uma escolha pessoal mas uma adesão
legal. Seria bom que você pesquisasse sobre isso e pudesse entender melhor porque hoje quando
se fala em igreja, o que vem à nossa mente é um templo, com pastor e tudo mais. Isso tem sido
um obstáculo para a propagação do Evangelho e a salvação dos bilhões de perdidos no mundo.
4. Cuidado com as Influências Negativas – Rm 16.17-18
Não é bom conservar ao nosso lado pessoas que nos atrapalham na fé que abraçamos. Os
verdadeiros amigos são aqueles que nos tornam melhores que somos quando estamos com
eles.Um amigo não deseja que eu baixe os meus padrões e negocie os meus princípios. Ser amigo
é honrar o outro e respeitar as suas convicções, ou confrontá-las em amor, quando nos parecerem
equivocadas.
O Salmo 1 e o Salmo 101 têm mensagens importantíssimas neste particular. Não fazemos as
coisas para os outros verem, mas precisamos ter consciência de que, enquanto fazemos, pessoas
estão nos vendo. O cuidado tem duas vertentes: como eu ando e influencio os outros e com quem
ando e sou influenciado. O profeta Amós pergunta: “Acaso andarão dois juntos, se não estiverem
de acordo?”
(Am 3.3). Paulo em 1Co 15.33 adverte : “Não vos enganeis. As más companhias corrompem os
bons costumes!”. Há muita gente ousada e imprudente. Arrisca-se sem a mínima necessidade e
ainda culpa o Diabo! Satanás é mentiroso e mau. Não podemos esperar dele alguma coisa boa, a
não ser posicionamentos estratégicos para conquistar mais que imaginamos!
5. A Exigência da Obediência. – Rm 16.19-20
No discipulado, é sempre oportuno voltar à obediência, considerando que é o maior desafio
bíblico. Nem todos os que louvam, adoram, oram e ajudam o próximo, estão em obediência, mas
os obedientes fazem estas coisas e também as outras, como evangelizar, discipular, entregar os
seus dízimos e ofertas, honrar pai e mãe e obedecer a seus pastores! Os crentes romanos foram
elogiados pela obediência que era reconhecida por todos. Quem busca prazer sem obedecer,
poderá nunca encontrar o verdadeiro prazer, mas quem busca obedecer sempre encontrará
prazer. O caminho da obediência pode ser duro, mas sempre melhor que o da desobediência. Para
o crente, prazer real não é fazer as coisas, mas é a sensação de bem estar depois de tê-las feito.
Pode ser prazerosa uma traição, mas depois do fato consumado, vem a impiedosa sensação de
culpa! Será que vale a pena obedecer a Deus? Samuel disse para Saul que o pecado da rebelião é
como o pecado da feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade da idolatria! (1Sm 15.23). É uma
boa decisão assumir uma vida de obediência como crente e como igreja!
Conclusão
O cidadão romano estava bem familiarizado com um ambiente de leis, de doutores da lei e de rara
impunidade. Não era novidade e nem tão penoso assumir o cristianismo como algo que exigia
compromisso e fidelidade. Era apenas uma questão de valor para essa vida e para a eternidade.
Ele tinha consciência de que, uma vez assumindo um viver sob as leis divinas, sua vida seria
regida por outro sistema de valores. Por isso as ações como morrer, mortificar, honrar e outras
não menos aterrorizadoras, estavam implícitas no pacote da fé. “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17)
era a verdade aceita e internalizada, não importando o custo. Até onde vai o nosso compromisso
com Jesus num ambiente de muita impunidade? Morreríamos por ele e em nome dele? O que
significava ser cristão naquele tempo e o que significa hoje? Deus mudou e há menos exigências
e expectativas com os seus discípulos?
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