DIA 13/11: A CÉLULA E A MENTALIDADE DO DISCÍPULO A célula não é uma estratégia de organização, mas de liderança, discipulado e apascentamento. Nosso alvo não é termos membros, mas discípulos. Cada membro deve ser incentivado e treinado para ser um ministro a ser enviado para sua família, amigos, vizinhos, escola e trabalho. E também para, eventualmente, liderar uma célula. A menos que os membros se transformem em discípulos, evangelistas e discipuladores, os frutos não serão permanentes e duradouros. Células surgem e desaparecem, começam e terminam, mas o crescimento da igreja está baseado na formação de discípulos e de líderes. A prioridade máxima de um líder de célula é identificar líderes em potencial e iniciar o processo de discipulado para treiná-los, a fim de liderarem outras células. Nós precisamos criar uma reação em cadeia de discipulado na igreja. É preciso que exista na igreja essa reação, pois é ela quem produzirá uma geração após outra de discípulos instruídos. II Timóteo 2:2 • E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros. Contudo, sabemos que, infelizmente, a cadeia sempre se rompe em alguém que recebe como os outros, que é instruído e se cala, assim, mata o processo e impede o avançar da onda de crescimento. É preciso que cada um se pergunte: esse movimento um a um que flui como um rio, quando chegar até você, alcançará outros, ou vai estancar? Nosso foco tem que ser em pessoas e não nas atividades. O tempo hoje em dia é escasso, por isso precisamos focar nosso trabalho em pessoas. Não adianta termos uma célula que seu foco seja o numero e frequência de seus membros, nos bons momentos juntos, nos risos e no lanche farto, esse processo está fadado ao fracasso, essa célula, conquanto pareça bem, se tornará infrutífera e sem foco. Nosso foco é discipular pessoas que tenham compaixão pelo perdido, que amem sinceramente a Jesus Cristo e que não querem chegar diante de Deus desaprovadas, de mãos vazias, sem nenhum fruto para oferecer ao Senhor, no dia do seu encontro pessoal com Ele. Tornamo-nos discípulos para nos multiplicarmos. Era essa a visão de Jesus quando ordenou “Ide! E Fazei discípulos de todas as nações” Alguns ficam só com o “ide”, mas nunca vão, outros se conformam em ver novos convertidos, mas não discípulos. É esse modelo incompleto que tem gerado igrejas berçários. Jesus quer salvar, mas não só salvar, quer nos levar ao pleno conhecimento da verdade. E a maneira de alcançar isso é ganhar (levar a Jesus) e discipular (ensinar a andar com Jesus). Precisamos aprimorar nossa mentalidade de cristãos. Há uma grande diferença entre mentalidade e identidade. Identidade é como você se vê, é quem você acredita que é. Ela é o autorretrato, é a imagem que você tem de si mesmo. Mas quando falamos de mentalidade estamos pensando na maneira como você vê o mundo. A identidade fala de uma visão interna, pessoal, a mentalidade abrange o seu conceito sobre todas as coisas, até mesmo sobre Deus. Ambas precisam ser ajustadas à luz da Palavra de Deus, pois influenciam nossos relacionamentos e decisões. Todo discípulo de Jesus é um sacerdote e deve ser fiel, proceder segundo a mente de Deus. Esse é parte do conceito de Deus sobre o sacerdócio. Um sacerdote é um discípulo, é alguém que tem a mente de Cristo e age segundo a Sua Palavra. Jeremias. 31:33 • Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias, declara o Senhor: Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Deus deixa claro que o Seu povo tem uma mente diferente da mente do mundo. Ter muitos membros na igreja não significa ter muitos discípulos. Por quê? Porque para ser discípulo é preciso primeiro pensar como um discípulo. Assim, precisamos trabalhar na renovação da mente. Jesus trabalhou por três anos, mudando a mentalidade de seus discípulos, assim eles entenderam e discerniram o que era o Reino de Deus, após o que se dispuseram a pagar com alegria o preço de serem Seus discípulos. Hoje, como no passado, os discípulos de Jesus não só O conhecem, ou andam com Ele, mas, precisam aprender a pensar como Ele, ter um mesmo coração e decidirem viver com o mesmo propósito que Ele, fazer a vontade do Pai. É preciso compreender que “discipular” é formar discípulos de Cristo. E para isso precisamos formar a mente de Cristo em cada discípulo, e é a Bíblia que nos revela a mente de Cristo. Ter a mente de Cristo é pensar como Cristo, significa pensar como a Bíblia pensa, portanto, é imprescindível conhece-la. Devemos observar que no discipulado de Jesus Ele não começou falando para os discípulos aquilo que eles tinham que mudar nas suas vidas. Ele ensinou a respeito do Reino de Deus, e o seu ensino foi moldando a suas vidas. Não vamos influenciar e ser instrumentos de transformação com a mentalidade que temos. Precisamos da mente de Cristo. Assim como havia líderes com mentalidade mundana no meio do povo de Deus, como aqueles dez espias que resistiram à fé de Josué e Calebe, é possível que haja na igreja líderes com mentalidade mundana, que lideram com propósito apenas religioso, mais preocupados com seus interesses pessoais, do que com o Reino de Deus e indiferentes ao desafio da evangelização e do discipulado. Existe uma guerra sendo travada dentro da igreja pelo senhorio da mente das pessoas. O diabo sabe que não pode ter o coração, mas ele tenta aprisionar a mente, impedindo que tenham uma vida abundante. Quando permitimos que padrões de pensamentos mundanos definam nossa maneira de viver e liderar, abrimos brecha para o inimigo. Nosso desafio não é só termos a mente de Cristo, mas preparar discípulos para vencer o mundo e sua mentalidade, e a terem uma mente renovada na Palavra de Deus.