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Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos Esta prova tem a duração de 30 minutos. O total das perguntas equivale a 20 valores. Marque com V/F (verdade ou falso) na folha de resposta. As respostas erradas descontam 25% do valor de cada resposta certa. NOME PROFISSIONAL: CP: 1. Das seguintes situações (leucoplasia, Síndrome de Plummer-­‐Vinson, leucoedema, queilite actínica e eritroplasia), a menos provavelmente associada com um aumento de risco para cancro é o eritroplasia . Falso 2. Doentes imunodeprimidos (por exemplo submetidos a transplantes ou infetados pelo HIV) não têm maior incidência de cancro oral particularmente do lábio, estando este unicamente associado à exposição solar. Falso 3. Uma dieta com baixos níveis de vitaminas A e B e um baixo consumo de vegetais e frutas pode contribuir para o risco de cancro oral. Verdadeiro 4. Na população ocidental, embora muitos cancros orais possam surgir “de novo”, uma elevada proporção não é precedida por lesões clinicamente visíveis na mucosa oral (leucoplasias e eritroplasias). Falso 5. A localização mais frequente do carcinoma da cavidade oral é o dorso da língua que é também a localização mais comum das leucoplasias. Verdadeiro 6. Carcinomas de pequenas dimensões ( < de 1 cm) podem ser assintomáticos e descobertos em exames orais de rotina. Verdadeiro 7. Nos carcinomas da língua, a dor não é geralmente o primeiro sintoma. Falso 8. Uma biópsia incisional consiste na remoção de uma amostra representativa da lesão em causa, deixando intatos os tecidos adjacentes normais. Falso 9. Após a colheita de uma amostra de tecidos, a solução fixadora deve ser constituída por formol a 10% em soro fisiológico (também chamado formol salgado ou formalina a 10%) ou em alternativa álcool isopropílico, soro fisiológico ou água destilada. Falso 10. A amostra recolhida numa biópsia deve ir sempre com identificação do local onde foi colhida, mas sem a descrição clinica da lesão para não induzir o patologista no seu diagnóstico histológico. Falso Página 1 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos Caso Clínico -­‐ Em Março de 2010, uma mulher de 53 anos desenvolveu uma coloração negra da língua. Quatro semanas antes de suceder este episódio, a doente tinha sido submetida a uma cirurgia eletiva ginecológica, da qual ainda estava a recuperar em regime de internamento. A doente não fumava e tinha um grande consumo de cafeína (6 chávenas de chá e dois cafés por dia). Durante a sua estadia hospitalar efectuou um tratamento de 3 semanas com amoxicilina+ácido clavulânico e metronidazol por uma suspeita de infeção pélvica pós-­‐operatória. (Esta questão foi publicada em: The Lancet, Early Online Publication, 25 March 2011). 11. O seu diagnóstico clinico de primeira escolha seria hemorragia submucosa por terapêutica anticoagulante. Falso 12. O seu diagnóstico clinico de primeira escolha seria língua pilosa negra. Verdadeiro Caso Clínico -­‐ Um jovem de 12 anos apresenta-­‐se com febre, ulcerações orais extensas e alguma hemorragia gengival. Existem também algumas adenomegálias cervicais. A história clinica não apresenta nenhum dado relevante. 13. O diagnóstico mais provável será de infeção pelo vírus Herpes simplex pelo que o tratamento deve iniciar-­‐se com um antifúngico. Falso 14. O diagnóstico mais provável será de infeção pelo vírus Herpes simplex pelo que o tratamento deve ser sintomático. Verdadeiro 15. O diagnóstico mais provável será de infeção por Candida pelo que o tratamento deve iniciar-­‐se com um antifúngico. Falso Caso Clínico -­‐ Mulher de 55 anos apresentando-­‐se com uma úlcera com 5 mm de diâmetro, no 1/3 anterior, bordo lateral da língua, que não cicatriza há 3 meses. A úlcera também não regrediu com medidas locais aplicadas pelo Médico Dentista. 16. A principal suspeita no diagnóstico é de úlcera oral recorrente. Falso 17. Se suspeitarmos de um carcinoma da língua o passo diagnóstico será uma citologia exfoliativa por ser uma técnica não invasiva. Falso 18. Ou pelo contrário preconizamos de imediato uma biópsia incisional. Falso 19. O fator mais significativo afetando o prognóstico em doentes com carcinoma intra-­‐oral é a presença ou ausência de metástases. Verdadeiro Página 2 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos ___________________________________________________________________ 20. A eritroplasia é a lesão pré-­‐maligna ou potencialmente maligna mais comum na cavidade oral. Falso 21. Os vírus do papiloma humano (VPH 16 e 18) têm sido associados com o cancro da cavidade oral e existe atualmente uma vacina para estes dois subtipos. Verdadeiro 22. O diagnóstico diferencial da leucoplasia inclui o líquen plano oral reticular ou em placa, as lesões traumáticas ou friccionais e o nevus branco esponjoso, entre outras. Verdadeiro 23. O diagnóstico diferencial da leucoplasia inclui ainda lesões intraorais de lúpus, mucocelos, hemangiomas e lesões bilaterais de líquen plano oral ulcerativo/erosivo. Falso 24. O grau de displasia (ligeira, moderada ou grave) de uma leucoplasia não influencia na decisão sobre a abordagem terapêutica desta lesão. Verdadeiro 25. A leucoplasia proliferativa verrucosa, pela sua rápida evolução tem maior potencial de malignização do que outras lesões de leucoplasia. Verdadeiro 26. A dimensão das lesões não é patognomónico relativamente ao potencial de malignidade das eritroplasias Verdadeiro 27. De um modo geral, com uma filosofia de diagnóstico precoce presente, qualquer lesão branca ou vermelha isolada que não desapareça após duas semanas ou entre em resolução (espontaneamente ou após qualquer tratamento) após o mesmo período, deve ser reavaliada e considerada candidata a biópsia de forma a obter-­‐se um diagnóstico definitivo. Verdadeiro 28. Qualquer lesão na cavidade oral, de origem traumática, com dimensão superior a 1 cm deve ser biopsada. Falso 29. A taxa de sobrevivência de lesões malignas localizadas, na altura do diagnóstico é de cerca de 80%, no entanto, também com carcinomas metastizados, a taxa de sobrevivência mantem-­‐se muito elevada. Falso 30. Segundo o International Head and Neck Cancer Epidemiology Consortium, ao contrário do tabaco, comprovadamente um importante fator etiológico do cancro da cavidade oral, o álcool, em não fumadores, só está associado a um maior risco de cancro da cabeça e do Página 3 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos pescoço quando consumido em quantidades elevadas (mais de 3 ou 4 bebidas por dia) e só se encontra esta associação para os cancros da orofaringe, hipofaringe e laringe, mas não para o cancro oral. Verdadeiro 31. A prevalência de cancro oral tem diminuído nos indivíduos do sexo feminino. Falso 32. O cancro oral é mais frequente acima da 4ª década de vida. Verdadeiro 33. O rácio (homem/mulher) de incidência do cancro oral é de 1:2. Falso No que diz respeito ao vírus do papiloma humano (HPV) e sua associação ao risco de desenvolvimento de cancro oral: 34. O comportamento sexual dos indivíduos influencia o risco. Verdadeiro 35. Os carcinomas orais associados à infeção por HPV são mais frequentes no bordo da língua e palato mole. Falso 36. Os carcinomas orais associados à infeção por HPV ocorrem mais frequentemente em doentes sem os fatores de risco tradicionais (tabaco e álcool) e em faixas etárias mais jovens. Verdadeiro __________________________________________________________________________ 37. As leucoplasias benignas podem ser removidas por raspagem com uma compressa originando uma mucosa hemorrágica. Falso 38. O potencial maligno de uma eritroplasia é superior ao potencial maligno de uma leucoplasia. Verdadeiro 39. As leucoplasias quanto ao seu aspeto clínico dividem-­‐se em homogéneas e não homogéneas. Verdadeiro 40. Uma úlcera localizada no bordo da língua, dolorosa, com limites irregulares e bordos endurecidos pode corresponder a uma lesão de etiologia traumática. Verdadeiro 41. O facto de um doente ter tido um cancro oral aumenta o risco de desenvolver um segundo carcinoma. Verdadeiro 42. O cancro oral raramente invade estruturas locais e metastiza por via hematogénica. Falso 43. Apenas os tumores classificados como T3 e T4, segundo a classificação TNM, cursam com sintomatologia álgica. Falso Página 4 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos 44. Apesar de o consumo de álcool aumentar o risco de desenvolvimento de carcinoma da cavidade oral o seu consumo associado ao consumo de tabaco não atua como fator potenciador do risco. Falso 45. O cancro do lábio não está associado à exposição a radiação actínica. Falso 46. Segundo a classificação dos tumores malignos da UICC (UICC, 2002), um tumor no estadio 1 corresponde a um T1N0M0. Verdadeiro 47. Segundo a mesma classificação um T2NXMX é um tumor entre 2 e 4 cm na sua maior dimensão, sem metastização para os gânglios linfáticos regionais e sem metastização á distância. Falso 48. Doentes com epidermólise bolhosa, um grupo de doenças crónicas da pele e membranas mucosas que se caracteriza pelo desenvolvimento de bolhas em resultado de traumatismos menores, devem ser monitorizados regularmente em consultas de medicina dentária mas não pelo facto de serem considerados um grupo de risco para o cancro da cavidade oral. Falso 49. Todas as lesões ulcerativas oral de etiologia pouco clara tem indicação para biópsia. Falso 50. A incisão a efetuar numa biópsia incisional deve ser elíptica em extensão e em forma de cunha em profundidade tentando obter tecido são em ambos os eixos. Verdadeiro 51. A área da cavidade oral a ser submetida a biopsia não deve ser condicionada com soluções iodadas. Verdadeiro 52. A citologia oral apresenta a mesma sensibilidade para diagnóstico de lesões potencialmente malignas e malignas orais como a biopsia de tecido. Falso 53. A biopsia é mandatória em lesões orais potencialmente malignas. Verdadeiro 54. Uma lesão ulcerada de 4 mm em que exista uma forte suspeita de malignidade deve ser submetida a biopsia incisional. Falso 55. De um modo geral, as incisões para biopsia de tecidos moles da cavidade oral devem ser elípticas por forma a facilitarem a sutura da ferida. Verdadeiro 56. A anestesia infiltrativa para a realização de uma biopsia de uma lesão no pavimento bucal, deverá ser feita utilizando um anestésico local sem vasoconstritor, devido ao elevado risco de toxicidade sistémica. Falso Página 5 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos 57. De um modo geral, um fio de sutura de seda 3.0 ou 4.0, constitui uma boa opção para o encerramento de feridas cirúrgicas decorrentes de biopsias orais. Verdadeiro 58. As amostras excisadas devem ser incluídas em agentes fixadores, designadamente soluções de formol a 20%. Falso 59. Nas biopsias incisionais, as amostras deverão ser representativas da lesão, isto é, deverão incluir tecido necrótico, sendo dispensável a inclusão de tecido livre de lesão. Falso 60. As biopsias incisionais estão contra-­‐indicadas em lesões vasculares (risco de hemorragia) e em lesões compatíveis com melanomas (risco de metástase). Verdadeiro 61. Não devemos informar o doente sobre possíveis resultados de uma biopsia de forma a não o assustar. Falso 62. A biópsia com bisturi é a técnica de eleição e com menos limitações para o diagnóstico efetivo de lesões malignas da cavidade oral. Verdadeiro 63. Os gânglios mais frequentemente invadidos e aumentados de volume no carcinoma pavimento celular da cavidade oral são os gânglios jugulo-­‐digástricos. Verdadeiro 64. As biopsias da cavidade oral devem ser preferencialmente excisionais. Falso 65. A biopsia deverá se possível envolver o limite macroscópico do tumor envolvendo a frente tumoral . Verdadeiro 66. O Consentimento Informado só é válido se for apresentado ao paciente e subscrito pelo próprio no formato escrito. Falso 67. A interpretação pelo Médico Dentista dos Exames Complementares de Diagnóstico deve fazer, sempre, parte do Ficheiro Clínico. Verdadeiro 68. Na relação Médico Dentista -­‐ Doente de médio envolvimento a capacidade do Médico Dentista na tomada de decisões relativamente aos processo de intervenção clínica não deve ser posta em causa por parte do doente, uma vez que, o mesmo (doente) deve participar no processo conducente à tomada de decisão. Verdadeiro 69. A Autonomia, na perspetiva do principalismo bioético de Beauchamp e Childress, está subjacente apenas aos conceitos de veracidade e de privacidade para com o doente. Falso Página 6 de 7 Ordem dos Médicos Dentistas Lisboa -­‐ Programa de intervenção precoce no cancro oral Avaliação de candidatos 70. Existe uma Deliberação do Conselho Deontológico e de Disciplina da OMD que, para qualquer atividade de rastreio deve o médico dentista respeitar as regras dos princípios éticos da beneficência, autonomia, não maleficência e justiça e demais regras e procedimentos estabelecidos no âmbito da promoção da saúde pública comunitária. Verdadeiro Página 7 de 7 
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