Informe Semana 40

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INFORME EPIDEMIOLÓGICO
CIEVS – PARANÁ
Semana Epidemiológica 40/2014
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AGRAVOS ESTRATÉGICOS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
EVENTOS ESTADUAIS
Semanas Epidemiológicas 40/2014
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AGRAVOS ESTRATÉGICOS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
DENGUE
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Local de ocorrência: Paraná
Data da informação: 03/10/2014
Origem da informação: Sala de Situação da Dengue-PR/SVS/SESA
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Foram notificados, da semana epidemiológica (SE) 31/2014 (primeira
semana de agosto) a semana 40/2014, 3.463 casos suspeitos de
dengue no Paraná, com 168 confirmados em laboratório, sendo 155
casos autóctones e 13 importados. 1.571 foram descartados.
Quanto à classificação final (Tabela 1), dos 3.463 notificados, 167
foram confirmados como Dengue e 01 como Dengue com Sinais de
Alarme (DSA). Não houve óbitos no período.
A incidência da doença no Estado é de 1,52 casos por 100.000 hab.
(168/10.997.462hab.), considerada baixa (abaixo de 100
casos/100.000 hab.) pelo Ministério da Saúde.
No período da SE 31/2014 a 40/2014, dos 399 municípios do Paraná,
45 (11,3%) tiveram ocorrência de caso(s) autóctone(s) com
incidência variando de 1.040,27 a 0,26 casos por 100.000 habitantes.
Os municípios da maior para a menor incidência são: Paranapoema,
Itaúna do Sul, Uraí, Diamante do Norte e Jataizinho. Os municípios
com maior número de casos notificados são Londrina (885), Guaíra
(225) e Paranapoema (153). Os municípios com maior número de
casos confirmados são: Paranapoema (31), Itauna do Sul (07) e
Londrina (12) casos.
RAIVA ANIMAL
• Local de ocorrência: Paraná
• Data da informação: 06/10/2014
• Origem da informação: SVS/DVVZI/CEVA/ Coordenação do Programa
Estadual de Controle da Raiva.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Caso de raiva animal em três herbívoros (bovinos) nos municípios de
Cândido de Abreu, Arapoti e Turvo, referentes à semana epidemiológica
(SE) 40, com resultados positivos pela Imunofluorescência Direta,
diagnóstico realizado pelo CDME/ADAPAR.
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite
progressiva aguda e letal.
A transmissão se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal
infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela
arranhadura e lambedura de mucosas.
O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge
o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.
A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde
também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais
enfermos.
Cândido de Abreu
Arapoti
Turvo
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Todos os mamíferos são suscetíveis a infecção pelo vírus da raiva. A imunidade é
conferida por meio de vacinação, acompanhada ou não de soro; dessa maneira,
pessoas que se expuseram a animais suspeitos de raiva devem receber o esquema
profilático, assim como indivíduos que, em função de suas profissões, se mantém
constantemente expostos.
Em relação à fonte de infecção, didaticamente, pode-se subdividir a transmissão
urbana e rural em quatro ciclos epidemiológicos: – ciclo aéreo, que envolve os
morcegos; – ciclo rural, representado pelos animais de produção; – ciclo urbano,
relacionado aos cães e gatos; – ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis,
cachorros do mato, raposas, guaxinim, entre outros animais selvagens (Figura 1).
Os casos de raiva em animais de produção (bovinos, equinos e outros), devem ser
notificados imediatamente às autoridades da agricultura para o desencadeamento
das ações de controle: indicação de vacinação nos rebanhos, captura e controle de
morcegos hematófagos e educação sanitária.
(Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Caderno 13).
EVENTOS NACIONAIS
Semanas Epidemiológicas 40/2014
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AGRAVOS ESTRATÉGICOS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
SARAMPO
Local de ocorrência: Fortaleza – Ceará
Data da informação: 28/09/2014
Fonte da informação: Secretaria de Estado da Saúde do Ceará e ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O estado do Ceará relatou que, de janeiro até o início de setembro de 2014, houve 370
casos confirmados de sarampo, 142 deles na capital eo restante em outras 20 cidades. A
taxa de incidência da doença chegou a mais de 300 por 100.000 habitantes em alguns
municípios. Não foram registradas mortes por complicações da doença. Esses números
representam 92%dos casos registrados no Brasil no período.
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), de
05/09/2014, os demais casos foram relatados nos estados de Pernambuco (24) e São
Paulo (7).
No Ceará, a cidade de Massapê (272 km de Fortaleza) registrou 92 casos da doença, com
uma taxa de incidência de 246,6; Uruburetama (127 km da capital) teve 61 casos e uma
taxa de incidência de 300,7 por 100.000 habitantes. Os estatísticos referem que 98 casos
suspeitos ainda estão sendo investigados em 11 municípios do Ceará.
De acordo com o relatório, as faixas etárias mais afetadas pelo sarampo foram crianças
entre 6 meses e um ano (63 casos), adultos entre 20 e 29 anos (75 casos) e jovens de 15 a
19 anos (54 casos). Só na capital, os bebês foram responsáveis por 44% dos casos, já que
o calendário de vacinação não indica a vacinação até o primeiro ano de vida.
Fonte: www.google.com.br
O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, família
Paramyxoviridae. O único reservatório é o homem. É transmitido
diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas,
expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de
transmissão é responsável pela elevada transmissibilidade da doença.
Pode haver contágio por dispersão de gotículas com partículas virais
no ar, em ambientes fechados como escolas, creches e clínicas. O
período de incubação é geralmente de 10 dias (de 7 a 18 dias), desde
a data da exposição até o aparecimento da febre e cerca de 14 dias
até o início do exantema.
O período de transmissão é de 4 a 6 dias antes do aparecimento do
exantema, até 4 dias após. Há maior transmissibilidade de 2 dias
antes até 2 após o início do exantema. A gravidade varia segundo as
condições socioeconômicas, apresentando evolução severa em
populações carentes, desnutridos, pacientes vivendo em moradias
superpopulosas, imunodeprimidos ou com tratamento de
imunossupressão. As complicações mais comuns são pneumonia,
otite, doenças diarreicas e neurológicas.
CHIKUNGUNYA
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Local de ocorrência: Brasil
Data da informação: 02/10/2014
Origem da informação: Ministério da Saúde
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Até 27/09/14, o Ministério da Saúde confirmou, por meio de exames laboratoriais, 79 casos
de Febre Chikungunya no Brasil. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram
para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas
do Caribe e Guiana Francesa.
Os outros 41 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para
países onde ocorre a transmissão. Destes casos autóctones, oito foram registrados no
município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA).
A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por
mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes
Albopictus os principais vetores. Seus sintomas - febre alta, dor muscular e nas articulações,
cefaleia e exantema – costumam durar de três a 10 dias, e sua letalidade, segundo a
Organização Pan-Americana de Saúde, é menor que nos casos de dengue.
Em 2010, quando o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da
doença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação
do vírus causador da Febre Chikungunya. Até então, o sistema de vigilância só havia
detectado casos suspeitos em viajantes, sendo que todos foram descartados após os
exames de laboratório. Até o momento não existe um tratamento específico para
Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e as
dores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS)
devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve
beber líquidos em abundância.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de
eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da
dengue, ou seja, verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não acumular vasilhames no
quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos de
planta, entre outras iniciativas deste tipo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido
identificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão
autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014,
na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.
Fonte: MS
FEBRE DO NILO OCIDENTAL (WNF)
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Local de ocorrência: Piauí
Data da informação: 06/10/2014
Origem da informação: ProMED-mail e MS.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Um agricultor de 52 anos de idade pode ser o primeiro humano
diagnosticado com Febre do Nilo Ocidental no Brasil, de acordo com a
Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). A vítima foi hospitalizada
por 20 dias em um Hospital em Teresina.
De acordo com a Sesapi, um teste inicial confirmou que o paciente foi
infectado com este vírus. Foi solicitado novo exame para confirmar a
etiologia da doença.
Em 26/09, especialistas do Ministério da Saúde e do Instituto Evandro
Chagas, estavam em Teresina e confirmaram o caso.
Segundo a Sesapi, o agricultor está paralisado, com sintomas de febre alta,
tremores, dor de cabeça, meningite e diarreia.
O paciente trabalhava como agricultor em uma fazenda na área rural de
Itainopolis, no sul do Piauí. Quando começou a ter sintomas, foi para a
unidade de saúde na cidade onde morava e depois enviado para o Hospital
de Emergência, em Teresina, onde foi diagnosticado com encefalite.
O agricultor tem contato direto com animais. Os técnicos da Sesapi
coletaram mosquitos e amostras de sangue de animais na área onde ele
trabalhava para exames. Ao ser picado por mosquitos infectados os seres
humanos contraem a doença. Em geral, mamíferos, incluindo cavalos, são
hospedeiros para o vírus do Nilo Ocidental. Embora sejam suscetíveis à
infecção pelo vírus, podendo desenvolver doença neurológica grave, suas
viremias não são de amplitude suficiente para infectar mosquitos vetores.
As aves são hospedeiros amplificadores.
Não há nenhum tratamento [específica] nem uma vacina para humanos.
Para os casos graves, a internação é necessária devido à necessidade de
terapia intensiva, reposição de líquidos por via intravenosa, a gestão das
vias aéreas, prevenção de infecções secundárias, entre outras
considerações. O tratamento é sintomático, apenas tratar os sintomas que
o paciente está sofrendo.
Fonte: www.google.com.br
EVENTOS INTERNACIONAIS
Semanas Epidemiológicas 40/2014
CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AGRAVOS ESTRATÉGICOS
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
EBOLA (EVD)
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Local de ocorrência: África Ocidental
Data da informação: 03/10/2014
Origem da informação: Organização Mundial da Saúde
(WHO) e Centro de Prevenção e Controle das Doenças
(ECDC)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
A Figura 1 mostra o número total de casos confirmados e
prováveis de doença do vírus Ebola (EVD) nos três países
de alta transmissão (Guiné, Libéria e Serra Leoa), relatados
em cada semana epidemiológica entre 30 de Dezembro de
2013 (início da semana epidemiológica 1) e 28 de
setembro de 2014 (fim do semana epidemiológica 39).
Pela segunda semana consecutiva o número total de
novos casos registrados caiu. No entanto, os casos EVD são
subrelatados em vários locais-chave. A transmissão
continua persistente e generalizada na Guiné, Libéria e
Serra Leoa, com forte evidência de aumentar a incidência
de casos em vários distritos.
A epidemia continua com tendência alta em Serra Leoa e
provavelmente também na Libéria. Por outro lado, a
situação na Guiné parece ser mais estável, embora deva
ser salientado que, no contexto de um surto de EVD, um
padrão estável de transmissão continua a ser de grande
interesse, e pode mudar rapidamente.
Ebola é transmitido através do contato direto com fluidos
corporais de uma pessoa doente ou a exposição a objetos,
tais como agulhas que tenham sido contaminados. A
doença tem um período médio de incubação de 8-10 dias
(variando de 2 a 21 dias); o CDC recomenda o
monitoramento exposta pessoas para os sintomas um
completo 21 dias. As pessoas não são contagiosas após a
exposição a menos que desenvolvam sintomas.
http://google.com.br
EBOLA (EVD) - continuação
Guiné
Libéria
Relatórios da Guiné mostram uma ligeira queda no número de novos casos
notificados em relação a cada uma das últimas cinco semanas (figura 2).
Esta queda é atribuída principalmente a uma queda no número de novos
casos notificados no distrito Macenta, que apresentava um aumento nas
últimos cinco semanas.
Esta semana, cinco novos casos confirmados foram notificados em
Monrovia.
A transmissão é persistente na Gueckedou, região em que o surto originouse, em que foi relatado entre cinco a 20 casos novos ao longo das últimas
10 semanas. Houve um ligeiro aumento no número de novos casos
registrados na capital, Conakry, com 27 confirmados nesta semana. Distrito
Beyla, que faz fronteira com a Costa do Marfim, já registrou seu primeiro
caso confirmado.
Um grande número de novos casos suspeitos (e mortes entre os casos
suspeitos) foi relatado na Libéria durante a semana passada. É muito
provável que uma proporção substancial desses casos suspeitos seja de
casos genuínos de EVD e que a queda relatada nos casos confirmados
reflita atrasos na divulgação de resultados laboratoriais e os dados de
vigilância clínica.
As localidades de Bong, Grand Bassa, Margibi e Nimba continuam a
relatar um elevado número de novos casos. Tem havido pouca mudança
no número deles em Lofa, que faz fronteira Gueckedou na Guiné, nas
últimas três semanas. 38 casos confirmados e prováveis nesta semana.
Serra Leoa
EBOLA (EVD) - continuação
A situação na Serra Leoa continua a deteriorar-se, com um aumento no número
de novos casos notificados confirmados nas últimas seis semanas. Os distritos
vizinhos de Port Loko, Bombali e Moyamba, que estão ao lado da capital,
Freetown, já foram colocados em quarentena depois de um surto de novos casos
nas últimas quatro semanas. Tonkolili também registrou um aumento no número
de casos novos esta semana. Por outro lado, um número muito baixo de novos
casos foram relatados em Kailahun e Kenema nas últimas duas semanas. Essas
áreas tinahm anteriormente altos níveis de transmissão. Outras investigações
serão necessárias para confirmar se esta queda é genuína, ou resultado de
subnotificação, o que parece mais provável.
Senegal
No Senegal, houve um caso da doença, mas até agora não houve mortes ou
mais casos suspeitos atribuíveis ao Ebola. Todos os contatos já completaram
21 dias de monitoramento, sem mais casos relatados de EVD. O último
confirmado no país foi relatado em 28 de agosto.
*O país que completar 42 dias de monitoramento (2 períodos de incubação
× 21 dias) sem novos casos, o surto será considerado encerrado.
Estados Unidos
O CDC confirmou em 30 de setembro de 2014, o primeiro caso de Ebola
diagnosticado nos Estados Unidos, em uma pessoa que havia viajado da
África Ocidental para Dallas, Texas. O paciente não apresentava sintomas
quando deixou a África Ocidental, mas apresentou sintomas
aproximadamente cinco dias após a sua chegada nos Estados Unidos. O
início dos sintomas foi em 24 de setembro, procurou atendimento médico
em 26 de setembro, e foi internado em 28 setembro.
Na última década, os Estados Unidos tiveram cinco casos importados de
febre hemorrágica viral (VHF), doenças semelhante ao Ebola (1 Marburg e 4
Lassa). Nenhum resultou em qualquer tipo de transmissão no país.
Nigéria
Na Nigéria, houve um total de 20 casos e oito óbitos. Todos os contatos (891) já
completaram 21 dias de seguimento (362 contatos em Lagos, 529 contatos em
Port Harcourt), sem mais casos de EVD relatados. O último caso confirmado em
Lagos foi relatado em 5 de setembro. O último caso confirmado em Port Harcourt
foi relatado em 1 de Setembro.
Tabela 3 - Casos e óbitos de Ebola na Nigeria, Senegal e Estados Unidos em 28
setembro de 2014
Países com transmissão localizada
Total de casos: 20
Nigeria
Total de óbitos: 8
Casos confirmados laboratorialmente: 19
Países com casos importados
Total de casos: 1
Senegal
Total de óbitos: 0
Casos confirmados laboratorialmente: 1
Total de casos: 1
Estados Unidos
Total de óbitos: 0
Casos confirmados laboratorialmente: 1
Total de casos: 2
Total do Senegal e
Total de óbitos: 0
Estados Unidos
Casos confirmados laboratorialmente: 2
EBOLA (EVD) - continuação
Profissionais de saúde
O elevado número de infecções EVD em trabalhadores de saúde
continua a ser uma causa de grande preocupação. 377 já foram
infectadas com o EVD desde 28 de setembro, com 216 óbitos(tabela 2).
Distribuição geográfica e distritos RECÉM afectados
A Figura 5 mostra a localização dos processos em todo os países com
transmissão generalizada e intensa de EVD. O número acumulado de
casos até 28/09 é mostrado nos círculos cinza, e o número de casos que
ocorreram nos 21 dias nos círculos vermelhos. Dez distritos em que
foram confirmados casos anteriores relataram nenhum caso durante os
21 dias anteriores ao final de 28 de Setembro (nove distritos na Guiné,
um em Serra Leoa). Na Guiné, houve um caso confirmado relatado no
distrito Beyla recém-afetados, na fronteira com a Côte d'Ivoire. Na
Libéria, a zona previamente não infectada de Grand Kru, perto da
fronteira com a Costa do Marfim, informou agora seis casos
confirmados de EVD.
Centros de tratamento de Ebola
Na Libéria, cerca de 1.500 leitos são necessários além dos que estão em
vigor ou prestes a ser posto em prática; em Serra Leoa, são necessários
um adicional de 450 leitos.
Vigilância
Na Guiné os esforços de rastreio de contatos precisam ser reforçados
nos distritos de Dalaba e Forecariah. Na Libéria, rastreamento de
contatos diários foi de menos 90%, em média, durante a semana, a 28
de Setembro, nos distritos de Grand Cap Monte, Grand Gedeh, Grand
Kru, Rio Ghee, Margibi, Maryland, e Rivercess. Em Serra Leoa, menos de
90% dos contatos foram rastreados a cada dia, em média, durante a
semana, a 28 de setembro no distrito de Kailahun e da capital,
Freetown. Em outros lugares, a taxa de sucesso foi de 90%, porém há
contatos para os casos que não são relatados.
EBOLA (EVD)
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Local de ocorrência: República Democrática do Congo (RDC)
Data da informação: 29/09/2014
Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle das Doenças
(CDC) e Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças
(ECDC);
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo informou à
Organização Mundial de Saúde do surto de EVD na província de
Equateur.
O surto foi atribuído a um caso índice de uma gestante da Vila
Ikanamongo de infectada depois de preparar carne de caça, com
evolução a óbito em 11 de agosto.
Casos de Ebola foram confirmados em Lokolia, Boende e Watshikengo.
Uma equipe de especialistas nacionais e internacionais foram
mobilizados para trabalhar com as equipes de resposta local. Há dois
centros de tratamento na área afetada dirigido por Médicos sem
Fronterias(MSF): uma unidade com 10 camas em Boende, e uma unidade
de 40 leitos em Lokolia.
As espécies que causam este surto é vírus Ebola Zaire e a estirpe Kikwit
1995 foi encontrada em 99% homóloga portanto, diferente do vírus
Ebola cepa Zaire circulando na África Ocidental.
CDC recomenda que os viajantes à RDC devem se proteger, evitando o
contacto com sangue e fluidos corporais de pessoas que doentes.
Embora os casos relatados restrinjam-se à província de Equateur, todos
os viajantes a RDC devem estar atentos uma eventual propagação para o
interior do país.
Ebola é uma doença rara e mortal, causada por infecção com um dos
vírus ebola (Ebola, Sudão, Bundibugyo, ou vírus Taï Floresta). É
transmitida pelo contato direto (através da pele quebrada ou mucosas)
com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa doente (urina, saliva,
fezes, vômito, e sêmen). Ele também é transmitido pelo contato direto
com objetos (como agulhas) que foram contaminados com fluidos
corporais infectados ou animais infectados.
Os sintomas do Ebola incluem febre, dor de cabeça intensa, dores
musculares, vômitos, diarréia, dor de estômago e hemorragia
inexplicada ou hematomas.
Os viajantes podem estar infectados se entrarem em contato com
sangue ou fluidos corporais de alguém que está doente ou morreu de
Ebola. As pessoas também podem ficar doentes com Ebola se entrarem
em contato com a vida selvagem infectado ou carne crua ou mal cozida
(carne de caça) de um animal infectado. Os profissionais de saúde e da
família e amigos em contato próximo com pacientes Ebola estão em
risco de ficar doente, porque eles podem entrar em contato com sangue
ou fluidos corporais infectados.
EBOLA (EVD)
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Local de ocorrência: Espanha
Data da informação: 06/10/2014
Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Autoridades de saúde espanholas notificaram o primeiro caso de Ebola
contraído fora da África.
A paciente infectada é uma das profissionais de saúde (enfermeira) que
atenderam os últimos casos repatriados que deram entrada no Hospital
Carlos III, em Alcorcón, (Província de Madri) onde ela trabalha.
Ela fez parte da equipe que tratou o padre espanhol Manuel Garcia Viejo, de
69 anos, que foi a óbito no dia 25 de setembro, depois de contrair ebola em
Serra Leoa, onde trabalhava em um centro médico da Ordem Hospitalar de
São João de Deus. Outro padre espanhol, Miguel Pajares, de 75 anos, foi a
óbito em 12 de agosto, após contrair o vírus na Libéria. Ele foi o primeiro
europeu repatriado com o vírus. Chegou a ser tratado com o soro
experimental americano ZMapp, mas não resistiu.
A enfermeira foi hospitalizada em isolamento na manhã do dia
06/outubro/2014 com sintomas de febre alta e há 2 testes confirmando a
doença. Seu marido e os 3 profissionais de saúde que a atenderam no dia 5
de outubro/2014 estão sob protocolo de prevenção e terão a temperatura
medida duas vezes diariamente por 21 dias. O protocolo também é aplicado
a 30 funcionários do hospital Carlos III, em Madri, que, da mesma forma que
a enfermeira, atenderam os dois religiosos espanhóis no mesmo centro
médico.
FEBRE HEMORRÁGICA MARBURG (Marburg HF)
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Local de ocorrência: Uganda
Data da informação: 02/10/2014
Origem da informação: ProMED-mail e Forbes.com
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Em 30 de setembro, o Ministério da Saúde de Uganda notificou
o óbito de um profissional de saúde (técnico de radiologia) por
febre hemorrágica de Marburg. Trata-se de um homem com
30 anos de idade, residente em Kampala, capital de Uganda.
O início dos sintomas foi em 17 de setembro. O paciente
deixou o local de trabalho, Hospital Mengo, e viajou para
Mpigi,Centro de Saúde IV, a cerca de 20 milhas (33 km) de
distância, seu antigo local de trabalho. O óbito ocorreu em 28
de setembro.
Total de contatos: 80, dos quais 38 são profissionais de saúde
do Hospital Mengo, incluindo o irmão do caso índice, e 22
profissionais de saúde de Mpigi, Centro de Saúde IV. Os outros
20 contatos são moradores do distrito de Kasese.
Uganda já foi atingida por vários focos de Marburg e Ebola no
passado, mas conteve os surtos rapidamente, limitando os
óbitos.
A pior ocorrência de febre hemorrágica ocorreu em 2000,
quando 425 pessoas contraíram Ebola e mais da metade delas
morreu.
A febre hemorrágica Marburg é uma doença humana muito
rara. No entanto, quando ocorre tem o potencial de se
espalhar para outras pessoas, especialmente a equipe de
saúde e membros da família que cuidam do paciente
infectado. Aumentar a conscientização nas comunidades e
entre os prestadores de saúde sobre sintomas clínicos de
pacientes com a doença, portanto, é fundamental. Melhorar a
utilização de ferramentas de diagnóstico é outra prioridade.
Não se sabe ao certo como o vírus Marburg é transmitido de
seu hospedeiro animal para o ser humano. No entanto, a
investigação de dois casos em turistas que visitaram Uganda
em 2008, indicou que a mais provável via de infecção é o
contato desprotegido com fezes de morcegos infectados ou
aerossóis.
Após a passagem inicial do vírus do animal hospedeiro para os
humanos, a transmissão ocorre através do contato pessoa-a-pessoa
(contato direto com gotículas de fluidos corporais de pessoas
infectadas ou contato com equipamentos e outros objetos
contaminados com sangue ou tecidos infecciosa).
Após um período de incubação de 5-10 dias, o início dos sintomas é
súbito e marcado por febre, calafrios, dor de cabeça e mialgia. Por
volta do quinto dia após o início dos sintomas, uma erupção
maculopapular mais proeminente no tronco (peito, costas, estômago)
pode ocorrer. Náuseas, vômitos, dor no peito, dor de garganta, dor
abdominal e diarreia podem aparecer. Os sintomas tornam-se cada
vez mais graves e podem incluir icterícia, inflamação do pâncreas,
perda de peso acentuada, delírio, choque, insuficiência hepática,
hemorragia massiva, e disfunção de múltiplos órgãos. Muitos dos
sinais e sintomas de febre hemorrágica de Marburg são semelhantes
aos de outras doenças infecciosas, como a malária ou a febre tifóide.
O diagnóstico clínico da doença pode ser difícil, especialmente se
apenas um único caso estiver envolvido.
A taxa de letalidade por febre
hemorrágica de Marburg varia entre
23-90%.
(Fonte: Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC)
FEBRE HEMORRÁGICA MARBURG (continuação)
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Local de ocorrência: Global
Data da informação: 02/10/2014
Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Febre hemorrágica Marburg (Marburg HF) é uma febre hemorrágica rara, mas grave, que
afeta seres humanos e primatas não-humanos. Marburg HF é causada por vírus da família de
filovírus, a qual pertence o Ebola.
O primeiro surto desta doença ocorreu em Marburg, na Alemanha, e em Belgrado, exIugoslávia, em 1967, levando ao reconhecimento inicial da doença. O surto foi associado com
o trabalho em laboratório, utilizando macacos verdes africanos (_Cercopithecus aethiops_)
importados de Uganda.
Os estudos ecológicos estão em andamento para identificar o reservatório natural de ambos
Marburg e Ebola indicam evidências de que os morcegos estão envolvidos, mas ainda há
muito trabalho a ser feito para descrever definitivamente o ciclo de transmissão natural.
Macacos são suscetíveis à infecção, mas não são considerados hospedeiros reservatórios
plausíveis, pois praticamente todos os animais infectados morrem muito rapidamente para
sustentar a sobrevivência do vírus. A infecção de seres humanos ocorre esporadicamente.
O reservatório do vírus Marburg tem sido apontado como o morcego Africano, Rousettus
aegyptiacus. Morcegos frugívoros infectados com o vírus Marburg não apresentam sinais de
doença. São residentes em cavernas em toda a África.
A doença normalmente aparece em surtos esporádicos em toda a África. Casos confirmados
em laboratório têm sido relatados em Uganda, Zimbábue, República Democrática do Congo,
Quênia, Angola e África do Sul. É possível que, casos isolados esporádicos ocorram e passem
despercebidas.
Casos de Marburg HF ocorreram fora da África, mas não são freqüentes. Em 2008, um turista
holandês desenvolveu Marburg HF depois de visitar Uganda, e morreu em seguida. Também
em 2008, um viajante americano desenvolveu a doença adquirida em Uganda e se recuperou.
Ambos os viajantes tinham visitado uma caverna habitada por morcegos frugívoros em um
parque nacional.
Ao lado, mapa mostrando surtos anteriores de febre hemorrágica de Marburg. Locais e anos
de surto são: Marburg 1967, Frankfurt 1967, Belgrado 1967, Durba 1998-2000, Kitaka Mina de
2007, Kitum Caverna 1987, Nairobi 1980, Maramagambo Floresta (2) de 2008, Kabale 2012,
Uige de 2005, Johannesburg 1975.
(Fonte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
CÓLERA
• Local de ocorrência: África, Ásia
• Data da informação: 28/09/2014
• Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Gana (Região Leste)
Foram registrados 49 casos de cólera, de agosto a setembro de 2014, com duas
morte, em um Hospital da região leste de Gana. Segundo a Direção Municipal dos
Serviços de Saúde, os dois pacientes que morreram buscaram assistência tardia.
Em face disso, orientaram a população a proucrar atendimento precoce para
prevenir a forma mais grave da doença.
Gana (Região Oeste)
Em 25/09/14, autoridade regional de Saúde de Gana revelou que os casos de
cólera na região estão aumentando de forma constante.; Até agora 120 casos
foram registrados em nove distritos, com uma morte. Os moradotres foram
alertados para garantir a higiene pessoal e manter condições sanitárias adequadas
para evitar a infecção.
Cólera - Nigéria (estado de Borno)
Cerca de 6 pessoas podem ter morrido na terça-feira (23/09), como resultado de
um suposto surto de cólera nos campos de reassentamento em Maiduguri. Mais de
58.000 pessoas foram deslocadas internamente de Bama, Konduga, Damboa,
Dikwa e Marte depois dos últimos ataques de Boko Haram no Estado. O presidente
do Estado Nacional refere que 30 pessoas, incluindo crianças, foram afetadas e
levadas para o hospital de referência estadual para tratamento, no entanto, 6
foram
a
óbito.
Outros 24 pacientes encontram-se hospitalizados. As instalações dos campos
afetados foram fumigados pelo Estado Agência de Proteção Ambiental Borno
(BOSEPA) para impedir a propagação da cólera nos acampamentos.
Cólera - Nepal (Katmandu)
O V. cholerae O1 O1, sorotipo Ogawa continuou a ser detectado em pacientes com
gastroenterite aguda desde 10 de julho de 2014, em Katmandu. Cinco amostras de
fezes deram positivas para este agente entre 10-20 julho de 2014. Mais 14 casos
de diarreia adicionais (entre 23 julho - 26 setembro de 2014), associados com
_Vibrio cholerae_ O1, sorotipo Ogawa, foram encontrados. Destes, 57 por cento
eram do sexo masculino. A média de idade foi de 35,5 anos. Todos os pacientes
foram tratados e se recuperaram sem intercorrências.
http://en.wikipedia.org/wiki/Ghana
http://en.wikipedia.org/wiki/Nepal
RAIVA HUMANA
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Local de ocorrência: Missouri, Estados Unidos da América
Data da informação: 30/09/2014
Origem da informação: ProMED-mail /ABC 17 News
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O Departamento de Saúde e Missouri notificou um caso da raiva humana
que evoluiu a óbito no dia 26 de setembro. Trata-se de um residente em
Cole County, que foi hospitalizado com dor de garganta severa, tremores,
dificuldade para engolir e alucinações, após duas semanas de evolução dos
sintomas.
Os testes laboratoriais foram realizados pelo Centro para Controle e
Prevenção de Doenças (CDC). O Departamento de Saúde de Missouri está
investigando o caso.
A raiva é uma infecção viral aguda que é transmitida aos seres humanos ou
outros mamíferos normalmente através da saliva de uma mordida de um
animal infectado. Raramente é contraída através de feridas na pele ou
contato com mucosas. Tem sido sugerido que a transmissão por via aérea é
possível em cavernas onde há concentrações de morcegos.
Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva. Guaxinins, gambás,
raposas, morcegos, cães, coiotes e gatos são os prováveis suspeitos. Outros
animais como lontras e doninhas também são de alto risco. Mamíferos
como coelhos, esquilos, roedores e gambás raramente são infectados.
Fonte: http://www.mapsofworld.com/usa/states/missouri/maps/missouri-location-map.jpg
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite
progressiva aguda e letal.
Inicialmente, como em muitas doenças, os sintomas da raiva são
inespecíficos: febre, dor de cabeça e mal-estar. No local da lesão, pode
haver alguma dor e desconforto. Os sintomas, em seguida, evoluem para:
confusão, delírio, alucinações e comportamento anormal.
A profilaxia da raiva em pessoas agredidas previne a ocorrência de novos
casos. Assim, o esquema profilático adequado em tempo oportuno é de suma
importância para evitar a ocorrência de raiva humana. Toda pessoa com
histórico de exposição deve procurar assistência médica e, conforme
avaliação, receber vacinação ou sorovacinação.
Embora em todo o mundo estima-se que existam mais de 69 mil mortes por
raiva anualmente, casos de raiva humana são extremamente raros nos
Estados Unidos, que, em média, registra menos de cinco casos da
doença/ano.
(Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Caderno13).
RAIVA
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Local de ocorrência: Índia
Data da informação: 30/09/2014
Origem da informação: ProMED-mail/Deccan Chronicle
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Neste ano, quatro pessoas foram a óbito por raiva em Coimbatore, na Índia,
após serem agredidas por cães infectados. A cidade, que também conhecida
como Kovai é a maior cidade em termos de aglomeração urbana do estado
indiano de Tamil Nadu, Chennai e a décima sexta maior aglomeração urbana da
Índia. Cerca de 30 a 40 casos de mordidas de cães são tratados diariamente e
pelo menos 9.000 pessoas, que sofreram mordidas de cães, foram tratadas nos
nove primeiros meses deste ano. Em 2013, cinco óbitos por raiva canina foram
registrados no local.
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do
animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela
arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplicase no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e,
posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários
órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva
das pessoas ou animais enfermos.
Fonte: www.google.com.br
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias
antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a
evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7
dias após a apresentação dos sintomas.
Todos os mamíferos são suscetíveis a infecção pelo vírus da raiva. A
imunidade e conferida por meio de vacinação, acompanhada ou não por
soro; dessa maneira, pessoas que se expuseram a animais suspeitos de
raiva devem receber o esquema profilático, assim como indivíduos que,
em função de suas profissões, se mantém constantemente expostos.
(Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
Caderno13).
Fonte: http://dd508hmafkqws.cloudfront.net/sites/default/files/styles/article_node_view/public/dogs_0.JPG
LEGIONELOSE
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Local de ocorrência: Alemanha
Data da informação: 30/09/2014
Origem da informação: ProMED mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Na Alemanha, houve 60 casos de suspeita da doença do legionário, cujo
diagnóstico foi confirmado em 30, descartado em 20, e ainda em
investigação os outros 10 casos. O caso mais recente data de 15 de
setembro de 2014. Não houve casos novos nas últimas 2 semanas.
A investigação sobre possíveis fontes do surto de legionelose em Juelich,
Alemanha, identificaram que uma usina em Weisweiler mostra altas
concentrações de _Legionella_ na água de resfriamento. Outras plantas de
refrigeração que testaram positivas para _Legionella_ incluem a do Centro
de Investigação em Juelich, bem como as plantas de refrigeração em
metalurgia e processamento de plásticos. As torres de resfriamento estão
agora fora de serviço. Se estes resultados têm relação causal com o atual
surto em Juelich está sob investigação. A _Legionella_ Isolado da usina
foram enviadas para um laboratório especializado em Dresden para uma
comparação com a isolada de pacientes de Juelich.
O período de incubação da bactéria varia de 2 a 10 dias após o contágio. As
manifestações clínicas iniciais compreendem: febre elevada; calafrios; cefaleia;
prostração; dores nas articulações; dores musculares. Com a evolução do quadro, o
paciente passa a apresentar falta de ar e dificuldade para respirar, tosse produtiva e dor
torácica, além de diarreia. Com menor frequência pode ser observada confusão mental.
O diagnóstico é basicamente por meio de exames laboratoriais, como cultura ou
imunofluorescência.
O tratamento envolve o uso de antibióticos, sendo a azitromicina o tratamento de
eleição, além das quinolonas. Nos quadros mais avançados, pode ser utilizada
azitromicina ou levofloxacina.
A prevenção é feita identificando-se ocasionais focos de infecção, por meio da
realização de controles regulares dos sistemas de ventilação de grandes edifícios, locais
comprovadamente ideais para o desenvolvimento da bactéria em questão e, caso seja
confirmada a contaminação do local, proceder a esterilização adequada. Além disso, a
desinfecção periódica de aparelhos de ar condicionado, sistemas de ventilação ou
condensadores de vapor previne o desenvolvimento de colônias de Legionella
pneumophila.
Juelich é uma cidade no distrito de Dueren, no estado federal da Renânia do
Norte-Vestfália, Alemanha.
A legionelose ou doença do legionário, é uma forma rara de pneumonia
atípica decorrente da infecção pela bactéria Legionella pneumophila. São
bactérias que vivem na água, como rios e lagos de água doce. A primeira
epidemia relatada desta doença ocorreu em uma fábrica de embalagens de
carne em Minnesota, nos Estados Unidos, no ano de 1957. No entanto, foi
reconhecida apenas quando causou pneumonia epidêmica em membros da
Legião Norte-americana que participava de uma convenção da na Filadélfia,
em 1976. Foi averiguado que o agente etiológico da doença do legionário se
reproduziu no sistema de climatização do hotel, propagando-se através das
condutas de ventilação, contaminando as pessoas ali presentes quando as
mesmas inalavam as partículas suspensas no ar contendo a bactéria.
http://google.com.br
ENCEFALITE AGUDA
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Local de ocorrência: Índia
Data da informação: 30/09/2014
Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Um surto de síndrome de encefalite aguda (AES) no distrito de Araria, estado de Bihar, já causou oito óbitos em crianças nas últimas seis semanas.
O surto causou mais de 130 óbitos em crianças e afetou mais de 700 em Muzaffarpur e seus distritos adjacentes, no norte de Bihar, de maio a junho deste ano.
Todas os óbitos devido a AES foram registrados no distrito entre 12 de Agosto e 24 de setembro. Não há nenhuma informação de qualquer outra criança afetada pela
doença depois desse período.
A faixa etária das ocorrências varia de 1-7 anos e todos residiam em áreas rurais de Araria.
AES tornou-se um fenômeno anual durante a temporada de verão pré-monção nos distritos de Bihar norte. Cientistas e pesquisadores ainda não identificaram a
causa da doença. A taxa de letalidade foi de 26%, e o tratamento é sintomático.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Bihar
Fonte: https://encryptedtbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQI9
QRKvSGiF8SfwkrJzklObGiXU5ZlAx_S17rdYkJ
kWnvRpfPtaw
Estados da Índia
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/RwOwEKfsiLU/T5k9YUedhqI/AAAAAAAAAo0/tZs377IQ9lw/s440/india-map.jpg
ENTEROVÍRUS D68 E DOENÇA SEMELHANTE À POLIO
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Local de ocorrência: Estados Unidos da América (EUA) e Canadá
Data da informação: 06/10/2014
Origem da informação: Centros para Controle e Prevenção de
Doenças (CDC) e ProMED mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Em setembro/14, os EUA informaram à Organização Mundial da
Saúde/Organização Mundial da Pan-Americana da Saúde (OMS/OPAS)
um surto de doença respiratória grave, associado ao Enterovirus D68
(EV-D68). A última atualização do CDC, informa que o número de casos
confirmados em crianças norteamericanas é de 538 em 43 estados e no
Distrito de Columbia.
Até agora, todos os casos envolveram crianças, com exceção de um
adulto. A maioria apresenta sintomas como coriza, embora uma
pequena percentagem tenha desenvolvido dificuldades respiratórias
graves, especialmente pacientes com história de doença respiratória
como a asma.
Além disso, O CDC está trabalhando em conjunto com o Departamento
de Saúde Pública e Meio Ambiente (CDPHE) e Hospital Infantil Colorado
para investigar um grupo de nove pacientes pediátricos hospitalizados
com doença neurológica aguda de etiologia indeterminada. A doença é
caracterizada por fraqueza muscular focal e alterações da substância
cinzenta da medula espinhal na ressonância magnética. Estas doenças
têm ocorrido desde 1 de agosto de 2014, coincidindo com o aumento de
doenças respiratórias entre as crianças no Colorado.
As autoridades de saúde local e o CDC estão investigando eventual
ligação entre surtos virais concomitantes. Foi emitido um alerta nacional
para os médicos que se deparem com sintomas semelhantes.
Os sintomas foram precedidos por doença respiratória e das testagens
de 8 das 9 crianças que adoeceram, 4 deram positivas para o EV-D68, 4
também positivaram para rinovírus ou outros enterovírus. Todas
confirmaram vacinação contra poliomielite.
Até 06/10/2014, 12 casos de paralisia parcial por doença respiratória
viral foram confirmados nos EUA.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
Atualmente,
não
existem
vacinas
disponíveis ou tratamentos específicos
para EV-D68 e o tratamento clínico é
favorável. Os sintomas podem incluir
febre, coriza, espirros, tosse e dores
musculares. Os indivíduos com condições
preexistentes, como asma ou outras
doenças respiratórias, podem ser
particularmente propensos a infecções
graves da EV-D68 e ter dificuldade em
respirar ou dispnéia. Infecções por
enterovírus geralmente não são fatais,
mas podem ser graves, especialmente em
crianças com asma ou outras doenças
respiratórias subjacentes.
http://google.com.br
CHIKUNGUNYA
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Local de ocorrência: Américas e Índia
Data da informação: 05/10/2014
Origem da informação: ProMED mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Os casos notificados de febre Chikungunya nas Américas, por país ou
território com transmissão autóctone - 2013-2014, estão sistematizados nas
tabela das páginas subsequentes.
Depois dos relatos de casos suspeitos de Chikungunya em uma vila no bloco
Thuraiyur, distrito Tiruchirappalli, Tamil Nadu, na Índia, que atingiu 7
pessoas, pelo menos 40 moradores de Merpanaikadu, uma aldeia interior, na
fronteira dos distritos Pudukottai e Thanjavur, na Índia, apresentaram
sintomas de infecção pelo vírus chikungunya ao longo dos últimos dias.
Equipes de saúde especiais deslocaram-se para o local e mantêm a situação
sob controle.
O vírus Chikungunya é endêmico na Índia, com focos dispersos de infecções
em várias localidades do país no ano passado (2013). Não está claro se os
diagnósticos de infecção pelo vírus chikungunya são baseadas
exclusivamente nos sintomas clínicas ou se foram diagnosticados
laboratorialmente.
A Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitos
infectados, como Aedes aegypti e Aedes albopictus. Ela pode causar febre
alta, juntar e dor muscular e dor de cabeça. Raramente formas graves da
doença podem ocorrer com manifestações atípicas. Mortes relacionadas a
infecção por CHIKV são incomuns, mas a dor articular pode durar meses ou
anos e pode se tornar uma causa de dor crônica e incapacidade. Não há
tratamento específico para a infecção por chikungunya, nem vacina para
preveni-la. Enquanto se aguarda o desenvolvimento de uma nova vacina, a
única forma eficaz de prevenção é proteger os indivíduos contra picadas de
mosquito.
Vários países da União Européia (França, Grécia, Itália, Holanda, Espanha e
Suíça) notificaram casos importados de infecção por chikungunya em
pacientes com histórico de viagem para as áreas afetadas.
https://www.google.com.br
CHIKUNGUNYA
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Local de ocorrência: Américas
Data da informação: 03/10/2014
Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle das Doenças (CDC)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Mosquitos vetores: Aedes aegypti e Aedes albopictus, são os vectores primários.
Ambos são mosquitos diurnos que picam hospedeiros animais. Os seres humanos
são o hospedeiro primário do vírus chikungunya durante períodos epidêmicos .
Achados clínicos:
• A maioria das pessoas infectadas se tornam sintomáticas.
• Período de incubação geralmente 3-7 dias (variação de 1-12 dias) .
• Início agudo de febre e poliartralgia são os achados clínicos primários.
• Sintomas comuns são geralmente simétricos e muitas vezes ocorrem em mãos
e pés; podem ser severos e debilitantes.
• Outros sintomas: cefaléia, mialgia, artrite, conjuntivite, náuseas, vômitos,
exantema maculopapular
• Linfopenia, trombocitopenia, creatinina elevada, e níveis elevados das
transaminases hepáticas são os resultados laboratoriais clínicos mais comuns.
Evolução clínica e resultados:
• Os sintomas agudos normalmente desaparecem dentro de 7-10 dias.
• Complicações raras incluem uveíte, retinite, miocardite, hepatite, nefrite,
lesões bolhosas da pele, hemorragia, meningoencefalite, mielite, Síndrome de
Guillain-Barré, e paralisia de nervos cranianos.
• Pessoas em risco para a doença grave incluem recém-nascidos expostos
durante o parto, idosos e pessoas com condições médicas subjacentes (por
exemplo, hipertensão, diabetes ou doença cardiovascular)
• Alguns pacientes podem ter recaídas dos sintomas reumatológicos (por
exemplo, poliartralgia, poliartrite, tenossinovite) nos meses após a doença aguda
• Estudos relatam proporções variáveis de pacientes com dores articulares
persistentes por meses ou anos
Aedes aegypti e Aedes albopictus
Fonte: CDC
CHIKUNGUNYA (continuação)
CHIKUNGUNYA (continuação)
NOVO CORONAVÍRUS (MERS-CoV)
• Local de ocorrência: Arábia Saudita
• Data da informação: 05/09/2014
• Origem da informação: Ministério da Saúde do Reino
da Arábia Saudita (MOH) e Promed mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Até 05 de outubro de 2014, houve um total de
756 casos confirmados laboratorialmente de infecção
pelo MERS-CoV, incluindo 322 mortes 427 casos
recuperados, e 7 processos actualmente em curso, na
Arábia Saudita.
As duas mortes mais recentes são de um homem de
Riyadh, com 56 anos de idade, que não era trabalhador
de saúde e tinha história de comorbidades preexistentes;
e de outro homem residente em Taif, com 40 anos de
idade, trabalhador de saúde, com história de
comorbidades preexistentes.
Com as mortes recém relatadas acima, a taxa de
letalidade é agora de 42,6% (322 mortes em cada 756
laboratório relatou MERS-CoV casos de infecção
relatados
pela
Arábia
Saudita
confirmados).
Fonte: MOH
NOVO CORONAVÍRUS (MERS-CoV)
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Local de ocorrência: Global
Data da informação: 02/10/2014
Origem da informação: Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC)
e Organização Mundial da Saúde (WHO)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Em 29/09/14 o Departamento de Saúde da Áustria relatou o primeiro caso confirmado de
infecção pelo MERS-CoV, em um cidadão do Reino da Arábia Saudita que chegou
recentemente ao país. Trata-se de uma mulher saudita, de 29 anos de idade, que viajou
em 22 de setembro a Viena, Áustria, em um vôo de Doha, no Catar. O caso foi sintomático
com uma infecção respiratória e febre antes da chegada na Áustria. A paciente foi isolada
em um centro médico em Viena e está em condição estável. Não há histórico de exposição
a camelos ou seus produtos, nem de internação hospitalar prévia, ou contato com pessoa
doente. O rastreamento de contatos está em andamento. Até agora, dois contatos
próximos apresentaram sintomas respiratórios superiores e estão internados no hospital.
Os resultados laboratoriais desses contatos estão pendentes.
Desde a última avaliação de risco do ECDC, de 21 de agosto a 30 de setembro de 2014, 31
casos adicionais foram relatados na Arábia Saudita. Destes, 19 são casos retrospectivos
com data de início anterior a 03 de junho de 2014 relatados em 18 de setembro de 2014.
No geral, 887 casos confirmados por laboratório de MERS-CoV foram relatados às
autoridades de saúde pública em todo o mundo, incluindo 352 óbitos (Figura 1). A maioria
dos casos ocorreram no Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar,
Jordânia, Omã, Kuwait, Egito, Iêmen, Líbano e Irã) (Tabela 1). Todos os casos notificados
fora do Oriente Médio tiveram história de viagem recente ao Oriente Médio ou contato
com um caso que tinha viajado do Oriente Médio (Figura 2).
O período de peregrinação a Hajj na Arábia Saudita está ocorrendo entre 1 e 6 de
Outubro.
O número de casos notificados nos últimos meses diminuiu na Arábia Saudita, o que
provavelmente reflete diminuição da transmissão do vírus na comunidade em relação ao
ano anterior. No entanto, o conselho de saúde do curso geral, inclusive evitando água
contaminada, carne mal cozida e frutas cruas e vegetais não ser que recém descascadas e
lavadas, continuam a ser importantes para quem viaja no Oriente Médio.
A fonte do vírus permanece desconhecida, mas o padrão de transmissão aponta para um
reservatório animal no Oriente Médio a partir do qual os seres humanos são infectados
esporadicamente através de transmissão zoonótica.
INFLUENZA AVIÁRIA A(H5N1) EM HUMANOS
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Local de ocorrência: Egito
Data da informação: 01/10/2014
Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O Ministério da Saúde Egípcio anunciou um caso
humano de gripe aviária H5N1 em uma criança de 3
meses em Giza. O início dos sintomas foi em
22/9/2014, apresentando febre, dor de garganta,
tosse e vômitos. A criança ficou internada por três
dias e foi liberada. Apresentavahistória de exposição
a aves mortas. Foi confirmada laboratorialmente para
o vírus da gripe aviária - Influenza A (H5N1) e tratada
com Tamiflu. Este é o quinto caso de gripe aviária
humana H5N1 em 2014 no Egito. Outros casos: sexo
feminino, 56 anos, internado em estado crítico;
criança, 4 anos, condição estavel; sexo feminino, 86
anos, internado em estado grave e sexo masculino,
34 anos, evoluiu a óbito.
A gripe aviária em humanos
A gripe aviária é uma doença infecciosa das aves que
pode ser transmitida para as pessoas, mas é difícil de
se transmitir de pessoa para pessoa. O exemplo mais
conhecido é o de aves com vírus influenza A subtipo
H5N1 circulando em aves de capoeira em partes da
Ásia e nordeste da África, que causaram doenças
humanas e mortes desde 1997.
Outros subtipos de gripe aviária, incluindo o H7N7 e
H9N2, também podem ser infectar as pessoas.
Quase todas as pessoas com infecção pelo vírus H5N1
tiveram contato próximo com aves infectadas ou
ambientes contaminados pelo H5N1. Quando as
pessoas se tornam infectadas, a taxa de mortalidade
é de cerca de 60%.
Porque as aves desempenham um papel importante como fonte de alimento e sustento em muitos países
afetados pelo vírus da gripe aviária, a OMS e os parceiros do setor da saúde dos animais estão trabalhando na
interface humano-animal para identificar e reduzir riscos para a saúde animal e saúde pública dentro de
contextos nacionais.
(Fonte: Organização Mundial da Saúde)
FEBRE DO NILO OCIDENTAL (WNF)
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Local de ocorrência: Europa
Data da informação: 03/10/2014
Origem da informação: Centro Europeu de Prevenção e Controle das
Doenças (ECDC)
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
A Febre do Nilo Ocidental (WNF) é uma doença transmitida por um
mosquito que causa sintomas neurológicos graves em uma pequena
proporção de pessoas infectadas. Durante o período de transmissão
junho a novembro, o ECDC monitora a situação nos Estados Unidos,
União Européia (UE) e países vizinhos, a fim de informar as autoridades
sobre a segurança do sangue de áreas afetadas e identificar mudanças
significativas na epidemiologia da doença.
Durante a última semana, 13 novos casos humanos foram notificados
pelos Estados-Membros da UE. Itália relatou cinco novos casos
confirmados, Romênia cinco e, Hungria três prováveis. Nos países
vizinhos, Israel informou sete novos casos.
Em 2014, 68 casos humanos de febre do Nilo Ocidental foram relatados
na UE e 109 casos em países vizinhos.
A Itália relatou 18 casos nas seguintes províncias: Bologna (4), Parma (1), Cremona (2), Modena (2), Reggio nell'Emilia (1), Verona (1), Pavia (3), Mantova (1), Lodi
(2) e Piacenza (1). Romênia relatou 22 casos nos distritos de Mures (2), Olt (5), Constança (1), Ialomita (1), Bucareste (1), Dambovita (1), Dolj (3), Galati (1), Giurgiu
(1), Teleorman (2), Sibiu (1), Braila (1), Iasi (1) e Valcea (1). Hungria registrou 11 casos nas seguintes áreas: Budapeste (4), Csongrad County (2), Pest County (1),
Jasz-Nagykun-Szolnok município (1), Bekes município (1), Hajdu-Bihar County (1) e Bacs-Kiskun município (1). Áustria relatou um caso autóctone de febre do Nilo
Ocidental em Viena. Na Grécia, 15 casos humanos foram notificados desde o início de 2014 período de transmissão nas seguintes prefeituras: Ática (2), Ileia (6),
Rodopi (4) e Xanthi (3).
Nos países vizinhos, treze casos foram relatados pela Bósnia e Herzegovina, na República Srpska, nos seguintes municípios: Banja Luka (4), Trebinje (1), Novi Grad
(1), Kljuc (1), Krupa na Uni, (1), formando Mrkonjic (1), Gornji Ribnik (1), Teslic (1), Laktasi (1) e Prijedor (1). Sérvia relatou 58 casos de febre do Nilo Ocidental nas
seguintes regiões: City of Belgrade (27), Juzno-Backi distrito (5), zona Nisavski (1), Kolubarski (4), Sremski (6), Juzno-Banatski (11), Podunavski (3), Raski (1). Rússia
reportou 29 casos nas seguintes oblasts: Saratovskaya (9), Samara (6), Volgogradskaya (5), Astrakhanskaya (3), Belgorodskaya (1), Altayskiy Kray (1), Chelyabinskaya
(1) e Voronezhskaya (3). Israel registrou nove casos de febre do Nilo Ocidental da seguinteáreas: Distrito Central (1), distrito de Tel Aviv (3), distrito de Haifa (2),
Jerusalém (1) e no distrito do Norte (2).
SARAMPO
Local de ocorrência: Atualização - Paquistão, Alemanha, Síria, Austrália.
Data da informação: 28/09/2014
Fonte da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
PAQUISTÃO: Das 22 equipes especiais do Programa Ampliado de Vacinação (PAV)
criadas para cobrir as áreas atingidas pelas enchentes devastadoras no Paquistão,
16 reportaram terem tratado 9.343 casos de sarampo no distrito de Multan, até
24/09/14.
ALEMANHA: Um novo Centro de Acolhimento de Refugiados em Karlsruhe foi
fechado após o diagnóstico de um caso de infecção por vírus do sarampo, apenas
10 dias após a sua abertura. Um porta-voz do Departamento de Saúde do Distrito
afirmou que a reabertura do local só será realizada quando não forem identificados
mais casos da doença. Anteriormente, um caso tinha sido identificado em
Karlsruhe, mas não houve disseminação como resultado da vacinação intensificada
no local. O novo Centro permanecerá sob vigilância e a vacinação abrangente dos
moradores será concluída. Na semana passada, um pouco mais de 300 pessoas
chegaram em Karlsruhe em busca de asilo. Até 01/09/14, mais de 4.800 pessoas já
tinham chegado em Karlsruhe.
SÍRIA: Pelo menos 15 crianças morreram em Idlib, na Síria, durante um programa
de vacinação contra o sarampo, após receberem um relaxante muscular –atracúrio
– adicionada à vacina no lugar do diluente. Atracúrio é frequentemente usado
antes de cirurgias e sua dose é determinada pelo peso do paciente. As crianças
mais jovens foram mais severamente afetadas devido ao seu tamanho. As que
morreram tinham menos de 2 anos de idade, enquanto outras 50 crianças mais
velhas se recuperaram, disse um porta-voz da Organização Mundial de Saúde
(OMS), que está ajudando a determinar a causa exata das mortes. O assunto foi
passado para um tribunal local na Síria para investigar se o incidente foi um erro
involuntário ou um ato criminoso. Cerca de 20.000 crianças foram vacinadas na
província de Idlib, quando a campanha começou no dia 15/09/14, sendo cancelada
no dia seguinte, quando a primeira morte foram relatada. O sarampo é uma
ameaça particular para crianças que estão vivendo em campos de refugiados ou
condições insalubres. Mais de 5 milhões delas estão nessas condições depois de 4
anos de combates na Síria. Idlib, local deste incidente, é cotrolada por grupos
rebeldes moderados que se opõem tanto ao ditador da Síria, Bashar al-Assad, como
à organização extremista Estado Islâmico no Iraque (ISIS), de acordo com o
relatório da UNICEF.
https://www.google.com.br
AUSTRÁLIA OCIDENTAL: O sarampo
está sendo diagnosticado à taxa de
um caso por semana semana na
Austrália Ocidental (WA) neste ano,
representando o maior número de
casos em 15 anos. 39 casos foram
relatados até agora em 2014, em
comparação com 14 no ano passado
(2013) e 6 casos em 2012. É o maior
registro desde 1998, quando foram
notificados 50 casos. As autoridades
sanitárias iniciaram uma vacinação em
massa de 1,8 milhões de crianças. Foi
emitido alerta aos médicos e
proporcionado atualizações sobre a
vacinação, especialmente para os
jovens adultos. O Departamento de
Saúde local disse que mais da metade
dos casos de 2014 foram em crianças,
a maioria não vacinadas. 44% foram
em adultos entre 20 e 40 anos que
foram vacinados ou tiveram apenas
uma dose quando crianças.
VIBRIO VULNIFICUS
• Local de ocorrência: Flórida - EUA
• Data da informação: 28/09/2014
• Origem da informação: ProMED-Mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
De acordo com informação do Departamento de Saúde da Flórida, de 26/09/14, Duval
County, situado no nordeste da Flórida, registrou a quarta morte no Estado decorrente
de infecção com a bactéria _Vibrio vulnificus. Além deste caso fatal, os municípios de
Hillsborough e Pinellas relataram recentemente casos de vibriose, elevando o total de
notificações no estado de 21. Os outros casos fatais de 2014 foram relatados nos
municípios de Dixie, Lee e Sarasota. Em 2013, o Estado da Flórida relatou 41 casos da
doença e 11 mortes.
http://pt.wikipeia.org/wiki/Florida
As pessoas podem se infectar com Vibrio vulnificus por ingestão de frutos do mar:
mariscos crus e principalmente ostras. A bactéria é freqüentemente isolada em ostras
e outros mariscos em águas quentes do litoral durante os meses de verão. Uma vez
que é encontrada naturalmente em águas marinhas quentes, as pessoas com feridas
abertas podem ser expostas ao Vibrio vulnificus através do contato direto com a água
do mar. Não há nenhuma evidência de transmissão de pessoa para pessoa.
Indivíduos saudáveis normalmente desenvolvem uma doença leve; no entanto pode
ser um problema sério para as pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido,
particularmente aqueles com doença hepática crônica. A bactéria pode invadir a
corrente sanguínea, causando uma doença grave e com risco de vida, com sintomas
como febre, calafrios, diminuição da pressão arterial (choque séptico) e lesões
vesiculares na pele, apresentando uma letalidade aproximadamente de 50%.
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ENTEROVÍRUS D68
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Local de ocorrência: Estados Unidos da América (EUA) e Canadá
Data da informação: 27/09/2014
Origem da informação: Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e
ProMED mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
O número de casos de enterovírus D68 continua a aumentar em nos Estados Unidos
e no Canadá, permanecendo uma condição relativamente benigna, confinada a
bebês e crianças. No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
emitiu, em 26/09/14, um alerta aos médicos sobre alguns casos de uma doença
semelhante à poliomielite e relatou que o enterovírus D68 havia sido detectado em
4 das 8 crianças diagnosticadas, cujos estados ainda precisam ser esclarecidos.
Em resposta ao pedido feito em 27/09 pela ProMED ao Canadá, para obter
informações sobre possíveis manifestações neurológicas relacionadas ao
enterovírus D68 (EV-D68), foi relatado que entre os oito casos confirmados por
laboratório da doença detectados em British Columbia (BC), havia dois indivíduos
com sintomas de paralisia, uma criança com idade entre 5-10 anos e um adulto
jovem com idade entre 15-20 anos. Ambos do sexo masculino, previamente hígidos,
com início dos sintomas no final de agosto/2014. São residentes em cidades
distantes não havendo ligação epidemiológica entre as situações. Ainda não foi
observado um aumento geral de doença respiratória grave nos centros de
atendimento de BC, fato atribuído principalmente à greve de professores que
terminou recentemente e provocou a paralisação das atividades escolares.
A criança em questão apresentou história de 5 dias de febre, tosse, coriza e
congestão. Os membros da família, adultos e crianças, apresentaram sintomas
gripais semelhantes. Dois dias antes da internação, teve dor de cabeça e dor de
garganta irradiando para o ombro esquerdo, agravada pela tosse. Desenvolveu
início súbito de fraqueza do braço esquerdo. Na admissão identificou-se Braço
Esquerdo com paralisia flácida e arreflexia sem quaisquer resultados sensoriais.
Exame do LCR mostrou leucócitos elevados que consistem em uma mistura de
neutrófilos e linfócitos com ligeira predominância deste último, glicose normal e
proteína elevada (0,5 g/L). CSF foi negativo para RNA de enterovírus, mas o swab de
nasofaringe foi positivo para o enterovírus/rinovírus, posteriormente confirmado
como EV-D68. Sorologia IgM positiva para Mycoplasma pneumoniae mas swab
nasofaríngeo foi PCR-negativo. Não houve melhora dos sintomas neurológicos
durante o curso de 9 dias no hospital. A criança recebeu alta com acompanhamento
ambulatorial. Não há relato de nenhuma melhora neurológica quase um mês após a
admissão.
O jovem adulto tinha histórico
prévio de herpes zoster e
sintomas respiratórios nos
últimos 2-3 meses. Para o
episódio atual, acordou com
certa fraqueza no braço e
procurou o hospital com história
de um dia de sintomas de gripe,
incluindo febre baixa, dores
generalizadas e fadiga. Não há
outros membros da família com
http://google.com.br
sintomas gripais.
O paciente deteriorou-se rapidamente ao longo das 24 horas que se seguiram, com
dificuldade em respirar, necessitando de intubação e ventilação mecânica. Espécime
CSF mostrou leucócitos elevados que consistem em uma mistura de neutrófilos e
linfócito, glicose normal e proteína elevada (0,63 g/L). CSF foi negativo para
enterovírus e VZV, mas aspirado traqueal foi positivo para o enterovírus/rinovírus,
confirmado posteriormente como EV-D68. Quase um mês após a internação, o
paciente ainda precisa de ajuda com ventilação.
A detecção de EV-D68 a partir de amostras respiratórias em associação com
complicações neurológicas não prova causalidade particularmente na ausência de
detecção de vírus no líquor. É possível que outras etiologias estejam presentes.
Atualmente, não existem vacinas disponíveis ou tratamentos específicos para EVD68 e o tratamento clínico é favorável. Os sintomas podem incluir febre, coriza,
espirros, tosse e dores musculares. Os indivíduos com condições preexistentes,
como asma ou outras doenças respiratórias, podem ser particularmente propensos
a infecções graves da EV-D68 e ter dificuldade em respirar ou dispnéia. Infecções
por enterovírus geralmente não são fatais, mas podem ser graves, especialmente
em crianças com asma ou outras doenças respiratórias subjacentes.
LISTERIOSE
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Local de ocorrência: Dinamarca - Syddanmark
Data da informação: 28/09/2014
Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Três pessoas morreram em decorrência de infecção por Listeria, adquirida de sopa
de aspargos no Hospital Universitário de Odense. As mortes são o resultado de um
novo surto da doença que não está relacionado com outro evento atribuído à
carne de rullepølse, uma iguaria típica da Dinamarca que consiste em um pedaço
de barriga de porco, que começa por ser alisado e polvilhado com ervas
aromáticas e outros temperos, sendo depois enrolado e que já custou 16 vidas. A
cepa identificada na sopa de aspargos é completamente diferente da identificada
no surto por ingestão de rullepølse.
O surto de sopa de aspargos atingiu 5 pacientes nos últimos 6 meses. Três foram a
óbito, com a morte mais recente registrada em abril/2014. Recente verificação do
Serviço Alimentar e Veterinário (Foedevarestyrelsen) dinamarquês encontrou
vestígios de Listeria em 3 sopas nos Hospitais Universitário de Odense e
Svendborg. Também foi encontrada em almôndegas servidas com as sopas.
A listeriose é uma doença causada pela ingestão de alimentos contaminados com
a bactéria Listeria monocytogenes, um bacilo gram-positivo. Pode ser encontrada
em uma variedade de alimentos crus, bem como em alimentos a base de leite não
pasteurizado. O processo de fabricação da sopa espargos, se cozida a
temperaturas mais elevadas do que 65°C, deve eliminar a Listeria, em qualquer
um dos seus ingredientes. No entanto, a bactéria pode contaminar os alimentos
depois do cozimento e, ao contrário de muitas outras bactérias de origem
alimentar, pode se multiplicar em temperaturas de refrigeração (entre 2-3°C). Se a
sopa previamente refrigerada for reaquecida suficientemente antes de servir, a
Listeria não sobrevive. Presumivelmente, neste caso, a sopa de aspargos foi
servida fria ou insuficientemente reaquecida para pacientes hospitalizados, muitos
dos quais altamente susceptíveis ao desenvolvimento de listeriose.
Entre os animais, a listeriose possui vários hospedeiros, domésticos e silvestres. A
espécie doméstica mais suscetível é a ovina, seguida em importância pela caprina
e bovina. Nos ruminantes, manifesta-se clinicamente por encefalite, mortalidade
neonatal e septicemia. A forma clínica mais comum é a encefalite, com letalidade
variando de 3 a mais de 30% em ovinos e caprinos. Em bovinos, o curso da
encefalite é mais crônico com sobrevivência de 4 a 14 dias.
http://google.com.br
A Listeria monocytogenes está mundialmente difundida no ambiente, entre a
vegetação, fontes de água e solo e diferentes espécies de animais, como aves
e mamíferos, bem como no homem. Tanto os bovinos, como os ovinos e
outras espécies de animais eliminam o agente etiológico nas fezes.
A incidência da doença em humanos, entretanto, é baixa e, em países em
desenvolvimento, pouco conhecida. Os principais grupos de risco incluem
mulheres grávidas, fetos, neonatos, idosos e imunodeprimidos.
No início da infecção, a doença assemelha-se a uma gripe comum,
acompanhada de febre e dores musculares. Quando atinge o sistema
nervoso, pode ocorrer dor de cabeça, confusão mental, perda de equilíbrio e
convulsões.
As fontes de infecção, tanto para o ser humano quanto para os animais são
inúmeras. Há casos descritos na literatura de surtos originados por consumo
de leite, carne e verduras contaminadas por fezes de animais listéricos.
Recomendações para controle: higiene ambiental, dos animais e pessoal; não
utilizar leite de animais doentes e controle de roedores. Quanto à preparação
dos alimentos, cozinhar bem os produtos de origem animal; higienizar os
vegetais consumidos crus; manter separado as carnes cruas de outros
alimentos; não consumir leite cru; lavar bem os utensílios para preparação de
alimentos.
FEBRE HEMORRÁGICA CRIMEIA – CONGO (CCHF)
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Local de ocorrência: Paquistão
Data da informação: 21/09/2014
Origem da informação: ProMED-mail
COMENTÁRIOS ADICIONAIS:
Foram registrados 4 casos suspeitos e um confirmado de febre hemorrágica
da Crimeia-Congo (CCHF) nos últimos 10 dias em um hospital de Rawalpindi,
província de Punjab, no Paquistão. O registro desses casos tem alertado as
autoridades de saúde para um possível pico de CCHF por ocasião do Eidul
Azha, que é um festival islâmico celebrado pelos muçulmanos, em que ocorre
o sacrifício de animais que são trazidos para a cidade em massa.
FEBRE HEMORRÁGICA DE CRIMEIA-CONGO
 Sintomas: febre súbita, dores abdominais, vômitos, diarreia, aparecimento de
hematomas e hemorragias nas mucosas.
 Taxa de mortalidade: varia entre os dois e 50 por cento.
 Ocorrência: Crimeia, Rússia, Bósnia-Herzegovina, Albânia, Bulgária, Iraque,
Paquistão, China, África tropical e do Sul.
 Período de incubação: habitualmente de um a três dias, ou até doze dias.
 Transmissibilidade: altamente contagiosa. Uma vez infectadas, as carcaças podem
transmitir o vírus durante toda a sua vida.
O paciente positivo para o CCHF é uma mulher de 20 anos que está
atualmente em tratamento no hospital. Todos os pacientes são moradores de
Tehsil Talagang no Distrito Chakwal e tem histórico de manejo dos animais.
A CCHF foi primeiro descrita na Criméia, em 1944, e identificado em 1956 no
Congo. No Paquistão, foi relatada a primeira vez em 1976, mas o número de
casos mostra um aumento desde 2000, com 50-60 pacientes reportados
anualmente. Cerca de 50 casos da doença já foram notificados em diferentes
partes do país em 2014, no entanto, ainda não foram adotadas medidas de
precaução para evitar um possível pico de CCHF.
Pessoas com CCHF sofrem de hemorragias e sintomas semelhantes aos da
gripe. Segundo a OMS, o vírus é transmitido por carrapatos _Hyalomma_ spp.
ou pelo contato com sangue humano infectado ou sangue e tecidos de
animais durante e imediatamente após o abate. A maioria dos casos ocorrem
em pessoas envolvidas na indústria do gado, como trabalhadores agrícolas,
trabalhadores de matadouros, e veterinários. Exposição em instalações de
cuidados de saúde também ocorrem, sendo necessária a utilização de
equipamentos de proteção pessoal. A duração do período de incubação
depende do modo de aquisição do vírus. Após a infecção por uma picada de
carrapato, o período de incubação é geralmente 1-3 dias, com um máximo de
9 dias.
O Vírus CCHF pode ser responsável por surtos graves em humanos, mas não é
patogênico para ruminantes, seu hospedeiro amplificador. Não há vacina
disponível tanto para pessoas como para animais. Até 30% dos pacientes
infectados com CCHF morrem, mas o prognóstico é favorável para os 70%
restantes.
https://www.google.com.br
https://www.google.com.br
A CCHF é causada por um Nairovirus da família Bunyaviridae transmitido ao homem pela
picada do carrapato _Hyalomma_ encontrado na pele de animais, incluindo caprinos e
ovinos ou pelo contato direto com o sangue de um animal ou pessoa infectada. A taxa de
letalidade varia 2-50 por cento. Os carrapatos Hyalomma spp apresentam faixas marrons
e brancas nas patas. A OMS relata que existem cerca de 30 espécies de Hyalomma e que
o vírus CCHF é endêmico em toda a África, nos Bálcãs, no Oriente Médio e no sul da Ásia.
Fontes utilizadas na pesquisa
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ed. Brasília: 2009
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Site consultado: < http://www.cidrap.umn.edu/infectious-disease-topics/h7n9-avianinfluenza#literature/>
CIEVS-PARANÁ – EMERGÊNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS
ATIVIDADE - 24 HORAS
LOCALIZAÇÃO: SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ
RUA PIQUIRI, Nº 170 - REBOUÇAS – CURITIBA
TELEFONES: (41) 3330 4492
(41) 3330 4493
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0800 645 4900
(41)9117-3500
EMAIL: [email protected]
[email protected] site da SESA-PR( www.saude.pr.gov.br)
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