Estudo de Eletro Estimulação como Auxiliar na Marcha de

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Estudo de Eletro Estimulação como Auxiliar na Marcha de
Pessoas com Lesão Medular
Monique Daniele Silva do Monte
Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel
[email protected]
Abstract – The objective of this work is the fabrication of a
prototype for Electro lower limbs, with the collaboration
function gait of people with physical disabilities by spinal
cord injury.
The prototype can collaborate at the time of the thigh
extension and ankle dorsiflexion, because at this stage of the
march people with spinal cord injuries have trouble keeping
your leg extended and thus not able to keep up in the
standing position (standing ). The walk, walk upon these
people have a tendency to remain in flexion, which
contributes to falls, or even hindering the march, by this
fact, the need for a device that stimulates the movement of
this joint.
This equipment will serve as an aid to rehabilitation and gait
of persons with disabilities
Resumo – O objetivo do trabalho é a confecção de um
protótipo de eletroestimulador para membros inferiores,
tendo como função a colaboração na marcha de pessoas com
deficiência física por lesão medular. O protótipo poderá
colaborar no momento da extensão da coxa e dorsiflexão do
tornozelo, pois nesta fase da marcha as pessoas com lesão
medular possuem dificuldade para manter o seu membro
inferior em extensão e desta forma, não conseguindo
manter-se na posição ortostática (em pé). O pé, no momento
do andar dessas pessoas, tem a tendência de manter-se em
flexão, o que contribui para quedas, ou mesmo dificultando
a marcha, por este fato, a necessidade de um artifício que
estimule o movimento dessa articulação.
Este equipamento servirá para reabilitação e como auxiliar
na marcha das pessoas com deficiência física.
Palavras-chaves – Eletroestimulação, membros inferiores,
marcha.
I. INTRODUÇÃO
Eletroestimulação é uma técnica muito utilizada
por profissionais da área da saúde, especialmente
fisioterapeutas, em tratamentos de reabilitação, por exemplo,
de pessoas com lesão medular. Sua utilização pode ser para
alívio da dor e até mesmo para reproduzir movimentos com
a estimulação da contração muscular.
Atualmente, pode se observar um grande número
de indivíduos jovens com lesão medular, isto pode ser
decorrente da violência urbana, acidentes de trânsito, entre
outros, fatos que aumenta o número pessoas incapacitadas e
com necessidades especiais decorrente da perda parcial ou
total da motricidade e sensibilidade, além de
Camila Mendonça de Moraes Lopes
Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel
[email protected]
comprometimento vasomotor, intestinal, vesical e sexual
(VALL; BRAGA; ALMEIDA, 2006). Considerando a
gravidade e muitas vezes a irreversibilidade, estas pessoas
necessitam de um programa de reabilitação longo e oneroso,
que na maioria das vezes não leva à cura, mas à adaptação
do indivíduo à sua nova condição. Esse processo de
tratamento e reabilitação, no entanto, se estende além da
prevenção dos danos causados pela lesão e objetiva
principalmente melhora da qualidade de vida através da
independência funcional, melhora da autoestima e inclusão
social desses pacientes.
O tratamento com eletroestimulação acontece com
um equipamento que através de pulsos elétricos estimulam a
contração muscular, fazendo assim com que o membro se
mova realizando a marcha. Para isso é necessário que o
paciente esteja de pé, devidamente protegido e apoiado para
dar firmeza ao movimento e segurança ao paciente. O
aparelho funciona da seguinte maneira: Ao ser ligado
aparecerá o tipo de corrente a ser aplicada, e com um tipo de
controle a intensidade poderá aumentar ou diminuir,
dependendo da condição do usuário.
Durante atividades de acompanhamento a pacientes
na área de lesão medular, percebemos que ao caminhar
muitos pacientes não conseguiam fazer o movimento correto
com os pés. Com o auxilio de correntes elétricas como
corrente russa e corrente FES interligadas aos nervos desses
pacientes provocando a eletroestimulação a marcha poderia
ser realizada perfeitamente. De acordo com Zanotti e Castro
(2013) a eletroestimulação permite que pacientes com lesões
medulares tenham a oportunidade de executar os
movimentos musculares durante a marcha. Dessa maneira é
possível evitar lesões ao executar movimentos na
fisioterapia.
No intuito de auxiliar no tratamento de pacientes
que necessitam de eletroestimulação, nos propusemos a
realizar este estudo que tem como objetivo principal a
construção de um protótipo de eletroestimulador de baixo
custo, para auxiliar na reabilitação e marcha de indivíduos
com lesão medular.
2. Metodologia
O desenvolvimento do protótipo percorreu algumas
etapas:
1. Acompanhamento de pacientes com deficiência
motora em membros inferiores;
2. Estudo dos equipamentos existentes;
3. Definição da corrente a ser utilizada no protótipo;
4. Montagem do protótipo;
5. Teste.
Durante o desenvolvimento da primeira etapa os
pesquisadores acompanharam o tratamento e reabilitação de
pacientes com deficiência físico motor realizado por uma
profissional de fisioterapia. Nesse sentido, observando a
marcha humana normal podemos distinguir claramente dois
estados: o de duplo apoio (DA), em que os dois membros
inferiores se encontram apoiados no solo (parado), e o de
apoio simples (AS), em que apenas um dos membros
inferiores se encontra apoiado no solo e o outro em
balanço(movimento).
A fase de apoio dura aproximadamente 60 % do
ciclo completo de um dos membros inferiores enquanto a
fase de balanço dura aproximadamente 40 %. Nesta última
fase, o equilíbrio do corpo, a suavidade do movimento e a
minimização do gasto energético são garantidos por uma
fina conjunção de movimentos auxiliares do corpo, como o
movimento dos braços, o deslocamento do centro de massa
para perto do plano de movimentação do membro inferior de
apoio e uma leve flexão do membro inferior de apoio. Esta
flexão tem o objetivo de diminuir impactos na transição da
fase de balanço para a de apoio e as oscilações verticais do
centro de massa, ambos responsáveis por ineficiências
energéticas da marcha.
Na segunda etapa realizamos o estudo de vários
equipamentos de eletroestimulação existentes no sentido de
definir a melhor corrente que se aplica aos potenciais
usuários.
Assim entendemos que a corrente FES
(Eletroestimulação Funcional) é utilizada para reabilitação
funcional, ativando os músculos esqueléticos e produzindo
movimentos tem como objetivo a contração através da
estimulação elétrica, que despolariza o motoneurônio,
produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades
motoras do músculo. Este sincronismo promove uma
contração eficiente, mas é necessário treinamento
específico, a fim de evitar a fadiga precoce que impediria a
utilização funcional do método com o objetivo
reabilitacionais. FES é, portanto, uma corrente excito
motora de baixa frequência (10 a 1000 Hz), despolarizada,
com pulsos quadráticos bifásicos, que visa promover uma
contração muscular. Amplamente utilizado quando a meta
do tratamento é favorecer ou produzir movimento funcional.
Além disso, é utilizado para manutenção do trofismo
muscular em pacientes com déficit de força, quando não é
possível a realização de movimentos cinesioterápicos
(KITCHEN, 2003).
A corrente Russa ou Kotz que é o nome do
pesquisador que a introduziu na moderna terapia de reforço
muscular, de Eletroestimulação Transcutânea (TENS) para
alívio de dores generalizadas, com uma corrente bifásica
simétrica de média frequência (2.500 Hz a 4.000Hz).
Na terceira etapa realizamos discussões com
profissionais da área de fisioterapia embasados nos estudos
de corrente realizados e definimos para o protótipo a ser
construído neste estudo utilizará a corrente Russa e FES.
Assim, utilizando esses dois tipos de corrente diferenciadas,
podemos melhorar os resultados dos movimentos perdidos.
Com o auxílio das duas frequências, que a partir da
sensibilidade muscular elas vão aumentando ou diminuindo
sua intensidade.
Para a realização da quarta etapa e atingir o
objetivo do estudo escolhemos um modelo dentre os vários
equipamentos pesquisados ao longo deste estudo para nos
embasarmos e garantir o melhor desenvolvimento do
protótipo. Neste sentido, o que se enquadra melhor e com
mais opções de uso seria o “Physiotonus SLim” (FIGURA
1), por ser o mais completo com relação à área de
eletroestimulação.
FIGURA 1 - Physiotonus SLim
Disponível em: http://www.bioset.com.br/site/default.aspx?pagina=lab14.
Este
é
um
moderno
equipamento
de
eletroestimulação, que utiliza a Corrente Russa, a
Eletroestimulação Transcutânea (TENS), e também inclui a
de Eletrolipólise para melhora do tecido adiposo e
circulatório. Estas são técnicas não invasivas e uma
invasiva, sem efeitos sistêmicos, nem dependência e nem
efeitos colaterais, sendo que a aplicação da estimulação se
faz através de eletrodos colocados em pontos determinados
do corpo ou do rosto para a produção da contração
muscular.
Neste momento os pesquisadores estão realizando a
definição dos componentes para a construção do protótipo
do equipamento de eletroestimulação.
Esperamos com este estudo disponibilizar uma
alternativa de baixo custo para o tratamento para melhorar a
vida de pessoas com lesão medular.
REFERÊNCIAS
VALL J.; BRAGA, V.A.B.; ALMEIDA, P.C. Estudo da
qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática.
Arq Neuropsiquiatr. v. 64, n. 2-B, p. 451-455, 2006.
Disponível
em
<http://www.scielo.br/pdf/anp/v64n2b/a19v642b.pdf>.
Acesso em 20 de Maio de 2012.
KITCHEN, S. Eletroterapia prática baseada
evidência. 2.ed. - Barueri, SP : Manole, 2003.
em
ZANOTTI, B.P.; CASTRO, M.C.F. Eletroestimulador
Digital Neuromuscular. Anais... Simpósio de Iniciação
Científica e Tecnológica FATEC. São Paulo. Disponível
em:http://bt.fatecsp.br/system/articles/566/original/bt1740.p
df. Acesso em Jan 2013.
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