A fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer – uma revisão baseada em evidências Physiotherapy in palliative care for patients with cancer - a review based on evidence Caroline Vaz Da Cunha1, Giulliano Gardenghi2 1. Fisioterapeuta, Hospital de Câncer de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil 2. Fisioterapeuta, Doutor em Ciências pela FMUSP, Coordenador Científico do Serviço de Fisioterapia do Hospital ENCORE/GO, Coordenador Científico do CEAFI Pós-graduação/GO e Coordenador do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar do Hospital e Maternidade São Cristóvão, São Paulo/SP – Brasil. Autor correspondente: Caroline Vaz Da Cunha Endereço: Vila 03 casa 01 Setor Oeste Morada do Ouro Cuiabá – MT CEP 78053-054 Email: [email protected] 2 Resumo Introdução:Os Cuidados Paliativos consistem em uma abordagem humanista e integrada no tratamento de pacientes sempossibilidade de cura, especialmente os oncológicos, a fim de minimizar os sintomas e aumentar a qualidade de vida. Para tanto, faz-se necessário o trabalho sincronizado de um equipe multidisciplinar, onde a fisioterapia se insere com grandes possibilidades de contribuição. Objetivo: O objetivo deste trabalho é delinear a atuação do profissional fisioterapeuta nos Cuidados Paliativos do paciente oncológico. Método: Trata-se de uma revisão não sistemática da literatura. Discussão: As principais intervenções que a fisioterapia pode realizar nos cuidados paliativos do paciente com câncer são os recursos analgésicos, de alívio dos sintomas psicofísicos, de redução e prevenção das complicações linfáticas e de melhora da função pulmonar. Considerações finais: Diante do grande potencial de atuação da fisioterapia nos cuidados do paciente oncológico sem possibilidade de cura e da escassez de trabalhos científicos que comprovem os efeitos dos recursos terapêuticos empregáveis, fazem-se necessários o debate sobre os temas pertinentes e a realização de maiores investigações que contribuam com o avanço do saber e otimizem a atuação do fisioterapeuta nos processos oncológicos. Descritores: cuidados paliativos, câncer, fisioterapia. 3 Abstract Introduction: The Hospice Care consist of a humanitarian and integrated approach to the treatment of patients without the possibility of cure, especially cancer, in order to minimize the symptoms and improve quality of life. Therefore, it is necessary to synchronize the work of a multidisciplinary team, where physiotherapy is inserted with great possibilities for contribution. Objective: The objective of this study is to delineate the role of the physiotherapist in palliative care of cancer patients. Method: This is a nonsystematic literature review. Discussion: The main interventions that physical therapy can accomplish in the palliative care of cancer patients are pain relievers resources, relieving psychophysical symptoms, reduction and prevention of lymphatic complications and improving lung function. Final considerations: With the large potential role of physiotherapy in the care of cancer patients without the possibility of healing and the scarcity of scientific studies that prove the therapeutic effects of employable resources make up the necessary debate on the relevant issues and to enhanced investigations that contribute to the advancement of knowledge and optimize the role of the physiotherapist in the oncological processes. Keywords: palliative care, cancer, physiotherapy. 4 INTRODUÇÃO Os cuidados paliativos constituem uma modalidade emergente no fim da vida, construídos dentro de um modelo de cuidados totais, ativos e integrais oferecidos ao paciente sem possibilidades terapêuticas de cura, legitimados pelo direito do paciente de morrer com dignidade1. Devido ao grandenúmero de indivíduos portadores de processosoncológicos sem disponibilidade de tratamento curativo,os Cuidados Paliativos são de extrema importância parao atendimento integrado destes pacientes2. Os cuidados paliativos são definidos pela Organização Mundial de Saúde3 como medidas que melhoram a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, atravésda prevenção e alívio do sofrimento identificado precocemente. Estabelece, ainda, assistência ampla, com foco no tratamento da dor e de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. Pela complexidade que o cuidado paliativo apresenta, há evidente necessidade de um planejamento interdisciplinar e de ação multiprofissional4.É neste contexto que o fisioterapeuta pode atuar deforma a complementar a abordagem paliativa a fim de obter, dentro de seu alcance profissional, o cuidado queo paciente necessita. O objetivo deste trabalho é delinear a atuação dofisioterapeuta e investigar os recursos terapêuticosdisponíveis nos Cuidados Paliativos do paciente com câncer. MÉTODO A pesquisa da literatura foi realizada nas bases de dados Medline, LILACS, Cochrane, Pubmed e Scielo, no período de 2012 a 2013, cruzando os descritores rehabilitation. cancer, palliative care,physical therapy,physiotherapye 5 A busca foi limitada para os idiomas português, inglês e espanhol, com estudos publicados nos últimos cinco anos. Não foram excluídos na pesquisa resumos de dissertações ou teses acadêmicas. Foi realizada uma análise de títulos e resumos para obtenção de estudos, sendo encontrados apenas sete artigos potencialmente relevantes. Os textos foram analisados e sintetizados deforma reflexiva a fim de obter informações consistentes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os Cuidados Paliativos implicam numa visãoholística, que considera não somente a dimensão física,mas também as preocupações psicológicas, sociais e espirituais do paciente5. Para tanto, o fisioterapeuta deve ver o paciente como ser ativo no seu tratamento com a possibilidade de participar dos processos de decisão e dos cuidadosvoltados para si. Em geral, aspectos sobre o diagnóstico,evolução da patologia e tratamento médico ficam a cargoda equipe médica e da enfermagem. Aos fisioterapeutasé necessário manter um contato aberto com toda aequipe para não conflitar com as opiniões de outrosprofissionais, o que pode afetar a credibilidade da equipe.É preciso deixar claro os objetivos da fisioterapia tantopara a equipe quanto para os pacientes e familiares,facilitando assim a aceitação e a efetividade doatendimento2. Outro aspecto a ser sempre considerado nafisioterapia é o caráter preventivo. Antecipar possíveiscomplicações é de responsabilidade de todos osprofissionais envolvidos, implementando as medidaspreventivas necessárias e aconselhando os desnecessários.Quando pacientes o efamiliares profissional está para evitar apto a sofrimentos prever as possíveiscomplicações conseqüentemente estará mais bempreparado para o caso destas ocorrerem. A ocorrênciade úlceras de decúbito, infecções, dispnéia ou paradacardiorrespiratória, são alguns exemplos de complicaçõesque se forem deixados para terem seus cuidadosdecididos na hora em que acontecem podem levar atomada de decisões equivocadas ou errôneas, além decausar um custo adicional ao tratamento desta complicação5. 6 Para a terapia física a seleção de técnicas deverespeitar sua utilidade e os resultados esperados.Implementar técnicas fisioterapêuticas sem estabelecerobjetivos claros gera insegurança para o profissional ediminuem a confiança do paciente2. O benefício a ser buscado é preservar a vida e aliviaros sintomas, dando oportunidade, sempre que possível,para a independência funcional do paciente5. A fisioterapia possui um arsenal abrangente detécnicas que complementam os Cuidados Paliativos,tanto na melhora da sintomatologia quanto da qualidade de vida, os principais recursos estão descritos a seguir de acordo com os objetivos que podem ser incluídos no plano de tratamento do paciente oncológico. Terapia da dor O controle da dor aumenta a tolerância dos pacientesaos procedimentos diagnósticos e terapêuticos do câncer.A dor éconstituída por componentes físicos, mentais, sociais eespirituais, o que revela a complexidade do seu tratamento e a importância da atuaçãomultiprofissional. Dentre as intervenções fisioterapêuticas para a dora eletroterapia traz resultados rápidos, no entanto trazalívio variável entre os pacientes. No contextoterapêutico atual, não é possível tratar a dor oncológicasomente com o uso de corrente elétrica analgésica, masé possível diminuir de forma significativa o uso de analgésicos e consequentemente seus efeitos colaterais6. A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS),é um método que utiliza a corrente elétrica para induziranalgesia. Um estudo7envolveu 13 pacientes comdiferentes tipos de câncer e indicou que a TENS tem um importante papel no alívio da dor causada pelo câncer. O estudo concluiu que alguns pacientespassaram a consumir menor quantidade de analgésicosdurante a eletroestimulação. Os parâmetros demodulação da TENS foram baseados na preferência eno máximo conforto dos pacientes. A porcentagem daredução do consumo de analgésicos não foi fornecidaneste estudo. Esse efeito também foi verificado por Hamza8 que comparou o uso da TENS com aquantidade de morfina utilizada para analgesia empacientes após 7 cirurgia ginecológica (histerectomia oumiomectomia), e verificou que o uso de TENS diminuiem até 47% o uso de morfina comparado com o TENSplacebo (não ligado). Para a percepção de dor o uso deTENS diminuiu o escore da escala análoga visual (VAS),a incidência de náuseas e de prurido local de formasignificativa. Resultados semelhantes foram encontrados por Ahmed8 e colaboradores para metástase óssea. Os recursos de terapia manual podem atuar como coadjuvantes no tratamento da dor, oferecendo benefícios como a diminuição da ansiedade e da tensão muscular além da melhorada circulação tecidual do paciente9. Também paradiminuição da tensão muscular gerada pela dor, o usode alongamentos é eficaz e pode ser utilizado com relativafacilidade e baixo custo, sempre que possível comorientação de um fisioterapeuta10. Antes porém de aplicar a terapia manual em pacientes comdor oncológica, é importante avaliar a região a sermanipulada, já que ela pode estar alterada pelo própriotumor ou pelo tratamento realizado11. A termoterapia superficial (bolsa térmica ecompressa de parafina) também pode ser citada como um eficiente recurso no aliviodador oncológica de pacientes em controle paliativo12. Seu efeito consiste na promoção do relaxamento muscularinterferindo no ciclo dor-espasmo-dor, em indivíduosportadores de tumores primários ou secundários, osquais podem estar comprimindo estruturasneuromusculares e, dessa forma, causando dor13,14. Apesar dos evidentes benefícios que a termoterapia pode proporcionar no tratamento da dor, alguns cuidados devem ser tomados quando se trata da sua aplicação em um paciente oncológico, como a sua contra-indicação se aplicada diretamente sobre as áreas de tumor maligno. Isso porque a vasodilatação provocada pelo calor superficial podeapresentar riscos na disseminação de células tumoraispor via sanguínea e/ou linfática. Também estão contra-indicadas todas as formas de calor profundo(ondas curtas, ultrasom e laser) onde o aumento dometabolismo local gerado pelo calor pode disseminar as células tumorais neoplásicas15. Além disso, a termoterapia deve serevitada nas áreas desprovidas de sensação térmica esobre as áreas de insuficiência vascular, dos tecidoslesados ou infectados e de radioterapia localizada13,15,16. 8 Não foram encontrados na literatura estudos que utilizaram acrioterapia em pacientes oncológicos. Entretanto, os seus efeitos analgésicos podem ser eficazes no controle da dor inflamatória que pode surgir emdeterminados tipos de câncer como os carcinomasinflamatórios14. Deve-se evitar no entanto, a sua aplicação em regiões onde não há integridade sensorial, em casos de alergia ou intolerânciaao frio, comprometimento arterial periférico, em casosonde o tumor compressivo pode estar causandodiminuição da circulação local e em regiões detratamento com radioterapia localizada13,15,16. Alívio dos sintomas psicofísicos Para pacientes queenfrentam uma doença sem terapêutica curativa disponível, o estresse é intenso e contínuo, agravandouma doença para a qual já não há tratamento2. Nesses casos, as técnicas de relaxamento envolvidas naprática fisioterapêutica podem ser proveitosasquando há possibilidade de um trabalho conjunto com o psicólogo, psiquiatra e oeducador físico. Dentre as diversas técnicas cita-se comoexemplo as técnicas de terapias manuais, o watsu, oyoga, o relaxamento induzido, o tai-chi-chuan e exercícios físicos17. Reabilitação de complicações linfáticas A principal complicação linfática originada dos processos oncológicos é o linfedema pós-mastectomia18. O linfedema pode ser definido como o acúmuloanormal de líquido rico em proteínas no espaçointersticial decorrente da drenagem linfática deficiente,sendo frequente para os casos pósmastectomia devidoa retirada de nódulos linfáticos axilares juntamente como câncer ou devido a irradiação terapêutica19. A fisioterapia exerceparticipação fundamental no manejodo linfedema, tanto na prevenção quanto no tratamento, uma vez queo uso de medicamentos como os diuréticos não éapoiado devido à pouca efetividade e possíveis efeitoscolaterais2. Tem-se observado melhor efetividade terapêutica na combinação do uso de bandagens elásticas, drenagemlinfática manual e aparelhos de compressão pneumática18,20,21. Melhora da função pulmonar 9 A degradação da função pulmonar é frequente em pacientes acamados por tempo prolongado e se caracteriza pelo desenvolvimento de atelectasias, dispneia e o acúmulo de secreção pulmonar. A atelectasia é descrita como o fechamento parcial ou total doalvéolo com resultado de diminuição da capacidadefuncional residual, da respiração superficial e diminuiçãodos movimentos ativos e mudanças de decúbito. Suas consequências são hipoxemia e aumento desecreção. O tratamento da atelectasia geralmente envolve frequente mudança no posicionamento e aspiração de secreções respiratórias, terapia de percussão, espirometria de incentivo, ou pressão positiva intermitente na respiração espontânea do paciente22. Um sintoma comum entre os pacientes sob assistência paliativa é a sensação subjetiva e desconfortável de falta de ar, denominada dispneia, que acomete cerca de 45 a 70% com câncer avançado2. As possíveis causas da manifestação desse sintoma são as alterações no parênquima pulmonar ou redução da tramavascular com aumento do espaço morto como resultado de quimioterapia, de excesso de secreção e descondicionamento físico23,24. Os meios fisioterapêuticospara o manejo da dispnéia são exercícios de controlerespiratório e relaxamento, úteis na diminuiçãoda ansiedade ealívio da tensão muscular gerada pelo esforço respiratório24. Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Pneumologia25, a oxigenioterapia é indicada quando ocorre a queda da saturação paramenos de 85% em ar ambiente, em repouso. Para esse fim, podem ser utilizados recursoscomo ventilação não-invasiva por pressão positivaintermitente (VNPPI), CPAP (pressão positiva contínua)ou BiPAP (pressão positiva com níveis alternados). Outra complicação pulmonar em pacientes acamadosé o acúmulo de secreção pulmonar devido à diminuiçãoda movimentação do transporte mucociliar eenfraquecimento da tosse23. As percussões, a drenagem postural, as manobras respiratórias, o posicionamento do leito, a tosse assistida e os instrumentos deoscilação expiratória são muito úteis no tratamento dessas complicações com forte evidencia científica26–28. Em casos onde a higiene brônquica não é suficiente ou em pacientes submetidos à ventilação mecânica, pode ser necessária a realização da aspiração por meio de sonda28. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Fisioterapia nos cuidados paliativos tem como objetivo principalà melhora da qualidade de vida dos pacientes sempossibilidades curativas, reduzindo os sintomas epromovendo sua máxima independência funcional. O profissional fisioterapeuta detém métodos e recursosexclusivos de sua profissão que são imensamente úteisnos cuidados ao paciente oncológico terminal, e sua atuação corrobora como tratamento multiprofissional e integrado necessáriopara o atendimento a esses pacientes. Ainda são escassos os trabalhos que apresentam evidencias científicas da efetividade dos recursos fisioterapêuticos nos cuidados paliativos do paciente terminal com câncer. Torna-se cada vez mais necessário difundir aos fisioterapeutas a discussão de temas relacionados à humanização,morte e Cuidados Paliativos bem como a realização de maiores investigações para otimizar a atuação deste profissional nosprocessos oncológicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Silva RCF da, Hortale VA. Cuidados paliativos oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Cad. Saude Publica 2006;22(10):2055-2066. 2. Marcucci FCI. O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer. Rev. bras. cancerol 2005;51(1):67-77. 3. Organization WH. Cancer Pain Relief and Palliative Care. 1990. 4. Organization WH. National Cancer Control Programmes. 2002. 5. Pessini L. A filosofia dos cuidados paliativos: uma resposta diante da obstinação terapêutica. Mundo saúde (Impr.) (1995) 2003;27(1):15-32. 6. International Association for Hospice & Palliative Care. PALLIATIVE CARE ESSENTIALS. 2014. 7. Ostrowski MJ. 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