Escultura A escultura, no Egito, surgiu como complemento da

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Escultura
A escultura, no Egito, surgiu como complemento da Arquitetura. Os materiais usados eram, principalmente, a
madeira e a pedra. Eram utilizados também ornamentos de prata, ouro e marfim. As obras representavam deuses,
animais, plantas e seres humanos. Tinham, muitas vezes, tamanho colossal, como a famosa Esfinge, no Vale de Gizé, as
estátuas de Ramsés II no Templo de Abu-Simbel e os chamados Colossos de Menon.
A Esfinge é um dos mais antigos monumentos criados pelo homem. Representa um leão sentado (rosto de faraó
e corpo de felino – conotação de poder e força), esculpido em uma só pedra, exceto as patas dianteiras; com 20
metros de altura, mais de 73 de comprimento e 4 de largura. O rosto está bastante danificado e quase não se vê o nariz
de 1,70m.
Os faraós e deuses eram representados em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma
emoção. Isso refletia a intenção de traduzir na pedra uma ilusão de imortalidade, de eternidade. Também com esse
objetivo as proporções do corpo, muitas vezes, eram exageradas dando a impressão de maior força e majestade.
Também foram de grande destaque os baixo-relevos, que recobriam colunas e paredes, e próprias colunas, que
tinham aspectos variados.
As colunas que sustentavam o teto tinham o capitel esculpido em forma de flor-de-lótus (lotiforme), folha de
papiro (papiriforme) e de palmeira (palmiforme). O rosto da Deusa Hator (coluna hatórica) também era comum.
Durante o Antigo Império a escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a
frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas
laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado. Destaca-se, dessa época, a estátua rígida do faraó Quéfren.
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar
o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
A escultura do Médio Império se caracterizava pela tendência ao realismo. Destacam-se os retratos de faraós
como Amenemés III e Sesóstris III. Já no Novo Império a escultura alcançou uma nova dimensão e surgiu um estilo
cortesão, no qual se combinavam perfeitamente a elegância e a cuidadosa atenção aos detalhes mais delicados. Tal
estilo alcançaria a maturidade nos tempos de Amenófis III.
A arte na época de Akhenaton refletia a revolução religiosa promovida pelo faraó, que adorava Aton, deus
solar, e projetou uma linha artística orientada nesta nova direção, eliminando a imobilidade tradicional da arte
egípcia. Deste período, destaca-se o busto da rainha Nefertiti (c. 1365 a.C.).
Na Época tardia destacam-se os trabalhos de escultura em bronze, de grande suavidade e brandura na
modelagem, com tendência a formas torneadas.
("Egito, Arte e arquitetura do", Enciclopédia® Microsoft® Encarta 99. © 1993-1998 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados./
FERREIRA, Olavo L. Egito: Terra dos Faraós. Ed. Moderna: São Paulo, 1992)
Peitoral egípcio.
Esta jóia foi encontrada
na tumba do faraó
Tutankhamon, que
reinou durante a XVIII
dinastia (c.1330 a.C.). É
uma peça de ouro
com forma de abutre,
esmalte aplicado e
pedras preciosas.
A estátua em pedra e em tamanho natural
de Quéfren foi esculpida a partir de um
sólido bloco de diorita, a pedra mais
resistente que se podia obter durante o
Antigo Império egípcio. Mede 1,65 m e
representa o soberano de forma idealizada,
com fortes linhas geométricas.
O gigantesco templo de Abu Simbel (acima) na
Núbia, Baixo Egito, foi construído por ordem de
Ramsés II, faraó do Egito entre 1279 e 1212 a.C.. A
obra foi talhada na banda íngreme da montanha e
sua entrada é assinalada por quatro estátuas de
Ramsés II, também esculpidas na própria rocha.
PROFª TICIANA ROQUE
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