“Pessoas e Plantas na Área de Paisagem Cultural do Parque

Sertão do Ribeirão ...
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências Biológicas
Departamento de Ecologia e Zoologia
2008
Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica
Coordenação: Natalia Hanazaki
Contatos:
Site: www.ecoh.ufsc.br
Fone: 3721-9460
Projeto de Extensão:
Mel Simionato Marques
[email protected]
Pesquisa sobre Cultivo de Mandioca:
Ana Luiza Arraes de Alencar Assis
[email protected]
Nivaldo Peroni (Orientador)
[email protected]
Pesquisa sobre Plantas de Quintais:
Victória Duarte Lacerda
[email protected]
Pesquisa sobre Plantas Medicinais:
Mariana Giraldi
[email protected]
Criação da Cartilha:
Mônica Antunes Ulysséa
[email protected]
“Pessoas e Plantas
na Área de
Paisagem Cultural
do Parque
Municipal
da Lagoa do Peri”
ou Sertão do Peri ...
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......
Projetos no Sertão
Todas essas pesquisas são exemplos de
trabalhos que pretendem mostrar a importância dos
conhecimentos das populações sobre as plantas, um
assunto que conhecem, utilizam e passam para seus
filhos, netos e assim por diante.
A idéia deste material é mostrar um pouco sobre as
pesquisas com plantas feitas com a ajuda de vocês,
moradores do Sertão do Ribeirão da Ilha.
As pesquisas foram e estão sendo realizadas por
estudantes de Biologia da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), como Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC). Todas elas são pesquisas em etnobotânica, que é uma
área que estuda a relação entre pessoas e plantas. Por isso
foram feitas entrevistas com os moradores do Sertão, para
aprendermos com vocês sobre o uso das plantas no dia-a-dia.
O conhecimento sobre plantas é importante,
dentre outros motivos, para manter e aumentar a
diversidade de espécies em um local. É muito
importante também que haja a transmissão destes
conhecimentos através das gerações para que eles
não se percam. No caso das plantas cultivadas e
utilizadas para alimentação, existe a vantagem de
serem menos agressivas ao ambiente e mais
saudáveis às pessoas, já que não têm agrotóxicos,
herbicidas e outros
componentes que
podem prejudicar a
saúde.
A primeira pesquisa foi feita por Ana Luiza Arraes de
Alencar Assis (Aninha), em 2007, sobre as variedades de
mandioca e aipim, que são a mesma espécie, com o nome
científico de Manihot esculenta. A segunda, feita por Victória
Duarte Lacerda (Vic), foi sobre as plantas cultivadas nos
quintais das casas, principalmente aquelas utilizadas na
alimentação. E a terceira pesquisa, ainda em andamento,
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Queremos agradecer a sua colaboração por
ter participado ou estar participando destas
pesquisas.
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Plantas Medicinais
é da Mariana Giraldi (Mari), que está
estudando as plantas medicinais
A utilização de plantas medicinais faz parte da história da
conhecidas e utilizadas no Sertão.
humanidade; as pessoas sempre buscaram na natureza
recursos para melhorar suas condições de saúde, e isso inclui,
principalmente, o uso das plantas como remédio.
O uso tradicional de plantas medicinais é o que muitas
comunidades têm como alternativa para o tratamento de
doenças ou manutenção da saúde.
Além disso, o conhecimento popular sobre plantas
medicinais é uma importante herança cultural deixada para as
Todas essas pessoas fazem
parte do Laboratório de Ecologia
Humana e Etnobotânica do
Departamento de Ecologia e Zoologia
da UFSC, coordenado pela professora
Natalia Hanazaki, que orientou os
trabalhos junto com o professor
Nivaldo Peroni.
próximas gerações.
A pesquisa sobre as plantas medicinais conhecidas e
utilizadas no Sertão do
Ribeirão ainda está em
andamento, por isso não há
muitos resultados para serem
expostos, neste momento,
para vocês, moradores.
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Fotografias (de cima para baixo):
Ana Luiza Arraes,
Victória Lacerda,
Mariana Giraldi,
Mel Simionato,
Nivaldo Peroni e
Natalia Hanazaki.
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Cultivo de Mandioca
Plantas de Quintais
A pesquisa realizada sobre o cultivo de mandioca no
Os quintais são áreas ao redor das casas onde são
Sertão indicou que 30 variedades de uma mesma espécie
plantadas uma mistura de espécies vegetais, com finalidades
(Manihot esculenta) são mantidas no local.
que incluem a produção de alimento.
Destas 30, aproximadamente metade são tóxicas
(“mandiocas”) e usadas exclusivamente pra fazer farinha, e
metade são não-tóxicas (“aipins”).
Dentre as 76 espécies de plantas presentes em 11
quintais encontrou-se 138 variedades.
Cada variedade tem um nome diferente, dado pela
As plantas que mais foram citadas nas entrevistas foram:
população, no caso vocês, moradores do Sertão. As
variedades mais citadas nas
Musa sp. (banana e suas respectivas variedades), Citrus
sinensis (laranja e variedades), Citrus reticulata (tangerina,
entrevistas foram: aipim
vergamota e poncã), Psidium guajava (goiaba) e Petroselinum
amarelo, mandioca azulinha e
sp. (salsinha).
aipim branco.
As variedades mais
No Sertão, a colheita da
encontradas foram:
mandioca é realizada antes do
vergamota, Citrus
reticulata; mamão,
inverno, em maio, junho e
julho. O período da farinhada é
em junho, julho e agosto, e o
plantio é feito nos meses de
agosto, setembro e outubro.
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Carica papaya; abóbora,
Cucurbita sp.; ameixa amarela,
Eriobotrya japonica ; chuchu,
Sechium edule e jaboticaba, Myrciaria cauliflora.
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