04_Guimarães_Rosa

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Guimarães Rosa
Por Carlos Daniel S. Vieira
O autor: João Guimarães Rosa
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1908 -1967
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Médico e diplomata

Passeios pelo interior (médico e
anotações)
Eu falo: português, alemão, francês, inglês,
espanhol, italiano, esperanto, um pouco de
russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas
com o dicionário agarrado); entendo alguns
dialetos alemães; estudei a gramática: do
húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do
polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do
checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei
um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal.
E acho que estudar o espírito e o mecanismo
de outras línguas ajuda muito à compreensão
mais profunda do idioma nacional.
Principalmente, porém, estudando-se por
divertimento, gosto e distração.
Características literárias
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Experimentação na escrita
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Termos arcaicos
Neologismos
Coloquialismo (interior de MG)
Ritmização
Estrangeirismos / Mistura de idiomas
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Ruptura com a narrativa tradicional
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Elementos típicos: jagunços, fazendeiros etc.
Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa
com quem a gente gosta de conversar, do
igual o igual, desarmado. O de que um tira
prazer de estar próximo. Só isto, quase; e
os todos sacrifícios. Ou — amigo — é
que a gente seja, mas sem precisar de
saber o por quê é que é.
(Trecho de Grande Sertão:Veredas)
Temáticas
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Locais e Universais
Interior
mineiro
Jagunços,
plantações,
animais etc
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Metafísica
Condição
Humana
Amor, ódio,
vingança,
esperança, medo,
humor etc
“O sertão é do tamanho do mundo.”
“Sertão é dentro da gente. ”
Obras
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1 livro de poemas: Magma (1936)
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1 romance: Grande Sertão:Veredas (1956)
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10 livros de contos
Conto “Sorôco, sua mãe, sua filha”
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Presente no livro Primeiras Estórias
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Sorôco leva a mãe e a filha  loucas
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Elas entoam uma canção sem sentido
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Após serem levadas, Sorôco encontra-se
absolutamente só e sem rumo... E então...
Algumas máximas de Rosa
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O amor? Pássaro que põe ovos de ferro.
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Vingar... é lamber, frio, o que outro cozinhou quente
demais.
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Toda saudade é uma espécie de velhice.
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Viver é etecetera.
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O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim:
esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente
é coragem.
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