TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? IS THERE ASSOCIATION BETWEEN BODY COMPOSITION, PULMONARY FUNCTION AND RESPIRATORY MUSCLE STRENGTH IN PATIENTS WITH CHRONIC RENAL FAILURE ON HEMODIALYSIS? Santos, KFB1 Valderramas, S2 RESUMO Introdução: pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC)submetidos a hemodiálise apresentam desnutrição energético-protéica com desenvolvimento de importante caquexia muscular com consequente aumento da morbimortalidade.Objetivos: verificar se existe associação entre composição corporal,função pulmonar e força muscular respiratória em pacientes com Insuficiência Renal Crônica submetidos à hemodiálise. Métodos: foram avaliados no período pós-hemodiálise a Capacidade Vital Forçada (CVF), Volume expirado no primeiro segundo (VEF1) por meio da espirometria, Pressão Inspiratória Máxima (PImax), Pressão Expiratória Máxima (PEmax), por meio da manovacuometria e composição corporal por meio da Impedância Bioelétrica. Resultados: foram avaliados 32 pacientes (51±10,7anos), que apresentaram diminuição da porcentagem de massa magra (38,7 ± 10,4), dos parâmetros VEF1 (74,1± 23,5), CVF (66 ± 19,8), PImax (36,4 ± 20,8 % predito) e PEmax (50,6 ± 22,2 % predito). A Porcentagem de massa magra apresentou uma correlação moderada com a CVF (r= 0,51 , p<0,01) e VEF1 (r=0,46 – p<0,01), porem não houve associação com a PImax (r=0,32, p<0,07 e PEmax (r=0,01, p<0,59).Conclusão:pacientes com insuficiência renal crônica apresentaram diminuição da porcentagem de massa magra, função pulmonar e força muscular respiratória, assim como existe uma associação entre porcentagem de massa magra e função pulmonar. Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, função pulmonar, força muscular respiratória, hemodiálise ABSTRACT Introduction: Patients with Chronic Renal Failure (CRF) on hemodialysis had protein-energy malnutrition with development of severe muscle wasting with consequent increased morbidity and mortality. Objectives: To investigate the association between body composition, pulmonary function and respiratory muscle strength in patients with chronic renal failure on hemodialysis. Methods: We evaluated post-hemodialysis, the forced vital capacity (FVC), expiratory volume in one second (FEV1) by spirometry, maximal inspiratory pressure (MIP), maximal expiratory pressure (MEP) through the manometer and composition body by means of bioelectrical impedance. Results: We evaluated 32 patients (51 ± 10.7 years), which showed a decrease in percentage of lean mass (38.7 ± 10.4), the parameters FEV1 (74.1 ± 23.5), FVC (66 ± 19.8), MIP (36.4 ± 20.8% predicted) and MEP (50.6 ± 22.2% predicted). The percentage of lean body mass showed a moderate correlation with FVC (r = 0.51, p <0.01) and FEV1 (r = 0.46 - p <0.01), but no association with the MIP (r = 0.32, p <0.07 and MEP (r = 0.01, p <0.59). Conclusion: patients with chronic renal failure showed a decrease in percentage of lean body mass, pulmonary function and respiratory muscle strength, just as there is an association between the percentage of lean body mass and lung function. Keywords: Chronic Renal failure, pulmonary function, respiratory muscle strength, hemodialysis. 1 2 Fisioterapeuta, Faculdade Evangélica do Paraná Fisioterapeuta, Doutora, docente da Faculdade Evangélica do Paraná e Faculdade Dom Bosco Aprovado em: 02/07/2012 Autor para correspondência: Silvia Valderramas Contato: [email protected] Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 43 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? INTRODUÇÃO Atualmente a Insuficiência Renal Crônica é considerada uma síndrome, pois além da perda progressiva e irreversível da função dos rins, ocasiona diversos efeitos nos sistemas cardiovascular, nervoso, respiratório, músculo-esquelético, imunológico e endócrino a depender do grau de comprometimento renal, de outras condições subjacentes e da idade. (1) No Brasil a Insuficiência Renal Crônica é um problema médico e de saúde pública, sendo que a prevalência de pacientes mantidos em programas crônicos de diálise dobrou nos últimos oito anos.(1) Várias complicações podem ocorrer no paciente com IRC devido ao tratamento hemodialítico a que são submetidos, como deterioração musculo esquelética, fraqueza, descoloração da pele, emagrecimento, edema, fadiga e alterações pulmonares. (2) Os seguintes fatores têm sido apontados como responsáveis pela disfunção muscular: anemia, miopatia por desuso, alterações do metabolismo energético, incluindo o metabolismo alterado de carboidratos, diminuição da utilização de lipídios como fonte energética, decréscimo do fluxo sanguíneo muscular, neuropatia periférica e toxinas urêmicas. (3-6) Além disso, o estado hipermetabólico presente nos pacientes com IRC pode ser ocasionado pelo maior consumo de energia dos músculos respiratórios para atender as necessidades metabólicas, o que resulta na perda de peso progressiva quando a ingestão calórica é menor que o gasto. (7,8) Em relação à função pulmonar, alguns autores relataram que 75% dos pacientes que realizavam hemodiálise por um longo período de tempo apresentavam alterações espirométricas de caráter restritivo. (9) Alem disso, pacientes com IRC também apresentam diminuição da endurance e força muscular respiratória quando comparados a indivíduos saudáveis. (10,11) Além da redução da função pulmonar e da força muscular respiratória, pacientes com IRC submetidos à hemodiálise apresentam variação de peso devido à sobrecarga de líquido corporal no período interdialítico.(12) Estudos já relataram a associação entre peso corporal, função pulmonar e força muscular respiratória, porém o estudo da associação entre estas variáveis e a massa corporal magra avaliada por meio da Impedância Bioelétrica (BIA) ainda não foi realizado. MATERIAS E MÉTODOS Tratou-se de um estudo observacional descritivo desenvolvido na Clínica de Doenças Renais de Curitiba. Selecionaram-se indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 75 anos, diagnóstico de IRC estágio cinco, submetidos a hemodiálise a mais de um ano eclinicamente estáveis. Foram excluídos gestantes, pacientes que faziam uso de marcapasso, com baixo nível cognitivo que impossibilitasse a realização da avaliação de maneira correta. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sociedade Beneficente Evangélica do Paraná (Protocolo nº 0039.0.081.081/07 de 18/05/2007). Após a inclusão no estudo, os participantes foram avaliados por um único examinador para coleta dos dados demográficos, antropométricos e clínicos. Parâmetros Avaliados Função pulmonar por meio da espirometria segundo as diretrizes da American Thoracic Society, (13) onde foram aferidos os valores absolutos da capacidade vital forçada (CVF), do volume expirado forçado no primeiro segundo (VEF1) e da relação percentual entre VEF1 e CVF e calculados os percentuais relativos aos preditos para sexo, idade e altura, seguindo os valores Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 44 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? descritos para a população brasileira por Pereira et al.(14) Foram realizadas três manobras de expiração forçada, sendo escolhida automaticamente pelo aparelho a curva de melhor desempenho. Força muscular respiratória por meio da manovacuometria segundo protocolo de Neder et al.(15) onde foram aferidos a pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmax). Este teste é realizado com o paciente sentado, oclusão do nariz por uma pinça nasal, onde a aferição da PImax inicia-se a partir da CRF – com um esforço inspiratório máximo durante dois segundos, e a PEmax inicia-se a partir da CPT – com um esforço expiratório máximo durante dois segundos. Deixar um orifício de fuga de 2mm, repetir 3-5x e escolher o maior escore – excluindo o último.(15) Composição Corporal por meio da Bioimpedância Elétrica (BIA), que consta de uma técnica tetrapolar usando quatro eletrodos, um à mão, outro no punho, um no pé e outro ao tornozelo, O paciente deve estar em decúbito dorsal em uma superfície não condutora, e as medidas são executadas do lado direito do corpo, a sala deve estar com temperatura ambiente normal (~22º C). Deve ser feita a limpeza da pele nos pontos de colocação dos eletrodos, com álcool. A posição dos eletrodos-sensores (proximais) encontram-se na superfície dorsal da articulação do punho de modo que a borda superior do eletrodo se alinhe à cabeça da ulna, e a superfície dorsal do tornozelo, de modo que a borda superior do eletrodo se alinhe aos maléolos medial e lateral. Uma fita métrica e/ou caneta de marcação cirúrgica podem ser usados para determinar esses pontos de colocação dos eletrodos. Os eletrodos-fontes (ditais) são posicionados na base da segunda ou terceira articulação metacarpo-falângica da mão e metatarso-falângica do pé, assegure-se de que há pelo menos 5 cm entre os eletrodos proximais e distais. Conectar os cabos de ligação aos eletrodos apropriados, onde os cabos vermelhos são conectados às articulações do punho e ao tornozelo, e os cabos pretos à mão e ao pé. Ter certeza de que as pernas e os braços do indivíduo estejam abduzidos aproximadamente 45º um do outro, não deve haver contato entre as coxas e entre os braços e o tronco.(16-19) Análise Estatística Os dados foram digitados e analisados através da utilização do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) software, versão 16.0 para windows. Para verificar a normalidade, os dados foram submetidos ao teste Shapiro – Wilk. A análise estatística descritiva (média, desvio padrão, mediana, mínimo-maximo) foi utilizada para caracterização demográfica, antropométrica e clinica da amostra avaliada. Para testar a associação entre as variáveis estudadas foi utilizado a correlação de Pearson. O nível de significância estatística adotada foi de p < 0,05. RESULTADOS Participaram do estudo 32 indivíduos, sendo 16 (50%) do sexo masculino e 16 (50%) do sexo feminino, com média de idade 51,5 anos ± 10,7 e variação entre 30 e 72 anos. Os pacientes avaliados apresentaramdiminuição dos parâmetrosde função pulmonar CVF e VEF1 e diminuição de forca muscular inspiratória (PImax) e expiratória (PEmax),Tabela 1. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 45 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? Tabela 1: Características demográficas, antropométricas e clínicas da amostra (n=32) Variáveis Media (DP) Idade (anos) 51,5 ± 10,7 Mediana (minimomaximo) 53,5 (30-72) Sexo n (%) Feminino 16 (50) - Masculino 16 (50) - 61,8 ± 13,7 62 (36-101) Altura (cm) 159 ± 9,7 160 (139-177) IMC(Kg/m2) 24,1 ± 4,5 23,8 (17,2-34,2) % MLG (kg predito) 38,7 ± 10,4 36,6 (19-67,7) PAS (mmHg) 141,3 ± 26,8 147,5 (105-200) PAD (mmHg) 74,7 ± 20,9 80 (30-100) CVF (% predito) 66 ± 19,8 64,5 (21-97) VEF1 (% predito) 74,1± 23,5 67,5 (24-113) PImax (cmH2O) 36,9 ± 23,1 28 (4-100) PImax (% predito) 36,4 ± 20,8 28,9 (4,7-85,5) PEmax (cmH2O) 51,6± 24,1 50 (16-120) PEmax (% predito) 50,6 ± 22,2 49,8 (12,6-99,1) Peso (Kg) IMC: índice de massa corporal; %MLG: porcentagem de massa livre de gordura; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica;VEF1: volume expiratórioforçado no primeiro segundo; CVF: capacidade vital forçada; PImax: pressão inspiratóriamáxima; PEmax: pressão expiratória máxima; Porcentagem de massa magra e função pulmonar A porcentagem de massa magra apresentou uma correlação moderada e moderada fraca com capacidade vital forçada (CVF) (r= 0,51 , p<0,01) e volume expiratório forçado no primeiro segundo VEF1 (r=0,46 – p<0,01), Figura 1. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 46 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? CVF = -0,5591+0,0456*%Mmagra VEF1 = -0,2188+0,0366*%Mmagra 3,30 3,99 2,43 2,16 1,89 CVF VEF1 3,01 2,74 1,50 3,31 2,94 2,62 2,09 1,70 1,19 0,95 1,22 0,47 0,49 40 45 50 55 60 65 %Mmagra 70 75 80 85 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 %Mmagra Figura 1 – Associação entre Porcentagem de Massa Magra (%Mmagra) e Volume Expiratório Forçado (VEF1) e Capacidade Vital Forçada (CVF) em pacientes com IRC submetidos à hemodiálise. Correlação porcentagem de massa magra e força muscular respiratória (PImax e PEmax) Não houve correlação significativa entre porcentagem de massa magra e PImax (r=0,32, p<0,07 e PEmax (r=0,01, p<0,59), isto demonstra que possivelmente existem outros fatores associados. DISCUSSÃO Os resultados obtidos no presente estudo demonstram uma diminuição da porcentagem de massa magra, função pulmonar e a forca muscular inspiratória e expiratória dos pacientes com IRC submetidos a hemodiálise, assim como a porcentagem de massa magra apresentou uma associação moderada com a função pulmonar. Na avaliação da composição corporal, o valor de referência para a porcentagem de massa magra segundo é de aproximadamente 86%,(5) o nosso estudo demonstrou valores muito abaixo, o que pode ser explicado pelo elevado catabolismo protéico muscular,(20) associado à desnutrição(21) e à acidose metabólica(22) encontrada na IRC. Moore et al.(23) relataram que pacientes com IRC apresentam alterações na estrutura e função muscular associadas a um conjunto de sinais e sintomas conhecidos como miopatia urêmica. Essa síndrome pode se manifestar pela atrofia, fraqueza muscular proximal predominantemente nas pernas, dificuldade na marcha, mioclonias, câimbras, astenia, estando também associada a uma diminuição da capacidade aeróbia. A atrofia muscular, nesses pacientes, é uma conseqüência da neuropatia urêmica por degeneração axonal primária e desmielinização segmentar e, também, secundária a alterações morfológicas e funcionais das fibras musculares.(24,25) Esses estudos vieram corroborar com o presente trabalho onde as forças musculares respiratórias, tanto diafragmáticas quanto abdominais, encontram-se diminuídas nos pacientes com IRC. Segundo alguns autores, (26) a hemodiálise promove a degradação da musculatura bem como das proteínas de todo o organismo. A fraqueza muscular generalizada encontrada nos pacientes que realizam hemodiálise afeta predominantemente os membros inferiores e a musculatura proximal, (27) sugerindo um acometimento acentuado da musculatura respiratória. De fato, em dois estudos foi demonstrado que pacientes com IRC têm diminuição significante da força muscular respiratória.(10,11) Em outro estudo, mostrou-se também a redução da PImáx após sessões de hemodiálise.(28) Além disso, Bohannon e Kettner-Melsheimer relatam que pacientes submetidos ahemodiálise têm uma redução de força muscular de 30 a 40% comparada com indivíduos normais.(29) Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 47 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? Com relação à redução da função pulmonar, Draibe(30) relata que a diminuição da força muscular respiratória restringe a mobilidade do gradil costal e por conseqüência o VEF1 e a CVF.Além disso, a função pulmonar esta limitada devido ao acúmulo de líquido no espaço intersticial presente inclusive no parênquima pulmonar dificultando também o VEF1 e a CVF. Os resultados do estudo demonstraram uma associação moderada entre porcentagem de massa magra e função pulmonar o que segundo pode McArdle(31) a contração diafragmática determina a entrada do ar nos pulmões. Assim se o diafragma não estiver com sua capacidade contrátil integra, como no caso do IRC, não gerará diferença pressórica ideais no espaço intrapleural, dificultando a entrada do ar e diminuindo, por conseqüência o VEF1 e a CVF. CONCLUSÃO Pacientes com insuficiência renal crônica apresentaram diminuição da porcentagem de massa magra, função pulmonar e força muscular respiratória, assim como existe uma associação entre porcentagem de massa magra e função pulmonar. REFERÊNCIAS 1. Junior JER. Doença renal crônica: definição, epidemiologia e classificação. Jornal de Nefrologia. 2004; 26 (Supl.1)(3):1-3 2. Salomão Filho A, Ferreira SRC, Câmara FP, Pontes DS, Machado D. Transplante renal. In: Pereira WA. Manual de transplantes de órgãos e tecidos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004. p. 268-98. 3. Junior JER; Canziani ME; Barretti P. Anemia na insuficiência renal crônica: novas tendências. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 1999; 13: 45-54. 4. Zurlo F, Nemeth PM, Choksi RM, Sesodia S, Ravussin E. Whole – Body energy metabolism and skeletal muscle biochemical characteristics. Metabolism.1994; 43 (4): 481-6. 5. Bradley JR, Anderson JR, Evans DB, Cowley Aj. Impaired nutritive skeletal muscle blood flow in patients with chronic renal failure. Clin Sci. 1990;79:239-45. 6. Painter P. The importance of exercise training in rehabilitation of patients with end-stage renal disease. Am J Kidney Dis. 1994; 24 (Suppl 1): S2-9. 7.Moreira PR; Barros EG. Revisão/Atualização em Diálise: Capacidade e condicionamento físico em pacientes mantidos em hemodiálise. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 1998; 2:207-10. 8. Jhonson MM, Chin R, Haponik E. Nutrição, função respiratória e doença. In: Shils M, Olson J, Shike M, Ross CA. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e na Doença. São Paulo: Manole; 2003. p.2106. 9. Herrero JA, Alvarez-Sala JL, Coronel F, Moratilla C, Gámez C, Sánchez-Alarcos JM, et al. Pulmonary diffusing capacity in chronic dialysis patients. Respir.Med. 2002;96(7):487-92. 10. Karacan O, Tutal E, Colak T, Sezer S, Eyüboğlu FO, Haberal M. Pulmonary function in renal transplant recipients and end-stage renal disease patients undergoing maintenance dialysis. Transplant Proc. 2006;38(2):396-400. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 48 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? 11. Bark H, Heimer D, Chaimovitz C, Mostoslovski M. Effect of chronic renal failure on respiratory muscle strength. Respiration. 1988;54(3):153-61. 12. Welch JL, Perkins SM, Johnson CS, Kraus MA. Patterns of interdialytic weight gain during the first year of hemodialysis. Nephrol Nurs J. 2006;33(5):493-9. 13. American Thoracic Society. Standardization of spirometry – 1994 update. Am J Respir Crit Care Méd. 1995; 152:1107-36. 14. Pereira CA, Barreto SP, Simões JG, Pereira FW, Gerstler JG, Nakatami J. Valores de referência para a espirometria em uma amostra da população brasileira adulta. J Pneumol. 1992;18(1):10-22. 15. Neder JA, Andreoni S, Lerario MC et al. Reference values for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation.Brasilian Journal of Medical and Biological Research. 1999; 32(6):719-27. 16. Heyward VH, Stolarczyk, LM. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. São Paulo: Manole; 2000. 17. Kyle UR, Bosaeus I, De Lorenzo AD, Deurenberg P, Elia M, Gomez JM. et al. Bioelectrical impedance analysis – part I: review of principles and methods. Clinical Nutrition. 2004; 23:122643. 18. Costa RF. A impedância bioelétrica e suas aplicações para a educação física e áreas afins. Revista Educação Física da Cidade de São Paulo. 2001;1(1): 43-50. 19. Pupim LCB, Ribeiro CB, Kent P, Ikizler TA. Atualização em diálise: uso da impedância bioelétrica em pacientes em diálise. Jornal Brasileiro Nefrologia. 2000; 22 (4): 249-56. 20. Davis T, Karl IE, Goldberg AP, Harter HR. Effects of exercise training on muscle protein catabolism in uremia. Kidney Int. 1983; 24(16S): 52S-57S. 21. Guarnieri G, Toigo G, Situlin R, Faccini L, Coli U, Landini S, Bazzato G, Dardi F, Campanacci L. Muscle biopsy studies in chronically uremic patients: evidence for malnutrition. Kidney Int. 1983; 24(Suppl. 16): 187S-193S. 22. Garibotto G, Russo R, Sofia A, Sala MR, Robaudo C, Moscatelli P, Deferrari G, Tizianello E. Skeletal muscle protein synthesis and degradation in patients with chronic renal failure. Kidney Int. 1994; 45: 1432-9. 23. Moore GE, Parsons DB, Stray – Gundersen J, Painter PL, Brinker KR, Mitchele JH. Uremic myopathy limits aerobic capacity in hemodialysis patients. Am J Kidney Dis. 1993; 22:277 – 87. 24. Bohannon RW, Hull D, Palmeri D. Muscle strength impairments and gait performance deficits in Kidney transplantation candidates. Am J Kidney Dis.1994; 24 (3): 480 – 5. 25. Moreira PR, Barros E. Atualização em fisiologia e fisiopatologia da miopatia na insuficiência renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 2000; 22: 65. 26. Ikizler TA, Pupim LB, Brouillette JR, Levenhagen DK, Farmer K, Hakim RM, et al. Hemodialysis stimulates muscle and whole body protein loss and alters substrate oxidation. Am.J.Physiol Endocrinol Metab. 2002;282(1):E107-E116. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 49 EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, FUNÇÃO PULMONAR E FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE? 27. Vieira WP, Gomes KW, Frota NB, Andrade JE, Vieira RM, Moura FE, et al. Manifestações musculoesqueléticas em pacientes submetidos a hemodiálise. Rev Bras Reumatol. 2005;45(6):35764. 28. Karacan O, Tutal E, Uyar M, Eyüboğlu FO, Sezer S, Ozdemir FN. Pulmonary function in uremic patients on long-term hemodialysis. Ren Fail. 2004;26(3):273-8. 29. Draibe AS, Ajzen H. Insuficiência Renal Crônica. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar; 2002 [capturado em: 20 mar 2008]. Disponível em: http://www.virtual. unifesp.br/curso/enfnefro/restrito/dowloand/insrenalcro.pdf. 30. McArdle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, v.2, n.2, p.43-50, abr./jun. 2012. 50