INTENCIONALIDADE PEDAGÓGICA COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL PARA ORGANIZAÇÃO DO ENSINO Ana Paula Gladcheff Faculdade de Educação – Universidade de São Paulo - FEUSP [email protected] Resumo: Esta comunicação, ancorada na perspectiva da teoria histórico-cultural, expõe um recorte de uma pesquisa de doutorado concluída em dezembro de 2015. Foi investigado o processo de significação da atividade de ensino de matemática, que pode emergir durante uma atividade de formação contínua para professores que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Tal atividade de formação, integrada ao Programa Observatório da Educação da CAPES, foi desenvolvida durante quatro anos e dela participaram professores e coordenadores pedagógicos de escolas públicas da cidade de São Paulo. Aqui, por meio da exposição de uma situação desencadeadora de aprendizagem, elaborada pelo grupo de professoras que participaram da atividade de formação, ressaltamos a intencionalidade pedagógica no planejamento das ações de ensino, essencial na prática educativa, como um elemento fundamental para a organização do ensino em unidade com o estudo do conhecimento teórico matemático. Palavras-chave: Atividade de ensino de matemática; Atividade orientadora de ensino; Conhecimento teórico matemático; Intencionalidade pedagógica; Teoria histórico-cultural. 1. Introdução: a tese, a metodologia e pressupostos teóricos Durante quatro anos foi desenvolvido um projeto que trabalhou com a formação contínua de professores do Ensino Fundamental I. Esse projeto, intitulado Educação matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental: princípios e práticas da organização do ensino, fez parte do Programa Observatório da Educação (Obeduc) financiado pela CAPES. Partindo da premissa de que se aprende no coletivo, possuía, como um de seus objetivos, a apropriação do conhecimento teórico de matemática na direção do desenvolvimento do sujeito. Constituído como uma atividade, na perspectiva de Leontiev (1983), integrou o campo empírico de uma pesquisa de doutorado, fundamentada na perspectiva da teoria histórico-cultural e que, por sua vez, investigou o processo de significação da atividade de ensino de matemática que pode emergir durante uma atividade de formação contínua para professores que ensinam matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nesta comunicação apresentamos um recorte de tal pesquisa e ressaltamos a intencionalidade pedagógica no planejamento das ações de ensino, essencial na prática Comentado [1]: Por que está em itálico? educativa, como um elemento fundamental para a organização do ensino em unidade com o estudo do conhecimento teórico matemático. Orientados pela questão: quais ações em uma atividade de formação contínua de professores, que ensinam matemática nos anos iniciais, podem ser desencadeadoras de um processo de significação das ações de estudo para uma atividade de ensino, defendemos a tese de que em uma atividade de formação contínua de professores, na perspectiva da teoria histórico-cultural, a significação da atividade de ensino de matemática desenvolve-se nos sujeitos a partir das ações que realizam coletivamente para objetivar a aprendizagem teórica de conhecimentos matemáticos (GLADCHEFF, 2015). Os sujeitos da pesquisa foram os professores que ensinam matemática no Ensino Fundamental I e os coordenadores que participaram dos encontros de formação realizados durante o processo de formação que constituiu o campo de nossa investigação. Para estarmos em conformidade com a base teórica que fundamentou nossa metodologia de pesquisa, a obtenção dos dados foi realizada ao longo de todo o processo de formação. No total, de fevereiro de 2011 a dezembro de 2014, foram realizados 134 encontros de formação com duração de três horas, nos quais inserimo-nos como sujeito no movimento do processo, pois fazíamos parte das decisões tomadas pelo grupo como integrante dele, de forma a pensar e agir na organização dos encontros. Nesse sentido, colocamo-nos como sujeito da mudança do processo e não somente como observadores, como indica o método histórico-dialético, que nos orientou nesta pesquisa. No decorrer dos encontros realizados semanalmente, buscamos apreender o movimento de significação da atividade de ensino de matemática dos professores. Procuramos observar as ações e reflexões explicitadas por eles, que revelassem mudanças nos modos de ação relativos à organização do ensino de matemática, caracterizando uma significação de sua atividade de ensino de matemática. As ações e reflexões eram observadas por meio de intervenções realizadas nos encontros coletivos de formação, nas manifestações dos professores durante os encontros, nas ações realizadas durante os encontros e nas apresentações das ações na sua prática educativa. Para isso, observamos como os professores Comentado [2]: Por que a citação está em itálico? se mobilizavam e agiam ao organizar o ensino orientados pelas ações propostas e realizadas na atividade de formação na qual faziam parte. Contamos, também, com dados complementares obtidos por meio de oito entrevistas feitas com sete professoras e uma coordenadora pedagógica que integraram o grupo. Como instrumentos para coleta de dados, na apreensão do fenômeno investigado, utilizamos anotações de campo, videogravações e gravações em áudio. As ações de estudo, organizadas e praticadas no decorrer da atividade de formação, partiram das premissas de que se aprende no coletivo e de que o sujeito se faz ao construir o seu objeto. Tais premissas estão fundamentadas nos pressupostos vigotskianos e davidovianos sobre a aprendizagem e o desenvolvimento, entendendo que a apropriação do conhecimento teórico na direção do desenvolvimento do sujeito é considerada o objetivo essencial no processo educativo e que essa apropriação se dá no movimento do interpsíquico ao intrapsíquico (VIGOTSKI, 2009; DAVÍDOV, 1988). Também, baseados em Marx, ao identificar o trabalho como um processo em que, com sua própria ação o homem “impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza [...] modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria natureza” (MARX, 2002, p.211). Assim nos referimos ao professor quando, ao desenvolver as atividades de ensino (objeto de seu trabalho), ao mesmo tempo em que transforma seus alunos, transforma a si mesmo em um processo dialético. O grupo de professores e coordenadores que integrou o processo de formação, campo de nossa investigação, por meio de suas ações visava a concretizar a coletividade de ensino e a formação do pensamento teórico na direção do desenvolvimento do sujeito. Neste, os professores participam não isoladamente, como se o formar fosse obra de um esforço individual, mas sim em grupo, “[...] em que fica evidente que a formação é o resultado de uma intencionalidade nascida da necessidade de resolver um problema: a criação de planos de ação concretizadores da coletividade de ensino” (MOURA, 2004, p. 275). O objetivo era, portanto, que o professor, ao integrar-se no processo de formação, passasse a agir com as ações propostas em tal movimento de formação. Para isso, tais ações eram orientadas pela relação de unidade entre o conhecimento teórico matemático e o planejamento das ações de ensino como elementos essenciais do processo de organização da atividade de ensino do professor. No caso do conhecimento teórico matemático assentado no estudo do movimento lógico-histórico dos conceitos e, no caso do planejamento das ações de ensino evidenciando a intencionalidade pedagógica, fundamentado na coletividade como forma de apropriação de conhecimento e na mediação como essência do desenvolvimento do conhecimento humano. Os elementos citados, por sua vez, se inter-relacionam, mediados pelos princípios teórico-metodológicos da atividade orientadora de ensino (AOE), proposta por Moura (1996, 2012), ao focar a prática pedagógica baseando-se no conceito psicológico de atividade. Segundo o autor, esta se estrutura “de modo a permitir que sujeitos interajam, mediados por um conteúdo negociando significados, com o objetivo de solucionar coletivamente uma situação-problema” (MOURA, 2012, p.155). Os princípios que regem-na, constituem uma particularidade extremamente relevante dada pela intencionalidade, o que imprime uma responsabilidade ímpar aos que organizam o ensino. Tomando por base os seus objetivos de ensino, que se traduzem em conteúdos a serem apropriados pelos estudantes, o professor organiza uma situação desencadeadora de aprendizagem. Conteúdos que, considerados objetivo social a serem veiculados em sala de aula, passam a ter uma história, que é a da humanidade ao resolver problemas (CARAÇA, 2010). A situação desencadeadora de aprendizagem, por sua vez, deve considerar a essência do conceito; “[...] como foram aparecendo os problemas e as necessidades humanas em determinada atividade e como os homens foram elaborando as soluções ou sínteses no seu movimento lógico-histórico” (MOURA et al., 2010, p.103- 104). Assim, o ensino organizado de forma a privilegiar o movimento lógico-histórico do conceito trabalha, metodologicamente, com a proposição de situações-problema organizadas em situações desencadeadoras de aprendizagem, que podem ser materializadas em: um “jogo” com propósito pedagógico, que preserva o caráter de problema; uma “problematização de situações emergentes do cotidiano”, que oportuniza colocar a criança diante da necessidade de vivenciar a solução de problemas significativos para ela; ou, uma “história virtual do conceito”, que coloca a criança diante de uma situação-problema semelhante à vivida pelo homem (no sentido genérico) (MOURA, 2012). A AOE, nesse sentido, pode ser compreendida como uma orientação teóricometodológica “direcionada especificamente para a reconstituição de uma atividade humana, em seus traços essenciais e necessários, nos processos de ensino e aprendizagem” (NASCIMENTO, 2014, p.277). Ao criar atividades de ensino com as orientações destacadas, estamos sempre considerando os aspectos de criação humana que se desenvolvem ao longo da história e a forma como moldam toda a nossa cultura. 2. A intencionalidade pedagógica evidenciada em uma situação desencadeadora de aprendizagem elaborada pelo grupo de professoras Ao reconhecermos a relação na qual o conceito é tido como um objeto social, desenvolvido por meio de uma atividade humana que é desencadeada por uma necessidade, é possível compreendermos que esse conceito pode se tornar de interesse para as crianças e, por isso, mais significativo. Nesse sentido, o aluno precisa participar ativamente, o que permitirá sua transformação e esta “não permanece apenas no ato de ensinar/aprender, mas por toda vida do indivíduo” (RIGON; ASBAHR; MORETTI; 2010, p.32). No entanto, isso é possível somente quando há intencionalidade e organização das atividades de ensino do professor. Entendemos que a prática educativa deve ser orientada pela intencionalidade de formar sujeitos na direção social de formação humana que possui o coletivo como referência. A seguir, apresentamos, de forma sintetizada, a situação desencadeadora de aprendizagem, elaborada por um dos subgrupos dentro do grupo de professores que participaram da atividade de formação. Esta trata-se de uma história virtual do conceito e foi elaborada para trabalharmos a medição do tempo separado em intervalos limitados por eventos não naturais e que fazem uso de instrumentos para que possa ser observado. História virtual: “Um problema para os curumins” A história se inicia com Raíra, Apoema, Irani e Raoni, curumins de uma aldeia situada no Paraná, brincando perto do rio. Raíra encontra um cocar de penas vermelhas e como não sabiam a que animal pertenciam as penas, as crianças perguntaram ao pai de Apoema, que informou-lhes pertencerem ao guará vermelho, um animal raro na região... Os curumins queriam brincar com o cocar a todo momento. E foi ai que começou a confusão. Queriam brincar juntos, mas só havia um cocar. Na brincadeira, quem estivesse com o cocar seria o cacique da tribo, logo, todos queriam ser o cacique para usar o cocar. - Vamos fazer o seguinte, - disse Raoni - cada um de nós fica um pouco com o cocar e depois passa para o outro. Todos concordaram e logo decidiram a ordem de quem usaria o cocar: Raíra, Apoema, Irani e Raoni. Enquanto Raíra estava com o cocar, a ansiedade das outras crianças era muito grande e não viam a hora de chegar a sua vez. Mas, Raíra não desgrudava do cocar e sempre achava que tinha ficado pouco tempo com ele. - Nossa! Parece que já faz tanto tempo que Raíra está com o cocar – disse Apoema. - É, – disse Irani – Daqui a pouco irá anoitecer e pelo jeito não vamos ser o cacique. Raíra, então, decidiu entregar o cocar a Apoema que ficou muito feliz. Mas, o tempo foi p assando, passando e, do mesmo jeito, Apoema tinha a sensação de ter brincado pouco tempo com o cocar, mas para Irani e Raoni, parecia o contrário. - Precisamos conversar para acharmos uma solução, pois eu e Irani também queremos ser o cacique ainda hoje – disse Raoni, meio cabisbaixo. E não é que estava escurecendo mesmo? No final do dia, Raoni e Irani acabaram não ficando nem um pouco com o cocar. Já era hora de se alimentar e logo todos iriam dormir. Raoni e Irani ficaram muito chateados, pois teriam que esperar até o dia seguinte para ser cacique. Já Apoema e Raíra estavam felizes, pois tinham usado o lindo e raro objeto. E então, o que vocês acham que aconteceu? Por que Apoema e Raíra sentiram o tempo passar muito depressa e para Raoni e Irani o tempo parecia passar tão devagar? E como podemos ajudar os curumins para que todos brinquem com o cocar no mesmo dia? Nesta intervenção, foi possível discutir situações vivenciadas, pelas próprias crianças, no contexto de tempo subjetivo. Na segunda questão, o objetivo era fazer com que as crianças percebessem que o tempo poderia ser dividido igualmente para todos. Na manhã seguinte, após muita conversa, as crianças entraram em um acordo e decidiram que iriam dividir o tempo igualzinho para cada um. - Tudo bem, então. – disse Irani – Vamos dividir o tempo certinho para cada um ficar com o cocar. Mas, como podemos fazer isso? E assim surge um outro problema para os curumins: como dividir o tempo e controlá -lo para que todos brinquem com o cocar uma mesma quantidade de tempo? O que vocês acham que podemos fazer para ajudarmos os curumins? Neste momento as crianças formularam hipóteses de como poderiam controlar o tempo, sem usar um relógio atual. Após as hipóteses serem formuladas e testadas, a história continua para chegar à sua finalização. - Puxa! Está difícil, né? – disse Raíra, pensativa – Ah! Já sei! Que tal conversarmos com nosso pajé e ver se ele pode nos ajudar? Aposto que ele tem uma solução para isso. - Boa! – gritaram todos – Vamos lá! Chegando até o pajé, as crianças relataram o que ocorreu no dia anterior. O pajé disse que tinha uma solução para aquele problema. Foi até a taba e saiu com um pequeno objeto nas mãos, que havia ganho de presente de um amigo da cidade e o colocou nas mãos das crianças. - Isto é uma ampulheta, e serve para medir o tempo. Vai ajudá-los nesse problema. E então, os curumins levaram a ampulheta e começaram a manuseá-la para descobrir como ela poderia ajudá-los a medir o tempo que cada um passaria com o cocar. E vocês, sabem como este instrumento é usado para medir a passagem do tempo? Com o objetivo de explorar e entender como funciona a ampulheta, algumas foram levadas à sala de aula a fim de que os alunos as explorassem no contexto de medição do tempo. Em seguida, houve a socialização e síntese das ideias e um jogo Bolinhas ao cesto foi utilizado permitindo que as crianças fizessem uso consciente do instrumento de medida de tempo proposto. O jogo se deu numa competição entre equipes com cinco alunos em cada e foram utilizadas bolinhas, tais como as usadas em “piscinas de bolinhas”, um cesto grande, giz (para delimitar o espaço de lançamento das bolinhas) e uma ampulheta. Os alunos de uma equipe, posicionados a uma mesma distância do cesto, demarcada com o giz, passaram a arremessar as bolinhas, sem ultrapassar a linha, assim que a ampulheta foi virada. A equipe parou de arremessar as bolinhas quando toda a areia caiu e as bolinhas que estavam dentro do cesto foram contadas. A equipe vencedora foi a que jogou, dentro do cesto, o maior número de bolinhas durante o tempo medido com uso da ampulheta. 3. Síntese de uma análise da formação das professoras, com foco na intencionalidade pedagógica Um importante elemento para que o professor se sinta seguro ao desenvolver atividades de ensino, é que ele tenha clareza dos elementos essenciais do conceito. Na situação desencadeadora de aprendizagem apresentada, as professoras propõem situações nas quais os alunos colocam em movimento o conceito de medida de tempo no qual estabelecem comparações (tempo maior, menor ou igual) e definem unidades de medida (quantidade de areia na ampulheta). Utilizam o instrumento ampulheta adequadamente o que, em nosso entendimento, permite concretizar a origem do conceito de medida de tempo e possibilita à criança visualizar o processo de que se trata a passagem do tempo, a partir do movimento da areia caindo. Nesse caso, os alunos deparam-se com a necessidade de desenvolver ações que levam ao conceito teórico de medição do tempo em conjunto, na coletividade. Isso significa que ocorre um processo de significação do conceito na criança, pois este se dá no coletivo. As professoras, por meio das questões integradas à história virtual, colocam às crianças a necessidade de apropriação do conceito de medição do tempo. Na história virtual apresentada, as crianças são colocadas diante de situações-problema e, para resolvê-las, precisam da mediação constituída pelas professoras e pelo recurso material, além da interação com seus pares. Por meio desta, complementada pelo jogo, as crianças puderam compreender que o tempo pode ser dividido e que há instrumentos que permitem esse controle. Isso possibilita o desenvolvimento psíquico da criança, já que esta “passa a participar de uma atividade coletiva que lhe traz novas necessidades e exige dela novos modos de ação.” (SFORNI, 2003, p.95). O sentido atribuído ao conceito de medida de tempo é, portanto, mediado pelas ações das professoras. Os alunos, nessa perspectiva, tornamse sujeitos na atividade pedagógica na medida em que participam ativa e intencionalmente do processo de apropriação do conceito (BASSO, 1994). E isso demonstra a importância da intencionalidade pedagógica atribuída pelas professoras ao desenvolverem a situação desencadeadora de aprendizagem. 4. Considerações Finais Esta comunicação destaca, como recorte de uma pesquisa de doutorado, a intencionalidade pedagógica atribuída à elaboração da história virtual “um problema para os curumins” e ao jogo “bolinhas ao cesto”. Demonstramos, com isso, de forma sintética, a relação de unidade que deve existir entre o conhecimento teórico matemático e o planejamento das ações de ensino, compreendidos como elementos essenciais do processo de organização da atividade de ensino do professor. Dentro desse contexto, podemos ressaltar a intencionalidade pedagógica atribuída à elaboração do trabalho com o conceito de medida de tempo de forma desafiadora, antes de apresentar métodos procedimentais de leitura de horas, que não explicitam a essência do conceito. 5. Agradecimentos Ao Programa Observatório da Educação da CAPES, e a todo o grupo que participou da atividade de formação. 6. Referências BASSO, I. S. As condições subjetivas e objetivas do trabalho docente: um estudo a partir do ensino de história. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1994. CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. Revisto por Paulo Almeida. Lisboa: Gradiva, 2010. DAVÍDOV, V. La enseñanza escolar y el desarrollo psiquico. Tradução de Marta Shuare. Moscú: Editorial Progreso, 1988. GLADCHEFF, A. P. Ações de estudo em atividade de formação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais. 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A atividade pedagógica da educação física: a proposição dos objetos de ensino e o desenvolvimento das atividades da cultura corporal. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. RIGON, A. J.; ASBAHR, F. S. F.; MORETTI, V. D. Sobre o processo de humanização. In: MOURA, M. O. (org.) A atividade pedagógica na teoria histórico-cultural. Brasília, DF: Liber Livro, 2010. SFORNI, M. S. F. Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. Tese (Doutorado em Educação)- Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. 2ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. (Biblioteca pedagógica)