dia 8-7-10 tcc III CRISTIANO

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I
Universidade Comunitária da Região de Chapecó
UNOCHAPECÓ
CRISTIANO FAVERO
FORMAS DE ADUBAÇÃO NA CULTURA DA MELANCIA (Citrullus vulgaris
Schrad), NO MUNICIPIO DE PLANALTO ALEGRE/ SC
Chapecó – SC, 2010
II
Cristiano Favero
FORMAS DE ADUBAÇÃO NA CULTURA DA MELANCIA (Citrullus vulgaris
Schrad), NO MUNICIPIO DE PLANALTO ALEGRE/ SC
Monografia (Relatório de Trabalho de
Conclusão de Curso), apresentado à
Unochapecó como parte dos requisitos
para obtenção do grau de Engenheiro
Agrônomo.
Orientadores: Eng.º Agr.º Gelso Marchioro;
Licenciado em Ciências Agrícolas Ivanor
Sfredo.
Chapecó – SC, 2010.
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer á DEUS, por ter concedido a oportunidade
de estar finalizando mais uma jornada, a faculdade.
Aos meus PAIS, Wilson e Beloni Favero, pela paciência nos momentos de
ausência.
Aos meus AMIGOS, Vanderlei Santori, Sandra Peliceli, Adriano Posan, Jéferson
da Luz, Giovani Valentini e Junior Brighenti que me ajudaram em mais uma etapa
da minha vida.
Ao ORIENTADOR, Gelson Marchioro, que se empenhou e se dedicou para que
esse trabalho fosse concluído.
Ao ORIENTADOR DE CAMPO, Ivanor Sfredo, que procurou durante este período
repassar seus conhecimentos e experiências.
Por ultimo, mas não menos importante, em especial a minha NAMORADA,
Kassiane Martiori, que me ajudou, me deu força nas horas difíceis, que esteve
sempre ao meu lado, me acompanhou nesta trajetória, meu muito obrigado.
Aos meus colegas, agora profissionais, desejo-lhes prosperidade em suas
caminhadas.
Meu muito Obrigado á todos!
IV
RESUMO
INTRODUÇÃO: a melancia (Citrullus vulgaris Schrad) é uma planta pertencente à família
curcubitaceae sendo amplamente consumida no Brasil, tem sua importância devido ao consumo
pelo mundo todo, é consumida tanto para a alimentação humana quanto para a alimentação
animal. A fruta de melancia é refrescante, desinfetante, depurativo e ligeiramente laxante. As
sementes quando tostadas são utilizadas como suprimento protéico na alimentação. O cultivo da
melancia vem crescendo na região Oeste Catarinense, mas devido à falta de pesquisa para a
melhor forma de adubação utilizada, tem-se perdido na quantidade de frutos uniformes e padrão
(acima de 7 kg). Na verdade, o problema está na exploração do melhor potencial técnico da
cultura a partir de diferentes formas de adubação. OBJETIVO: este trabalho teve como objetivo
observar as diferentes formas de adubação na cultura da melancia (Citrullus vulgaris Schrad), no
município de Planalto Alegre-SC. MATERIAL E MÉTODOS: as plantas inicialmente foram
transplantadas das bandejas de isopor para as covas. Os resultados foram tabulados e expressos
em valores absolutos, transformados em unidades de medidas adequadas (Kg/ha, R$/ha, etc). Isto
deve-se ao fato do experimento estar disposto sem sorteio das parcelas.RESULTADOS:
observou-se diferenças para as variáveis quantidade dos frutos padrão, quantidade dos frutos
abaixo do padrão, rendimento e número de frutos por parcela. Uma vez que para as variáveis,
comprimento do fruto padrão, largura do fruto padrão, peso do fruto padrão, comprimento dos
frutos abaixo do padrão, largura dos frutos abaixo do padrão, peso dos frutos abaixo do padrão
houve pouca diferença. CONCLUSÃO: o T6 (adubo orgânico + sintético + foliar) mostra-se mais
eficaz na produtividade na cultura da melancia.
PALAVRAS- CHAVE: rendimento; combinação; quantidade.
V
SUMÁRIO
RESUMO............................................................................................... IV
LISTA DE ILUSTRAÇÕES.................................................................... VI
LISTA DE TABELAS .......................................................................... VIII
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................... IX
1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................. 13
3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................. 29
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................... 39
5 CONCLUSÃO ................................................................................... 50
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS: ............................................................ 52
REFERÊNCIAS.................................................................................... 54
ANEXOS .............................................................................................. 56
VI
II
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 01. Vista do plantio convencional em faixas (Planalto Alegre, SC –
20/IX/2009)........................................................................................21
Ilustração 02. Vista geral do experimento (Planalto Alegre, SC –16/IX/2009.........29
Ilustração 03. Croqui explicativo do experimento (Planalto Alegre, SC –
20/IV/2010)........................................................................................32
Ilustração 04. Vista da medição do comprimento dos frutos (Planalto Alegre, SC –
26/I/2010)..........................................................................................35
Ilustração 05. Vista da medição da largura dos frutos (Planalto Alegre, SC –
26/I/2010)..........................................................................................36
Ilustração 06. Vista da pesagem dos frutos (Planalto Alegre, SC –
26/I/2010)..........................................................................................37
Ilustração 07. Comprimento dos frutos padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010)........................................................................................40
Ilustração 08. Largura
dos
frutos
padrão
(Planalto
Alegre,
SC
–
04/VI/2010)........................................................................................40
Ilustração 09. Peso
dos
frutos
padrão
(Planalto
Alegre,
SC
–
04/VI/2010)........................................................................................41
Ilustração 10. Quantidade dos frutos padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010)........................................................................................42
Ilustração 11. Comprimento dos frutos abaixo do padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010)........................................................................................43
Ilustração 12. Largura dos frutos abaixo do padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010)........................................................................................44
VII
Ilustração 13. Peso dos frutos abaixo do padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010).......................................................................................44
Ilustração 14. Quantidade dos frutos abaixo do padrão (Planalto Alegre, SC –
04/VI/2010)........................................................................................45
Ilustração 15. Número
de
frutos
(Planalto
Alegre,
SC
–
04/VI/2010)........................................................................................47
Ilustração 16. Rendimento (Planalto Alegre, SC – 04/VI/2010)...............................48
VIII
LISTA DE TABELAS
Tabela 01.
Renda líquida da cultura da melancia (R$/ parcela). Planalto Alegre,
SC-10/VI/2010.................................................................................49
IX
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
Sigla 01 - ha….........................................................hectare
Sigla 02 - cm………………………………….............centímetro
Sigla 03 - m2............................................................metro quadrado
Sigla 04 - N..............................................................nitrogênio
Sigla 05 - g...............................................................grama
Sigla 06 - m..............................................................metro
Sigla 07 - %..............................................................percentagem
Sigla 08 - ml.............................................................mililitro
Sigla 09 - Kg............................................................quilogramas
Sigla 10 - R$.............................................................Reais
Sigla 11 - .Ca...........................................................Cálcio
Sigla 12 - B..............................................................Boro
Sigla 13 – m-¹...........................................................metro
Sigla 14 - K²O..........................................................óxido de potássio
Sigla 15 – T1...........................................................tratamento um
Sigla 16 – T2...........................................................tratamento dois
Sigla 17 – T3...........................................................tratamento três
Sigla 18 – T4...........................................................tratamento quatro
Sigla 19 – T5...........................................................tratamento cinco
Sigla 20 – T6...........................................................tratamento seis
Sigla 21 – und.........................................................unidade
Abreviatura 01 - pH................................................potencial hidrogênionico
Abreviatura 02 - ºC.................................................graus celsius
Abreviatura 03 - F1.................................................Híbrida diplóides
Abreviatura 04 - S...................................................Sul
Abreviatura 05 - W..................................................Oeste
10
1 INTRODUÇÃO
A produção de melancia esta amplamente distribuída pelo mundo com uma
área cultivada de 3.050,4 milhões de ha totalizando um acúmulo de 75.251,0
milhões de tonelada com uma produção média de 24,7 toneladas de melancia por
hectare em 2000 (ALMEIDA, 2003).
No Brasil estima-se uma produção de 81.000 ha e uma produtividade
média de 21 toneladas totalizando 1.720.000 toneladas de melancia (EPAGRI,
1996).
No município de Planalto Alegre estima-se uma produção de 60 ha e uma
produtividade média de 15.000 kg por ha totalizando 900.000 kg no município
(EPAGRI, 1996).
A melancia tem sua importância devido ao consumo pelo mundo todo, é
consumida tanto para a alimentação humana quanto para a alimentação animal. A
fruta de melancia é refrescante, desinfetante, depurativo e ligeiramente laxante.
As sementes quando tostadas são utilizadas como suprimento protéico na
alimentação (EPAGRI, 1996).
Além de doce e muito refrescante, a melancia é muito nutritiva. Possui
hidratos de carbono (açúcar), betacaroteno (provitamina A) e vitaminas do
complexo B e C. Também apresenta cálcio, fósforo, ferro e muita água. Hoje já se
11
conhece o licopeno e glutationa, compostos que a melancia possui em
abundância, que são responsáveis por proteger o organismo contra o câncer e a
oxidação celular. Cada 100 gramas de melancia fornecem 31 calorias (ALMEIDA,
2003).
A fruta melancia é recomendada para quem tem pressão alta e
reumatismo. O suco de melancia provoca eliminação de ácido úrico, além de
limpar o estômago e o intestino. Também é eficaz no tratamento da acidez
estomacal, obesidade, bronquites crônicas, problemas de boca e garganta como
também cistites. Além disso, protege contra o câncer e a oxidação celular
(ALMEIDA, 2003).
O cultivo da melancia vem crescendo na região Oeste Catarinense, mas
devido à falta de pesquisa para a melhor forma de adubação utilizada, tem-se
perdido na quantidade de frutos uniformes e padrão (acima de 7 kg). Na verdade,
o problema está na exploração do melhor potencial técnico da cultura a partir de
diferentes formas de adubação.
Segundo Embrapa (2001), no Brasil a preferência é pelos frutos graúdos,
com peso superior a 7 kg, pois são os que conseguem melhor cotação no
mercado.
Desta maneira, a forma de adubação (ou combinação destas) no cultivo da
melancia altera a produtividade, qualidade e retorno econômico da cultura?
O objetivo deste trabalho foi observar o efeito das diferentes formas de
adubação na cultura da melancia (Citrullus vulgaris Schrad), no município de
Planalto Alegre/SC.
Desta forma, este trabalho justifica-se pelo fato de que o cultivo da
melancia é uma atividade de alto risco devido à sazonalidade nos preços
12
recebidos pelo produtor e aos problemas agronômicos da cultura, como a baixa
produtividade, que está relacionada ao manejo inadequado na adubação.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Importância da produção de melancia:
A melancia é cultivada em vários países do mundo, destacando a Ásia,
Turquia e Irä. No Brasil destaca-se em cinco estados, tais como Bahia, São
Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás e Santa Catarina. A melancia é um dos frutos
mais apreciados pelo homem, devido à textura e o sabor da polpa. A cor verde da
casca e o vermelho da polpa ainda é um fator de suma importância pelo fato de
estímulo ao consumo da fruta. Por ser apreciada, a melancia é produzida em
quantidades suficientes para atender toda a demanda (EPAGRI, 1996).
Epagri (1996) relata que a melancia necessita de boa luminosidade, é
sensível ao frio, em temperaturas menores de 11 graus Celsius não ocorre
germinação, o desenvolvimento vegetativo é paralisado, ocorre a formação de
frutos pequenos, deformados e ainda baixa floração. Altas temperaturas com
baixa umidade do solo na fase do amadurecimento do fruto, favorecem o aroma,
a consistência do fruto. A temperatura noturna deve ser inferior à diurna, no
mínimo seis graus, desta forma, permitindo um maior acúmulo de sólidos
solúveis.
No município de Planalto Alegre estima-se uma produção de 60 ha e uma
produtividade média de 15.000 kg por ha totalizando 900.000 kg no município.
14
Na safra passada, a colheita não atingiu um milhão de toneladas. Neste
ano, deve ultrapassar três milhões de toneladas. Somente o prefeito de Planalto
Alegre, Edgar Rohrbeck, que é produtor de melancia, deve colher 300 toneladas,
em 12 hectares. Rohrbeck disse que a atividade vai injetar R$ 500 mil na
economia do município.
Os fatores para o aumento da produção foram o clima favorável e o
aumento da área cultivada, de 60 para 100 hectares. Atualmente 10% dos 400
agricultores do município se dedicam a atividade.
Venda direta é até 100% mais lucrativa: Ivo Damo, de 62 anos1, partiu para
a atividade há 10 anos. Na primeira safra, plantou dois mil plantas em 1,5 hectare
e colheu 30 toneladas. Neste ano, plantou sete mil plantas e vendendo direto ao
consumidor ele ganha o dobro do que comercializando para os supermercados.
No mercado ele recebe R$ 0,20 por quilo. Na barraca, chega a ganhar R$ 0,50.
Damo e sua esposa Odila, que ajuda a cuidar da venda, pretendem faturar R$ 30
mil nesta safra. Se plantassem milho, seriam R$ 6 mil.
A produção de melancia é recorde em Santa Catarina na safra passada. A
colheita de melancia, que começou ha duas semanas no Oeste, promete bater
recorde. Em Caxambu do Sul, o prefeito Gilberto Tomasi estima em 1,7 milhão de
toneladas, contra um 1 milhão no ano passado (2008).
Em Planalto Alegre, a produção deve
triplicar nos próximos anos, devido a ser
mais uma alternativa para os agricultores.
Por ser uma cultura de rápida produção e
comercialização e recebimentos a vista.
Sadi Felippe – Secretário de Agricultura,
2010.
1
Comunicação pessoal, Ivo Damo, Planalto Alegre 10 de agosto de 2009.
15
2.2 Botânica da Melancia
A melancia é uma espécie anual, da família Cucurbitaceae de origem
africana, comum em todo o Brasil, é herbácea, de caule prostrado e tomentoso,
com 2 á 3 metros de comprimento, as folhas são pecioladas, pilosas, alternas,
lobadas, as flores são pequenas, isoladas, axiladas e amarelas-esverdeadas, o
fruto é uma baga esférica, com epicarpo liso e lustroso, verde-escuro, onde a
polpa é muito aquosa e doce, que contém numerosas sementes chatas, lisas e
negras (PIMENTEL, 1976).
2.3 Produção de Sementes e mudas
De acordo com Carvalho (1988), a produção de sementes de melancia é
uma atividade que deveria ser desenvolvida juntamente com a produção de
frutas, não somente pelo fato de aumentar a rentabilidade econômica desta
atividade, mas também porque todos os fatores que afetam a produção de frutos
afetam igualmente a produção de sementes, já que 90% das sementes de
melancias hoje são importadas. Das razöes pelas quais as sementes são
importadas estaria as dificuldades para a manutenção da identidade genética das
cultivares.
2.3.1 Florescimento
A melancia apresenta tanto flores masculinas como femininas na mesma
planta, por isso, é monóica. A flor feminina se distingue facilmente das
masculinas, pois apresenta na base das sépalas o ovário. As flores femininas
16
ocorrem em quantidades bem menores do que as masculinas (CARVALHO,
1988).
2.3.2 Polinização
Segundo informações encontradas em Carvalho (1988), o pólen que se
forma nas flores masculinas fica como uma massa pegajosa, que não se
desprende, por isso seu transporte não consegue ser feito através do vento,
somente por insetos. Isso torna a polinização da melancia exclusivamente
cruzada.
2.3.3 Frutificação
É um fenômeno pelo qual o ovário de uma flor polinizada se desenvolve,
através da fecundação, em uma fruta. O período de frutificação, entre a
fecundação da flor até a maturação dos frutos, varia de 40 a 45 dias
(CARVALHO, 1988).
2.3.4 Germinação das Sementes
Segundo Carvalho (1988), a capacidade de germinação das sementes
depende da sua qualidade fisiológica, de como foi sua forma de armazenamento.
As sementes de melancia para germinar necessitam de temperaturas alternadas
de 20-30 graus Celsius ou constantes de 25 ou 32 graus Celsius.
2.3.5 Época da Semeadura
17
Segundo Carvalho (1988), a melancia é conhecida e relacionada como uma
das plantas mais sensíveis á geada, a época mais adequada de se semear
melancia fica entre setembro e outubro.
2.3.6 Espaçamento
Segundo recomendações de Carvalho (1988), o espaçamento ideal para
plantar seria 2,0 x 2,0 metros. À medida que aumenta o espaço entre as plantas
aumenta o desenvolvimento e a produção de cada uma individualmente.
Aconselha-se colocar de 4 a 5 sementes por cova a 1cm e 2 cm de profundidade.
2.3.7 Cultivares de melancia
A cultivar utilizada foi a Híbrida Top Gun, seu ciclo é em torno de 70 a 80
dias. Seu formato é redondo, sua cor é verde escura com listras, sua polpa é
vermelha com sabor atraente e seu peso médio é de 11 a 14 Kg. É precoce, sua
semente grande, produtiva e uniforme, com excelente sabor e aceitação no
mercado.
Os cultivares de melancia classificam-se quanto á ploidia em cultivares
diplóides (com sementes) ou cultivares triplóides (sem semente). Consideram-se
ainda as cultivares de polinização aberta ou hibrida diplóides F1, a cor da polpa e
o tamanho dos frutos produzidos (DOMINGOS, 2003).
As principais cultivares de polinização e hibridas utilizadas no Brasil, todas
introduzidas dos EUA ou Japão, foram Crimson Sweet, Charleston Gray, sendo
que a cultivar Crimson Sweet ocupa cerca de 90% da área cultivada. Os
cultivares e híbridos mencionadas embora apresentem frutos de boa qualidade,
18
resistência ao transporte são suscetíveis as principais doenças que atacam as
melancias (QUEIRÓZ 1998).
A principal cultivar de melancia está descrita abaixo:
-Crimson Sweet: Cultivar de formato redondo, pesando 11 a 14 kg, casca
verde-clara com estrias verde-escuras. Apresenta ótima resistência ao transporte
e destaca-se pela excelente qualidade da polpa, firme, de sabor muito doce e
coloração vermelho-intensa (EMBRAPA, 2001).
2.4 Cobertura e preparo do solo
A melancia desenvolve-se bem na maioria dos tipos de solo, preferindo
solos sílico argilosos e profundos. Devem-se evitar os solos muito pesados, pois
levam a planta a crescer pouco e a produzir frutos menores e de pior qualidade.
Solos úmidos também devem ser evitados (CARVALHO, 1988).
A melancia prefere solos ricos em matéria orgânica, soltos e bem
drenados. Solos compactados ou mal drenados são prejudiciais devido ao
acúmulo de água que dificultam ou impedem a respiração e o metabolismo das
raízes. (CARVALHO, 1988).
A melancia produz bem numa faixa de pH 5,0 e 6,0 com ausência de
alumínio trocável, quando o solo é ácido ocorrem sintomas drásticos de
deficiência de cálcio e magnésio, em pH maior que 6, inicia-se insolubilização do
fósforo e ocorre menor disponibilidade da maioria dos nutrientes (EPAGRI, 1996).
De acordo com Epagri (1996), em áreas não corrigidas ou com
necessidade de calcário deve-se aplicar calcário ao solo com antecedência de
seis meses do plantio, possibilitando a correção do mesmo. A amostragem deve
ser a uma profundidade de 20 cm e ser representativa da área a ser cultivada.
19
Quando a área a ser cultivada já foi corrigida anteriormente e o solo estiver
com cobertura vegetal, realizar aplicação de herbicida dessecante para a
formação de uma cobertura morta. A rotação com aveia favorece a obtenção de
frutos mais doces mantendo a umidade do solo e reduz o desenvolvimento de
plantas daninhas. O acamamento da aveia deve ser feito durante seu estágio
leitoso. Deve-se evitar o uso de micro trator em virtude de a enxada rotativa
destruir a estrutura do solo, tornando-o compactado e reduzindo a rotação e
desenvolvimento normal das raízes da melancia (EPAGRI, 1996).
2.4.1 Plantio Convencional
De acordo com Epagri (1996), o sistema convencional ou tradicional, é um
sistema bastante conhecido e de maneira geral, envolve os preparos primário e
secundário do solo. O preparo primário consiste em operações que visam
principalmente à eliminação da cobertura vegetal, normalmente realizadas com
arados de disco ou de aiveca e grade aradora. O arado de discos trabalha o solo
a uma profundidade em torno de 20 a 25 cm.
Em solos com grande quantidade de palha, o arado de aiveca faz melhor
trabalho de incorporação do que o de disco. Uma das principais vantagens do
arado de aivecas, em relação aos demais, é a capacidade de inversão das leivas
proporcionada pelas aivecas, além de melhor preservar os agregados do solo.
Esse implemento consegue penetrar no solo a maiores profundidades (20-40cm),
rompendo camadas compactadas a profundidades maiores. Seu uso não é
indicado, contudo, quando o teor de argila ultrapassa 30%. Além disto, a
superfície do solo fica livre de vegetais, aumentando, desta forma, o risco de
20
erosão, e a sua regulagem é mais difícil do que a do arado de disco (EPAGRI,
1996).
Para Epagri (1996) o preparo secundário do solo pode ser definido como o
conjunto das operações superficiais subseqüentes ao preparo primário, que
visam, por exemplo, ao nivelamento do terreno, a seu destorroamento, à
incorporação de herbicidas e à eliminação de plantas daninhas no início de seu
desenvolvimento, e propiciam a fácil colocação da semente no solo, assim como
a sua cobertura com terra, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento
inicial das plântulas.
2.4.2 Plantio Convencional em faixas
No plantio convencional em faixas, primeiramente foi semeado a cobertura
verde, aveia preta 120 dias de antecedência do plantio da melancia. Após 80 dias
da semeadura da aveia, a mesma foi dessecada. Depois foram abertos os sulcos
com o escalificador numa profundidade de 40 cm e com espaçamento de 2,5
metros entre vergas. Após isto, a adubação de base com adubo orgânico e a
homogeneização (covas) do solo e em seguida o transplante das mudas. Cada
cova teve duas mudas.
21
Fonte: Favero; 2009
Ilustração 01: Vista do plantio convencional em faixas. (Planalto Alegre, SC –
20/09/09).
2.5 Adubação e Nutrição
2.5.1 Adubação Orgânica
De acordo com Carvalho (1988), a adubação orgânica, deve ser
considerada em função de resultados através da análise do solo. Esse adubo
orgânico deve ser misturado com o solo da cova após sua abertura. Deve-se
aplicar 3 doses de 5g por cova de N e 5g de K2 O.
Segundo Carvalho (1988), recomenda-se atenção especial para o cálcio,
pois influi na proporção de flores masculinas e femininas e permite significativos
aumentos na proporção de frutos e consequentemente de sementes.
A aplicação de nitrogênio deve ser feita exclusivamente em cobertura, além
de aumentar a produção também aumenta a visita de insetos polinizadores, este
seria um fator importante para a produção de frutos (CARVALHO, 1988).
O esterco de aves deve ser incorporado ao solo 20 dias antes do plantio,
mas se o esterco estiver bem curtido pode ser aplicado junto ao plantio. Deve-se
22
utilizar 5 litros por cova de cama de aviário e deve ser uniformemente incorporado
ao solo (EPAGRI, 1996).
Para Pimentel (1976), abrem-se covões cheio de compostos e detritos
misturados de esterco orgânico.
2.5.2 Adubação Sintética
A recomendação de adubação sintética é feita com base na análise de solo
(Anexo 1). Quando se faz adubação convencional utiliza-se um terço do
nitrogênio, todo o fósforo e um terço do potássio, devem ser aplicados em
fundação antes do plantio. O resto do nitrogênio e do potássio deve ser aplicado
em duas vezes em cobertura, aos 25 e 40 dias após o plantio (COSTA, 2006).
2.5.3 Adubação Sintética e Orgânica
A adubação orgânica deve ser complementada com adubação sintética,
pois um reduz a necessidade quantitativa do outro. Ambos devem ser
incorporados uniformemente ao solo (EPAGRI, 1996).
2.5.4 Adubação Foliar
De acordo com Costa (2006), a adubação foliar é uma técnica agrícola
usada tanto por produtores amadores quanto por profissionais e consiste no
fornecimento de nutrientes para as plantas através de suas folhas mediante o uso
de adubos foliares.
Os métodos de aplicações de nutrientes mais comuns e práticos nesta técnica
são:
1- Pulverização sobre as folhas, com uso de pulverizadores;
23
2- Junto com a água de irrigação por meio de aspersores ou micro-aspersores;
3- Pulverização aérea com o uso de aviões agrícolas.
Todo e qualquer nutriente pode ser fornecido às plantas via foliar, as principais
categorias de adubos foliares que fornecem nutrientes:
1- Adubos químicos: fornecem macronutrientes e/ou micronutriente, sendo estes
últimos os mais fornecidos pela adubação foliar, pois são exigidos em pequenas
doses pelas plantas;
2-Adubação Foliar de Correção: aplicação de nutrientes para corrigir uma ou mais
deficiências nutricionais em determinados momentos da cultura.
2.5.5 Fertirrigação
A fertirrigação consiste na aplicação simultânea de água e fertilizantes nas
plantas, mediante sistemas de irrigação (EMBRAPA, 2001).
As principais vantagens da fertirrigação são: eficiência e economia de
fertilizantes e mão-de-obra; aplicação de dosagem correta na hora adequada;
possobilidade de veiculação de diversos tipos de produto, menos risco e maior
facilidade de aplicações, além de versatilidade para uso em qualquer tipo de solo
(EMBRAPA, 2001).
As principais desvantagens são os riscos de entupimentos de emissores e
de contaminações ambiental, que requerem acessórios adicionais ao sistema de
irrigação, tais como sistemas de filtragem e válvula de refluxo (EMBRAPA, 2001).
Tanto macro como micronutrientes podem ser aplicados via fertirrigação
(EMBRAPA, 2001).
A cultura da melancia tem na nutrição mineral um dos fatores que
contribuem diretamente para a produtividade e qualidade dos frutos. O nitrogênio
24
e o potássio são os elementos mais exigidos e devem ser aplicado de acordo com
as exigências de cada cultivar, produção esperada, estádio de desenvolvimento e
condições climáticas. Na adubação convencional, pesquisas têm demonstrado
que apenas um terço dos adubos nitrogenados e potássicos incorporados ao solo
são aproveitados pelas plantas. Parte é perdida por lixiviação, escoamento
superficial e volatilização. Com a aplicação de fertilizantes via água de irrigação,
essas perdas podem ser reduzidas ou eliminadas, pois os nutrientes são
fornecidos no momento e em quantidades adequadas para as plantas,
aumentando a sua eficiência (ANDRADE, 2006).
Para Andrade (2006), a fertirrigação é a prática que permite a aplicação de
fertilizantes, como o nitrogênio e potássio via água de irrigação.
2.6 Manejo das plantas durante o ciclo
2.6.1 Produção e transplante
Como é uma cultura sensível à crise de transplantação, os transplantes
devem ser produzidos em contentores - tabuleiros alveolados ou mottes - com um
volume de substrato adequado. A largura mínima dos alvéolos deve ser de 2,5
cm. O período de produção dos transplantes é de 3-4 semanas. A transplantação
faz-se com raiz protegida (COSTA, 2006).
2.6.2 Controle de Plantas Daninhas
O controle de ervas daninhas pode ser feito através de cultivos mecânicos
ou a tração animal entre as linhas e manualmente (enxada) entre as plantas,
tantas vezes quantas forem necessárias para manter a cultura sem a competição
das ervas daninhas. Com o desenvolvimento da planta, as capinas devem ser
25
manuais (enxada) e localizadas, para evitar o manuseio das ramas. Ainda não se
tem herbicida registrado para controle de plantas daninhas em melancia (COSTA,
2006).
2.6.3 Desbaste
Quando as plantas apresentarem 3 a 4 folhas definitivas, fazer o desbaste,
deixando-se apenas uma planta por cova, elegendo a mais vigorosa e eliminando
as demais. Recomenda-se cortar com tesoura para evitar prejuízos a raiz da
planta selecionada (EMBRAPA, 2001).
2.6.4 Raleio
Devem ser eliminados todos os frutos defeituosos e com podridão estilar,
pois
além
da
planta
perder
sintetizados
com
frutos
que
não
serão
comercializados, provavelmente a presença dos mesmos inibirá o pagamento de
outros frutos da planta. De acordo com Cunningham, citado por Costa & Pinto
(1997), tanto as condições fisiológicas da planta, como o número de frutos já
produzidos, parecem determinar o nu
mero de flores pistiladas que surgirão
mais tarde.
2.7 Manejo fitossanitário
2.7.1 Principais doenças
2.7.1.1 Oídio (Sphaerotheca fuliginea)
É uma doença mais disseminada nas zonas de cultivo de curcubitáceas. É
causada por Erisyphe cichoracearum e Sphaerotheca fuliginea, ambas de difícil
26
caracterização, pois apresentam semelhanças na fase imperfeita (EMBRAPA,
2001).
Os conídios de S. fuliginea são caracterizados pela presença de
corpúsculos de fibrosina bem desenvolvidos, enquanto que em E. cichoracearum
encontra-se em forma granular (EMBRAPA, 2001).
Desenvolve-se nas folhas, haste e frutos caracterizando-se pela coloração
branca e aspecto de pó, espalhado por toda a superfície (EMBRAPA, 2001).
2.7.1.2 Antracnose
É causada pelo fungo Glomerella cingulata vr orbiculare. É uma doença
muito severa em períodos de alta umidade relativa do ar. Os esporos dos fungos
se difundem pelo vento, atingindo a parte aérea da planta e os frutos, causando
também sérios prejuízos na fase pós-colheita (EMBRAPA, 2001).
A doença pode manifestar-se em toda a parte aérea da planta, causando
desfolhamento precoce, perda da vitalidade e até mesmo morte das plantas
(EMBRAPA, 2001).
2.7.1.3 Murcha de Fusarium de melancia
É causada pelo fungo Fusarium oxysporum s sp. Niveum, que pode atacar
as plantas de melancia em qualquer estádio de desenvolvimento. O fungo pode
permanecer no solo por mais de dez anos (EMBRAPA, 2001).
Os sintomas típicos são tombamento ou desenvolvimento retardado em
plantas recém germinadas, já em plantas mais desenvolvidas, a doença provoca
murcha nas horas mais quentes do dia (EMBRAPA, 2001).
27
2.7.2 Principais pragas
2.7.2.1 Vaquinhas (Diabrotica speciosal)
São pequenos besouros de 5 a 6 mm de comprimento, com asas de coloração
verde, com 3 manchas amarelas. Os adultos fazem perfurações arredondadas em
flores e folhas. Atacam os talos das plantas novas, chegando a causar seu
tombamento (EMBRAPA, 2001).
2.7.2.2 Mosca branca (Bemisia argentifolii)
Causa prejuízos diretos provocando a formação de fumagina, que afeta o
desenvolvimento das plantas e a qualidade dos frutos (EMBRAPA, 2001).
2.7.2.3 Pulgões (Aphis gossypii)
Ocorrem durante todo o ciclo da cultura, sugando a seiva e injetando
toxinas, o que retarda o desenvolvimento das plantas (EMBRAPA, 2001).
2.7.2.4 Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)
Passam o dia enroladas e escondidas no solo e a noite saem e cortam as
plantas rentes ao solo (EMBRAPA, 2001).
2.8 Colheita
A melancia é um fruto não climatério que tem de ser colhido maduro, pois a
sua qualidade não melhora após a colheita. Os principais indicadores de colheita
são o tamanho e cor do fruto, a cor da zona que está em contato com o solo que
muda de branco para amarelo quando o fruto atinge a maturidade comercial, a
28
gavinha mais próxima do fruto murcha (mas nem sempre é bom indicador), a
ressonância do fruto ao impacto deve ser grave e muda (COSTA, 2006).
Segundo Costa (2006), um som agudo e metálico indica que o fruto está
imaturo. Para uma boa determinação da data de colheita deve-se efetuar uma
amostragem de frutos, corta-los e examinar a cor da polpa e o sabor ou teor em
sólidos solúveis. Para uma boa qualidade os frutos devem possuir um teor em
sólidos solúveis na altura da colheita superior a 10%. A colheita manual inicia-se
75 a 110 dias após a sementeira.
O pedúnculo é cortado com uma faca a cerca de 5 cm do fruto para uma
maior durabilidade e sabor do fruto. Mesmo sob condições ótimas de
conservação, a melancia não pode ser armazenada durante muito tempo. Deve
ser consumida 2 a 3 semanas após a colheita. (COSTA, 2006).
2.9 Comercialização
A comercialização é feita a granel. Devem-se eliminar as melancias
rachadas e que tenham passado do ponto de maturação dos frutos. Durante o
transporte deve-se forrar a carroceria do caminhão com palha ou serragem para
evitar possíveis danos mecânicos. Devem-se formar pilhas piramidais com frutos
da mesma cultivar e do mesmo tamanho, também proteger os frutos da ação
direta do solo (Epagri, 1996). Os frutos até 6 kg são considerados para o mercado
abaixo do padrão comercial e os frutos acima de 7 kg são considerados para o
mercado padrão comercial. As normas estão sendo publicadas pelo mapa no
CEAGESP em julho de 2010.
29
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização do Experimento
O experimento foi realizado no ano agrícola de 2009/2010 em uma área de
150 m2 pertencente ao Sr. Wilson Francisco Favero, localizada na comunidade de
Linha Caroba, município de Planalto Alegre, Oeste de Santa Catarina, com
coordenadas geográficas de latitude de 27º04'13" S e longitude 52º51'56" W,
estando a uma altitude de 495 m (ilustração 02).
Fonte: Favero; 2009
Ilustração 02: Vista geral do experimento. (Planalto Alegre, SC – 16/09/2009).
3.2 Clima
30
O clima na região é do tipo Cfa na classificação de Koeppen, isto é, clima
mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 18°C (MOTA et
al, 1970) (Anexo 2).
3.3 Solo e Preparo
Segundo Epagri (1996), na propriedade encontram-se solos com alta
capacidade de troca.
O sistema de cultivo do solo utilizado no experimento foi cultivo em faixas.
Neste sistema foi realizada a lavração na linha onde foi incorporada a adubação e
realizada as covas de plantio.
3.4 Cultivar utilizada
A cultivar utilizada foi a Híbrida Top Gun, seu ciclo é em torno de 70 a 80
dias. Seu formato é redondo, sua cor é verde escura com listras, sua polpa é
vermelha com sabor atraente e seu peso médio é de 11 a 14 Kg. É precoce, sua
semente é grande, produtiva e uniforme, com excelente sabor e aceitação no
mercado (EMBRAPA, 2001).
3.5 Materiais Utilizados
- bandejas (128 plantas/células cada);
- substrato (1 saco para 50 bandejas)
- sementes Top Gun;
- lona para a estufa (1,80m de largura por 12m de comprimento);
-aveia preta (Avena strigosa Schreb)
31
3.6 Tratos culturais
Primeiramente foi realizado o enchimento das bandejas com substrato,
após semeou-se a semente, sendo uma por célula da bandeja, até completar 80
sementes. Após o enchimento das bandejas foi deixado às bandejas,as mesmas
foram empilhadas e cobertas com sacos plásticos por cinco dias até que ocorrese uma germinação mais uniforme. Depois a germinação das sementes, as
bandejas foram transferidas para a estufa revestida de lonas transparentes para
maior radiação solar por 30 dias até as plântulas formarem raízes e adquirirem
condições favoráveis para serem transplantadas ao solo.
O experimento foi implantado em 15 setembro de 2009 como culturas
subseqüente aveia em todo o solo, para a cobertura verde. Após oitenta dias da
semeadura da aveia, a mesma foi dessecada com secante a base de Gliphosate
(2500 ml ha), e abertos sulcos com o escarificador a uma profundidade de 40 cm
e uma distância de dois metros e meio cada cova. Foi distribuído o adubo
conforme a análise do solo recomendada, onde foram abertos os sulcos e
misturado para que ocorre-se uma boa homogeneização de no mínimo quinze
dias antes do transplante. Os adubos utilizados no experimento foram: adubo
orgânico, adubo sintético, adubo sintético – orgânico, adubo orgânico-adubo
sintético-adubo foliar(cálcio e boro) e testemunha negativa (sem adubação).
Após os quinze dias que passaram, foi feito o transplante das mudas.
32
3.6.1 Croqui do experimento
PARCELA 2
PARCELA 1
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T6
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T5
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T4
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T3
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T2
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
T1
TRATAMENTOS
T6
T1
T1
T1
T1
Ilustração 03: Croqui explicativo do experimento. (Planalto Alegre, SC -20/04/2010)
T1
33
T1: Testemunha negativa (Sem adubação)
T2: Adubo orgânico (Peru), 9.000 kg ha, este distribuído em uma (01) aplicação.
T3: Adubo orgânico (Peru), 9.000 kg ha mais adubo foliar, distribuído em três (03)
aplicações.
T4: Adubo orgânico (Peru), 4.500 kg ha mais adubo sintético 25 g/cova formula 525-25, estes distribuídos em três (03) aplicações.
T5: adubo sintético 50 g/cova formula 5-25-25, estes distribuídos em três (03)
aplicações.
T6: Adubo orgânico (Peru) 9.000 kg ha mais adubo sintético 150 g/cova formula
5-25-25 mais adubo foliar, estes distribuídos em três (03) aplicações
3.6.2 Manejo da Adubação
A adubação referente aos tratamentos procedeu da seguinte forma:
T1 (tratamento um) testemunha negativa (-) foi conduzida sem adubação.
T2 (tratamento dois) adubo orgânico, cama de aviário (adubo de peru 3
lotes), equivalente a 9.000 kg por ha, sendo este distribuído15 dias antes do
plantio em toda a parcela.
T3 (tratamento três) adubo orgânico, cama de aviário (adubo de peru 3
lotes), mais adubo foliar (cálcio e boro), adubo orgânico equivalente a 9.000 kg
por ha, sendo este dividido em 3 aplicações, primeira aplicação: 50% este
aplicado 09 (nove) dias após o transplante das mudas; segunda aplicação 25%
este realizado 42 dias após o transplante; terceira adubação 25% realizada 67
dias após o transplante, sendo esta realizada em duas aplicações: a primeira
realizada quarenta e dois (42) dias após o transplante das mudas e a segunda
realizada oito (50) dias após o transplante.
34
T4 (tratamento quatro) adubo sintético 25 gramas formula 5-25-25 mais
adubo orgânico 4.500 kg hectare; estes distribuídos em três doses; primeira
aplicação: 12,5 gramas de adubo sintético e 22,50 gramas de adubo orgânico
este aplicado 09 (nove) dias após o transplante das mudas; segunda aplicação,
6,0 gramas de adubo sintético e 11,25 gramas de adubo orgânico estes
realizados 42 dias após o transplante; terceira adubação 6,5 gramas de adubo
sintético e 11,25 gramas de adubo orgânico, estes realizados 67 dias após a
segunda adubação.
T5 (tratamento cinco) adubo sintético na fórmula 5-25-25, foi aplicado 50
gramas cova, sendo distribuída em três doses, na primeira aplicação foi 25
gramas aplicado 09 (nove) dias após o transplante das mudas; já a segunda
aplicação 12,5 gramas realizada 42 dias após o transplante e a terceira aplicação
12,5 esta realizada 67 dias após o transplante.
T6 (tratamento seis) adubo sintético mais orgânico mais Ca e B, sendo o
adubo orgânico utilizado 9.000 Kg ha e aplicado 15 dias antes do transplante das
mudas em toda a parcela. Adubação sintética 150 gramas na formula 5-25-25, foi
distribuída em três doses; na primeira aplicação 50 gramas aplicada 09 (nove)
dias após o transplante das mudas; a segunda aplicação 25 gramas aplicada 42
dias após o transplante e a terceira adubação 75 gramas aplicada na floração da
melancia. O Ca e B foi realizado duas pulverização a cada 8 dias as mesmas
realizadas na floração. Todas as adubações foram realizadas com uma máquina
manual (saraquá).
35
3.6.4 Variáveis Respostas do Experimento
Sabe-se que no Brasil a preferência é pelos frutos graúdos, com peso
superior a 7 kg (frutos padrão), pois são os que conseguem melhor cotação no
mercado (EMBRAPA, 2001).
3.6.4.1Comprimento
A medida do comprimento dos frutos foi realizada nos dias quatorze, vinte
três e vinte e oito de dezembro dois mil e nove, e dias três e seis de janeiro de
dois mil e dez. Foi realizada manualmente com uma trena medindo-as e
marcando em uma planilha, cada data de medida é referente aos dias de colheita
dos tratamentos (Ilustração 04).
Fonte: Favero; 2009
Ilustração 04 Vista da medição do comprimento dos frutos (Planalto Alegre, SC 26/01/2010).
3.6.4.2 Largura
36
A medida da largura dos frutos foi realizada nos dias quatorze, vinte três e
vinte e oito de dezembro dois mil e nove, e dias três e seis de janeiro de dois mil e
dez. Foi realizada manualmente com uma trena medindo-as e marcando em uma
planilha, cada data de medida é referente aos dias de colheita dos tratamentos
(Ilustração 05).
Fonte: Favero; 2009
Ilustração 05 Vista da medição da largura dos frutos (Planalto Alegre, SC
06/01/2010).
3.6.4.3 Peso
A pesagem dos frutos foi realizada nos dias quatorze, vinte três e vinte e
oito de dezembro dois mil e nove, e dias três e seis de janeiro de dois mil e dez.
Foi realizada manualmente com uma balança pesando-as e marcando em um
planilha, cada data de pesagem é referente aos dias de colheita dos tratamentos
(Ilustração 06).
37
Fonte: Favero; 2009
Ilustração 06 Vista da pesagem dos frutos (Planalto Alegre, SC - 26/01/2010).
3.6.4.4 Quantidade
A contagem dos frutos por planta e parcela foi realizada nos dias
quatorze, vinte três e vinte e oito de dezembro dois mil e nove, e dias três e seis
de janeiro de dois mil e dez. As frutas foram contadas e marcadas em uma
planilha, cada data da contagem é referente aos dias de colheita dos tratamentos.
3.6.4.5 Rendimento
O rendimento dos frutos foi realizado após a colheita (dez de janeiro de
dois mil e dez) dos mesmos, somando todos os frutos de cada parcela e obtendo
os resultados.
3.6.4.6 Número de frutos
38
A contagem da quantidade dos números de frutos por planta e parcela foi
realizada nos dias quatorze, vinte três e vinte e oito de dezembro dois mil e nove,
e dias três e seis de janeiro de dois mil e dez, onde foram contadas e marcadas
em uma planilha, cada data da contagem dos números de frutos é referente aos
dias de colheita dos tratamentos.
3.6.4.7 Análise econômica
A análise econômica dos custos de produção (Anexo 3) foi realizada
através de uma planilha, com os custos de produção: sementes, adubação, lona
plástica transparente, bandejas, substrato, hora máquina para o transporte da
produção, mão de obra e secante.
Após a obtenção dos resultados da produção foi feito comparações entre
as adubações e com o valor de mercado da melancia para identificarmos a
viabilidade de uma ou mais adubação.
Os resultados foram tabulados e expressos em valores absolutos,
transformados em unidades de medidas adequadas (Kg/ha, R$/ha, etc). Isto
deve-se ao fato do experimento estar disposto sem sorteio das parcelas.
39
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para melhor compreensão, os resultados foram discutidos em 13 itens
sendo estes: comprimento dos frutos padrão, largura dos frutos padrão, peso dos
frutos padrão, quantidade dos frutos padrão, comprimento dos frutos abaixo do
padrão, largura dos frutos abaixo do padrão, peso dos frutos abaixo do padrão,
quantidade dos frutos abaixo do padrão, média do comprimento, média da
largura, média do peso, rendimento e número de frutos.
4.1-DADOS DE PRODUÇÃO RELATIVOS AOS FRUTOS PADRÕES
4.1.1 Comprimento dos frutos
De acordo com os dados a ilustração 7, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável comprimento dos frutos
padrões.
40
30,25A
30
29,25A
29,5
Padrão (Cm)
Comprimento dos Frutos
30,5
28,75A
29
28,25A
28,5
28
29,25A
27,75A
27,5
27
26,5
4
5
1
2
3
6
Tratamentos
Ilustração 07 Comprimento dos Frutos Padrão (cm). (Planalto Alegre, SC - 04/06/2010).
4.1.2 Largura dos frutos:
De acordo com os dados da ilustração 8, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável largura dos frutos
padrões.
Ilustração 08 Largura dos Frutos Padrão (cm). (Planalto Alegre, SC - 04/06/2010).
Os dados referentes a comprimento e largura dos frutos padrões, sugerem
a busca pela planta no formato característico da variedade.
4.1.3 Peso dos frutos
41
De acordo com os dados da ilustração 9, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável peso dos frutos
padrões.
Ilustração 09 Peso dos Frutos Padrão (kg/fruta). (Planalto Alegre, SC - 04/06/2010).
Quanto ao peso dos frutos, observa-se que também tem pouca diferença
quando submetidos a diferentes fontes, quantidades e formas de aplicação de
nutrientes, podendo indicar que os frutos acima de 7 kg estão próximos do
potencial produtivo máximo de peso da planta. Pode indicar também, que a planta
orienta a quantidade de nutrientes que absorve para atingir o potencial de
produção nas frutas que se desenvolveram.
4.1.4 Quantidade dos frutos padrão por planta
De acordo com os dados da ilustração 10, observa-se que houve diferença
entre os diferentes tratamentos, para a variável quantidade dos frutos padrão.
42
Verifica-se que o tratamento T1 (sem adubação) apresentou menor
quantidade de frutos padrão que o tratamento T6 (adubo sintético mais orgânico
mais foliar). Também verificou-se que o T2 (adubo orgânico), T3 (adubo orgânico
mais foliar), T4 (adubo sintético mais orgânico) e T5 (adubo sintético) ficaram em
uma faixa intermediária.
Ilustração 10 Quantidade dos Frutos Padrão (número/parcela). (Planalto
Alegre, SC - 04/06/2010).
A combinação de diferentes “fontes”, formas de aplicação e quantidades de
nutrientes têm mais probabilidade de suprir deficiência da planta para atingir o
potencial produtivo. Isto está de acordo com o verificado pelos estudos de
Carvalho (1988) e da Epagri (1996).
A maior quantidade de nutrientes responde em maior quantidade de frutos,
com igual tamanho (formato) e peso. Portanto, a maior produtividade se dá devido
a maior quantidade de frutos, visto que o formato é semelhante e obedece a um
ciclo fisiológico.
4.2 Dados relativos aos frutos abaixo do padrão
43
4.2.1 Comprimento dos frutos:
De acordo com os dados da ilustração 11, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável comprimento dos frutos
abaixo do padrão.
Ilustração 11 Comprimento dos Frutos Abaixo do Padrão (cm). (Planalto
Alegre, SC - 04/06/2010).
4.2.2 Largura dos frutos:
De acordo com os dados da ilustração 12, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável largura dos frutos
abaixo do padrão.
44
Ilustração12 Largura dos Frutos Abaixo do Padrão (cm). (Planalto Alegre, SC 04/06/2010).
Os dados referentes a comprimento e largura dos frutos padrões, sugerem
a busca pela planta no formato característico da variedade.
4.2.3 Peso dos frutos:
De acordo com os dados da ilustração 13, observa-se que houve pouca
diferença entre os diferentes tratamentos, para a variável peso dos frutos abaixo
do padrão.
Ilustração 13 Peso dos Frutos Abaixo do Padrão (kg/fruta). (Planalto Alegre, SC 04/06/2010).
45
4.2.4 Quantidade dos frutos
De acordo com os dados da ilustração 14, observa-se que houve diferença
entre os diferentes tratamentos, para a variável quantidade dos frutos abaixo do
padrão. Esta diferença é mais que o dobro entre o tratamento com menor número
de frutos e o maior número de frutos.
Verifica-se que o tratamento T5 (adubo sintético) apresentou maior
quantidade de frutos abaixo do padrão (7), enquanto que o tratamento T3 (adubo
orgânico mais foliar) apresentou menor quantidade de frutos abaixo do padrão (3).
Os tratamentos T1 (sem adubação), T2 (adubo orgânico), T4 (adubo sintético
mais orgânico) e T6 (adubo sintético mais orgânico mais foliar), ficaram em uma
faixa intermediária.
Ilustração 14 Quantidade dos Frutos Abaixo do Padrão (número
frutos/parcela). (Planalto Alegre, SC - 04/06/2010).
A adubação sintética (T5), proveniente de apenas uma fonte, menor
quantidade e uma única forma de aplicação, obteve maior quantidade de frutos
abaixo padrão (abaixo de 7 kg). Isto está de acordo com o verificado pelos
estudos de Carvalho (1988) e da Epagri (1996).
46
Por outro lado, a adubação sintética produziu menor quantidade de frutos
padrões (acima de 7 kg), quando comparados com o T6 (diferentes fontes e
quantidade de adubação). Isto demonstra uma tendência lógica da espécie em
buscar frutos próximos do mesmo formato e de acordo com o aumento das
quantidades de adubação, diferentes fontes e formas de aplicação aumentam o
número de frutos por planta.
4.3-RENDIMENTO TOTAL
4.3.1 Números de frutos
De acordo com os dados da ilustração 15, observa-se que houve grande
diferença entre os diferentes tratamentos para a variável numero de frutos,
representando o dobro do número de frutos do menor para o maior.
Verifica-se que o tratamento T5 (adubo sintético) apresentou maior
quantidade de números de frutos (23) que o tratamento T1 (sem adubação) (14) e
menor quantidade que o T6 (adubo sintético mais orgânico mais foliar) (28).
Também verificou-se que o T6 (adubo sintético mais orgânico mais foliar)
apresentou maior quantidade de números de frutos que os demais tratamentos,
enquanto que o tratamento T3 (adubo orgânico mais foliar), T2 (adubo orgânico),
T4 (adubo sintético mais orgânico) e T5 (adubo sintético) ficaram em uma faixa
intermediária.
47
Ilustração 15 Número de Frutos Total (número frutas/parcela). (Planalto Alegre, SC
- 04/06/2010).
A maior quantidade de adubação resultou em maior quantidade de frutos
totais, seguindo uma característica da variedade.
4.3.2 Rendimento
De acordo com os dados da ilustração 16, observa-se que houve diferença
entre os diferentes tratamentos, para a variável rendimento. Verifica-se que o
tratamento T4 (adubo sintético mais orgânico) apresentou maior quantidade de
rendimento que o tratamento T1 (sem adubação) e igual quantidade que o T6
(adubo sintético mais orgânico mais foliar).
Também verificou-se que o tratamento T6 (adubo sintético mais orgânico
mais foliar) apresentou maior quantidade de rendimento que T1 (sem adubação),
T2 (adubo orgânico), T3 (adubo orgânico mais foliar) e T5 (adubo sintético).
Enquanto que o T3 (adubo orgânico mais foliar), T2 (adubo orgânico), T5 (adubo
sintético) e o T4 (adubo sintético mais orgânico) não apresentaram diferença
entre eles.
48
Ilustração 16 Rendimento de frutos (kg de frutas /parcela). (Planalto Alegre, SC 04/06/2010).
O rendimento dos frutos é uma conseqüência da combinação entre a
quantidade de frutos e seu peso, observado melhores resultados onde houve
maior quantidade de nutrientes, aplicados de diferentes formas e provenientes de
diferentes fontes. Os tratamentos que foram aplicados estas combinações,
incluindo a adubação orgânica houve maior rendimento sobre os tratamentos com
menores quantidades ou apenas uma fonte. Isto explica que estes fatores
puderam superar melhor a demanda por nutrientes e estão de acordo com o
verificado por Carvalho (1988) e da Epagri (1996).
Quanto aos rendimentos por hectare, verifica-se que o tratamento sem
adubação produziu 36,32 t/ha, enquanto que a melhor combinação de adubação
produziu 86 t/ha. Observa-se uma diferença de 49,68 t/ha.
4.4 ANALISE DE CUSTOS VARIÉVEIS
49
De modo a verificar a melhor combinação econômica das adubações,
elaborou-se o custo variável. De acordo com a tabela 1, verifica-se que a melhor
combinação resposta econômica ocorreu no T6 (adubo sintético, mais adubo
orgânico, mais adubação foliar). Os menores resultados econômicos aconteceram
nos tratamentos T1 (sem adubação) e no T3 (adubação orgânica, mais adubação
foliar). Para os tratamentos T2 (adubação orgânica), T4 (adubação orgânica, mais
sintética) e T5 (adubação sintética) tiveram desempenho intermediário.
Tabela 1: Renda líquida da cultura da melancia (R$/parcela). (Planalto Alegre,
SC-10/O6/ 2010).
Item
Custos variáveis
Mão de obra
Adubo orgânico
Fungicidas
Inseticidas
Adubo Sintetico
Adubo Foliar
Horas trator
Total
Produção
Frutos padrão
Fruto Abaixo do padão
Total
Preço de venda - Padrão
Preço de venda - Abaixo
do Padrão
Renda Bruta Total
und
T1
T2
T3
T4
T5
T6
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
35
0
2,81
1,09
0
0
37,5
76,4
52,5
5,63
2,81
1,09
0
0
37,5
99,53
70
5,63
2,81
1,09
0
0,18
37,5
117,21
70
2,81
2,81
1,09
1,08
0
37,5
115,29
35
0
2,81
1,09
2,16
0
37,5
78,56
87,5
5,63
2,81
1,09
6,48
0,18
41,66
145,35
kg
kg
kg
R$
378,5
87
465,5
0,35
600,5
118
718,5
0,35
560
57
617
0,35
743
74
817
0,35
588
143
731
0,35
1445
81
1526
0,35
R$
R$
0,16
146,40
0,16
229,06
0,16
205,12
0,16
271,89
0,16
228,68
0,16
518,71
Renda Líquida Total
Renda Líquida por ha
R$
R$
156,60
150,12
12.528 12.009,60
373,36
29.869,00
70,00
129,53
87,91
5.600,00 10.362,40 7.032,80
Conforme verificado, a maior produtividade por área, obtida no T6
(combinação de diferentes adubos, formas de aplicação e fontes) resultou em
melhor desempenho econômico. Isto significa que a quantidade de insumos
adubos aplicados obteve um custo benefício melhor que os demais tratamentos.
50
5 CONCLUSÃO
Nas condições em que o experimento foi conduzido, os resultados obtidos
permitem concluir que:
O processo de adubação com maior quantidade de adubo utilizado, T6
(9,000 kg de adubo orgânico, 150 gramas de adubo sintético formula 5-25-25 e
adubo foliar Cálcio e Boro 2 ml por litro de água), apresentou melhor resposta
(29.869,00 R$ por ha) em relação aos demais tratamentos, devido às quantidades
e combinações dos mesmos.
As combinações de adubação para as variáveis comprimento do fruto
padrão, largura do fruto padrão e peso do fruto padrão apresentaram pouca
diferença.
As combinações de adubação utilizada para a variável quantidade de frutos
padrão obteve diferença entre os tratamentos, enquanto que não teve diferença
no formato e peso dos frutos. O tratamento T6 (9000 kg de adubo peru 3 lotes,
150g adubo sintético formula 5-25-25 e três aplicações de cálcio e boro) que
obteve uma renda líquida de 29.869,00 R$ por ha, já o menor tratamento T1 (sem
adubação) obteve uma renda liquida de 5.600,00 R$ por ha.
A maior produtividade por área, obtida no T6 (combinação de diferentes
adubos, formas de aplicação e fontes) resultou em melhor desempenho
econômico, com uma diferença de 24.269,00 R$ por ha. Isto significa que a
51
quantidade de insumos (fertilizantes) aplicados obteve um custo benefício melhor
que os demais tratamentos.
52
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS:
As combinações de adubações na cultura da melancia requerem mais
estudos, no que diz respeito à análise econômica dos custos, pois os mesmos
teriam que ser mais discutidos economicamente.
A avaliação das diferentes formas de adubação merece mais atenção, no
que diz respeito às diversas formas de plantio da cultura da melancia.
Fica a sugestão abaixo de um organograma para levantamento de custo e
renda por ha antes do plantio, sendo assim observar a viabilidade econômica de
uma ou mais combinações de adubação.
53
Organograma
ítem
Custos variáveis
Mão de obra
Adubo organico
Fungicidas
Inseticidas
Adubo Sintetico
Adubo Foliar
Horas trator
Total
Produção
Frutos padrão
Fruto Abaixo do padão
Renda Bruta Total
Renda Líquida Total
T1
Qtidade Preço Total
0
0
0
0
0
0
0
T2
T3
T4
T5
T6
Qtidade Preço Total Qtidade Preço Total Qtidade Preço Total Qtidade Preço Total Qtidade Preço Total
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Combinações
T1: Testemunha negativa (Sem adubação)
T2: Adubo orgânico (Peru), 9.000 kg há, este distribuído em uma (01) aplicação.
T3: Adubo orgânico (Peru), 9.000 kg ha mais adubo foliar, distribuído em três (03) aplicações
T4: Adubo orgânico (Peru), 4.500 kg há mais adubo sintético 25 g/cova formula 5-25-25, estes distribuídos em três (03) aplicações.
T5: adubo sintético 50 g/cova formula 5-25-25, estes distribuídos em três (03) aplicações.
T6: Adubo orgânico (Peru) 9.000 kg ha mais adubo sintético 150 g/cova formula 5-25-25 mais adubo foliar, estes distribuídos em três (03) aplicações.
54
REFERÊNCIAS
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RIBEIRO, V. Q. ; SAMPAIO, D. B. Revista Bras. Eng. Agric. Ambiental.
Campinas Grande, n. 4, p. 836-841, abril- agosto. 2006.
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CARVALHO. N. M. Produção de sementes de melancia. Ex 1. Jaboticabal. São
Paulo: 1988. p.30.
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em função de fontes e doses de potássio. Revista Cienc. Agrotec. Lauras, n. 3,
p. 561-569, maio-jun. 2004.
COSTA, N. D. o cultivo da melancia, p. 15, 2006.
COSTA, C.P.da; PINTO, C. A. B. P. Melhoramento da melancia. In:. PINTO,
C.A.B. Melhoramento de hortaliças: revisão. Piracicaba: ESALQ, 1997.v. 2. p.
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DOMINGOS, P. F. Almeida. Faculdade de Ciências. Universidade do Porto,
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GOMES, P. Fruticultura Brasileira. 11. ed. São Paulo: Nobel, 1976. 44 p.
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Agroclínico do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre; Ministério da
Agricultura Departamento Nacional de Pesquisa Agropecuária do Sul, v. 1, 1970.
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55
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SCHALLENBERGER, E.; Normas técnicas para a cultura da melancia em
Santa Catarina. 1 revisão. Florianópolis: Epagri, 1996. 35p.
QUEIRÓZ, M. A de. Cucurbitáceas no semi-árido do Nordeste Brasileiro: resgate,
conservação e uso. In: ENCONTRO SOBRE TEMAS DE GENÉTICA E
MELHORAMENTO, 15, 1998, Piracicaba, SP. Anais...Piracicaba: USP/ESALQ,
1998, p. 1-12.
56
ANEXOS
57
Anexo 1- Análise do solo
58
Anexo 2 - Temperatura (ºC) e Umidade Relativa do Ar (%) média referente aos
meses de realização do experimento.
Meses
Temperatura ºC
UR%
Ago/2009
17,5
73,0
Set/2009
16,7
83,0
Out/2009
20,4
75,7
NOV/09
23,7
76,9
DEZ/09
24,01
73,1
JAN/10
24,3
77,5
Fonte: EPAGRI/CEPAF
59
Anexo 3 - Custo variável de produção por parcela
Custo variavel de produção por parcela
Unidade
Mão de obra
Adubo organico
Fungicidas
Inseticidas
Adubo Sintetico
Adubo Foliar
Horas trator
Total cultos variavel por parcela
Valor
0
0
0
0
0
0
0
T1
0
0
0
0
0
0
0
T2
35
0
2,81
1,09
0
0
37,5
76,4
T3
52,5
5,63
2,81
1,09
0
0
37,5
99,53
T4
70
5,63
2,81
1,09
0
0,18
37,5
117,21
T5
70
2,81
2,81
1,09
1,08
0
37,5
115,29
T6
35
0
2,81
1,09
2,16
0
37,5
78,56
87,5
5,63
2,81
1,09
6,48
0,18
41,66
145,35
60
Anexo 4- Memorial de Cálculos
Fungicidas:
Derosal- custa 26R$ Litro
30ml para 20 litros
6ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
1000ml ---30ml
----
26R$
x
X = 0,78 R$ para 20 litros
30ml ------- 0,78
6ml ------- x X = 0,15 R$
para 4 litros
Fólicur -Custa 63,50 R$ ao litro
20ml Para 20 litros de água.
4ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
1000ml ---------- 63,50 R$
20ml ----------x
X = 1,27 R$ para 20 litros
20ml ----- 1,27
4ml ----- x
X= 0,25 R$
para 4 litros
Amistar - Custa 50,00 R$ ao litro
4grama Para 20 litros de água.
4ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
100gramas -------- 50,00R$
4 gramas -------- x X = 2,00 R$ para 20 litros
4grama ----- 2.00 R$
0,8gramas ----- x X= 0,40 R$
para 4 litros
40grama Para 20 litros de água.
Cerconil -Custa 60,00 R$ ao kg
8grama para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
100gramas ------- 60,00R$
40grama ------- 2.04 R$
40 gramas --------x X = 2,04R$ para 20 litros 8gramas --------- x X= 0,48 R$
para 4 litros
Inseticida:
Tamarão - custa 19R$ Litro
25ml para 20 litros
5ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
1000ml ---25ml ----
19R$
x
X = 0,47 R$ para 20 litros
25ml ------- 0,47 R$
5ml ------- x X = 0,094 R$
para 4 litros
Karate- custa 15R$ 250ml
20ml para 20 litros
4ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
250ml ---------15R$
20ml -------- x
X = 1,2 R$ para 20 litros
20ml ------- 1,2 R$
4ml ------- x X = 0,24 R$
para 4 litros
20ml para 20 litros
Decis- custa 13 R$ 250ml
4ml para 4 litros de Água, cada aplicação por tratamento.
61
250ml ---------13R$
20ml -------- x
X = 1,04 R$ para 20 litros
20ml ------- 1,04 R$
4ml ------ x X = 0,20 R$
para 4 litros
Numero de plantas por parcela, quantidades e custo de adubo organico.
1 planta ----- 6,25 m2
20 planta ------ x X = 125m2 por tratamento
10.000m2--------9000kg de adubo
1 25m2-------- x X = 112,5 kg
1,000Kg------- 50R$
9,000Kg------- x X= 450,00R$por hectare
1000Kg------- 50R$
112,5Kg------- x
X= 5,63
R$ por hectare
Cálculos de adubos por tratamento
Adubo Orgânico (peru) 9,000 Kg por hectare. 1 aplicação 15 dias antes do
transplante das mudas.
10,000m2 -----9,000 kg
125m2 ------- x
X= 112,5 kg por parcela.
1000Kg---------50R$
12,5Kg--------- x X=5,6 R$
por parcela
Adubo Orgânico (peru) 9,000 Kg por hectare este dividido em 3 aplicação +
adubo foliar 3 aplicação .
Adubo orgânico
10,000m2 ----- 9,000 kg
125m2 ----- x
X= 112,5 kg por parcela.
112,5Kg % 3 = 37.7 kg
cada aplicação.
1000Kg ---------50R$
12,5Kg --------- x X=5,6 R$ por parcela
Adubo foliar + Cálcio + boro
100ml------15R$
80ml------ x X= 1,20 para 20 litros
80ml--------- 1,20
20ml--------- x
X= 0,30R$ cada tratamento
Adubo Orgânico (peru) 4500 Kg por hectare + Adubo sintético 25 gramas
cova, Formula 5-25-25, Estes divididos em 3 aplicação.
Adubo sintético
25gramas x 20 Covas = 500gramas % 3 aplicação = 166,7 gramas por Cova.
1000gramas -------2,16R$
500gramas ------- x
X= 1,08 R$ por parcela.
62
Adubo orgânico
10,000m2 -----4500kg
125m2
-----x
X= 56,25Kg por parcela.
.
1000Kg---------50R$ 18.75 Kg de adubo peru por aplicação.
56,25Kg--------x X=2,81R$ por parcela.
Adubo sintético 50 gramas cova, Formula 5-25-25, Este dividido em 3
aplicação.
50 gramas x 20 covas = 1000gramas.
2,16R$.
1000gramas % 3aplicação = 333,33Kg
por cova cada aplicação
1000gramas = 2,16R$ ou 1 Kg =
333,33Kg % 20 covas = 16,67 gramas
Adubo Orgânico (peru) 9000 Kg por hectare + Adubo sintético 150 gramas
cova, Formula 5-25-25, Estes divididos em 3 aplicação, + calcio e borro.
Adubo orgânico
10,000 m2 -----9,000 kg
125 m2
------- x
X= 112,5 kg por parcela.
112,5 Kg % 3 = 37.7 kg Cada aplicação.
Adubo sintético
150 gramas x 20 Covas = 3000 gramas
1000 gramas-------2,16R$
3000 gramas-------- x
X= 6,48 R$ por parcela.
Adubo foliar (cálcio e boro)
1000ml-----------15R$
80ml----------- x X= 1,2R$ para 20 litos
80ml-------- 1,2 R$
4ml------- x X=0,046R$
X = 0,046R$ para 4 litros
63
Anexo 5 Produção em toneladas por parcela
Produção em toneladas por parcela
Frutos padrão
Fruto Abaixo do padão
Total de toneladas por parcela
T1
378,5
87
465,5
T2
600,5
118
718,5
T3
560
57
617
T4
743
74
817
T5
588
143
731
T6
1445
81
1526
64
Anexo 6 Renda liquida
Renda Liquida R$
Receita
Fruto padrão
Fruto abaixo do
padrão
Total
valor
kg
T1
131,71
kg
R$
Custo de produção
variavel
R$
Renda liquida por há R$
T2
206,45
T3
193,96
T4
258,22
T5
220,42
T6
361,66
13,92
145,63
18,88
225,33
9,12
203,08
11,84
270,06
22,8
243,22
12,96
374,62
76,4
5.600,00
99,53
10.362,40
117,21
7.032,80
115,29
78,56
145,35
12.528 12.009,60 29.869,00
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