www.arquivosonline.com.br Resumo Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 6, Supl.1, Dezembro 2016 das Comunicações XIII CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC CURITIBA - PR www.arquivosonline.com.br REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948 Diretor Científico Raul Dias dos Santos Filho Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Cardiologia Pediátrica/ Congênitas Antonio Augusto Lopes Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos Conselho Editorial Brasil Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP) Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP) Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA) Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Marcus Vinícius Bolívar Malachias (MG) Maria da Consolação V. Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP) Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Sociedade Brasileira de Cardiologia Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira SBC/CE – Sandro Salgueiro Rodrigues Governador do Capítulo Brasil do ACC Roberto Kalil Filho SBC/DF – José Roberto de Mello Barreto Filho Coordenadorias Adjuntas SBC/GO – Aguinaldo Figueiredo Freitas Jr. Diretora Financeira Gláucia Maria Moraes Oliveira Coordenador de Relações Internacionais David de Pádua Brasil SBC/MA – Márcio Mesquita Barbosa Diretor Administrativo Denilson Campos de Albuquerque Coordenador da Universidade Corporativa Gilson Soares Feitosa Filho SBC/MS – Delcio Gonçalves da Silva Junior Diretor de Relações Governamentais Renault Mattos Ribeiro Júnior Coordenador de Diretrizes e Normatizações José Francisco Kerr Saraiva SBC/MT – Max Wagner de Lima Diretor de Tecnologia da Informação Osni Moreira Filho Coordenador de Registros Cardiovasculares Otávio Rizzi Coelho SBC/PA – Sônia Conde Cristino Coordenador de Valorização Profissional Carlos Japhet da Matta Albuquerque SBC/PB – Miguel Pereira Ribeiro Presidente Marcus Vinícius Bolívar Malachias Vice-Presidente Eduardo Nagib Gaui Diretor Científico Raul Dias dos Santos Filho Diretor de Comunicação Celso Amodeo Diretor de Pesquisa Leandro Ioshpe Zimerman Diretor de Qualidade Assistencial Walter José Gomes Diretor de Departamentos Especializados João David de Sousa Neto Diretor de Relacionamento com Estaduais e Regionais José Luis Aziz Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza Ouvidor Geral Lázaro Fernandes de Miranda SBC/CO – Danilo Oliveira de Arruda SBC/ES – Bruno Moulin Machado SBC/MG – José Carlos da Costa Zanon SBC/NNE – Claudine Maria Alves Feio SBC/PE – Paulo Sérgio Rodrigues Oliveira Coordenador de Novos Projetos Fernando Augusto Alves da Costa SBC/PI – Wildson de Castro Gonçalves Filho Coordenadores de Educação Continuada Marcelo Westerlund Montera e Rui Manuel dos Santos Póvoa SBC/RJ (SOCERJ) – Ricardo Mourilhe Rocha Conselho de Planejamento Estratégico Andrea Araújo Brandão, Ari Timeman, Dalton Bertolin Precoma, Fábio Biscegli Jatene SBC/RO (SOCERON) – João Roberto Gemelli Editoria do Jornal SBC Carlos Eduardo Suaide Silva SBC/PR – Gerson Luiz Bredt Júnior SBC/RN – Maria de Fátima Azevedo SBC/RS (SOCERGS) – Gustavo Glotz de Lima SBC/SC – Maria Emilia Lueneberg SBC/SE – Sergio Costa Tavares Filho Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL – Pedro Ferreira de Albuquerque SBC/SP (SOCESP) – Ibraim Masciarelli Francisco Pinto SBC/BA – Nivaldo Menezes Filgueiras Filho SBC/TO – Andrés Gustavo Sánchez Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos SBC/DA – André Arpad Faludi SBCCV – Fabio Biscegli Jatene GECO – Roberto Kalil Filho SBC/DCC – José Carlos Nicolau SBHCI – Marcelo José de Carvalho Cantarelli GEECABE – José Antônio Marin Neto SBC/DCC/CP – Maria Angélica Binotto SOBRAC – Denise Tessariol Hachul GEECG – Nelson Samesima SBC/DCM – Elizabeth Regina Giunco Alexandre GAPO – Bruno Caramelli GEICPED – Estela Azeka SBC/DECAGE – José Maria Peixoto GECC – Mauricio Wajngarten GEMCA – Álvaro Avezum Junior SBC/DEIC – Luis Eduardo Paim Rohde GECESP – Daniel Jogaib Daher GEMIC – Felix Jose Alvarez Ramires SBC/DERC – Salvador Manoel Serra GECETI – Gilson Soares Feitosa Filho GERCPM – Tales de Carvalho SBC/DFCVR – João Jackson Duarte GECHOSP – Evandro Tinoco Mesquita GERTC – Marcello Zapparoli SBC/DHA – Eduardo Costa Duarte Barbosa GECIP – Gisela Martina Bohns Meyer GETAC – João David de Souza Neto SBC/DIC – Samira Saady Morhy GECN – Andréa Maria Gomes Marinho Falcão GEVAL – Luiz Francisco Cardoso Arquivos Brasileiros de Cardiologia Volume 107, Nº 6, Supl.1, Dezembro 2016 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed Av. Marechal Câmara, 160 - 3º andar - Sala 330 20020-907 • Centro • Rio de Janeiro, RJ • Brasil Tel.: (21) 3478-2700 E-mail: [email protected] www.arquivosonline.com.br SciELO: www.scielo.br Departamento Comercial Telefone: (11) 3411-5500 e-mail: [email protected] Produção Gráfica e Diagramação deste suplemento: DCA Consulting & Events Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Publicações Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC. Material de distribuição exclusiva à classe médica. 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Resumo das Comunicações XIII CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC CURITIBA - PR TEMAS LIVRES - 27/10/2016 APRESENTAÇÃO MELHORES TEMAS LIVRES 46888 46916 Avaliação ecocardiográfica de pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica com e sem hipertensão arterial associada Comparação de valores pressóricos de medidas padronizadas de médicos e enfermeiras THEREZA CRISTINA PEREIRA GIL, MARCIA BUENO CASTIER, ALYNE FREITAS PEREIRA GONDAR, ANA LUIZA FERREIRA SALES e RICARDO MOURILHE ROCHA LUIZ OTAVIO DA SILVA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, ARTHUR LACERDA MENDONCA, LUBIA ALVES DOS SANTOS, CECILIA SALAZAR ULACIA e THAYNA KAROLINA GOMES FERNANDES UERJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. Fundamento: O diagnóstico diferencial entre cardiopatia hipertensiva e cardiomiopatia hipertrófica ao ecocardiograma em geral não representa um problema. Mas muitos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica apresentam hipertensão arterial assiciada. Avaliar a magnitude dessa associação é fundamental em termos prognósticos. Objetivo: Comparar pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica com e sem hipertesão arterial sistêmica. Materiais: Foram avaliados 45 pacientes consecutivos, com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica confirmado por ressonância magnética, sendo 14 hipertensos, acompanhados ambulatorialmente no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Métodos: Realizado o ecocardiograma transtorácico bidimensional e tridimensional no equipamento da Philips iE.33 e avaliados os principais parâmetros relacionados ao diagnóstico diferencial destas doenças. Ao ecocardiograma bidimensional foram avaliadas a presença de obstrução no trato de saída do ventrículo esquerdo, a função diastólica pela média da relação E/e’ ao Doppler tecidual do anel mitral e a deformação miocárdica através do strain longitudinal global (SLG). O volume atrial esquerdo e a massa ventricular esquerda foram analisados ao ecocardiograma tridimensional. Utilizado o teste t para comparação entre as médias. Resultados: Não foi observada diferença significativa entre os grupos em relação ao sexo, idade e superfície coporal. A média das pressões sistólica e diastólica foi maior no grupo de pacientes hipertensos (p < 0,05). Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação à presença de obstrução no trato de saída do ventrículo esquerdo, função diastólica, massa ventricular esquerda e volume atrial esquerdo. O SLG apresentou médias menores no grupo de pacientes hipertensos (p = 0,03). Conclusão: Apesar das médias pressóricas terem sido maiores no grupo de pacientes hipertensos, não foi observada diferença significativa entre os grupos em relação à massa ventricular, volume atrial esquerdo e função diastólica, parâmetros diretamente influenciados pela presença de hipertensão arterial sistêmica. A média do SLG menor no grupo de hipertensos pode representar uma parâmetro de pior prognóstico neste grupo. São necessários estudos prospectivos para melhor avaliação. 46918 Clortalidona associada a amilorida reduz a pressão arterial sistólica central em hipertensos estágio 1 LETICIA APARECIDA BARUFI FERNANDES, ELIZABETH DO ESPIRITO SANTO CESTÁRIO, LUIZ TADEU GIOLLO JÚNIOR, LUCIANA N COSENSO MARTIN, JOSÉ FERNANDO VILELA MARTIN, HEITOR MORENO JR. e JUAN CARLOS YUGAR TOLEDO FAMERP, São José do Rio Preto, SP, BRASIL - UNICAMP, Campinas, SP, BRASIL. Fundamento: Estratégias de redução da PA com tratamento anti-hipertensivo utilizam como principal ferramenta de avaliação terapêutica, a medida da PA na artéria braquial. Entretanto, indivíduos que alcançaram a meta de redução da PA (braquial) com tratamento anti-hipertensivo após ajuste para fatores de risco continuam apresentando risco cardiovascular residual. Esse achado é atribuído à divergência de valores pressóricos entre aorta e artéria braquial. Evidências assinalam que a pressão sistólica central e o índice incremento (AI) são marcadores robustos de eventos cardiovasculares futuros. Todavia, 50-60% dos indivíduos em tratamento antihipertensivo alcançam a meta pressórica. No entanto, apesar da adequada redução da PA braquial, o resultado sobre desfechos clínicos mostrou diferença significante atribuída a efeitos pleiotrópicos dos anti-hipertensivos sobre as propriedades elásticas das grandes artérias (aorta), pressão sistólica central e a velocidade da onda de pulso. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento com diurético tiazídico (clortalidona associada a amilorida) versus losartana sobre a pressão sistólica central em pacientes hipertensos estágio 1. Amostra e Métodos: Foram selecionados 50 hipertensos estágio 1 do ambulatório de hipertensão arterial - FAMERP. 25 pacientes foram randomizados para o clortalidona/amilorida 25/5mg/dia e 25 pacientes receberam Losartana 50mg (2x/dia). A pressão sistólica central (PSC) e índice de incremento corrigido para 75bpm (AI 75) foram avaliados por tonometria de aplanação no início e após 6 meses de tratamento farmacológico. O teste t pareado foi utilizado para comparar o PAS, PAD, PAM, PP, PSC e AI 75 entre os grupos tiazídico e losartana antes e após seis meses de tratamento. Resultados: Reduções significativas na PSC (123.3±14.2 vs.113.4±111.4, P = 0,0103) e AI 75 (87.7±9.6 vs. 83.8± 8.9, P = 0,0289) foram observados após 6 meses de tratamento medicamentoso com clortalidona/ amilorida 25/5mg. A administração de losartana 50mg (2 x/dia) não reduziu a PSC e houve mudanças insignificantes na AI 75. Conclusão: Clortalidona/Amilorida e não Losartana - reduz a pressão sistólica central e o índice de incremento corrigido em adultos com hipertensão em estágio 1 após seis meses de tratamento. Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL. Fundamento: Ellis e cols. (1988) demonstraram diferença significativa entre valores pressóricos de medida de pressão arterial de enfermeiras e médicos. A imprecisão dos valores de PA de consultório associa-se ao efeito do avental branco e uma técnica de medida inadequada. Objetivo: Comparar valores pressóricos obtidos de medidas padronizadas de médicos e enfermeiras. Delineamento e Amostra: Estudo transversal em 173 pacientes hipertensos ou sob suspeita no ambulatório de hipertensão. Métodos: Foram avaliados os fatores de risco cardiovasculares. Medidas antropométricas foram obtidas: peso, altura e CA. A pressão arterial foi medida 3 vezes por um médico e 7 vezes por uma enfermeira. As medidas foram realizadas separadamente, em salas diferentes, em sequência aleatória e no mesmo dia e horário. Ambos realizaram medidas sequenciais da PA, com intervalo de 2 minutos entre cada aferição e de acordo com as recomendações da Diretriz Brasileira de Hipertensão. Foi utilizado o equipamento automático microlife-bp3btoa (ONBO ELETRONIC CO. SHENZHEN, CHINA) com manguito apropriado à circunferência do braço. A amostra foi analisada a partir de estatística descritiva, obtendo frequência absoluta e relativa dos seguintes parâmetros: idade, sexo, etnia, HAS em tratamento, DM, tabagismo, dislipidemia, IMC, CA. Foram calculadas a média pressórica das 3 medidas de PA realizadas pelo médico (MPAC 1-3) e pela enfermeira (MAPE 1-3) e da terceira a sétima medida feita pela enfermeira (MPAE 3-7). Para avaliar significância utilizamos a análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas. Resultados: A partir de análise descritiva da amostra obteve-se: idade média de 59 anos (22-88 anos), 112 (64,7%) mulheres, 101 (58,4%) brancos, 145 (85%) hipertensos tratados, 63 diabéticos (36,4%), 16 (9,2%) tabagistas, 120 (69,4%) com dislipidemia, 75 (43,4%) obesos e 128 (74%) com CA em risco. Na comparação dos resultados de valores médios de PA, houve diferenças significativas para todas as comparações de valores sistólicos (p < 0,0001) e para os valores diastólicos, exceto para comparação de MPAE1-3 e MPAE3-7. Os valores de MPAC 1-3 foram: 143± 20,32/89±13,07, MPAE 1-3: 138±21,08/85±15,19 e MPAE 3-7: 135±19,96/83±13,2. Conclusão: O estudo confirma os resultados anteriores, demonstrando que na comparação entre valores pressóricos de medidas de PA igualmente padronizadas de médicos e enfermeiros, os valores de medidas dos médicos são significativamente maiores que os das de enfermeiras. 46927 Comparação de indicadores de lesões de órgãos alvo em hipertensos com e sem idade em risco atendidos na Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal do Triângulo Mineiro CAMILA BORGES DE MELO, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, TIAGO BRITO BASTOS RIBEIRO, HELDER VINICIUS ANDRADE DE OLIVEIRA, NAIRA REZENDE MACIEL, ALINE CRISTINA BARBOSA SIQUEIRA, FABRICION REIS DE OLIVEIRA e MONISE FERNANDES DE CARVALHO Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL. Fundamento: Evidências mostram que idade, lesões de órgãos alvo (LOA) e aumento do risco CV podem relacionar-se à medida que envelhecimento normal associa-se com mudanças graduais da estrutura e função vascular, resultando em redução da complacência e aumento da rigidez arterial (EDWARD et al. 2002, LAURENT et al. 2006). Objetivo e Delineamento: Estudo transversal para comparar indicadores de LOA em pacientes com e sem idade em risco. Amostra: 140 pacientes hipertensos atendidos no ambulatório de hipertensão entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Métodos: Foram selecionados 140 pacientes que responderam a questionário de fatores de risco cardiovascular. O peso, a altura, a cintura abdominal (CA) e a pressão arterial (PA) foram medidos. Realizaram Análise da Onda de Pulso (AOP equipamento Mobil-0-Graph 24 PWA (IOM, Stolberg, Alemanha), ecocardiograma e Ultrassom de Carótidas (Philips, Amsterdã, Países Baixos). A amostra foi dividida em 2 grupos: (G1) sujeitos com idade em risco (homem ≥ 55 anos, mulher ≥ 65 anos), (G2) sem idade em risco. Foram calculados nos dois grupos as médias do índice de massa ventricular (IMVE - g/m2), da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe CKD-EPI - ml/min/1.73m2), da velocidade de onda de pulso (VOP - m/s), da espessura médiointimal (EMI) e a frequência (%) de placa em território carotídeo (PL+). Para avaliar a significância de diferenças entre os dois grupos, utilizamos o teste do qui-quadrado para as proporções e o teste t de student para as médias. Resultados: Foram analisados dados de 140 sujeitos divididos em 2 grupos: G1 (60) e G2 (80). Foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05) para idade 68±7,5 vs 50±10,4, mulheres 28 (46,7%) vs 64 (80%), CA em risco 39 (65%) vs 67 (83,7%), PA sistólica 140 ± 20,68 vs 130 ± 18,05. Houve diferenças significativas (p < 0,05) para todas as comparações de indicadores de LOA. IMVE 89,94±25.03 vs 76,82±28,31, TFGe 65,15±21,58 vs 87,48±22,95, VOP 10,28±1,76 vs 7,85±1,25, EMI 0,88±0,21 vs 0,77±0,18, PL+ 45 (75%) vs 23 (28,7%). Conclusão: Os resultados demonstram que pacientes com idade em risco apresentam resultados de indicadores de LOA significativamente piores do que os pacientes sem idade em risco, indicando uma relação entre envelhecimento e a possibilidade do aparecimento de LOA em hipertensos. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 1 Resumos Temas Livres 46946 Comparação de médias de índice de massa corporal e pressão arterial entre os gêneros de adolescentes de 10-15 anos: estudo do Rio de Janeiro II A importância da equipe multiprofissional no atendimento ao paciente hipertenso FLAVIA LOPES FONSECA, LETICIA MIRANDA GUIMARAES, ESTEFANIA ROSA DE OLIVEIRA SILVA, RENAN BITTENCOURT MAIA, JULIA BRANDAO BOUZAS, ANDRESSA CRISTINA DA SILVA DE ALMEIDA, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI, MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, ROBERTO POZZAN e ANDREA ARAUJO BRANDAO LILIANA FORTINI CAVALHEIRO BOLL, LILIANE APPRATTO DE SOUZA, ANELISE MARQUES RODRIGUES, JACQUELINE VAZ e SÍLVIA GOLDMEIER Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. Fundamento: No Brasil, são escassos os dados sobre curvas de pressão arterial (PA) em adolescentes, e no que se refere ao excesso de peso, este constitui um importante fator de risco cardiovascular (RCV) independente do gênero e idade. A associação desses dois importantes fatores de RCV em populações jovens é importante para adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo: Comparar as médias de sobrepeso/obesidade (S/O), PA sistólica (PAS) e PA diastólica (PAD) por idade e gênero de alunos de 10 a 15 anos de escolas públicas do Rio de Janeiro. Delineamento: Estudo de corte transversal. Materiais e Métodos: Foram avaliados 1.723 escolares em ambiente escolar no período de 01/06 a 25/11/2015. Peso (P) e altura (A) foram avaliados com os escolares descalços, trajando uniforme escolar, através de balança digital (OMRON HBF 214) e estadiômetro portátil (SECA 206), respectivamente. IMC foi calculado pelo P em quilogramas dividido pela A em metros elevada ao quadrado. A PA foi aferida três vezes no mesmo dia pelo método oscilométrico com monitor automático OMROM HEM-1720. As médias de IMC e PA entre os gêneros foram comparadas através do teste t de Student com auxílio do software SPSS versão17.0. Resultados: 1) A população foi composta por 743 (43,1%) indivíduos do sexo masculino (M) e 980 (56,9%) do sexo feminino (F), cuja distribuição por idade e gênero foi: 10 anos (n=108, 49M/59F), 11 anos (n=242, 106M 136F), 12 anos (n=368, 169M/199F), 13 anos (n=397, 161M/236F), 14 anos (n=346, 153M/193F), 15 anos (n=262, 105M/157F); 2) A média do IMC para ambos os gêneros aumentou com a idade. A média do IMC foi maior no gênero F em todas as idades, exceto para 10 anos. No entanto, as médias de IMC foram significativamente maiores no gênero F apenas para as idades de 14 anos (p=0,009) e 15 anos (p=0,002); 3) Para as médias de PAS, estas foram maiores no gênero M em todas as idades (p<0,05), exceto para 12 anos; médias de PAD não revelaram diferença estatisticamente significativa (p>0,05) em todas as idades e em ambos os gêneros. Conclusão: Em adolescentes de 10-15 anos, o IMC aumentou com a idade para ambos os gêneros e só esteve associado com o gênero nas idades de 14 e 15 anos. Considerando a PA, foram observadas maiores médias de PAS no gênero M em comparação com o feminino, e não houve diferença significativa entre as médias de PAD dos alunos em ambos os gêneros. 46960 Instituto de Cardiologia - IC/FUC, Porto Alegre, RS, BRASIL. Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica e considerada condição majoritária para aumento do risco de morbimortalidade cardiovascular. Apesar da sua alta prevalência, não existem estratégias totalmente efetivas no manejo dos valores adequados da pressão arterial (PA). Estudos mostram que um programa multidisciplinar de atenção ao paciente hipertenso pode colaborar para a adesão e controle da PA. Objetivo: Avaliar a efetividade de um programa de atendimento multiprofissional (MultiHas) na redução da PA, na melhora de qualidade de vida e adesão ao tratamento em pacientes hipertensos. Amostra: Oriundos de Unidades Básicas de Saúde e encaminhados para o IC/FUC, com diagnóstico prévio de HAS. Delineamento e Métodos: Estudo quasi-experimental, onde todos os pacientes foram submetidos a um acompanhamento bimestral em ambulatório MultiHas, durante um ano, e reavaliados após follow-up de um ano do término, no período de 2014 a 2016. A equipe MultiHas é composta por médico, enfermeira, nutricionista, fisioterapeuta e psicóloga, os quais realizaram intervenções com orientações específicas a cada área e ajuste de medicamentos (médico). Foram avaliadas variáveis como PA, Escore de Qualidade de Vida (QV Mini-CHALL) e Adesão medicamentosa (Teste de MoriskyGreen). Análise estatística foi realizada através de ANOVA de 1 via para mediadas repetidas para dados paramétricos, seguida de Teste de Friedman para dados não-paramétricos. Os dados foram apresentados como média±DP ou mediana (25 % - 75%), assumindo como significância estatística um p < 0,05. Resultados: A PA Sistólica reduziu significativamente no primeiro ano (PAS basal= 160,5±25,6 vs após 1 ano= 141,8±21,1mmHg) e voltou aos valores iniciais após um ano de follow-up (PAS= 160,91±24,4mmHg), porém a PA Diastólica e a Frequência Cardíaca não se alteraram. A QV melhorou significativamente após 1 ano de tratamento (QV basal= 22,5±10,8 vs após 1 ano = 9,5±5,5) e ficou inalterada após 1 anos de follow-up. A adesão mostrouse inalterada quando comparados os resultados após 1 ano de tratamento em relação ao Basal, no entanto, após 1 ano de follow-up, reduziu (Adesão follow-up= alta 33%; média 17% e baixa 50%). Conclusão: O MultiHas reduziu significativamente a PAS e melhorou a QV após 1 ano de tratamento. Corroborando com a literatura, o não acompanhamento multiprofissional piorou a PAS e a adesão. O programa deve ser considerado como um potencial recurso no manejo do hipertenso. 46963 Correlação de velocidade de onda de pulso e espessura médio intimal em hipertensos com e sem placa em território carotídeo Peso ao nascimento, pressão arterial e índice de massa corporal em adolescentes de 10 a 15 anos. Estudo do Rio de Janeiro II IRAMAIA SALOMAO ALEXANDRE DE ASSIS, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, MARIANA APARECIDA DE ASSIS CAMPOS, GAM LUCAS GONCALES FERREIRA, GISLENE GUIMARAES MELO, LUCAS BATISTA FERREIRA DA SILVA, MATHEUS DA COSTA GOULART, VITORIA HELENA PEREIRA, MARILIA TORRES MIRANDA e MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, JULIA BRANDAO BOUZAS, ESTEFANIA ROSA DE OLIVEIRA SILVA, RENAN BITTENCOURT MAIA, ANDRESSA CRISTINA DA SILVA DE ALMEIDA, LETICIA MIRANDA GUIMARAES, GUILHERME BRANDAO BOUZAS, FLAVIA LOPES FONSECA, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA, PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI e ANDREA ARAUJO BRANDAO Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Uberaba, MG, BRASIL. Fundamento: Evidências demonstram a correlação entre a velocidade de pulso tornozelo-braquial e a espessura médio intimal (EMI) em indivíduos com doença aterosclerótica cardíaca. Objetivo: Avaliar a correlação entre velocidade de onda de pulso EMI em hipertensos com e sem placa em território carotídeo. Amostra: A amostra contou com 141 pacientes hipertensos ou suspeitos de hipertensão, atendidos no ambulatório de hipertensão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Os sujeitos foram divididos em dois grupos, G1 (com placa em território carotídeo) e G2 (sem placa em território carotídeo). Métodos: Os indivíduos responderam a questionários e passaram por medidas para estipular as características gerais definidas necessárias pelos pesquisadores. A velocidade de onda de pulso (VOP) foi mensurada quatro vezes por paciente, por meio do equipamento MOBIL-0-GRAPH 24 PWA, além de um ultrassom de carótidas. A espessura médio intimal (EMI) foi medida a uma distância de até 2cm da bifurcação carotídea, em três pontos, bilateralmente, ao final da diástole e o maior valor obtido foi considerado. O teste qui-quadrado para proporções e o teste t student para as médias foram utilizados para avaliar diferenças entre grupos. Além disso, calculou-se o coeficiente de correlação (r) entre VOP e EMI médio (média de direito e esquerdo) e máximo (maior valor de EMI), com o nível de significância e os resultados comparados por meio do teste para comparação de coeficientes de correlação. Resultados: A comparação entre os grupos mostrou diferenças significativas (p < 0,05) para idade, IMC médio, PA diastólica, taxa de filtração glomerular, VOP, EMI-média, além de frequência de mulheres tabagistas. Para as demais comparações não houveram diferenças. No G1, houve correlação da VOP com EMI-média e EMI-máxima, com r de 0,34 (p =0,0037) e 0,32 (p = 0,007) respectivamente. Resultado semelhante ocorreu no G2, com r da VOP com EMI- médio de 0,30 (p =0,0086) e EMI-máximo de 0,33 (p = 0,0044). A comparação dos coeficientes de correlação não demonstrou diferenças significativas para todas as comparações. Conclusão: Existe correlação estatisticamente significativa entre a VOP e a EMI média e máxima, tanto para hipertensos com placa em território carotídeo quanto para hipertensos sem placa. 2 46949 Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL. Fundamento: A relação do peso ao nascimento (PN) com variáveis de risco cardiovascular em populações jovens permanece controversa e o seu estudo poderá contribuir para adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo: Analisar o peso ao nascimento (PN) e sua relação com pressão arterial (PA) e índice de massa corporal (IMC) de alunos de 10 a 15 anos de escolas públicas do Rio de Janeiro. Delineamento: Estudo de corte transversal. Amostra e Métodos: Foram avaliados 1.723 estudantes em ambiente escolar: 743 (43,1%) do sexo masculino (M) e 980 (56,9%) do sexo feminino (F). A distribuição da população por idade e gênero foi: 10 anos (n=108, 49M/59F), 11 anos (n=242, 106M 136F), 12 anos (n=368, 169M/104F), 13 anos (n=397, 161M/236F), 14 anos (n=346, 153M/193F), 15 anos (n=262, 105M/157F). PA foi medida três vezes pelo método oscilométrico com monitor automático OMROM HEM-1720 e o IMC calculado a partir do peso e altura. O PN foi obtido através de informação fornecida pelos pais ou responsável. Os escolares foram divididos em tercis referentes ao peso ao nascimento: primeiro tercil (T1) < 3000g; segundo tercil (T2) ≥ 3000g e < 3450g; e terceiro tercil (T3) ≥ 3450g. Resultados: 1) As médias de PA sistólica não foram diferentes estatisticamente pelos tercis de PN (T1: 108,84±11,93mmHg; T2: 108,23±11,06mmHg; T3: 107,78±10,22mmHg) (p=0,315); 2) As médias de PA diastólica não mostraram diferenças estatisticamente relevantes pelos tercis de PN (T1: 63,37±10,77mmHg; T2: 62,67±9,04mmHg; T3: 62,84±8,83mmHg) (p=0,503); 3) As médias de IMC foram estatisticamente diferentes entre si, sendo a média de T3 maior que T1 (p=0,008) (T1: 20,49±4,28kg/m2; T2: 21,13±4,58 kg/m2; T3: 21,31±4,24 kg/m2); 4) A comparação dos escolares com PN ≤ 2500g (baixo PN, n=184) e com PN > 2500g (PN normal, n=1292) indicou menores médias de IMC (p=0,043) e maiores médias de PA, porém sem significado estatístico, no grupo de baixo PN. Conclusão: Escolares de 10-15 anos de idade com menor PN apresentaram maior PA, porém sem significado estatístico. No entanto, maior peso ao nascimento associou-se significativamente a maior IMC na adolescência. Resumos Temas Livres 47320 Uso de anti-hipertensivos em hipertensos diabéticos e não-diabéticos. Coorte histórica com onze anos de seguimento ANDREA CRISTINA DE SOUSA, JADE ALVES DE SOUZA PACHECO, FABRICIO GALDINO MAGALHÃES, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ALLINE OLIVEIRA, ANA CAROLINA ARANTES, RAIDANNE PRISCILA C ARANTES DOURADO, THIAGO OLIVEIRA COSTA, LUANA DE REZENDE MIKAEL e ANA LUIZA LIMA SOUSA Liga de Hipertensão Artrial, Goiânia, GO, BRASIL - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, BRASIL. Fundamento: A falta de controle da hipertensão arterial entre diabéticos tipo 2 contribui para as altas taxas de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Objetivo: Analisar o uso de anti-hipertensivos entre hipertensos com e sem diabetes. Amostra: Participaram do estudo 139 pacientes hipertensos (diabéticos: 55; não diabéticos: 84), em tratamento para controle de hipertensão arterial, que realizam tratamento em serviço de referência para hipertensão há 11 anos. Delineamento e Métodos: Estudo de coorte histórica de hipertensos diabéticos e não diabéticos em tratamento regular há no mínimo 11 anos, avaliados em três seguimentos (2004, 2009 e 2015). Variáveis utilizadas: gênero, raça, idade, quantidade de anti-hipertensivos, controle pressórico, Índice de Massa Corporal (IMC), tempo de tratamento de hipertensão no serviço especializado. Para o controle da pressão arterial entre hipertensos não diabéticos foram considerados valores < 140/90mmHg e para hipertensos diabéticos valores < 130/80mmHg. Para a análise de associação das variáveis foi utilizado teste qui-quadrado em nível de significância de 5%. Resultados: O tempo médio de tratamento de hipertensão, em 2004, era de 5,8 anos. O sexo feminino (75,5%) e a raça branca (55,8%) foram predominantes em ambos os grupos, sendo a idade média inicial da coorte de 57,4 anos (±9,3). Os hipertensos diabéticos apresentaram menores taxas de controle pressórico (23,6%/ 27,3%/ 29,1%) em todos os seguimentos em relação aos não diabéticos (76,4%/ 72,7%/ 69,0%), (p<0,001). A falta de controle não se relacionou com nenhuma variável analisada.O uso de 3 ou mais anti-hipertensivos inicialmente era semelhante entre os grupos sendo de 26,4% para grupo de diabéticos de 26,3% para não diabéticos. Ao final ambos os grupos aumentaram o uso de anti-hipertensivos, entretanto os hipertensos diabéticos utilizavam maiores quantidades, sendo que 85,2% deles utilizavam três classes ou mais de anti-hipertensivos enquanto 45,2% de não diabéticos utilizavam essa mesma quantidade (p<0,001). Conclusão: Ao final os hipertensos diabéticos utilizavam maiores quantidades de anti-hipertensivos, mas ainda assim tinham menor controle pressórico em relação aos não diabéticos. O acompanhamento de hipertensos diabéticos é fundamental para o desenvolvimento de ações que controlem os níveis pressóricos, buscando a redução do risco para eventos cardiovasculares. 47321 Incidência de dislipidemia em onze anos: coorte de hipertensos diabéticos ANDREA CRISTINA DE SOUSA, JADE ALVES DE SOUZA PACHECO, FABRICIO GALDINO MAGALHÃES, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ALLINE OLIVEIRA, ANA CAROLINA ARANTES e ANA LUIZA LIMA SOUSA Liga de Hipertensão Arterial, Goiânia, GO, BRASIL - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, BRASIL. Fundamento: Níveis elevados de colesterol constituem um fator de risco para doenças cardiovasculares e este fato ainda se exacerba na presença de diabetes mellitus tipo 2. Objetivo: Avaliar a incidência de dislipidemia entre indivíduos hipertensos expostos ao diabetes mellitus tipo 2. Amostra: Estudo realizado com pacientes hipertensos, tendo diabetes mellitus tipo 2 como fator de exposição, em tratamento em serviço de referência para hipertensão. Delineamento e Métodos: Estudo de coorte histórica de hipertensos em tratamento regular há no mínimo 11 anos, com avaliação inicial em 2004 e avaliação final em 2015. Variáveis utilizadas: gênero, idade, índice de massa corporal (IMC), uso de hipolipemiantes e perfil lipídico. Realizado Teste U de Mann-Whitney e análise de associação entre as variáveis com teste qui-quadrado, nível de significância de 5%. Resultados: Participaram 139 pacientes, destes 84 eram hipertensos não diabéticos e 55 eram hipertensos diabéticos; houve predominância do sexo feminino (55,8%) e a idade média, no início, foi semelhante entre os grupos (57,5 anos ±9,3) o tempo médio de tratamento de hipertensão, em 2004, era de 5,8 anos. O IMC do grupo de diabéticos permaneceu com níveis de obesidade em todos os seguimentos da coorte enquanto o de não diabéticos se manteve com níveis de sobrepeso em todos os seguimentos (p<0,001). O uso de hipolipemiantes aumentou em ambos os grupos ao longo da coorte, mas, ao final, os indivíduos hipertensos diabéticos utilizavam maiores quantidades (10,9% no início; 77,8% no final), entre os hipertensos não diabéticos a taxa era de 3,6% no início, e de 47% no final da coorte (p=0,000). Em relação ao perfil lipídico, apresentado primeiramente para o grupo diabético e em sequência para os não diabéticos: Colesterol total 225±53,4 e 208,2±45,7 (p=0,360); HDL:47,6±14,4; e 47,6±12,44 (p=0,760); LDL: 133,1±51,8 e 133,2±35,8 (p=0,920); Triglicerídeos: 213,3±157,4 e 142,6±101,7 (p<0,001). Ao final o Colesterol total 225±53,4 e 182,1±31 (p<0,001); o HDL:52,7±12,9 e 48,5±12,7 (p<0,040); LDL: 87,9±26,7 e 109,4±27,3 (p<0,001); Triglicerídeos: 183,5±240,4 e 127,4±61,8 (p=0,100). Conclusão: Ambos os grupos apresentaram melhora do perfil lipídico, entretanto hipertensos diabéticos apresentaram-se mais dislipidêmicos ao final do estudo. O tratamento contínuo e regular permite o controle lipídico mais eficaz, o que pode auxiliar na redução de eventos cardiovasculares. 47323 Pressão central identifica melhor alterações de pressão arterial associados à redução de sal em adição quando comparada à pressão casual e residencial ANA CAROLINA ARANTES, RAFAELA BERNANDES RODRIGUES, WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA, ANA LUIZA LIMA SOUSA, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM, YMARA CASSIA LUCIANA ARAJO, ANDREA CRISTINA DE SOUSA, MAICON BORGES EUZEBIO, TAYSA CRISTINA DOS SANTOS NEIVA e LUCIANA DA RESSURREIÇÃO SANTOS Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, BRASIL. Fundamento: Diferentes métodos de aferição da pressão arterial estão disponíveis e conhecer as diferenças entre eles nos mais diferentes contextos clínicos é fundamental. Delineamento: É um ensaio clínico simples cego. Objetivo: Busca avaliar a redução dos valores pressóricos com diferentes métodos de medidas de pressão arterial após intervenção para redução da ingestão de sal em diferentes grupos. Amostra: 55 servidores de instituição pública de ensino, com idade média de 45,5 anos (±10,6), 58,2% da amostra eram do sexo masculino. Métodos: Foram realizadas medidas da pressão arterial após intervenção com redução da ingestão de sal de adição (4g/dia), utilizando os seguintes métodos: medida indireta em consultório, Medida Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e medida da pressão central por tonometria. Os participantes foram classificados pela medida casual em normotensos (18), limítrofes (15) e hipertensos I (22). As medidas de pressão foram realizadas segundo as últimas diretrizes brasileiras. Todos os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Não houve diferença na distribuição por idade e sexo entre os grupos. No grupo de normotensos o método indireto em consultório apresentou redução de pressão arterial sistólica (PAS) de 2,5mmHg e na pressão arterial diastólica (PAD) de 1,4mmHg, sem significância estatística. Na medida residencial este grupo apresentou redução de 0,6mmHg (p≥0,05). Na medida de pressão central houve redução significativada PAS (3,6mmHg) e na PAD (1,6mmHg) sem significância. Entre os limítrofes PAS e PAD não sofreram modificações significativasna medida casual eresidencial. Na medida da pressão central houve redução significativa na PAS (4,8mmHg) ena PAD (2,2mmHg) sem significância. No grupo de hipertensos houve redução dos valores de PAS (4,4mmHg) e PAD (4,1mmHg) de modo significativo; com a medida residencial a redução de PAS (1,6mmHg) e PAD (0,6mmHg) não foi significativa. Na medida da pressão central nesse grupo houve redução significativa na PAS (5,5 mmHg) e na PAD (5,1mmHg). Conclusão: A medida da pressão central identificou reduções nos valores de PAS em todos os grupos; sendo que a PAD mostrou redução somente no grupo de hipertensos. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 3 TEMAS LIVRES - 27 e 28/10/2016 APRESENTAÇÃO POSTER 46771 Diabetes e doenças cardiovasculares: utilização de programas de rádio como estratégia de educação em saúde no Vale do Jequitinhonha EDSON DA SILVA, ELENICE DOS SANTOS PAULA, JULIANA SALES RODRIGUES COSTA, FRANCIELE ANGELO DE DEUS, MARILEILA MARQUES TOLEDO, MILENA CAMPOS SILVA, LUCAS GABRIEL, DANIELA PEREIRA CASTRO, MAYARA DUMONT CUNHA, NOÊMIA DE FÁTIMA SILVA LOPES e LUCIANA DE FREITAS CAMPOS Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, BRASIL - Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, Montes Claros, MG, BRASIL. Fundamento: As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade entre portadores de diabetes mellitus (DM) e no DM do tipo 2 a maioria dos indivíduos apresenta obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia. Considerando o DM uma doença multifatorial, destaca-se a importância da interação multiprofissional na adoção de medidas preventivas e promotoras de saúde de pacientes com diabetes. Objetivo: Caracterizar os conteúdos de programas de rádio produzidos por uma equipe de educação em saúde como estratégia de educação em DM nos Vales do Jequitinhonha. Delineamento: Estudo qualitativo, quantitativo e descritivo. Métodos: Para este trabalho, o Grupo de Estudos e Pesquisas do Diabetes da UFVJM firmou parceria com a Rádio Universitária 99.7 FM, a qual tem audiência em dezenas de municípios da região. Os programas de rádio se basearam nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, foram produzidos e gravados por estudantes, sob supervisão de docentes. Este estudo avaliou a amostra dos episódios da série “Em sintonia com o diabetes”, a qual abordou prevenção, controle e tratamento do DM e suas complicações. Foram produzidos 72 programas de 90 segundos, veiculados 6 vezes por dia, sendo 6 programas inéditos por quinzena, durante o 1º semestre de 2016, totalizando 780 transmissões. Os dados referentes aos conteúdos dos programas e a área de atuação da equipe executora foram analisados e descritos. Resultados: Os programas elucidaram temas sobre as complicações cardiovasculares associadas ou decorrentes do DM, dos quais 28 abordaram obesidade; 26 doenças cardiovasculares; 18 atividade física; 6 alimentação e 2 estresse. A equipe que elaborou os programas de rádio exibiu caráter interdisciplinar, sendo 10 graduandos (medicina, fisioterapia e odontologia), 1 pós-graduando em ciências fisiológicas e 5 pesquisadores (enfermeiras, fisioterapeuta e assistente social). Conclusão: O estudo identificou o perfil interdisciplinar e a expressiva participação dos estudantes, fatores que aprimoram o trabalho em equipe e a formação universitária. A maioria dos programas abordou relações do DM com obesidade, doenças cardiovasculares e atividade física. No entanto, as relações entre alimentação, estresse, entre outras, foram pouco exploradas, mas influenciam o manejo do DM. Diante disto, sugerimos que futuros programas para a série sejam mais abrangentes com o tema doenças cardiovasculares e DM. Apoio: Pibex/ Proexc; Proae; Rádio 99.7 FM-UFVJM. 46791 Perfil dos pacientes com pressão arterial limítrofe e hipertensão estágio 1 da Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA, CLAUDIA FERREIRA GONÇALVES, JOAO ALEXANDRE DA COSTA BERIGO, LUANA DE REZENDE MIKAEL, ANA LUIZA LIMA SOUSA, JOAO GABRIEL FRANCO LOPES, ANA CAROLINA ARANTES e MILENA DE ANDRADE MELO Liga de Hipertensão Arterial da UFG, Goiânia, GO, BRASIL. Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição complexa, multifatorial, altamente prevalente na população adulta, e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sobrepeso, obesidade, sedentarismo, ingestão de bebida alcoólica e tabagismo são frequentemente encontrados no paciente hipertenso e aumentam o risco cardiovascular. Objetivo: Analisar o perfil do paciente portador de pressão arterial (PA) limítrofe e hipertensão estágio 1 da Liga de Hipertensão da Universidade Federal de Goiás. Delineamento, Amostra e Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico no qual foram revisados 240 prontuários da LHA-UFG, de pacientes portadores de PA limítrofe e hipertensão estágio 1. Foram excluídos pacientes com diabetes mellitus 1 ou 2, hipertensão estágios 2, 3 ou HAS resistente, portadores de doenças crônicas em estágios terminais e de arritmia cardíaca clinicamente significativa. Resultados: Na amostra analisada 32,5% dos pacientes eram do sexo masculino com idade média de 57,8 anos, 71% dos pacientes eram sedentários, 13,75% relataram ingestão de bebida alcoólica e 10% tabagistas. A taxa de sobrepeso foi 32,5% e obesidade 30%. Conclusão: A PA limítrofe e HAS estágio 1 são altamente prevalentes na população adulta e quando não identificadas e tratadas adequadamente apresentam ao longo do tempo, dano cardiovascular e consequente aumento da morbimortalidade. Além disso os fatores de risco cardiovasculares frequentemente associados à HAS pioram esse cenário. Nessa amostra encontramos alta prevalência de excesso de peso (62,5%) e sedentarismo (71%). Há uma semelhança com a realidade da população brasileira em geral, que apresenta uma prevalência de excesso de peso de 50,8%. Ainda na comparação com dados nacionais, nossa amostra apresenta uma proporção maior de obesos em relação aos que apresentam sobrepeso, já que 48% dos pacientes com excesso de peso são obesos, enquanto que no Brasil essa relação é de 34,4%. Quanto ao sedentarismo, percebemos uma taxa acima da encontrada no Brasil, que é de 49,2%. Em relação à ingestão de bebidas alcoólicas e ao tabagismo, encontramos prevalências menores em relação à brasileira, que são de 38,1% e 14,9%, respectivamente. É necessário ressaltar a importância de estratégias para identificação, tratamento e controle da HAS mesmo em fases iniciais, assim como os fatores de risco associados, pois essas ações implicarão em redução da mortalidade cardiovascular. 46781 Análise de vídeos do YouTube sobre hipertensão arterial e diabetes EDSON DA SILVA, JULIANA SALES RODRIGUES COSTA, MARILEILA MARQUES TOLEDO, ELENICE DOS SANTOS PAULA, KELLY FERNANDES DA SILVEIRA, FERNANDO GONÇALVES DOS SANTOS, JÉSSICA SAMARA OLIVEIRA TOLOMEU, EDUARDO AUGUSTO BARBOSA FIGUEIREDO e LUCIANA DE FREITAS CAMPOS Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, BRASIL. Fundamento: A Hipertensão Arterial (HA) e o diabetes são problemas de saúde pública prevalentes e crescentes no mundo. A partilha de vídeos em Websites como o YouTube tem o potencial de influenciar o comportamento de pacientes. Objetivo: Avaliar as características métricas e a fonte de vídeos sobre HA e diabetes disponíveis no YouTube. Delineamento: Estudo exploratório, quantitativo e descritivo. Métodos: A pesquisa foi realizada no sítio de partilha de vídeos do YouTube, em 22 de agosto de 2016, utilizando-se dois descritores associados “hipertensão arterial e diabetes”. Foram considerados os vídeos das primeiras cinco páginas, admitindo que os usuários são menos propensos a ir além na busca de um termo de pesquisa. Foram excluídos os vídeos que não estavam em português; os que não se relacionavam com os descritores adotados; os que excediam 30 minutos, assumindo que os usuários não teriam paciência para assistir vídeos mais extensos. Os links de todos os vídeos foram arquivados para posterior análise. O número total de visualizações, as métricas “curtir’, ‘’não curtir‘’ e a data de carregamento dos vídeos no YouTube foram armazenados e tabulados. A fonte de cada vídeo foi categorizada em 4 grupos: organizacional, profissional, pessoal e anúncios. Dois pesquisadores avaliaram e classificaram cada vídeo e os dados foram descritos em percentuais. Resultados: A busca totalizou 9.290 vídeos, dos quais 97 (1,04%) arquivos foram pré-selecionados e analisados, totalizando uma amostra de 87 vídeos (0,94%). Foram excluídos 10 vídeos (1 em inglês, 2 em espanhol, 5 > 30 minutos e 2 sobre HA e Diabetes em cães e gatos). O número total de visualizações dos 87 vídeos foi de 4,8 milhões; o de curtidas foi 94,7 mil; o de não curtidas foi de 1,5 mil e a duração total foi de 11,7 horas. Em relação à fonte, os conteúdos dos vídeos foram apresentados nas seguintes categorias: organizacional (40,3%), profissional (25,3%), pessoal (28,7%) e anúncios (5,7%). Conclusão: Evidenciou-se que o YouTube é amplamente utilizado tanto na disponibilização, quanto na busca de informações sobre HA e diabetes, admitindo seu potencial educacional em saúde. Houve predominância de vídeos organizacionais, mas os vídeos pessoais poderiam representar risco de veiculação de informações imprecisas ou enganosas. Enfatiza-se a necessidade da análise do conteúdo dos vídeos, uma vez que informações corretas podem oportunizar sua utilização na educação sobre HA e diabetes. Apoio: Pibex/Proexc-UFVJM. 46827 Situs inversus totalis: qualidade de vida após transplante cardíaco GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, BRASIL. Fundamento: As anomalias congênitas cardiovasculares são de origens genéticas, uma das mais raras é o situs inversus totalis, sendo uma condição em que os órgãos viscerais são invertidos da sua posição anatômica, afetando cerca de 0,01% da população mundial (BENJAMIM et. al. 2016), incidindo com dextrocardia (MALDJIAN, 2007). Após a intervenção cirúrgica, ocorre um significativo aumento da sobrevida, na capacidade de realizar exercícios e na qualidade de vida destes pacientes (STEVENSON et al. 2012; LUCKRAZ et al. 2005), porém, são necessárias maiores evidências sobre a qualidade de vida em pacientes que sofreram transplantes decorrentes da anomalia situs inversus totalis. Uma forma de avaliar este pressuposto é a utilização de questionários multidimensionais como o Short form health survey 36 (SF36)”, validado para o português (CICONELLI et al. 1999) visando uma avaliação global de diferentes aspectos da vida destes pacientes. Métodos: Foi estudado um voluntário, homem, 45 anos, acometido com anomalia cardíaca congênita, infartado e transplantado em novembro de 2015; inserido na reabilitação cardiovascular após 3 meses da intervenção cirúrgica, com medicação otimizada e sem alterações endócrinas e metabólicas. A qualidade de vida foi avaliada através do SF36. As pontuações de cada questão são transformadas em oito notas, uma para cada domínio, que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde zero é pior e 100 é melhor. Esse valor final não apresenta unidade de medida e é chamada da de raw scale. Os dados estão organizados sob a forma de estatística descritiva. Resultados: Homem, 45 anos, PAS = 120mmHg, PAD = 85mmHg, FC = 70bpm. Escores de cada domínio do SF36: Aspectos sociais = 100; Saúde mental = 80; Vitalidade = 75; Limitação por aspectos emocionais = 66,6; Capacidade funcional = 65; Estado geral de saúde = 62; Dor = 61; Limitação por aspectos físicos = 50. Conclusão: Paciente do sexo masculino, de meia idade, após 111 dias de transplante cardíaca em virtude de situs inversus totalis, com medicação otimizada e após reabilitação cardiovascular apresenta restauração completa dos aspectos sociais, independente das limitações dos outros domínios, sendo a principal delas relacionada aos aspectos físicos, que foram restaurados em metade do esperado. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 4 Resumos Temas Livres 46886 Análise do conhecimento prévio sobre o valor ótimo de pressão arterial em amostra populacional colhida em um centro comercial de Fortaleza ADRIELE MACHADO DOS SANTOS, ANDRESSA GOMES SALES, ANTONIO DAVI PINTO MARINHO, HELAYNE MOREIRA CLAUDINO, HÉLIO DE SOUZA PERES JÚNIOR, JOSÉ NILSON CORREIA NETO, LARISSA BRAGA MENDES, NICHOLAS MILITAO ALVES, PEDRO LEMOS CARVALHO, RODRIGO BITU HOLANDA e VITOR DAMASCENO LEITAO Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL. Fundamento: O conhecimento sobre os limites normais da pressão arterial (PA) é fundamental para a aplicação de medidas de prevenção e controle dos seus níveis na população¹. Objetivo: Identificar o conhecimento prévio de uma amostra da população sobre valores normais de pressão arterial. Delineamento e Métodos: Foi realizado um estudo transversal fundamentado em questionário estruturado com a pergunta subjetiva “Qual valor da pressão arterial você considera normal?”. O questionário foi aplicado a 412 pessoas que circulavam em um centro comercial de Fortaleza no contexto de um projeto de conscientização sobre os fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica (HAS). Os dados foram armazenados e analisados no Programa Microsoft Excel. O estudo foi aplicado mensalmente, de julho de 2014 a fevereiro de 2016. Resultados: Dentre 412 pessoas, 71 (17,23%) não souberam responder, 50 (12,13%) responderam valores acima de 139/89mmHg e 291 (70,63%) responderam valores abaixo de 139/89mmHg. Dentre as que não souberam responder ou responderam valores acima de 139/89mmHg, 1 era analfabeta (0,83%), 23 não concluíram o ensino médio (19,01%), 37 concluíram o ensino médio (30,58%), 29 não concluíram o ensino superior (23,97%), 21 concluíram o ensino superior (17,36%), 10 fizeram pós-graduação (8,26%) e 15 sabiam ter diagnóstico de HAS (12,40%). Dentre as que responderam valores abaixo de 139/89mmHg, 31 não concluíram o ensino médio (10,65%), 80 concluíram o ensino médio (27,50%), 57 não concluíram o ensino superior (18,56%), 63 concluíram o ensino superior (21,65%) e 56 fizeram pós-graduação (19,24%). Conclusão: Percebe-se que ainda há um considerável desconhecimento sobre o nível ótimo de PA, uma vez que quase um terço dos participantes (29,36%) não soube responder ou respondeu de maneira errada. Notase ainda que esse desconhecimento é alto mesmo em indivíduos com elevado grau de escolaridade, pois mais de dois terços dos participantes (80,17%) possuem pelo menos o ensino médio completo. Referências: 1 KNIGHT, E. L. et al. Predictors of Uncontrolled Hypertension in Ambulatory Patients. Hypertension, [s.l.], v. 38, n. 4, p.809-814, 1 out. 2001. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). 46923 5 46893 Prevalência de síndrome hipertensivas em gestantes JANE RAFAELA DO REGO PONTES PIRES, LUCICLEIDE NAILDES DA SILVA e STEFFANY KELLY PONTES PIRES FACESF, Maceió, AL, BRASIL. Fundamento: A Síndrome Hipertensiva em Gestantes é uma das grandes causas de morte materna quando não cuidada. Em algumas mulheres pode trazer consequências graves não só para ela como para seu bebê, por isso a importância de prevenir e alertar as gestantes quanto aos cuidados necessários. Objetivo: O objetivo deste trabalho é verificar a prevalência de crises hipertensivas na gestação. Delineamento e Métodos: O estudo se caracteriza em um estudo descritivo exploratório retrospectivo com abordagem quantitativa realizado com 20 artigos, com o objetivo de analisar prevalência de síndrome hipertensiva na gestação e suas complicações durante o período gestacional. Resultados: O resultado em 100% das gestantes estudadas que 90% apresentam redução da PA, 10% apresentam hipertensão que é a primeira causa de morte materna, nas complicações causadas por hipertensão de 100% um número de 12% a 22% apresentam eclampsia causada pela hipertensão, quanto aos nascidos vivos de cada 100.000 as mortes maternas por região se apresentaram assim, no nordeste 62,8%%, norte 56,9%%, centro-oeste 52,7%%, sul 51,3%%, sudeste 41,7%%, nos casos de hipertensão quanto à idade das gestantes, 100% das estudadas 22,1% eram maiores de 40 anos, 16,4% eram menores de 40 anos, 27,02% eram primigestas, 27,15% eram diabéticas. Conclusão: Através deste estudo pode-se observar a necessidade de um melhor acompanhamento para gestantes hipertensas, tanto para cuidar como para prevenir esses casos de hipertensão na gravidez. 46924 Análise da ocorrência sazonal de IAM em Hospital Universitário da cidade de Curitiba, Paraná Análise de fatores de risco em pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio atendidos em hospital universitário da cidade de Curitiba, Paraná ANDRESSA DE SOUZA BERTOLDI, HELOISA IACOMO VIEIRA, CAMILA MORAES MARQUES e LUIZ FERNANDO KUBRUSLY ANDRESSA DE SOUZA BERTOLDI, HELOISA IACOMO VIEIRA, CAMILA MORAES MARQUES e LUIZ FERNANDO KUBRUSLY Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Denton Cooley, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Vita de Ensino e Pesquisa, Curitiba, PR, BRASIL. Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Denton Cooley, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Vita de Ensino e Pesquisa, Curitiba, PR, BRASIL. Fundamento: As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no mundo todo, tendo destaque as doenças coronarianas. A cada dia mais tem-se buscado mostrar que a ocorrência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) não possui uma distribuição única mas sim sazonal, semanal e circadiana. Objetivo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a relação entre sazonalidade e IAM através de pesquisa realizada em um hospital terciário da cidade de Curitiba - Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), PR. Delineamento, Amostra e Métodos: Tratase de um estudo observacional descritivo transversal, onde foram analisados 235 prontuários eletrônicos de pacientes que foram diagnosticados com IAM no ano de 2014 e internados no serviço de cardiologia do HUEC. Através da análise destes prontuários foram levantados os dados: idade, sexo, motivo da procura pelo atendimento, período do dia, dia da semana, mês e estação do ano em que ocorreu o IAM. Resultados: Foram encontrados que a faixa etária predominante é entre 60 e 69 anos, 63% pertencentes ao sexo masculino, 56% dos pacientes deram entrada vindos de outros serviços de saúde já com o diagnóstico de IAM. Quanto ao período do dia, dia da semana, mês e estação do ano, a maioria dos pacientes foram atendidos no período da manhã, com destaque nas terças e sextas-feiras (19% cada), no mês de junho e no outono. Conclusão: Assim, pode-se comprovar a relação entre IAM e sazonalidade e ocorrência semanal e circadiana na capital mais fria do Brasil, Curitiba. Fundamento: Os fatores de risco são características que merecem destaque quando se fala em doenças cardiovasculares, principalmente quando se trata de prevenção primária de saúde. Mundialmente tem se feito várias campanhas para conscientização da população: leis anti-fumo, diminuição dos níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e pressão arterial para, desta forma, tentar controlar os fatores de risco. Objetivo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a presença dos fatores de risco para a ocorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM) nos pacientes atendidos no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), PR. Delineamento, Amostra e Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo transversal, no qual foram analisados 235 prontuários eletrônicos de pacientes que foram diagnosticados com IAM no ano de 2014 e internados no serviço de cardiologia do HUEC. Para fim de análise dos resultados, os dados foram expressos em porcentagens relativas, a depender dos critérios preenchidos nos prontuários. Através da análise da amostra foram levantados os dados: idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes mellitus (DM), obesidade, sedentarismo, tabagismo, etilismo, IAM prévio, uso prévio de estatinas, uso prévio de anti-agregantes plaquetários e tempo de internamento. Resultados: Como resultado foi demonstrado que 63% pertencentes ao sexo masculino, 31% com faixa etária de 60 a 69 anos, 79% referiu HAS, 47% referiu dislipidemia, 36% portadores de DM, 60% dos informados obesos, 76% dos informados eram sedentários, 48% tabagista, 8% dos informados referiram etilismo, 43% já possuíam história prévia de IAM, 45% afirmaram uso contínuo prévio de estatinas e 63% anti-agregante plaquetário e 59% permaneceu internado por até 5 dias. Conclusão: Desta forma, evidencia-se que o controle dos fatores de risco cada vez mais destaca-se como importante alvo tanto de prevenção primária quanto secundária, devendo ser adotado como foco por parte das autoridades da saúde pública. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 Resumos Temas Livres 46930 Correlação de variáveis da análise de onda de pulso e idade ANANDA AIDAR DE SOUZA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, CAMILA BORGES DE MELO, BONIPERTI PADUA COTA, IRAMAIA SALOMAO ALEXANDRE DE ASSIS, LUIZ OTAVIO DA SILVA, PAULA LUIZA DA SILVA BORBA, GAM LUCAS GONCALES FERREIRA e MARIANA APARECIDA DE ASSIS CAMPOS Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Uberaba, MG, BRASIL. Fundamento: Evidências de estudos tem demonstrado correlação de velocidade de onda de pulso carotídea femoral (VOPC-F) e idade. Recentemente tem sido demonstrado que VOPC-F pode ser medida por método oscilométrico. Objetivo: Avaliar a correlação de variáveis da análise de onda de pulso idade e idade em uma amostra de indivíduos hipertensos. Delineamento e Amostra: Estudo transversal em 151 pacientes hipertensos que realizaram análise de onda de pulso (AOP) por método oscilométrico. Métodos: Foram selecionados 151 indivíduos hipertensos atendidos no ambulatório de hipertensão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e que realizaram AOP por método oscilométrico. Para a AOP utilizou-se o equipamento Mobil-O-Graph 24 PWA (iom, stolberg, Alemanha). Foram realizadas 4 medidas por paciente seguindo as recomendações do Scientific Statement from the American Heart Association de 2015. Todos os indivíduos responderam a questionário para dados demográficos, de fatores de risco cardiovascular, e de doença cardiovascular pessoal e familiar. Foram medidos, o peso, altura, cintura abdominal e a pressão arterial. Calculou-se as médias de idade, do índice de massa corporal (IMC kg/ m2), da PA (mmhg). Foram calculados os coeficientes de correlação (r) e o nível de significância entre a idade e velocidade de onda de pulso (VOP), augmentation index (aix), a pressão de aumento (PAX), pressão de pulso central (PPC), pressão de pulso periférica (PPP), e a pressão arterial média (PAM). Foram calculados os intervalos de confiança (ic 95%) para avaliar significância das diferenças entre os coeficientes de correlação das variáveis estudadas. Resultados: Foram selecionados 151 pacientes que realizaram AOP, a idade média foi 58±12,44 (25 a 82), 97 eram mulheres (64,2%), 86 brancos (57%), 130 hipertensos tratados (86,1%). Houve forte correlação da idade com a VOP, r = 0.78 [ic 0,71 - 0,84, p < 0,001] e fraca com: aix r = 0,21 [ic 0,054 - 0,36] (p = 0,0088), PAX r = 0,29 [ic 0,13 - 0,43, p = 0003], PPC r = 0,2792 [ic 0,12 - 0,46, p = 0,0005], PPP r = 0,2976 [ic 0,14 - 0,43, p = 0,0002]. Não houve correlação de idade com PAM r = - 0,1130 [- 0,26 - 0,048] (p = 0,1686). Não houveram diferenças significativas na comparação de resultados entre aix, PAX, PPC e PPP. Conclusão: Os resultados mostram forte correlação da idade com a VOP medida por método oscilométrico. 46937 46935 Perfil da população de uma feira de saúde em Ipiranga/PR durante Operação Rondon 2016 PEDRO HENRIQUE FACCENDA, VINÍCIUS DIAS PINTO DA FONSECA, VIRGINIA MARQUES BESTETTI, LORAYNE CRISTINA MATIUSSO DE SOUZA e EDISOM PAULA BRUM Universidade Positivo, Curitiba, PR, BRASIL. Fundamento: Segundo Buss, P.M. (Ciência e Saúde Coletiva, 5(1): 163-177, 2000), a educação em saúde está intimamente relacionada ao processo de promoção da saúde. Assim, ao se levar informações até a população, busca-se a prevenção, o rastreio e a redução de comorbidades. Objetivo e Delineamento: Identificar o perfil epidemiológico da população que compareceu à feira de saúde promovida em Ipiranga/PR, durante a Operação Rondon em agosto de 2016, através de uma análise transversal. Amostra: Foram analisadas 67 pessoas que compareceram à feira de saúde durante o período da manhã, sendo 44 homens e 23 mulheres. Métodos: Os pacientes foram analisados quanto ao índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), pressão arterial (PA) e glicemia capilar. Não foram excluídos pacientes de acordo com nenhuma variável. Os dados foram codificados e analisados no Excel. Resultados: Dos 67 participantes, 44 eram homens (65,7%) com idade média de 52,1 anos (+15,98) e 23 eram mulheres (34,3%) com idade média de 45,1 anos (+17,12). Dos homens, 14 (31,9%) tinham IMC saudável, 18 (40,9%) sobrepeso, 10 (22,7%) obesidade grau 1 e 2 (4,5%) obesidade grau 2 (35-39,9 kg/m2). A média da medida de CA foi 96,59cm (+12,52), sendo que 61,4% dos homens tinham medida igual ou acima a 94cm. 5 (11,36%) estavam com PA ótima, 13 (29,54%) normal, 5 (11,36%) limítrofe, 13 (29,54%) com hipertensão (HAS) estágio 1, 3 (6,8%) com HAS estágio 2, 4 (9,1%) com HAS estágio 3 e 1 (2,3%) se recusou a aferir. 5 (11,36%) estavam com glicemia acima de 200mg/dL. Das mulheres, 6 (26,1%) tinham IMC saudável, 6 (26,1%) sobrepeso, 5 (21,7%) obesidade grau 1, 5 (21,7%) obesidade grau 2 e 1 (4,4%) obesidade grau 3. A média da medida de CA foi 91,23cm (+14,76), sendo que 82,6% das mulheres tinham medida igual ou acima de 80cm. 7 (30,43%) estavam com PA ótima, 4 (17,39%) normal, 4 (17,39%) limítrofe e 8 (34,79%) com HAS estágio 1. 2 (8,7%) estavam com glicemia acima de 200mg/dL. Conclusão: A maioria das pessoas analisadas eram homens, com uma idade média geral de 50,3 anos, estavam em sobrepeso e com CA aumentada. Do total de 67 pacientes, 24 (35,8%) deles foram encaminhados à Unidade de Saúde por estarem com hipertensão estágio I ou superior e/ou glicemia capilar igual ou superior a 200mg/dL. O perfil desta população, assim, permitiu o rastreio de possíveis casos de obesidade, HAS e diabetes. 46938 Importância do exame MAPA para investigação pressórica em pacientes de consultório Comparação entre tendências temporais de óbito por doenças isquêmicas do coração e por doenças do aparelho circulatório mal definidas BARTIRA DE GODOY MARANHÃO SANTOS, MARIANA SZUDZIK, FABIO SERRANO FRANCISCHINI, ANDRÉ ANDRADE DOS SANTOS, CLAUDIO PINHO, RENATA CAROLINE DE SOUZA PEGUIN REIS e ELIO DE PAULA ASSIS MARTINS HUGO AGAR OLIVEIRA BELENS NETO, WALERIA RIOS CARNEIRO, GUSTAVO CASTRO DE QUEIROZ e LUCELIA BATISTA N. CUNHA MAGALHAES PUC - Campinas, Campinas, SP, BRASIL. Fundamento: As Doenças Cardiovasculares (DCV) ocupam lugar de importância em termos de saúde pública no nosso país, sendo a primeira causa de morte desde a década de 60. Em 1998, dos 930 mil óbitos no Brasil, cerca de 27% foram devido a DCV. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), por sua vez, é um importante fator de risco para o desenvolvimento destas doenças e esteve relacionada a 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 25% das mortes por Doença Arterial coronariana (DAC). O exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) tem sido empregado com segurança e eficácia como método diagnóstico e de controle da HAS. Objetivo: Avaliar, em uma amostra de pacientes que tiveram suas Pressões Arteriais (PA) aferidas no consultório, o comportamento pressórico durante o exame MAPA. Métodos: Foram considerados a partir de dados coletados da MAPA (os exames aceitos quando mais de 80% das medidas foram válidas) 85 pacientes avaliados em consultório de cardiologia, sendo divididos em: Grupo I - os hipertensos de consultório (2 medidas de PA com média maior ou igual a 140x90mmHg) e Grupo II - os normotensos de consultório, comparando, nos grupos, os reais hipertensos, os Hipertensos do Jaleco Branco (HJB) e os Hipertensos Mascarados (HM). Resultados: Observamos na amostra que 55,3% eram mulheres e 44,7% homens. Do total, 48 pacientes (56,47%) foram classificados no Grupo I e 37 pacientes (43,53%) no Grupo II. Após a realização da MAPA pudemos notar, baseado na VI Diretriz Brasileira de Hipertensão, no Grupo I: 10 (27,02%) eram normotensos, ou seja, HJB; já no Grupo II 32 apresentaram-se HM (66,6%) e 29,16% dos pacientes continuaram normotensos ao exame. Conclusão: Nota-se que o MAPA tem extrema importância para melhor estudo das variações dinâmicas da PA, permitindo o correto diagnóstico de HM e HJB. No entanto, mesmo com a diversidade e riqueza dos exame complementares, a clínica permanece soberana, devendo ser solicitado o exame somente em situações de real necessidade. Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, BA, BRASIL. Fundamento: O decréscimo observado nos óbitos por causas mal definidas pode representar melhora da qualidade na informação sobre mortalidade no Brasil. (Arq. Bras. Cardiol. vol.102 no.6 São Paulo June 2014). Objetivo: Observar a tendência temporal de óbitos por doenças isquêmicas do coração (DIC), bem como por óbitos de causas mal definidas (CMD) de origem circulatória e, posteriormente, comparálas. Delineamento: O delineamento de estudo trata-se de série temporal. Materiais: Foram utilizados dados do DATASUS, que disponibilizam informações acerca dos usuários atendidos tanto pelo SUS e pela rede particular. Assim abrange a população brasileira, abarcando a sua heterogeneidade quanto à raça, classe social e faixa etária. Métodos: Os dados foram coletados através da plataforma SIM do DataSUS pela ferramenta TabNet, de mortes registradas no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014 no Brasil. Os dados foram processados pelo SAS 9.4, onde testou-se o modelo de regressão linear simples (Y=β0+β1X). Obteve-se o modelo quando p<0,05 e a variável ano foi transformada em ano-centralizado, sendo 2007 o ano central. Foram obtidas as variáveis número total de óbitos por DIC e óbitos de CMD e, por consequência de eventos cardiovasculares. Resultados: Observando o número absoluto de mortes no Brasil entre 2000 e 2014, das 1.383.865 mortes por DIC,os infartos agudos de miocárdio (IAM) são a maior causa, contribuindo com 78,5% das mortes, seguido por DIC crônica com 16,7% dos casos, sendo que outras causas,como angina, não somam 4%. Há uma tendência significativa no Brasil (p=0,0001) de aumento em aproximadamente 2.250 mortes por DIC, sendo que IAM contribui com aproximadamente 2.200 a mais por ano, com ambos modelos com R2 acima de 98%. Já o número absoluto de óbito de CMD, decorrentes de complicações cardiovasculares tem tendência de cair menos que 14 casos por ano, sendo que o modelo apresenta o R2 de apenas 4%. Conclusão: Conclui-se que há uma tendência de aumento no número de mortes por DIC, numa velocidade de aproximadamente 2250 novas mortes por este motivo ao ano. Enquanto há uma tendência em diminuir o número de óbitos de CMD, no entanto esta é baixa. Comparando-se as duas tendências, infere-se que o declínio dos óbitos do aparelho circulatório mal definidas pode representar uma alteração no preenchimento das declarações de óbitos,levando a uma redistribuição de óbitos por CMD e atenuando a influência que os mesmos exercem sobre as taxas de mortalidade pelos grupos de causas definidas. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 6 Resumos Temas Livres 46939 Hipertensão Arterial Refratária: eficácia terapêutica em uma população de ambulatório de Hospital Universitário Comparação entre o perfil epidemiológico de pacientes com morte de causas mal definidas de origem circulatória e por doenças isquêmicas do coração MARIANA SZUDZIK, BARTIRA DE GODOY MARANHÃO SANTOS, ANDRÉ ANDRADE DOS SANTOS, FABIO SERRANO FRANCISCHINI, ELIO DE PAULA ASSIS MARTINS, RENATA CAROLINE DE SOUZA PEGUIN REIS e CLAUDIO PINHO HUGO AGAR OLIVEIRA BELENS NETO, WALERIA RIOS CARNEIRO, GUSTAVO CASTRO DE QUEIROZ e LUCELIA BATISTA N. CUNHA MAGALHAES PUC - Campinas, Campinas, SP, BRASIL. Fundamento: As Doenças Não Transmissíveis são as principais causas de óbito no Brasil e no mundo, principalmente como reflexo do aumento da população idosa, sendo que as doenças cardiovasculares compõem parcela desse grupo. (Soares DA, Gonçalves MJ. Mortalidade cardiovascular e impacto de técnicas corretivas de subnotificações e óbitos mal definidos. Rev Panam Salud Publica. 2012;32(3):199206.). Objetivo: Descrever e comparar o perfil epidemiológico de óbitos por doenças isquêmicas do coração (DIC), bem como por mortes de causas mal definidas (CMD) de origem circulatória. Delineamento: Trata-se de um estudo de corte transversal. Amostra: Foram utilizados dados do DATASUS, que disponibilizam informações acerca dos usuários atendidos pelo SUS e pela rede particular. Dessa forma abrange a população brasileira, abarcando a sua heterogeneidade quanto à raça/cor, sexo e faixa etária. Métodos: Os dados foram coletados através da plataforma SIM do DataSUS pela ferramenta TabNet, de mortes registradas no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014 no Brasil. Os dados foram analisados através do SAS 9.4, pelo teste de Qui-quadrado de Pearson. Foi considerado significante P < 0,05. Foram obtidas as variáveis número total de mortes por DIC, assim como óbitos de CMD, por consequência de eventos cardiovasculares, e os dados epidemiológicos das mortes (faixa etária, sexo, cor/raça). Resultados: Em ambos os grupos de causas de mortes, a faixa etária predominante foi de a de pacientes com 60 anos ou mais, sendo que 74,15% (IC 95% 74,07 - 74,22) das mortes que ocorreram por DIC encontravam-se nessa faixa etária e 73,86% (IC 95% 73,10 - 74,60) nas mortes de CMD. No que se refere a raça/cor dos pacientes que morreram por estas duas doenças, a raça/ cor branca foi predominante, contribuindo com 64,92% (IC95% 64,84 - 65,01) das mortes por DIC e com 57,88% (IC95% 57,00 - 58,76) das mortes de CMD. Quando observado o sexo dos pacientes, a prevalência de homens foram significativamente maior (p=0,0001) em ambas causas de mortes, sendo que 58,12% (IC95% 58,04 58,20) das mortes por DIC eram homens e 53,35% (IC95% 52,49 - 54,20) nas mortes de CMD. Conclusão: Conclui-se então que o perfil epidemiológico se apresenta semelhante em ambos os casos, com prevalência de homens brancos, com idade igual ou superior a 60 anos. Deste modo, pode-se então inferir que alguns dos óbitos declarados como de causas mal definidas podem estar relacionados a eventos de origem cardiovascular, como no grupo de DIC. Fundamento: A Hipertensão arterial refratária (HAR) é definida por manutenção de níveis pressóricos > 140/90mmHg a despeito do uso de, pelo menos, 3 classes de anti-hipertensivos incluindo 1 diurético em doses plenas. Para o diagnóstico devem ser excluídos: má adesão ao tratamento não farmacológico/farmacológico, hipertensão do “jaleco branco”, aferição inadequada da Pressão Arterial (PA) e hipertensão arterial secundária. Métodos: Análise retrospectiva de prontuários médicos para investigação de HAR em pacientes após otimização terapêutica. Análise Estatística e Resultados: Estudo realizado com 108 pacientes em seguimento clínico médio de 12 meses, em ambulatório de referência de Hospital Universitário, incluindo 72 mulheres (66,6%) e 36 homens (33,3%) com idade média de 63,75 anos. Destes, 21 pacientes (19,5%) não foram considerados hipertensos, sendo excluídos da amostra. Dos 87 pacientes avaliados, 56,3% atingiram meta pressórica após terapia otimizada segundo diretrizes e 43,7% foram considerados refratários, sendo a maioria do sexo masculino (75% dos homens hipertensos). Conclusão: Apesar da dificuldade dos pacientes em aderir a terapêutica regularmente e de mudança de estilo de vida, o seguimento da Diretriz de tratamento que utilizam fármacos potentes, tem melhorado substancialmente o controle pressórico atingindo alvo terapêutico na maioria dos pacientes com HAR. 46952 Modulação autonômica da frequência cardíaca antes e após fisioterapia cardiovascular em transplante cardíaco: relato de caso GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL. Fundamento: O transplante cardíaco está indicado para pacientes que apresentam cardiopatia terminal refratária ao tratamento clínico e, durante o procedimento, ramificações neurais cardíacas são afetadas promovendo uma alteração na resposta autonômica da frequência cardíaca (FC). O exercício aeróbio utilizado pela fisioterapia na reabilitação de transplantados tende a contribuir com ajustes nesta modulação ao longo do tempo sendo a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) o método que pode ser utilizado para avaliar a resposta autonômica da FC. Objetivo: Avaliar a modulação autonômica da FC antes e após protocolo de tratamento fisioterapêutico cardiovascular. Materiais e Métodos: Foi estudado um homem, 45 anos de idade, acometido com anomalia cardíaca congênita, infartado e transplantado. O mesmo foi avaliado e submetido a um protocolo de fisioterapia cardiovascular, após 3 meses da realização do transplante, com medicação otimizada. O atendimento de fisioterapia cardiovascular foi aplicado na frequência de 2 vezes semanais, durante 16 semanas com duração em média de 60 minutos a sessão sendo está composta por 4 etapas: 1) Aquecimento (circuito proprioceptivo com treino de equilíbrio e exercícios proprioceptivos e alongamentos); 2) Protocolo de Condicionamento (treino aeróbio intervalado com progressão de carga sendo 4min. com carga e 1min. com recuperação ativa em carga menor; intensidade de 55% a 65% da FC de reserva em ciclo ergômetro durante 26 minutos) 3) Desaquecimento e alongamento final; 4) Relaxamento. Os dados da FC foram coletados, antes e após o período do treino, em repouso por 20 min. na posição supina com utilização do monitor cardíaco Polar RS800-Cx. Os dados foram transferidos para um computador e analisados no domínio do tempo (DT) os índices RMSSD, SDNN, SD1 e SD2 e no domínio da frequência (DF), pelo método auto-regressivo (AR), os índices HF, LF, e a razão LF/HF. Para a análise da VFC foi utilizado um trecho estável contendo 256 amostras dos iR-R (ms). Os dados estão apresentados de maneira descritiva com valores antes e após e a diferença percentual entre os momentos. Resultados: No DT os valores obtidos foram: RMSSD (9,3 5,6), SDNN (7,6 - 0,0), SD1 (6,6 - 4,0), SD2 (8,5 - 7,6). No DF os valores foram: HF (94,8 - 90,0), LF (5,2 - 10,0), LF/HF (0,1 - 0,1). Conclusão: Não houve alteração na variabilidade da frequência cardíaca após a intervenção fisioterapêutica. 7 46941 Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, BA, BRASIL. 46953 Perfil clínico, de lesões de órgãos alvo e taxas de controle pressórico em pacientes hipertensos atendidos na Liga de HAS da Universidade Federal do Triângulo Mineiro PAULA LUIZA DA SILVA BORBA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, WAGNER TAVARES GONÇALVES, TAINARA DO PRADO GONÇALVES, WARLISSON FONSECA PINHEIRO, LETÍCIA ALVES DE MELO, MARIANA SOUSA SIQUEIRA e LETÍCIA NOGUEIRA MATOS Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL. Fundamento: A estimativa do risco cardiovascular (CV) é relativamente fácil em determinados subgrupos de hipertensos com fatores de risco muito elevado, diabético, presença de lesões de órgãos alvo e doença CV. Evidências têm demonstrado que nestes subgrupos o controle da PA é mais difícil, necessitando da farmacoterapia combinada. Objetivo: Avaliar o perfil de fatores de risco, lesões de órgão alvo e taxas de controle em uma amostra de um centro de referência em hipertensão. Delineamento e Amostra: Estudo transversal em 140 pacientes hipertensos ou suspeitos de HAS atendidos no ambulatório de HAS entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Métodos: Foram selecionados 140 hipertensos que responderam a questionário para avaliação de fatores de risco CV. Foi medido o peso, altura, cintura abdominal (CA) e a PA. Realizaram análise da onda de pulso (AOP), ecocardiograma, US de carótidas e foram coletadas amostras de sangue. Calculou-se a idade média, média de anti-hipertensivos em uso por sujeito e a frequência de hipertensos tratados, suspeitos de hipertensão, idade em risco (homem ≥ 55 anos, mulher ≥ 65 anos), diabéticos, colesterol total (CT) > 190mg/dl, triglicérides (TG) > 150mg/dl, HDL-c (homem < 40mg/dl, mulher < 46mg/dl), obesos, CA em risco (homem ≥ 102 e mulher ≥ 88), hipertrofia ventricular esquerda (HVE) (IMVE - homem > 115g/ m2, mulher > 95g/m2), presença de placa em território carotídeo, espessura médio-intimal (EMI > 0,9mm), taxa de filtração glomerular estimada (TFGe ckd-epi ≤ 60ml/min/1.73m2) e velocidade de onda de pulso (VOP) > 10m/s. Foram calculadas as taxas de controle de PA considerando-se valores de PA < 140 e 90mmHg. Resultados: 140 pacientes com idade média de 58 anos, 92 mulheres, 79 brancos, 121 hipertensos tratados, 19 suspeitos de HAS, 60 com idade em risco, 50 diabéticos, 15 tabagistas, 65 com CT > 190, 53 com TG > 150, 46 com HDL < 46 [mulher] e < 40 [homem], 71 obesos, 106 com CA em risco, 24 com HVE, 68 com placa, 42 com EMI, 32 com TFGe ≤ 60 e 36 com VOP > 10, 81 apresentavam PA < 140 e < 90, 91 com PAS < 140, 99 com PAD < 90, média de antihipertensivos 1,96±1,28 por paciente. Conclusão: Os resultados demonstram elevada proporção de sujeitos com risco CV alto, devido à alta prevalência de diabéticos, idosos e presença de placas em US de carótidas. No entanto, a população mostra taxas de controle muito elevadas em comparação com estudos da população brasileira. Resumos Temas Livres 46954 Capacidade funcional aeróbia, trabalho e débito cardíaco após 210 dias de transplante cardíaco: estudo de caso GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL. 46955 Comportamento da frequência cardíaca e pressão arterial de paciente revascularizado durante teste de esforço físico aeróbio incremental submáximo: estudo de caso GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL. Fundamento: O teste de esforço físico aeróbio (TEFA) é imprescindível para análise da capacidade funcional e correta prescrição de exercício para paciente transplantado. Objetivo: Avaliar a capacidade aeróbia, trabalho e o débito cardíaco após sete meses de transplante do coração. Amostra e Métodos: Foi estudado um homem com 45 anos de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/m2, acometido com anomalia cardíaca congênita situs inversus totalis, infartado que passou por transplante cardíaco há 210 dias, com histórico de trombose venosa profunda (TVP) em membros inferiores, medicação otimizada. Foi submetido a um TEFA sintoma limitado em esteira, protocolo de Bruce Modificado. A frequência cardíaca máxima foi estimada subtraindo a idade de 220. Foram calculados os dados obtidos e previstos para o sexo e idade utilizandose as fórmulas: consumo de oxigênio, VO2(mL/Kg-1/min-1) = (V x 0,1) + (V x I x 1,8) + 3,5; Duplo produto, DP(bpm.mmHg) = frequência cardíaca FC (bpm) x pressão arterial sistólica (mmHg); Débito cardíaco, QT(L.min) = (VO2 x massa corporal x 0,0046) + 3,1. A diferença percentual, déficits, entre os valores obtidos e previstos foram calculados da seguinte maneira = (previsto-obtido)/previsto. Resultados positivos ou negativos indicam o quanto os dados estão abaixo ou acima do esperado, respectivamente. Resultados: O TEFA foi interrompido devido dores no membro inferior direito. Dados previstos, obtidos e déficits (%), respectivamente: FC = 154bpm, 90bpm e 58,44%; VO2= 41 mL.Kg-1.min-1, 11,3 mL.Kg-1.min-1 e 72,30%; DP = 33790 (bpm.mmHg), 12260 (bpm.mmHg) e 62,70%; QT = 13,2 L.min, 9,6 L.min e 26,70%. Conclusão: Após 7 meses de transplante cardíaco a capacidade funcional aeróbia encontra-se abaixo do previsto, decorrentes, principalmente, do déficit cardíaco. Entretanto, esses dados devem considerados com ressalvas, já que o paciente apresenta um quadro álgico no membro inferior direito e o TEFA foi interrompido por limitação periférica. Fundamento: Pacientes submetidos a revascularização do miocárdio podem apresentar alterações nas respostas cardiovasculares durante o exercício físico dinâmico. Conhecer o comportamento das variáveis hemodinâmicas durante o teste de esforço físico aeróbio (TEFA) é de fundamental importância para a uma prescrição de exercício segura e eficaz. Objetivo: Investigar as respostas da frequência cardíaca e pressão arterial (PA) durante TEFA incremental. Amostra e Métodos: Foi estudado um homem com 59 anos de idade, índice de massa corporal 24,9 Kg/m2, hipertensão arterial sistêmica, revascularizado com troca valvar, função sistólica do ventrículo esquerdo preservada, fração de ejeção de 65%, medicação otimizada e sem alterações endócrinas e/ou metabólicas. Foi submetido a um TEFA submáximo sintoma limitado em esteira 66 dias após a revascularização do miocárdio e troca valvar, utilizando-se o protocolo de Bruce Modificado. A frequência cardíaca (FC) máxima foi estimada pela idade foi de 161. A FC (bpm) obtida a partir de um eletrocardiógrafo digital e a pressão arterial PA (mmHg) mensurada por método auscultatório ao final de cada estágio do teste. Os dados são apresentados em valores absolutos. Resultados: O TEFA foi interrompido ao paciente atingir 70% da FC prevista. Os valores referentes a FC (bpm) e PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram: repouso (FC = 62; PAS = 126, PAD = 72); Estágio 1: 2,7km/h e 0% (FC = 84, PAS = 128, PAD = 60); 2,7km/h e 5% (FC = 87bpm, PAS = 128, PAD = 78); 2,7km/h e 10% (FC = 82bpm, PAS = 130, PAD = 70mmHg); 4km/h e 12% (FC = 97, PAS = 142, PAD = 86); 5,5km/h e 14% (FC = 103, PAS = 150, PAD = 90). Conclusão: A pressão arterial sistólica e diastólica apresentou resposta fisiológica esperada diante ao quadro clínico do paciente e a frequência cardíaca retrata um comportamento cronotrópico esperado. 46957 46958 Pressão arterial de paciente transplantado cardíaco durante diferentes intensidades do handgrip: estudo de caso Prevalência de casais hipertensos atendidos por uma Unidade Básica de Saúde da Família do interior de Minas Gerais GLAUCO DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA, ANGÉLICA CRISTIANE DA CRUZ, MARIANA CRISTINA DA SILVA, PAULINE ROMUALDO COGO e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO MARILEILA MARQUES TOLEDO, CARMEN CARDILO LIMA, REJANY RODRIGUES FONTES, PAULA COELHO BALBINO, JÉSSICA CAROLLINE MARTINS DE ANDRADE, CAMILA MENDES DOS PASSOS, KELLY FERNANDES DA SILVEIRA, JÉSSICA SAMARA OLIVEIRA TOLOMEU, LUCIANA DE FREITAS CAMPOS, EDSON DA SILVA e PATRÍCIA DE OLIVEIRA SALGADO Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL. Fundamento: O transplante cardíaco está indicado para pacientes que apresentam cardiopatia terminal refratária. Essa cirurgia envolve denervação dos ramos autonômicos cardíacos, afetando os ajustes hemodinâmicos, incluindo o controle da pressão arterial sistêmica. Objetivo: Analisar a resposta da pressão arterial durante a contração voluntária isométrica em um teste de preensão palmar (Handgrip). Amostra e Métodos: Homem, 45 anos de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/ m2, acometido com anomalia cardíaca congênita situs inversus totalis, transplantado, com histórico de infarto do miocárdio e trombose venosa profunda, ecocardiograma normal após transplante, fração de ejeção de 62%, medicação otimizada e sem alterações endócrinas e/ou metabólicas. Relato de caso: Foi realizado um teste de preensão palmar (handgrip) com o membro superior dominante, na postura sentada, com ombro em adução completa, cotovelo em 90º de flexão e punho em 180º graus, antebraço apoiado sobre o suporte ajustável de uma cadeira e com respiração espontânea, utilizando-se um dinamômetro analógico (North Coasttm Hydraulic Hand Dynamometer). Inicialmente foi realizado o teste de contração voluntária máxima (CVM), com três tentativas e o maior valor obtido foi considerado como a CVM em Kg/f. Após período de repouso suficiente para estabilização da FC em valores basais foram aplicadas intensidades a 20%CVM, 30%CVM e 40%CVM obtida com o seguinte protocolo: 1min em repouso, 1min de exercício e 3min de recuperação. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas utilizando-se o método auscultatório, seguindo as recomendações da VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2010), no repouso, nos segundos finais do exercício e ao final do 1º e 3º minutos da recuperação em cada intensidade. Os dados estão apresentados em diferenças percentuais entre as condições de repouso pré e exercício. Resultados: Valores da PA em repouso e durante a contração muscular, respectivamente, em cada uma das intensidades: 20% = 122 X 98mmHg e 146 X 100mmHg; 30% = 120 X 98mmHg e 146 X 102mmHg; 40% = 122 X 98mmHg e 150 X 104mmHg. Conclusão: Houve aumento da PAS em todas as intensidades, porém o aumento foi similar nas três intensidades, podendo estar associado a déficit nesses ajustes. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, BRASIL - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, BRASIL. Fundamento: A Hipertensão Arterial (HA) é uma doença multifatorial de alta prevalência e representa um importante problema de saúde pública por seu caráter crônico e incapacitante. Objetivo: Determinar a prevalência de casais hipertensos acompanhados por uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do interior de Minas Gerais. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Amostra e Métodos: A coleta de dados se deu no período de março a junho de 2015. As informações sobre idade, sexo e número de hipertensos na família foram obtidas a partir da ficha A (Ficha de Cadastramento das Famílias) e confrontados com a ficha B-HA (Ficha de Acompanhamento do Hipertenso). Foram excluídos os pacientes sem diagnóstico para HA. Os dados foram armazenados no programa Excel do pacote Office e apresentados quantitativamente. O trabalho foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa. Resultados: Foram encontrados 359 pacientes hipertensos; 58,2% mulheres com idade entre 43 a 86 anos e 41,85% homens de 42 a 90 anos. O número de famílias hipertensas identificadas foi 179, das quais 42 (23,4%) eram constituídas por casais hipertensos. Observou-se que o número de hipertensos da UBSF aumentou linearmente com o avanço da idade até os 69 anos. O mesmo ocorre com os casais. No entanto, a prevalência de hipertensos foi maior entre os casais (32,1%), quando comparada à prevalência do total de hipertensos (27,6%). Conclusão: A prevalência de HA foi maior nas famílias com casais do que no restante das famílias hipertensas. Os resultados corroboram com a literatura brasileira e sugerem que características comportamentais ainda precisam ser investigadas como causadoras de HA, uma vez que casais provavelmente compartilham o mesmo estilo de vida. Desta forma, o presente estudo reforça a necessidade de programas de intervenção com alvo na família e não apenas no indivíduo. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 8 Resumos Temas Livres 46959 Incidência e prevalência de hipertensão arterial em pacientes sedentários em Belém do Pará entre os anos de 2002 e 2012 Pressão arterial de transplantado cardíaco durante o período de recuperação handgrip: estudo de caso KAREN LURY ABE EMOTO, ISMARI PERINI FURLANETO, ERCIELEN DE LIMA BARRETO, RAFAELA LARANJEIRA SILVA, HAISSA ASSAD DOS SANTOS GERALDO e ALISSON SANTOS DE SOUZA GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA, ANGÉLICA CRISTIANE DA CRUZ, MARIANA CRISTINA DA SILVA, PAULINE ROMUALDO COGO e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO Faculdade Metropolitana da Amazônia, Belém, PA, BRASIL. Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal do Piauí, Parnaíba, PE, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL. Fundamento: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes no mundo, sendo o sedentarismo um dos agravos a saúde pública pelo seu elevado custo médico social. Indivíduos sedentários apresentam risco aproximado 30% maior de desenvolver hipertensão que os ativos. Estudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%). Objetivo: O presente trabalho teve por objetivo verificar a incidência e prevalência de hipertensão arterial em pacientes sedentários no Brasil. Amostra: Foram avaliados (15.694) pacientes de todas as faixas etárias e de ambos os sexos residentes na cidade de Belém do Pará que fazem parte do programa Hiperdia do governo federal entre os anos de 2002 e 2012. Delineamento e Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo e de caráter retrospectivo, a partir da avaliação de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os casos de hipertensão e de sedentários em Belém do Pará diminuíram no período compreendido entre 2002 e 2012 segundo dados coletados no DATASUS, com queda no número de hipertensos, 894 casos em 2012 (5,6 %), para 408 casos absolutos em 2012 (2,5%), após campanhas intensas em relação ao Programa Ministerial HIPERDIA. Com relação ao número de pessoas que eram sedentárias e tinham hipertensão entre 2002 e 2012, foi observado que a redução da quantidade de hipertensos e sedentários. Em 2002 o número de sedentários e hipertensos era 311 (1,98 %) e em 2012 essa quantidade reduziu para 164 (1,04%). O número de pacientes investigados no estudo foram de 15.694, sendo verificado 7.468 casos (47,58%) de hipertensão em ativos e 8.226 (52,41%) hipertensos e sedentários o que mostra a relação do sedentarismo com a hipertensão. Resultados: O estudo sugere que o sedentarismo pode ser uma das causas do desenvolvimento de hipertensão arterial em Belém do Pará entre os anos de 2002 e 2012, pois dados mostram uma redução do número hipertensão em não sedentários. Conclusão: É importante salientar que a pratica de exercícios físicos adequada a cada tipo de paciente diminui o risco de desenvolver hipertensão e contribui para melhora dos pacientes que a apresentam. Dessa forma deve-se incentivar sempre que possível a prática de atividades físicas aliada a uma dieta balanceada. 46964 Os agravos a saúde devido a doenças cardiovasculares mais prevalentes no Pará 9 46961 Fundamento: Durante o exercício físico e no período de recuperação, em virtude da denervação autonômica cardíaca durante o ato cirúrgico. Objetivo: Analisar os ajustes da pressão arterial sistêmica no período de recuperação após teste de preensão palmar isométrica em diferentes intensidades. Amostra e Métodos: Homem, 45 anos de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/m2, acometido com anomalia cardíaca congênita situs inversus totalis, transplantado, com histórico de infarto do miocárdio e trombose venosa profunda, fração de ejeção de 62%, medicação otimizada. Relato de caso: Foi realizado um teste de preensão palmar (handgrip) com o membro superior dominante, na postura sentada, com ombro em adução completa, cotovelo em 90º de flexão e punho em 180º graus, antebraço apoiado sobre o suporte ajustável de uma cadeira e com respiração espontânea, utilizando-se um dinamômetro analógico (North Coasttm Hydraulic Hand Dynamometer). Inicialmente foi realizado o teste de contração voluntária máxima (CVM), com três tentativas e o maior valor obtido foi considerado como a CVM em Kg/f. Após período de repouso suficiente para estabilização da FC em valores basais foram aplicadas intensidades a 20%CVM, 30%CVM e 40%CVM obtida com o seguinte protocolo: 1min. em repouso, 1min. de exercício (mantendo a %) e 3min. de recuperação. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas utilizando-se o método auscultatório, seguindo as recomendações da VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2010), no repouso, no exercício e ao final do 1º e 3º minutos da recuperação em cada intensidade. Resultados: A carga obtida na CVM foi de 40 KGF. Assim, as intensidades de 20%CVM=8 KGF, 30%CVM=12KGF e 40%CVM=16KGF. Os valores da PArep e PArec 1º e 3º minuto, respectivamente, em cada uma das intensidades: 20%CVM: 122 X 96mmHg, 138 X 100mmHg e 124 X 98mmHg; 30%CVM: 120 X 98mmHg, 140 X 100mmHg e 122 X 98mmHg; 40% CVM: 122 X 98mmHg, 138 X 100mmHg e 130 X 98mmHg. Conclusão: Nas intensidades de 20 e 30%, onde estresse metabólico é menor, os valores de PA retornaram próximo do repouso inicial no 3º minuto. Já em 40% permaneceu um pouco maior, mesmo com aumentos modestos durante o exercício. 47318 Hematoma intramural em hipertenso resistente KAREN LURY ABE EMOTO, ERCIELEN DE LIMA BARRETO, ISMARI PERINI FURLANETO, HAISSA ASSAD DOS SANTOS GERALDO, RAFAELA LARANJEIRA SILVA e ALISSON SANTOS DE SOUZA RENATO AKIRA NISHINA KUWAJIMA, DANIEL REIS TOSONI, THIAGO TEIXEIRA DA SILVEIRA FAGUNDES, LIATRICIA XIMENDES ESCORCIO DE BRITO, CARLA ALEJANDRA DÁVILA CABALLERO, JULIANA SIQUEIRA PESSANHA, FLAVIO ANTONIO DE OLIVEIRA BORELLI e CELSO AMODEO Faculdade Metropolitana da Amazônia, Belém, PA, BRASIL. Insitituto Dante Pazzanes de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL. Fundamento: Segundo a OMS, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal causa de óbito no mundo. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Segundo Ikuta (2008), alguns hábitos culturais dos paraenses, como o de consumir alimentos com muito condimento, açúcar, gorduras e sal, têm exercido influência negativa na expectativa de vida da população, visto que suscetibilizam doenças como as cardiovasculares e a hipertensão arterial. Objetivo: Identificar os agravos à saúde devidos às doenças cardiovasculares mais prevalentes no Pará, registrados entre janeiro de 2002 e abril de 2013. Delineamento, Amostra e Métodos: Foram utilizados dados referentes à mortalidade relacionada às Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) de indivíduos residentes no estado do Pará, no período de janeiro de 2002 e abril de 2013. Trata-se de um estudo transversal descritivo, de abordagem quantitativa, e a coleta foi baseado na obtenção de dados secundários extraídos do (DATASUS), no período de janeiro de 2002 e abril de 2013. Resultados: Os municípios mais atingidos no Pará, entre janeiro de 2002 e abril de 2013 foram: Belém, com 21.569 casos (29,6%), seguido de Ananindeua (4.919 casos; 6,75%), Santarém (3.202 casos; 4,39%) e Marabá (2.285 casos; 3,13%). Mais de 50% dos casos ocorreram entre os homens (40.918 casos; 56,15%). Em Belém, foram registrados no período 15.694 casos (10,45%) de HAS isolada e 8.396 (5,59%) casos com diabetes associada, demostrando a grande relação que ambas as patologias possuem nos agravos a saúde dos pacientes. Sabe-se que as doenças cerebrovasculares causam muito mais incapacidade física do que qualquer outra patologia, e umas das maiores causas de mortalidade no Pará são: Doenças cerebrovasculares 28.780 casos (39,75%), e em Belém 8.695 casos (40,6%). Dentre os fatores de risco para doença isquêmica do coração estão a hipercolesterolemia, onde no Pará foram registrados 19.743 casos (27,27%) e em Belém 6.144 casos (28,69%). Outras formas de doença do coração foram observadas no Pará 12.220 casos (16,87%) e em Belém 3.517 casos (16,42%). Foram verificados 8.496 casos (11,73%) no Pará e em Belém 1.915 casos (8,94%), e os maiores agravos são: AVC, paralisação dos rins e hipertrofia coronariana. Conclusão: Em função dos resultados obtidos, conclui-se que a intervenção em tenra idade pode ser um método eficiente para a prevenção de doenças cardiovasculares e suas complicações na fase adulta. Fundamento: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade no mundo e um importante fator contribuinte é a dificuldade no controle da pressão arterial (PA). Entre as DCV emergenciais encontra-se a Síndrome Aórtica Aguda (SAA) cuja característica clínica assemelha-se às Síndromes Coronarianas Agudas. A SAA divide-se em dissecção aórtica, hematoma intramural (HIM) e a úlcera aterosclerótica penetrante. A hipertensão arterial (HA) é o principal fator predisponente para sua formação. Relato de caso: MCM, 66 anos, mulher, negra, em acompanhamento no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia deu entrada no pronto socorro da instituição queixando-se de dor precordial em aperto de moderada intensidade sem irradiação com início há 30 minutos. Eletrocardiograma mostrava supradesnivelamento do segmento ST de V3 aV4 foi submetida a cineangiocoronariografia que revelou coronárias sem lesões obstrutivas e importante ponte miocárdica em território de artéria descendente anterior. Em razão da persistência do quadro doloroso e a presença de disdiadococinesia mais um derrame pericárdico moderado visualizado ao ecocardiograma transtorácico foi encaminhada a angiotomografia de tórax, sendo constatada a presença de um hematoma na parede da aorta cujo início se dava na raiz da aorta se estendendo até o arco aórtico proximal. A paciente foi então submetida a correção endovascular. Conclusão: Esse caso demonstra quão importante é o controle adequado da PA e como outros fatores de risco frequentemente associados aos níveis elevadas de PA fazem das doenças cardiovasculares a maior causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 Resumos Temas Livres 47319 Hipertensão arterial resistente como manifestação de hiperaldosteronismo primário BRUNO NORMANDE COLOMBO, ANA PAULA LINDOSO LIMA, FLAVIO ANTONIO DE OLIVEIRA BORELLI e CELSO AMODEO Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL. Fundamento: O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) exerce importante papel no controle hidroeletrolítico e da pressão arterial (PA). No hiperaldosteronismo primário (HAP) há excessiva produção de aldosterona independente do eixo renina aldosterona. Esta inapropriada produção de aldosterona aumenta a reabsorção de sódio no túbulo coletor produz hipervolemia e consequente hipertensão arterial (HA). Associado ao aumento na excreção de potássio e hidrogênio pelos rins instala-se hipocalemia com frequentemente alcalose metabólica. A presença de hiporeninemia é resultado final de um feedback negativo sobre o SRAA. Relato de caso: A.A.S.D, 53 anos, mulher, encaminhada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia por HA de difícil controle. Diz ser portadora de HA há 28 anos, fumante e sedentária com história familiar de HA. EF: IMC 29,3Kg/m², PA: 200x120mmHg mesmo em uso de doses ótimas de 3 classes de anti-hipertensivos besilato de anlodipino 10mg/dia; losartana 100mg/dia e hidroclorotiazida 25mg/dia. Os exames laboratoriais mostravam: Na 142mg/dl; K 3,0mg/dl; Cr 0,6mg/dl; Ur 21mg/dl; TSH 1,11Uiu/ml; T4 Livre 1,13ng/ dl; aldosterona (A) 22,6ng/dl; atividade plasmática de renina (R) 0,5ng/ml/h; relação A/R 45,2; catecolaminas plasmáticas e metanefrinas urinárias normais. Doppler de artérias renais normal. A tomografia de abdome evidenciou nódulo de 18mm em adrenal esquerda com densidade pré-contraste de 2UH que corresponde a adenoma. Para confirmação diagnóstica foi submetida ao cateterismo seletivo de veias adrenais que revelou lateralização com maior produção de aldosterona pela adrenal esquerda (aldosterona > 180ng/dl, cortisol > 61,9ng/dl). Foi então associado ao tratamento medicamentoso espironolactona 100mg/dia com rápida e efetiva melhora dos níveis de pressão arterial e redução no número de fármacos anti-hipertensivos. Discussão: A dificuldade no controle da pressão arterial tem como causa principal a não adesão a medicação anti-hipertensiva ou tratamento inadequado proposto pelo médico. Afastada estas possibilidades a investigação de causas secundárias é necessária. Exames laboratoriais associados aos de imagem revelaram alta probabilidade para HAP. O adenoma é a causa mais comum de hiperaldosteronismo sendo a hiperplasia uni ou bilateral pouco frequente. Diante da imagem mencionada foi procedida a coleta de sangue nas veias adrenais. A administração de um bloqueador de aldosterona pode levar ao controle da PA e dos níveis de potássio. Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10 10