Xiii ConGResso do dePaRTamenTo de HiPeRTensÃo aRTeRiaL/sBC

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Resumo
Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 6, Supl.1, Dezembro 2016
das
Comunicações
XIII CONGRESSO DO
DEPARTAMENTO DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC
CURITIBA - PR
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Resumo das Comunicações
XIII CONGRESSO DO DEPARTAMENTO DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL/SBC
CURITIBA - PR
TEMAS LIVRES - 27/10/2016
APRESENTAÇÃO MELHORES TEMAS LIVRES
46888
46916
Avaliação ecocardiográfica de pacientes portadores de cardiomiopatia
hipertrófica com e sem hipertensão arterial associada
Comparação de valores pressóricos de medidas padronizadas de médicos e
enfermeiras
THEREZA CRISTINA PEREIRA GIL, MARCIA BUENO CASTIER, ALYNE FREITAS
PEREIRA GONDAR, ANA LUIZA FERREIRA SALES e RICARDO MOURILHE
ROCHA
LUIZ OTAVIO DA SILVA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO
PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, ARTHUR LACERDA
MENDONCA, LUBIA ALVES DOS SANTOS, CECILIA SALAZAR ULACIA e THAYNA
KAROLINA GOMES FERNANDES
UERJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
Fundamento: O diagnóstico diferencial entre cardiopatia hipertensiva e cardiomiopatia
hipertrófica ao ecocardiograma em geral não representa um problema. Mas muitos
pacientes com cardiomiopatia hipertrófica apresentam hipertensão arterial assiciada.
Avaliar a magnitude dessa associação é fundamental em termos prognósticos.
Objetivo: Comparar pacientes portadores de cardiomiopatia hipertrófica com e sem
hipertesão arterial sistêmica. Materiais: Foram avaliados 45 pacientes consecutivos,
com diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica confirmado por ressonância magnética,
sendo 14 hipertensos, acompanhados ambulatorialmente no Hospital Universitário
Pedro Ernesto. Métodos: Realizado o ecocardiograma transtorácico bidimensional e
tridimensional no equipamento da Philips iE.33 e avaliados os principais parâmetros
relacionados ao diagnóstico diferencial destas doenças. Ao ecocardiograma
bidimensional foram avaliadas a presença de obstrução no trato de saída do ventrículo
esquerdo, a função diastólica pela média da relação E/e’ ao Doppler tecidual do anel
mitral e a deformação miocárdica através do strain longitudinal global (SLG). O volume
atrial esquerdo e a massa ventricular esquerda foram analisados ao ecocardiograma
tridimensional. Utilizado o teste t para comparação entre as médias. Resultados:
Não foi observada diferença significativa entre os grupos em relação ao sexo, idade
e superfície coporal. A média das pressões sistólica e diastólica foi maior no grupo de
pacientes hipertensos (p < 0,05). Não foram observadas diferenças entre os grupos
em relação à presença de obstrução no trato de saída do ventrículo esquerdo, função
diastólica, massa ventricular esquerda e volume atrial esquerdo. O SLG apresentou
médias menores no grupo de pacientes hipertensos (p = 0,03). Conclusão: Apesar
das médias pressóricas terem sido maiores no grupo de pacientes hipertensos, não
foi observada diferença significativa entre os grupos em relação à massa ventricular,
volume atrial esquerdo e função diastólica, parâmetros diretamente influenciados
pela presença de hipertensão arterial sistêmica. A média do SLG menor no grupo de
hipertensos pode representar uma parâmetro de pior prognóstico neste grupo. São
necessários estudos prospectivos para melhor avaliação.
46918
Clortalidona associada a amilorida reduz a pressão arterial sistólica central em
hipertensos estágio 1
LETICIA APARECIDA BARUFI FERNANDES, ELIZABETH DO ESPIRITO SANTO
CESTÁRIO, LUIZ TADEU GIOLLO JÚNIOR, LUCIANA N COSENSO MARTIN, JOSÉ
FERNANDO VILELA MARTIN, HEITOR MORENO JR. e JUAN CARLOS YUGAR
TOLEDO
FAMERP, São José do Rio Preto, SP, BRASIL - UNICAMP, Campinas, SP, BRASIL.
Fundamento: Estratégias de redução da PA com tratamento anti-hipertensivo utilizam
como principal ferramenta de avaliação terapêutica, a medida da PA na artéria
braquial. Entretanto, indivíduos que alcançaram a meta de redução da PA (braquial)
com tratamento anti-hipertensivo após ajuste para fatores de risco continuam
apresentando risco cardiovascular residual. Esse achado é atribuído à divergência
de valores pressóricos entre aorta e artéria braquial. Evidências assinalam que
a pressão sistólica central e o índice incremento (AI) são marcadores robustos de
eventos cardiovasculares futuros. Todavia, 50-60% dos indivíduos em tratamento antihipertensivo alcançam a meta pressórica. No entanto, apesar da adequada redução
da PA braquial, o resultado sobre desfechos clínicos mostrou diferença significante
atribuída a efeitos pleiotrópicos dos anti-hipertensivos sobre as propriedades elásticas
das grandes artérias (aorta), pressão sistólica central e a velocidade da onda de
pulso. Objetivo: Avaliar o efeito do tratamento com diurético tiazídico (clortalidona
associada a amilorida) versus losartana sobre a pressão sistólica central em pacientes
hipertensos estágio 1. Amostra e Métodos: Foram selecionados 50 hipertensos
estágio 1 do ambulatório de hipertensão arterial - FAMERP. 25 pacientes foram
randomizados para o clortalidona/amilorida 25/5mg/dia e 25 pacientes receberam
Losartana 50mg (2x/dia). A pressão sistólica central (PSC) e índice de incremento
corrigido para 75bpm (AI 75) foram avaliados por tonometria de aplanação no início
e após 6 meses de tratamento farmacológico. O teste t pareado foi utilizado para
comparar o PAS, PAD, PAM, PP, PSC e AI 75 entre os grupos tiazídico e losartana
antes e após seis meses de tratamento. Resultados: Reduções significativas na PSC
(123.3±14.2 vs.113.4±111.4, P = 0,0103) e AI 75 (87.7±9.6 vs. 83.8± 8.9, P = 0,0289)
foram observados após 6 meses de tratamento medicamentoso com clortalidona/
amilorida 25/5mg. A administração de losartana 50mg (2 x/dia) não reduziu a PSC e
houve mudanças insignificantes na AI 75. Conclusão: Clortalidona/Amilorida e não
Losartana - reduz a pressão sistólica central e o índice de incremento corrigido em
adultos com hipertensão em estágio 1 após seis meses de tratamento.
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL.
Fundamento: Ellis e cols. (1988) demonstraram diferença significativa entre valores
pressóricos de medida de pressão arterial de enfermeiras e médicos. A imprecisão
dos valores de PA de consultório associa-se ao efeito do avental branco e uma técnica
de medida inadequada. Objetivo: Comparar valores pressóricos obtidos de medidas
padronizadas de médicos e enfermeiras. Delineamento e Amostra: Estudo transversal
em 173 pacientes hipertensos ou sob suspeita no ambulatório de hipertensão. Métodos:
Foram avaliados os fatores de risco cardiovasculares. Medidas antropométricas foram
obtidas: peso, altura e CA. A pressão arterial foi medida 3 vezes por um médico e 7
vezes por uma enfermeira. As medidas foram realizadas separadamente, em salas
diferentes, em sequência aleatória e no mesmo dia e horário. Ambos realizaram medidas
sequenciais da PA, com intervalo de 2 minutos entre cada aferição e de acordo com
as recomendações da Diretriz Brasileira de Hipertensão. Foi utilizado o equipamento
automático microlife-bp3btoa (ONBO ELETRONIC CO. SHENZHEN, CHINA) com
manguito apropriado à circunferência do braço. A amostra foi analisada a partir de
estatística descritiva, obtendo frequência absoluta e relativa dos seguintes parâmetros:
idade, sexo, etnia, HAS em tratamento, DM, tabagismo, dislipidemia, IMC, CA. Foram
calculadas a média pressórica das 3 medidas de PA realizadas pelo médico (MPAC
1-3) e pela enfermeira (MAPE 1-3) e da terceira a sétima medida feita pela enfermeira
(MPAE 3-7). Para avaliar significância utilizamos a análise de variância (ANOVA) para
medidas repetidas. Resultados: A partir de análise descritiva da amostra obteve-se:
idade média de 59 anos (22-88 anos), 112 (64,7%) mulheres, 101 (58,4%) brancos, 145
(85%) hipertensos tratados, 63 diabéticos (36,4%), 16 (9,2%) tabagistas, 120 (69,4%)
com dislipidemia, 75 (43,4%) obesos e 128 (74%) com CA em risco. Na comparação
dos resultados de valores médios de PA, houve diferenças significativas para todas as
comparações de valores sistólicos (p < 0,0001) e para os valores diastólicos, exceto
para comparação de MPAE1-3 e MPAE3-7. Os valores de MPAC 1-3 foram: 143±
20,32/89±13,07, MPAE 1-3: 138±21,08/85±15,19 e MPAE 3-7: 135±19,96/83±13,2.
Conclusão: O estudo confirma os resultados anteriores, demonstrando que na
comparação entre valores pressóricos de medidas de PA igualmente padronizadas
de médicos e enfermeiros, os valores de medidas dos médicos são significativamente
maiores que os das de enfermeiras.
46927
Comparação de indicadores de lesões de órgãos alvo em hipertensos com e
sem idade em risco atendidos na Liga de Hipertensão Arterial da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro
CAMILA BORGES DE MELO, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO
PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, TIAGO BRITO
BASTOS RIBEIRO, HELDER VINICIUS ANDRADE DE OLIVEIRA, NAIRA REZENDE
MACIEL, ALINE CRISTINA BARBOSA SIQUEIRA, FABRICION REIS DE OLIVEIRA e
MONISE FERNANDES DE CARVALHO
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL.
Fundamento: Evidências mostram que idade, lesões de órgãos alvo (LOA) e aumento
do risco CV podem relacionar-se à medida que envelhecimento normal associa-se
com mudanças graduais da estrutura e função vascular, resultando em redução da
complacência e aumento da rigidez arterial (EDWARD et al. 2002, LAURENT et al.
2006). Objetivo e Delineamento: Estudo transversal para comparar indicadores de
LOA em pacientes com e sem idade em risco. Amostra: 140 pacientes hipertensos
atendidos no ambulatório de hipertensão entre fevereiro de 2015 e julho de 2016.
Métodos: Foram selecionados 140 pacientes que responderam a questionário
de fatores de risco cardiovascular. O peso, a altura, a cintura abdominal (CA) e a
pressão arterial (PA) foram medidos. Realizaram Análise da Onda de Pulso (AOP equipamento Mobil-0-Graph 24 PWA (IOM, Stolberg, Alemanha), ecocardiograma e
Ultrassom de Carótidas (Philips, Amsterdã, Países Baixos). A amostra foi dividida em 2
grupos: (G1) sujeitos com idade em risco (homem ≥ 55 anos, mulher ≥ 65 anos), (G2)
sem idade em risco. Foram calculados nos dois grupos as médias do índice de massa
ventricular (IMVE - g/m2), da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe CKD-EPI
- ml/min/1.73m2), da velocidade de onda de pulso (VOP - m/s), da espessura médiointimal (EMI) e a frequência (%) de placa em território carotídeo (PL+). Para avaliar a
significância de diferenças entre os dois grupos, utilizamos o teste do qui-quadrado para
as proporções e o teste t de student para as médias. Resultados: Foram analisados
dados de 140 sujeitos divididos em 2 grupos: G1 (60) e G2 (80). Foram encontradas
diferenças significativas (p < 0,05) para idade 68±7,5 vs 50±10,4, mulheres 28 (46,7%)
vs 64 (80%), CA em risco 39 (65%) vs 67 (83,7%), PA sistólica 140 ± 20,68 vs 130
± 18,05. Houve diferenças significativas (p < 0,05) para todas as comparações de
indicadores de LOA. IMVE 89,94±25.03 vs 76,82±28,31, TFGe 65,15±21,58 vs
87,48±22,95, VOP 10,28±1,76 vs 7,85±1,25, EMI 0,88±0,21 vs 0,77±0,18, PL+ 45
(75%) vs 23 (28,7%). Conclusão: Os resultados demonstram que pacientes com
idade em risco apresentam resultados de indicadores de LOA significativamente piores
do que os pacientes sem idade em risco, indicando uma relação entre envelhecimento
e a possibilidade do aparecimento de LOA em hipertensos.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
1
Resumos Temas Livres
46946
Comparação de médias de índice de massa corporal e pressão arterial entre os
gêneros de adolescentes de 10-15 anos: estudo do Rio de Janeiro II
A importância da equipe multiprofissional no atendimento ao paciente
hipertenso
FLAVIA LOPES FONSECA, LETICIA MIRANDA GUIMARAES, ESTEFANIA ROSA
DE OLIVEIRA SILVA, RENAN BITTENCOURT MAIA, JULIA BRANDAO BOUZAS,
ANDRESSA CRISTINA DA SILVA DE ALMEIDA, ERIKA MARIA GONÇALVES
CAMPANA, PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI, MARIA ELIANE CAMPOS
MAGALHAES, ROBERTO POZZAN e ANDREA ARAUJO BRANDAO
LILIANA FORTINI CAVALHEIRO BOLL, LILIANE APPRATTO DE SOUZA, ANELISE
MARQUES RODRIGUES, JACQUELINE VAZ e SÍLVIA GOLDMEIER
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
Fundamento: No Brasil, são escassos os dados sobre curvas de pressão arterial (PA)
em adolescentes, e no que se refere ao excesso de peso, este constitui um importante
fator de risco cardiovascular (RCV) independente do gênero e idade. A associação
desses dois importantes fatores de RCV em populações jovens é importante para
adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo: Comparar as médias de
sobrepeso/obesidade (S/O), PA sistólica (PAS) e PA diastólica (PAD) por idade e gênero
de alunos de 10 a 15 anos de escolas públicas do Rio de Janeiro. Delineamento:
Estudo de corte transversal. Materiais e Métodos: Foram avaliados 1.723 escolares
em ambiente escolar no período de 01/06 a 25/11/2015. Peso (P) e altura (A) foram
avaliados com os escolares descalços, trajando uniforme escolar, através de balança
digital (OMRON HBF 214) e estadiômetro portátil (SECA 206), respectivamente. IMC foi
calculado pelo P em quilogramas dividido pela A em metros elevada ao quadrado. A PA
foi aferida três vezes no mesmo dia pelo método oscilométrico com monitor automático
OMROM HEM-1720. As médias de IMC e PA entre os gêneros foram comparadas
através do teste t de Student com auxílio do software SPSS versão17.0. Resultados:
1) A população foi composta por 743 (43,1%) indivíduos do sexo masculino (M) e 980
(56,9%) do sexo feminino (F), cuja distribuição por idade e gênero foi: 10 anos (n=108,
49M/59F), 11 anos (n=242, 106M 136F), 12 anos (n=368, 169M/199F), 13 anos
(n=397, 161M/236F), 14 anos (n=346, 153M/193F), 15 anos (n=262, 105M/157F); 2)
A média do IMC para ambos os gêneros aumentou com a idade. A média do IMC foi
maior no gênero F em todas as idades, exceto para 10 anos. No entanto, as médias
de IMC foram significativamente maiores no gênero F apenas para as idades de 14
anos (p=0,009) e 15 anos (p=0,002); 3) Para as médias de PAS, estas foram maiores
no gênero M em todas as idades (p<0,05), exceto para 12 anos; médias de PAD não
revelaram diferença estatisticamente significativa (p>0,05) em todas as idades e em
ambos os gêneros. Conclusão: Em adolescentes de 10-15 anos, o IMC aumentou
com a idade para ambos os gêneros e só esteve associado com o gênero nas idades
de 14 e 15 anos. Considerando a PA, foram observadas maiores médias de PAS no
gênero M em comparação com o feminino, e não houve diferença significativa entre as
médias de PAD dos alunos em ambos os gêneros.
46960
Instituto de Cardiologia - IC/FUC, Porto Alegre, RS, BRASIL.
Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica e
considerada condição majoritária para aumento do risco de morbimortalidade
cardiovascular. Apesar da sua alta prevalência, não existem estratégias totalmente
efetivas no manejo dos valores adequados da pressão arterial (PA). Estudos mostram
que um programa multidisciplinar de atenção ao paciente hipertenso pode colaborar
para a adesão e controle da PA. Objetivo: Avaliar a efetividade de um programa de
atendimento multiprofissional (MultiHas) na redução da PA, na melhora de qualidade
de vida e adesão ao tratamento em pacientes hipertensos. Amostra: Oriundos de
Unidades Básicas de Saúde e encaminhados para o IC/FUC, com diagnóstico prévio de
HAS. Delineamento e Métodos: Estudo quasi-experimental, onde todos os pacientes
foram submetidos a um acompanhamento bimestral em ambulatório MultiHas, durante
um ano, e reavaliados após follow-up de um ano do término, no período de 2014 a 2016.
A equipe MultiHas é composta por médico, enfermeira, nutricionista, fisioterapeuta e
psicóloga, os quais realizaram intervenções com orientações específicas a cada área
e ajuste de medicamentos (médico). Foram avaliadas variáveis como PA, Escore de
Qualidade de Vida (QV Mini-CHALL) e Adesão medicamentosa (Teste de MoriskyGreen). Análise estatística foi realizada através de ANOVA de 1 via para mediadas
repetidas para dados paramétricos, seguida de Teste de Friedman para dados
não-paramétricos. Os dados foram apresentados como média±DP ou mediana (25
% - 75%), assumindo como significância estatística um p < 0,05. Resultados: A PA
Sistólica reduziu significativamente no primeiro ano (PAS basal= 160,5±25,6 vs após 1
ano= 141,8±21,1mmHg) e voltou aos valores iniciais após um ano de follow-up (PAS=
160,91±24,4mmHg), porém a PA Diastólica e a Frequência Cardíaca não se alteraram.
A QV melhorou significativamente após 1 ano de tratamento (QV basal= 22,5±10,8 vs
após 1 ano = 9,5±5,5) e ficou inalterada após 1 anos de follow-up. A adesão mostrouse inalterada quando comparados os resultados após 1 ano de tratamento em relação
ao Basal, no entanto, após 1 ano de follow-up, reduziu (Adesão follow-up= alta 33%;
média 17% e baixa 50%). Conclusão: O MultiHas reduziu significativamente a PAS
e melhorou a QV após 1 ano de tratamento. Corroborando com a literatura, o não
acompanhamento multiprofissional piorou a PAS e a adesão. O programa deve ser
considerado como um potencial recurso no manejo do hipertenso.
46963
Correlação de velocidade de onda de pulso e espessura médio intimal em
hipertensos com e sem placa em território carotídeo
Peso ao nascimento, pressão arterial e índice de massa corporal em
adolescentes de 10 a 15 anos. Estudo do Rio de Janeiro II
IRAMAIA SALOMAO ALEXANDRE DE ASSIS, LUIZ ANTONIO PERTILI R. DE
RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, MARIANA APARECIDA DE ASSIS
CAMPOS, GAM LUCAS GONCALES FERREIRA, GISLENE GUIMARAES MELO,
LUCAS BATISTA FERREIRA DA SILVA, MATHEUS DA COSTA GOULART, VITORIA
HELENA PEREIRA, MARILIA TORRES MIRANDA e MARCO ANTONIO VIEIRA DA
SILVA
MARIA ELIANE CAMPOS MAGALHAES, JULIA BRANDAO BOUZAS, ESTEFANIA
ROSA DE OLIVEIRA SILVA, RENAN BITTENCOURT MAIA, ANDRESSA CRISTINA
DA SILVA DE ALMEIDA, LETICIA MIRANDA GUIMARAES, GUILHERME BRANDAO
BOUZAS, FLAVIA LOPES FONSECA, ERIKA MARIA GONÇALVES CAMPANA,
PEDRO PIMENTA DE MELLO SPINETI e ANDREA ARAUJO BRANDAO
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Uberaba, MG, BRASIL.
Fundamento: Evidências demonstram a correlação entre a velocidade de pulso
tornozelo-braquial e a espessura médio intimal (EMI) em indivíduos com doença
aterosclerótica cardíaca. Objetivo: Avaliar a correlação entre velocidade de onda
de pulso EMI em hipertensos com e sem placa em território carotídeo. Amostra:
A amostra contou com 141 pacientes hipertensos ou suspeitos de hipertensão,
atendidos no ambulatório de hipertensão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM), entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Os sujeitos foram divididos em dois
grupos, G1 (com placa em território carotídeo) e G2 (sem placa em território carotídeo).
Métodos: Os indivíduos responderam a questionários e passaram por medidas para
estipular as características gerais definidas necessárias pelos pesquisadores. A
velocidade de onda de pulso (VOP) foi mensurada quatro vezes por paciente, por
meio do equipamento MOBIL-0-GRAPH 24 PWA, além de um ultrassom de carótidas.
A espessura médio intimal (EMI) foi medida a uma distância de até 2cm da bifurcação
carotídea, em três pontos, bilateralmente, ao final da diástole e o maior valor obtido
foi considerado. O teste qui-quadrado para proporções e o teste t student para as
médias foram utilizados para avaliar diferenças entre grupos. Além disso, calculou-se
o coeficiente de correlação (r) entre VOP e EMI médio (média de direito e esquerdo) e
máximo (maior valor de EMI), com o nível de significância e os resultados comparados
por meio do teste para comparação de coeficientes de correlação. Resultados: A
comparação entre os grupos mostrou diferenças significativas (p < 0,05) para idade,
IMC médio, PA diastólica, taxa de filtração glomerular, VOP, EMI-média, além de
frequência de mulheres tabagistas. Para as demais comparações não houveram
diferenças. No G1, houve correlação da VOP com EMI-média e EMI-máxima, com
r de 0,34 (p =0,0037) e 0,32 (p = 0,007) respectivamente. Resultado semelhante
ocorreu no G2, com r da VOP com EMI- médio de 0,30 (p =0,0086) e EMI-máximo
de 0,33 (p = 0,0044). A comparação dos coeficientes de correlação não demonstrou
diferenças significativas para todas as comparações. Conclusão: Existe correlação
estatisticamente significativa entre a VOP e a EMI média e máxima, tanto para
hipertensos com placa em território carotídeo quanto para hipertensos sem placa.
2
46949
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL.
Fundamento: A relação do peso ao nascimento (PN) com variáveis de risco
cardiovascular em populações jovens permanece controversa e o seu estudo poderá
contribuir para adoção de medidas de prevenção primária. Objetivo: Analisar o
peso ao nascimento (PN) e sua relação com pressão arterial (PA) e índice de massa
corporal (IMC) de alunos de 10 a 15 anos de escolas públicas do Rio de Janeiro.
Delineamento: Estudo de corte transversal. Amostra e Métodos: Foram avaliados
1.723 estudantes em ambiente escolar: 743 (43,1%) do sexo masculino (M) e
980 (56,9%) do sexo feminino (F). A distribuição da população por idade e gênero
foi: 10 anos (n=108, 49M/59F), 11 anos (n=242, 106M 136F), 12 anos (n=368,
169M/104F), 13 anos (n=397, 161M/236F), 14 anos (n=346, 153M/193F), 15 anos
(n=262, 105M/157F). PA foi medida três vezes pelo método oscilométrico com monitor
automático OMROM HEM-1720 e o IMC calculado a partir do peso e altura. O PN foi
obtido através de informação fornecida pelos pais ou responsável. Os escolares foram
divididos em tercis referentes ao peso ao nascimento: primeiro tercil (T1) < 3000g;
segundo tercil (T2) ≥ 3000g e < 3450g; e terceiro tercil (T3) ≥ 3450g. Resultados:
1) As médias de PA sistólica não foram diferentes estatisticamente pelos tercis de
PN (T1: 108,84±11,93mmHg; T2: 108,23±11,06mmHg; T3: 107,78±10,22mmHg)
(p=0,315); 2) As médias de PA diastólica não mostraram diferenças estatisticamente
relevantes pelos tercis de PN (T1: 63,37±10,77mmHg; T2: 62,67±9,04mmHg; T3:
62,84±8,83mmHg) (p=0,503); 3) As médias de IMC foram estatisticamente diferentes
entre si, sendo a média de T3 maior que T1 (p=0,008) (T1: 20,49±4,28kg/m2; T2:
21,13±4,58 kg/m2; T3: 21,31±4,24 kg/m2); 4) A comparação dos escolares com PN ≤
2500g (baixo PN, n=184) e com PN > 2500g (PN normal, n=1292) indicou menores
médias de IMC (p=0,043) e maiores médias de PA, porém sem significado estatístico,
no grupo de baixo PN. Conclusão: Escolares de 10-15 anos de idade com menor PN
apresentaram maior PA, porém sem significado estatístico. No entanto, maior peso ao
nascimento associou-se significativamente a maior IMC na adolescência.
Resumos Temas Livres
47320
Uso de anti-hipertensivos em hipertensos diabéticos e não-diabéticos. Coorte
histórica com onze anos de seguimento
ANDREA CRISTINA DE SOUSA, JADE ALVES DE SOUZA PACHECO, FABRICIO
GALDINO MAGALHÃES, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ALLINE
OLIVEIRA, ANA CAROLINA ARANTES, RAIDANNE PRISCILA C ARANTES
DOURADO, THIAGO OLIVEIRA COSTA, LUANA DE REZENDE MIKAEL e ANA
LUIZA LIMA SOUSA
Liga de Hipertensão Artrial, Goiânia, GO, BRASIL - Universidade Federal de Goiás,
Goiânia, GO, BRASIL.
Fundamento: A falta de controle da hipertensão arterial entre diabéticos tipo 2 contribui
para as altas taxas de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Objetivo:
Analisar o uso de anti-hipertensivos entre hipertensos com e sem diabetes. Amostra:
Participaram do estudo 139 pacientes hipertensos (diabéticos: 55; não diabéticos: 84),
em tratamento para controle de hipertensão arterial, que realizam tratamento em serviço
de referência para hipertensão há 11 anos. Delineamento e Métodos: Estudo de coorte
histórica de hipertensos diabéticos e não diabéticos em tratamento regular há no mínimo
11 anos, avaliados em três seguimentos (2004, 2009 e 2015). Variáveis utilizadas:
gênero, raça, idade, quantidade de anti-hipertensivos, controle pressórico, Índice de
Massa Corporal (IMC), tempo de tratamento de hipertensão no serviço especializado.
Para o controle da pressão arterial entre hipertensos não diabéticos foram considerados
valores < 140/90mmHg e para hipertensos diabéticos valores < 130/80mmHg. Para
a análise de associação das variáveis foi utilizado teste qui-quadrado em nível de
significância de 5%. Resultados: O tempo médio de tratamento de hipertensão,
em 2004, era de 5,8 anos. O sexo feminino (75,5%) e a raça branca (55,8%) foram
predominantes em ambos os grupos, sendo a idade média inicial da coorte de 57,4 anos
(±9,3). Os hipertensos diabéticos apresentaram menores taxas de controle pressórico
(23,6%/ 27,3%/ 29,1%) em todos os seguimentos em relação aos não diabéticos (76,4%/
72,7%/ 69,0%), (p<0,001). A falta de controle não se relacionou com nenhuma variável
analisada.O uso de 3 ou mais anti-hipertensivos inicialmente era semelhante entre os
grupos sendo de 26,4% para grupo de diabéticos de 26,3% para não diabéticos. Ao final
ambos os grupos aumentaram o uso de anti-hipertensivos, entretanto os hipertensos
diabéticos utilizavam maiores quantidades, sendo que 85,2% deles utilizavam três
classes ou mais de anti-hipertensivos enquanto 45,2% de não diabéticos utilizavam
essa mesma quantidade (p<0,001). Conclusão: Ao final os hipertensos diabéticos
utilizavam maiores quantidades de anti-hipertensivos, mas ainda assim tinham menor
controle pressórico em relação aos não diabéticos. O acompanhamento de hipertensos
diabéticos é fundamental para o desenvolvimento de ações que controlem os níveis
pressóricos, buscando a redução do risco para eventos cardiovasculares.
47321
Incidência de dislipidemia em onze anos: coorte de hipertensos diabéticos
ANDREA CRISTINA DE SOUSA, JADE ALVES DE SOUZA PACHECO, FABRICIO
GALDINO MAGALHÃES, PAULO CESAR BRANDAO VEIGA JARDIM, ALLINE
OLIVEIRA, ANA CAROLINA ARANTES e ANA LUIZA LIMA SOUSA
Liga de Hipertensão Arterial, Goiânia, GO, BRASIL - Universidade Federal de Goiás,
Goiânia, GO, BRASIL.
Fundamento: Níveis elevados de colesterol constituem um fator de risco para doenças
cardiovasculares e este fato ainda se exacerba na presença de diabetes mellitus tipo
2. Objetivo: Avaliar a incidência de dislipidemia entre indivíduos hipertensos expostos
ao diabetes mellitus tipo 2. Amostra: Estudo realizado com pacientes hipertensos,
tendo diabetes mellitus tipo 2 como fator de exposição, em tratamento em serviço de
referência para hipertensão. Delineamento e Métodos: Estudo de coorte histórica
de hipertensos em tratamento regular há no mínimo 11 anos, com avaliação inicial
em 2004 e avaliação final em 2015. Variáveis utilizadas: gênero, idade, índice de
massa corporal (IMC), uso de hipolipemiantes e perfil lipídico. Realizado Teste U de
Mann-Whitney e análise de associação entre as variáveis com teste qui-quadrado,
nível de significância de 5%. Resultados: Participaram 139 pacientes, destes 84 eram
hipertensos não diabéticos e 55 eram hipertensos diabéticos; houve predominância
do sexo feminino (55,8%) e a idade média, no início, foi semelhante entre os grupos
(57,5 anos ±9,3) o tempo médio de tratamento de hipertensão, em 2004, era de 5,8
anos. O IMC do grupo de diabéticos permaneceu com níveis de obesidade em todos
os seguimentos da coorte enquanto o de não diabéticos se manteve com níveis de
sobrepeso em todos os seguimentos (p<0,001). O uso de hipolipemiantes aumentou
em ambos os grupos ao longo da coorte, mas, ao final, os indivíduos hipertensos
diabéticos utilizavam maiores quantidades (10,9% no início; 77,8% no final), entre
os hipertensos não diabéticos a taxa era de 3,6% no início, e de 47% no final da
coorte (p=0,000). Em relação ao perfil lipídico, apresentado primeiramente para o
grupo diabético e em sequência para os não diabéticos: Colesterol total 225±53,4
e 208,2±45,7 (p=0,360); HDL:47,6±14,4; e 47,6±12,44 (p=0,760); LDL: 133,1±51,8
e 133,2±35,8 (p=0,920); Triglicerídeos: 213,3±157,4 e 142,6±101,7 (p<0,001). Ao
final o Colesterol total 225±53,4 e 182,1±31 (p<0,001); o HDL:52,7±12,9 e 48,5±12,7
(p<0,040); LDL: 87,9±26,7 e 109,4±27,3 (p<0,001); Triglicerídeos: 183,5±240,4 e
127,4±61,8 (p=0,100). Conclusão: Ambos os grupos apresentaram melhora do perfil
lipídico, entretanto hipertensos diabéticos apresentaram-se mais dislipidêmicos ao
final do estudo. O tratamento contínuo e regular permite o controle lipídico mais eficaz,
o que pode auxiliar na redução de eventos cardiovasculares.
47323
Pressão central identifica melhor alterações de pressão arterial associados à
redução de sal em adição quando comparada à pressão casual e residencial
ANA CAROLINA ARANTES, RAFAELA BERNANDES RODRIGUES, WEIMAR
KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA, ANA LUIZA LIMA SOUSA, PAULO CESAR
BRANDAO VEIGA JARDIM, THIAGO DE SOUZA VEIGA JARDIM, YMARA CASSIA
LUCIANA ARAJO, ANDREA CRISTINA DE SOUSA, MAICON BORGES EUZEBIO,
TAYSA CRISTINA DOS SANTOS NEIVA e LUCIANA DA RESSURREIÇÃO SANTOS
Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, BRASIL.
Fundamento: Diferentes métodos de aferição da pressão arterial estão disponíveis e
conhecer as diferenças entre eles nos mais diferentes contextos clínicos é fundamental.
Delineamento: É um ensaio clínico simples cego. Objetivo: Busca avaliar a redução
dos valores pressóricos com diferentes métodos de medidas de pressão arterial após
intervenção para redução da ingestão de sal em diferentes grupos. Amostra: 55
servidores de instituição pública de ensino, com idade média de 45,5 anos (±10,6),
58,2% da amostra eram do sexo masculino. Métodos: Foram realizadas medidas da
pressão arterial após intervenção com redução da ingestão de sal de adição (4g/dia),
utilizando os seguintes métodos: medida indireta em consultório, Medida Residencial
da Pressão Arterial (MRPA) e medida da pressão central por tonometria. Os
participantes foram classificados pela medida casual em normotensos (18), limítrofes
(15) e hipertensos I (22). As medidas de pressão foram realizadas segundo as últimas
diretrizes brasileiras. Todos os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido. Resultados: Não houve diferença na distribuição por idade e sexo entre
os grupos. No grupo de normotensos o método indireto em consultório apresentou
redução de pressão arterial sistólica (PAS) de 2,5mmHg e na pressão arterial diastólica
(PAD) de 1,4mmHg, sem significância estatística. Na medida residencial este grupo
apresentou redução de 0,6mmHg (p≥0,05). Na medida de pressão central houve
redução significativada PAS (3,6mmHg) e na PAD (1,6mmHg) sem significância. Entre
os limítrofes PAS e PAD não sofreram modificações significativasna medida casual
eresidencial. Na medida da pressão central houve redução significativa na PAS
(4,8mmHg) ena PAD (2,2mmHg) sem significância. No grupo de hipertensos houve
redução dos valores de PAS (4,4mmHg) e PAD (4,1mmHg) de modo significativo;
com a medida residencial a redução de PAS (1,6mmHg) e PAD (0,6mmHg) não foi
significativa. Na medida da pressão central nesse grupo houve redução significativa
na PAS (5,5 mmHg) e na PAD (5,1mmHg). Conclusão: A medida da pressão central
identificou reduções nos valores de PAS em todos os grupos; sendo que a PAD
mostrou redução somente no grupo de hipertensos.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
3
TEMAS LIVRES - 27 e 28/10/2016
APRESENTAÇÃO POSTER
46771
Diabetes e doenças cardiovasculares: utilização de programas de rádio como
estratégia de educação em saúde no Vale do Jequitinhonha
EDSON DA SILVA, ELENICE DOS SANTOS PAULA, JULIANA SALES RODRIGUES
COSTA, FRANCIELE ANGELO DE DEUS, MARILEILA MARQUES TOLEDO,
MILENA CAMPOS SILVA, LUCAS GABRIEL, DANIELA PEREIRA CASTRO,
MAYARA DUMONT CUNHA, NOÊMIA DE FÁTIMA SILVA LOPES e LUCIANA DE
FREITAS CAMPOS
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, BRASIL
- Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, Montes Claros, MG, BRASIL.
Fundamento: As doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade
entre portadores de diabetes mellitus (DM) e no DM do tipo 2 a maioria dos indivíduos
apresenta obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia. Considerando o DM uma
doença multifatorial, destaca-se a importância da interação multiprofissional na adoção
de medidas preventivas e promotoras de saúde de pacientes com diabetes. Objetivo:
Caracterizar os conteúdos de programas de rádio produzidos por uma equipe de
educação em saúde como estratégia de educação em DM nos Vales do Jequitinhonha.
Delineamento: Estudo qualitativo, quantitativo e descritivo. Métodos: Para este trabalho,
o Grupo de Estudos e Pesquisas do Diabetes da UFVJM firmou parceria com a Rádio
Universitária 99.7 FM, a qual tem audiência em dezenas de municípios da região. Os
programas de rádio se basearam nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, foram
produzidos e gravados por estudantes, sob supervisão de docentes. Este estudo avaliou a
amostra dos episódios da série “Em sintonia com o diabetes”, a qual abordou prevenção,
controle e tratamento do DM e suas complicações. Foram produzidos 72 programas de
90 segundos, veiculados 6 vezes por dia, sendo 6 programas inéditos por quinzena,
durante o 1º semestre de 2016, totalizando 780 transmissões. Os dados referentes aos
conteúdos dos programas e a área de atuação da equipe executora foram analisados
e descritos. Resultados: Os programas elucidaram temas sobre as complicações
cardiovasculares associadas ou decorrentes do DM, dos quais 28 abordaram obesidade;
26 doenças cardiovasculares; 18 atividade física; 6 alimentação e 2 estresse. A equipe
que elaborou os programas de rádio exibiu caráter interdisciplinar, sendo 10 graduandos
(medicina, fisioterapia e odontologia), 1 pós-graduando em ciências fisiológicas e 5
pesquisadores (enfermeiras, fisioterapeuta e assistente social). Conclusão: O estudo
identificou o perfil interdisciplinar e a expressiva participação dos estudantes, fatores que
aprimoram o trabalho em equipe e a formação universitária. A maioria dos programas
abordou relações do DM com obesidade, doenças cardiovasculares e atividade física. No
entanto, as relações entre alimentação, estresse, entre outras, foram pouco exploradas,
mas influenciam o manejo do DM. Diante disto, sugerimos que futuros programas para a
série sejam mais abrangentes com o tema doenças cardiovasculares e DM. Apoio: Pibex/
Proexc; Proae; Rádio 99.7 FM-UFVJM.
46791
Perfil dos pacientes com pressão arterial limítrofe e hipertensão estágio 1 da
Liga de Hipertensão Arterial da Universidade Federal de Goiás
WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA, CLAUDIA FERREIRA GONÇALVES,
JOAO ALEXANDRE DA COSTA BERIGO, LUANA DE REZENDE MIKAEL, ANA
LUIZA LIMA SOUSA, JOAO GABRIEL FRANCO LOPES, ANA CAROLINA ARANTES
e MILENA DE ANDRADE MELO
Liga de Hipertensão Arterial da UFG, Goiânia, GO, BRASIL.
Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição complexa,
multifatorial, altamente prevalente na população adulta, e um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Sobrepeso, obesidade,
sedentarismo, ingestão de bebida alcoólica e tabagismo são frequentemente encontrados
no paciente hipertenso e aumentam o risco cardiovascular. Objetivo: Analisar o perfil do
paciente portador de pressão arterial (PA) limítrofe e hipertensão estágio 1 da Liga de
Hipertensão da Universidade Federal de Goiás. Delineamento, Amostra e Métodos:
Trata-se de um estudo transversal analítico no qual foram revisados 240 prontuários
da LHA-UFG, de pacientes portadores de PA limítrofe e hipertensão estágio 1. Foram
excluídos pacientes com diabetes mellitus 1 ou 2, hipertensão estágios 2, 3 ou HAS
resistente, portadores de doenças crônicas em estágios terminais e de arritmia cardíaca
clinicamente significativa. Resultados: Na amostra analisada 32,5% dos pacientes
eram do sexo masculino com idade média de 57,8 anos, 71% dos pacientes eram
sedentários, 13,75% relataram ingestão de bebida alcoólica e 10% tabagistas. A taxa
de sobrepeso foi 32,5% e obesidade 30%. Conclusão: A PA limítrofe e HAS estágio 1
são altamente prevalentes na população adulta e quando não identificadas e tratadas
adequadamente apresentam ao longo do tempo, dano cardiovascular e consequente
aumento da morbimortalidade. Além disso os fatores de risco cardiovasculares
frequentemente associados à HAS pioram esse cenário. Nessa amostra encontramos
alta prevalência de excesso de peso (62,5%) e sedentarismo (71%). Há uma semelhança
com a realidade da população brasileira em geral, que apresenta uma prevalência de
excesso de peso de 50,8%. Ainda na comparação com dados nacionais, nossa amostra
apresenta uma proporção maior de obesos em relação aos que apresentam sobrepeso,
já que 48% dos pacientes com excesso de peso são obesos, enquanto que no Brasil
essa relação é de 34,4%. Quanto ao sedentarismo, percebemos uma taxa acima da
encontrada no Brasil, que é de 49,2%. Em relação à ingestão de bebidas alcoólicas e
ao tabagismo, encontramos prevalências menores em relação à brasileira, que são de
38,1% e 14,9%, respectivamente. É necessário ressaltar a importância de estratégias
para identificação, tratamento e controle da HAS mesmo em fases iniciais, assim como
os fatores de risco associados, pois essas ações implicarão em redução da mortalidade
cardiovascular.
46781
Análise de vídeos do YouTube sobre hipertensão arterial e diabetes
EDSON DA SILVA, JULIANA SALES RODRIGUES COSTA, MARILEILA MARQUES
TOLEDO, ELENICE DOS SANTOS PAULA, KELLY FERNANDES DA SILVEIRA,
FERNANDO GONÇALVES DOS SANTOS, JÉSSICA SAMARA OLIVEIRA
TOLOMEU, EDUARDO AUGUSTO BARBOSA FIGUEIREDO e LUCIANA DE
FREITAS CAMPOS
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG,
BRASIL.
Fundamento: A Hipertensão Arterial (HA) e o diabetes são problemas de saúde
pública prevalentes e crescentes no mundo. A partilha de vídeos em Websites como
o YouTube tem o potencial de influenciar o comportamento de pacientes. Objetivo:
Avaliar as características métricas e a fonte de vídeos sobre HA e diabetes disponíveis
no YouTube. Delineamento: Estudo exploratório, quantitativo e descritivo. Métodos: A
pesquisa foi realizada no sítio de partilha de vídeos do YouTube, em 22 de agosto de
2016, utilizando-se dois descritores associados “hipertensão arterial e diabetes”. Foram
considerados os vídeos das primeiras cinco páginas, admitindo que os usuários são
menos propensos a ir além na busca de um termo de pesquisa. Foram excluídos os
vídeos que não estavam em português; os que não se relacionavam com os descritores
adotados; os que excediam 30 minutos, assumindo que os usuários não teriam paciência
para assistir vídeos mais extensos. Os links de todos os vídeos foram arquivados para
posterior análise. O número total de visualizações, as métricas “curtir’, ‘’não curtir‘’ e
a data de carregamento dos vídeos no YouTube foram armazenados e tabulados. A
fonte de cada vídeo foi categorizada em 4 grupos: organizacional, profissional, pessoal
e anúncios. Dois pesquisadores avaliaram e classificaram cada vídeo e os dados foram
descritos em percentuais. Resultados: A busca totalizou 9.290 vídeos, dos quais 97
(1,04%) arquivos foram pré-selecionados e analisados, totalizando uma amostra de
87 vídeos (0,94%). Foram excluídos 10 vídeos (1 em inglês, 2 em espanhol, 5 > 30
minutos e 2 sobre HA e Diabetes em cães e gatos). O número total de visualizações
dos 87 vídeos foi de 4,8 milhões; o de curtidas foi 94,7 mil; o de não curtidas foi de 1,5
mil e a duração total foi de 11,7 horas. Em relação à fonte, os conteúdos dos vídeos
foram apresentados nas seguintes categorias: organizacional (40,3%), profissional
(25,3%), pessoal (28,7%) e anúncios (5,7%). Conclusão: Evidenciou-se que o YouTube
é amplamente utilizado tanto na disponibilização, quanto na busca de informações sobre
HA e diabetes, admitindo seu potencial educacional em saúde. Houve predominância
de vídeos organizacionais, mas os vídeos pessoais poderiam representar risco de
veiculação de informações imprecisas ou enganosas. Enfatiza-se a necessidade da
análise do conteúdo dos vídeos, uma vez que informações corretas podem oportunizar
sua utilização na educação sobre HA e diabetes. Apoio: Pibex/Proexc-UFVJM.
46827
Situs inversus totalis: qualidade de vida após transplante cardíaco
GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, BRASIL.
Fundamento: As anomalias congênitas cardiovasculares são de origens genéticas,
uma das mais raras é o situs inversus totalis, sendo uma condição em que os órgãos
viscerais são invertidos da sua posição anatômica, afetando cerca de 0,01% da
população mundial (BENJAMIM et. al. 2016), incidindo com dextrocardia (MALDJIAN,
2007). Após a intervenção cirúrgica, ocorre um significativo aumento da sobrevida,
na capacidade de realizar exercícios e na qualidade de vida destes pacientes
(STEVENSON et al. 2012; LUCKRAZ et al. 2005), porém, são necessárias maiores
evidências sobre a qualidade de vida em pacientes que sofreram transplantes
decorrentes da anomalia situs inversus totalis. Uma forma de avaliar este pressuposto
é a utilização de questionários multidimensionais como o Short form health survey 36
(SF36)”, validado para o português (CICONELLI et al. 1999) visando uma avaliação
global de diferentes aspectos da vida destes pacientes. Métodos: Foi estudado um
voluntário, homem, 45 anos, acometido com anomalia cardíaca congênita, infartado
e transplantado em novembro de 2015; inserido na reabilitação cardiovascular após
3 meses da intervenção cirúrgica, com medicação otimizada e sem alterações
endócrinas e metabólicas. A qualidade de vida foi avaliada através do SF36. As
pontuações de cada questão são transformadas em oito notas, uma para cada
domínio, que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde zero é pior e 100 é melhor. Esse
valor final não apresenta unidade de medida e é chamada da de raw scale. Os dados
estão organizados sob a forma de estatística descritiva. Resultados: Homem, 45 anos,
PAS = 120mmHg, PAD = 85mmHg, FC = 70bpm. Escores de cada domínio do SF36:
Aspectos sociais = 100; Saúde mental = 80; Vitalidade = 75; Limitação por aspectos
emocionais = 66,6; Capacidade funcional = 65; Estado geral de saúde = 62; Dor =
61; Limitação por aspectos físicos = 50. Conclusão: Paciente do sexo masculino, de
meia idade, após 111 dias de transplante cardíaca em virtude de situs inversus totalis,
com medicação otimizada e após reabilitação cardiovascular apresenta restauração
completa dos aspectos sociais, independente das limitações dos outros domínios,
sendo a principal delas relacionada aos aspectos físicos, que foram restaurados em
metade do esperado.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
4
Resumos Temas Livres
46886
Análise do conhecimento prévio sobre o valor ótimo de pressão arterial em
amostra populacional colhida em um centro comercial de Fortaleza
ADRIELE MACHADO DOS SANTOS, ANDRESSA GOMES SALES, ANTONIO DAVI
PINTO MARINHO, HELAYNE MOREIRA CLAUDINO, HÉLIO DE SOUZA PERES
JÚNIOR, JOSÉ NILSON CORREIA NETO, LARISSA BRAGA MENDES, NICHOLAS
MILITAO ALVES, PEDRO LEMOS CARVALHO, RODRIGO BITU HOLANDA e VITOR
DAMASCENO LEITAO
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, BRASIL.
Fundamento: O conhecimento sobre os limites normais da pressão arterial (PA) é
fundamental para a aplicação de medidas de prevenção e controle dos seus níveis
na população¹. Objetivo: Identificar o conhecimento prévio de uma amostra da
população sobre valores normais de pressão arterial. Delineamento e Métodos:
Foi realizado um estudo transversal fundamentado em questionário estruturado
com a pergunta subjetiva “Qual valor da pressão arterial você considera normal?”.
O questionário foi aplicado a 412 pessoas que circulavam em um centro comercial
de Fortaleza no contexto de um projeto de conscientização sobre os fatores de risco
para hipertensão arterial sistêmica (HAS). Os dados foram armazenados e analisados
no Programa Microsoft Excel. O estudo foi aplicado mensalmente, de julho de 2014
a fevereiro de 2016. Resultados: Dentre 412 pessoas, 71 (17,23%) não souberam
responder, 50 (12,13%) responderam valores acima de 139/89mmHg e 291 (70,63%)
responderam valores abaixo de 139/89mmHg. Dentre as que não souberam responder
ou responderam valores acima de 139/89mmHg, 1 era analfabeta (0,83%), 23 não
concluíram o ensino médio (19,01%), 37 concluíram o ensino médio (30,58%), 29 não
concluíram o ensino superior (23,97%), 21 concluíram o ensino superior (17,36%),
10 fizeram pós-graduação (8,26%) e 15 sabiam ter diagnóstico de HAS (12,40%).
Dentre as que responderam valores abaixo de 139/89mmHg, 31 não concluíram o
ensino médio (10,65%), 80 concluíram o ensino médio (27,50%), 57 não concluíram
o ensino superior (18,56%), 63 concluíram o ensino superior (21,65%) e 56 fizeram
pós-graduação (19,24%). Conclusão: Percebe-se que ainda há um considerável
desconhecimento sobre o nível ótimo de PA, uma vez que quase um terço dos
participantes (29,36%) não soube responder ou respondeu de maneira errada. Notase ainda que esse desconhecimento é alto mesmo em indivíduos com elevado grau
de escolaridade, pois mais de dois terços dos participantes (80,17%) possuem pelo
menos o ensino médio completo. Referências: 1 KNIGHT, E. L. et al. Predictors of
Uncontrolled Hypertension in Ambulatory Patients. Hypertension, [s.l.], v. 38, n. 4,
p.809-814, 1 out. 2001. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health).
46923
5
46893
Prevalência de síndrome hipertensivas em gestantes
JANE RAFAELA DO REGO PONTES PIRES, LUCICLEIDE NAILDES DA SILVA e
STEFFANY KELLY PONTES PIRES
FACESF, Maceió, AL, BRASIL.
Fundamento: A Síndrome Hipertensiva em Gestantes é uma das grandes causas de
morte materna quando não cuidada. Em algumas mulheres pode trazer consequências
graves não só para ela como para seu bebê, por isso a importância de prevenir e
alertar as gestantes quanto aos cuidados necessários. Objetivo: O objetivo deste
trabalho é verificar a prevalência de crises hipertensivas na gestação. Delineamento e
Métodos: O estudo se caracteriza em um estudo descritivo exploratório retrospectivo
com abordagem quantitativa realizado com 20 artigos, com o objetivo de analisar
prevalência de síndrome hipertensiva na gestação e suas complicações durante o
período gestacional. Resultados: O resultado em 100% das gestantes estudadas
que 90% apresentam redução da PA, 10% apresentam hipertensão que é a primeira
causa de morte materna, nas complicações causadas por hipertensão de 100% um
número de 12% a 22% apresentam eclampsia causada pela hipertensão, quanto aos
nascidos vivos de cada 100.000 as mortes maternas por região se apresentaram
assim, no nordeste 62,8%%, norte 56,9%%, centro-oeste 52,7%%, sul 51,3%%,
sudeste 41,7%%, nos casos de hipertensão quanto à idade das gestantes, 100% das
estudadas 22,1% eram maiores de 40 anos, 16,4% eram menores de 40 anos, 27,02%
eram primigestas, 27,15% eram diabéticas. Conclusão: Através deste estudo pode-se
observar a necessidade de um melhor acompanhamento para gestantes hipertensas,
tanto para cuidar como para prevenir esses casos de hipertensão na gravidez.
46924
Análise da ocorrência sazonal de IAM em Hospital Universitário da cidade de
Curitiba, Paraná
Análise de fatores de risco em pacientes com diagnóstico de infarto agudo do
miocárdio atendidos em hospital universitário da cidade de Curitiba, Paraná
ANDRESSA DE SOUZA BERTOLDI, HELOISA IACOMO VIEIRA, CAMILA MORAES
MARQUES e LUIZ FERNANDO KUBRUSLY
ANDRESSA DE SOUZA BERTOLDI, HELOISA IACOMO VIEIRA, CAMILA MORAES
MARQUES e LUIZ FERNANDO KUBRUSLY
Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Denton Cooley,
Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Vita de Ensino e Pesquisa, Curitiba, PR, BRASIL.
Faculdade Evangélica do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Denton Cooley,
Curitiba, PR, BRASIL - Instituto Vita de Ensino e Pesquisa, Curitiba, PR, BRASIL.
Fundamento: As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no
mundo todo, tendo destaque as doenças coronarianas. A cada dia mais tem-se
buscado mostrar que a ocorrência de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) não possui
uma distribuição única mas sim sazonal, semanal e circadiana. Objetivo: O objetivo
deste trabalho é demonstrar a relação entre sazonalidade e IAM através de pesquisa
realizada em um hospital terciário da cidade de Curitiba - Hospital Universitário
Evangélico de Curitiba (HUEC), PR. Delineamento, Amostra e Métodos: Tratase de um estudo observacional descritivo transversal, onde foram analisados
235 prontuários eletrônicos de pacientes que foram diagnosticados com IAM no
ano de 2014 e internados no serviço de cardiologia do HUEC. Através da análise
destes prontuários foram levantados os dados: idade, sexo, motivo da procura pelo
atendimento, período do dia, dia da semana, mês e estação do ano em que ocorreu
o IAM. Resultados: Foram encontrados que a faixa etária predominante é entre 60
e 69 anos, 63% pertencentes ao sexo masculino, 56% dos pacientes deram entrada
vindos de outros serviços de saúde já com o diagnóstico de IAM. Quanto ao período
do dia, dia da semana, mês e estação do ano, a maioria dos pacientes foram atendidos
no período da manhã, com destaque nas terças e sextas-feiras (19% cada), no mês
de junho e no outono. Conclusão: Assim, pode-se comprovar a relação entre IAM e
sazonalidade e ocorrência semanal e circadiana na capital mais fria do Brasil, Curitiba.
Fundamento: Os fatores de risco são características que merecem destaque quando
se fala em doenças cardiovasculares, principalmente quando se trata de prevenção
primária de saúde. Mundialmente tem se feito várias campanhas para conscientização
da população: leis anti-fumo, diminuição dos níveis de lipoproteína de baixa densidade
(LDL) e pressão arterial para, desta forma, tentar controlar os fatores de risco.
Objetivo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a presença dos fatores de risco
para a ocorrência de infarto agudo do miocárdio (IAM) nos pacientes atendidos no
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC), PR. Delineamento, Amostra
e Métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo transversal, no qual
foram analisados 235 prontuários eletrônicos de pacientes que foram diagnosticados
com IAM no ano de 2014 e internados no serviço de cardiologia do HUEC. Para fim
de análise dos resultados, os dados foram expressos em porcentagens relativas, a
depender dos critérios preenchidos nos prontuários. Através da análise da amostra
foram levantados os dados: idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica (HAS),
dislipidemia, diabetes mellitus (DM), obesidade, sedentarismo, tabagismo, etilismo,
IAM prévio, uso prévio de estatinas, uso prévio de anti-agregantes plaquetários e
tempo de internamento. Resultados: Como resultado foi demonstrado que 63%
pertencentes ao sexo masculino, 31% com faixa etária de 60 a 69 anos, 79% referiu
HAS, 47% referiu dislipidemia, 36% portadores de DM, 60% dos informados obesos,
76% dos informados eram sedentários, 48% tabagista, 8% dos informados referiram
etilismo, 43% já possuíam história prévia de IAM, 45% afirmaram uso contínuo prévio
de estatinas e 63% anti-agregante plaquetário e 59% permaneceu internado por até
5 dias. Conclusão: Desta forma, evidencia-se que o controle dos fatores de risco
cada vez mais destaca-se como importante alvo tanto de prevenção primária quanto
secundária, devendo ser adotado como foco por parte das autoridades da saúde
pública.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
Resumos Temas Livres
46930
Correlação de variáveis da análise de onda de pulso e idade
ANANDA AIDAR DE SOUZA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ ANTONIO
PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, CAMILA BORGES DE
MELO, BONIPERTI PADUA COTA, IRAMAIA SALOMAO ALEXANDRE DE ASSIS,
LUIZ OTAVIO DA SILVA, PAULA LUIZA DA SILVA BORBA, GAM LUCAS GONCALES
FERREIRA e MARIANA APARECIDA DE ASSIS CAMPOS
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Uberaba, MG, BRASIL.
Fundamento: Evidências de estudos tem demonstrado correlação de velocidade
de onda de pulso carotídea femoral (VOPC-F) e idade. Recentemente tem sido
demonstrado que VOPC-F pode ser medida por método oscilométrico. Objetivo:
Avaliar a correlação de variáveis da análise de onda de pulso idade e idade em uma
amostra de indivíduos hipertensos. Delineamento e Amostra: Estudo transversal em
151 pacientes hipertensos que realizaram análise de onda de pulso (AOP) por método
oscilométrico. Métodos: Foram selecionados 151 indivíduos hipertensos atendidos
no ambulatório de hipertensão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e que
realizaram AOP por método oscilométrico. Para a AOP utilizou-se o equipamento
Mobil-O-Graph 24 PWA (iom, stolberg, Alemanha). Foram realizadas 4 medidas por
paciente seguindo as recomendações do Scientific Statement from the American
Heart Association de 2015. Todos os indivíduos responderam a questionário para
dados demográficos, de fatores de risco cardiovascular, e de doença cardiovascular
pessoal e familiar. Foram medidos, o peso, altura, cintura abdominal e a pressão
arterial. Calculou-se as médias de idade, do índice de massa corporal (IMC kg/
m2), da PA (mmhg). Foram calculados os coeficientes de correlação (r) e o nível de
significância entre a idade e velocidade de onda de pulso (VOP), augmentation index
(aix), a pressão de aumento (PAX), pressão de pulso central (PPC), pressão de pulso
periférica (PPP), e a pressão arterial média (PAM). Foram calculados os intervalos de
confiança (ic 95%) para avaliar significância das diferenças entre os coeficientes de
correlação das variáveis estudadas. Resultados: Foram selecionados 151 pacientes
que realizaram AOP, a idade média foi 58±12,44 (25 a 82), 97 eram mulheres (64,2%),
86 brancos (57%), 130 hipertensos tratados (86,1%). Houve forte correlação da idade
com a VOP, r = 0.78 [ic 0,71 - 0,84, p < 0,001] e fraca com: aix r = 0,21 [ic 0,054 - 0,36]
(p = 0,0088), PAX r = 0,29 [ic 0,13 - 0,43, p = 0003], PPC r = 0,2792 [ic 0,12 - 0,46,
p = 0,0005], PPP r = 0,2976 [ic 0,14 - 0,43, p = 0,0002]. Não houve correlação de
idade com PAM r = - 0,1130 [- 0,26 - 0,048] (p = 0,1686). Não houveram diferenças
significativas na comparação de resultados entre aix, PAX, PPC e PPP. Conclusão:
Os resultados mostram forte correlação da idade com a VOP medida por método
oscilométrico.
46937
46935
Perfil da população de uma feira de saúde em Ipiranga/PR durante Operação
Rondon 2016
PEDRO HENRIQUE FACCENDA, VINÍCIUS DIAS PINTO DA FONSECA, VIRGINIA
MARQUES BESTETTI, LORAYNE CRISTINA MATIUSSO DE SOUZA e EDISOM
PAULA BRUM
Universidade Positivo, Curitiba, PR, BRASIL.
Fundamento: Segundo Buss, P.M. (Ciência e Saúde Coletiva, 5(1): 163-177, 2000),
a educação em saúde está intimamente relacionada ao processo de promoção da
saúde. Assim, ao se levar informações até a população, busca-se a prevenção,
o rastreio e a redução de comorbidades. Objetivo e Delineamento: Identificar o
perfil epidemiológico da população que compareceu à feira de saúde promovida em
Ipiranga/PR, durante a Operação Rondon em agosto de 2016, através de uma análise
transversal. Amostra: Foram analisadas 67 pessoas que compareceram à feira de
saúde durante o período da manhã, sendo 44 homens e 23 mulheres. Métodos: Os
pacientes foram analisados quanto ao índice de massa corporal (IMC), circunferência
abdominal (CA), pressão arterial (PA) e glicemia capilar. Não foram excluídos pacientes
de acordo com nenhuma variável. Os dados foram codificados e analisados no Excel.
Resultados: Dos 67 participantes, 44 eram homens (65,7%) com idade média de 52,1
anos (+15,98) e 23 eram mulheres (34,3%) com idade média de 45,1 anos (+17,12).
Dos homens, 14 (31,9%) tinham IMC saudável, 18 (40,9%) sobrepeso, 10 (22,7%)
obesidade grau 1 e 2 (4,5%) obesidade grau 2 (35-39,9 kg/m2). A média da medida
de CA foi 96,59cm (+12,52), sendo que 61,4% dos homens tinham medida igual ou
acima a 94cm. 5 (11,36%) estavam com PA ótima, 13 (29,54%) normal, 5 (11,36%)
limítrofe, 13 (29,54%) com hipertensão (HAS) estágio 1, 3 (6,8%) com HAS estágio
2, 4 (9,1%) com HAS estágio 3 e 1 (2,3%) se recusou a aferir. 5 (11,36%) estavam
com glicemia acima de 200mg/dL. Das mulheres, 6 (26,1%) tinham IMC saudável,
6 (26,1%) sobrepeso, 5 (21,7%) obesidade grau 1, 5 (21,7%) obesidade grau 2 e 1
(4,4%) obesidade grau 3. A média da medida de CA foi 91,23cm (+14,76), sendo que
82,6% das mulheres tinham medida igual ou acima de 80cm. 7 (30,43%) estavam com
PA ótima, 4 (17,39%) normal, 4 (17,39%) limítrofe e 8 (34,79%) com HAS estágio 1. 2
(8,7%) estavam com glicemia acima de 200mg/dL. Conclusão: A maioria das pessoas
analisadas eram homens, com uma idade média geral de 50,3 anos, estavam em
sobrepeso e com CA aumentada. Do total de 67 pacientes, 24 (35,8%) deles foram
encaminhados à Unidade de Saúde por estarem com hipertensão estágio I ou superior
e/ou glicemia capilar igual ou superior a 200mg/dL. O perfil desta população, assim,
permitiu o rastreio de possíveis casos de obesidade, HAS e diabetes.
46938
Importância do exame MAPA para investigação pressórica em pacientes de
consultório
Comparação entre tendências temporais de óbito por doenças isquêmicas do
coração e por doenças do aparelho circulatório mal definidas
BARTIRA DE GODOY MARANHÃO SANTOS, MARIANA SZUDZIK, FABIO
SERRANO FRANCISCHINI, ANDRÉ ANDRADE DOS SANTOS, CLAUDIO PINHO,
RENATA CAROLINE DE SOUZA PEGUIN REIS e ELIO DE PAULA ASSIS MARTINS
HUGO AGAR OLIVEIRA BELENS NETO, WALERIA RIOS CARNEIRO, GUSTAVO
CASTRO DE QUEIROZ e LUCELIA BATISTA N. CUNHA MAGALHAES
PUC - Campinas, Campinas, SP, BRASIL.
Fundamento: As Doenças Cardiovasculares (DCV) ocupam lugar de importância em
termos de saúde pública no nosso país, sendo a primeira causa de morte desde a
década de 60. Em 1998, dos 930 mil óbitos no Brasil, cerca de 27% foram devido
a DCV. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), por sua vez, é um importante fator
de risco para o desenvolvimento destas doenças e esteve relacionada a 40% das
mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 25% das mortes por Doença Arterial
coronariana (DAC). O exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
(MAPA) tem sido empregado com segurança e eficácia como método diagnóstico e de
controle da HAS. Objetivo: Avaliar, em uma amostra de pacientes que tiveram suas
Pressões Arteriais (PA) aferidas no consultório, o comportamento pressórico durante
o exame MAPA. Métodos: Foram considerados a partir de dados coletados da MAPA
(os exames aceitos quando mais de 80% das medidas foram válidas) 85 pacientes
avaliados em consultório de cardiologia, sendo divididos em: Grupo I - os hipertensos
de consultório (2 medidas de PA com média maior ou igual a 140x90mmHg) e Grupo
II - os normotensos de consultório, comparando, nos grupos, os reais hipertensos, os
Hipertensos do Jaleco Branco (HJB) e os Hipertensos Mascarados (HM). Resultados:
Observamos na amostra que 55,3% eram mulheres e 44,7% homens. Do total, 48
pacientes (56,47%) foram classificados no Grupo I e 37 pacientes (43,53%) no Grupo
II. Após a realização da MAPA pudemos notar, baseado na VI Diretriz Brasileira de
Hipertensão, no Grupo I: 10 (27,02%) eram normotensos, ou seja, HJB; já no Grupo II
32 apresentaram-se HM (66,6%) e 29,16% dos pacientes continuaram normotensos
ao exame. Conclusão: Nota-se que o MAPA tem extrema importância para melhor
estudo das variações dinâmicas da PA, permitindo o correto diagnóstico de HM e HJB.
No entanto, mesmo com a diversidade e riqueza dos exame complementares, a clínica
permanece soberana, devendo ser solicitado o exame somente em situações de real
necessidade.
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, BA, BRASIL.
Fundamento: O decréscimo observado nos óbitos por causas mal definidas pode
representar melhora da qualidade na informação sobre mortalidade no Brasil. (Arq.
Bras. Cardiol. vol.102 no.6 São Paulo June 2014). Objetivo: Observar a tendência
temporal de óbitos por doenças isquêmicas do coração (DIC), bem como por óbitos
de causas mal definidas (CMD) de origem circulatória e, posteriormente, comparálas. Delineamento: O delineamento de estudo trata-se de série temporal. Materiais:
Foram utilizados dados do DATASUS, que disponibilizam informações acerca dos
usuários atendidos tanto pelo SUS e pela rede particular. Assim abrange a população
brasileira, abarcando a sua heterogeneidade quanto à raça, classe social e faixa etária.
Métodos: Os dados foram coletados através da plataforma SIM do DataSUS pela
ferramenta TabNet, de mortes registradas no período de janeiro de 2000 a dezembro
de 2014 no Brasil. Os dados foram processados pelo SAS 9.4, onde testou-se o
modelo de regressão linear simples (Y=β0+β1X). Obteve-se o modelo quando p<0,05
e a variável ano foi transformada em ano-centralizado, sendo 2007 o ano central.
Foram obtidas as variáveis número total de óbitos por DIC e óbitos de CMD e, por
consequência de eventos cardiovasculares. Resultados: Observando o número
absoluto de mortes no Brasil entre 2000 e 2014, das 1.383.865 mortes por DIC,os
infartos agudos de miocárdio (IAM) são a maior causa, contribuindo com 78,5% das
mortes, seguido por DIC crônica com 16,7% dos casos, sendo que outras causas,como
angina, não somam 4%. Há uma tendência significativa no Brasil (p=0,0001) de
aumento em aproximadamente 2.250 mortes por DIC, sendo que IAM contribui com
aproximadamente 2.200 a mais por ano, com ambos modelos com R2 acima de 98%.
Já o número absoluto de óbito de CMD, decorrentes de complicações cardiovasculares
tem tendência de cair menos que 14 casos por ano, sendo que o modelo apresenta
o R2 de apenas 4%. Conclusão: Conclui-se que há uma tendência de aumento no
número de mortes por DIC, numa velocidade de aproximadamente 2250 novas mortes
por este motivo ao ano. Enquanto há uma tendência em diminuir o número de óbitos
de CMD, no entanto esta é baixa. Comparando-se as duas tendências, infere-se que
o declínio dos óbitos do aparelho circulatório mal definidas pode representar uma
alteração no preenchimento das declarações de óbitos,levando a uma redistribuição
de óbitos por CMD e atenuando a influência que os mesmos exercem sobre as taxas
de mortalidade pelos grupos de causas definidas.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
6
Resumos Temas Livres
46939
Hipertensão Arterial Refratária: eficácia terapêutica em uma população de
ambulatório de Hospital Universitário
Comparação entre o perfil epidemiológico de pacientes com morte de causas
mal definidas de origem circulatória e por doenças isquêmicas do coração
MARIANA SZUDZIK, BARTIRA DE GODOY MARANHÃO SANTOS, ANDRÉ
ANDRADE DOS SANTOS, FABIO SERRANO FRANCISCHINI, ELIO DE PAULA
ASSIS MARTINS, RENATA CAROLINE DE SOUZA PEGUIN REIS e CLAUDIO
PINHO
HUGO AGAR OLIVEIRA BELENS NETO, WALERIA RIOS CARNEIRO, GUSTAVO
CASTRO DE QUEIROZ e LUCELIA BATISTA N. CUNHA MAGALHAES
PUC - Campinas, Campinas, SP, BRASIL.
Fundamento: As Doenças Não Transmissíveis são as principais causas de óbito
no Brasil e no mundo, principalmente como reflexo do aumento da população idosa,
sendo que as doenças cardiovasculares compõem parcela desse grupo. (Soares
DA, Gonçalves MJ. Mortalidade cardiovascular e impacto de técnicas corretivas de
subnotificações e óbitos mal definidos. Rev Panam Salud Publica. 2012;32(3):199206.). Objetivo: Descrever e comparar o perfil epidemiológico de óbitos por doenças
isquêmicas do coração (DIC), bem como por mortes de causas mal definidas (CMD)
de origem circulatória. Delineamento: Trata-se de um estudo de corte transversal.
Amostra: Foram utilizados dados do DATASUS, que disponibilizam informações
acerca dos usuários atendidos pelo SUS e pela rede particular. Dessa forma abrange
a população brasileira, abarcando a sua heterogeneidade quanto à raça/cor, sexo
e faixa etária. Métodos: Os dados foram coletados através da plataforma SIM do
DataSUS pela ferramenta TabNet, de mortes registradas no período de janeiro de
2000 a dezembro de 2014 no Brasil. Os dados foram analisados através do SAS 9.4,
pelo teste de Qui-quadrado de Pearson. Foi considerado significante P < 0,05. Foram
obtidas as variáveis número total de mortes por DIC, assim como óbitos de CMD, por
consequência de eventos cardiovasculares, e os dados epidemiológicos das mortes
(faixa etária, sexo, cor/raça). Resultados: Em ambos os grupos de causas de mortes,
a faixa etária predominante foi de a de pacientes com 60 anos ou mais, sendo que
74,15% (IC 95% 74,07 - 74,22) das mortes que ocorreram por DIC encontravam-se
nessa faixa etária e 73,86% (IC 95% 73,10 - 74,60) nas mortes de CMD. No que
se refere a raça/cor dos pacientes que morreram por estas duas doenças, a raça/
cor branca foi predominante, contribuindo com 64,92% (IC95% 64,84 - 65,01) das
mortes por DIC e com 57,88% (IC95% 57,00 - 58,76) das mortes de CMD. Quando
observado o sexo dos pacientes, a prevalência de homens foram significativamente
maior (p=0,0001) em ambas causas de mortes, sendo que 58,12% (IC95% 58,04 58,20) das mortes por DIC eram homens e 53,35% (IC95% 52,49 - 54,20) nas mortes
de CMD. Conclusão: Conclui-se então que o perfil epidemiológico se apresenta
semelhante em ambos os casos, com prevalência de homens brancos, com idade
igual ou superior a 60 anos. Deste modo, pode-se então inferir que alguns dos óbitos
declarados como de causas mal definidas podem estar relacionados a eventos de
origem cardiovascular, como no grupo de DIC.
Fundamento: A Hipertensão arterial refratária (HAR) é definida por manutenção de
níveis pressóricos > 140/90mmHg a despeito do uso de, pelo menos, 3 classes de
anti-hipertensivos incluindo 1 diurético em doses plenas. Para o diagnóstico devem ser
excluídos: má adesão ao tratamento não farmacológico/farmacológico, hipertensão do
“jaleco branco”, aferição inadequada da Pressão Arterial (PA) e hipertensão arterial
secundária. Métodos: Análise retrospectiva de prontuários médicos para investigação
de HAR em pacientes após otimização terapêutica. Análise Estatística e Resultados:
Estudo realizado com 108 pacientes em seguimento clínico médio de 12 meses, em
ambulatório de referência de Hospital Universitário, incluindo 72 mulheres (66,6%) e
36 homens (33,3%) com idade média de 63,75 anos. Destes, 21 pacientes (19,5%)
não foram considerados hipertensos, sendo excluídos da amostra. Dos 87 pacientes
avaliados, 56,3% atingiram meta pressórica após terapia otimizada segundo diretrizes
e 43,7% foram considerados refratários, sendo a maioria do sexo masculino (75% dos
homens hipertensos). Conclusão: Apesar da dificuldade dos pacientes em aderir a
terapêutica regularmente e de mudança de estilo de vida, o seguimento da Diretriz
de tratamento que utilizam fármacos potentes, tem melhorado substancialmente o
controle pressórico atingindo alvo terapêutico na maioria dos pacientes com HAR.
46952
Modulação autonômica da frequência cardíaca antes e após fisioterapia
cardiovascular em transplante cardíaco: relato de caso
GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e
ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL.
Fundamento: O transplante cardíaco está indicado para pacientes que apresentam
cardiopatia terminal refratária ao tratamento clínico e, durante o procedimento,
ramificações neurais cardíacas são afetadas promovendo uma alteração na resposta
autonômica da frequência cardíaca (FC). O exercício aeróbio utilizado pela fisioterapia
na reabilitação de transplantados tende a contribuir com ajustes nesta modulação ao
longo do tempo sendo a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) o método que
pode ser utilizado para avaliar a resposta autonômica da FC. Objetivo: Avaliar a
modulação autonômica da FC antes e após protocolo de tratamento fisioterapêutico
cardiovascular. Materiais e Métodos: Foi estudado um homem, 45 anos de idade,
acometido com anomalia cardíaca congênita, infartado e transplantado. O mesmo
foi avaliado e submetido a um protocolo de fisioterapia cardiovascular, após 3
meses da realização do transplante, com medicação otimizada. O atendimento de
fisioterapia cardiovascular foi aplicado na frequência de 2 vezes semanais, durante 16
semanas com duração em média de 60 minutos a sessão sendo está composta por
4 etapas: 1) Aquecimento (circuito proprioceptivo com treino de equilíbrio e exercícios
proprioceptivos e alongamentos); 2) Protocolo de Condicionamento (treino aeróbio
intervalado com progressão de carga sendo 4min. com carga e 1min. com recuperação
ativa em carga menor; intensidade de 55% a 65% da FC de reserva em ciclo ergômetro
durante 26 minutos) 3) Desaquecimento e alongamento final; 4) Relaxamento. Os
dados da FC foram coletados, antes e após o período do treino, em repouso por 20
min. na posição supina com utilização do monitor cardíaco Polar RS800-Cx. Os dados
foram transferidos para um computador e analisados no domínio do tempo (DT) os
índices RMSSD, SDNN, SD1 e SD2 e no domínio da frequência (DF), pelo método
auto-regressivo (AR), os índices HF, LF, e a razão LF/HF. Para a análise da VFC foi
utilizado um trecho estável contendo 256 amostras dos iR-R (ms). Os dados estão
apresentados de maneira descritiva com valores antes e após e a diferença percentual
entre os momentos. Resultados: No DT os valores obtidos foram: RMSSD (9,3 5,6), SDNN (7,6 - 0,0), SD1 (6,6 - 4,0), SD2 (8,5 - 7,6). No DF os valores foram: HF
(94,8 - 90,0), LF (5,2 - 10,0), LF/HF (0,1 - 0,1). Conclusão: Não houve alteração na
variabilidade da frequência cardíaca após a intervenção fisioterapêutica.
7
46941
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, BA, BRASIL.
46953
Perfil clínico, de lesões de órgãos alvo e taxas de controle pressórico em
pacientes hipertensos atendidos na Liga de HAS da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro
PAULA LUIZA DA SILVA BORBA, MARCO ANTONIO VIEIRA DA SILVA, LUIZ
ANTONIO PERTILI R. DE RESENDE, ANA PAULA MENDES DA SILVA, WAGNER
TAVARES GONÇALVES, TAINARA DO PRADO GONÇALVES, WARLISSON
FONSECA PINHEIRO, LETÍCIA ALVES DE MELO, MARIANA SOUSA SIQUEIRA e
LETÍCIA NOGUEIRA MATOS
Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG, BRASIL.
Fundamento: A estimativa do risco cardiovascular (CV) é relativamente fácil em
determinados subgrupos de hipertensos com fatores de risco muito elevado, diabético,
presença de lesões de órgãos alvo e doença CV. Evidências têm demonstrado que nestes
subgrupos o controle da PA é mais difícil, necessitando da farmacoterapia combinada.
Objetivo: Avaliar o perfil de fatores de risco, lesões de órgão alvo e taxas de controle
em uma amostra de um centro de referência em hipertensão. Delineamento e Amostra:
Estudo transversal em 140 pacientes hipertensos ou suspeitos de HAS atendidos
no ambulatório de HAS entre fevereiro de 2015 e julho de 2016. Métodos: Foram
selecionados 140 hipertensos que responderam a questionário para avaliação de fatores
de risco CV. Foi medido o peso, altura, cintura abdominal (CA) e a PA. Realizaram análise
da onda de pulso (AOP), ecocardiograma, US de carótidas e foram coletadas amostras
de sangue. Calculou-se a idade média, média de anti-hipertensivos em uso por sujeito e
a frequência de hipertensos tratados, suspeitos de hipertensão, idade em risco (homem ≥
55 anos, mulher ≥ 65 anos), diabéticos, colesterol total (CT) > 190mg/dl, triglicérides (TG)
> 150mg/dl, HDL-c (homem < 40mg/dl, mulher < 46mg/dl), obesos, CA em risco (homem
≥ 102 e mulher ≥ 88), hipertrofia ventricular esquerda (HVE) (IMVE - homem > 115g/
m2, mulher > 95g/m2), presença de placa em território carotídeo, espessura médio-intimal
(EMI > 0,9mm), taxa de filtração glomerular estimada (TFGe ckd-epi ≤ 60ml/min/1.73m2)
e velocidade de onda de pulso (VOP) > 10m/s. Foram calculadas as taxas de controle de
PA considerando-se valores de PA < 140 e 90mmHg. Resultados: 140 pacientes com
idade média de 58 anos, 92 mulheres, 79 brancos, 121 hipertensos tratados, 19 suspeitos
de HAS, 60 com idade em risco, 50 diabéticos, 15 tabagistas, 65 com CT > 190, 53 com
TG > 150, 46 com HDL < 46 [mulher] e < 40 [homem], 71 obesos, 106 com CA em risco,
24 com HVE, 68 com placa, 42 com EMI, 32 com TFGe ≤ 60 e 36 com VOP > 10, 81
apresentavam PA < 140 e < 90, 91 com PAS < 140, 99 com PAD < 90, média de antihipertensivos 1,96±1,28 por paciente. Conclusão: Os resultados demonstram elevada
proporção de sujeitos com risco CV alto, devido à alta prevalência de diabéticos, idosos
e presença de placas em US de carótidas. No entanto, a população mostra taxas de
controle muito elevadas em comparação com estudos da população brasileira.
Resumos Temas Livres
46954
Capacidade funcional aeróbia, trabalho e débito cardíaco após 210 dias de
transplante cardíaco: estudo de caso
GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e
ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL.
46955
Comportamento da frequência cardíaca e pressão arterial de paciente
revascularizado durante teste de esforço físico aeróbio incremental
submáximo: estudo de caso
GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA e
ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL.
Fundamento: O teste de esforço físico aeróbio (TEFA) é imprescindível para análise
da capacidade funcional e correta prescrição de exercício para paciente transplantado.
Objetivo: Avaliar a capacidade aeróbia, trabalho e o débito cardíaco após sete meses
de transplante do coração. Amostra e Métodos: Foi estudado um homem com 45
anos de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/m2, acometido com anomalia cardíaca
congênita situs inversus totalis, infartado que passou por transplante cardíaco há 210
dias, com histórico de trombose venosa profunda (TVP) em membros inferiores,
medicação otimizada. Foi submetido a um TEFA sintoma limitado em esteira, protocolo
de Bruce Modificado. A frequência cardíaca máxima foi estimada subtraindo a idade
de 220. Foram calculados os dados obtidos e previstos para o sexo e idade utilizandose as fórmulas: consumo de oxigênio, VO2(mL/Kg-1/min-1) = (V x 0,1) + (V x I x 1,8) +
3,5; Duplo produto, DP(bpm.mmHg) = frequência cardíaca FC (bpm) x pressão arterial
sistólica (mmHg); Débito cardíaco, QT(L.min) = (VO2 x massa corporal x 0,0046) + 3,1.
A diferença percentual, déficits, entre os valores obtidos e previstos foram calculados
da seguinte maneira = (previsto-obtido)/previsto. Resultados positivos ou negativos
indicam o quanto os dados estão abaixo ou acima do esperado, respectivamente.
Resultados: O TEFA foi interrompido devido dores no membro inferior direito. Dados
previstos, obtidos e déficits (%), respectivamente: FC = 154bpm, 90bpm e 58,44%;
VO2= 41 mL.Kg-1.min-1, 11,3 mL.Kg-1.min-1 e 72,30%; DP = 33790 (bpm.mmHg), 12260
(bpm.mmHg) e 62,70%; QT = 13,2 L.min, 9,6 L.min e 26,70%. Conclusão: Após 7
meses de transplante cardíaco a capacidade funcional aeróbia encontra-se abaixo
do previsto, decorrentes, principalmente, do déficit cardíaco. Entretanto, esses dados
devem considerados com ressalvas, já que o paciente apresenta um quadro álgico no
membro inferior direito e o TEFA foi interrompido por limitação periférica.
Fundamento: Pacientes submetidos a revascularização do miocárdio podem
apresentar alterações nas respostas cardiovasculares durante o exercício físico
dinâmico. Conhecer o comportamento das variáveis hemodinâmicas durante o teste
de esforço físico aeróbio (TEFA) é de fundamental importância para a uma prescrição
de exercício segura e eficaz. Objetivo: Investigar as respostas da frequência cardíaca
e pressão arterial (PA) durante TEFA incremental. Amostra e Métodos: Foi estudado
um homem com 59 anos de idade, índice de massa corporal 24,9 Kg/m2, hipertensão
arterial sistêmica, revascularizado com troca valvar, função sistólica do ventrículo
esquerdo preservada, fração de ejeção de 65%, medicação otimizada e sem alterações
endócrinas e/ou metabólicas. Foi submetido a um TEFA submáximo sintoma limitado
em esteira 66 dias após a revascularização do miocárdio e troca valvar, utilizando-se
o protocolo de Bruce Modificado. A frequência cardíaca (FC) máxima foi estimada pela
idade foi de 161. A FC (bpm) obtida a partir de um eletrocardiógrafo digital e a pressão
arterial PA (mmHg) mensurada por método auscultatório ao final de cada estágio do
teste. Os dados são apresentados em valores absolutos. Resultados: O TEFA foi
interrompido ao paciente atingir 70% da FC prevista. Os valores referentes a FC (bpm)
e PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram: repouso (FC = 62; PAS = 126, PAD = 72);
Estágio 1: 2,7km/h e 0% (FC = 84, PAS = 128, PAD = 60); 2,7km/h e 5% (FC = 87bpm,
PAS = 128, PAD = 78); 2,7km/h e 10% (FC = 82bpm, PAS = 130, PAD = 70mmHg);
4km/h e 12% (FC = 97, PAS = 142, PAD = 86); 5,5km/h e 14% (FC = 103, PAS = 150,
PAD = 90). Conclusão: A pressão arterial sistólica e diastólica apresentou resposta
fisiológica esperada diante ao quadro clínico do paciente e a frequência cardíaca
retrata um comportamento cronotrópico esperado.
46957
46958
Pressão arterial de paciente transplantado cardíaco durante diferentes
intensidades do handgrip: estudo de caso
Prevalência de casais hipertensos atendidos por uma Unidade Básica de Saúde
da Família do interior de Minas Gerais
GLAUCO DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA, ANGÉLICA
CRISTIANE DA CRUZ, MARIANA CRISTINA DA SILVA, PAULINE ROMUALDO
COGO e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
MARILEILA MARQUES TOLEDO, CARMEN CARDILO LIMA, REJANY RODRIGUES
FONTES, PAULA COELHO BALBINO, JÉSSICA CAROLLINE MARTINS DE
ANDRADE, CAMILA MENDES DOS PASSOS, KELLY FERNANDES DA SILVEIRA,
JÉSSICA SAMARA OLIVEIRA TOLOMEU, LUCIANA DE FREITAS CAMPOS,
EDSON DA SILVA e PATRÍCIA DE OLIVEIRA SALGADO
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba, PI, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL.
Fundamento: O transplante cardíaco está indicado para pacientes que apresentam
cardiopatia terminal refratária. Essa cirurgia envolve denervação dos ramos
autonômicos cardíacos, afetando os ajustes hemodinâmicos, incluindo o controle da
pressão arterial sistêmica. Objetivo: Analisar a resposta da pressão arterial durante
a contração voluntária isométrica em um teste de preensão palmar (Handgrip).
Amostra e Métodos: Homem, 45 anos de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/
m2, acometido com anomalia cardíaca congênita situs inversus totalis, transplantado,
com histórico de infarto do miocárdio e trombose venosa profunda, ecocardiograma
normal após transplante, fração de ejeção de 62%, medicação otimizada e sem
alterações endócrinas e/ou metabólicas. Relato de caso: Foi realizado um teste de
preensão palmar (handgrip) com o membro superior dominante, na postura sentada,
com ombro em adução completa, cotovelo em 90º de flexão e punho em 180º graus,
antebraço apoiado sobre o suporte ajustável de uma cadeira e com respiração
espontânea, utilizando-se um dinamômetro analógico (North Coasttm Hydraulic Hand
Dynamometer). Inicialmente foi realizado o teste de contração voluntária máxima
(CVM), com três tentativas e o maior valor obtido foi considerado como a CVM em
Kg/f. Após período de repouso suficiente para estabilização da FC em valores basais
foram aplicadas intensidades a 20%CVM, 30%CVM e 40%CVM obtida com o seguinte
protocolo: 1min em repouso, 1min de exercício e 3min de recuperação. A pressão
arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas utilizando-se o método
auscultatório, seguindo as recomendações da VI Diretriz Brasileira de Hipertensão
Arterial (2010), no repouso, nos segundos finais do exercício e ao final do 1º e 3º
minutos da recuperação em cada intensidade. Os dados estão apresentados em
diferenças percentuais entre as condições de repouso pré e exercício. Resultados:
Valores da PA em repouso e durante a contração muscular, respectivamente, em
cada uma das intensidades: 20% = 122 X 98mmHg e 146 X 100mmHg; 30% = 120 X
98mmHg e 146 X 102mmHg; 40% = 122 X 98mmHg e 150 X 104mmHg. Conclusão:
Houve aumento da PAS em todas as intensidades, porém o aumento foi similar nas
três intensidades, podendo estar associado a déficit nesses ajustes.
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, BRASIL - Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, MG, BRASIL.
Fundamento: A Hipertensão Arterial (HA) é uma doença multifatorial de alta
prevalência e representa um importante problema de saúde pública por seu caráter
crônico e incapacitante. Objetivo: Determinar a prevalência de casais hipertensos
acompanhados por uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do interior
de Minas Gerais. Delineamento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem
quantitativa. Amostra e Métodos: A coleta de dados se deu no período de março a
junho de 2015. As informações sobre idade, sexo e número de hipertensos na família
foram obtidas a partir da ficha A (Ficha de Cadastramento das Famílias) e confrontados
com a ficha B-HA (Ficha de Acompanhamento do Hipertenso). Foram excluídos os
pacientes sem diagnóstico para HA. Os dados foram armazenados no programa
Excel do pacote Office e apresentados quantitativamente. O trabalho foi aprovado
por Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa. Resultados:
Foram encontrados 359 pacientes hipertensos; 58,2% mulheres com idade entre 43
a 86 anos e 41,85% homens de 42 a 90 anos. O número de famílias hipertensas
identificadas foi 179, das quais 42 (23,4%) eram constituídas por casais hipertensos.
Observou-se que o número de hipertensos da UBSF aumentou linearmente com
o avanço da idade até os 69 anos. O mesmo ocorre com os casais. No entanto, a
prevalência de hipertensos foi maior entre os casais (32,1%), quando comparada à
prevalência do total de hipertensos (27,6%). Conclusão: A prevalência de HA foi maior
nas famílias com casais do que no restante das famílias hipertensas. Os resultados
corroboram com a literatura brasileira e sugerem que características comportamentais
ainda precisam ser investigadas como causadoras de HA, uma vez que casais
provavelmente compartilham o mesmo estilo de vida. Desta forma, o presente estudo
reforça a necessidade de programas de intervenção com alvo na família e não apenas
no indivíduo.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
8
Resumos Temas Livres
46959
Incidência e prevalência de hipertensão arterial em pacientes sedentários em
Belém do Pará entre os anos de 2002 e 2012
Pressão arterial de transplantado cardíaco durante o período de recuperação
handgrip: estudo de caso
KAREN LURY ABE EMOTO, ISMARI PERINI FURLANETO, ERCIELEN DE LIMA
BARRETO, RAFAELA LARANJEIRA SILVA, HAISSA ASSAD DOS SANTOS
GERALDO e ALISSON SANTOS DE SOUZA
GLAUCO CESAR DA CONCEIÇÃO CANELLA, CRISTIANO SALES DA SILVA,
ANGÉLICA CRISTIANE DA CRUZ, MARIANA CRISTINA DA SILVA, PAULINE
ROMUALDO COGO e ROBISON JOSÉ QUITÉRIO
Faculdade Metropolitana da Amazônia, Belém, PA, BRASIL.
Universidade Estadual Paulista - UNESP, Marília, SP, BRASIL - Universidade Federal
do Piauí, Parnaíba, PE, BRASIL - Instituto de Biociências - Universidade Estadual
Paulista, Rio Claro, SP, BRASIL.
Fundamento: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das doenças mais
prevalentes no mundo, sendo o sedentarismo um dos agravos a saúde pública pelo
seu elevado custo médico social. Indivíduos sedentários apresentam risco aproximado
30% maior de desenvolver hipertensão que os ativos. Estudos epidemiológicos
demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa
de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão
arterial (30%). Objetivo: O presente trabalho teve por objetivo verificar a incidência
e prevalência de hipertensão arterial em pacientes sedentários no Brasil. Amostra:
Foram avaliados (15.694) pacientes de todas as faixas etárias e de ambos os sexos
residentes na cidade de Belém do Pará que fazem parte do programa Hiperdia do
governo federal entre os anos de 2002 e 2012. Delineamento e Métodos: Realizou-se
um estudo transversal, descritivo e de caráter retrospectivo, a partir da avaliação de
dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS). Os casos de hipertensão e de sedentários em Belém do Pará diminuíram
no período compreendido entre 2002 e 2012 segundo dados coletados no DATASUS,
com queda no número de hipertensos, 894 casos em 2012 (5,6 %), para 408 casos
absolutos em 2012 (2,5%), após campanhas intensas em relação ao Programa
Ministerial HIPERDIA. Com relação ao número de pessoas que eram sedentárias e
tinham hipertensão entre 2002 e 2012, foi observado que a redução da quantidade de
hipertensos e sedentários. Em 2002 o número de sedentários e hipertensos era 311
(1,98 %) e em 2012 essa quantidade reduziu para 164 (1,04%). O número de pacientes
investigados no estudo foram de 15.694, sendo verificado 7.468 casos (47,58%) de
hipertensão em ativos e 8.226 (52,41%) hipertensos e sedentários o que mostra a
relação do sedentarismo com a hipertensão. Resultados: O estudo sugere que o
sedentarismo pode ser uma das causas do desenvolvimento de hipertensão arterial
em Belém do Pará entre os anos de 2002 e 2012, pois dados mostram uma redução
do número hipertensão em não sedentários. Conclusão: É importante salientar que
a pratica de exercícios físicos adequada a cada tipo de paciente diminui o risco de
desenvolver hipertensão e contribui para melhora dos pacientes que a apresentam.
Dessa forma deve-se incentivar sempre que possível a prática de atividades físicas
aliada a uma dieta balanceada.
46964
Os agravos a saúde devido a doenças cardiovasculares mais prevalentes no
Pará
9
46961
Fundamento: Durante o exercício físico e no período de recuperação, em virtude da
denervação autonômica cardíaca durante o ato cirúrgico. Objetivo: Analisar os ajustes
da pressão arterial sistêmica no período de recuperação após teste de preensão
palmar isométrica em diferentes intensidades. Amostra e Métodos: Homem, 45 anos
de idade, índice de massa corporal 23,5Kg/m2, acometido com anomalia cardíaca
congênita situs inversus totalis, transplantado, com histórico de infarto do miocárdio e
trombose venosa profunda, fração de ejeção de 62%, medicação otimizada. Relato de
caso: Foi realizado um teste de preensão palmar (handgrip) com o membro superior
dominante, na postura sentada, com ombro em adução completa, cotovelo em 90º de
flexão e punho em 180º graus, antebraço apoiado sobre o suporte ajustável de uma
cadeira e com respiração espontânea, utilizando-se um dinamômetro analógico (North
Coasttm Hydraulic Hand Dynamometer). Inicialmente foi realizado o teste de contração
voluntária máxima (CVM), com três tentativas e o maior valor obtido foi considerado
como a CVM em Kg/f. Após período de repouso suficiente para estabilização da FC
em valores basais foram aplicadas intensidades a 20%CVM, 30%CVM e 40%CVM
obtida com o seguinte protocolo: 1min. em repouso, 1min. de exercício (mantendo
a %) e 3min. de recuperação. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD)
foram medidas utilizando-se o método auscultatório, seguindo as recomendações da
VI Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (2010), no repouso, no exercício e ao final
do 1º e 3º minutos da recuperação em cada intensidade. Resultados: A carga obtida
na CVM foi de 40 KGF. Assim, as intensidades de 20%CVM=8 KGF, 30%CVM=12KGF
e 40%CVM=16KGF. Os valores da PArep e PArec 1º e 3º minuto, respectivamente,
em cada uma das intensidades: 20%CVM: 122 X 96mmHg, 138 X 100mmHg e 124 X
98mmHg; 30%CVM: 120 X 98mmHg, 140 X 100mmHg e 122 X 98mmHg; 40% CVM:
122 X 98mmHg, 138 X 100mmHg e 130 X 98mmHg. Conclusão: Nas intensidades de
20 e 30%, onde estresse metabólico é menor, os valores de PA retornaram próximo
do repouso inicial no 3º minuto. Já em 40% permaneceu um pouco maior, mesmo com
aumentos modestos durante o exercício.
47318
Hematoma intramural em hipertenso resistente
KAREN LURY ABE EMOTO, ERCIELEN DE LIMA BARRETO, ISMARI PERINI
FURLANETO, HAISSA ASSAD DOS SANTOS GERALDO, RAFAELA LARANJEIRA
SILVA e ALISSON SANTOS DE SOUZA
RENATO AKIRA NISHINA KUWAJIMA, DANIEL REIS TOSONI, THIAGO TEIXEIRA
DA SILVEIRA FAGUNDES, LIATRICIA XIMENDES ESCORCIO DE BRITO, CARLA
ALEJANDRA DÁVILA CABALLERO, JULIANA SIQUEIRA PESSANHA, FLAVIO
ANTONIO DE OLIVEIRA BORELLI e CELSO AMODEO
Faculdade Metropolitana da Amazônia, Belém, PA, BRASIL.
Insitituto Dante Pazzanes de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL.
Fundamento: Segundo a OMS, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal
causa de óbito no mundo. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes
vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Segundo
Ikuta (2008), alguns hábitos culturais dos paraenses, como o de consumir alimentos
com muito condimento, açúcar, gorduras e sal, têm exercido influência negativa
na expectativa de vida da população, visto que suscetibilizam doenças como as
cardiovasculares e a hipertensão arterial. Objetivo: Identificar os agravos à saúde
devidos às doenças cardiovasculares mais prevalentes no Pará, registrados entre
janeiro de 2002 e abril de 2013. Delineamento, Amostra e Métodos: Foram utilizados
dados referentes à mortalidade relacionada às Doenças do Aparelho Circulatório
(DAC) de indivíduos residentes no estado do Pará, no período de janeiro de 2002 e
abril de 2013. Trata-se de um estudo transversal descritivo, de abordagem quantitativa,
e a coleta foi baseado na obtenção de dados secundários extraídos do (DATASUS),
no período de janeiro de 2002 e abril de 2013. Resultados: Os municípios mais
atingidos no Pará, entre janeiro de 2002 e abril de 2013 foram: Belém, com 21.569
casos (29,6%), seguido de Ananindeua (4.919 casos; 6,75%), Santarém (3.202 casos;
4,39%) e Marabá (2.285 casos; 3,13%). Mais de 50% dos casos ocorreram entre os
homens (40.918 casos; 56,15%). Em Belém, foram registrados no período 15.694
casos (10,45%) de HAS isolada e 8.396 (5,59%) casos com diabetes associada,
demostrando a grande relação que ambas as patologias possuem nos agravos a
saúde dos pacientes. Sabe-se que as doenças cerebrovasculares causam muito mais
incapacidade física do que qualquer outra patologia, e umas das maiores causas de
mortalidade no Pará são: Doenças cerebrovasculares 28.780 casos (39,75%), e em
Belém 8.695 casos (40,6%). Dentre os fatores de risco para doença isquêmica do
coração estão a hipercolesterolemia, onde no Pará foram registrados 19.743 casos
(27,27%) e em Belém 6.144 casos (28,69%). Outras formas de doença do coração
foram observadas no Pará 12.220 casos (16,87%) e em Belém 3.517 casos (16,42%).
Foram verificados 8.496 casos (11,73%) no Pará e em Belém 1.915 casos (8,94%),
e os maiores agravos são: AVC, paralisação dos rins e hipertrofia coronariana.
Conclusão: Em função dos resultados obtidos, conclui-se que a intervenção em tenra
idade pode ser um método eficiente para a prevenção de doenças cardiovasculares e
suas complicações na fase adulta.
Fundamento: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade
no mundo e um importante fator contribuinte é a dificuldade no controle da pressão
arterial (PA). Entre as DCV emergenciais encontra-se a Síndrome Aórtica Aguda (SAA)
cuja característica clínica assemelha-se às Síndromes Coronarianas Agudas. A SAA
divide-se em dissecção aórtica, hematoma intramural (HIM) e a úlcera aterosclerótica
penetrante. A hipertensão arterial (HA) é o principal fator predisponente para sua
formação. Relato de caso: MCM, 66 anos, mulher, negra, em acompanhamento no
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia deu entrada no pronto socorro da instituição
queixando-se de dor precordial em aperto de moderada intensidade sem irradiação
com início há 30 minutos. Eletrocardiograma mostrava supradesnivelamento do
segmento ST de V3 aV4 foi submetida a cineangiocoronariografia que revelou
coronárias sem lesões obstrutivas e importante ponte miocárdica em território
de artéria descendente anterior. Em razão da persistência do quadro doloroso e a
presença de disdiadococinesia mais um derrame pericárdico moderado visualizado
ao ecocardiograma transtorácico foi encaminhada a angiotomografia de tórax, sendo
constatada a presença de um hematoma na parede da aorta cujo início se dava na raiz
da aorta se estendendo até o arco aórtico proximal. A paciente foi então submetida
a correção endovascular. Conclusão: Esse caso demonstra quão importante é o
controle adequado da PA e como outros fatores de risco frequentemente associados
aos níveis elevadas de PA fazem das doenças cardiovasculares a maior causa de
morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
Resumos Temas Livres
47319
Hipertensão arterial resistente como manifestação de hiperaldosteronismo
primário
BRUNO NORMANDE COLOMBO, ANA PAULA LINDOSO LIMA, FLAVIO ANTONIO
DE OLIVEIRA BORELLI e CELSO AMODEO
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL.
Fundamento: O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) exerce importante
papel no controle hidroeletrolítico e da pressão arterial (PA). No hiperaldosteronismo
primário (HAP) há excessiva produção de aldosterona independente do eixo renina
aldosterona. Esta inapropriada produção de aldosterona aumenta a reabsorção de
sódio no túbulo coletor produz hipervolemia e consequente hipertensão arterial (HA).
Associado ao aumento na excreção de potássio e hidrogênio pelos rins instala-se
hipocalemia com frequentemente alcalose metabólica. A presença de hiporeninemia
é resultado final de um feedback negativo sobre o SRAA. Relato de caso: A.A.S.D,
53 anos, mulher, encaminhada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia por HA de
difícil controle. Diz ser portadora de HA há 28 anos, fumante e sedentária com história
familiar de HA. EF: IMC 29,3Kg/m², PA: 200x120mmHg mesmo em uso de doses
ótimas de 3 classes de anti-hipertensivos besilato de anlodipino 10mg/dia; losartana
100mg/dia e hidroclorotiazida 25mg/dia. Os exames laboratoriais mostravam: Na
142mg/dl; K 3,0mg/dl; Cr 0,6mg/dl; Ur 21mg/dl; TSH 1,11Uiu/ml; T4 Livre 1,13ng/
dl; aldosterona (A) 22,6ng/dl; atividade plasmática de renina (R) 0,5ng/ml/h; relação
A/R 45,2; catecolaminas plasmáticas e metanefrinas urinárias normais. Doppler de
artérias renais normal. A tomografia de abdome evidenciou nódulo de 18mm em
adrenal esquerda com densidade pré-contraste de 2UH que corresponde a adenoma.
Para confirmação diagnóstica foi submetida ao cateterismo seletivo de veias adrenais
que revelou lateralização com maior produção de aldosterona pela adrenal esquerda
(aldosterona > 180ng/dl, cortisol > 61,9ng/dl). Foi então associado ao tratamento
medicamentoso espironolactona 100mg/dia com rápida e efetiva melhora dos níveis
de pressão arterial e redução no número de fármacos anti-hipertensivos. Discussão:
A dificuldade no controle da pressão arterial tem como causa principal a não adesão
a medicação anti-hipertensiva ou tratamento inadequado proposto pelo médico.
Afastada estas possibilidades a investigação de causas secundárias é necessária.
Exames laboratoriais associados aos de imagem revelaram alta probabilidade para
HAP. O adenoma é a causa mais comum de hiperaldosteronismo sendo a hiperplasia
uni ou bilateral pouco frequente. Diante da imagem mencionada foi procedida a coleta
de sangue nas veias adrenais. A administração de um bloqueador de aldosterona pode
levar ao controle da PA e dos níveis de potássio.
Arq Bras Cardiol: 107(6 supl.1)1-10
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