o REVISTA DOS CURSOS DE SAÚDE CORPVS/Rev. dos Cursos de saúde da Faculdade Integrada do Ceará FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ Fortaleza v.1 n.6 p. 13-72 abr./jun. 2008 DIREÇÃO GERAL Jessé de Holanda Cordeiro DIREÇÃO ACADÊMICA Ana Flávia Alcântara Rocha Chaves EDITOR-CHEFE CORPVS Ms. Vasco Pinheiro Diógenes Bastos - FIC Ms. Raimunda Hermelinda Maia Macena - FIC EDITORIA CIENTÍFICA Esp. Antônio Carlos da Silva - FIC [email protected] Ms. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos FIC/ UECE [email protected] Dra. Rosiléa Alves de Sousa - FIC [email protected] CONSELHO EDITORIAL: Ana Cristhina de Oliveira Brasil - FIC Andréa Cristina Silva Benevides - FIC Agela Massayo Ginbo - FMJ Denise Maria de Sá Machado Diniz - FIC Eldair Melo Mesquita Filho - FIC Eniziê Paiva Weyne Rodrigues - FIC Estélio Henrique Martin Dantas - FIC Mirna Gurgel Carlos da Silva - FIC Evandro Martins - FIC José Cauby de Medeiros Freire - FIC Nilson Vieira Pìnto - FIC Sheilimar Regina Barragão de Sá Magalhães – FIC EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Antonio Carlos da Silva Henrique Dantas Studart Pedro Rogério Farias Juliana Neves REVISÃO DE TEXTOS Ms. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos - UECE Ms.Rosana Cátia Barbosa Terceiro - FIC Ms. Raimunda Maria do Socorro Sanches de Brito Esp. Antônio Orion Paiva NORMALIZAÇÃO Luiza Helena de Jesus Barbosa - CRB - 830 CORPVS/Revista dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará. – v.1,n.1, (jan./mar.2007). – Fortaleza: Faculdade Integrada do Ceará, 2007. v.: il, 30 cm Trimestral ISSN 1980-9166 v.1, n.6, abr./jun.2008 1.Saúde,Periódicos 2.Educação Física 3.Fisioterapia 4.Gestão Hospitalar I. Título II. Faculdade Integrada do Ceará. CDD 612 v.1 - n. 6 - abr./jun. 2008 - ISSN 1980-9166 o REVISTA DOS CURSOS DE SAÚDE FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ Editorial A compreensão do processo social de adoecimento vem sendo uma meta perse- guida por pesquisadores ao longo dos séculos. Assim sendo, incorporar a polissemia do tema ao universo da Fisioterapia, tendo por premissa sua inclusão no escopo das ciências sociais e humanas parece ser uma estratégia efetiva para ampliar o novo paradigma em saúde funcional, contestando o modelo flexneriano. Neste sentido, o enfoque da saúde como conceito de busca do equilíbrio entre o físico, o mental e o social tem se tornado ponto frequente nas discussões sobre os desafios e às transformações sociais necessárias à prática do fisioterapeuta. Neste sentido, a revista Corpvs no sentido de manter sua linha de difusão do conhecimento cientifica na área da saúde e ampliar os espaços de intercâmbio de in- formações no meio acadêmico traz neste número um complicado dos resumos simples apresentados no evento oficial do Curso de Fisioterapia da Faculdade Integrada do Ceará cognominado V Encontro de Pesquisa do Curso de Fisioterapia/ V Jornada Científica da FISIOFIC / IV Encontro do Programa de Treinamento Especial. Com o lançamento deste número, damos início às comemorações dos dez anos desta instituição de ensino superior, ao mesmo tempo em que homenageamos e agradecemos, na pessoa dos autores dos artigos publicados, bem como todos aqueles que, como relatores e editores, ajudaram a concretizar o sonho dos fundadores da Revista CORPVS/Revista dos Cursos de saúde da Faculdade Integrada do Ceará. Os Editores Sumário DIAGNÓSTICO EM FISIOTERAPIA Alterações Posturais dos Trabalhadores do Beco da Poeira na Cidade de Fortaleza/Ce ................... 13 F ely pe T ei xeir a G omes , M ichelly D os S antos C amelo , F er nan da Yv elize R amos A r aújo , G ersilene Valente O liv eir a , R aimun da H er melin da M ai a M acena . Análise Postural em Alunos Da 5ª Série do Ensino Fundamental de uma Escola Pública em Fortaleza/Ce ................................................................................................................................. 14 João Paulo L acer da Vasconcelos , B r en da J amille L im a C aminh a , M ar ineide M eir eles Nogueir a , T er es a M ar i a D a S ilva C âm a r a, Vasco P inheiro D iógenes B astos . Avaliação das Retrações das Cadeias Musculares em Pacientes com Lombalgias ............................ 15 T er ez a C r istina T eles S antos M atos , C ar li ane Pacheco Mour a , H ederson B er nar do T erceiro , Júlio C és ar Nogueir a B ar bos a , G iselle Notini A rc anjo . Avaliação do Ganho de Amplitude de Movimento da Articulação do Joelho de um Paciente com Fratura Externa de Tíbia e Fíbula em Uso de Fixação Externa: Relato de Caso............................... 16 N irv i a Mor eir a P er eir a , O demir P ir es C ar doso Júnior , M árci a D e O liv eir a B elém , N a yana B r aide Mour a O liv eir a , G isele R odr igues M atoso . Intervenção Fisioterapêutica com o Uso Do Paquímetro no Paciente com Trismo: Estudo de Caso... ......................................................................................................................................................17 J a yan ne M ar i a B r ito T ei xeir a , B runa D i as S ous a G ir ão , M ar i ana F er nan des A r ru da , Monik y K euly M arcelo R och a , Fabíol a A r aújo Paiva . Terapêutica EM FISIOTERAPIA A Evolução da Oxigenoterapia em Prematuro, com Síndrome do Desconforto Respiratório Internado no Berçário de Médio Risco de Um Hospital Público de Fortaleza................................ 19 K ar l a L iduina P orto M ach ado , Wedl a L our des R ebouç as M atos , K amil a M acêdo P imentel , Iclejane D e S ena R abelo , S uz y M ar i a Montenegro P ontes . A Importância da Fisioterapia em um Paciente Seqüelado de Meningite Criptocócica: Estudo de Caso......................................................................................................................................... 20 B runa D i as S ous a G ir ão , J a yan ne M ar i a B r ito T ei xeir a , M ar i ana F er nan des A r ru da , Monik y K euly M arcelo R och a , Fabíol a A r aújo Paiva . A Importância da Fisioterapia na Reabilitação de Pacientes Amputados Transtibiais...................... 21 T hi ago B r asileiro Vasconcelos , F r ancisc a K leyci ane L im a T or r es , Pâmel a K ar ine Walter , F ely pe R égis T ei xeir a G omes , R oberto A r aújo E né as . A Importância da Terapia Manual na Disfunção Temporomandibular........................................... 22 H ederson B er nar do T erceiro , Júlio C és ar Nogueir a B ar bos a , L ar a C idr ão P into , L uiz H enr ique D e Paul a M elo , R ebec a B ar r eir a Juc á , Itana L is ane S pinato . A Importância do Atendimento Continuado da Equipe de Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva: Abordagem em um Paciente Com Traumatismo Cranioencefálico........................... 23 M elo D e C ar mem C D F , G er l an y B r az L aur in do , T ici ana Vi ana M enezes , G ercelina C h agas Mour a , Nogueir a A n dr e a N C. A Intervenção Fisioterapêutica em Paciente Submetido à Cirurgia Torácica e Abdominal por Perfuração por Arma de Fogo: Estudo de Caso. ............................................................................ 24 O demir P ir es C ar doso Junior , M árci a D e O liv eir a B elem , N a yana B r aide , N írv i a Mor eir a P er eir a , G isele R odr igues M atoso . Abordagem Fisioterapêutica em Paciente Sequelado de Avc: Relato de Caso ................................. 25 H ortênci a S antos S ilv eir a , M ichelly D os S antos C amelo , A l an C h ar les F echine S ilva , D iógenes G eórgi a M ar i a L opes D a S ilva , C amil a R eis . Acompanhamento Fisioterapêutico de Um Paciente Com Litíase Biliar Submetido à Colecistectomia ....................................................................................................................................... 26 I sis R afaele G adelh a L im a B ar boz a , A il a M ar i a B ezer r a . Análise da Importancia do Primeiro Atendimento Fisioterápico nas Lesões Causadas por Queimaduras ................................................................................................................................ 27 K ary n ne C or r ei a C astro , M agda R oberta B orges D e M ello , O lga B r ito B ar bos a , R afael a P essôa S antana , É r ik a P orto X av ier . Análise da Inibição Prévia no Alongamento da Musculatura da Coluna Lombar em Pacientes com Quadro de Lombalgia Mecânica....................................................................................... 28 R an nier e G urgel F urtado D e A quino , É r ik a Mour a D e M acedo , A dr i ana P onte C ar neiro D e M atos , T er es a M ar i a D a S ilva C âm ar a , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Analise dos Efeitos da Fisioterapia Respiratória Sobre a Freqüência Respiratória e Ausculta Pulmonar em um Paciente com Diagnóstico de Sida e Neurotoxoplasmose................................... 29 M ar i ana F er nan des D e A r ru da , B runa D i as S ous a G ir ão , J a yan ne M ar i a B r ito T ei xeir a , Mon yk y K euly M arcelo R och a , Fabí ol a A r aújo Paiva . Recuperação da Amplitude de Movimento da Artriculação do Tonozelo de um Paciente em Uso de Fixação Externa por Fratura Exposta de Tíbia e Fíbula: Estudo de Caso............................. 30 N a yana B r aide , O demir P ir es C ar doso Junior , M árci a D e O liv eir a B elem , N irv i a Mor eir a P er eir a , G isele R odr igues M atoso . Atuação da Fisioterapia em um Paciente com Sida e Neurotoxoplasmose: Estudo de Caso............ 31 A lex an dr e D o C outo C ohen , João Paulo M ai a B r asil , Fabíol a A r aújo Paiva . Atuação da Fisioterapia no Paciente com Meningoencefalite Criptocócica: Relato de Caso............ 32 Monik y K euly M. R och a , Fabíol a A r aújo Paiva , J a yan ne M ar i a B r ito T ei xeir a , B runa D i as S ous a G ir ão , M ar i ana F er nan des A r ru da . Atuação Fisioterapêutica na Lesão do Nervo Axilar por Ferimento por Arma de Fogo: Estudo de Caso.................................................................................................................................... 33 M árci a D e O liv eir a B elém , N a yana B r aide Mour a D e O liv eir a , N írv i a Mor eir a P er eir a , O demir P ir es C ar doso Junior , G isele R odr igues M atoso . Avaliação da Pimáx e Pemáx Antes e Após a Aplicação dos padrões Musculares Respiratórios no Pré e Pós-Operatórios de Hernioplastia Inguinal...................................................................... 34 F r ancisc a K le ane L im a T or r es , A íl a M ar i a S ilva B ezer r a , F r ancisc a K leyci ane L im a T or r es , M ar i a Fabíol a C ar neiro S ous a , E lv ir a Fátim a E vangelista F r eitas . Avaliação do Tratamento Fisioterapêutico em um Paciente Pediátrico Portador de Abcesso Cerebral Estudo de Caso Instituição: Hospital São José................................................................. 35 L or ena P inheiro L our eiro , G er m ana M esquita M agalh ães , A n dr é a N.C. Nogueir a , M arcielly S. M aciel , Juli ana C r istina S. R och a . Derrame Pleural: Estudo de Caso Instituição: Hospital São José.................................................... 36 Juli ana C r istina S oar es R och a , L or ena P inheiro L our eiro , M arcielly D os S antos M aciel , A n dr é a D a Nóbr ega C ir ino No gueir a , G er m ana M esquita M agalh ães . Displasia Broncopulmonar + Persistência do Canal Arterial: Estudo de Caso................................. 37 Wedl a L our des R ebouç as M atos , Iclejane D e S ena R abelo , K ar l a L iduina P orto M ach ado , K amil a M acedo P imentel , S uz y M ar i a Montenegro P ontes . Efeitos Pulmonares do Reanimador de Müller na Sida - Estudo de Caso Instituição: Hospital São José......................................................................................................................................... 38 M arcielly D os S antos M aciel , L or ena P inheiro L our eiro , Juli ana C r istina S oar es R och a , A n dr é a D a Nóbr ega C ir ino Nogueir a , G er m ana M esquita M agalh ães , Iclejane D e S ena R abelo , S uz y M ar i a Montenegro P ontes , K ar l a L iduina P orto M ach ado , Wedl a L our des R ebouç as M atos , K amil a M acedo P imentel . Evolução Clínica de um Paciente Portador de Dpoc Agudizada Após Tratamento Clínico e Intervenção Fisioterapêutica - Estudo de Caso............................................................................... 40 Juli ana C r istina S oar es R och a , L or ena P inheiro L our eiro , G eórgi a G uim ar ães B ar ros . Evolução Clinica do Paciente com Asma Grave Após Intervensão Fisioterapeutica........................ 41 K amil a M acedo P imentel , S uz y M ar i a Montenegro Montes . Fibrose Cística - Estudo de Caso................................................................................................... 42 Wedl a L our des R ebouç as M atos , Iclejane D e S ena R abelo , K ar l a L iduina P orto M ach ado , K amil a M acedo P imentel , S uz y M ar i a Montenegro P ontes . Hernioplastia com Aposição de Tela de Marlex - Estudo de Caso.................................................. 43 L uan da Mor aes R os ado D e O liv eir a , A il a M ar i a D a S ilva E S ouz a B ezer r a . Intervenção Fisioterapêutica em um Paciente Restrito ao Leito Com Fístula Entérica Após Laparotomia Exploradora.............................................................................................................. 44 M árci a D e O liv eir a B elém , O demir P ir es C ar doso Junior , R enata S antos A lmeida , T hi ago B r asileiro D e Vasconcelos , G isele R odr igues M atoso . Intervenção Fisioterápica no Paciente Submetido à Laparotomia Exploratória por Perfuração Intestinal na Doença de Crohn...................................................................................................... 45 M arcelo D e A lmeida P inheiro L im a , A n dr é a Nóbr ega C ir ino Nogueir a . Reeducação Postural e Manipulação Sacral como Parte do Tratamento da Incontinência Urinária por Esforço - Estudo de Caso.......................................................................................... 46 A less an dr a B.M. B atista , C leoneide O liv eir a G iselle Notoni A rc anjo , K at yane M ir i an Paiva , T elm a R enata D os S antos . Tratamento Fisioterápico em Pacientes Portadores de Constipação Intestinal................................. 47 N ádi a Nogueir a G omes , R ebec a S oar es F r eir e B ar rozo , M ir el a M isici R oberto M isici , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Tratamento Fisioterapêutico no Pós-Opreratorio de Aneurisma Roto de Aorta Abdominal: Estudo de Caso............................................................................................................................. 48 M ar i a Fabíol a C ar neiro S ous a , N írv i a Mor eir a P er eir a , F r ancisc a K le ane L im a T or r es , E lv ir a Fátim a E vangelista F r eitas , A íl a M ar i a S ilva B ezer r a . Uso do Reanimador de Muller como Tratamento Fisioterapêutico em Pacientes com Sequela de Avc Hemorrágico com Pneumonia Aspirativa: Estudo de Caso............................................. 49 N irv i a Mor eir a P er eir a , M ar i a Fabíol a C ar neiro S ous a , A il a M ar i a D a S ilva B ezer r a . Outros Temas Em Saude A Prevalência da Incontinência Urinária em Mulheres Idosas Residentes de Abrigos em Fortaleza..............................................................................................................................................51 I le ana P itombeir a G omes , Juli ana F er nan des D e Mor aes , Juli ana L erche V. R och a P ir es . Alterações Comportamentais na Vida Social e Familiar da Mulher Oriundas das Complicações Pós-Mastectomia.................................................................................................................... 52 C leonice M ar i a , L uci ana P inheiro , C leoneide P.O liv eir a , M ar i a E liz angel a Vieir a M artins . Análise da Qualidade de Vida dos Adolescentes das Escolas Públicas do Ensino Fundamental da Cidade de Fortaleza/Ce em Relação ao Risco de Hipertensão Arterial Sistêmica................... 53 A na C ileda D iógenes C arvalho , A n dr é S ar att D e L im a , S uz y M ar i a Montenegro P ontes , C r isti ano T eles D e S ous a , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Análise dos Atendimentos na Unidade de Reabilitação dos distúrbios do Assoalho PélvicoUredape ........................................................................................................................................ 54 C leoneide O liv eir a , L eil a B euttenmuller , K at yane M ir i an Paiva , T elm a R enata D os S antos . As Consequências das Úlceras De Pressão na Síndrome da Imobilidade Nos Gerontos.................. 55 A na R oberta G omes S ev er i ano ,  ngel a S ar ah G omes S ev er i ano , R enata S antos A lmeida , T h ainá C ar doso C osta , M árci a Virgí ni a C astro G omes C h av es C or r ei a . Benefícios da Hidroterapia nos Pacientes que Sofreram Acidente Vascular Cerebral (Avc).............. 56 C ar li an ne Pacheco Mour a , M a yana C hr istielle D e C arvalho Mour a , Mônic a Nogueir a B r a y ner , Z eneida P inho M agalh ães L i ana R och a P r aç a . Compromentimentos da Coluna Vertebral do Cirurgião Dentista, uma Visão Ergonômica........... 57 F r ancisc a K leyci ane L im a T or r es , R ômulo C és ar A fonso G oul art F ilho , F r ancisc a K le ane L im a T or r es , F r ancisco R afael D antas , Tati ane Nogueir a . Conhecimentos e Ciência, Diferenças ou Semelhanças?................................................................. 58 A n na B e atr iz G onç alv es J acinto , H év il a N ascimento G omes , Patr íci a D e S ouz a S an des , Vaness a S ilva S anti ago , R aimun da H er melin da M ai a M acena . Crianças Abandonadas e Abrigos Estatais: Espaço de Atuação do Fisioterapeuta............................ 59 I le ana P itombeir a G omes , A lenc ar ine D e A lenc ar S ales , M ar i a R oberta L oiol a F er r eir a , R aimun da H er melin da M ai a M acena . Gestantes - A Educação como um Instrumento para a Saúde da Gestante e do Bebê...................60 C leoneide Paulo O liv eir a , L ar a C idr ão P into , R ebec a B ar r eir a Juc á . Fisioterapia e Amputação: Visão Globalizada de Reabilitação – Estudo de Caso............................ 61 O demir P ir es C ar doso Junior , M árci a D e O liv eir a B elem , G isele R odr igues M atoso . Incidência de Extubação Acidental em uma Uti de um Hospital da Rede Privada de Fortaleza............................................................................................................................................. 62 N ai ar a D e C arvalho L aur entius , G r aziell a P r ado C unto , K ar ine C ol aço C ampos , E l ain y A gui ar Par ente , G eórgi a G uim ar ães B ar ros . Lesões Osteoarticulares Mais Freqüentes na Prática do Judô no Estado do Ceará........................... 63 Je an S ilva C avalc ante , G iselle Notini A rc anjo . O Papel da Intervenção Fisioterapêutica na Prevenção das Ler/Dort.............................................. 64 D eiv id P er eir a G omes , R enata S antos A lmeida , R ômulo C és ar A fonso G oul art F ilho , T h ainá C ar doso C osta , E r ic a P orto X av ier . O Pé Diabético e Suas Particularidades.......................................................................................... 65 T hi ago B r asileiro Vasconcelos , M ateus R amos S ev ero , M ar íli a D e A quino Nogueir a A lmeida , R enata S antos A lmeida , R ober to A r aújo E né as . Os Benefícios da Fisioterapia Aquática em Pacientes Comesclerose Lateral Amiotrófica................ 66 Z eneida P inho M agalh ães , M a yana C hr istielle D e C arvalho Mour a , Mônic a Nogueir a B r a y ner , C ar li an ne Pacheco Mour a L i ana P r aç a . Perfil dos Pacientes do Uredape no Ano de 2007 - Estudo Retrospectivo....................................... 67 Mun yk D our ado D antas P onte , O stevan Muniz F onsec a S ales C oelho , C amil a R aquel B ar roso F er r r az , C leoneide Paulo O liv eir a , L eil a B e autmuller . Prática do Auto-Exame de Mama em Mulheres Mastectomizadas Unilateral................................. 68 Juli ana Vasconcelos , S ilv i a C avalc ante F igueir edo , L eil a B euttenmüller C avalc anti S oar es , T er es a M ar i a D a S ilva C âm ar a , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Prevalência de Algias na Coluna em Adolescentes Universitários.................................................... 69 M arcelo D e A lmeida P inheiro L im a , C r isti ano T eles D e S ous a . Professor de Judô no Ceará: Abordagem deste Esporte Entre Leigos e Professores Graduados em Educação Física................................................................................................................. 70 Je an S ilva C avalc ante , G iselle Notini A rc anjo . Uso da Eletroterapia no Tratamento dos Distúrbios do Assoalho Pélvico: Um Estudo Bibliográfico.................................................................................................................................. 71 A less an dr a B.M. B atista , K at yane M ir i an Paiva , T elm a R enata D os S antos , L eil a B euttenmuller , C leoneide O liv eir a . Ventilação Não-Invasiva X Pós-Operatório de Cirurgia Cardíaca................................................... 72 F r ancisco Humberto C osta F ilho , C ar los H enr ique L opes C ampos E R eis , L eonar do L obo S ar aiva B ar ros , M ar i a D o S ocor ro Q uintino D e Far i as , Vasco P inheiro D iógenes B astos . DIAGNÓSTICO EM FISIOTERAPIA ALTERAÇÕES POSTURAIS DOS TRABALHADORES DO BECO DA POEIRA NA CIDADE DE FORTALEZA/CE F elype T eixeir a G omes M ichelly D os S antos C amelo F er nanda Yvelize R amos A r aújo Gersilene Valente Oliveir a R aimunda H er melinda M ai a M acena Introdução: Com a redução da produção de algodão no Nordeste e o fechamento de muitas empresas do setor têxtil e vestuário, ocorreu uma crise econômica no estado do Ceará levando ao aumento do mercado informal, que se solidificou com o surgimento do Beco da Poeira. Objetivo: Tivemos o objetivo de enumerar os conhecimentos dos trabalhadores sobre postura, detectar incidências de dor na coluna, e identificar locais e intensidade de dor relatados pelos trabalhadores. Metodologia: Foram entrevistados no período de fevereiro a abril de 2007, 100 trabalhadores em 100 boxes do Beco da Poeira, localizado no centro de Fortaleza. O instrumento utilizado foi um questionário contendo 20 questões objetivas e analise da situação postural pelo pesquisador. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade Integrada do Ceará. Resultados: Apresentou-se que a maioria dos trabalhadores não realizava atividade física, possuem dores na região dorsal com frequência às vezes e ao transportar peso de forma errada essa dor tende a piorar durante a noite após o expediente. Conclusão: Após a avaliação postural visível foi detectada a escoliose na maioria dos ambulantes que essas dores e alterações posturais são ocasionadas pela má ergonomia e biomecânica ocupacional inadequada, o que leva a problemas osteomusculares. Palavras-chave: Postura. Fisioterapia. Trabalho. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 13 ANÁLISE POSTURAL EM ALUNOS DA 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM FORTALEZA/CE João Paulo L acerda Vasconcelos Brenda Jamille L ima C aminha M ar ineide M eireles Nogueir a T eresa M ar i a da Silva C âmar a Vasco P inheiro Diógenes B astos Introdução: A postura refere-se à forma e ao alinhamento dos vários segmentos corporais. A má postura é dada quando o indivíduo está em posição ortostática e, para que essa posição seja mantida, passa a exigir grandes esforços da musculatura, ligamentos e estrutura óssea, deixando com isso a coluna vertebral mais vulnerável à lesões. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar as alterações posturais em alunos da 5ª série do ensino fundamental de uma escola pública em Fortaleza/CE. Pesquisa de caráter descritivo, transversal, exploratório e quantitativo. Realizada no Colégio Bárbara de Alencar, com os alunos da 5ª série do ensino fundamental, durante o mês de abril/2007. Metodologia: Foi utilizado para coleta de dados, um questionário contendo perguntas sobre seus hábitos posturais e uma ficha de avaliação postural. A população seria constituída de 25 alunos. Porém após o critério de exclusão a nossa amostra ficou totalizada em 13 alunos (52%). Resultados: Os dados foram analisados e discutidos em dois blocos, sendo um com relação aos hábitos posturais, e outro com o resultado da avaliação postural. No questionário dos hábitos posturais ficou constatado que, 69% (n=9) realizavam as tarefas escolares em locais inapropriados; 69% (n=9) ficam com as costas em posição inadequada na cadeira escolar; 93% (n=12) dos participantes carregam o material escolar de maneira inadequada. Já na ficha de avaliação foi observado que tanto em vista anterior e posterior da cabeça 54% (n=7) apresentavam desvios; ainda em vista anterior, 46% (n=6) apresentavam alterações no ângulo de Talles; 54% (n=7) espinha ilíaca ântero-superior simétricas; 54% (n=7) desvios no joelho; já em vista posterior foi observado que 54% (n=7) apresentavam a coluna tóraco lombar normal; 54% (n=7) cristas ilíacas simétricas; em vista lateral foi observado que 77% (n=10) apresentavam a coluna torácica normal; 54% (n=7) abdômen protuso; 54% (n=7) hiper lordose lombar; 54% (n=7) pelve em anteversão; 54% (n=7) não apresentavam gibosidade. Conclusão: Concluímos que ao avaliar a postura dos alunos, ficou constatado que a grande maioria dos alunos apresentava desvios posturais, dentre eles o mais observado foi a hiper lordose lombar. Em relação aos hábitos posturais foi observado que grande parte da amostra, não apresentava uma boa postura e com isso favorecendo, a um agravamento ou surgimento de desvios posturais. Palavras-Chave: Postura. Desvios Posturais. Hábitos Posturais. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 14 AVALIAÇÃO DAS RETRAÇÕES DAS CADEIAS MUSCULARES EM PACIENTES COM LOMBALGIAS T erez a Cr istina T eles S antos M atos C arli ane Pacheco Mour a H ederson Ber nardo T erceiro Júlio C ésar Nogueir a B arbosa Giselle Notini A rcanjo INTRODUÇÃO: A dor lombar representa hoje uma das maiores queixas dos pacientes, tanto por parte dos sedentários como dos atletas de diversas modalidades esportivas. Geralmente, está relacionada com o encurtamento assimétrico, compensações, contraturas das cadeias musculares, seja anterior, posterior ou cruzada. Os músculos considerados chaves com relação às disfunções lombares são o quadrado lombar, o psoas, o piriforme e os ísquios tibiais. As contraturas e a utilização inadequada destes músculos são as causas mais comuns de lombalgias. Os desequilíbrios entre essas cadeias geram por compensação comprometimentos posturais importantes, causando na maioria das vezes retrações que geram dores lombares. OBJETIVOS: Investigar quais retrações de cadeias musculares mais acometidas pelos pacientes com dores lombares que procuram tratamento no Projeto de Responsabilidade Social Escola de Postura e Terapia Manual da Faculdade Integrada do Ceará, identificando quais compensações posturais dentro da cadeia muscular é mais acometida. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de caráter descritivo, exploratório com estratégia de análise quantitativa, no Projeto de Responsabilidade Social Escola de Postura e Terapia Manual da Faculdade Integrada do Ceará, onde foram avaliados todos os prontuários contidos nos arquivos do projeto, desde março de 2006 a abril de 2008. A amostra foi selecionada a partir dos prontuários de pacientes que referiram dores lombares. Foi realizada uma análise estatística descritiva, por meio dos dados coletados, sendo apresentados os resultados da pesquisa em forma de tabelas no Excel. RESULTADOS: Foram avaliados 111 prontuários, sendo que destes, 61 na história clínica dos pacientes apresentaram dores lombares. Destes, 44,26% dos pacientes apresentaram no exame físico retrações de cadeia anterior, 44,26% de cadeia posterior e 11,47% de cadeia mista. Das retrações mais acometidas nas cadeias musculares foi o joelho valgo em 27 e a retificação lombar em 28 pacientes. CONCLUSÃO: Por esta pesquisa podemos concluir que as retrações nas duas cadeias anterior e posterior estão presentes em pacientes com lombalgias na mesma proporção. Porém dentro dessas retrações as compensações posturais mais encontradas foi o joelho valgo e a retificação lombar. Palavras-chaves: Fisioterapia. Lombalgia. Terapeutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 15 AVALIAÇÃO DO GANHO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO DE UM PACIENTE COM FRATURA EXTERNA DE TÍBIA E FÍBULA EM USO DE FIXAÇÃO EXTERNA: RELATO DE CASO Nirvi a Moreir a P ereir a O demir P ires C ardoso Júnior M árci a De Oliveir a Belém Nayana Br aide Mour a Oliveir a Gisele Rodr igues M atoso INTRODUÇÃO: A fixação externa é comumente utilizada nas fraturas expostas de ossos longos e consiste na aplicação de pinos percutâneos acima e abaixo do foco da fratura, unidos externamente por uma placa de metal. Como a consolidação da fratura exposta é mais demorada do que a da fratura fechada, o paciente permanece sob o uso da fixação externa por um tempo prolongado, o que pode resultar em várias complicações, sendo o enrijecimento articular a mais frequente delas. OBJETIVO: Avaliar a eficácia das técnicas fisioterapêuticas na recuperação da amplitude de movimento da articulação do joelho de um paciente com fratura exposta de tíbia e fíbula, restrito ao leito hospitalar por uso de fixação externa. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no período de 12 de março a 04 de abril de 2008, na enfermaria da cirurgia plástica do IJF no paciente ESD, 44 anos, sexo masculino, com diagnóstico de fratura exposta e cominutiva de tíbia e fíbula esquerda, submetido a fixação externa. Foram realizados 11 atendimentos fisioterápicos com alongamento da musculatura comprometida, mobilização patelar, exercícios isométricos para quadríceps, ativo-livre e ativo-assistido para todas as articulações do membro inferior esquerdo. O ganho da amplitude de movimento da articulação do joelho foi mensurado pela realização da goniometria antes do primeiro atendimento e ao final do último. RESULTADOS: A primeira goniometria verificou uma amplitude de 10 graus para a flexão do joelho. Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se por meio da goniometria, um ganho de 20 graus para a flexão dessa articulação. CONCLUSÃO: O conjunto de técnicas fisioterapêuticas cinesioterápicas utilizadas mostraram-se eficazes para um melhor relaxamento e recuperação da amplitude articular de movimento da articulação do joelho de um paciente restrito ao leito pela fixação externa de tíbia e fíbula, tornando fundamental o trabalho desse profissional na fase hospitalar, prevenindo complicações como retrações musculares e bloqueios articulares. Palavras-chaves: Fisioterapia. Fratura. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 16 INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA COM O USO DO PAQUÍMETRO NO PACIENTE COM TRISMO: ESTUDO DE CASO Jayanne M ar i a Br ito T eixeir a Bruna Di as Sousa Gir ão M ar i ana F er nandes A rruda Monik y K euly M arcelo Rocha Fabíol a A r aújo Paiva Introdução: Clinicamente, o tétano acidental se manifesta por: hipertonia mantida dos músculos masseteres (trismo e riso sardônico) e dos músculos do pescoço (rigidez de nuca), ocasionando dificuldade de deglutição (disfagia), que pode chegar à contratura muscular generalizada (opistótono) e rigidez muscular progressiva. Objetivos: Avaliar a intervenção fisioterapêutica com o uso do paquímetro no paciente com trismo. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado por meio de intervenção fisioterapêutica, na enfermaria do Hospital São José, período de 29/02/2008 a 03/03/2008. Utilizou-se como parâmetro de avaliação o paquímetro para mensurar a abertura da boca. Foi realizado o tratamento fisioterapêutico em um paciente J.R.F.L., 46 anos, sexo masculino, admitido com diagnóstico de tétano acidental, disfagia, trismo e rigidez em tórax e dorso. O atendimento fisioterapêutico foi realizado todos os dias de internação hospitalar, sendo o estudo realizado durante esses quatro dias, no turno da manhã, onde no último dia de avaliação o paciente obteve alta hospitalar. A intervenção fisioterapêutica consistiu em exercícios nos músculos bucinador, mentoniano, orbicular dos lábios fibras superiores e inferiores, elevador e depressor dos lábios, risório, masseter, elevador da asa do nariz e platisma. O paciente foi avaliado quanto à melhora do trismo através da intervenção fisioterapêutica por meio do paquímetro, onde mensurava os valores de abertura da boca. Todos os dias antes e após o tratamento o paciente era reavaliado a fim de verificar a evolução do mesmo com os resultados da terapia. Resultados: Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se o aumento da amplitude da articulação têmporo mandibular avaliada através do paquímetro, com um ganho de aproximadamente 15 milímetros na abertura da boca. Conclusões: O estudo mostrou que o conjunto das técnicas fisioterapêuticas utilizadas mostraram-se eficazes para a melhora do trismo em paciente com tétano acidental. Palavras-chaves: Fisioterapia. Trismo. Paquímetro. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 17 TERAPêUTICA EM FISIOTERAPIA A EVOLUÇÃO DA OXIGENOTERAPIA EM PREMATURO, COM SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO INTERNADO NO BERÇÁRIO DE MÉDIO RISCO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE FORTALEZA K arl a L iduina Porto M achado Wedl a L ourdes R ebouças M atos K amil a M acêdo P imentel Iclejane De Sena R abelo Suzy M ar i a Montenegro Pontes INTRODUÇÃO: A Síndrome do Desconforto Respiratório é uma doença que se caracteriza por trazer grande desconforto respiratório ao recém-nascido sendo um dos maiores problemas pulmonares do período neonatal, principalmente do recém-nascido prematuro. Entre os fatores relacionados com a imaturidade pulmonar destacam-se a deficiência do surfactante alveolar, o desenvolvimento estrutural incompleto do parênquima pulmonar e a complacência exagerada da caixa torácica. Os sinais e sintomas da SDR são taquipneia, gemido expiratório, batimento de asa do nariz, retração de caixa torácica e cianose são de início precoce e aparecem logo após o nascimento. Dentre as terapias pré-natais especificamente elaboradas para a redução do risco e da gravidade da SDR, destacam-se os glicocorticóides. As complicações observadas no curso da SDR decorrem basicamente do grau de prematuridade e da estratégia de tratamento adotada. As principais complicações são síndrome de escape de ar, persistência do canal arterial, sepse, hemorragia peri/intraventricular e displasia broncopulmonar. OBJETIVO: Abordar as formas da oxigenoterapia que são utilizadas, de acordo com a literatura, no tratamento desses pacientes, assim como a evolução da mesma durante os atendimentos realizados. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, desenvolvido no Berçário de médio risco do Hospital Geral Waldemar de Alcântara, no período de Março à Abril de 2008 na cidade de Fortaleza. Foi realizada pesquisa em prontuário, abordando os distúrbios fisiopatológicos apresentados pela paciente, relacionando os principais aspectos que a levaram a internação hospitalar. RESULTADOS: De acordo com alguns parâmetros avaliados durante os atendimentos (tipo de oxigenoterapia, FR e FC), a paciente apresentou uma boa evolução em relação a oxigenoterapia realizada. CONCLUSÃO: O uso da oxigenoterapia visa melhorar o estado clínico geral dos pacientes assim como prevenir as complicações pulmonares decorrentes da patologia. Palavras-chaves: Síndrome do Desconforto Respiratório. Fisioterapia. Oxigenoterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 19 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA EM UM PACIENTE SEQUELADO DE MENINGITE CRIPTOCÓCICA: ESTUDO DE CASO Bruna Di as Sousa Gir ão Jayanne M ar i a Br ito T eixeir a M ar i ana F er nandes A rruda Monik y K euly M arcelo Rocha Fabíol a A r aújo Paiva Introdução: A Meningite Criptocócica é uma infecção causada pelo fungo Cryptococcus neoformans encontrado no solo em todo o mundo. Um dos fatores de risco inclui pacientes portadores de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e sua predileção se dá pelo Sistema Nervoso Central, podendo ocorrer em qualquer idade. Objetivos: Avaliar a importância da fisioterapia em um paciente sequelado de meningite criptocócica. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado na enfermaria do Hospital São José, período de 18/02 a 10/03/2008. Utilizou-se como instrumento e estratégia de coleta de dados a pesquisa em prontuário. Foi realizado o tratamento fisioterapêutico em um paciente F.O.B.N., 44 anos, sexo masculino, admitido com quadro de Meningite Criptocócica. O tratamento consistiu em vibrocompressão torácica, estimulação diafragmática, estimulo da tosse e aceleração do fluxo expiratório (AFE). O paciente foi avaliado quanto à melhora do quadro clínico após os atendimentos fisioterapêuticos. Resultados: Após a realização das técnicas fisioterapêuticas aplicadas no paciente durante quinze dias, o mesmo apresentou considerável melhora na deambulação não necessitando mais de auxílio, ausculta pulmonar limpa e melhora na orientação e cooperação. Conclusões: O estudo mostrou a importância da fisioterapia diária dentro dos hospitais possibilitando melhoria da qualidade de vida dos pacientes e diminuindo o tempo de hospitalização. Palavras-chaves: Fisioterapia. Meningite Criptocócica. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 20 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES AMPUTADOS TRANSTIBIAIS T hi ago Br asileiro Vasconcelos F r ancisca K leyci ane L ima Torres Pâmel a K ar ine Walter F elype R égis T eixeir a G omes Roberto A r aújo E néas Introdução: Amputação é a remoção de uma extremidade do corpo por meio de cirurgia ou acidente. Na medicina, é usada para controlar a dor ou a doença no membro afetado, como no câncer e na gangrena. As amputações podem ser realizadas em vários níveis dos segmentos corporais. A amputação transtibial, abordada no presente trabalho, é realizada entre a articulação tíbiotársica e a de joelho. A protetização, ou seja, a aplicação de um dispositivo artificial que tem por função a substituição de uma parte do corpo, tornasse necessária dentro do processo de reabilitação desses pacientes, de forma que possam retomar suas atividades. Objetivo: A partir de uma vivência dentro da ortopedia técnica, surgiu o interesse em analisar o trabalho da fisioterapia, buscando uma melhor reabilitação para o paciente amputado, demonstrar novos tipos de próteses para os Fisioterapeutas, além de, análises sobre as melhores condições do coto, aspectos físicos e o perfil do paciente, período pré-operatório, reabilitação, avaliação física, avaliação de acompanhamento, período pós-operatório. Metodologia: O estudo foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica e em bases de dados. Resultados: O trabalho dos Fisioterapeutas com pacientes protetizados é importantíssimo, pois o paciente terá que ser acompanhado durante muito tempo para a sua nova forma de vida, o programa de reabilitação direcionado será composto de alongamentos, exercícios para fortalecimento da musculatura, preparação do coto para um melhor uso da prótese, propriocepcão e exercícios para tronco e MMSS. Em todo estudo, foi observado que, a presença do Fisioterapeuta é de suma importância durante todo o processo de reabilitação, muitas vezes trabalha como psicólogo melhorando o lado emocional do paciente com o sentimento de invalidez e de mutilamento, tratar como um início de uma nova fase, sem patologias e deformidades sérias, informar ao paciente que as amputações muitas vezes proporcionam uma melhor qualidade de vida, sem dor e sem sofrimento antes presente. Não devemos lamentar o que foi perdido e sim dar a devida importância ao que restou. Conclusão: Acredita-se com este trabalho que um bom acompanhamento ao protetizado pode fazer com que suas atividades de vida diária possam ser retomadas rapidamente, e isso será possível com um trabalho em equipe entre médico, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo e técnico ortopédico. Palavras-chaves: Fisioterapia. Amputação. Prótese. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 21 A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA MANUAL NA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR H ederson Ber nardo T erceiro Júlio C ésar Nogueir a B arbosa L ar a C idr ão P into Luiz H enr ique de Paul a M elo R ebeca B arreir a Jucá Itana L isane Spinato Introdução: A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma síndrome que engloba as condições dolorosas agudas e crônicas decorrentes das articulações temporomandibulares (ATM), dos músculos do aparelho estomatognático e dos suprimentos vascular e nervoso desses tecidos. Geralmente sua etiologia é multifatorial apresentando-se complexa e sujeita a muitas controvérsias. O tratamento poderá estar relacionado à Odontologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Medicina, Psiquiatria e Psicologia. A fisioterapia, mais especificamente, auxilia no alívio da dor e restaura a função músculoesquelética através de modalidades terapêuticas e exercícios. Objetivo: identificar a importância da utilização da terapia manual no tratamento da DTM. Materiais e Métodos: Estudo do tipo documental, realizado no Projeto de Responsabilidade Social da Faculdade Integrada do Ceará FIC, no período de outubro a dezembro de 2007. A população foi composta por 150 prontuários dos pacientes atendidos nos anos de 2005 a 2007, e a amostra foi constituída por 59. Foram excluídos do estudo os prontuários incompletos e os pacientes que não atingiram algum grau de disfunção na avaliação. Os dados foram tabulados no programa estatístico SPSS for Windows versão 13.0, e analisados segundo a literatura vigente. Resultados: A análise dos dados indicou que 94,9% (56) dos pacientes eram do sexo feminino, 39,0% (23) tinham idade compreendida entre 18 e 27 anos e 22,0% (13) entre 48 e 57 anos. Quanto ao grau de disfunção, segundo o índice anamnésico, 47,5% (28) apresentaram severa disfunção temporomandibular, 37,0% (22) moderada disfunção e 15,3% (9) suave disfunção. Quanto aos principais sinais e sintomas apresentados 88,1% (52) dos pacientes referiram dor ao apertar os dentes, 86,4% (51) referiram dor à abertura máxima da boca, 64,4% (38) possuíram ruído articular, 39% (23) apresentaram desvio mandibular durante o movimento de abertura máxima da boca e 64,4% (38) apresentaram cansaço ao mastigar. Quanto aos tratamentos realizados, em 27,1% (16) foi incluída a massagem intra oral da musculatura mastigatória, 40,7% (24) mobilização articular da articulação temporomandibular, 81,4% (48) alongamento da musculatura comprometida, 49,2% (29) pompagem muscular, 86,4% (51) liberação miofascial e 20,3% (12) exercícios de fortalecimento. Em relação, ao número de atendimentos 71,2% (42) dos pacientes realizaram até 10 atendimentos. Conclusão: Por intermédio da análise dos dados observou-se a importância da utilização da terapia manual no tratamento fisioterapêutico objetivando minimizar os sinais e sintomas ocasionados pela disfunção, possibilitando assim a recuperação e o bem estar do paciente, sendo de suma importância o trabalho em conjunto com a odontologia no tratamento do paciente. Palavras chaves: Fisioterapia. Disfunção Temporomandibular. Terapia Manual. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 22 A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO CONTINUADO DA EQUIPE DE FISIOTERAPIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ABORDAGEM EM UM PACIENTE COM TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO M elo De C ar mem C D F Gerl an y Br az L aur indo T ici ana Vi ana M enezes Gercelina C hagas Mour a Nogueir a A ndrea N C INTRODUÇÃO: Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) é uma agressão ao cérebro, não de natureza degenerativa ou congênita, mas causada por uma força física externa que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. A fisioterapia reduz em até 40% o tempo de permanência do paciente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). OBJETIVO: Comprovar a eficácia da fisioterapia em atendimento continuado na manutenção ou obtenção da função física, higiene brônquica e desmame do paciente acamado vítima de TCE em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). MÉTODO: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado no Instituto Dr. José Frota, no período de 28 de março a 04 de Abril de 2008. Características do paciente: F.E.P.A, 31 anos, sexo masculino, vítima de TCE com afundamento de crânio (por agressão a pauladas) em 08 de março de 2008. Apresentava fraturas cominutivas craniais comprometendo a região temporo parietal direita. Sinais de edema cerebral maciço, caracterizado por apagamento total das fissuras, cisternas e sulcos, redução volumétrica ventricular e hipotensão parenguimatosa difusa. Ao exame físico apresentava diminuição dos sons pulmonares com presença de roncos difusos, secreção traqueobrônquica (STB) purulenta, fétida em média quantidade, dependente de suporte ventilatório (modo assistido-controlado), movimentação espontânea do hemicorpo direito (D) e déficit motor (grau 0) do hemicorpo esquerdo (E). Foi submetido ao tratamento fisioterapêutico respiratório e motor. O protocolo consistiu na realização de manobras de vibrocompressão, bloqueio torácico, higiene brônquica e em exercícios de mobilizações de membros superiores e inferiores assistidos, evoluindo para ativo-assistido no hemicorpo esquerdo e ativo livre no hemicorpo direito, realizados uma vez ao dia, cinco vezes por semana. RESULTADOS: Melhora significativa carcterizada pela diminuição da STB (escassa, fluida e clara), aumento da expansibilidade torácica à ausculta pulmonar com presença dos sons pulmonares normais e diminuição dos ruídos adventícios e evolução no desmame da ventilação mecânica; pois obteve alta da UTI para a enfermaria traqueostomizado, respirando espontaneamente sem suporte de oxigênio, movimentação espontânea do hemicorpo D e déficit motor do hemicorpo E, porém já iniciava o movimento com a gravidade nula (Grau 2 +). CONCLUSÃO: A assistência fisioterapêutica continuada foi de extrema importância na boa evolução clínica do paciente. Permitindo a liberação mais rápida e segura do leito de UTI, com o consequente aumento do número de vagas disponíveis. Palavras chaves: Fisioterapia. Traumatismo Crânio Encefálico. Unidade de Terapia Intensiva. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 23 A INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA TORÁCICA E ABDOMINAL POR PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO: ESTUDO DE CASO O demir P ires C ardoso Junior M árci a De Oliveir a Belem Nayana Br aide Nírvi a Moreir a P ereir a Gisele Rodr igues M atoso INTRODUÇÃO: Toracotomia e Laparotomia são as cirurgias mais comuns a que são submetidos pacientes que foram vítimas de perfuração por arma de fogo. Normalmente, essas cirurgias deixam sequelas em relação à expansibilidade torácica, diminuindo a ventilação pulmonar. A presença do profissional fisioterapeuta nesta hora torna-se indispensável para a resolução destes casos. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da intervenção fisioterapeutica na reversão do quadro de hipoventilação pulmonar em paciente submetido à cirurgia torácica e abdominal por perfuração por arma de fogo. MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no período de 19/02/08 a 07/03/08 no hospital IJF. Foram analisados o padrão ventilatório, a frequência respiratória, a expansibilidade torácica, o reflexo de tosse, a presença de secreções, a permanência hospitalar e a ausculta pulmonar antes e após a fisioterapia. Paciente V.J, 30 anos, sexo masculino, com perfuração penetrante por arma de fogo em tórax e abdômen, submetido a Laparotomia exploradora e Toracotomia exploradora em 26/01/08. Evoluiu no pós-operatório, com murmúrio vesicular diminuído em hemitorax direito, com padrão ventilatório toraco-abdominal, eupnéico, com presença de dreno no tórax direito, referindo dor abdominal e dor ao respirar. Realizados 06 atendimentos fisioterapicos com duração de cerca de 30 minutos cada. Bloqueio torácico no hemitorax sadio e compressão/descompressão toracica, facilitando a ventilação no lado acometido; Padrões ventilatórios com inspiração profunda, com inspiração máxima sustentada (SMI), inspirações em tempos, exercícios associados com membros superiores e uso de voldyme foram as técnicas utilizadas no tratamento do paciente. RESULTADOS: Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se através da avaliação fisioterápica, um pulmão mais ventilado e expandido no hemitorax direito, a melhora considerável do padrão tóracoabdominal, e a presença de sons respiratórios simétricos e normais em todas as áreas do pulmão comprometido; evidenciou-se também a visualização de raios-X e de exames de urina, realizados de rotina, evidentemente normais, o que foi responsável pela alta hospitalar do paciente. CONCLUSÃO: O conjunto de técnicas fisioterapêuticas respiratórias utilizadas mostraram-se eficazes para sanar o quadro de hipoventilação, tornando fundamental o trabalho desse profissional no pós-operatório de cirurgia torácica e abdominal, prevenindo complicações pulmonares pós-operatórias e auxiliando na alta precoce do paciente. Palavras chaves: Fisioterapia. Cirurgia torácica. Unidade de Terapia Intensiva. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 24 ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE SEQUELADO DE AVC: RELATO DE CASO Hortênci a S antos Silveir a M ichelly D os S antos C amelo A l an C harles F echine Silva Diógenes Geórgi a M ar i a L opes Da Silva C amil a R eis Introdução: O AVC - Acidente Vascular Cerebral -também chamado de Derrame consiste na perda do suprimento de oxigênio em uma determinada parte do cérebro com consequente morte tecidual, resultado de obstrução ou ruptura das artérias cerebrais ou do tronco cerebral. Objetivo: Descrever a abordagem fisioterapêutica em paciente com sequela de AVC Isquêmico do tipo lacunar em uso de ventilação mecânica. Metodologia: Estudo de caso descritivo, intervencional e exploratório. Realizado no Hospital de Messejana em Fortaleza-CE no período de 13/02/08 à 06/03/08. Paciente E.M., 75 anos, sexo feminino com diagnóstico de AVC Isquêmico do tipo lacunar, portadora de hipertensão arterial e diabetes melitus. Resultados: Apresentou-se uma melhora significativa do quadro clínico inicial da paciente até o momento, relacionados à atuação da Fisioterapia contínua. Foi realizado tratamento fisioterápico pneumofuncional e cinesioterápico, com técnicas desobstrutivas, higiene brônquica, cinesioterapia global e controle postural no leito. Onde no qual contribuiu bastante para melhora da mobilidade torácica, complacência pulmonar, no deslocamento de secreções até as vias aéreas proximais para daí serem eliminadas através da aspiração traqueobrônquica. Conclusão: O estudo possibilitou a promoção de um prognóstico satisfatório, através da sistematização do tratamento fisioterápico. Palavras chaves: Fisioterapia. Acidente Vascular Cerebral. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 25 ACOMPANHAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE UM PACIENTE COM LITÍASE BILIAR SUBMETIDO À COLECISTECTOMIA Isis R afaele G adelha L ima B arboz a A il a M ar i a Bezerr a INTRODUÇÃO: A vesícula biliar, localizada na face inferior do fígado, é uma espécie de bolsa lateral ao canal biliar. Tem parede muscular e a mucosa, sua camada mais interna, tem capacidade de absorver água. Um cálculo obstruindo o canal cístico provoca forte contração da parede muscular da vesícula biliar que se traduz sintomaticamente como cólica biliar sendo que a dor persiste enquanto o canal estiver obstruído. Colecistectomia é a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Apesar do desenvolvimento de técnicas não-cirúrgicas, ela é o método mais comum de se tratar a colelitíase sintomática, embora existam outras razões pela qual a cirurgia deve ser feita. OBJETIVO: Acompanhar a evolução clínica e fisioterapêutica de um paciente portador de litíase biliar submetido à colecistectomia. MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo estudo de caso. Foi analisado o prontuário do paciente que continha informações como dados pessoais, diagnóstico, história da doença atual, além de exames complementares e realização de fisioterapia respiratória e motora. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os atendimentos fisioterapêuticos foram realizados no leito da paciente, no período da manhã, com a finalidade de evitar atelectasias, prevenir a formação de aderências, contraturas musculares, acelerar o retorno da contratilidade intestinal e evitar a formação de edema. CONCLUSÃO: A fisioterapia promoveu uma melhora no quadro clínico do paciente, abreviando o tempo de internação hospitalar. Palavras-chaves: Fisioterapia. Terapêutica. Colecistectomia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 26 ANÁLISE DA IMPORTÂNCIA DO PRIMEIRO ATENDIMENTO FISIOTERÁPICO NAS LESÕES CAUSADAS POR QUEIMADURAS K arynne C orrei a C astro M agda Roberta Borges de M ello Olga Br ito B arbosa R afael a P essôa S antana Ér ik a Porto X avier INTRODUÇÃO: As queimaduras são lesões traumáticas resultantes de um efeito térmico, químico, elétrico ou radioativo que agem no tecido de revestimento do corpo humano, podendo destruir parcial ou totalmente a pele e seus anexos. O primeiro aspecto no tratamento da queimadura é a importância do primeiro atendimento ao paciente queimado. Além de evitar e/ou reverter os efeitos maléficos dessa patologia, é necessário um trabalho multidisciplinar para se alcançar um resultado satisfatório, sendo assim, a fisioterapia destaca-se pelo excelente trabalho desenvolvido com esses pacientes. OBJETIVOS: analisar a importância do primeiro atendimento fisioterápico nas lesões causadas por queimaduras. METODOLOGIA: estudo caráter descritivo e retrospectivo com consulta referente aos dados obtidos em artigos científicos da Biblioteca virtual em Saúde no período de março a abril de 2008, onde foram encontrados sessenta e dois artigos, no qual apenas sete foram aproveitados nesta pesquisa. Os critérios de exclusão utilizados são todos aqueles que não abordaram sobre o atendimento fisioterápico em queimados e que não procuraram demonstrar o papel da fisioterapia no atendimento aos queimados. Realizou-se interseção entre os descritores: queimaduras, fisioterapia e atendimento, identificou-se o objeto de estudo e foi realizado um paralelo com relação às principais técnicas desempenhadas durante o tratamento fisioterápico logo após uma queimadura. RESULTADOS: a abordagem fisioterápica em relação aos queimados encontra-se em evolução. A mobilização das articulações, as massagens, os exercícios passivos e ativos, a hidroterapia devem ser iniciados precocemente, ainda na fase aguda da queimadura. Relatam também a importância do tratamento com os dados obtidos e visualizados por meio das reavaliações, possibilitando demonstrar uma melhora significativa das condições gerais do paciente. Contudo, por conta do controle e da orientação fornecida sobre os cuidados necessários a uma boa cicatrização, obteve-se uma eficácia quanto à integridade da pele, reduzindo as sequelas estéticas e funcionais, melhorando o seu condicionamento físico, força muscular, readquirindo a amplitude de movimento perdida. CONCLUSÃO: O tratamento fisioterápico ter início no dia da admissão do paciente é fundamental e imprescindível, realizando a limpeza da região comprometida, hidroterapia, cinesioterapia, o posicionamento adequado no leito e a imobilização das feridas causadas por queimaduras. Palavras-chave: Queimaduras. Fisioterapia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 27 ANÁLISE DA INIBIÇÃO PRÉVIA NO ALONGAMENTO DA MUSCULATURA DA COLUNA LOMBAR EM PACIENTES COM QUADRO DE LOMBALGIA MECÂNICA R anniere Gurgel F urtado de Aquino Ér ik a Mour a de M acedo A dr i ana Ponte C ar neiro de M atos T eresa M ar i a da Silva C âmar a Vasco P inheiro Diógenes B astos Introdução: A lombalgia continua sendo uma desordem musculoesquelética muito comum em trabalhadores. É diagnosticada como uma dor que se apresenta na região costal, localizando-se na parte inferior da coluna vertebral, podendo apresentar amplo espectro de intensidade dolorosa, que vai desde dores facilmente suportáveis, até quadros de dor grave e incapacidade por longo tempo. Objetivos: Foram os objetivos desse estudo mensurar os graus de amplitude de movimento (ADM) na musculatura onde foi realizada a técnica de alongamento muscular com ou sem inibição prévia, comparar as duas técnicas em termos de graus de amplitude articular, detectar os possíveis benefícios da técnica de inibição muscular e avaliar o grau de dor antes e após o tratamento foram os objetivos desse estudo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com característica analítica, intervencional, longitudinal com duplo cego. A avaliação foi realizada sob a supervisão do fisioterapeuta responsável pelo serviço no ambulatório de um hospital da rede pública da cidade de Fortaleza/CE, tendo como instrumento de comparação o goniômetro. Os pacientes foram divididos em dois grupos, separados por ordem de chegada com distribuição de senha, onde os números ímpares ficaram no grupo A (n=5) onde foi mensurado a ADM e realizado a inibição previamente ao alongamento muscular e em seguida uma nova mensuração; no grupo B (n=5) os pacientes com senha de números pares onde foi mensurado a ADM, em seguida realizado o alongamento muscular e mensurado novamente. Resultados: Os resultados mostraram que nos movimentos de flexão, extensão e adução de membro inferior a inibição prévia ao alongamento foi eficaz, aumentando significativamente a ADM em relação aos que não fizeram, porém, nos movimentos de abdução, rotação interna e rotação externa de membro inferior apesar do aumento de ADM não houve diferença significativa. Conclusão: Diante disto, considera-se que o estudo demonstrou que a técnica de inibição muscular mostrou resultado significativo no alongamento dos músculos antigravitacionais que se encontram encurtados e contraturados. Haja vista que a terapia manual é uma técnica inovadora e recente na área da fisioterapia motora, necessitando de maior embasamento teórico, encarando este estudo científico como um desafio. Palavras-chave: Fisioterapia. Terapia manual. Lombalgia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 28 ANÁLISE DOS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA SOBRE A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E AUSCULTA PULMONAR EM UM PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE SIDA E NEUROTOXOPLASMOSE M ar i ana F er nandes De A rruda Bruna Di as Sousa Gir ão Jayanne M ar i a Br ito T eixeir a Mon yk y K euly M arcelo Rocha Fabíol a A r aújo Paiva Introdução: O Sistema Nervoso (SN) é um dos principais e mais comuns sítios de envolvimento em indivíduos com infecção pelo HIV. Aproximadamente 40% a 70% dos pacientes desenvolvem alguma desordem neurológica sintomática. A Neurotoxoplasmose (NTX) se encontra entre as infecções oportunistas mais freqüentemente observadas em pacientes com SIDA. Objetivo: Analisar os efeitos da fisioterapia respiratória sobre a freqüência respiratória e ausculta pulmonar em um paciente com diagnóstico de SIDA e NTX. Metodologia: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado através de pesquisa em prontuário e intervenção fisioterapêutica, na enfermaria do Hospital São José (HSJ), período de 03 a 10/03/2008. Utilizou-se como parâmetros de avaliação a mensuração da freqüência respiratória (FR) e a ausculta pulmonar (AP) antes e após a intervenção fisioterapêutica. Foi realizado o tratamento fisioterapêutico em um paciente A.A.S., 38 anos, sexo masculino, admitido com diagnóstico de SIDA e NTX. O tratamento consistiu em compressão e descompressão pulmonar, aceleração do fluxo expiratório (AFE), estimulação diafragmática, aspiração endotraqueal por traqueóstomo e utilização do Reanimador de Müller. Resultados: Dos 5 dias de atendimento, houve diminuição da FR em 2 dias, aumento em 1 dia e nos outros 2 dias não houve alteração na FR. Na AP, o murmúrio vesicular permaneceu diminuído nas bases e os roncos presentes em ápices foram reduzidos e até abolidos após a manipulação, mostrando assim uma possível eficácia das técnicas empregadas, porém uma necessidade de reavaliação das mesmas. Conclusões: as técnicas fisioterapêuticas empregadas mostraram-se bastante eficazes na ausculta pulmonar e na freqüência respiratória visando uma melhora clinica geral. Palavras-chaves: Fisioterapia. SIDA. Neurotoxoplasmose. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 29 RECUPERAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO DE UM PACIENTE EM USO DE FIXAÇÃO EXTERNA POR FRATURA EXPOSTA DE TÍBIA E FÍBULA: ESTUDO DE CASO Nayana Br aide O demir P ires C ardoso Junior M árci a De Oliveir a Belem Nirvi a Moreir a P ereir a Gisele Rodr igues M atoso Introdução: Fratura exposta é toda aquela em que ocorre comunicação do seu foco com o meio externo contaminado com germes. São as fraturas com maior indicação do uso de fixadores externos. Objetivo: Verificar a eficácia da fisioterapia na recuperação da amplitude de movimento da articulação do tornozelo de um paciente em uso de fixação externa por fratura exposta de tíbia e fíbula. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de caso, desenvolvido no período de 12 de março a 5 de abril de 2008, no IJF, com um paciente do sexo masculino, 25 anos, vítima de fratura exposta de tíbia e fíbula direita, sem comprometimento respiratório, restrito ao leito, fazendo uso de fixação externa biplanar, apresentando dor, limitação de movimento, diminuição da força muscular e edema na articulação do tornozelo direito. Foram realizados 12 atendimentos fisioterápicos com mobilizações passivas para pododáctilos, metatarsos, tornozelo e patela direita. Para verificação do ganho da amplitude de movimento foi utilizado um goniômetro. O tratamento teve que ser suspenso após esses 12 atendimentos, pois paciente foi submetido a uma cirurgia para colocação de enxerto ósseo. Resultados: Antes do primeiro atendimento fisioterápico foi realizada a goniometria que evidenciou ausência de movimentação da articulação do tornozelo direito. Ao final do último atendimento foi realizada nova goniometria que demonstrou um ganho de amplitude de 8 graus para o movimento de dorsoflexão e de 15 graus para flexão plantar. Conclusão: Ao final do tratamento fisioterápico foi observado diminuição da contratura articular, aumento da elasticidade da pele, diminuição da dor, e recuperação de 8 graus na amplitude do movimento de dorsoflexão e 15 graus para flexão plantar. Dessa forma, conclui-se que, a fisioterapia é fundamental na recuperação precoce da funcionalidade do tornozelo de pacientes em uso de fixação externa de tíbia e fíbula. Palavras-chaves: Amplitude de movimento. Fratura exposta. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 30 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA EM UM PACIENTE COM SIDA E NEUROTOXOPLASMOSE: ESTUDO DE CASO A lex andre D o C outo C ohen João Paulo M ai a Br asil Fabíol a A r aújo Paiva Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma doença que ataca o sistema imunológico do paciente, deixando-o indefeso contra as doenças oportunistas. O HIV é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a se replicar, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (soropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não afetam as pessoas cujo sistema imunológico funciona convenientemente. Uma das doenças oportunista mais comum é a Neurotoxoplasmose (NTX). Objetivos: Avaliar a atuação da fisioterapia em um paciente com SIDA e NTX. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado por meio da pesquisa em prontuário e intervenção isioterapêutica, na enfermaria do Hospital São José, período de 24/03 a 10/04/2008. Foi realizado o tratamento fisioterapêutico em um paciente J.E.S.F., 25 anos, sexo masculino, admitido com diagnóstico de SIDA, NTX e Pneumonia nosocomial. O atendimento fisioterápico foi realizado todos os dias de internação do paciente. O tratamento consistiu em técnicas de compressão e descompressão pulmonar, aceleração do fluxo expiratório (AFE), estimulação diafragmática, aspiração endotraqueal por traqueóstomo, cinesioterapia passiva e depois ativo-assistida. O paciente foi avaliado diariamente quanto à melhora do quadro clínico. Resultados: Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se uma melhora significativa do paciente em relação à expansibilidade torácica, força do músculo diafragma, desmame do traqueóstomo e mobilidade motora. Conclusões: A Fisioterapia foi um recurso muito importante na reabilitação das complicações do paciente, na qualidade de vida, no desmame tanto da ventilação mecânica, quanto da traqueostomia. Palavras-chaves: Fisioterapia. SIDA. Neurotoxoplasmose. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 31 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PACIENTE COM MENINGOENCEFALITE CRIPTOCÓCICA: RELATO DE CASO Monik y K euly M. Rocha Fabíol a A r aújo Paiva Jayanne M ar i a Br ito T eixeir a Bruna Di as Sousa Gir ão M ar i ana F er nandes A rruda Introdução: A criptococose, também conhecida como torulose e blastomicose européia, é uma micose sistêmica, com evolução subaguda ou crônica, de natureza cosmopolita, causada por um fungo, o Cryptococcus neoformans, que mostra predileção pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Mais de 100 vírus são causadores de encefalite viral aguda. Além de encefalite, uma vez dentro do SNC, os vírus podem ser responsáveis pela ocorrência de vários padrões de doença neurológica, incluindo meningite, radiculite, mielite ou uma combinação destas. Um vírus pode causar meningite, ou seja, inflamação meníngea sem acometimento parenquimatoso, ou encefalite, dano do parênquima encefálico sem manifestação de inflamação meníngea. Na prática, a grande maioria das infecções de SNC se manifesta como meningoencefalite, ou seja, um padrão associado de inflamação parenquimatosa e pleocitose devido à inflamação meníngea. Objetivos: Avaliar a atuação da fisioterapia no paciente com meningoencefalite criptocócica. Metodologia: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado na enfermaria do Hospital São José, período de 26/02 a 07/03/2008. Utilizou-se como instrumento e estratégia de coleta de dados a pesquisa em prontuário. Foi realizado o tratamento fisioterapêutico em um paciente R.A.S.A., 24 anos, sexo masculino, admitido com diagnóstico de Meningoencefalite criptocócica. O tratamento consistiu em cinesioterapia motora passiva em MMSS e MMII, vibrocompressão torácica, aceleração do fluxo expiratório (AFE), estimulação diafragmática, além de posicionamento adequado no leito e utilização de uma tala para manutenção de punhos e dedos em extensão. Resultados: O paciente apresentou melhora na função motora porém a função respiratória permaneceu um pouco inalterada, pois o mesmo apresentava-se bastante largado no leito restringindo assim a expansibilidade pulmonar. Conclusões: Apesar de sabermos que a fisioterapia é de grande importância e do quanto contribui para a melhoria dos pacientes, não pudemos tirar mais resultados positivos pois o dito paciente apresentou repetidos episódios de febre impedindo a fisioterapia de realizar o seu atendimento, além da necessidade de uma melhor intervenção da equipe multidisciplinar. Palavras-chaves: Fisioterapia. Meningoencefalite. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 32 ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA LESÃO DO NERVO AXILAR POR FERIMENTO POR ARMA DE FOGO: ESTUDO DE CASO M árci a De Oliveir a Belém Nayana Br aide Mour a De Oliveir a Nírvi a Moreir a P ereir a O demir P ires C ardoso Junior Gisele Rodr igues M atoso Introdução: O nervo axilar origina-se do fascículo posterior do plexo braquial. As lesões que ocorrem com maior frequência nesse nervo são aquelas associadas a traumatismo do ombro. O comprometimento desse nervo pode resultar em paralisia do deltóide levando a uma dificuldade na abdução do braço, havendo compensação dos músculos supra espinhoso, trapézio, serrátil anterior, peitoral maior, coracobraquial e cabeça longa do bíceps. Objetivo: Verificar a eficácia do tratamento fisioterapêutico na lesão do nervo axilar por ferimento por arma de fogo. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no período de 12 de março a 07 de abril de 2008, na enfermaria 20 do Instituto Dr. Jose Frota, paciente F. G. S. P., 35 anos, sexo masculino, vítima de ferimento por arma de fogo com lesão do nervo axilar à esquerda. Foram analisados informações contidas no prontuário, raio x e, posteriormente feita uma avaliação fisioterapêutica. Foram realizados sete atendimentos fisioterápicos constituídos de cinesioterapia passiva em mão e punho esquerdo, ativa- assistida em cotovelo e ombro esquerdo, liberação de escápula, inibição de trapézio, fisioterapia respiratória com o intuito de prevenir complicações pulmonares através do padrão respiratório em tempos, sustentação máxima inspiratória, propriocepção, inspirações profundas. Resultados: o paciente apresentou na primeira sessão bastante dificuldade para realizar os exercícios ativo assistido de ombro em decorrência da dor no ombro e na escapula e apresentou grande compensação nessa articulação; não conseguiu realizar movimentos de pronação, supinação, desvio radial, desvio ulnar do antebraço esquerdo, flexão, rotação interna e rotação externa de ombro esquerdo já na sétima sessão o paciente evolui realizando os movimentos todos os movimentos passivo de mão e punho esquerdo e ativo assistido de cotovelo e ombro esquerdo. Conclusão: Conclui-se que gradativamente a fisioterapia motora está apresentando grande eficácia nos tratamentos, desde que ela seja empregada de forma correta no paciente com lesão do nervo axilar. Palavras-chaves: Fisioterapia. Plexo braquial. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 33 AVALIAÇÃO DA PIMÁX E PEMÁX ANTES E APÓS A APLICAÇÃO DOS PADRÕES MUSCULARES RESPIRATÓRIOS NO PRÉ E PÓSOPERATÓRIOS DE HERNIOPLASTIA INGUINAL F r ancisca K leane L ima Torres A íl a M ar i a Silva Bezerr a F r ancisca K leyci ane L ima Torres M ar i a Fabíol a C ar neiro Sousa E lvir a Fátima Evangelista F reitas INTRODUÇÃO: A Hérnia inguinal é a protrusão de uma alça do intestino através de um orifício natural por onde passam os vasos (artérias e veias) que se formou na parede abdominal na região inguinal. Avaliação da força muscular por meio do manovacuômetro no pré e pós-operatório de cirurgia de hernioplastia inguinal é absolutamente importante para que tenhamos a ideia da capacidade do músculo respiratório em estar apto para uma efetiva contração e um efetivo trabalho no pós-operatório. OBJETIVO: Avaliar a força muscular respiratória pela mensuração da Pimax e Pemax antes e após o procedimento cirúrgico em um paciente submetido a hernioplastia inguinal. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso desenvolvido na enfermaria cirúrgica do Hospital Geral de Fortaleza- HGF. Foi realizada a mensuração da força muscular no pré e pós-operatório de cirurgia inguinal e após a aplicação dos padrões musculares respiratórios. RESULTADOS: Paciente U V S, 60 anos, sexo masculino encontra-se no 3ºdia de IH, consciente, ansioso, eupneico, ausculta pulmonar fisiológica, foi submetido à cirurgia de hernioplastia inguinal. No pré-operatório auferiu-se uma Pimáx = -126,2 cmH2O; Pemáx = +110,3 cmH2O. Após a cirurgia no 1º PO, a Pimáx = -113,2 cmH2O; Pemáx = +57,75 cmH2O, isto antes da aplicação dos PMR. Após a aplicação dos PMR: Inspiração em tempos, SMI, Soluços inspiratórios, expiração abreviada, respiração diafragmática, Inspirações profundas até a CI máx. O tempo de atendimento foi de 20 minutos.Obteve-se uma melhora da Pimáx = 135,4cmH2O; Pemáx = + 63,7cmH2O. Observou-se que o paciente apresentou um aumento da Pi e Pemáx após aplicação dos PMR, ocorrendo uma melhora significativa e rápida no quadro clínico do paciente no pós-operatório. CONCLUSÃO: Os resultados apresentados vão ao encontro do que se lê na literatura pertinente: o treinamento dos músculos respiratórios no pré e pós-operatórios colabora com um retorno mais rápido dos volumes e capacidades pulmonares diminuídos durante o procedimento cirúrgico de hernioplastia inguinal. Palavras-chaves: Fisioterapia. Hérnia inguinal. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 34 AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM UM PACIENTE PEDIÁTRICO PORTADOR DE ABSCESSO CEREBRAL ESTUDO DE CASO INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ L orena P inheiro L oureiro Ger mana M esquita M agalhães A ndréa N.C. Nogueir a M arcielly S. M aciel Juli ana Cr istina S. Rocha Introdução: O abscesso cerebral é um processo supurativo, focal, localizado na intimidade do parênquima do cérebro. A lesão inicial, conhecida como cerebrite, ocorre em área de tecido cerebral desvitalizado; a cerebrite evolui para a coleção de pus envolta por cápsula bem vascularizada. As condições predisponentes para o desenvolvimento do abscesso cerebral bacteriano incluem sinusite paranasal, otite média e infecções dentárias. Uma causa relativamente freqüente em nosso meio é a teníase (Taenia solium), agente da neurocisticercose. Objetivo: Avaliar a eficácia da Fisioterapia respiratória e motora, por meio da ausculta pulmonar, expansibilidade torácica, amplitude de movimento e força muscular na evolução de um paciente com abscesso cerebral. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado através do prontuário, no Hospital São José, no período de 20/02 a 10/03/2008, na Unidade pediátrica. Foi utilizado como critérios de avaliação a ausculta pulmonar, cirtometria torácica, grau de força muscular e a goniômetria para membros superiores e inferiores. Resultados: Paciente A.M.S., sexo masculino, 14 anos, com febre, afásico, taquidispnéico, diminuição do sensório, evoluindo com hemiplegia à direita. Evolui orientado, consciente, expansibilidade torácica diminuída evidenciada através da cirtometria torácica: axilar 85, mamilar 82, apêndice xifóide 82, grau de força 2 para os movimentos dos membros superiores e inferiores à esquerda e grau 1 à direita e amplitude articular de flexão de ombro de 150º, abdução de ombro de 130º e de flexão de quadril de 20º à esquerda. Ausculta pulmonar apresentava som pulmonar presente diminuído em bases sem ruídos adventícios. Foi realizado no tratamento Fisioterapêutico respiratório a técnica de Estimulação diafragmática, Inspiração Fracionada, Compressão e Descompressão Torácica e Sustentação Máxima Inspiratória. Na motora, realizado cinesioterapia global passiva a direita e ativo-resistido à esquerda. Sendo evidenciado melhora da ausculta pulmonar e da expansibilidade torácica na região axilar de 03 cm e mamilar de 01 cm. Apresentou melhora da amplitude articular do ombro esquerdo para flexão e abdução de 30º e para flexão de quadril de 50º e melhora do grau de força para 4. Em relação ao lado plégico, apresentou amplitude articular de ombro para flexão de 70º e de abdução de 40º e para flexão de quadril de 60º. Conclusão: O estudo mostrou que a intervenção Fisioterapêutica precoce é indispensável para uma boa evolução, melhorando a qualidade de vida e reduzindo as complicações inerentes a esta patologia. Palavras-chaves: Fisioterapia. Abscesso cerebral. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 35 DERRAME PLEURAL: ESTUDO DE CASO INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ Juli ana Cr istina Soares Rocha L orena P inheiro L oureiro M arcielly D os S antos M aciel A ndréa Da Nóbrega C ir ino Nogueir a Ger mana M esquita M agalhães INTRODUÇÃO: Derrame pleural é o acúmulo de líquido, em quantidade anormal, entre os folhetos parietal e visceral da pleura resultante de um desequilíbrio das forças que regulam a formação e reabsorção do líquido pleural. Os sinais torácicos muitas vezes são informativos, incluem movimento reduzido do tórax no lado afetado, ausência de sons respiratórios, e macicez a percussão. A radiografia é diagnóstica. Podem ser divididos em exsudados e transudatos conforme o seu conteúdo de proteína seja alto ou baixo. Os exsudatos tipicamente ocorrem com malignidades e infecções, enquanto os transudatos complicam insuficiência cardíaca grave e outros estados edematosos. As variedades de derrame pleural incluem o empiema (piotórax), o hemotórax e o quilotórax, que se referem à presença de pus, sangue e linfa, respectivamente, no espaço pleural. Ocasionalmente, um derrame pleural de longa duração resulta em uma pleura fibrótica contraída que imobiliza o pulmão e impede a sua expansão. Isto pode resultar em um tipo restritivo acentuado de comprometimento funcional, particularmente se a doença for bilateral. Pode ser necessário a decorticação cirúrgica. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da fisioterapia respiratória, através da ausculta pulmonar e expansibilidade torácica na evolução de um paciente com Derrame Pleural. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado através de pesquisa no prontuário, no Hospital São José, durante o período de 28/2 a 10/03/2008. Foi utilizado como critérios de avaliação a ausculta pulmonar, cirtometria torácica para avaliar a expansibilidade torácica e o uso inspirômetro de incentivo a fluxo (respiron). RESULTADOS: Paciente F.C.S., sexo masculino, 12 anos, admitido no Hospital São José, com quadro clínico de febre, vômitos, anorexia, desorientado, rigidez de nuca e ferimento na coxa direita, evoluindo com Pneumonia, Derrame Pleural bilateral e Sepse. Acordado, orientado, cooperativo, com leve desconforto respiratório, expansibilidade torácica reduzida, sendo evidenciada por meio da cirtometria torácica: axilar de 70cm, mamilar de 68cm e do apêndice xifóide de 60cm. A ausculta pulmonar apresentava som pulmonar presente diminuído em bases sem ruídos adventícios. Foi utilizado no tratamento fisioterapêutico a técnica de estimulação diafragmática, inspiração em tempos, compressão e descompressão torácica e uso do respiron. Sendo evidenciado melhora na ausculta pulmonar e da expansibilidade torácica na região axilar de 02cm, mamária e apêndice xifóide de 01cm. CONCLUSÃO: O estudo mostrou que a intervenção fisioterapêutica precoce é indispensável para uma boa evolução em pacientes com derrame pleural. Houve evolução satisfatória na utilização das técnicas fisioterapêuticas, obtendo melhora na expansibilidade torácica, na ausculta pulmonar e reduzindo o tempo de permanência hospitalar. Palavras-chaves: Fisioterapia. Derrame Pleural. Inspirômetro de incentivo. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 36 DISPLASIA BRONCOPULMONAR + PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL: ESTUDO DE CASO Wedl a L ourdes R ebouças M atos Iclejane De Sena R abelo K arl a L iduina Porto M achado K amil a M acedo P imentel Suzy M ar i a Montenegro Pontes INTRODUÇÃO: A Displasia Broncopulmonar (DBP) tem sido considerada uma doença de etiologia não totalmente estabelecida, observada principalmente em prematuros sendo resultado por vários fatores, um dos principais motivos é o uso prolongado de ventilação mecânica. O canal arterial é um largo vaso que comunica a artéria pulmonar com a aorta no feto. O fechamento funcional desse canal no recém-nascido a termo ocorre nas primeiras horas de vida. No prematuro, o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado, ocasionando um aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e edema intersticial, gerando diminuição da complacência pulmonar e aumento da resistência da via aérea, aumentando o risco de aparecimento da DBP. OBJETIVO: O acompanhar a evolução clínica de um neonato com DBP e Persistência do Canal Arterial (PCA) através das intercorrências ocorridas e tentativas de desmame do ventilador mecânico, assim como a quantidade de secreção aspirada. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado por meio de pesquisa em prontuário no Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara, no período de 31/03/08 a 08/04/08. O paciente está sendo acompanhado pelos profissionais do setor, é realizado atendimento fisioterapêutico com objetivo de mobilizar e eliminar as secreções. RESULTADOS: No primeiro dia de internação o paciente evoluiu com enfisema intersticial pulmonar. Aconteceram algumas tentativas de desmame durante o período da coleta, porém o paciente apresentava quedas na saturação de oxigênio, apneias respiratórias e por isso tinha que ser reintubado. Após os atendimentos fisioterapêutico era aspirado de moderada a grande quantidade de secreção. Foram realizados Ecocardiograma Bidimensional com Doppler onde foi evidenciado PCA, sendo realizada a correção cirúrgica. O quadro radiológico da DBP pode variar de acordo com o grau da doença, podendo ser visualizada atelectasias, hiperinsuflação, podendo acometer bilateralmente, áreas de enfisema intersticial pulmonar, características estas encontradas nos exames radiológicos do paciente. Paciente apresentou episódios de evoluções estáveis assim como de regressão do quadro clínico. CONCLUSÃO: A Displasia broncopulmonar é uma patologia que pode ser causada por vários fatores, entre eles a persistência do canal arterial, que o paciente em estudo apresentava e foi realizada correção cirúrgica, a prematuridade e a toxidade ao oxigênio, este ainda em uso pelo paciente. Apresenta grande quantidade de secreção, sendo indispensável o atendimento fisioterapêutico. Palavras-chaves: Fisioterapia. Displasia Broncopulmonar. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 37 EFEITOS PULMONARES DO REANIMADOR DE MÜLLER NA SIDA ESTUDO DE CASO INSTITUIÇÃO: HOSPITAL SÃO JOSÉ M arcielly D os S antos M aciel L orena P inheiro L oureiro Juli ana Cr istina Soares Rocha A ndréa Da Nóbrega C ir ino Nogueir a Ger mana M esquita M agalhães INTRODUÇÃO: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é uma pandemia, acometendo milhões de pessoas no mundo. Representa um estado de imunodepressão grave, causado pelo o vírus da imunodeficiência humana (HIV), cujo mecanismo principal é a queda da contagem de linfócitos T CD4+ (os maestros da imunidade celular) para abaixo de 20% do valor normal, mais precisamente menor 200 células/mm³. As principais formas de transmissão do HIV são: contato sexual, pelo sangue e seus derivados e por transmissão vertical. Sendo o contato sexual a principal forma de contágio em todas as partes do mundo. O diagnóstico é feito pela sorologia, o Ìteste anti-HIVì. A maioria dos indivíduos apresenta positividade sorológica anti-HIV após 6-12 semanas. O exame sorológico de triagem é o ELISA anti-HIV. Os testes confirmatórios são: Imunofluorescência indireta e Western-Blot. OBJETIVO: Avaliar a eficácia da Fisioterapia respiratória, por meio do uso do Reanimador de Muller no paciente portador de SIDA com infecção e insuficiência respiratória. MÉTODOS: Estudo descritivo, do tipo estudo de caso, realizado em pesquisa com prontuário, no Hospital São José, durante o período de fevereiro a março de 2008. Foi utilizado como critérios de avaliação a ausculta pulmonar, frequência respiratória, o tipo de padrão ventilatório e o uso da musculatura acessória, antes e depois do atendimento Fisioterapêutico. RESULTADOS: Paciente A.M. S, sexo masculino, 38 anos, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com diagnóstico de SIDA, Neurotoxoplasmose, Infecção e Insuficiência Respiratória, tendo evolui para traqueostomia. Permaneceu por vinte e dois dias na UTI sendo transferido para enfermaria, traqueostomizado (TQT), sob uso de máscara de venturi (50%), vigil, dispnéico, expansibilidade torácica reduzida, apresentando uso de musculatura acessória. A ausculta pulmonar apresentava som pulmonar presente diminuído com sibilo, roncos e crepitações difusas, evoluindo com hipersecreção pulmonar de aspecto amarelada e espessa pelo TQT. Foi realizado tratamento fisioterapêutico com uso de respiração com pressão positiva Intermitente (RPPI), associada às manobras de higiene brônquica (Aceleração do Fluxo Expiratório, Hiperinsuflação manual com vibração e compressão torácica, Aspiração Traqueal). Sendo evidenciado melhora significativa da expansibilidade torácica, normalização da freqüência respiratória e da ausculta pulmonar. CONCLUSÃO: Apesar do prognóstico bastante reservado, o estudo mostrou que a intervenção fisioterapêutica pelo reanimador de Muller foi indispensável para uma boa evolução em pacientes com SIDA, amenizando as complicações respiratórias, reduzindo o tempo de internamento hospitalar e favorecendo uma melhora da qualidade de vida. Palavras-chaves: Fisioterapia. SIDA. Reanimador de Muller. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 38 ESTUDO DE CASO: SÍNDROME DE WEST. EVOLUÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE SOB VENTILAÇÃO MECÂNICA E TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Iclejane De Sena R abelo Suzy M ar i a Montenegro Pontes K arl a L iduina Porto M achado Wedl a L ourdes R ebouças M atos K amil a M acedo P imentel INTRODUÇÃO: A Síndrome de West (SW) é um tipo raro de epilepsia que se manifesta geralmente no 5º mês, causada geralmente por disfunções orgânicas do cérebro cujas origens podem ser pré-natais, perinatais ou pós-natais, classificada em três categorias: sintomáticos, criptogênicos, e idiopáticos. Caracteriza-se pela tríade de espasmos infantis, retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e traçado eletroencefalográfico com padrão de hipsarritimia. As crises são traduzidas por espasmos que começam repentinamente e duram alguns segundos, e evoluem para dúzias de espasmos com as características de flexão súbita da cabeça, abdução dos membros superiores e flexão da pernas, olhos fixos em um ponto acima. OBJETIVO: Revisar a literatura sobre a entidade clínica da SW, enfocando aspectos da definição, fisiopatologia, critérios diagnósticos e tratamento, enfatizando a evolução clínica do paciente quando colocado em ventilação mecânica e tratamento fisioterapêutico. METODOLOGIA: estudo de caso descritivo, com pesquisa em prontuário, preenchida uma ficha de avaliação fisioterapêutica, pesquisa de matérias na internet em páginas relacionadas à SW e artigos científicos. Também foi realizada entrevista com a mãe do paciente sobre sua história clínica. Foi selecionado um paciente do sexo masculino, de 3 anos, com diagnóstico inicial de SW e Pneumonia de repetição, com prescrição de fisioterapia respiratória e motora. RESULTADOS: O paciente deu entra comdesconforto respiratório, cianose e episódios frequentes de broncoaspiração, necessitando ser colocado em ventilação mecânica invasiva. Após condutas médicas com prescrição para fisioterapia respiratória e motora. Foram realizados atendimentos fisioterapêuticos, respiratórios com manobras de higiene brônquica, para reexpansão e desobstrução brônquica, cinesioterapia motora global, e posicionamento no leito, a fim de melhorar as disfunções acometidas. Observou-se melhora razoável no quadro clínico, com redução da PEEP ofertada, da FiO2 e conseqüente melhora da SapO2, levando-o à extubação, e consequentemente alta hospitalar. CONCLUSÃO: A fisioterapia tem papel fundamental no atendimento desses pacientes, por ser um método terapêutico com indicação e eficácia comprovadas em pacientes com complicações respiratórias apresentando quadros de hipersecreção brônquica e na redução de atelectasias pós-extubação. Palavras-chaves: Fisioterapia. Sindrome de West. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 39 EVOLUÇÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE PORTADOR DE DPOC AGUDIZADA APÓS TRATAMENTO CLÍNICO E INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA: ESTUDO DE CASO Juli ana Cr istina Soares Rocha L orena P inheiro L oureiro Geórgi a Guimar ães B arros Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica caracteriza-se pela obstrução progressiva e parcialmente reversível do fluxo aéreo pulmonar. Sua evolução pode trazer inúmeras complicações e a sua associação com a pneumonia pode levar o paciente a um quadro de insuficiência respiratória. Objetivo: Analisar os resultados gasométricos e o índice de oxigenação de uma paciente portadora de DPOC agudizada, internada no hospital de Messejana, após tratamento clínico e intervenção fisioterapêutica. Metodologia: Descritivo do tipo estudo de caso, realizado na UTI cardio-pulmonar do Hospital de Messejana. Os meios utilizados para avaliar a evolução da referida paciente foram os parâmetros gasométricos e o índice de oxigenação. Paciente M.I.L. F, 72 anos, sexo feminino, residente na cidade de Fortaleza, deu entrada na emergência do Hospital de Messejana, no dia 19/03/08 como queixa principal cansaço há mais de um mês. A mesma, ficou internada na enfermaria, tendo piora significante, sendo então transferida para a UTI Cardio -Pulmonar no dia 24/03. Na UTI, onde permaneceu até o dia 28/03, foi diagnosticado que a causa principal da sua internação teria sido PAC, DPOC e insuficiência respiratória. Avaliação fisioterapêutica: paciente intubada, sedada (ramsay de 6), padrão respiratório tóracoabdominal. AP: MV + . em bases com presença de crepitações e roncos bilaterais em ápices pulmonares. O tratamento fisioterapêutico realizado foram técnicas reexpansivas e desobstrutivas. Resultados: A análise da gasometria no dia 24/03- alcalose metabólica com hiperoxemia-; em 25/03-alcalose metabólica em compensação com acidose respiratória associada a uma hiperoxemia-; em 26/03- alcalose metabólica em compensação com acidose respiratória-; em 27/03 alcalose metabólica compensada com acidose respiratória-; na data de 28/03 alcalose metabólica compensada com acidose respiratória associada a hiperoxemia. Já a análise do índice de oxigenação no dia 24/03, foi de 301,2 -normal-; 25/03 foi de 383,0 -normal-; 26/03 foi de 217,4 -injuria pulmonar-; em 27/03, 297,33 -injuria pulmonar-; e em 28/03, 504,66 -normal. Conclusão: Observou-se com a evolução da paciente em estudo, uma correção do distúrbio ácido-básico através da análise gasométrica e uma normalização no seu índice de oxigenação. Palavras chaves: DPOC. Pneumonia. Insuficiência Respiratória. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 40 EVOLUÇÃO CLINICA DO PACIENTE COM ASMA GRAVE APÓS INTERVENSÃO FISIOTERAPEUTICA K amil a M acedo P imentel Suzy M ar i a Montenegro Montes INTRODUÇÃO: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios. Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos OBJETIVOS: analisar as principais complicações da Asma; Relatar as condutas fisioterápicas utilizadas no tratamento da Asma; Acompanhar a evolução clinica do tratamento. METODOLOGIA: Criança do sexo masculino, 1ano 8 meses apresentando diagnóstico de asma grave. Sua queixa principal era tosse, febre e dispnéia. O paciente foi transferido para o Hospital Geral Waldemar de Alcântara no dia 28.03.08. E a partir do dia 28.03.08 foi realizado o acompanhamento fisioterapêutico até o dia 03/04/08 recebendo alta hospitalar no dia 04/04/08. RESULTADOS: A criança evoluiu complicando com pneumonia e atelectasia fazendo uso da mascara de Venturi, após ter passado 5 dias em ventilação mecânica na UTI pediátrica do Hospital Antonio Prudente. Posteriormente apresentou melhora do quadro, realizou inúmeras intervenções fisioterapêuticas e permaneceu no Hospital durante 8 dias. CONCLUSÃO: As técnicas fisioterapêuticas de vibro compressão/descompressão torácica, AFE lenta, manobras desinsuflativas atuam de forma ativa colaborando para solução das complicações da asma grave juntamente com a conduta médica foram essenciais para o sucesso no tratamento desta patologia. Palavras-chaves: Fisioterapia. Asma. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 41 FIBROSE CÍSTICA: ESTUDO DE CASO Wedl a L ourdes R ebouças M atos Iclejane De Sena R abelo K arl a L iduina Porto M achado K amil a M acedo P imentel Suzy M ar i a Montenegro Pontes INTRODUÇÃO: A fibrose cística caracteriza-se por disfunção nas glândulas exócrinas que provoca uma série de complicações e manifestações clínicas (respiratórias, digestivas e no aparelho reprodutor). Esse processo levará à desidratação das secreções mucosas, aumento na viscosidade, favorecendo a obstrução dos ductos, acompanhada de reação inflamatória e posterior processo de fibrose. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é observar a evolução clínica de um paciente com fibrose cística através da frequência respiratória, ausculta pulmonar e a expectoração de secreções após a realização de técnicas fisioterapêuticas. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado através de pesquisa em prontuário no Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara, no período de 20/02/08 a 04/03/08. Foram aplicadas várias técnicas fisioterapêuticas com objetivo de mobilizar e eliminar secreções, entre elas a vibro compressão torácica, drenagem postural, aceleração do fluxo expiratório lento e rápido, tapotagem, técnica de expiração forçada e a oscilação oral de alta frequência (shaker). RESULTADOS: Foram utilizados como parâmetros a frequência respiratória, ausculta pulmonar e a expectoração de secreções após a realização de técnicas fisioterapêuticas. Observou-se melhora da frequência respiratória, inicialmente, apresentava 38 ipm chegando a 22 ipm no dia da alta hospitalar. A ausculta pulmonar foi melhorando progressivamente identificando-se sons pulmonares presentes com diminuição dos roncos. O aspecto da expectoração foi ponto determinante para avaliação com melhora considerável. Após a melhora do quadro clínico do paciente foi possível a alta hospitalar. CONCLUSÃO: As sucessivas infecções do trato respiratório são consequências da dificuldade da higiene brônquica. Isso se deve a quantidade de água da secreção brônquica diminuída, o que tornam as secreções mais espessas aderindo mais as paredes brônquicas. As técnicas de desobstrução brônquica realizadas pela fisioterapia são de grande auxílio na melhora do quadro clínico de um paciente com fibrose cística. Palavras-chaves: Fisioterapia. Fibrose cística. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 42 HERNIOPLASTIA COM APOSIÇÃO DE TELA DE MARLEX: ESTUDO DE CASO Luanda Mor aes Rosado De Oliveir a A il a M ar i a Da Silva E Souz a Bezerr a INTRODUÇÃO: Hérnia incisional é uma protusão do conteúdo abdominal por conta de áreas na parede abdominal, que foram enfraquecidas devido a intervenções cirúrgicas anteriores. A incidência é de 7 a 13% e pode evoluir com o encarceramento das alças intestinais, produzindo obstrução mecânica. OBJETIVO: Avaliar se as técnicas fisioterapêuticas respiratórias utilizadas no paciente durante os sete dias de atendimentos, reverteram satisfatoriamente um quadro de atelectasia em bases pulmonares. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, na Unidade de Terapia Intensiva cirúrgica do Hospital Geral de Fortaleza. Foi analisada a relação PaO2/FIO2, raios-X, tempo de ventilação mecânica invasiva, tempo de permanência hospitalar e ausculta pulmonar antes e após os atendimentos fisioterapêuticos. RESULTADOS: Paciente RMC, 66 anos, sexo masculino com diagnóstico de hérnia incisional com encarceramento parcial de alças intestinais; obeso mórbido, hipertenso e diabético, submetido à cirurgia de hernioplastia com aposição de tela de marlex no dia 19/08/07. Esteve 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva -UTI-, sendo sete em ventilação mecânica. Apresentou hipoventilação nas bases pulmonares. O paciente encontrava-se restrito ao leito, sob ventilação mecânica, com murmúrio vesicular diminuído nas bases, especialmente à direita e roncos difusos. Relação PaO2/FIO2 no 5º e 7º dias foram respectivamente 222 e 297. Realizadas sete sessões fisioterapêuticas de + 60 minutos cada. Compressão / descompressão manual súbita, bag squeenzing, e aspiração traqueobrônquica quando o paciente se encontrava intubado. Utilização do reanimador de Müller, sistema EPAP e sustentação máxima inspiratória -SMI-, após a extubação. O paciente permaneceu em ventilação mecânica invasiva durante seis dias, e o tempo de permanência hospitalar foi de 11 dias. CONCLUSÃO: O uso da ventilação mecânica invasiva foi imprescindível para estabilização clínica da paciente. Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se por meio dos Raios-X um pulmão mais ventilado e expandido. O conjunto de técnicas fisioterapêuticas respiratórias utilizadas mostraram-se eficazes para sanar a atelectasia, tornando fundamental o trabalho desse profissional na UTI, a fim prevenir complicações pulmonares pós-operatórias e auxiliar na alta precoce do paciente. Palavras-chaves: Fisioterapia. Hernioplastia e UTI. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 43 INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UM PACIENTE RESTRITO AO LEITO COM FÍSTULA ENTÉRICA APÓS LAPAROTOMIA EXPLORADORA M árci a De Oliveir a Belém O demir P ires C ardoso Junior R enata S antos A lmeida T hi ago Br asileiro De Vasconcelos Gisele Rodr igues M atoso Introdução: A laparotomia exploradora é definida como abertura cirúrgica da cavidade peritoneal, fornecendo uma via de acesso a órgãos infra-abdominais em operações eletivas; via de drenagem de coleções líquidas e método diagnóstico. A fístula entérica pode formar-se espontaneamente, como sendo resultado de uma patologia, mas cerca de 95% dos casos decorrem de uma complicação desse procedimento cirúrgico. Algumas complicações relacionadas a fístula entérica são perda de líquido e eletrólitos, desnutrição e sepse, resultando na restrição do paciente ao leito hospitalar e consequentemente restringindo à expansibilidade torácica e diminuindo a ventilação pulmonar. Objetivo: Avaliar a intervenção fisioterapêutica em um paciente restrito ao leito por fístula entérica pós Laparotomia Exploradora. Metodologia: Estudo descritivo do tipo relato de caso de um paciente restrito ao leito por fístula entérica pós laparatomia exploratória, realizado no período de 18 de fevereiro a 07 de março de 2008 na unidade 19 do IJF, onde foram analisados o prontuário, tempo de permanência hospitalar e ausculta pulmonar antes e após o atendimento fisioterápico. Foram realizados 7 atendimentos fisioterápicos cuja conduta se baseou em inspirações em tempos, sustentação máxima inspiratória (SMI) e cinesioterapia. Resultados: Na primeira sessão fisioterápica, o paciente apresentava redução da expansibilidade torácica e ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído universalmente dificultando a realização dos exercícios respiratórios. Apresentava também dor articular generalizada pela inatividade no leito. Nas duas sessões seguintes o paciente conseguiu realizar somente poucas repetições da inspiração em dois tempos e cinesioterapia passiva. Na quarta e quinta sessão, conseguiu realizar inspiração em três tempos com repetição satisfatória e cinesioterapia ativo-assistida. Na sexta e sétima sessão, realizou SMI com sucesso, apresentando melhora considerável da expansibilidade torácica, da ausculta pulmonar e diminuição das dores articulares. Conclusão: O conjunto de técnicas fisioterápicas utilizadas mostraram-se eficazes para combater o quadro de diminuição da expansibilidade torácica, da ventilação pulmonar e da amplitude articular causado pela inatividade no leito hospitalar de um paciente com fístula entérica adquirida como complicação de uma Laparotomia exploradora. Palavras-chaves: Fisioterapia. Laparotomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 44 INTERVENÇÃO FISIOTERÁPICA NO PACIENTE SUBMETIDO À LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA POR PERFURAÇÃO INTESTINAL NA DOENÇA DE CROHN M arcelo de A lmeida P inheiro L ima A ndréa Nóbrega C ir ino Nogueir a INTRODUÇÃO: A Doença de Crohn (DC) é uma doença crônica inflamatória intestinal, que atinge geralmente o íleo e o cólon, mas pode afetar a boca, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, até o reto e ânus. Uma das complicações desta doença é a perfuração do intestino delgado, podendo evoluir para peritonite. Para o diagnóstico e, posterior correção da perfuração anteriormente citada, deve ser realizada uma Laparotomia Exploratória (LE), exame este que, geralmente, está associado á disfunção diafragmática, caracterizando reduções dos volumes e das capacidades pulmonares, alterações na mecânica respiratória, na oxigenação e nos mecanismos de defesa pulmonares propiciando o aparecimento de complicações respiratórias pós operatórias. OBJETIVOS: Verificar as técnicas a serem utilizadas em pacientes submetidos à LE por perfuração intestinal na DC e avaliar a melhoria no quadro clínico destes. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado através de pesquisa em prontuário no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará, no período de 01 á 31 de Outubro de 2007, na Unidade de Clinica Cirúrgica. Paciente J.F.G., 50 anos, sexo masculino, portador de Doença de Crohn, submetido à Laparotomia Exploratória para rafia de perfuração do intestino delgado, internado por 24 dias, padrão respiratório apical, expectoração eficaz, expansibilidade torácica reduzida e restrito ao leito. Murmúrio vesicular presente reduzido em bases bilateralmente e com roncos difusos. Fora submetido a seis atendimentos fisioterápicos respiratório, motor e orientações no leito. RESULTADOS: Após as manobras de vibro compressão/ descompressão, respiração em tempos associada à mobilização de membros superiores (3:1), estimulação diafragmática, válvula de Spring Loaded (8 a 10 cmH2O), AFE lenta e rápida, exercícios ativo livres de MMSS e MMII sob supervisão e orientações no leito houve uma melhora considerável na expansibilidade torácica, aumento do murmúrio vesicular nas bases, remissão do quadro secretivo e melhoria no estado global geral do paciente. CONCLUSÃO: A intervenção fisioterapêutica nos pacientes portadores da condição clínica anteriormente citada tem contribuído muito para melhoria do quadro clínico, prevenido e combatendo infecções respiratórias, redução na capacidade respiratória e contribuindo para o retorno às condições fisiológicas normais, sendo de imprescindível realização. Palavras-chave: Fisioterapia. Doença de Crohn. Laparotomia Exploratória. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 45 REEDUCAÇÃO POSTURAL E MANIPULAÇÃO SACRAL COMO PARTE DO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR ESFORÇO: ESTUDO DE CASO A lessandr a B.M. B atista C leoneide Oliveir a Giselle Notoni A rcanjo K at yane M ir i an Paiva T elma R enata dos S antos Introdução: A incontinência urinária de esforço (IUE) pode estar associada a outras disfunções do assoalho pélvico que devem ser observadas e tratadas diante da queixa clínica da paciente. A dor pélvica é um achado nas pacientes com incontinência urinária e interfere negativamente no tratamento. Objetivo: verificar a influência da reeducação postural e manipulação sacral no tratamento da incontinência urinária de esforço (IUE). Metodologia: Estudo descritivo do tipo estudo de caso realizado no período de agosto a novembro de 2007 em projetos de extensão do curso de Fisioterapia da Faculdade Integrada do Ceará denominados Unidade de Reabilitação dos distúrbios do assoalho pélvico (UREDAPE) e na Escola de Postura. Paciente, 54 anos, com distúrbios de dor pélvica e perda de urina aos esforços realizou 20 atendimentos no Uredape visando o fortalecimento do assoalho pélvico e 20 sessões de reeducação postural e manipulação sacral. Resultados: Houve melhora significativa da dor referida pela paciente, aumento quantificativo da força do assoalho pélvico e melhora subjetiva dos sintomas da perda urinária. Conclusão: A reeducação postural e manipulação sacral foram eficazes no alívio da dor pélvica e contribuíram para o tratamento da IUE, visto que com a redução da dor possibilitou uma melhor execução dos exercícios propostos. Palavras-chaves: Fisioterapia. IUE. Terapêutica CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 46 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO EM PACIENTES PORTADORES DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Nádi a Nogueir a G omes R ebeca Soares F reire B arrozo M irel a M isici Roberto M isici Vasco P inheiro Diógenes B astos Introdução: A constipação intestinal é um sintoma que acomete grande parte da população, sendo uma queixa frequente relacionada ao distúrbio do assoalho pélvico, devido à falta de evacuações diárias. Sendo muito incômoda para os portadores dessa disfunção provocando desconforto abdominal, distensão e podendo apresentar até dores abdominais. Objetivo: Verificar a eficiência do tratamento de biofeedback e terapia manual em pacientes portadores de constipação intestinal e visa como objetivos específicos estudar os fatores que levam à constipação intestinal, detectar as alterações emocionais provocadas, observar os resultados após o tratamento com biofeeback, verificar os resultados após o tratamento com terapia manual. Metodologia: Estudo foi realizado no centro do Aparelho Digestivo. A amostra foi selecionada a partir dos indivíduos do sexo masculino e feminino que apresentaram constipação intestinal de acordo com Roma II ou frequência de evacuações por semana ou autoavaliação dos sujeitos. Foram excluídos indivíduos do sexo feminino e masculino que não se encontrarem acima de 18 anos de idade, que não estiverem nos critérios de inclusão acima citados, que faziam uso crônico de laxativos. A amostra foi dividida em dois grupos A (n=6) e B (n=6), os que realizaram somente tratamento com terapia manual e os que realizaram somente tratamento com biofeedback. Os pacientes foram submetidos a aproximadamente 2 meses de tratamento com uma frequência de 2 a 3 vezes por semana. Resultados: Com os pacientes do grupo A, foi utilizada uma ficha de avaliação e foram submetidos à manobras de massagem abdominal, No grupo B foi utilizado a ficha de avaliação e foram submetidos ao tratamento com biofeedback. O sexo feminino foi preponderante nos dois grupos. No grupo A quanto ao tempo do inicio do distúrbio as respostas foram distintas entre elas desde 1 a 30 anos de distúrbio, no B variaram desde 6 meses a 40 anos de distúrbio. Quanto à percepção de alguma melhora após a evolução do tratamento, no grupo A e B 100% relataram melhora dos sintomas. Após o período de tratamento, 100 % dos pacientes do grupo A referiram que o distúrbio foi resolvido parcialmente, e no grupo B, 83% o distúrbio foi resolvido, enquanto 17% foi resolvido parcialmente. A qualidade de vida melhorou para 100% dos participantes de ambos os grupos. Conclusão: Podemos concluir que a massagem abdominal alivia alguns sintomas que se apresentam na constipação intestinal como: principalmente flatulência, em seguida distensão abdominal e sensação de empachamento, melhorando, portanto a qualidade de vida dos portadores dessa disfunção, sendo a resolução apenas parcial para a maioria dos participantes. O tratamento de constipação intestinal com biofeedback trouxe vários benefícios para a amostra selecionada, além da melhora dos sintomas, como da qualidade de vida, a resolução total do distúrbio, para a maioria. Constituindo-se assim, uma alternativa de tratamento eficaz para os portadores de constipação intestinal. Palavras – Chave: Constipação intestinal. Terapia Manual. Biofeedback CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 47 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NO PÓS-OPRERATORIO DE ANEURISMA ROTO DE AORTA ABDOMINAL: ESTUDO DE CASO M ar i a Fabíol a C ar neiro Sousa Nírvi a Moreir a P ereir a F r ancisca K leane L ima Torres E lvir a Fátima Evangelista F reitas A íl a M ar i a Silva Bezerr a INTRODUÇÃO: O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é uma dilatação anormal, permanente e focal desta artéria, sendo na maioria das vezes (80%) infrarrenal. É uma patologia de alta incidência em indivíduos acima dos 65 anos de idade, cursando silenciosamente em grande parte dos casos. Deve-se estabelecer um programa de tratamento no pós-operatório da cirurgia de aorta abdominal visando à profilaxia das infecções e das complicações respiratórias. A fisioterapia tem grande importância no controle dos parâmetros ventilatórios, monitorização respiratória não-invasiva, técnicas de higiene brônquica, reexpansão pulmonar, promovendo melhoras na função pulmonar, atenuando a ocorrência de infecções e consequentemente diminuindo o tempo de internação hospitalar desses pacientes. OBJETIVO: Avaliar a evolução da ventilação mecânica e da conduta fisioterapêutica em um paciente no pós-operatório de aneurisma roto de aorta abdominal. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica do Hospital Geral de Fortaleza. Foram realizados no período em que o paciente esteve em terapia intensiva, atendimentos fisioterapêuticos desobstrutivos e reexpansivos para o combate a hipersecreção. Na pesquisa em prontuário, foi abordada a história do paciente, relacionando os principais aspectos que o levou à internação hospitalar, anotando-se a sua trajetória, desde a entrada no hospital, momento cirúrgico e transferência para UTI. RESULTADOS: Quanto aos parâmetros ventilatórios no VM, caminharam do modo A/C, SIMV, CPAP, Venturi 50% e ventilação espontânea. Quanto à ausculta pulmonar, observou-se grande melhora após a utilização das técnicas de desobstrução brônquica e de reexpansão pulmonar. CONCLUSÃO: Com a aplicação das técnicas fisioterapêuticas respiratórias o paciente teve uma boa recuperação, com sucesso no desmame ventilatório. Palavras-chaves: Fisioterapia. Aneurisma. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 48 USO DO REANIMADOR DE MULLER COMO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM SEQUELA DE AVC HEMORRÁGICO COM PNEUMONIA ASPIRATIVA: ESTUDO DE CASO Nirvi a Moreir a P ereir a M ar i a Fabíol a C ar neiro Sousa A il a M ar i a da Silva Bezerr a INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia seja parenquimatosa ou subaracnoidea. OBJETIVO: Avaliar se técnicas fisioterapêuticas reanimador de Müller utilizada no paciente, reverteu um quadro de atelectasia em bases pulmonares. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de caso, na UTI do HGF. Foram analisados a gasometria, IO, e ausculta pulmonar. Paciente HT, 69 anos, sexo masculino, com AVC hemorrágico e pneumonia aspirativa, hipertenso, com diminuição do nível de consciência. Esteve meses na UTI, sendo 24 dias em ventilação mecânica. Apresentou hipoventilação na base pulmonar direita. O paciente encontrava-se restrito ao leito, sob ventilação mecânica, com MV diminuído nas bases, especialmente à direita e roncos difusos. Realizados quatro atendimentos fisioterapêuticos de + 30 minutos cada. Compressão/descompressão manual, bloqueio torácico, reanimador de müller, bag squeenzing, e aspiração traqueobrônquica quando o paciente se encontrava traqueostomizado. O paciente permaneceu em ventilação mecânica durante 24 dias, retornando após complicações. DISCUSSÃO E RESULTADOS: Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se através da gasometria uma melhor troca gasosa e um pulmão mais ventilado e expandido. CONCLUSÃO: O conjunto de técnicas fisioterapêuticas respiratórias utilizadas mostraram-se eficazes para sanar a atelectasia, tornando fundamental o trabalho desse profissional na UTI, prevenindo complicações pulmonares e uma melhora na expansão pulmonar. Palavras-chaves: Fisioterapia. AVC. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 49 OUTROS TEMAS EM SAUDE CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 50 A PREVALÊNCIA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES IDOSAS RESIDENTES DE ABRIGOS EM FORTALEZA I leana P itombeir a G omes Juli ana F er nandes de Mor aes Juli ana L erche V. Rocha P ires INTRODUÇÃO: Com o avançar da idade há um aumento na incidência de incontinência urinária (IU), um dos principais problemas encontrados em idosos, sendo as mulheres as mais acometidas por esta patologia. No Brasil, a IU prevalece em 28,6% da população idosa. Deste modo, torna-se importante aprofundar os estudos de fisioterapia em uroginecologia e identificar a predominância baseados nos dados pesquisados. OBJETIVO: investigar a prevalência de incontinência urinária em mulheres idosas que residem em dois abrigos na cidade de Fortaleza/CE. METODOLOGIA: foram entrevistadas 24 mulheres com idade entre 65 e 102 anos, que aceitaram participar da pesquisa, em dois abrigos na regional IV da cidade de Fortaleza/CE durante o mês março de 2008, selecionadas por meio de amostragem estratificada proporcional e aleatória. Utilizou-se o questionário baseado no “International Consultation on Incontinence Questionnaire -Short Form” (ICIQ-SF). Foi explorado: a queixa de incontinência urinária, a quantidade de perda de urina e grau de desconforto. A análise dos dados foi realizada por razão de prevalência (IC 95%). RESULTADOS: nas mulheres entrevistadas, constatou-se que 46% possui IU e 54 % não apresentam a disfunção. Associou-se com o grau de IU: (1) se a perda ocorre uma vez por semana (17%), duas ou três vezes na semana (12%), uma vez ao dia (0%), diversas vezes (13%) e o tempo todo (4%; IC 95%); (2) quantidade de urina perdida - pequena (12%), moderada (17%) e grande (17%; IC 95%); (3) grau de interferência na vida diária quanto à perda de urina zero (1 pessoa), três (1), quarto (1), sete (2), oito (4), dez (2) não houve opção pelos demais números quanto a interferência na vida diária; (4) Quando perde urina antes de chegar ao banheiro (7 pessoas), quando tosse ou espirra (5), enquanto dorme (4), realizando atividades físicas (6), após urinar se vestindo (1), sem razão óbvia (3), o tempo todo (2). CONCLUSÃO: A presente pesquisa mostrou que a prevalência de IU em mulheres idosas, nos dois abrigos da cidade de Fortaleza/CE é de 46% ultrapassando assim os dados internacionais e nacionais encontrados na literatura, repercutindo também nos aspectos psico sociais onde o grau de interferência na vida diária é de 57% e afeta enormemente a qualidade de vida. Palavras-chave: Incontinência urinária. Saúde da mulher. Idoso. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 51 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS NA VIDA SOCIAL E FAMILIAR DA MULHER ORIUNDAS DAS COMPLICAÇÕES PÓSMASTECTOMIA C leonice M ar i a Luci ana P inheiro C leoneide P.Oliveir a M ar i a E liz angel a Vieir a M artins Introdução: O carcinoma mamário é uma doença cujo tratamento envolve o procedimento cirúrgico, a radioterapia, a quimioterapia e a hormonioterapia. Dependendo do comprometimento axilar e do tamanho do tumor, a cirurgia pode ser a melhor opção para o controle local do carcinoma evitando assim à metástase. Entretanto, este processo pode levar a uma das sequelas mais invalidantes do tratamento: o linfedema. Esta complicação consiste no acúmulo de fluido linfático no membro superior homolateral à cirurgia, podendo ocorrer desde o pós-operatório imediato até anos depois. Quando não tratado pode se tornar crônico, trazendo complicações físicas (sensação de peso ipsilateral, desconforto, perda da mobilidade, deformações estéticas do braço), emocionais e sociais, visto que interferem na autoimagem e no relacionamento com o parceiro, os familiares e os amigos. Cientes desta realidade, as autoras deste estudo tiveram como Objetivo: traçar o perfil sócioeconômico-cultural da mastectomizada entrevistada; identificar as alterações comportamentais sociais e familiares da mulher após a instalação do linfedema; e, identificar a percepção das mulheres mastectomizadas quanto às implicações sociais e familiares. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, participaram da pesquisa 20 mulheres mastectomizadas pertencentes ao Programa de Assistência à Mulher Mastactomizada (PROAMMA) que foram recrutadas aleatoriamente, independentes do tipo de cirurgia mamária a que foi submetida, do período de pós-operatório, da idade, raça, escolaridade e condição civil. Os dados foram coletados através da entrevista semi estruturada e analisados de acordo com o modelo proposto por Minayo (1994). Resultados: Revelaram que as pacientes com linfedema pós-mastectomia sentem dificuldade de se adaptarem às alterações decorrentes desta complicação, tendo sua vida pessoal e social comprometida. CONCLUSÃO: É comum essa alteração na vida mulher devendo se dar dado maior atenção por parte dos profissionais que as atendem. Palavras-chave: Linfedema. Mastectomia. Câncer de mama. Relações familiares. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 52 ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DOS ADOLESCENTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA CIDADE DE FORTALEZA/CE EM RELAÇÃO AO RISCO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA A na C ileda Diógenes C arvalho A ndré S ar att de L ima Suzy M ar i a Montenegro Pontes Cr isti ano T eles de Sousa Vasco P inheiro Diógenes B astos INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica, que acomete todo o nosso organismo, não tem cura, porém tem controle por meio de medicamentos e algumas modificações nos hábitos de vida. objetivo Analisar a qualidade de vida dos adolescentes das escolas públicas do ensino fundamental da cidade de Fortaleza/Ce, em relação ao risco de hipertensão arterial sistêmica. Consta de um estudo descritivo, exploratório e transversal com estratégia de análise quantitativa dos resultados apresentados, foi realizado nas salas de aula, no período de fevereiro a abril de 2007, Teve como instrumento de coleta de dados um questionário, onde 120 alunos foram submetidos a entrevista. Onde sobre os fatores de risco 20% realizam atividade física uma vez por semana, 37,5% realizam mais de duas vezes por semana, 25% realizam mais de duas vezes por semana, 17,5% dos escolares não realizam nenhum tipo de atividade física; e em relação ao habito de fumar 3,33% fumam de cinco a dez cigarros por dia e 96,67% não fumam; sobre a ingestão de alimentos, 27,5% ingerem salgados com refrigerantes em seu horário de recreação, 58,83% ingerem biscoitos com suco e 21,67% se alimentam com frutas; sobre os antecedentes familiares 67,50% não apresentam antecedentes familiares de alguma afecção cardiovascular, 2,5% possuem antecedentes familiares de Acidente Vascular Cerebral (AVC), 30% quadros de HAS; 85% reconhecem que a obesidade é um fator de risco para a HAS, sobre o reconhecimento dos fatores de risco 34,16% reconhece o estresse, 37,5% reconhece a bebida alcoólica e 49,16% sabe que o fumo predispõe a HAS; 96,17% não fazem uso de bebidas alcoólicas e 5,83% ingerem álcool, no mínimo, uma vez por semana; de acordo com o Índice de Massa Corpórea fora detectado que 30,83% dos adolescentes investigados apresentam peso nos níveis normais, 78,65% estão abaixo do peso e 4,16% estão com sobrepeso. Concluímos que mesmo a quase totalidade dos escolares conhecem os fatores de riscos que predispõe alguma patologia cardiovascular, porém a maioria não realiza nenhum tipo de atividade física, alimenta-se de forma inadequada, onde os alimentos são ricos em gorduras e carboidratos e ainda quase 56 alunos da amostra apresenta antecedentes familiares de primeiro e/ou segundo graus com afecções cardiovasculares, prevalecendo a HAS. Palavras-chave: Fisioterapia. Terapia manual. Lombalgia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 53 ANÁLISE DOS ATENDIMENTOS NA UNIDADE DE REABILITAÇÃO DOS DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO UREDAPE C leoneide Oliveir a L eil a Beuttenmuller K at yane M ir i an Paiva T elma R enata dos S antos Introdução: A Unidade de Reabilitação dos Distúrbios do Assoalho Pélvico (UREDAPE) foi criada com o intuito de atender a população carente e possibilitar a capacitação profissional e o desenvolvimento de pesquisas. Objetivos: O estudo teve por objetivo investigar o perfil populacional da unidade. Metodologia: Estudo retrospectivo dos atendimentos realizados entre 2004 e 2007, com análise estatística da queixa principal e história clínica dos pacientes. Resultados: Nesse período foram realizadas 87 avaliações, destas 80, 45% (70) procuraram o serviço com queixa de incontinência urinária (IU). Dos pacientes com IU 64, 28% (45) apresentaram incontinência urinária de esforço (IUE), 11,42% (8) com incontinência por hiperatividade do detrusor e 24,30% (17) com incontinência urinária mista (IUM). As mulheres com IU constituíram 88,57% (62) dos atendimentos, sendo que 67,74% (42) tinham realizado pelo menos um parto normal e 50% (31) com 03 ou mais gestações. Conclusão:Os pacientes que mais procuraram pelo serviço no período foram mulheres com IU e os casos de incontinência anal, distúrbio sexual, prolapso, constipação, traumatismo raquimedular e prevenção somaram a minoria no atendimento e continuidade no tratamento, além disso, vários trabalhos científicos foram concretizados durante o período, caracterizando a importância da unidade no meio social e científico e demonstrando uma quantidade considerável para um serviço novo. Palavras-chave: Fisioterapia. Distúrbios do Assoalho Pélvico. Terapêutico. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 54 AS CONSEQUÊNCIAS DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO NA SÍNDROME DA IMOBILIDADE NOS GERONTOS A na Roberta G omes Sever i ano  ngel a S ar ah G omes Sever i ano R enata S antos A lmeida T hainá C ardoso C osta M árci a Virgíni a C astro G omes C haves C orrei a INTRODUÇÃO: Os idosos são geralmente mantidos confinados no leito e desta imobilidade adquirem ou evoluem para outras complicações, que chamamos síndrome da imobilização. Trata-se portanto de todo um complexo de alterações que repercutem negativamente sobre os sistemas, osteo musculares, tecido conjuntivo, tecido articular, sistema respiratório, sistema metabólico, sistemas gastrointestinais, sistemas geniturinários entre outros,podendo alterar também o estado emocional do indivíduo independente da condição que o levou ao decúbito prolongado. OBJETIVOS: descrever as consequências das úlceras de pressão na síndrome da imobilidade nos gerontos. METODOLOGIA: avaliação bibliográfica utilizando sites de pesquisa como BIREME e PUBMED, bem como por meio de livros na área. RESULTADOS: O idoso hospitalizado restrito ao leito, pode apresentar várias complicações, decorrente da Síndrome de Imobilismo. As úlceras de pressão está entre as condições mais evitáveis e mais frequentes nos idosos imobilizados, podendo ser causadas por diversos fatores, incluindo pressão, atrito, fricção , umidade excessiva, calor ou ressecamento da pele e falta de nutrição. A úlcera surge em poucas horas, mas necessita de meses para cicatrizar, surgindo de dentro para fora, ou seja, dos tecidos adjacentes às proeminências ósseas, estendendo-se para a superfície até exteriorizarem-se na epiderme, recebendo graduação I, quando existe apenas hiperemia que não empalideci a compressão, até grau IV em caso de necrose de músculos, ligamentos, tendões e pele. A isquemia produz anóxia, morte celular e reação inflamatória em cadeia, resultando em necrose tecidual. CONCLUSÃO: Devemos sempre estar atento para estimular a movimentação no leito e a independência nas atividades diárias, estimular a deambulação, promover um padrão respiratório mais eficaz, evitar complicações circulatórias, reduzir a dor e manter força muscular e a amplitude de movimentos com exercícios. Palavras-chave: Idoso. Fisioterapia. Úlcera de pressão. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 55 BENEFÍCIOS DA HIDROTERAPIA NOS PACIENTES SOFRERAM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) QUE C arli anne Pacheco Mour a M ayana C hr istielle De C arvalho Mour a Mônica Nogueir a Br ayner Z eneida P inho M agalhães L i ana Rocha P r aça INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença comum e de grande impacto na saúde pública por ser a principal causa de incapacidades neurológicas em adultos, comprometendo a função das extremidades de membros, equilíbrio, força, mobilidade e controle motor devido aos altos custos despendidos com o seu tratamento agudo e a longo prazo. A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada por fisioterapeutas na reabilitação em diversas áreas. Vários são os efeitos terapêuticos benéficos obtidos com a imersão na água aquecida, como o relaxamento, a analgesia, a redução do impacto e da agressão sobre as articulações são associados aos resultados obtidos com os exercícios realizados explorando as diferentes propriedades físicas da água. OBJETIVOS: avaliar a eficiência do tratamento hidroterápico em pacientes com AVC, analisando as melhores técnicas a serem aplicadas a fim de que obtenham uma boa reabilitação em menor tempo possível. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em sete artigos de fisioterapia publicados no período de 2004 a 2006, onde foram coletados dados sobre os benefícios da hidroterapia no tratamento de pacientes com AVC. RESULTADOS: Observaram-se que técnicas como Bad Ragaz, método Watsu e Hidrocinesioterapia se mostraram efetivas no tratamento e prevenção das seqüelas apresentadas por pacientes que foram acometidos pelo AVC. O método Bad Ragaz realiza movimentos com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização e o posicionamento do paciente em decúbito dorsal é mantido através de flutuadores. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente em pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos com o objetivo de redução de tônus muscular, pré-treinamento de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular. O Watsu, é também conhecido como “Water Shiatsu”, aquashiatsu ou hidroshiatsu. Esta técnica aplica alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo alongamentos passivos e mobilização de articulações. A hidrocinesioterapia constitui um conjunto de técnicas terapêuticas baseadas no movimento humano. É a fisioterapia na água ou a prática de exercícios terapêuticos em piscinas, associada ou não aos manuseios, manipulações, hidromassagem e massoterapia, adaptada em programas de tratamento específicos para cada paciente. CONCLUSÃO: Concluiu-se então que a associação das técnicas fisioterapêuticas com os efeitos terapêuticos da água, ou seja, a hidroterapia trata e previne de forma eficaz as sequelas do paciente com AVC. Palavras-chaves: Fisioterapia. Acidente Vascular Cerebral. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 56 COMPROMENTIMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL CIRURGIÃO DENTISTA, UMA VISÃO ERGONÔMICA DO F r ancisca K leyci ane L ima Torres Rômulo C ésar A fonso G oul art F ilho F r ancisca K leane L ima Torres F r ancisco R afael Dantas Tati ane Nogueir a INTRODUÇÃO: A ergonomia na odontologia faz-se necessária pelo fato de adequar o ambiente de trabalho as características psicofisiológicas do trabalhador, reduzindo as exigências biomecânicas posturais, procurando colocá-lo em uma boa postura de trabalho, adequando os equipamentos, ferramentas e objetos ao alcance dos movimentos corporais. As causas de absenteísmo e incapacitação de trabalho, no ambiente ambulatorial do odontólogo, são as queixas advindas da má postura da coluna vertebral. A postura sentada voltada para a posição da coluna totalmente cifótica, com o pescoço flertido para a lateral e braços levemente abduzidos, constantemente torna-se uma posição ofensiva a coluna vertebral. Esses movimentos induzem as possíveis lesões e distúrbios causados aos profissionais de odontologia, encontrados hoje no mercado de trabalho. OBJETIVO: Mostrar um esclarecimento das informações a respeito da importância do fisioterapeuta nas práticas ergonômicas adotadas na área odontológica, evidenciando a possibilidade das doenças ocupacionais LER/DORT. METODOLOGIA: Baseou-se em uma revisão bibliográfica de artigos científicos e livros. RESULTADOS: De acordo com a revisão bibliográfica realizada, notamos que muitos profissionais de odontologia sofrem com dores musculares, consequentemente a fadiga, o cansaço e as dores na coluna vertebral devido a sua postura de trabalho. CONCLUSÃO: Concluímos que pela postura adotada pelo odontólogo, muitos deles iram ter comprometimento da coluna vertebral, onde se faz necessário a atuação do fisioterapeuta no tratamento de possíveis lesões osteo musculares e na prevenção das doenças ocupacionais LER/ DORT utilizando a cinesioterapia laboral visando assim promover uma melhoria na qualidade de vida e tornando pleno o tempo de vida profissional do odontólogo. Palavras-chave: Ergonomia. Odontólogo e cinesioterapia laboral. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 57 CONHECIMENTOS E CIÊNCIA, DIFERENÇAS OU SEMELHANÇAS? A nna Beatr iz G onçalves Jacinto H évil a Nascimento G omes Patr íci a De Souz a S andes Vanessa Silva S anti ago R aimunda H er melinda M ai a M acena Introdução: Originalmente, o homem ao nascer, adapta-se progressivamente ao mundo já existente. Entretanto, ao ser introduzido no processo de socialização, vai progressivamente interrogando os significados do universo circundante, buscando respostas convincentes para suas dúvidas e incertezas, o que chama de verdade. A Fisioterapia, enquanto área do conhecimento, vem buscando incrementar seu corpo teórico de conhecimento a fim de ampliar sua visibilidade na equipe de saúde. Objetivo: descrever os conceitos chaves de ciência, bem como a diferenciação e conceituação de tipos de conhecimento e métodos usados na construção da pesquisa científica. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal, descritivo e bibliográfico, utilizando fontes secundárias e terciárias, no período de março e abril de 2008, usando como palavras chaves de busca nas fontes: ciência, conhecimento e método cientifico. Resultados: Os dados indicam que existem quatro tipos de conhecimentos: cientifico, religioso, filosófico e popular. São também quatro os métodos de abordagem: indutivo, dedutivo, dialético e hipotético-dedutivo. Cada tipo de conhecimento expressa e justifica um método de abordagem de uma realidade física, ou seja, reflete um conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, conhecimentos válidos e verdadeiros , traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do pesquisador. Conclusão: Por fim, alimentando a ciência, que é um procedimento metódico cujo objetivo é conhecer interpretar e intervir na realidade, tendo como diretriz elucidar problemas formulados que sustentam regras e ações adequadas à constituição do conhecimento. Diante do exposto, cabe aos alunos e profissionais da Fisioterapia compreenderem e utilizarem estes conceitos no direcionamento de suas práticas assistenciais. Palavras-chaves: Ciência. conhecimento. Pesquisa. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 58 CRIANÇAS ABANDONADAS E ABRIGOS ESTATAIS: ESPAÇO DE ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA I leana P itombeir a G omes A lencar ine De A lencar S ales M ar i a Roberta L oiol a F erreir a R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: A globalização e a modernização trouxeram consigo diferentes formas de violência incluindo o abandono familiar, em especial de crianças. Esta situação, acrescida da escassez de estimulo ao desenvolvimento podem comprometer o potencial cognitivo e motor de crianças. OBJETIVO: Este estudo investigou o perfil dos abrigos estatais existentes na cidade de Fortaleza/CE, bem como da inserção do fisioterapeuta nestes serviços. METODOLOGIA: Realizou-se pesquisa descritiva, exploratória, transversal, de natureza quali-quantitativa através de fontes terciárias disponibilizadas no site da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, e seguidas de contato telefônico, durante os meses de março e abril de 2008. Inicialmente, foi elaborada uma listagem de todos os abrigos do estado, sendo a seguir analisada e selecionado os abrigos que seriam objetos deste estudo. Considerou-se como critério atender a crianças e adolescentes, portadores ou não de deficiência mental, que estejam em regime de abrigo, por se encontrarem submetidos à situação de abandono ou orfandade ou por se encontrarem submetidos a situações de risco. RESULTADOS: Dos 11 abrigos avaliados, 10 atendem ao perfil desejado, atendendo em media 194 crianças e 143 adolescentes, na faixa etária de 0 a 18 anos. Dos abrigos, 01 atende somente portadores de deficiência, 80% garantem a inserção na escola da comunidade, 20% oferecem educação formal no próprio abrigo. Dos abrigos, 100% são financiados pelo Governo do Estado do Ceara, 60% atende crianças ou adolescentes vitimas de abandono ou violência, 60% em caráter emergencial ou provisório, 40% em caráter integral. 40% possuem serviço médico 10% possuem fisioterapeuta. CONCLUSÃO: As existências dos abrigos apontam a incorporação do estado pelas medidas de proteção a criança e adolescente. Entretanto, torna-se evidente a necessidade de uma mudança nas condições referentes ao oferecimento de ações de saúde nos abrigos, em especial, de Fisioterapia, tendo em vista a contribuição que pode ser acrescida na melhoria da qualidade de vida destas crianças. Palavras-chave: Abrigos. Criança. Adolescente. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 59 GESTANTES - A EDUCAÇÃO COMO UM INSTRUMENTO PARA A SAÚDE DA GESTANTE E DO BEBÊ C leoneide Paulo Oliveir a L ar a C idr ão P into R ebeca B arreir a Jucá Introdução:A gravidez consiste de um período marcado por mudanças significativas na vida da mulher, que implicam em adaptações de seu papel social, reajustamentos interpessoais e intrapsíquicos. A ocorrência da gravidez envolve uma série de fatores inter-relacionados que abrangem desde os aspectos biológicos aos sociais, incluindo-se aí as significações que a mulher constrói com relação à mesma. Objetivo:Visando facilitar os ajustes da mulher às alterações comuns na gravidez e proporcionar um completo bem estar físico, mental e social é que a disciplina de Fisioterapia Gineco-Obstétrica da Faculdade Integrada do Ceará desenvolve um Curso para Gestantes, preparando-as para os períodos da gravidez, do parto e do puerpério, na Clinica de Fisioterapia da FIC - Fisiofic. O curso esclarece ainda a parturiente quanto aos cuidados adequados com o seu bebê. Metodologia: O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos imediatos do curso para as gestantes durante o segundo semestre de 2007. Após a realização do curso foram aplicados questionários padronizados com perguntas que abordam os sentimentos, os anseios, as dúvidas, as trocas de experiências, as mudanças físicas e emocionais, a segurança e o bem-estar durante o processo gravídico puerperal pós-curso. Resultados: Os resultados apontaram para uma contribuição positiva para as gestantes, especialmente ao favorecimento da redução de ansiedade e medo, esclarecimento de dúvidas e troca de experiências. Conclusão:Considera-se que a oportunidade da realização de um curso desta natureza e suas práticas, além de prevenção e promoção da saúde, possa servir como instrumentos de fortalecimento da independência da mulher no processo gravídico puerperal. Palavras-chave: Fisioterapia. Gineco-Obstétrica. Curso para Gestantes. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 60 FISIOTERAPIA E AMPUTAÇÃO: VISÃO GLOBALIZADA DE REABILITAÇÃO: ESTUDO DE CASO O demir P ires C ardoso Junior M árci a De Oliveir a Belem Gisele Rodr igues M atoso INTRODUÇÃO: Amputação é a retirada parcial ou total de algum membro, sendo considerado um processo reconstrutivo de uma extremidade sem função ou com função limitada. O tratamento de um paciente amputado exige uma abordagem terapêutica multidisciplinar, uma vez que a amputação irá interferir no âmbito físico, mental e funcional. A fisioterapia é de fundamental importância no processo de reabilitação do paciente, atuando desde o período pré-operatório ao pós-operatório, incluindo a habilitação do paciente para suas atividades de vida diária e prática. OBJETIVO: Relatar a importância do tratamento desempenhado pelo profissional fisioterapeuta no paciente submetido à amputação bilateral, no âmbito hospitalar. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no período de 12/03/08 a 04/04/08 no hospital IJF. Foram analisados o padrão ventilatório, assim como a quantidade de repetições realizadas nos exercícios de padrões ventilatórios, a expansibilidade torácica, o alinhamento do coto, o grau de força muscular, a coordenação e equilíbrio, a permanência hospitalar e a ausculta pulmonar antes e após a fisioterapia. Paciente do sexo masculino, branco, desnutrido, 32 anos, admitido no IJF em 25/11/2007 com perfuração penetrante por arma de fogo, submetendo-se a amputação transfemural bilateral. Apresentava-se com hipotrofia e hipotonia nos membros superiores e côto em extensão, um pouco edemaciado. Evidenciou-se um quadro de hipoventilação no hemitorax direito, assim como dificuldade para respirar e discreta dor abdominal. Realizados 12 atendimentos fisioterápicos com duração de cerca de 30 minutos cada. Bloqueio torácico e compressão/ descompressão torácica, padrões ventilatórios com inspiração profunda, com inspiração máxima sustentada (SMI), inspirações em tempos e soluços inspiratórios, exercícios de “Kabat” e cinesioterapia global foram as técnicas utilizadas no tratamento do paciente. RESULTADOS: Após a realização diária das técnicas fisioterapêuticas observou-se através da avaliação fisioterápica, um pulmão mais ventilado e expandido no hemitorax direito e a presença de sons respiratórios simétricos e normais em todas as áreas do pulmão comprometido; evidenciou-se também a melhora significativa quanto ao grau de força muscular e a coordenação e equilíbrio. CONCLUSÃO: O trabalho multidisciplinar realizado pelo fisioterapeuta, assim como o conjunto de técnicas fisioterapêuticas respiratórias e motoras utilizadas mostraram-se eficazes para resolver os problemas frequentemente relacionados ao paciente amputado bilateral, tornando fundamental o trabalho desse profissional no pré e pós-operatório. Palavras-chaves: Fisioterapia. Amputacão. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 61 INCIDÊNCIA DE EXTUBAÇÃO ACIDENTAL EM UMA UTI DE UM HOSPITAL DA REDE PRIVADA DE FORTALEZA Nai ar a De C arvalho L aurentius Gr aziell a P r ado Cunto K ar ine C ol aço C ampos E l ain y Agui ar Parente Geórgi a Guimar ães B arros INTRODUÇÃO: A obtenção e a manutenção da via aérea artificial é atualmente um processo rotineiro nas UTI’s. Entretanto, existe um risco que não deve ser desprezado de extubação acidental (EA), que varia de acordo com o serviço estudado. Um estudo realizado em uma UTI pediátrica, o índice EA apresentado foi de 5,1% para cada 100 dias. Já um estudo realizado em uma UTI adulto evidenciou índice de EA de 15%. Sabe-se que a EA pode trazer uma série de complicações para o paciente ventilado mecanicamente e que uma reintubação aumenta o tempo de ventilação mecânica e internamento tanto na UTI como hospitalar. OBJETIVOS: Avaliar o índice de extubação acidental em uma unidade de terapia intensiva de um hospital da rede privada. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo retrospectivo, observacional e quantitativo, durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2007 em um hospital da rede privada, onde foram avaliados 94 pacientes internados na UTI adulto do hospital que estiveram intubados. Para coleta de dados, utilizou-se o relatório de ocorrência do serviço de fisioterapia já existente no próprio hospital, preenchido todos os turnos e diariamente pelos fisioterapeutas. RESULTADOS: A incidência de EA foi de 1 % (1 paciente) no período de 90 dias. CONCLUSÃO: Foi verificada uma baixa incidência de EA no presente estudo, se compararmos com os resultados encontrados na literatura atual. Portanto, concluímos que os pacientes desta UTI provavelmente evoluem com menores complicações, visto que estes pacientes na maioria das vezes necessitam serem reintubados, aumentando assim o tempo de ventilação mecânica, de internação de UTI e hospitalar. Palavras-chaves: Extubacao. UTI. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 62 LESÕES OSTEOARTICULARES MAIS FREQUENTES NA PRÁTICA DO JUDÔ NO ESTADO DO CEARÁ Jean Silva C avalcante Giselle Notini A rcanjo Introdução: Do antigo Jiu-jitsu originou-se o Judô através de Jigoro-Kano, que com a perspectiva de formar pessoas de bom caráter através da disciplina e boa índole, retirou as técnicas mais violentas do Jiu-jitsu criando o Judô. Mesmo com a criação desta nobre arte as lesões surgem dentre os praticantes, sejam eles iniciantes em aulas nas academias ou veteranos em competições. Objetivo: Identificar quais as estruturas osteoarticulares mais lesionadas no Judô, além de mensurar o nível de conhecimento dos professores desta modalidade desportiva referentes às lesões em suas diferenciações e identificações. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa descritiva, analítica, quantitativa no qual foi aplicado um questionário composto por vinte perguntas objetivas realizado com 20 professores de Judô pertencentes à Federação Cearense desta modalidade. A coleta de dados foi realizada no mês de abril de 2008 durante uma competição realizada por uma das associações da Federação. Foram incluídos todos os professores presentes nesta copa, sendo graduados ou não em Educação Física. Resultados: Os resultados revelaram que 20% dos professores têm nível superior em Educação Física, 45% estão graduando em Educação Física e 35% são leigos. 40% dos professores identificam as estruturas osteoarticular mais frequentes no Judô, já 60% não as conhecem. 70% dos professores não conseguem diferenciar os tipos de lesões e a região acometida, entretanto 30% dos professores de Judô conseguem diferenciar os tipos de lesões além da região específica. Nos testes específicos para cada estrutura osteoarticular com possível lesão 05% dos professores conhecem algum teste já 95% revelou não conhecer nenhum deles. Conclusão: Podemos estreitar nossos olhares para os professores de Judô do Estado do Ceará com formação acadêmica em, pois se constatou através dos dados colhidos na pesquisa a necessidade de um repensar sobre a atuação profissional nesta área desportiva em relação as possíveis lesões, alem de suas identificações, principalmente pelos leigos que dos níveis pesquisados apontam a necessidade de uma formação mais ampla para melhor atendimento onde aqueles em formação apontam um saber acerca do assunto sendo os professores de judô graduados em Educação Física aqueles melhores qualificados para tal, no entanto conhecimentos inerentes a fisioterapia contemplam de forma ampla esta realidade firmando-se a presença no meio desportivo para dar suporte pertinente a esta realidade. Palavras-chaves: Fisioterapia. Jiu-jistsu. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 63 O PAPEL DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA PREVENÇÃO DAS LER/DORT Deivid P ereir a G omes R enata S antos A lmeida Rômulo C ésar A fonso G oul art F ilho T hainá C ardoso C osta Er ica Porto X avier INTRODUÇÃO: As LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/distúrbios osteo musculares relacionados ao trabalho) são um conjunto de sinais e sintomas causados por um processo inflamatório agudo ou crônico, podendo atingir tendões, músculos, ligamentos e nervos periféricos. São ocasionadas por atividades osteo musculares recorrentes no ambiente de trabalho, provocam dores e incapacidade funcional devido à postura inadequada e o excesso de repetição. OBJETIVOS: A presente pesquisa tem como objetivo mostrar o papel da fisioterapia na prevenção das LER/DORT no ambiente de trabalho. METODOLOGIA: Foi feita uma avaliação bibliográfica utilizando sites de pesquisa como BIREME, bem como através de livros da área. RESULTADOS: É crescente o número de trabalhadores que se queixam de dores em decorrência de suas atividades cotidianas no ambiente de trabalho. O esforço repetitivo, a sobrecarga estática, o excesso de força para execução de tarefas, o trabalho sob temperaturas inadequadas e com móveis e instrumentos de trabalhos impróprios contribuem para o aparecimento das enfermidades musculoesqueléticas. Devido ao esforço contínuo, repetitivo e intenso, durante a contração, a perfusão fica diminuída ou ausente, causando um déficit no aporte de oxigênio e nutrientes, ocasionando acúmulo de metabólitos, uso da via anaeróbia, acúmulo de ácido lático e outros catabólitoscausando processo inflamatório reacional local e dor. CONCLUSÃO: O aparecimento das doenças dos trabalhadores está ligado ao modo como o trabalho está organizado em nossa sociedade. De olho nos lucros, as empresas querem diminuir os custos da produção, reduzir o emprego e aumentar a produtividade. Para isso introduzem novas formas de organização, novas tecnologias e equipamentos, sem levar em conta as conseqüências para a saúde de quem trabalha. As Lesões por Esforços Repetitivos, as doenças mentais entre outras, são as conseqüências mais evidentes de todo esse processo nos dias atuais.A fisioterapia tem um importante papel na prevenção desses distúrbios,atuando com técnicas específicas como alongamento,ergonomia e propriocepção para a prevenção de complicações ou melhoria das mesmas quando já instaladas. Palavras-chaves: Fisioterapia. LER. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 64 O PÉ DIABÉTICO E SUAS PARTICULARIDADES T hi ago Br asileiro Vasconcelos M ateus R amos Severo M ar íli a de Aquino Nogueir a A lmeida R enata S antos A lmeida Roberto A r aújo E néas Introdução: O diabetes é uma doença séria que pode causar muitos problemas nos pés, levando até à amputação. O substantivo diabetes (diabético) há anos é usado como adjetivo em “coma diabético”, “gangrena diabética”, e outras condições mórbidas qualificando os distúrbios característicos dos pacientes portadores de diabetes melito (DM). A DM alcança todos os tecidos, órgãos e aparelhos do corpo. Os pés não fogem à regra e, precoce e intensamente, ocorrem alterações em todos os seus componentes (veias, artérias, linfáticos, ossos, articulações, músculos, pele e nervos). Fazer referência ao pé diabético consiste naquela soma de fatos que afetam aos pés dos pacientes diabéticos, envolve componentes de neuropatia (Lesões nos nervos são uma conseqüência dos altos níveis de açúcar no sangue) com severos transtornos de sensibilidade e percepção própria, assim como, alterações vasculares que acompanham nestes casos um risco de amputação para a erradicação de processos isquêmicos, necrose e infecção que coloca em perigo a estabilidade e a vida do paciente. A neuropatia diabética produz um abundante quadro neurológico com limitações na região sensitiva da dor, do sentido da temperatura, da sensibilidade do tato, vibratória e das qualidades proprioceptivas, com uma afecção tardia das fibras motoras, com um desequilíbrio muscular e atrofia dos músculos curtos. Ela é o fator de risco mais importante e prevalente na formação de úlceras. Objetivo: Identificar os conhecimentos relativos à fisioterapia e diabetes, alertando dessa forma os acadêmicos da respectiva área para o repasse de informações sobre cuidados, precauções e tratamento do pé do paciente diabético, para o retorno de suas atividades o mais breve possível e sem complicações do seu estado de saúde. Metodologia: O estudo foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica e em bases de dados. Resultados: A diminuição da irrigação e a alteração neurogênica supõem a atrofia das partes macias. A pele se torna mais fina, dura e rachada, a camada de gordura especialmente na planta do pé diminui até tornar-se mínima junto com a musculatura plantar do pé, somente os ossos se mantêm intactos, com as pressões provenientes do nosso corpo, já que os pés são uma grande base de sustentação e distribuição de forças, começam a originar úlceras plantares que podem progredir a uma osteomielite e consequentemente amputação do membro. Conclusão: Os fisioterapeutas no seu dia-a-dia encontram inúmeros pacientes diabéticos, daí a importância no cuidado de seus pés, devem realizar um histórico e exame físico cuidadosos a fim de determinar a saúde geral, controle do diabetes e complicações; destacar as condições nutricionais, neurológicas, vasculares, da pele, unhas e exame músculo-esquelético; educar o paciente, familiares e profissionais em relação aos riscos para as lesões dos pés associados ao diabetes e aos cuidados apropriados. Dos pacientes diabéticos que sofreram amputação, de 50% a 60% terão a amputação do membro contralateral no período de 3 a 5 anos, isso implica em altos custos de hospitalização, assim como em termos de afastamento do trabalho, curativos, efeitos sociais e emocionais e reabilitação. Palavras-chaves: Fisioterapia. pé diabético. Fisiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 65 OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA EM PACIENTES COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA Z eneida P inho M agalhães M ayana C hr istielle de C arvalho Mour a Mônica Nogueir a Br ayner C arli anne Pacheco Mour a L i ana P r aça Introdução: A esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa caracterizada pela perda progressiva de motoneurônios ao nível de medula espinal, tronco encefálico e córtex motor. O pico de incidência ocorre na sexta década, com ligeiro predomínio do sexo masculino. A fadiga ou a perda de resistência a exercícios é a queixa mais comum entre os pacientes com ELA. Sua evolução causa debilidade e atrofia progressiva da musculatura respiratória e dos membros, espasticidade, transtornos do sono, estresse psico-social e sintomas de origem bulbar como disartria e disfagia, podendo resultar em morte ou ventilação mecânica permanente, conservando na maioria das vezes sua capacidade intelectual. A fisioterapia aquática é um dos tratamentos mais utilizados nesses pacientes. A terapia se divide em três fases: aquecimento, exercícios específicos e relaxamento. objetivos: Objetivando ampliar os conhecimentos sobre a esclerose lateral amiotrófica, conhecer os benefícios da hidroterapia nesses pacientes, aprender a orientar o tratamento hidroterápico de maneira otimizada e conhecer as técnicas a serem aplicadas com discernimento, obtendo assim resultados mais eficazes na reabilitação desses pacientes. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em cinco artigos de fisioterapia publicados no período de 2000 a 2006, nos quais foram coletados dados informativos sobre o reconhecimento da fisioterapia aquática no tratamento de pacientes com esclerose lateral amiotrófica. Resultados: Observou-se que a fisioterapia aquática é capaz de melhorar a espasticidade muscular, alívio da dor, relaxamento, manutenção e aumento das amplitudes de movimentos, manutenção da força muscular, melhora das condições funcionais da marcha, estímulo do equilíbrio. O uso das técnicas incluem o método deWatsu, ou Água-shiatsu que adota técnicas de flutuação. Foi criado, inicialmente, como uma forma de massagem, tendo sido aplicado para pacientes portadores de desordens neuromusculares. O método Halliwick é baseado em princípios conhecidos de hidrostática, hidrodinâmica e mecânica dos corpos. O método Bad Ragaz, utiliza as propriedades da água, e hidrodinâmica; a flutuação; o restabelecimento dos movimentos funcionais das articulações e músculos. O método Ai Chi, foi criado a partir da combinação dos conceitos do Tai-Chi e do Qigong, juntamente com as técnicas de Shiatsu e Watsu. É uma modalidade terapêutica individual, realizada dentro da água, utilizando a combinação de respiração profunda com movimentos leves e amplos dos membros e tronco. Benefícios do Ai Chi são: a estabilização do tronco e alivio da dor. Os movimentos proporcionados pelo Ai Chi permitirão a melhora do metabolismo e da circulação sangüínea. Conclusão: Portanto, concluí-se que o tratamento hidroterápico é um método complementar que tem um impacto positivo no retardo da sintomatologia e excelentes benefícios na reabilitação. Palavras-chaves: Fisioterapia. Hidroterapia. Técnicas. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 66 PERFIL DOS PACIENTES DO UREDAPE NO ANO DE 2007: ESTUDO RETROSPECTIVO Mun yk D our ado Dantas Ponte O stevan Muniz Fonseca S ales C oelho C amil a R aquel B arroso F errr az C leoneide Paulo Oliveir a 1 L eil a Beautmuller Introdução: O curso de Fisioterapia da Faculdade Integrada do Ceará em seus projetos de extensão desenvolveu a Unidade de Reabilitação dos Distúrbios do Assoalho Pélvico - UREDAPE desenvolvido com o objetivo de prestar assistência a comunidade cearense com o diagnostico de distúrbio do Assoalho Pélvico, além de ser um espaço para a pratica de disciplinas curriculares e desenvolvimento de pesquisas cientificas. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo identificar o perfil dos usuários do UREDAPE, suas principais queixas e os recursos fisioterapêuticos utilizados. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo retrospectivo observacional dos atendimentos realizados no ano de 2007. Resultados: Observou-se que todos os pacientes atendidos com queixas de Incontinência Urinária são do sexo feminino o que evidenciou uma prevalência de mulheres que procuram o serviço. Com relação a faixa etária constatou-se que variou de 31 a 72 anos de idade. Quanto a condição civil houve uma variação entre casados, solteiros e divorciados. As profissões foram as mais variadas possíveis (professora, dona do lar, aposentada). Dentre as queixas as mais referidas foram perda urinária de esforço - IUE e Incontinência urinária de Urgência -IUU. Do arsenal terapêutico na fisioterapia os mais utilizados no serviço nas mulheres IUE e IUU foram o Eletroestimulação, biofeedabck com perineometro, cinesioterapia e ginástica hipopressiva. Conclusão: Concluimos que embora a intervenção fisioterapêutica no atendimento a pacientes acometidos desta condição clinica tenha contribuído na melhoria do quadro e no resgate social desses indivíduos, a demanda de procura do atendimento ainda é pequena principalmente por indivíduos do sexo masculino. Acreditamos que se faz necessário uma divulgação maior de forma que possa beneficiar um grupo maior de pessoas com esses distúrbios. Palavras-chaves: Fisioterapia. Assoalho pélvico. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 67 PRÁTICA DO AUTOEXAME DE MASTECTOMIZADAS UNILATERAL MAMA EM MULHERES Juli ana Vasconcelos Silvi a C avalcante F igueiredo L eil a Beuttenmüller C avalcanti Soares T eresa M ar i a Da Silva C âmar a Vasco P inheiro Diógenes B astos Introdução: Nas últimas décadas, o câncer de mama é uma das doenças que mais tem atraído a atenção da comunidade médica. É importantíssimo ter um diagnóstico precoce, para facilitar o tratamento, bem como melhorar as chances de cura. Para obtenção do diagnóstico, a Medicina dispõe de diversos recursos, tais como: exame clínico, mamografia, ultrassonografia, entre outros, bem como o autoexame de mama, realizado pela própria mulher. Apesar do autoexame ser uma conduta de fácil realização pelas mulheres por ser indolor e sem custos, acredita-se que estas desconhecem sua prática e seu significado. Objetivo: O presente estudo objetivou identificar a prática do autoexame em mulheres mastectomizadas unilateral; traçar o perfil epidemiológico das mulheres em estudo; Identificar os fatores de risco das mulheres mastectomizadas unilateral; Identificar quantas mulheres mastectomizadas unilateral fazem o autoexame regularmente; identificar quantas mulheres em estudo praticavam o autoexame antes da mastectomia; relacionar a prática do autoexame antes e após a mastectomia. Metodologia: Estudo de caráter descritivo, transversal com estratégia de análise quantitativa, com amostra de 10 mulheres mastectomizadas unilateral pertencentes ao Programa de Assistência à Mulher Mastectomizada - PROAMMA. Os dados de campo foram coletados nos meses de agosto a setembro de 2006, mediante a aplicação de um questionário semi-estruturado, com perguntas objetivas. O estudo seguiu os preceitos éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos. Resultados: O perfil epidemiológico das mulheres em estudo foi composto por: mulheres mastectomizadas unilateral com média de idade de 56,2 anos; detectaram a doença através do toque íntimo; submetidas a mastectomia radical; casadas; não tabagistas; não etilistas e mães. Conclusão: Assim como previsto na literatura, as mulheres apresentaram como principais fatores de risco: idade avançada; antecedente de câncer de mama; primeira gravidez após os 30 anos e presença de câncer de mama na família. Quanto à prática do autoexame antes da mastectomia, 50% (n=5) das mulheres em estudo realizavam o autoexame, entretanto, apenas 60% (n=3) realizavam na frequência correta. As que não realizavam esta prática era por desconhecimento da mesma como técnica de prevenção. Atualmente, 80% (n=8), da amostra realizam o autoexame de mama, constatando-se que elas foram realmente conscientizadas quanto à necessidade de realização deste procedimento, portanto ainda continua uma falha no período correto da realização, pois 37,5% (n=5) continuam realizando apenas quando lembram. Apesar do grande aumento na prática do autoexame, ainda existe um percentual de 20% (n=2) que estão negligenciando o fato de ser uma forte candidata a desenvolver um outro câncer de mama. Podemos concluir que por terem detectado o nódulo em um toque íntimo, mostra que se elas tivessem o hábito de fazer o autoexame, nos períodos corretos, teriam mais intimidade com seu próprio corpo e teriam mais chances de descobrirem o nódulo mais cedo ainda. Palavras-chave: Câncer de mama. Mastectomia. Fisioterapia. autoexame. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 68 PREVALÊNCIA DE ALGIAS NA COLUNA EM ADOLESCENTES UNIVERSITÁRIOS M arcelo de A lmeida P inheiro L ima Cr isti ano T eles de Sousa Introdução: No Brasil e no mundo, 80% das pessoas já sofreu ou ainda vai sofrer de dores nas costas. Aproximadamente, 60% dessas dores são de causas musculares, em geral por retrações dos músculos devido à má postura, esforço físico indiscriminado e movimentos repetitivos feitos de maneira errônea. O adolescente é alvo de poucas pesquisas sobre dores na coluna vertebral, em consequência disto que surgiu a intenção desta pesquisa. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de algias na coluna em adolescentes universitários de uma faculdade particular da cidade de Fortaleza. Metodologia: O processo metodológico constou de um estudo quantitativo de caráter exploratório, transversal e descritivo. Os dados foram obtidos através de um questionário estruturado contendo perguntas objetivas e colhidos em pesquisa de campo no período de agosto a outubro de 2007. A amostra da pesquisa foi composta por 169 universitários, sendo 68,64% (n= 116) do sexo feminino e 31,36% (n= 53) do sexo masculino. Resultados: A incidência de dores na coluna foi de 68,04% (n= 115); quanto ao tempo de manifestação das dores 67,83% (n= 78) relataram o aparecimento dos processos álgicos no período de até 1 ano, 13,03% (n= 15) referiram dores de leve intensidade, 83,49% (n = 96) de moderada intensidade e 3,48% (n= 4) referiram sentir intensas dores; 81,06% (n= 137) dos pesquisados passam a maior parte do seu dia sentados; 70,42% (n= 119) consideraram de qualidade ruim ou péssima as carteiras escolares; 73,61% (n= 53) dos praticantes de academia como modalidade de atividade física referiram sentir dores nas costas; 69,56% (n= 80) consideraram a postura sentada como sendo aquela em que as dores se manifestavam com maior frequência; 53,23% (n= 74) referiram dores no segmento lombar da coluna, 28,78% (n= 40) de manifestações álgicas na coluna cervical e 17,99% (n= 25) referiram dores na coluna torácica. Conclusão: Conclui-se que a maioria dos alunos pesquisados apresentou dores na coluna podendo estar relacionadas com a deficiente ergonomia em seus postos de trabalho e à prática desorientada de atividade física. Sugere-se um estudo mais amplo e direcionado para a casuística das referidas dores. Palavras-chave: Dor. Coluna Vertebral. Adolescente. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 69 PROFESSOR DE JUDÔ NO CEARÁ: ABORDAGEM DESTE ESPORTE ENTRE LEIGOS E PROFESSORES GRADUADOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA Jean Silva C avalcante Giselle Notini A rcanjo Introdução: O Judô, nobre arte do Japão criada por mestre Jigoro-Kano sendo este pedagogo por formação, foi divulgado e implantado por seus alunos em todos os continentes. Nos dias atuais se tornou fonte de estudos científicos mais aprofundados em diversas áreas como Psicomotricidade, Primeiros Socorros, Biomecânica, Fisiologia do Exercício, além das lesões focadas na Fisioterapia. Objetivos: Identificar o nível de conhecimento dos professores de Judô do estado do Ceará sobre Psicomotricidade, Primeiros Socorros, Biomecânica, Fisiologia do Exercício, além das Lesões deste Esporte, as quais são vertentes básicas que o qualificam como um profissional apto a prestar um atendimento qualificado. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa descritiva, analítica, quantitativa no qual foi aplicado um questionário composto por vinte perguntas objetivas realizado com dezesseis (16) professores de Judô pertencentes à Federação Cearense desta modalidade. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2007 durante uma reunião técnica. Foram incluídos todos os professores presentes nesta reunião. Resultados: Dos quesitos relacionados à Psicomotricidade, 18,5% dos leigos responderam que conheciam técnicas relacionadas a esta área de conhecimento, já 33,3% dos universitários de Educação Física apontam ter este conhecimento e 83,3% dos graduados em Educação Física tinham conhecimento específico quanto à Psicomotricidade. 85,7% dos leigos afirmaram ter formação em primeiros socorros, contrapondo com 60% dos universitários em Educação Física, enquanto 100% dos graduados em Educação Física referiram ter a formação. Relacionado à Fisiologia do Exercício, 27,7% dos leigos, apresentaram conhecimento sobre o assunto, no entanto os universitários e graduados em Educação Física apresentam, respectivamente 80% e 75%. Os leigos entrevistados na pesquisa mostram um saber de 15% relacionado à Biomecânica, enquanto 32% dos universitários de Educação Física e os graduados em Educação Física tinham conhecimento equivalente a 40%. Em relação às lesões osteoarticulares 67% dos leigos referiram ter conhecimento na identificação das lesões, enquanto somente 40% dos universitários de Educação Física e 50% dos graduados referiram ter tal habilidade. Conclusão: Os resultados demonstraram que os professores de Judô leigos são menos habilitados para exercerem tal função por desconhecimento de técnicas específicas pertinentes às áreas imprescindíveis para a formação do judoca. Os resultados demonstraram também que os professores de Judô graduados em Educação Física são os mais habilitados para prestar melhor atendimento. Palavras-chaves: Educação física. Judô. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 70 USO DA ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO: Um estudo bibliográfico A lessandr a B.M. B atista K at yane M ir i an Paiva T elma R enata D os S antos L eil a Beuttenmuller C leoneide Oliveir a Introdução: Os distúrbios do assoalho pélvico (DAP) são representados por alterações no sistema uro ginecológico, anorretocólico e obstétrico, podendo influir significativamente na qualidade de vida. A eletroestimulação é um recurso fisioterapêutico para o tratamento das DAP que possibilita o reconhecimento e recrutamento muscular; acelera o processo de recuperação e promove a inibição à dor. Objetivo: A pesquisa teve por objetivo verificar, através da literatura, diretrizes de tratamento para os distúrbios do assoalho pélvico pela eletroterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico das publicações atualizadas para o tratamento da incontinência urinária e anal, constipação e dor pélvica pela estimulação elétrica. Resultados: Observou-se que a utilização deste recurso fisioterapêutico nas DAP são frequentes e de resultados satisfatórios, porém há uma divergências de autores quanto ao tipo de corrente, frequência, largura de pulso, intensidade e número de sessões. Conclusão: A eletro estimulação é um método eficaz no tratamento das DAP quando existe o impulso nervoso, porém há divergência na aplicação da terapia e faltam estudos com resultados a longo prazo, necessitando assim de mais estudos e publicações já que a literatura ainda deixa a desejar. Palavras-chaves: Fisioterapia. IUE. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 71 VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA X PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA F r ancisco Humberto C osta F ilho C arlos H enr ique L opes C ampos e R eis L eonardo L obo S ar aiva B arros M ar i a do Socorro Quintino de Far i as Vasco P inheiro Diógenes B astos Introdução: A Ventilação não invasiva envolve aplicação de pressão positiva intermitente para as vias aéreas. Muito comumente, os modos de pressão positiva têm sido utilizados em pacientes com falência respiratória e em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Este trabalho teve como Objetivo: Verificar a utilização da ventilação não-invasiva em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital da rede privada do município de Fortaleza, e com os específicos: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes que são submetidos à ventilação não-invasiva no pós-operatório de cirurgias cardíacas no hospital de estudo; Detectar os benefícios do uso da ventilação não-invasiva no pós-operatório de cirurgias cardíacas em um hospital da rede privada; Detectar o tempo de permanência de utilização da ventilação não-invasiva em pacientes no pós-operatório de cirurgias cardíacas na unidade de terapia intensiva em um hospital do município de Fortaleza; Verificar o tipo de interface mais utilizado em pacientes na unidade de terapia intensiva no pós-operatório de cirurgias cardíacas no hospital em estudo. Metodologia: Estudo de caráter descritivo, documental e longitudinal com estratégia de análise quantitativa dos resultados apresentados realizado no período de Setembro a Outubro de 2007 no hospital em estudo. Foram incluídos os prontuários dos pacientes do sexo masculino e feminino que tenham sido submetidos a cirurgia cardíaca e venham a fazer uso da ventilação não-invasiva na unidade intensiva. A amostra do estudo foi composta de cinco pacientes que haviam sido submetidos a cirurgia, a maior incidência dos pacientes com permanência em ventilação mecânica não-invasiva foi do 1º ao 3º pós-operatório (80%), sendo utilizado o modo de ventilação (CPAP). Resultados: Quando verificado o tipo de interface utilizada em nosso estudo detectamos que a máscara facial foi utilizada em 80% casos, o tempo de permanência por cada aplicação da VNI variou de 25 minutos em 20% (n=1), 30 minutos 20% (n=1) e 20% (n=1) ficou 60 minutos utilizando três vezes ao dia, porém foi evidenciado que a utilização por 30 minutos foi ainda feita em 40% (n=2) duas vezes ao dia. Pode-se concluir que a VNI vem se tornando um método terapêutico bem utilizado após extubação de cirurgia cardíaca. Conclusão: Entretanto o sucesso da VNI esta diretamente relacionado a tolerância e a colaboração do paciente, sendo o fisioterapeuta o profissional responsável pelo seu manuseio, devendo respeitar as limitações e contraindicações para o seu uso. Palavras-chaves: Fisioterapia. Ventilação mecânica. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(6) abr/jun. 2008. Edição Especial 72 Rua Eliseu Uchoa Becco, 600 – Água Fria CEP: 60810-270 / Fortaleza-Ce Fone: (85) 40092600 www.fic.br