Efeito protetor da 8-metoxipsoraleína contra os efeitos letais da luz

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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palavras-chave: Staphylococcus aureus,
8-metoxipsoraleina, UV curta, fotoproteção
Lira, RC1; Barreto, HM2; Siqueira-Júnior, JP1
1
Lab. Genética de Microrganismos, Deptº Biologia Molecular/CCEN, Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa, PB); 2Lab.
Microbiologia, Universidade Potiguar (Natal, RN).
Efeito protetor da 8-metoxipsoraleína
contra os efeitos letais da luz ultravioleta
curta em Staphylococcus aureus
Furocumarinas (FC) são compostos tricíclicos, naturais ou sintéticos, formados pela fusão de um
anel furano com a cumarina (1,2-benzopirona) e representam uma importante classe de compostos
fotoativos. As FC, na presença de luz ultravioleta longa (~365 nm), causam efeitos letais,
mutagênicos e recombinogênicos em vários sistemas celulares devido a sua fotorreatividade com
o DNA. Na verdade, as marcantes propriedades fotobiológicas das FC vão além de sua capacidade
fotossensibilizante. No presente trabalho, relata-se o efeito protetor da 8-metoxipsoraleína (8-MOP)
contra os danos letais da ultravioleta curta (UVC; ~254 nm) em linhagens de Staphylococcus aureus
deficientes e proficientes em sistema de reparo. Suspensões bacterianas (108/ml, em salina) pré-tratadas
ou não com 8-MOP (0,115 mM) foram submetidas a doses crescentes de UVC (Mineralight UV
Lamp). Após cada dose, alíquotas convenientemente diluídas foram semeadas em agar nutriente e,
após incubação por 18-24 h, as colônias foram contadas e a sobrevivência calculada. As curvas de
sobrevivência obtidas evidenciaram, para todas as linhagens, uma redução no efeito letal da UVC
na presença da 8-MOP, o que pode ser atribuído à inibição na formação de dímeros de pirimidina,
em um processo envolvendo transferência de energia para a 8-MOP. O nível de proteção foi maior
na linhagem proficiente em reparo, indicando que apesar do efeito protetor um certo número de
lesões letais são produzidas, as quais seriam reparadas com maior eficiência nesta linhagem do que
nas deficientes em reparo. Como o experimento foi realizado na presença de ar, é possível que tais
lesões, ou algumas delas, sejam decorrentes da transferência de energia de moléculas de 8-MOP
excitadas – efeito fotodinâmico. Realmente, quando azida de sódio, um excelente seqüestrador
de oxigênio singlet (1O2), foi adicionado na suspensão bacteriana (0,01M) imediatamente antes da
irradiação com UVC, verificou-se uma proteção adicional. É realmente provocativa a idéia de que
uma mesma molécula de 8-MOP seja capaz de participar tanto de proteção quanto de injuria.
Apoio financeiro: CNPq.
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