culturas de vigilância em pacientes da unidade de terapia

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CULTURAS DE VIGILÂNCIA EM PACIENTES DA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE RONDÔNIA
OLIVEIRA, J. C.1; CAMPOS JUNIOR, F. F.2.
1
Acadêmica do 8º período do curso de Biomedicina da Faculdade de Educação e Cultura de
Vilhena – FAEV, Vilhena – RO.
2
Docente do curso de Biomedicina da Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena– FAEV,
Vilhena – RO.
As infecções hospitalares (IH), atualmente denominadas Infecções Relacionadas à Assistência à
Saúde (IRAS), apresentam um amplo problema nos estabelecimentos de saúde, sendo que,
anualmente, de 4% a 10% dos pacientes hospitalizados adquirem uma infecção. As culturas de
vigilância são de suma importância para a prevenção dessas infecções, pois identificam desde a
entrada do paciente ao hospital quais os possíveis microrganismos capazes de se disseminarem e
causarem patologias graves. Os microrganismos mais pesquisados são as chamadas Bactérias
Multirresistentes (BMR), que normalmente estão presentes no ambiente hospitalar devido à alta
utilização de antimicrobianos neste cenário. A ocorrência de BMR em IRAS representa um
problema de saúde pública, particularmente no seu diagnóstico, controle da transmissão e
tratamento adequado. A presente pesquisa teve como objetivo identificar os principais
microrganismos causadores de IRAS, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de
Rondônia, através de culturas de vigilância. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê
de Ética e Pesquisa do hospital sendo que os pacientes e/ou familiares preencheram e
autorizaram a pesquisa pelo instrumento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Realizou-se uma busca ativa em 06 pacientes da UTI do hospital, durante o mês de outubro de
2014, em sítios anatômicos específicos (nasofaringe, axilas direita e esquerda e região perianal),
seguindo as normas de coleta para culturas de vigilância da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Identificou-se, pelas técnicas microbiológicas convencionais, os
microrganismos isolados nos pacientes, verificou-se o perfil de suscetibilidade aos
antimicrobianos de cada patógeno isolado e a detecção dos fenótipos de resistência
Betalactamase de Espectro Ampliado (ESBL), Macrolídeos, Lincosamidas, Estreptogramina B
(MLSB), Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), Staphylococcus aureus
intermediário à vancomicina (VISA) e Enterococo resistente à vancomicina (VRE). As técnicas
para identificação dos fenótipos de resistência foram realizadas mediante a disco-aproximação
dos antibiótico, com base no documento do Clinical and Laboratory Standards Institute (CSLI)
M100-S24/2014. Para detecção de ESBL utilizou-se os antibióticos Amoxicilina/Ácido
Clavulânico, Cefoxitina, Cefepime, Ceftazidima e Aztreonam. Para a detecção de MLSB
utilizou-se os antibióticos Eritromicina e Clindamicina. Os microrganismos isolados nesse
estudo foram Staphylococcus coagulase-negativa (40%), Klebsiella pneumoniae (30%),
Staphylococcus aureus (20%), Enterococcus faecalis (2,5%), Klebsiella osaenae (2,5%),
Enterobacter aerogenes (2,5%) e Streptococcus do grupo D (2,5%). No total de amostras
isoladas de enterobactérias 36% apresentaram o fenótipo de resistência ESBL, dentre os
Staphylococcus coagulase-negativa 16,66% apresentaram o fenótipo de resistência MLSB e em
relação ao Staphylococcus aureus 50% apresentaram o fenótipo de resistência MRSA. Os
demais fenótipos de resistência pesquisados não foram isolados. Em relação aos sítios
anatômicos, as bactérias mais isoladas na nasofaringe foram Staphylococcus coagulase-negativa
(57,14%) e Klebsiella pneumoniae (28,57%), nas axilas (direita e esquerda) também identificouse a predominância de Staphylococcus coagulase-negativa (47,05%) seguido por
Staphylococcus aureus (29,41%), enquanto que na região perianal, a Klebsiella pneumoniae
(66,66%) foi a bactéria mais prevalente. Todos esses dados, reforçam ainda mais a necessidade
de controle de IRAS (por meio das culturas de vigilância), uma vez que estas bactérias estão
relacionadas a inúmeras infecções graves, o que agrava ainda mais o quadro clínico dos
pacientes internados e a permanência destes na UTI.
Palavras-Chave: Infecções Bacterianas. Bactérias Multirresistentes. Cultura de Vigilância.
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