ESTUDO DA VARIAÇÃO DA CAPACITÂNCIA DE CAPACITORES COMERCIAIS Carolina R. Ramos Pinto1, Rafael H. Mota de Siqueira2,4, Jose R. A. Guede3, José O. Rossi4 1 UNIVAP/FEAU, São José dos Campos – SP, [email protected] UNESP/Dep. Materiais e Tecnologia, Guaratinguetá – SP, [email protected] 3 UNIVAP/FEAU, São José dos Campos – SP, [email protected] 4 INPE/Lab. Associado de Plasma, São José dos Campos – SP, [email protected] 2 Resumo – Neste trabalho, pretende-se mostrar que a capacitância de capacitores comerciais com dielétricos são dependentes da tensão aplicada e da taxa de repetição de carga e descarga. Os estudos destas propriedades são de vital importância para o uso de capacitores cerâmicos em sistemas de armazenamento de alta energia e nas aplicações não-lineares de redes LC para a geração de RF. Para isto, são propostos dois circuitos para medição da capacitância em condições estáticas (variação da tensão aplicada DC) ou dinâmicas (variação da frequência de carga e descarga do capacitor). Por último, alguns resultados experimentais são mostrados neste artigo para ilustrar o estudo destas propriedades dos materiais dielétricos cerâmicos. Palavras-chave: Constante dielétrica; Capacitor; Materiais cerâmicos Área do Conhecimento: Engenharia Elétrica; Propriedades de Materiais Elétricos Introdução A idéia de medir a capacitância de capacitores comerciais em função da tensão aplicada está relacionada com duas aplicações básicas em engenharia de potência pulsada: redes LC formadoras de pulso e redes LC não-lineares. Na primeira aplicação, deseja-se produzir pulsos retangulares para alimentar cargas lineares numa certa taxa de repetição de pulso como na alimentação de tubos para RF (klystrons ou magnetrons). Neste caso, a linha LC formadora de pulso casada a carga de saída é descarregada para a produção do pulso com formato retangular. E como a impedância característica da linha e o tempo de propagação são dados respectivamente por L / C e n× LC (onde n é o número de células LC) é óbvio que a dependência da capacitância com a tensão ou a freqüência de repetição implicaria na distorção do pulso de saída. Por outro lado, na segunda aplicação há um grande interesse em explorar este efeito não-linear (WILSON et. al., 1991 – SMITH, 2002). Por exemplo, em circuitos de compressão de pulso para a produção de pulsos extremamente rápidos (normalmente na faixa de ns) a variação de C com V leva a uma redução do tempo de subida do pulso na saída, uma vez que a velocidade de propagação é inversamente proporcional a raiz quadrada de LC, isto é LC(V ) . Para um pulso se obter um pulso de saída mais rápido a partir de um pulso mais lento injetado na entrada de uma rede LC. Circuitos de compressão operam normalmente em modo disparo único ou com baixa taxa de repetição (algumas dezenas de Hz), porém com o aumento da freqüência espera-se uma redução do valor da capacitância em função do aumento de temperatura e de perdas do dielétrico. Para aplicações lineares, geralmente utilizam-se capacitores contendo dielétricos de mica ou plásticos (poliéster, polipropileno, etc) que são mais estáveis em termos de capacitância (STRYDOM et. al., 1999). Já para aplicações nãolineares capacitores cerâmicos são mais usados porque cerâmicas a base de titanato de bário ou estrôncio deixam de ser materiais ferroelétricos lineares acima da Temperatura de Courier (sendo conhecidos nesta fase como paraelétricos). O objetivo desta proposta é o de medir a capacitância de diversos capacitores comerciais em função da tensão aplicada ou da frequência de repetição de pulso com a finalidade de estudar melhor a aplicabilidade destes dispositivos tanto em circuitos lineares como não-lineares. Metodologia Para os estudos foram comprados três capacitores cerâmicos de diferentes fabricantes, segue abaixo os valores comerciais dos componentes na Tab. 1. propagando nesta rede não-linear, o pico de tensão chega à saída antes que as partes iniciais de mais baixa amplitude do pulso, comprimindo o mesmo através da redução do seu tempo de subida. Portanto, esta é uma excelente maneira de XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 Tabela 1 - Características e dimensões dos capacitores utilizados. Capacitores Voltagem (kV) Fabricante 1 Fabricante 2 Fabricante 3 Capacitância (nF) Diâmetro (mm) Espessura (mm) 3,0 2,0 15 1,5 2,0 10 12 1,0 1,0 4,7 7,5 0,5 Na segunda aplicação, onde se deve medir a dependência de C com a taxa de repetição numa determinada tensão de carga V. Neste caso, uma fonte DC carrega o dispositivo sob teste (C2) via resistores R1 e R2 e a chave de estado sólido IGBT descarrega o capacitor em cada ciclo de repetição como mostrado na Fig. 2. R1 2Meg L1 0.1uH L3 0.1uH L2 0.1uH + Primeiramente foram executados os testes elétricos para a medição das capacitâncias. Os testes foram feitos em duas partes, no circuito 1 pretende-se medir a capacitância (C) variando a tensão DC aplicada V entre os terminais do capacitor, já no circuito 2 aspira-se obter valores para a capacitância (C) com a freqüência de repetição de pulso numa determinada tensão de carga V. Na execução do circuito 1 foi utilizada uma fonte DC de alta tensão (AT), que polariza o capacitor sob teste. Para isolar o potencial de AT da fonte DC, foi colocada uma ponte em série com capacitores lineares de 1µF-400 V. Portanto com a ponte obteve-se um valor final para C2=200 nF , o que é uma alta capacitância para proteger a entrada do capacímetro, já os dois resistores de 10 MΩ são utilizados para carga e descarga de ambos capacitores conforme a Fig. 1. Com o mesmo circuito foram executados os ensaios com os três capacitores cerâmicos não lineares (C1). C2 R1 10M + Vs1 1200v R2 10M C1 - Figura 1 - circuito utilizado para o primeiro teste. R2 Vs1 800V - 100k R3 1 C2 1nF V1 0/15V 100 Hz R5 47 Q1 IRGB420U D3 1N5248B D2 1N4007 R4 1 C1 10nF D1 1N4007 Figura 2 - Circuito utilizado para o segundo teste. Para a implementação do circuito 2 foi utilizado uma fonte DC de alta tensão 1000 V, cinco resistores (R1=2 MΩ; R2=100 kΩ; R3=47 Ω; R4=1 Ω; R5=1 Ω), dois capacitores, C2=1 nF e o capacitor sob teste C1 do Fabricante 2 de 10 nF. Na saída do gerador de pulsos (5 V – 100 Hz) foram conectados um diodo zenner (1N5248B) e um diodo (1N4007) na base do transistor IGBT (IRGB42OU) para proteger a saída do gerador de pulsos de baixa tensão. Para a proteção do transistor contra transientes, um circuito snubber do tipo RCD foi colocado entre coletor e emissor. Para efeito de comparação com resultados experimentais, foi feita uma simulação num simulador SPICE para verificar a tensão de carga e descarga no capacitor sob teste. O programa SPICE utilizado foi o circuitMaker2000 o circuitMaker é um software (simulador) relativamente fácil de usar,com interface gráfica para captura de diagramas esquemáticos de eletrônica e uma ferramenta de simulação. A forma de onda de voltagem do capacitor obtida na simulação, com tensão DC da ordem de 800V e com taxa de repetição de 100 Hz, encontra-se mostrada na Fig. 3 abaixo. As curvas das constantes dielétricas relativas foram obtidas na prática. Através da fórmula da capacitância C = (ε A)/d (BARSOUM, 2003) , onde C é o valor das capacitância medida para C1 na Fig.1 e A e d são respectivamente a área transversal e a espessura da cerâmica dielétrica dos capacitores, encontra-se ε, que é a constante dielétrica do material. Com ε e com o auxílio da equação da constante dielétrica relativa k = ε/ ε0 (BARSOUM, 2003) onde ε0 é a constante dielétrica -12 F/m)), determina-se as no vácuo (8,85 X 10 constantes dielétricas relativas da cerâmica. XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 2 Figura 3 – Simulação SPICE da tensão do capacitor C1 sob teste em condições dinâmicas. Analisando a forma de onda da tensão do capacitor, pode-se calcular a capacitância de C1 tanto na carga como na descarga. Fazendo-se uma aproximação linear durante o tempo de carga do capacitor, pode-se calcular a capacitância na carga em função da variação da tensão nos terminais do capacitor ∆V e do tempo de carga tC como: Cc (V , t ) ≈ VDC t c ∆VRc (1) onde VDC é a tensão DC da fonte e Rc=R1 é o resistor de carga (STRYDOM et. al., 1999). Por outro lado, a capacitância na descarga, pode ser calculada pelo decréscimo exponencial da voltagem do capacitor ∆V durante o tempo de descarga td como: C d (V , t ) ≅ td R d ln( ∆ V ) (2) onde Rd=R2 é o resistor de descarga (STRYDOM et. al., 1999). Se calcularmos as capacitâncias levando em consideração as características da Fig. 3 usando (1) & (2), temos respectivamente uma capacitância de carga da ordem de 13 nF e uma capacitância de descarga da ordem de 10 nF, como esperado neste último caso, uma vez que a capacitância C1 é fixa na simulação. Para o primeiro caso, no caso da carga, a discrepância maior do valor calculado deve-se ao fato de que a Eq. (1) é uma aproximação matemática bastante grosseira. Já no caso de (2), a aproximação é muito mais precisa. Usando osciloscópio e um termopar Tipo K (Cromel / Alumel) engastado no corpo do capacitor sob teste, obtém-se respectivamente as constantes de tempo para a carga e descarga RC, a partir da forma de onda de tensão do capacitor, e a temperatura do componente a fim de determinar o efeito das condições dinâmicas em freqüência na capacitância do componente. Caso a operação em frequência do componente aumente a temperatura do dielétrico do capacitor, a forma de onda de carga & descarga RC da voltagem do capacitor irá se alterar, indicando que houve variação da capacitância do dispositivo e, por conseguinte, da constante dielétrica do material dielétrico do componente. Por último foi realizado uma microanálise da composição química do dielétrico dos três fabricantes, no microscópio eletrônico de varredura (MEV - Jeol modelo JSM 5310) equipado com detectores de energia dispersiva de raios X (EDS). A preparação dos capacitores para a análise em EDS consistiu em seccioná-los nos diâmetros médios e lixados em lixas de carbeto de silício, partindo de uma lixa com granulação grossa para uma fina. Após o lixamento, as amostras foram limpas em banho ultrassônico com álcool isopropílico por 15 minutos. Resultados & Discussões Nos testes da Fig.1, obteve-se a curva da capacitância versus a tensão (C×V) em linha sólida para cada capacitor da Tab. 1, conforme os resultados das Figs. 4, 5 & 6. Usando as dimensões de cada capacitor dadas na Tab. 1, calcula-se a correspondente constante dielétrica ε para cada tensão aplicada e a correspondente constante dielétrica k relativa a partir de ε/ε0, onde as correspondentes curvas C×ε para os mesmos capacitores são mostradas pelas curvas tracejadas nas Figs. 4, 5 & 6. Observe que as formas das curvas C×ε são bastante similares às de C×V como esperado. A partir disto, pode-se analisar o comportamento de cada componente com a variação da tensão aplicada. Normalmente, para capacitores com dielétricos cerâmicos espera-se uma diminuição da capacitância com o aumento da tensão, conforme ilustrado pelo gráfico da Fig. 6 para o capacitor do fabricante 3, em função da saturação do alinhamento dos dipolos a partir de um determinado valor de campo elétrico. Dependendo do composto cerâmico do dielétrico, às vezes ocorre um aumento da capacitância no início para valores maiores de tensão, tendo em vista que os dipolos apresentam um comportamento linear em baixa tensão. Assim que ocorre um alinhamento total, ocorre a saturação e C decai com a tensão aplicada. Este efeito é claramente mostrado pelo capacitor do fabricante 2 na Fig. 5. Entretanto, no caso da Fig. 4, observamos apenas o aumento da capacitância em função da tensão, pois a tensão máxima do componente do fabricante 1 é de 3 kV e a máxima tensão aplicada foi aproximadamente de 1 kV por limitação da fonte de tensão DC, impedindo uma medida completa do componente em sua inteira utilização. Portanto, nesta situação ocorreu apenas o alinhamento inicial dos dipolos do dielétrico em sua faixa linear não atingindo o ponto de saturação. XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 3 Figura 4 - Capacitância versos tensão e constante dielétrica fabricante 1. Figura 5 - Capacitância versos tensão e constante dielétrica fabricante 2. Figura 6 - Capacitância versos tensão e constante dielétrica fabricante 3. Quanto aos testes dinâmicos da Fig. 2, observou-se a seguinte forma de onda da tensão, ilustrada na Fig. 7, para o capacitor do fabricante 2 de 10 nF-2 kV com as mesmas condições da simulação (tensão da fonte da ordem de 800 V com taxa de repetição de 100 Hz). Esta tensão foi armazenada num osciloscópio digital Tektronix de 100 MHz e transferida para um PC. Observe que há uma boa concordância da curva da Fig. 7 com o resultado da simulação SPICE na Fig. 3. Após um determinado tempo de 30 minutos, verificou-se no osciloscópio que não havia alteração das formas de ondas de carga & descarga RC, indicando que não houve variação da capacitância ou da constante dielétrica. Isto foi confirmado pela medida de temperatura, dada pelo termopar ligado ao corpo do componente, que permaneceu inalterada na faixa de 20°C. Uma das razões para esta estabilização da temperatura do dielétrico com o capacitor em operação está ligada à baixa taxa de repetição e a elevada tensão nominal do capacitor que é muito superior ao pico de carga da ordem de 130 V. Figura 7. Tensão de carga & descarga do capacitor do fabricante 2 sob teste em freqüência. As análises de EDS das Figs. 8, 9 & 10 forneceram espectros da composição química das cerâmicas dielétricas para os respectivos capacitores dos fabricantes 1, 2 & 3. O dielétrico do Fabricante 1 (Fig. 8) é composto de carbono (C), titânio (Ti), estrôncio (Sr), chumbo (Pb), cálcio (Ca) e bário (Ba) e os dielétricos dos Fabricantes 2 (Fig. 9) e 3 (Fig. 10) são compostos de titânio (Ti), estrôncio (Sr), cálcio (Ca) e bário (Ba). A partir dos resultados de EDS estima-se que os dielétricos possam ser de titanato de bário (BaTiO3), ou titanato de estrôncio (SrTiO) e ou um compósito de titanato de bário e estrôncio (BaxSr1-xTiO3). Como as cerâmicas estudadas apresentaram constantes dielétricas extremamente elevadas, pode-se inferir que se trata de um dos compostos acima citados. Esta propriedade apresentada pelas cerâmicas comerciais as torna especialmente úteis para algumas aplicações em capacitores (CALLISTER, 2000). O elemento chumbo (Pb) encontrado no dielétrico do Fabricante 1, na forma de óxido de chumbo (litargírio – PbO), melhora as propriedades XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 4 dielétricas do bário (ICZ, 2009). Já os elementos carbono (C), encontrado na cerâmica do Fabricante 1, e cálcio (Ca), encontrado no dielétrico nos três fabricantes, são impurezas presentes nos óxidos. Figura 8 - EDS da cerâmica dielétrica do capacitor do Fabricante 1. Figura 9 - EDS da cerâmica dielétrica do capacitor do Fabricante 2. Os resultados mostraram que sob condições estáticas há um decréscimo da constante dielétrica de capacitores cerâmicos com o incremento da tensão (CxV). Estes resultados são de suma importância no projeto de circuitos que utilizam tais tipos de capacitores, nos quais não se espera que haja variação da capacitância com a tensão aplicada. Já para aplicações não-lineares, estes dados podem contribuir para o projeto de redes LC que utilizam tais capacitores nãolineares, uma vez que para cada capacitor a curva CxV pode ser traçada. Já os testes sob condições dinâmicas, os resultados ainda não foram conclusivos, já que não houve aumento da temperatura do dielétrico por causa da baixa taxa de repetição. Além disto, sabemos que com o aumento da temperatura materiais dielétricos cerâmicos tem sua constante dielétrica bastante aumentada até a temperatura de Curie, cujo ponto além do qual ocorre um decréscimo grande da constante com sucessivo incremento da temperatura. Portanto, para o futuro já se está planejando aumentar a freqüência dos testes dinâmicos para verificar esta dependência da constante dielétrica com a temperatura. Para isto, no circuito de testes da Fig. 2, os resistores de carga e descarga devem ser redimensionados para valores menores, porém com maior potência de dissipação. Quanto à composição química dos dielétricos analisados verifica-se que ela é basicamente a mesma (Ti, O, Ba, Sr) para todos os três componentes e que estas cerâmicas apresentam constantes dielétricas elevadas, sendo ideal para a manufatura de capacitores. A adição de alguns elementos a composição básica dos dielétricos, como o chumbo (Pb) do Fabricante 1, são individualidades de cada fabricante conferindo características próprias ao produto. Agradecimentos Agradecemos ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – Centro de Tecnologias Especiais (CTE)/Laboratório Associado de Plasma (LAP), ao Ministério de Ciências e Tecnologia (MCT) e a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP). Referências Figura 10 - EDS da cerâmica dielétrica do capacitor do Fabricante 3. - WILSON, C.R.; TURNER, M.M.; and SMITH, P.W. “Pulse Sharpening in a Uniform LC Ladder Network Containing Nonlinear Ferroelectric Capacitors,” IEEE Trans. Electron Dev., vol. 38, 1991, pp. 767- 771. Conclusões XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 5 - SMITH, P.W. Transient Electronics – Pulsed Circuit Technology, West Sussex, England: John Wiley & Sons, 2002, pp. 245-249. - STRYDOM, J.T.; VAN WYK, J.D.; and FERREIRA, J.A. “Capacitor Measurements for Power Electronic Applications,” in Proc. of the IEEE Industry Applications Conference, 1999, pp. 2435- 2440. - BARSOUM, M.W. Fundamentals of ceramics. 2. ed. Philadelphia: IOP, 2003. 603 p. - CALLISTER, W.D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. 589 p. - ICZ (Instituto de metais não ferrosos). Disponível em: <http://www.icz.org.br/chumbo-industria.php>. Acesso em 03 de setembro 2009. XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 6