1 - mineralogia

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Propriedades Físicas dos Minerais
Mineralogia
Propriedades Físicas dos Minerais
Marcelo Lopes Batista
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Propriedades Físicas dos Minerais
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PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
Propriedades físicas são propriedades inerentes à matéria, portanto, todos os minerais as
possuem em maior ou menor magnitude.
A descrição das propriedades físicas dos minerais permite a classificação e identificação dos
minerais.
Algumas propriedades básicas, são diagnósticas na identificação do mineral.
As mais importantes são: brilho, traço, dureza, clivagem e hábitos ou agregados
cristalinos. Outras são: cor, densidade, fusibilidade, tenacidade, etc.
Além disso, os tipos de ambientes geológicos, em que tipos de rocha, as associações
mineralógicas e sob quais condições físico-químicas os diferentes minerais são formados e encontrados
permitem uma identificação segura da espécie mineral.
BRILHO
BRILHO: é a descrição de como a luz é refletida na superfície de um mineral; é a relação entre
a intensidade de luz incidente e a intensidade da luz refletida.
Os dois tipos principais de brilho são metálicos e não metálico.
Se a intensidade da luz refletida é aproximadamente igual á intensidade da luz incidente o brilho
é metálico, por outro lado, se a intensidade da luz refletida é muito menor que a da luz incidente o
brilho é não metálico, neste caso a maior parte da luz incidente é transmitida através do mineral.
O brilho de um mineral é o aspecto de sua superfície, que pode ser a aparência de metal polido,
ou de metal fosco ou embaçado por oxidação ou pode ter a aparência de vidro, ou ainda parecer
terroso, etc.
Não deve ser confundido o brilho com a cor: um cristal de pirita de cor amarelo metálico tem
um brilho metálico, assim como a galena cinzenta brilhante, a turmalina tem um brilho vítreo, mas sua
cor pode ser verde, azul, vermelha, e de uma grande variedade de tons.
Os diferentes tipos de brilho são:
Metálico: como um metal polido;
Calcopirita
Submetálico: com a aparência de um metal embaçado por intemperismo ou oxidação;
Psilomelana
Não metálico: como um vidro,não se parecendo com um metal, o brilho não metálico é dividido em
vários sub-tipos:
Adamantino: a intensidade da luz transmitida é pouco menor que a intensidade da luz incidente,
ocorre em mineral com alto Índice de Refração. Brilho metálico em minerais transparentes
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Diamante
Resinoso: com o âmbar, não muito vítreo;
Ambar
Vítreo: como vidro; minerais transparentes
Quartzo
Perláceo: iridescente como a madrepérola, visto na face de um mineral com clivagem perfeita
Lepidolita
Graxo: aparência de uma substância coberta de óleo;
Nefelina e cancrinita (amarelo)
Sedoso: aparência de seda, mineral com fibras finas e paralelas,como amianto " crisotila ";
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Crisotila
Fosco: em superfícies claras que não é caracterizada como submetálica;
Anglesita
Terroso, aparência de terra ou barro.
Bauxita
Certos minerais com brilho adamantino ou resinoso, como a esfalerita e o cinábrio,
respectivamente, também, podem ser classificados como brilho metálico ou submetálico. Teve-se ter
cuidado na classificação do brilho que tem um mineral particular. A determinação do brilho é o primeiro
passo na identificação de um mineral.
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DIFANEIDADE
Difaneidade é a descrição de como a luz é transmitida através de um mineral. Os minerais
podem ser opacos, translúcidos e transparentes.
O mineral é opaco quando não se pode ver através do seu interior ( a luz incidente é refletida).
O mineral é translúcido quando se pode ver dentro do mineral, mas não completamente através dele (a
luz incidente é em parte refletida e em parte transmitida). Um mineral que é transparente pode-se
ver através dele (a luz incidente é transmitida através do mineral).
Os minerais opacos não transmitem a luz incidente, independente da sua espessura, já os
minerais translúcidos ou transparentes podem se apresentar opacos em uma amostra em função da
espessura, cor ou inclusões, entretanto, serão transparentes em lâminas delgadas.
Os minerais opacos têm brilho metálico ou sub-metálico.
Os minerais translúcidos e transparente têm brilho não metálico.
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COR
Cor: a cor é o resultado da absorção seletiva de comprimentos de onda da luz pelo mineral.
Minerais são coloridos porque certos comprimentos de onda da luz são absorvidos e outros
refletidos. A cor é o resultado da combinação dos comprimentos de onda que podemos observar.
Alguns minerais mostram cores diferentes ao longo dos diferentes eixos cristalográficos. Isto é
conhecido como pleocroísmo.
O mineral é alocromático quando ocorrem com uma variedade de cores.
Há muitos minerais que têm cores diagnósticas; mas, também, há muitos que possuem uma
variedade de cores, e a mesma cor pode ser vista em várias espécies diferentes.
Um mineral “verde-malaquita” pode não ser malaquita, como um mineral metálico amarelometálico pode não ser pirita. Por isto sempre é uma boa idéia para tentar obter o traço (pó) de
qualquer mineral colorido e comparar com descrições dos traços para os prováveis minerais.
Também é sempre importante considerar o hábito do mineral junto com a cor. Um cristal
prismático verde com uma seção transversal trigonal é mais provável ser uma elbaita do que uma
malaquita. Um cristal maciço amarelo latão é mais provável ser uma calcopirita que uma pirita.
Em geral, a cor nunca dever ser considerada como diagnóstico único. Enquanto a cor pode ser
diagnóstico para uma espécie, para a maioria não o é.
Para alguns minerais, a cor está diretamente relacionadas a um dos elementos principais e pode
ser característica e servir como um meio de identificação. A malaquita sempre é verde (cobre), a
azurita sempre é azul (cobre), e a rodonita sempre é vermelha ou rosa (manganês).
A cor da maioria dos minerais metálicos é constante, como o amarelo-metálico da calcopirita e o
vermelho-cobre da nicolita. Os minerais metálicos também podem alterar ou oxidar (embaçamento). A
oxidação é muito intensa na bornita que é chamada de " minério pavão" por causa das manchas azulpúrpura que desenvolvem-se na superfície.
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JOGO DE CORES
Jogo de cores: é quando o mineral visto de diferentes posições apresenta as cores espectrais
em sua superfície.
Características como opalescência, acatassolamento (chatoyancy), asterismo e
labradorescência são peculiares a um número limitado de espécie, ou variedades de uma espécie.
Opalescência: reflexões leitosas ou nacaradas, como a palavra sugere, se refere a um jogo de
luz igual ao da opala.
Acatassolamento (chatoyancy): é o jogo de luz devido a inclusões fibrosas ou micro cavidades
paralelas a uma direção cristalográfica. A luz reflete ao longo de direções que podem ser retas ou
curvas dando para o mineral um aparência sedosa. Se o mineral for lapidado em cabochão (superfície
polida esférica ou elíptica) a luz transmitida refrata normalmente com direção das inclusões. Esta
característica ocorre em minerais como o “olho de tigre” (crocidolita fibrosa substituída por quartzo) e
“olho de gato” (crisoberilo).
Asterismo: é um tipo de acatassolamento no qual as fibras ou inclusões são organizadas
normais aos eixos cristalográficos, refletindo a luz em um padrão radial que produz um estrela. Ocorre,
mais freqüentemente, em minerais do sistema hexagonal como rubis e safiras, e às vezes em
flogopitas com inclusões de rutilo.
Labradorescência (Schiller): o mineral apresenta uma mudança de cores, com as cores
mudando vagarosamente com a posição, é observado em algumas labradoritas.
Iridescência é a produção de um jogo de cores causada por interferência da luz em filmes
finos de índice de refração diferente do mineral e densidades variadas (o brilho de óleo em água é um
exemplo disto).
A iridescência ocorre sobre a superfície do mineral.
Minerais com brilho metálico, como bornita, calcopirita e hematita são exemplos bons de
minerais que exibem iridescência.
Em minerais com brilho não metálicos são as superfícies de fratura ou de clivagem que
apresentam iridescência como no quartzo e no topázio.
Embaçamentoé a perda do brilho metálico por oxidação ou intemperismo, ocorre em minerais
metálico.
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TRAÇO
Traço é a cor do pó do mineral. É obtido pulverizando o mineral sobre um pedaço de porcelana
branca. A porcelana tem uma dureza entre 7 e 8, assim só pode-se obter o traço de minerais com
dureza < 7. Muitos minerais têm uma cor diferente quando pulverizado do que quando em cristal ou
em formas volumosas. Vários minerais têm o traço mais claro em cor do que o cristal inteiro ou em
pedaços.
O traço é útil na identificação de minerais com brilho metálico e sub-metálico (opacos). Os
minerais de brilho não metálico (translúcidos ou transparentes), normalmente, têm traço branco.
Alguns minerais possuem traços muito distintivos; a hematita, por exemplo, tem um traço marrom
avermelhado, não importa que tipo de brilho ou cor que exiba.
Na identificação dos minerais, sempre é utilizados o traço em combinação com a cor do mineral.
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DUREZA
Dureza: a dureza de um mineral é sua resistência ao cisalhamento, é um termo mineralógico
que denota o quanto resistente é um mineral quando é “arranhado”. Não deve ser confundido com a
resistência ou tenacidade de um mineral (o diamante é o mineral conhecido de maior dureza, mas
parte-se facilmente ao longo de superfícies de clivagem ).
A dureza relativa é usada na identificação comparando a dureza do mineral com outros de
dureza conhecida
Friedrich Mohs, um mineralogista alemão, desenvolveu uma escala de dureza a mais de 100 anos
atrás. O mineral mais duro conhecido, o diamante, foi classificado com o número 10.
A Escala de Dureza Relativa de Mohs é usada na determinação de dureza relativa, e é
comparada com alguns materiais comuns de dureza conhecida:
ESCALA de DUREZA MINERAL ÍNDICE OBJETOS COMUNS
1
Talco
2
Gipssita
3
Calcita
4
Fluorita
5
Apatita
6
Ortoclásio
7
Quartzo
8
Topázio
9
Coríndon
10
Diamante
unha
moeda de cobre
canivete
porcelana
A Dureza Relativa de um mineral é determinada arranhando a superfície do cristal (que não seja
uma face de clivagem) com um mineral ou objeto de dureza conhecida, e vice-versa, arranhando o
mineral ou objeto de dureza conhecida com o mineral testado.
Sempre que possível, o teste deve ser feito de ambos os modos: tentando primeiro arranhar a
amostra, depois, tentando arranhar o mineral ou objeto de dureza conhecida.
Como alguns minerais podem deixar um traço no mineral ou objeto que é arranhado (ou o
mineral ou objeto de dureza conhecido pode deixar um traço na amostra), deve-se limpar o “arranhão”
(risco) verificando-se se realmente é um arranhão ou é um pouco de pó (traço) que pode ser limpado.
Se uma amostra produz um traço de pó no mineral ou objeto que é arranhado, então, a
amostra tem uma dureza menor, reciprocamente, se o mineral ou objeto de dureza conhecida deixa
uma traço na amostra, implica que a amostra tem maior dureza.
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CLIVAGEM
Clivagem é a habilidade de um mineral para quebrar ao longo de planos preferenciais. Se
refere ao modo como alguns minerais quebram ao longo de certos planos de fraqueza relacionadas à
estrutura interna do mineral. Os planos de fraqueza estão relacionados com a sua estrutura atômica.
A clivagem depende da relação geométrica dos átomos constituintes do mineral, como,
também, de suas cargas elétricas e tipo de ligação.
As ligações atômicas podem ser mais fracas em algumas direções do que em outros, assim o
mineral tenderá a quebrar, ou partir, naquela direção.
Como os planos de clivagens estão relacionados com a estrutura interna do cristal, portanto, a
clivagem é uma propriedade penetrativa, vai ocorrer até a cela unitária e sempre será paralela à uma
face do cristal e é característica da espécie mineral.
Os minerais podem ter clivagem em só uma direção, em duas direções, em três ou mais
direções. Os ângulos de clivagem com os quais estes planos se interceptam podem ser distintivos.
A muscovita é um bom exemplo de clivagem perfeita, parte-se em superfícies planas que se
separam em folhas finas.
A calcita é outro exemplo de clivagem perfeita, parte-se ao longo de três planos diferentes que
constituem fragmentos maciços romboédricos.
A galena quebra-se ao longo de três planos que formam ângulos retos entre si, produzindo
cubos como fragmentos.
A clivagem é descrita em termos de qualidade: perfeita, boa, pobre, imperfeita, distinta e
indistinta.
Os minerais que têm a clivagem perfeita, sempre partem-se em um plano determinado;
minerais que têm uma clivagem boa, algumas vezes vão se partir segundo um plano particular, e
outras não.
A clivagem é descrita em termos da facilidade de se produzir uma superfície de clivagem: fácil
ou difícil.
E, também é descrita, pela direção cristalográfica expressa pelos índices de Miller ou nome da
forma: pinacóidal {001}, prismática {110}, octaédrica {111}, etc.
A muscovita tem uma clivagem perfeita em uma direção que é fácil de se produzir; a calcita tem
clivagens perfeita em três direções que, também, são fáceis de se produzir; os feldspatos têm uma
clivagem perfeita em uma direção que é fácil de se produzir e uma clivagem boa em outra direção que
é difícil de se produzir e o diamante tem clivagens perfeita em quatro direções que são fáceis de se
produzir. A esfalerita tem clivagens perfeitas em seis direções, algumas das quais são fáceis de se
produzir e outras difíceis. Conseqüentemente, não se verá todas as seis clivagens na maioria das
amostras do mineral.
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CLIVAGEM PINACÓIDAL
Uma direção de clivagem, quando paralela à base do prisma é chamada de basal.
Clivagem basal na muscovita
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Clivagem basal no topázio
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CLIVAGEM PRISMÁTICA
2 Direções – ângulos = 900
Clivagem prismática (ângulos = 900) em feldspatos
2 Direções - ângulos  900
Clivagem prismática (ângulos  900) em anfibólios
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CÚBICA
3 Direções - ângulos = 900
Clivagem cúbica (ângulos = 900) na galena
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ROMBOÉDRICA
3 Direções - ângulos  900
Clivagem romboédrica (ângulos  900) na calcita
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OCTAÉDRICA
4 Direções
[
Clivagem octaédrica (4 direções) na fluorita
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As direções de clivagem estão referidas às formas cristalográficas e normalmente são
representadas pelos Índices de Miller
Na identificação de minerais é importante determinar se uma amostra tem ou não clivagem,
muitos minerais não possuem clivagem e se quebram sem produzir superfícies planas. Como, também,
se existem mais de um plano de clivagem, o ângulo que estes planos fazem entre si e a qualidade das
clivagens presentes.
Também, é importante determinar qual a forma cristalográfica representada pelas clivagens.
Os ângulos entre os planos de clivagem, normalmente, são obtidos através de estimativa,
Alguns são fáceis de determinação, como na galena com suas três clivagens perfeitas formando
ângulos de 90 graus entre si (clivagem cúbica). Outros podem ser difíceis determinar e podem
requerer medidas angulares.
O goniômetro de contato é utilizado para a medida dos ângulos entre planos de clivagem. É um
transferidor com um braço ajustável que é apoiado ao longo de uma superfície de clivagem enquanto a
base do transferidor é posta na outra superfície.
Em geral, clivagens a 90 graus indicam uma forma cúbica, clivagens a 120 e 60 graus na
mesma amostra indicam uma forma romboédrica, e clivagens com ângulos agudo e obtusos indicam
uma forma prismática como no Grupo dos Anfibólios.
Ângulos quase reto ou ortogonais em minerais prismáticos podem indicar um mineral do Grupo
dos piroxênios, enquanto ângulos mais abertos, aproximadamente 120 graus, podem indicar um
mineral do Grupo dos Anfibólios.
Uma única clivagem a 90 graus com uma face cristalina indica uma forma basal (pinacoidal)
como nas micas
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PARTIÇÃO
Partição: é a habilidade de um mineral para quebrar ao longo de planos predeterminados. Se
refere ao modo como alguns minerais quebram ao longo superfícies relacionadas à planos de menor
resistência estrutural resultados de tensões ou pressões diferenciais atuantes durante a formação do
mineral.
Os cristais geminados, principalmente, os geminados múltiplos, partem-se mais facilmente ao
longo dos planos de composição.
Como as superfícies de partição estão relacionados a diferentes resistências estruturais da
amostra, a partição é uma propriedade não penetrativa, existindo um determinado número de planos
de partição e é característica da amostra não da espécie mineral.
Os três melhores exemplos de partição são: partição basal ou pinacóidal nos piroxênios,
octaédrica na magnetita e romboédrica no coríndon.
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FRATURA
Fratura: se refere a modo como o mineral se rompe, sem que seja uma superfície de clivagem
ou de partição.
É descrita em termos da forma:
Conchoidal: superfícies lisas e curvas com linhas quase concêntricas.
Quartzo
Estilhaçada ou fibrosa: o mineral se rompe em estilhaços ou fibras.
Pirolusita
Serrilhada: superfícies dentadas com bordas cortantes.
Cobre
Irregular ou desigual: superfícies irregulares e rugosas.
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DENSIDADE
Densidade é o "peso específico" de um mineral com relação à água.
É definida como o número que expressa a relação entre o peso do mineral e o peso de um
volume igual de água.
Água tem peso específico igual a 1,0 g/cm3.
A densidade é uma grandeza adimensional.
A densidade depende de:
1) dos tipos de átomos formam o mineral
2) como os átomos empacotados
A distinção entre os minerais que têm alta densidade dos que tem baixa densidade pode ser
feita pela sensação de peso nas mãos.
Os passos para determinar a densidade são:
pese o mineral no ar (Wa)
pese o mineral na água (Ww)
use a equação seguinte:
Wa / (Wa - Ww)
o número resultante é a densidade
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TENACIDADE
Tenacidade se refere à resistência de um mineral de ser quebrando, dobrando, ou deformado,
é uma medida da sua coesão.
Um mineral pode ser quebradiço, quando facilmente se quebra ou é pulverizado; maleável
quando pode ser transformado em folhas ou lâminas por percussão (como cobre ou ouro); dúctil
quando pode ser transformado em fios; séctil, quando pode ser facilmente cortado com uma faca em
aparas; flexível (plástico) quando dobra sem quebrar e ficar curvado; ou elástico, quando o mineral
é dobrando mas retomando sua forma original uma vez que a pressão cessa.
Flexível - cristal curvado de estibinita
A tenacidade é particularmente útil na distinção de alguns minerais metálicos. O ouro é
maleável, e a pirita não é. O ouro, também é séctil, maleável e flexível. A galena é quebradiça,
enquanto a platina é maleável e séctil.
A plasticidade (flexibilidade) e elasticidade podem ser úteis na distinção de minerais que
comumente ocorrem em agregados lamelares ou aciculares. Placas de clorita e finos cristais de crocoita
podem ser dobrados, e permanecem dobrados. Placas de mica dobram e retornam à forma original
terminado o esforço.
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MAGNETISMO
Magnetismo é a propriedade das substâncias de orientarem suas moléculas ou seus dipolos
segundo um campo magnético externo, são classificados como diamagnéticos (orientação contrária à
direção do campo magnético), paramagnéticos (orientação no mesmo sentido do campo magnético) e
ferromagnéticos (orientação no mesmo sentido do campo magnético natural terrestre).
Existem 4 minerais que são ferromagnéticos: magnetita, pirrotita, ilmenita e franklinita.
A magnetita e a pirrotita são atraídas por um imã em seu estado natural.
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FUSIBILIDADE
Fusibilidade é uma medida quantidade calor necessária para fundir um mineral em um glóbulo,
ou pelo menos fundir a extremidade de uma lasca e arredonda-la. Vários minerais são facilmente
fusíveis na chama de uma vela ou isqueiro. Minerais com fusibilidade "1" ou "2", fundem facilmente na
chama de uma vela ou isqueiro em um glóbulo ou suas extremidades arredondam.
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PIEZELETRICIDADE e PIRELETRICIDADE
Piezeletricidade é a propriedade dos minerais polarizarem ou gerarem uma diferença de
potencial (cargas elétricas) quando sofrem uma pressão normal a um dos eixos. Somente os minerais
pertencentes a classes cristalinas que não possuem um centro de simetria é que apresentam a
piezeltricidade, o mais importante dos minerais piezelétricos é o quartzo.
Pireletricidade é o desenvolvimento de cargas elétricas (diferença de potencial) nas
extremidades de um eixos do cristal quando expostos a um gradiente térmico.
A pireletricidade é primária ou verdadeira para os minerais que pertencem a classes cristalinas
com só um eixo polar (Grupo das turmalinas). Nos minerais com mais de um eixo polar e sem centro
de simetria, a variação da temperatura causará uma expansão térmica e uma deformação diferencial
que resultará na polarização (diferença de potencial), neste caso a pireletricidade é secundária.
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REAÇÃO COM ÁCIDOS
Reações com ácidos: a reação com ácidos é uma propriedade que pode ser usada na
identificação de minerais como carbonatos e zeolitas. O ácido clorídrico diluído reage com carbonato,s
como a calcita, com efervescência (bolhas de gás carbônico).
Minerais como a dolomita têm que ser pulverizados (aumento da superfície) para que ocorra
uma reação observável.
As zeolitas serão atacados por ácidos, especialmente as zeolitas que contêm pouca sílica. Estes
minerais permanecem inalterados por 5-10 minutos e dissolverão ou será formado um gel de sílica
quando os minerais permanecerem no ácido por um período maior que 24 horas.
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RADIOATIVIDADE
Radioatividade propriedade não muito comum, é achado em alguns minerais e pode ser útil
em na identificação, sendo possível a utilização de Contador Geiger.
Muitos dos minerais radioativos mais comuns ocorrem em pegmatitos como também rochas
sedimentares.
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LUMINESCÊNCIA
Luminescência é a emissão de luz por um mineral por formas que não sejam por aquecimento
ou a emissão de luz diferente da luz refletida. É a emissão de luz sem incandescência. Certas
substâncias emitem luz a baixa temperatura, e ao serem expostas aos raios catódicos ou Raios x
podem produzir uma radiação luminosa. Assim uma radiação não luminosa, como os Raios x, podem
produzir radiação luminosa.
A luminescência que só se manifesta quando a radiação é aplicada, é chamada de
Fluorescência. Em uma lâmpada fluorescente, raios ultravioleta invisíveis bombardeiam um
revestimento fluorescente para produzirem luz.
A luminescência que permanece após a radiação ser removida é chamada de Fosforescência.
A luz emitida por vaga-lumes e certos fungos é chamada de Bioluminescência.
Fluorescência: é a luminosidade que algumas substâncias emitem ao absorverem energia. As
substâncias fluorescentes encontram diversas aplicações. O vapor de mercúrio, por exemplo, é uma
substância fluorescente usada em postes de iluminação em estradas e ruas. Telas fluorescentes
compõe microscópios eletrônicos e tubos de imagem de televisores. Certos compostos indesejáveis são
encontrados na água e no ar graças a sua fluorescência. A fluorescência é amplamente usada na
biologia, química e na medicina.
Formas diferentes de energia produzem fluorescência. A corrente elétrica gera fluorescência em
letreiros de neônio. Ondas ultravioleta atuam em lâmpadas fluorescentes. Feixes de elétrons, colidindo
com o material fluorescente no tubo de imagem da televisão, produzem imagem
A energia absorvida pela substância excita os elétrons nos átomos e moléculas das substâncias.
Os elétrons permanecem excitados por cerca de apenas 10-8 s liberam, então, o excesso de luz. A
luminosidade emitida permanece um tempo correspondente à energia que excitou os elétrons.
A luz fluorescente pode ter qualquer cor, de acordo com o elemento ou composto afetado pela
energia. O vapor de sódio, por exemplo, emite uma luz amarela. O arranjo, as características e o
número de elementos num composto determinam a cor que será produzida. A goma de amido usada
em roupas produz uma fluorescência branco-azulada.
A fluorescência foi descrita em 1833 pelo físico escocês Sir David Brewster. Sua denominação
deve-se ao físico inglês Sir George G. Stokes.
Fosforescência é a luz emitida por certas substâncias quando estas absorvem energia. Formas
de energia como eletricidade, luz, radiações ultravioleta ou Raios x, levam uma substância a
fosforescência, ao aumentar a energia de seus elétrons. A luz fosforescente difere da luz fluorescente
por desaparecer de forma muito mais lenta, quando a fonte de energia é removida.
A luz fosforescente pode durar uma fração de segundo ou alguns dias. O tempo de duração da
luz depende da substância emissora de luz e da temperatura da substância e a forma de energia que
ela absorve.
Entre os minerais fosforescentes estão: o sulfeto de bário, de cálcio e de estrôncio. Pode-se constatar
fosforescência em muitos compostos que contêm carbono, mas somente a temperaturas muito baixas,
(-195,5 0 C). À temperatura ambiente, observa-se esse fenômeno dissolvendo os compostos em
plásticos rígidos.
Os médicos utilizam a fosforescência para diagnosticar varias enfermidades examinando a luz
fosforescente emitida pelo tecido humano quando exposto a raios ultravioleta. Vários organismos
causadores dessas moléstias, apresentam fosforescência em diferentes cores. Os cientistas usam
também a fosforescência para localizar organismos nocivos em alimentos, vacinas e na água.
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