I Simpósio Sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica Descrição histológica do esôfago de Tropidurus torquatus (Wied, 1820) (Tropiduridae: Squamata) Cínthia Kazue Arizono, Vanessa Kely de Castro Germano, Daiane Cristina Marques dos Santos, Ítalo Augusto da Costa Soares, Clóvis Andrade Neves, Renato Neves Feio, Sirlene Souza Rodrigues Sartori. [email protected] Palavras-chave: Reptilia, tubo digestivo, lagarto Tropidurus torquatus é um lagarto amplamente distribuído no Sudeste brasileiro e se alimenta basicamente de invertebrados e vegetais. Há poucos estudos em relação à morfologia interna dos répteis, e muito a ser explorado sobre esta classe, por tanto esse estudo foi feito para auxiliar pesquisas futuras. Assim, este estudo teve como propósito a descrição histológica do esôfago do T. torquatus. Para tal, foram coletados quatro exemplares adultos no município de Guiricema, Minas Gerais, mortos por dupla secção da medula. A cavidade peritoneal foi exposta e o tubo digestivo foi retirado e fixado em formalina de Carson por 24h. Após a fixação, fragmentos foram extraídos do esôfago e processados para inclusão em resina, seccionados a 3μm de espessura e corados com Azul de Toluidina para descrição geral dos tecidos e Alcian blue conjugado com Acido periódico de Schiff (AB-PAS) para identificação de mucinas ácidas e neutras, respectivamente. Observou-se que a parede esofágica é composta pelas túnicas mucosa, submucosa, muscular e adventícia. Na mucosa, o epitélio é pseudoestratificado com células prismáticas ciliadas, células caliciformes AB-PAS-positivas e células basais germinativas; a lâmina própria é delgada e aglandular na maior parte da sua extensão e a muscular da mucosa contém fibras musculares lisas. A túnica submucosa é formada de tecido conjuntivo frouxo aglandular; a muscular possui duas camadas de músculo liso, circular interna e longitudinal externa; e a adventícia é constituída de delgada faixa de tecido conjuntivo. Logo, pode-se observar alguns dos mecanismos que o esôfago de T. torquatus possui como a presença de cílios que favorecem a condução do alimento em direção ao estômago e a secreção de mucinas que lubrificam o canal esofágico e previnem contra danos mecânicos. Agradecimentos: aos laboratórios de Biologia Estrutural e de Morfofisiologia Animal da Universidade Federal de Viçosa – MG. 170