Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 O CASO DO HOMEM DOS LOBOS: UM ESTUDO PSICANALÍTICO SOBRE AS INTERPRETAÇÕES PÓS-FREUD Priscila Dal Molin Carvalho Leopoldo Fulgencio Faculdade de Psicologia Centro de Ciências da Vida [email protected] O Método de Tratamento Psicanalítico Centro de Ciências da Vida [email protected] Resumo: Esta pesquisa é a continuidade da pesquisa iniciada em 2011, na qual retomou-se o estudo sobre o caso clínico na psicanálise e, em específico, a maneira como Freud apresenta o caso do Homem dos Lobos. Nesta pesquisa retomou-se a análise do caso do Homem dos Lobos, para interpretá-lo como um exemplar do paradigma psicanalítico de Freud. Tratou-se de um estudo sobre o método de tratamento psicanalítico, considerando a história de vida do paciente, antes e depois do tratamento, buscando avaliar a eficacidade do tratamento psicanalítico feito por Freud. Ao analisar o caso clínico como um exemplar procurou-se também colocar em evidência o conjunto de problemas e soluções comentadas por Freud, explicitando aspectos que caracterizam o setting psicanalítico (números e duração das sessões, contrato e dinheiro, duração do tratamento etc.), bem como os aspectos que caracterizam o tratamento psicanalítico (tal como a análise da transferência e da resistência). Na continuidade desse projeto de pesquisa, pretende-se analisar como autores pós-Freud interpretaram o caso do Homem dos Lobos, compreendendo-o como um exemplar. conceberam aspectos presentes no caso. Assim, buscou-se destacar pontos, como: a eficacidade do tratamento psicanalítico feito por Freud; colocar em evidência o conjunto de problemas e soluções que o caso adquiriu ao longo de sua história; explicitar os aspectos que caracterizam o setting psicanalítico (números e duração das sessões, contrato e dinheiro, duração do tratamento etc.), bem como os aspectos que caracterizam o tratamento psicanalítico (tal como a análise da transferência e da resistência). 2. MATERIAL E MÉTODOS Tratando-se de uma pesquisa teórica, o método empregado foi o hermenêutico de interpretação e leitura [cf. 5, 6, 7], para o qual uma pesquisa deste tipo deve interpretar cada parte da obra em função da compreensão gera em jogo, bem como este todo deve ser iluminado pelo estudo de suas partes. Área do Conhecimento: Ciências Humanas – Psicologia – PIBIC/CNPq. A análise dos dados da pesquisa procurou estabelecer algumas categorias definidas pelo próprio autor do caso clínico [8] como centrais para o diagnóstico de seu caso. As categorias foram: a história de vida do paciente; aspectos gerais do caso que incluíram a história dos tratamentos, os diagnósticos, a transferência e a resistência além dos o sonho e a cena primária. A partir da escolha dessas categorias, buscou-se uma bibliografia pós-freudina sobre elas, para se mapear outras perspectivas acerca das mesmas. Para embasar tal análise, foi utilizada a noção de paradigma de [1]. 1. INTRODUÇÃO Material Palavras-chave: caso clínico, exemplar, Homem dos Lobos. Neste trabalho, o caso será abordado a partir da noção de paradigma de Kuhn [1]. Nesta perspectiva, a psicanálise de Freud pode ser analisada como sendo um paradigma [cf. 2, 3, 4]. Uma ciência cujo objetivo, em última instância, é a resolução de problemas empíricos. Dessa maneira, pretende-se retomar a história de vida do paciente antes e depois do tratamento buscando avaliar a maneira como os autores pós-Freud Bibliografia referente ao caso clínico Freud [8], literatura de referência de análise do caso pós-freudiana e artigos do site Scientific Electronic Library Online (www.scielo.org) e Psychoanalitic Eletronic Publishing (http://www.pep-web.org/), ambos conhecidos por conta sua consistência científica. Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 Procedimentos Buscou-se por meio do texto de Freud, referente ao caso clínico: [8] eleger categorias que ele destacou como centrais no caso clínico. Essas foram: a história de vida do paciente; aspectos gerais do caso que incluíram a história dos tratamentos, os diagnósticos, a transferência e a resistência além dos o sonho e a cena primária. Depois de realizada a leitura deste material, buscou-se outros textos pós-freudianos contidos no material de [9], conhecidos por sintetizar o material bibliográfico sobre o homem dos lobos [10]. Posteriormente foi realizada a leitura sobre a noção de paradigma de [1] para embasar e analisar as categorias através de outras perspectivas psicanalíticas. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. Breve História de Vida Sergei Constantinovitch Pankejeff era o verdadeiro nome do paciente de Freud conhecido pelo pseudônimo de Homem dos Lobos. Serguei chegou ao consultório de Freud quando atingiu a idade adulta, porém o relato clínico de Freud refere-se somente, como ele mesmo esclarece, a infância de Serguei, tratar-se-á de uma neurose infantil que não foi analisada enquanto se apresentou, mas quinze anos após seu fim. Russo, nascido rico aristocrata, Sergei foi vítima de inúmeros infortúnios, a começar pelo seu contexto familiar. Os pais de Serguei se casaram jovens. Sua mãe mostrava-se ciumenta e hipocondríaca, condição que posteriormente viria a afetar a saúde psíquica do paciente [11]. Seu pai sofria de episódios de depressão e foi até diagnosticado como um psicótico-maniaco-depressivo, por anos foi que acabaram por torná-lo ausente, além de suas próprias atividades políticas, sendo que em 1907, seu pai suicidouse [12, 13]. Num dado verão, seus pais ao voltarem de férias encontraram o garoto mudado, estava violento, irritadiço e descontente, ofendia-se por aparentemente qualquer motivo. Por volta dos cinco anos de idade, como parece lembrar Serguei, havia um livro de figuras e entre elas havia uma que representava a imagem de um lobo em pé, andando a passos largos. Ao ver tal representação, o menino passava a gritar como louco; temendo que o lobo viesse comê-lo [8]. Um episódio na infância marca para Freud uma pista sobre o evento traumático que o paciente poderia ter presenciado. Serguei relata para Freud em análise, que se lembrava de um sonho que teve quando tinha 4 anos. Foi esse o sonho que deu origem a seu apelido de o homem dos lobos [10, 13]. Essencialmente o sonho havia aterrorizado o pequeno garoto, pois havia seis ou sete lobos numa enorme nogueira e esse acordara desesperado com medo de ser comido pelos lobos. Para Freud o sonho representava uma pista sobre algum evento traumático que havia sido vivenciado por Serguei, o que posteriormente se revelaria como a construção da cena primária por Freud [8, 10]. Quando Serguei fez 18 anos, contraiu gonorréia, e a partir daí, sua saúde física e mental pareceu nunca ser a mesma [13]. Começou a sofrer de freqüentes crises de depressão passando de sanatórios para hospícios, de clínicas de repouso para termas medicinais, enfim, “tornou-se o doente psíquico perfeito para o final do século”, [9] p. 564. Serguei chegou a Freud em um estado deplorável, sendo que já havia se tratado com inúmeros e ilustres psiquiatras e terapeutas [13]. Sua vida passou por mais um tormento quando sua mulher, Teresa se suicidou. Depois de ter sido analisado por Freud durante quatro anos, esse sentiu necessidade de retornar ao tratamento, mas Freud já estava bastante fragilizado. Assim, Freud delegou o caso para Brunswick, uma de suas alunas. Serguei retornou ao tratamento, e depois de Brunswick psicanalístas e outros terapeutas se tornaram uma constante em sua vida até falecer em 1979 [13]. Como diria [14], esse é um dos casos clínicos de Freud mais bem documentados e polêmicos uma das razões é o diagnóstico e outra a construção da cena primária que sustenta traduziria a importância da sexualidade infantil para a etiologia das neuroses. 3.2. História do caso e Diagnósticos O debate fundamental neste ponto é no que tange a estrutura psíquica do paciente. Os três quadros diagnósticos circulam entre neurose obsessiva, borderline e psicose [15]; [16] ;[17]. A aluna [11] de Freud documentou o caso em alguns artigos. Em seu artigo “Um suplemento para ‘Uma neurose infantil’ de Freud”, a autora remonta os dados do caso e faz uma releitura. Um dos destaques da autora se remete ao episódio de uma idéia fixa sobre o estado do nariz do paciente. A mesma autora lembra que quando o paciente travou contato com ela em 1926, esse sofria de uma mutilação que havia sido causada pela eletrólise para tratar de uma glândula sebácea. [11] reforça que nada estava errado com a aparência do nariz de Serguei. Entretanto o paciente que já havia esgotado todos os recursos dermatológicos, con- Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 cluiu que algo deveria estar errado com sua mente, o que levou a querer consultar Freud novamente. A autora ao analisar a transferência construída entre Freud e o homem dos lobos, conclui alguns pontos. Um deles se refere à figura do pai. Uma hipótese é que Serguei não libertou de fato, de sua identificação com a figura do pai. Freud estava para Serguei como o pai de Serguei estava para ele. Assim, Brunswick acredita que um tempo limite para a análise foi crucial para que novo material viesse à tona. Ela escreve que, talvez a pressão de um término de análise seja o suficiente para fazer emergir material novo que então seja capaz de produzir uma cura. Entretanto, a palavra cura é relativa, já que neste caso, apesar do tempo limite para a análise estipulada por Freud ter resultado numa cura, outro processo foi capaz de produzir a psicose, ou seja, o núcleo permaneceu intacto e produziu a psicose [11]. A autora acredita que a ligação com o pai era muito forte, neste sentido a figura do pai de Serguei que fora transferida para Freud durante o período da análise com esse. Ainda nesta linha, no período que Serguei foi analisado por [11], o paciente acreditava no plano inconsciente, ser o filho de Freud e Brunswick. A autora descobriu isso por meio de um sonho que tinha ele no divã ao lado de Brunswick e Freud atrás dele. Neste sonho fica novamente claro para a autora, o peso da cena primária e a situação edípica presentes na cena. Em outra linha de diagnóstico, se discute a possibilidade de o paciente apresentar uma personalidade borderline na infância. Segundo, [15] a infância do paciente revelava desde fragilidades com o senso de realidade e que este período apresentou pouca estrutura e organização.Nesta linha, [15] acredita que tanto a infância quanto a adolescência não contribuíram para o paciente consolidasse sua personalidade junto com o crescimento de seu ego. Assim, tal desenvolvimento, nesta perspectiva, conclui que tal processo levou o paciente a uma sofrer uma severa regressão isolamento na idade adulta. Dessa maneira, [15] ainda esclarece que o quadro apresentado pelo paciente era bordeline, pois ele não apresentava a desorganização irreversível da psicose. Ele ainda esclarece que o narcisismo pré-adulto juntamente com a adolescência além do modo como o paciente se relacionava com a realidade, eram sintomas consistentes com o quadro borderline. 3.3. Transferência Depois de quatro anos de análise, enfim, o homem dos lobos vai embora do consultório de Freud. Segundo o próprio Serguei, Freud dizia que quando se é acompanhado pela psicanálise é possível que o indivíduo fique curado, mas é preciso querer curarse, a dita cura depende do paciente [13]. A relação transferencial que Serguei estabeleceu com Freud, foi aos mesmos moldes, segundo [11] que a relação com o pai do paciente. Freud passou a ocupar o lugar do pai. Neste sentido, uma ligação tão forte como essa pode proporcionar a cura, mas ao mesmo tempo, ainda não se sabe até que ponto ela contribuiu para transformar a neurose do paciente em psicose [11, 14]. 3.4. O sonho e a Cena Primária O sonho dos lobos como Serguei relata para Freud: (...) estou deitado em minha cama (ela ficava com os pés para a janela, diante da janela havia uma fileira de velhas nogueiras. Sei que era inverno quando sonhei, e era noite). De repente a janela se abre sozinha, e vejo, com grande pavor, que na grande nogueira diante da janela estão sentados alguns lobos brancos. Eram seis ou sete. Os lobos eram inteiramente brancos e pareciam antes raposas ou cães pastores, pois tinham caudas grandes como as raposas e suas orelhas estavam em pé como as dos cães , quando prestavam atenção a algo. Com muito medo, evidentemente, de ser comido pelos lobos, gritei e acordei (FREUD, 1918b, p.41,42). Esse sonho de Serguei, ao qual deve seu apelido foi totalmente analisado por Freud após 4 anos após seu relato; no fim da análise. É a partir desse cena que Freud constrói a cena primária. O lobo, no sonho seria o substituto do pai, o medo desse teria sido o fator que desencadeou sua neurose. Essa postura, com relação ao pai se mostrou presente em todos os aspectos da transferência estabelecida com Freud [8]. A cena primária tem uma importância fundamental para Freud, pois reafirma o papel da sexualidade infantil na formação das neuroses. Esta cena se refere ao coito dos pais. Serguei quando bebê teria observado a relação sexual dos pais e teria compreendido a cena como sua complexidade [8]. Segundo Freud, Serguei teria se identificado com a mãe e também teria compreendido o papel da castração. Apesar de sofrer de malária nesta época, Freud permanece com essa hipótese, e foca também no com- Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 plexo de Édipo. Neste sentido o complexo de Édipo tem uma influência fundamental. Com relação ao Complexo de Édipo, pilar do paradigma freudiano, Freud dá um destaque especial no caso. Freud destaca o esquema filogeneticamente herdado, o complexo de Édipo que em analogia a categorias da filosofia, diz respeito a situar; marcar as impressões produzidas na vida real. Neste ponto, Freud afirma que heranças como essas são fruto de resquícios de história da própria civilização humana [8]. Assim, o complexo de Édipo que diz respeito à relação da criança com os pais, é um dos esquemas mais marcante da história humana, pois irá determinar o desenvolvimento daquele indivíduo. No presente caso, esse esquema “triunfou sobre a vida do indivíduo” [8] p.125. Em leituras pós-Freudianas, existem alguns fatores complicadores. O primeiro é sobre se o paciente realmente compreendeu o significado da cena quando sofria de malária. Segundo, [15] uma outra hipótese poderia ser considerada, que é o fato de o paciente viver em uma propriedade rural, o que o exporia a cenas de reprodução, bem como de castração de animais. O mesmo autor chama a atenção para o fato de Serguei estar como bebê sofrendo de malária, fator que poderia fornecer alucinações para a criança, comprometendo seu julgamento a respeito da cena. Já [18] trabalha com base em outra hipótese. Para ele, o conteúdo manifesto do sonho: os lobos brancos e imóveis teriam uma relação não com a figura do pai, mas com a figura do médico. Neste sentido, é importante lembrar que na história de Serguei, esse se submeteu a diversos procedimentos médicos, hora por conta de sua constipação crônica, hora por conta da gonorréia, hora por conta de sua depressão [8, 10, 11, 13]. Numa outra linha, [19] destaca que ao construir a cena primária, Freud deixou de lado aspectos essenciais que influenciariam diretamente no diagnóstico do paciente Serguei. Segundo [19], tais aspectos que são deixados de lado são: a dissolução edípica ou ainda o episódio em que Serguei alucinou a decepação de seu próprio dedo [19]. 4. REFERÊNCIAS 1. Kuhn, T.S., A estrutura das revoluções científicas. 1970, São Paulo: Perspectiva, 1975. Por fim, [20] dão outro significado para a cena primária inferida a partir do sonho. Segundo as autoras, a cena primária tem dois sentidos: um desorganizador e outro organizador. No primeiro sentido a cena é organizadora, pois serve como suporte da angústia de castração e da teoria sexual infantil (coito anal). Entretanto, a carga traumática surge, o que representa a sideração; a forte influência produzida pela cena: a organização libidinal da criança “foi como trincado em pedaços”, ou seja, é traumático. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao considerar o estudo sobre a cena primária e o sonho, pode-se perceber que existem diversos posicionamentos teóricos a respeito da veracidade da cena primária ou mesmo seus efeitos em Serguei. Entretanto, foi possível por meio da noção de paradigma de [1], compreender que tais perspectivas não podem ser concebidas como excludentes ou ainda insuficientes para compreender o fenômeno. Dessa maneira, tais visões sobre a cena primária e o sonho devem ser analisadas dentro de seus respectivos paradigmas. Dessa forma, talvez diferentes posicionamentos teóricos possam debater de uma maneira mais produtiva acerca de questões que possam parecer excludentes [4]. Inclusive, talvez esse ponto tenha sido um fator que impossibilitou uma leitura de material nacional mais abundante sobre as diferentes visões sobre a cena primária. Vale ressaltar que tal assunto deve ser abordado de maneira diversa nas sociedades psicanalíticas internacionais, ao considerar a riqueza de material encontrado principalmente na língua francesa. Portanto, ao buscar um recorte de todos esses aspectos por meio de um caso clínico tomado como exemplar contribuiu para a elaboração do tema geral, mais amplo, aqui proposto. Dessa maneira as questões destacas por comentadores pós –Freud, aqui relatadas: o complexo de Édipo, a sexualidade infantil, a cena primária e o sonho foram temas entendidos dentro do recorte de um caso clínico, que possibilitou uma compreensão geral dos aspectos da psicanálise pós-freudiana. 2. Loparic, Z., Esboço do paradigma winnicottiano. Cadernos de história e filosofia da ciência, 2001. 11(2): p. 7-58. Anais do XVII Encontro de Iniciação Científica – ISSN 1982-0178 Anais do II Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – ISSN 2237-0420 25 e 26 de setembro de 2012 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Loparic, Z., De Freud a Winnicott: aspectos de uma mudança paradigmática. Revista de Filosofia e Psicanálise Natureza Humana, 2006. 8 (Especial 1): p. 21-47. Fulgencio, L., Paradigmas na história da psicanálise. Revista de Filosofia e Psicanálise Natureza Humana, 2007. 9(1): p. 97-128. Gadamer, H.-G., Verdade e Método I e II. 2008, São Paulo: Vozes. Lawn, C., Compreender Gadamer. 2007, Petrópolis: Vozes. Micheli-Rechtman, V., L´approche heméneutique du sens dans l´herméneutique allemande: la compréhension contre la déperdition du sens, in La Psychanalyse face à ses détracteurs. 2007, Éditions Flammarion: Paris. p. 85-114. 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