APRESENTAÇÃO A Universidade Severino Sombra ao longo dos anos vem apresentando um histórico de vários acontecimentos e, dentre eles, a Jornada Severino Sombra – evento esse patrocinado pela Pró – Reitoria de Extensão, que a 11 anos faz história enriquecendo nossa academia. Anteriormente denominada Semana Severino Sombra, sendo criada pela presidência da FUSVE em homenagem ao seu fundador e primeiro Reitor da Universidade Prof. Severino Sombra de Albuquerque, logo após seu falecimento, com objetivo de enaltecer a memória, obra e patrimônio deixado para o público que aqui vem buscar o conhecimento e a realização de um sonho, a partir de 2011, passa a ser denominada Jornada Severino Sombra, devido à importância acadêmica do evento, sendo marcada por várias atividades que visam o aculturamento, integração e exposição das atividades realizadas na academia, no Colégio de Aplicação e na comunidade em geral. No período de 25 de Maio a 8 de Junho de 2015, aconteceu dentro do espaço da Universidade a V Jornada Severino Sombra, intitulada: “INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA”, quando foram realizadas várias atividades, entre elas a submissão e apresentação de resumos em forma de Pôster, que após a apresentação vem agora ser demonstrada em forma de publicação. Agradecemos aos senhores gestores, corpo docente, discente, Administrativo e comunidade pelo pronto atendimento as nossas solicitações, o que garante todos os anos o sucesso da Jornada Severino Sombra. ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E HUMANAS Reflexões sobre o processo de cuidar do paciente com Alzheimer Lorrayny Bello da Silva¹, Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O Alzheimer é uma doença do cérebo que afeta a memória e em consequência influencia na qualidade de vida, sobretudo, na família do paciente em questão. O estudo tem por objetivo refletir como a doença Alzheimer pode interferir na qualidade de vida dos cuidadores. A Metodologia que auxilia é a abordagem qualitativa, a partir de estudo reflexivo, com análise documental. O estudo é parte integrante de um trabalho sobre Alzheimer, desenvolvido durante o curso de Enfermagem. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre Alzheimer, Demência e Cuidadores. Para análise dos dados recorreremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Buscamos subsídios para auxiliar na análise sobre o cuidado prestado ao portador de Alzheimer. Palavras-Chave: Enfermagem. Demência Mental. Alzheimer. Cuidador. Introdução O aumento da expectativa de vida, seja pelo processo de urbanização, pelo avanço tecnológico ou medicinal levou a uma grande incidência de idosos, que na sua maioria são acometidos por doença crônicodegenerativas que afeta o sistema cognitivo e causa incapacidade e dependência, como o Alzheimer (Freitas et al, 2008; Fonseca e Soares 2007). De acordo com Oliveira (2005) a causa mais comum da demência é a doença de Alzheimer, que pode ter vária causas, como: idade, sexo, fatores genéticos, hereditários, traumatismos cranianos, dentre outros fatores. A doença de Alzheimer afeta mais as mulheres do que os homens. À medida que a doença avança, surge a demanda por cuidadores especiais, função importante desempenhada para aqueles que acompanharão o sujeito acometido pelo Alzheimer. Estudos apontam que grande parte dos cuidados com os pacientes com a doença Alzheimer são providos pela família (Haley, 1997). Sobre o conceito de cuidador, apesar de ser discutido, ainda há muito que avançar sobre sua definição, há interferências nas pesquisas sobre o próprio ato de cuidar. De acordo com Garrido e Almeida (1999) o cuidador é definido como o principal responsável por prover ou ordenar os recursos requeridos ou demandados por paciente. Gerando portanto, um outro fator importante causado pela demência do paciente, que diz respeito a sobrecarga dos cuidadores de doença de Alzheimer (Grafstrom et al, 1992; Taub et al, 2004). De acordo com essas premissas, cabe referir que a sobrecarga física e psíquica que são expostos os cuidadores de pacientes com diagnóstico de demência, a qualidade de vida, tanto do portador de doença Material e Métodos A Metodologia que auxilia é a abordagem qualitativa, a partir de estudo reflexivo, com análise documental. O estudo é parte integrante de um trabalho sobre Alzheimer, desenvolvido durante o curso de Enfermagem. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre Alzheimer, Demência e Cuidadores. Resultados e Discussão As consequências mais comuns do impacto de cuidar de um portador de demência são os problemas sociais, piora da saúde física e psíquica, preditores para a institucionalização do sujeito que apresenta demência, mesmo nos estágios iniciais. Nesse sentido o cuidador desempenha um papel essencial na vida diária dos portadores da doença de Alzheimer, se envolvendo praticamente em todos os aspectos dos cuidados e assumindo responsabilidades adicionais de maneira crescente (Engelhardt, Dourado e Lacks, 2005). A medida que a doença vai avançando o cuidador, além de se envolver em atividade de vida diária como administrar finanças e medicamentos, tem aumentada, consequentemente, suas responsabilidades básicas, como tarefa de cuidado pessoal de higiene, banho e 1. Universidade Severino Sombra, Acadêmica do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 4 V JORNADA SEVERINO SOMBRA de Alzheimer e, sobretudo, no cuidador, podem ser comprometidas. Indaga-se: quais são as dificuldades enfrentadas pelo cuidador familiar mediante o paciente com Alzheimer, uma vez que há incapacidade de o doente cuidar de si? O cuidador se encontra preparado técnica e psicologicamente para dedicar sua vida ao cuidado do portador de doença de Alzheimer? Assim, objetivamos com o estudo refletir em como a doença Alzheimer pode interferir na qualidade de vida dos cuidadores. alimentação (Haley, 1997). Algumas questões ainda estão sendo analisadas como: em que a doença de Alzheimer pode influenciar em relação a qualidade de vida dos cuidadores? Ações desenvolvidas pelo enfermeiro podem melhorar a qualidade de vida dos cuidadores? Neurology,48(5),1997. OLIVEIRA J.H.B. Psicologia do Envelhecimento e do idoso. Porto: Legis, 2005. TAUB A., ANDREOLI, S.B. & BERTOLUCCI, P.H. Dementia caregiver burden: Reliability of the Brazilian version of the Zarit caregiver burden interview, 2004. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA O estudo buscou refletir como a doença Alzheimer pode interferir na qualidade de vida dos cuidadores. Compreendemos que a qualidade de vida tanto de pacientes quanto dos cuidadores, é determinante para a avaliação da saúde, tanto na perspectiva social quanto individual com nos casos das doenças degenerativas, já que a eficácia do tratamento reflete na qualidade de vida dos anos vividos. Em síntese, ações de promoção da saúde devem ser desenvolvidas por profissionais de Enfermagem, levando-se em consideração a qualidade de vida de todos os sujeitos envolvidos, uma vez que estes profissionais estão engajados no processo de prevenção e promoção de saúde. A Enfermagem tem um importante papel neste processo no que diz respeito, principalmente, à assistência ao paciente e a família do portador de Alzheimer. Assim, será possível a identificação de problemas no processo de cuidados e sugerir soluções, a partir da atuação do enfermeiro junto à família, enquanto facilitadores de todo o processo do cuidar. Como a atenção dos cuidadores é dirigida ao sujeito fragilizado em função da doença, os cuidadores/ profissionais apresentam também sofrimentos. O estudo aponta alguns elementos presentes no processo de cuidar que precisam ser enfrentados. Buscaremos discutir mais detidamente a temática e apontar algumas necessidades para realização de novas investigações sobre a doença de Alzheimer. Referências ENGELHARDT, E.; DOURADO, M.; LACKS, J. A doença de Alzheimer e o impacto nos cuidadores. Revista brasileira de Neurologia, 14(2): 5-11, 2005. FONSECA, A.M; SOARES, E. Interdisciplinaridade em grupos de apoio a família e cuidadores do portador da doença de Alzheimer. Rev. Saúde. Com. V.3, n.1, p. 3-11, RJ, 2007. FREITAS I.C., PAULA K.C.C., SOARES A.C.M.P., PARENTE, A.C.M. Convivendo com o portador de Alzheimer: perspectivas do familiar cuidador. Rev Bras Enferm. 61(4): 508-13, 2008. GARRIDO, R.; ALMEIDA, O.P. Distúbios de comportamento em pacientes com demência: impacto na vida do cuidador. Arquivos de neuropsiquiatria, 57 (2B), 427-434, 1999. GRAFSTROM, M.; FRATIGLIONI, L.; SANDMAN, P.O.; WINBLAD, B. Health and social consequences for relatives of demented and non-demented elderly: a population study. Jounal Clinical of Epidemiology, 45(8), 861-870, 1992. HALEY, W. The family caregiver’s role in Alzheimer’s disease. 5 Saúde Ambiental – dilema dos resíduos Caroline de Oliveira Correia¹, Matheus Fernandes de Siqueira Figueira², Lorene Ferreira de Figueiredo¹, Anna Clara Coelho de Sousa², Helena Marinho Kelzer Yacoub², Marilei de Melo Tavares e Souza³ Resumo O estudo tem por objetivo refletir sobre um tema extremamente relevante, pautado na relação do homem com a produção de resíduos, especialmente naqueles produzidos nas residências. Trata-se inicialmente de um estudo reflexivo sobre importância das ações em saúde na prevenção dos agravos à saúde da população. Compreende-se que a prevenção de doenças está relacionada ao desenvolvendo de diversas atividades educativas desenvolvidas na área da saúde ambiental, que utilizam diferentes métodos para realizar o controle das doenças mais prevalentes entre a população. Pretendemos como o estudo refletir sobre a consciência ambiental com jovens estudantes visando promoção da saúde. Em síntese, entendemos que a direção para solucionar esse dilema é investir em atividades educativas visando prevenção e combate no controle das doenças junto a população. Introdução principal consequência, o lançamento destes resíduos a céu aberto. Essa atitude aumenta o risco de contato e de contaminação tanto da população próxima, ao solo, bem como às pessoas que sobrevivem dos lixões, o que as tornam mais vulneráveis ainda, por viverem do que encontram nos lixões que estão expostas e suscetíveis a contrair doenças, como tétano, hepatite e AIDS (SNIS, 2010). Levando-se em consideração o exposto acima, o estudo tem por objetivo refletir sobre um tema extremamente relevante, pautado na relação do homem com a produção de resíduos, especialmente naqueles produzidos nas residências. Seres humanos produzem uma enorme e diversificada quantidade de resíduos conhecidos como lixo. Contudo, o lixo muitas vezes, tem sido descartado em qualquer lugar, causando danos ao ambiente e à saúde da população. O lixo, gerado nas residências podem apresentar resíduos tão infectantes quanto alguns resíduos produzidos no sistema de saúde. Isso ocorre porque o lixo pode conter em sua composição materiais prejudiciais à saúde humana, como medicamentos vencidos ou produtos perfurocortantes, como o barbeador, vidros quebrados, utensílios fragmentados, sobras de remédios e seringas, substâncias infectantes, alimentos vencidos, pilhas, baterias, entre outros. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o lixo pode ser classificado em cinco grupos distintos: A, B, C, D ou E. Grupo A, resíduos que possuem agentes biológicos ou substâncias infectantes. Grupo B, aqueles que apresentam risco potencial à saúde pública, devido a sua composição química. Grupos C e D rejeitos radioativos e comuns. E grupo E, os resíduos perfurocortantes, como agulhas, seringas e brocas (ANVISA, 2004). No Brasil, os resíduos produzidos nas residências têm gerado debates por ser um problema de saúde coletiva, principalmente pela forma de descarte e coleta do resíduo lixo, sem preocupação com a devida orientação sobre a maneira correta de descarte e o destino. Atualmente, o resíduo domiciliar é descartado em aterro sanitário sem nenhum controle. Em geral, nas residências, os moradores pouco sabem o que fazer com o resíduo, muitas vezes nem percebem o risco ambiental (BRASIL, 2006). Falta de informação pode também gerar, como Material e Métodos Busca-se, a partir de uma estratégia educativa, informar adolescentes a respeito de questões sobre resíduo domiciliar. Inicialmente, realizou-se uma busca exploratória bibliográfica parcial, de produções cientificas sobre resíduos, contaminação, legislação, saúde coletiva, saúde ambiental. A estratégia inclui uma atividade elaborada e ministrada por alunos do Programa Jovens Talentos e do Programa Institucional Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação Júnior, direcionado a adolescentes atendidos na Atenção Básica de Saúde de Vassouras, com orientação adequada sobre riscos no descarte de resíduo domiciliar. Inclui uma atividade em grupo sobre saúde ambiental e resíduos, para se discutir os principais dilemas relacionados ao descarte de resíduo domiciliar. Para tanto, busca-se levantar alguns questionamentos como: que cuidados jovens estudantes tem com sua saúde? Que conhecimentos têm sobre descarte adequado de resíduo domiciliar visando 1. Universidade Severino Sombra, Pré-Iniciação Científica - Jovens Talentos para a Ciência, FAPERJ. 2. Universidade Severino Sombra, Programa Institucional Iniciação Científica, Tecnológica e Inovação Júnior, PICTI-JR. 3. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem (Orientadora), Vassouras-RJ, Brasil. 6 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Ambiente. Saúde Coletiva. Resíduo Domiciliar. Risco. Contaminação. prevenção de doenças? A atividade tem como meta sensibilizar, informar e, sobretudo, promover saúde, para que os jovens percebam a importância de cuidar de sua saúde, com autonomia e responsabilidade; uma discussão com os estudantes sobre as consequências da falta de informação sobre prevenção de doenças a partir de orientações sobre o descarte adequado de resíduos e saúde ambiental. Resultados Espera-se com os resultados do estudo, após o desenvolvimento da atividade direcionada aos jovens estudantes, contribuir com a saúde ambiental e saúde coletiva voltadas a orientações adequadas para descarte de resíduo domiciliar. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Buscamos com o estudo refletir sobre um tema extremamente relevante, pautado na relação do homem com a produção de resíduos, especialmente naqueles produzidos nas residências. Compreendemos que a direção para solucionar esse dilema é investir em atividades educativas, bem como ações na área de saúde ambiental, voltados para jovens, visando prevenção e combate no controle das doenças junto a população. Referências ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 306, DE 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Ministério da Saúde. Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Disponível em: http://portal.anvisa. gov.br BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/ manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf GOUVEIA, N. Saúde e meio ambiente nas cidades: os desafios da saúde ambiental. Saúde e Sociedade, v.8, n.1, p.49-61, 1999. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. INPEV. Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Disponível em: <http://www.inpev.org.br/>. Acesso em: 30 mar. 2015. INSTITUTO PÓLIS. Dimensões de gênero no manejo de resíduos domésticos em áreas urbanas e peri urbanas. Relatório FASE 1 – diagnóstico rápido, lixo e resíduos na cidade de São Paulo. São Paulo: Instituto Pólis, 2009. JACOBI, Pedro Roberto, BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da sustentabilidade. Estudos Avançados, 25 (71), 2011. SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Programa de moderniza-ção do setor de saneamento: diagnóstico da gestão e manejo de resíduos sólidos urbanos – 2008. Brasília: MCidades, SNSA, 2010. 7 Reflexões sobre o Cuidado Paliativo Luã Gianine Moreira³, Eliara Adelino Silva², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida. O estudo tem por objetivo refletir sobre os cuidados paliativos prestado ao paciente e sua família e quais os dilemas vividos pelo profissional de enfermagem na prestação dos cuidados. Estudo reflexivo a partir de análise documental, com abordagem qualitativa. Para análise dos dados recorreremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Entendemos que os cuidados paliativos frente a doença que ameace a vida, auxilia no alívio do sofrimento, tratamento de dor e demais sintomas biopsicossociais. Palavras-Chave: Enfermagem. Cuidados Paliativos. Família. Saúde do Adulto e Idoso. Introdução cuidados requeridos pelo paciente, evidenciando para o enfermeiro a necessidade da escuta de seu sofrimento e disposição para o aprendizado no lidar com o problema. Assim sendo, as ações de enfermagem têm como objetivo ajudar a família a descobrir suas próprias soluções para os problemas, proporcionando suporte às necessidades apresentadas por esta clientela especifica. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (BRASIL, 2002). O estudo tem por objetivo refletir sobre os cuidados paliativos prestado ao paciente e sua família e quais os dilemas vividos pelo profissional de enfermagem na prestação dos cuidados. BRASIL, Ministério da Saúde. Maria da Gloria dos Santos Nunes; Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues. Tratamento Paliativo: Perspectiva Da Família. Rev. Enferm. Uerj, 20(3): 338-43, jul/set, 2012. Disponível em:<http://www.e-publicacoes.uerj. br/index.php/enfermagemuerj/article/view/3312/2880>Acesso em 06 março 2015 Material e Métodos Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre cuidados paliativos, saúde do adulto e Idoso e cuidadores. Resultados e Discussão No momento não apresenta resultados e discussão por ser uma prévia do artigo. Conclusão O estudo buscou refletir como o cuidado paliativo pode interferir na qualidade de vida dos cuidadores. É possível compreender que a inserção do familiar durante todo o processo de tratamento é fundamental para os 3. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 8 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Referências Gengivectomia estética Adriane Richa, Ágatha Carvalho da Silva, Hanna Aragão Viana, Ana Paula Grimião Queiroz, Caio Soares, Elisa Soares, Felipe Brando, Marina Rodrigues, Nilton Oliveira Junior Resumo No presente trabalho a paciente em questão apresentava condição bucal satisfatória, relação desarmônica entre o comprimento dos dentes, estatura da paciente (longilínea) e exposição gengival excessiva. A paciente foi submetida a radiografias periapicais que mostravam diferença média de 2mm entre o comprimento das coroas clínicas e das coroas anatômicas dos dentes anteriores superiores. Após avaliação foi sugerido a paciente a cirurgia de gengivectomia com finalidade estética na respectiva região. Após a cirurgia, os dentes, além de mais longos, trouxeram maior harmonia ao sorriso da paciente, que mostrou satisfação com o resultado estético obtido. Introdução condição bucal satisfatória, relação desarmônica entre o comprimento dos dentes, estatura da paciente (longilínea) e exposição gengival excessiva. A paciente foi submetida a radiografias periapicais que mostravam diferença média de 2mm entre o comprimento das coroas clínicas e das coroas anatômicas dos dentes anteriores superiores. Sugeriu-se à paciente a cirurgia de gengivectomia com finalidade estética na respectiva região. Sob anestesia local infiltrativa e papilar foi realizada determinação dos pontos sangrantes com sonda milimetrada de Goldman Fox. Com o cabo de bisturi n.º 3 e lâmina 15C foi feita a incisão primária linear a bisel externo, depois incisão intrassucular, excisão do tecido com Cureta MC Call e para finalizar foi feita a gengivoplastia com alicate Goldman Fox para uma melhor anatomia da margem gengival. Após compressão da área com gaze umedecida em soro fisiológico estéril por cinco minutos para hemostasia, foi colocado cimento cirúrgico Periobond cobrindo a ferida (que foi retirado após sete dias). A paciente foi orientada a tomar analgésico, em caso de dor, e a fazer compressas geladas no dia da intervenção. A gengivectomia é uma cirurgia que otimiza a estética dental que envolve a remoção da gengiva para deixar os dentes com uma aparência maior e a linha da gengiva proporcional. Uma linha da gengiva desproporcional pode fazer com que os dentes tenham tamanhos diferentes, o que não deixa o sorriso com uma aparência muito atraente.¹ A exposição excessiva da gengiva durante o sorriso, conhecida por sorriso gengival, pode resultar em problemas estéticos. Pacientes com dentes curtos parecem não gostar do seu sorriso e necessitam de aumento de coroa clínica. O planejamento da técnica cirúrgica para posicionar a margem gengival mais apicalmente, sem expor a superfície radicular, baseiase na quantidade de gengiva queratinizada e na relação da junção cemento-esmalte com a margem gengival e com a crista óssea alveolar. A criação do arranjo dental deve estar em harmonia com a gengiva, lábios e o rosto do paciente; e a formulação de dentes, é fundamental para que haja o diagnóstico e o planejamento integrado das causas que alteram o sorriso, bem como o desenvolvimento de técnicas restauradoras adequadas à devolução da harmonia bucal. Esses conceitos são muito importantes na indicação e realização da cirurgia periodontal ressectiva com finalidade de aumento de coroa clínica para a estética.² Resultado Após a cirurgia, os dentes, além de mais longos, trouxeram maior harmonia ao sorriso da paciente, que mostrou satisfação com o resultado estético obtido. Relato de caso Conclusão Paciente branca estudante de Odontologia da USS, gênero feminino, 24 anos de idade, compareceu à clínica odontologia para avaliação, com queixa principal de achar seus dentes pequenos. A paciente apresentava A gengivectomia é um procedimento cirúrgico, mas de fácil execução com pós-operatório indolor e resultado estético satisfatório em casos de sorrisos Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 9 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Gengivectomia. Cirurgia. Paciente. gengivais. Referência 1. http://www.dentemergencia.com.br/ver_materias.asp?materia=1478 V JORNADA SEVERINO SOMBRA 2. Pedron I.G , Utumi E.R ,Tancredi A.R.C , Perrella A , Perez F.E.G,Sorriso gengival: cirurgia ressectiva coadjuvante à estética dental , .Odonto 2010;18(35):87-95 10 A Saúde Ambiental no âmbito da Saúde Coletiva Thiago Pontes de Oliveira César4, Paulo César Rodrigues Cassino², Marilei de Melo Tavares e Souza³ Resumo O estudo tem por objetivo refletir sobre a saúde coletiva, com a finalidade de identificar como vem se constituindo as questões ambientais e sua influência na prevenção de agravos a saúde da população. Trata-se de um estudo reflexivo sobre importância das ações dos profissionais de saúde coletiva na prevenção dos agravos à saúde da população. Compreendese que a prevenção de doenças está relacionada ao desenvolvendo diversas atividades educativas desenvolvidas por profissionais de saúde coletiva que atuam na Atenção Básica, que utilizam diferentes métodos para realizar o controle das doenças mais prevalentes entre a população. Pretendemos como o estudo refletir sobre a saúde ambiental a partir da Saúde Coletiva visando promoção da saúde. Em síntese, atividades educativas além de se utilizarem de diferentes métodos para realizar controle das doenças mais prevalentes, é passo fundamental para novas abordagens interventivas na área. Introdução ambiental, atenção básica de saúde e saúde coletiva. Muito embora alguns aspectos da saúde pública estejam relacionados a um conceito moderno, suas raízes remontam às civilizações antigas. Desde os primórdios da civilização humana, reconheceu-se que a doença podia ser ocasionada pela água contaminada e pela propagação de vetores devido ao descarte inadequado de resíduos (Gidey,Taju e Hagos, 2005). A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como saúde ambiental os agravos causados à saúde decorrente da interação do homem com o meio ambiente físico, natural. Contudo, existe ainda a possibilidade de se conferir à relação entre saúde e ambiente caráter apenas ecológico, deixando à parte outros aspectos importantes no processo (Gouveia,1999). No âmbito do SUS, as ações de promoção da saúde devem ser implementadas levando-se em consideração o ambiente onde as pessoas residem e trabalham. Assim, para que os riscos ambientais sejam tratados como um problema para a saúde, o ambiente deve ser internalizado à política, ao diagnóstico, ao planejamento e às ações de saúde. Levando-se em consideração essas premissas e ciente da importância social das ações dos profissionais de saúde coletiva na prevenção dos agravos à saúde da população, o estudo visa refletir sobre a saúde coletiva, com a finalidade de identificar como vem se constituindo as questões ambientais e sua influência na prevenção de agravos a saúde da população. Resultados e Discussão Apresentam-se breves definições sobre questões ambientais relacionadas à atenção básica de saúde, contudo, recomendam-se novas investigações destinadas a avaliar, mais detidamente, de forma exploratória, a temática em questão. O termo Saúde Coletiva passou a ser utilizado no Brasil, em 1979, fundado com orientação teórica, metodológica e política que privilegiava o social por um grupo de profissionais da saúde pública e da medicina preventiva e social (Campos, 2000). Campo de práticas teóricas e de intervenções concretas na realidade, tendo por objeto o processo saúde-doença nas coletividades. Com a função de produção de conhecimento e tecnologias sobre a doença e seus determinantes, integrando as dimensões biológicas, ecológicas, social, psíquica; bem como intervenção concreta na coletividade, no indivíduo e no contexto. A Saúde Coletiva traz um novo enfoque para o processo saúde-doença, transformação permanente, e de acordo com Tambellini & Câmara (1998) a ação se dá em um meio dinâmico, transformável. Questões ambientais são um problema de saúde, já que a busca pelo desenvolvimento econômico na maioria das vezes não é acompanhada pela devida preocupação com o meio ambiente. Muitas vezes os “[...] seres humanos são responsáveis pelos danos causados à natureza, por isso se torna necessária a reflexão acerca do bem-estar ecológico e humano” (Bezerra et al, 2010, p. 849). A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) Material e Métodos Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre saúde 4. Universidade Severino Sombra, Mestrando em Ciências Ambientais, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Mestrado em Ciências Ambientais, Vassouras-RJ, Brasil. 3. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 11 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Saúde Coletiva. Ambiente. Atenção Básica. fatores de riscos, que podem contribuir ou determinar repercussões negativas sobre a saúde. Muito embora tenha havido desenvolvimento de cidades, importante para elevar o padrão de vida dos indivíduos e, consequentemente, o aumento na expectativa de vida, devido às melhores condições de vida e saúde. Quadro esse que vem se revertendo devido à degradação do ambiente urbano, aumento da pobreza, introdução de novas ameaças à saúde e o ressurgimento de males antigos, considerados sob controle. Desta forma, a crescente escassez de água, o crescimento populacional e as alterações demográficas e urbanísticas tendem a afetar o fornecimento de água e a capacidade dos sistemas e serviços de saneamento. Não há dúvida da necessidade de adequação da infraestrutura atuais e elaboração de projetos para modernização dos sistemas e serviços existentes. Em síntese, a relação saúde/doença e ambiente, é uma questão complexa, mas que requer ações dos profissionais de saúde coletiva na prevenção dos agravos à saúde da população. Desenvolver diversas atividades educativas, além de se utilizarem de diferentes métodos para realizar o controle das doenças mais prevalentes, se atentando para as multicausalidades e contextualização de questões socioambientais e culturais essenciais para o entendimento e formulação de estratégias é passo fundamental para novas abordagens interventivas na área. Referências BESERRA, EP; ALVES, MDS; PINHEIRO, PNC. Educação ambiental e enfermagem: uma integração necessária. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 63, n. 5, p. 848-52, set./out., 2010. BRASIL. MS. Política Nacional de atenção integral à saúde. Princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2011. CAMPOS, GWS. Saúde pública e saúde coletiva: Campo e núcleo de saberes e práticas. Sociedade e Cultura, v. 3, n. 1 e 2. 2000, p. 51-74 GIDEY, G; TAJU, S; HAGOS, A. Introduction to public health. Ethiopia: Mekelle University, 2005. GOUVEIA, N. Saúde e meio ambiente nas cidades: os desafios da saúde ambiental. Saúde e Sociedade, v. 8, n. 1, p. 49-61, 1999. WHO. World Health Organization. Water Quality and Health Strategy 20132020. Jan. 2013. Disponível em: <http://www.who.int/water_sanitation_ health/dwq/en/>. TAMBELLINI AT, CÂMARA V. A temática saúde e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da saúde coletiva: aspectos históricos, conceituais e metodológicos. Ciência & Saúde Coletiva 1998;3(2):47-59. Conclusão Estudar a saúde coletiva, com a finalidade de identificar como vem se constituindo as questões ambientais e sua influência na prevenção de agravos a saúde da população, é passo fundamental para identificar 12 V JORNADA SEVERINO SOMBRA ressalta que a Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde (BRASIL, 2011). Uma questão ambiental importante que produz efeito sobre a coletividade e que têm sido motivo de preocupação entre os pesquisadores da área é o saneamento e água potável, como expresso no relatório: “Progresso sobre Saneamento e Água Potável 2013”, editado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), advertindo que em 2015 cerca de 2,4 bilhões de pessoas ainda terão que conviver sem saneamento básico. Acesso à água potável é um componente crítico para a saúde humana, o desenvolvimento socioeconômico e bem-estar individual. Conforme a OMS a qualidade da água potável é um poderoso determinante de saúde ambiental. A garantia da segurança da água potável é a base para a prevenção e controle de doenças transmitidas pela água, tais como a diarreia, cólera, disenteria, febre tifoide entre outras (WHO, 2013). Embora, globalmente, tenha havido grande progresso em relação ao aumento do acesso a fontes melhoradas de água potável. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) pessoas no mundo inteiro ainda não usufruem de saneamento adequado, onde fazer necessidades a céu aberto, com grande incidência entre as comunidades de áreas rurais ainda é uma realidade. Para promover a prevenção de doenças entre a população, os profissionais de saúde coletiva que atuam na Atenção Básica, buscam ao longo do tempo, desenvolver atividades educacionais com diferentes métodos para realizar o controle das doenças mais prevalentes entre a população. O que nos leva a refletir se os profissionais da saúde possuem uma concepção de ambiente como espaço de interação na atenção básica? Tem clareza acerca dos impactos da atual problemática ambiental e suas consequências na saúde das pessoas? Como tem lidado com as demandas ambientais na sua prática profissional? Ao mesmo passo é indispensável ainda refletir perguntas condutoras, igualmente comuns, como: qual a percepção e o conhecimento que os sujeitos expostos têm sobre os problemas de saúde coletiva que se apresentam? Que ações podem ser implementadas pelo profissional da saúde coletiva para que ocorram mudanças de curto, médio e longo prazos como medidas de prevenção? Prótese parcial removível não convencional - PPR flex – uma alternativa para edêntulos parciais Ana Paula Clementino de Oliveira, Oswaldo Luiz Cecílio Barbosa, Carla Cristina Neves Barbosa Resumo Os pacientes edêntulos parciais podem ser reabilitados de diversas formas, dentre elas podemos citar as próteses fixas, as próteses removíveis e as próteses implantossuportadas. Porém algumas limitações podem interferir na escolha de um sistema. Em decorrência disso a PPR torna-se o tratamento de eleição mesmo apresentando algumas desvantagens. Entretanto, algumas evoluções em sua confecção, como desenho da estrutura, mudança do eixo de inserção, qualidade dos dentes utilizados e o material para sua confecção vieram para melhorar a adaptação do paciente com a prótese. Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão de literatura sobre o que de mais atual há nos tipos de PPRs não convencionais, assim como suas vantagens, desvantagens, indicações e contraindicações. Introdução do paciente. Dentre as vantagens da PPRnc estão estética e satisfação; estética gengival: a resina flexível é translúcida, o que permite a mistura de sua cor com à da gengiva do paciente; resistência: devido a sua estrutura flexível a fratura dos componentes ocorre com dificuldade e persiste aos inúmeros ciclos de inserção e remoção, sem perder a capacidade retentiva e são mais leves que as PPR convencionais; cicatrização: sua característica resiliente diminui a concentração de forças no rebordo, favorecendo a regeneração e a remodelação óssea pósexodontia e cirurgia de implantes, quando comparada à PPRc provisória; ausência de monômeros: diminuindo a toxidade e as reações alérgicas; menor sorção de água: apresentam menor sorção de água que as resinas convencionais e a adição de nylon na sua estrutura molecular, confere ao material característica mais higiênica, menor acúmulo de placa e movimentação mais suave dos tecidos bucais3,4,5,6,7. Com isso, o uso das resinas flexíveis para confecção de PPRnc apresenta grande utilidade em casos em que há comprometimento estético, próteses confeccionadas para uso imediato temporário, pacientes com dificuldade de abertura de boca ou com disfunção motora8. Sendo assim, sugere-se que mais estudos possam ser realizados com planejamento antecipado e análise das vantagens e desvantagens que são peculiares à cada caso no intuito de auxiliar cirurgiões-dentistas a utilizarem um material eficaz e seguro. Atualmente, no Brasil, a proporção de idosos cresce mais rapidamente do que a proporção de crianças, podendo chegar ao número de 30 milhões de idosos em 2050¹. Tendo em vista este fato, cirurgiões-dentistas, ao longo dos anos, aprimoraram técnicas odontológicas, a fim de restabelecer a função de dentes perdidos e reagrupá-los de maneira harmoniosa. Dentre as opções de tratamento disponíveis no mercado destacam-se a prótese parcial removível convencional (PPRc) e a prótese parcial removível não convencional (PPRnc) que são associadas a implantes osseointegrados, sobre raízes, overlays e as próteses do tipo flexíveis². Com a perda dos dentes, o indivíduo passa por alterações que irão modificar todo seu padrão mastigatório como dificuldade de dicção, mastigação, deglutição e alterações estéticas que podem levar a uma reclusão do meio social onde se encontra inserido. Contudo, embora a maioria dos cirurgiões-dentistas façam uso da PPR no seu cotidiano clínico, ainda poucos são diferenciados o suficiente para aplicar as denominadas próteses parciais removíveis não convencionais (PPRnc). Discussão O planejamento adequado do trabalho deverá ser realizado com cuidado, pois a estética, função e conforto estão diretamente relacionados ao sucesso do trabalho e à satisfação do paciente. Alguns requisitos devem ser seguidos, como o respeito aos conceitos biomecânicos, controle posterior e a manutenção da higiene por parte Conclusão Diante do exposto, sugere-se que a resina flexível 1. Graduanda em Odontologia pela Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Professor do Centro de Ciências de Saúde do Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra. 3. Professora do Centro de Ciências de Saúde do Curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 13 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Prótese parcial removível. Prótese Dentária. Estética dentária. pode ser uma opção para confecção de próteses e reposição de elementos dentários perdidos em pacientes parcialmente dentados. Contudo, para as PPRs confeccionadas com resinas flexíveis serem consideradas substitutas das PPRs de cobalto-cromo (Co-Cr) e de resinas acrílicas, ainda são necessários mais estudos clínicos longitudinais controlados para avaliação do comportamento do material flexível e das condições dos dentes remanescentes e dos tecidos adjacentes diante do seu uso. Indiquem-se, portanto, com cautela até que o assunto seja mais bem elucidado. Referências 1. Gift HC, Drury TF, Nowjack-Raymer RE, Selwitz RH. The state of the nation’s oral health: mid-decade assessment of Healthy People 2000. J Public Health Dent. 1996 Spring;56(2):84-91. 2. Paula VH, Lorenzoni FC, Bonfante G. Próteses parciais removíveis não convencionais – parte 1. FULL Dentistry in Science.2011.2(7). 3. Kaplan P. Flexible removable partial dentures: design and clasp concepts. Dent Today, São Paulo. 2008; 27(12):120-22. 4. Goiato MC, et al. Effect of accelerated aging on the microhardness and color stability of flexible resins for dentures. Brazilian Oral Research, São Paulo. 2010; 24(1):114-19. V JORNADA SEVERINO SOMBRA 5. Negrutiu M, Sinescu C, Romanu M, Pop D, Lakatos S. Thermoplastic Resins for Flexible Framework Removable Partial Dentures. Timisoara Medical Journal. 2005;55(3):295-99. 6. De Luca A. The unique thermoplastic injected partial-flexite. Trends Tech Contemp Dent Lab. 1987; 4(2): 30-33. 7. Stafford GD, Bates JF, Hugett R, Handley RW. A review of the properties of some denture base polymers. J Dent. 1980; 8(4): 292-306. 8. Kaplan P. Flexible removable partial dentures: design and clasp concepts. Dent Today, São Paulo. 2008; 27(12):120-2. 14 Risco de contaminação humana por fungos e bactéria no âmbito do PSF Diego Lima Candido da Silva5, Marilei de Melo Tavares e Souza², Ulisses Rodrigues Dias6, Marcelo Flores Catelli³ Resumo O estudo tem por objetivo analisar o risco de contaminação humana por fungos e bactérias presentes em ambiente de saúde estudando a relação entre microrganismos encontrados no PSF e o risco de contaminação em trabalhadores de Enfermagem. O estudo integra o projeto de pesquisa intitulado: a relação entre gênero e trabalho e a instabilidade do vínculo trabalhista das enfermeiras do Programa Saúde da Família (PSF). Os resultados preliminares apontam que profissionais que atuam no âmbito da saúde estão mais suscetíveis à exposição e contaminação por microrganismo e que a maioria das instituições de saúde não identifica as espécies de Estafilococos Coagulase Negativa (ECN) de rotina, dada a necessidade de execução de inúmeros testes bioquímicos. Em síntese, trabalhadores que atuam no âmbito do PSF estão expostos a alguns fatores de risco, como fungos e bactérias presentes nos ambientes de saúde. Introdução dispositivo público de atendimento em saúde. Foi realizada uma busca de artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais indexados nas seguintes bases de dados: Bases de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online /Biblioteca Virtual em Saúde (MEDLINE) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Descritores utilizados: enfermagem, microbiologia, Programa Saúde da Família. Foram selecionados 09 artigos publicados nos últimos quatro anos. O principal propósito do Programa Saúde da Família é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população. A estratégia do PSF prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O presente estudo tem por objetivo analisar o risco de contaminação humana por fungos e bactérias presentes em ambiente de saúde, estudando a relação entre microrganismos encontrados no PSF e o risco de contaminação em trabalhadores de Enfermagem. Busca-se realizar um estudo com microrganismos, como fungos e bactérias presentes no ambiente de Unidade de Saúde. Resultados e Discussão Apresentam-se breves definições sobre microorganismos e exposição em ambientes de saúde, contudo, buscaremos discutir mais detidamente a temática e apontar algumas necessidades para realização de novas investigações sobre risco de contaminação humana por fungos e bactérias presentes em ambiente de saúde. Os resultados preliminares apontam que profissionais que atuam no âmbito da saúde estão mais suscetíveis à exposição e contaminação por microorganismo e que a maioria das instituições de saúde não identifica as espécies de Estafilococos Coagulase Negativa (ECN) de rotina, dada a necessidade de execução de inúmeros testes bioquímicos (Silva et al, 2012). Material e Métodos Pesquisa exploratória descritiva de abordagem quantitativo-qualitativa. Para entender questões que influenciam na configuração da instabilidade do trabalho de enfermeiras no âmbito do SUS, como trabalho insalubre, exposição a microrganismos e à saúde ambiental. Realizou-se um levantamento bibliográfico inicial de produções cientificas. Este estudo integra o projeto de pesquisa intitulado “A relação entre gênero e trabalho e a instabilidade do vínculo trabalhista das enfermeiras do Programa Saúde da Família (PSF)”. Compõe o cenário da pesquisa o Programa Saúde da Família do município de Vassouras. A escolha ocorreu em função do Programa Saúde da Família encontrarse 100% implantado, constituindo-se no principal Conclusão Buscamos com o estudo investigar fatores de 5. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Biomedicina, Iniciação Científica-IC, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 3. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Biomedicina, Vassouras-RJ, Brasil. 15 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Microbiologia. Programa Saúde da Família. risco a que estão expostos os trabalhadores que atuam na Estratégia Saúde da Família, como fungos e bactérias presentes no ambiente de saúde. Trabalhadores que atuam no âmbito do PSF estão expostos a alguns fatores de risco, como fungos e bactérias presentes no ambientes de saúde. Tendo em sua essência a noção de que o ambiente influencia mais do que somente na presença ou ausência de doença, relaciona-se com a questão central de promoção de saúde, buscando um equilíbrio entre os diferentes atores envolvidos na rede de cuidado. Referências FERREIRA, Adriano Menis; ANDRADE, Denise de; RIGOTTI, Marcelo Alessandro; GUERRA, Odanir Garcia. Rev. enferm. UERJ; 17(1)jan.-mar. 2009. HINRICHSEN, Sylvia Lemos et al. Candida isolates in tertiary hospitals in northeastern Brazil. Braz. J. Microbiol. [online]. 2009, vol.40, n.2, pp. 325328. LISE, Fernanda; GARCIA, Flávio Roberto Mello and LUTINSKI, Junir Antônio. Association of ants (Hymenoptera: Formicidae) with bacteria in hospitals in the State of Santa Catarina. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2006, vol.39, n.6, pp. 523-526. V JORNADA SEVERINO SOMBRA MEYER, Gabriela and PICOLI, Simone Ulrich. Fenótipos de betalactamases em Klebsiella pneumoniae de hospital de emergência de Porto Alegre. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2011, vol.47, n.1, pp. 24-31. OLIVEIRA, Claudio Bruno Silva de et al. Frequência e perfil de resistência de Klebsiella spp. em um hospital universitário de Natal/RN durante 10 anos. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2011, vol.47, n.6, pp. 589-594. ORTIZ, Erica et al. Microbiology of rhinosinusitis in immunosupressed patients from the university hospital. Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.) [online]. 2011, vol.77, n.4, pp. 522-525. PEREIRA, Eliane Patricia Lino e CUNHA, Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da. Avaliação da colonização nasal por Staphylococcus spp. resistenteà oxacilina em alunos de enfermagem. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online]. 2009, vol.45, n.5, pp. 361-369. ROSA, Juliana de Oliveira et al. Detecção do gene mecA em estafilococos coagulase negativa resistentes à oxacilina isolados da saliva de profissionais da enfermagem. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2009, vol.42, n.4, pp. 398-403. SILVA, Eduardo Caetano Brandão Ferreira da et al. Colonização pelo Staphylococcus aureus em profissionais de enfermagem de um hospital escola de Pernambuco. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2012, vol.46, n.1, pp. 132-137. 16 A importância da visita domiciliar para o processo ensinoaprendizagem do acadêmico do curso de Odontologia: a percepção do preceptor Leandro Morais Coelho de Oliveira¹, Rachel Ferreira Bello¹, Rachel Coutinho Pierre¹, Michele Dittz¹, Lécio Lima Yacoub, Lívia Meneleu Conti¹ Resumo Os cursos de Odontologia em todo o Brasil têm se adequado às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais, buscando a formação de futuros profissionais generalistas, capazes de cuidar de indivíduos e não somente prestar assistência a doentes, aptos a trabalhar em equipes multiprofissionais, em espaços de trabalhos variados e não restritos apenas ao consultório odontológico. O objetivo desse trabalho é mostrar o impacto das Visitas Domiciliares (VD) no processo ensino-aprendizagem dos acadêmicos do curso de odontologia da Universidade Severino Sombra, sob a percepção do cirurgião-dentista preceptor de Estágio Supervisionado nas unidades Estratégia Saúde da Família (ESF). Os dados foram obtidos através dos depoimentos individuais dos preceptores e agrupados por temas. A visita domiciliar mostrou-se um instrumento efetivo para o processo ensino-aprendizagem porque aproximou os alunos da realidade socioeconômica, cultural e sanitária da população e oportunizou a construção do conhecimento em locais onde efetivamente acontecem as ações de saúde, além de constituir recurso facilitador da construção do conceito de compreensão ampliada do processo saúde-doença pelo aluno do curso de Odontologia. Introdução para ações de assistência à saúde aos usuários que estejam impossibilitados de comparecer à unidade de saúde por doença, desconforto ou falta de tempo. O objetivo desse trabalho é mostrar o impacto das visitas domiciliares na aprendizagem dos acadêmicos de odontologia na ótica do preceptor de Estágio Supervisionado. Os cursos de Odontologia em todo o Brasil têm se adequado às orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação (DCN), buscando a promoção de uma formação acadêmica atrelada a referenciais epidemiológicos, sociais, econômicos e culturais, dirigindo sua atuação para a transformação dessa realidade em benefício da sociedade. Buscando a formação de futuros profissionais generalistas, capazes de cuidar dos indivíduos e não somente de prestar assistência a doentes, aptos a trabalhar em equipes multiprofissionais, em espaços de trabalhos variados e não restritos apenas ao consultório odontológico. O aprendizado baseado no serviço à comunidade tem sido comum entre as estratégias utilizadas na educação odontológica favorecendo a responsabilidade social durante a formação do aluno. A Visita Domiciliar (VD), ação integrante das realizadas pelo cirurgião dentista da equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), representa recurso privilegiado do processo de ensino-aprendizagem discente, contribuindo para a construção da concepção ampliada de saúde. A VD constitui um instrumento de atenção à saúde que possibilita, a partir do conhecimento da realidade do usuário do sistema de saúde e de sua família, fortalecer os vínculos entre profissional e indivíduo, viabilizar ações integradas de vigilância à saúde, reabilitação e promoção de saúde, além das atividades de promoção de saúde. Além disso, a VD representa uma alternativa Material e Métodos Este trabalho é um relato da percepção dos cirurgiões-dentistas preceptores de Estágio Supervisionado realizado nas unidades ESF sobre a importância da Visita Domiciliar para o processo ensinoaprendizagem do acadêmico do curso de Odontologia. Por meio de convênio, as unidades ESF no município de Vassouras servem de campo para desenvolvimento da disciplina Estágio Supervisionado para os alunos do 6.º período do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra (USS). Os alunos estagiam em seis unidades ESF, uma vez por semana, com carga horária de cinco horas semanais. O programa curricular da disciplina Estágio Supervisionado tem, entre seus objetivos, instrumentalizar o aluno para o aprimoramento cognitivo e motor que contribuam para a realização de atividades educativas preventivo-promocionais, para a execução de atividades clínicas reabilitadoras nos diferentes cenários vinculados às ESF, que constituem locus de planejamento de VD, realizadas pelos alunos, sob supervisão dos preceptores, e com acompanhamento 1. Cirurgião-dentista. Preceptor de estágio supervisionado nas unidades Estratégia de Saúde da Família do Município de Vassouras-RJ. 17 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Estratégia Saúde da Família. Visita Domiciliar. Visita com Preceptor. no sistema. de um agente comunitário de Saúde (ACS), elo entre os profissionais da equipe de saúde bucal e a comunidade do território adstrito à unidade de saúde. Neste contexto, em 2014 foi criado um grupo integrado pelos seis preceptores de estágio nas Unidades de Saúde da Família, cenários de pratica curricular do curso. Ao final do período acadêmico, cada preceptor deu seu depoimento, por escrito, sobre as percepções relacionadas aprendizagem dos acadêmicos com o desenvolvimento da visita domiciliar. Foi realizada a leitura de cada depoimento, posteriormente agrupados por temas apontados. Conclusão A VD mostrou-se um instrumento efetivo para o processo ensino-aprendizagem, porque aproximou os alunos da realidade socioeconômica, cultural e sanitária da população e deu oportunidade à construção do conhecimento em locais onde efetivamente acontecem as ações de saúde. Constituiu-se em oportunidade de otimizar a compreensão do conceito ampliado de saúde e mostrou-se efetiva, não só para formação profissional, mas também para o reconhecimento de atitudes e valores relacionados ao compromisso social dos profissionais de saúde. Resultados e Discussão Através dos depoimentos emergiram os seguintes temas: Referências Tema 1: Visão ampliada do processo saúdedoença. No contato com as famílias, percebeu-se que saúde e doença não são processos estáticos e isolados; é possível ter saúde mesmo apresentando algumas limitações. As experiências dos alunos baseadas na comunidade podem levar mudanças de atitudes e um melhor entendimento dos determinantes de saúde. Sugere o entendimento de que as condições sociais são barreiras e que o processo saúde-doença é altamente influenciado pelo social e não pelo biológico. Foi percebido como é importante para o reconhecimento dos determinantes de saúde, a ampliação da visão sobre o processo saúde-doença. FARIAS, M. R. de; SAMPAIO, J.J.C. Papel do cirurgião-dentista na equipe de saúde da família. RGO - Rev Gaúcha Odontol., v.59, n.1, p.109-115, jan./mar., 2011. Tema 2: Importância do vínculo profissionalpaciente. Com o desenvolvimento das VD, os alunos perceberam uma maior possibilidade de contato e entendimento da realidade do usuário e do serviço. A visita domiciliar favoreceu o desenvolvimento do vínculo e do acolhimento, o que é difícil de conseguir somente no procedimento técnico, pois este é limitado. Tema 3: Realidade como base do aprendizado. A visita domiciliar foi importante para o aluno enxergar a realidade e a interferência dos fatores socioeconômicos e culturais; esses conhecimentos auxiliam o diagnóstico clínico e elaboração de planos de tratamentos mais adequados e condizentes com a realidade dos usuários. Foi importante para a transformação de imagens e conceitos muitas vezes negativos que os alunos têm sobre o sistema. A visita é importante, pois se presenciam a realidade da população e dos profissionais que atuam 18 V JORNADA SEVERINO SOMBRA GONSALVES, E.M.B.; Oliveira, A.E. O processo de trabalho do cirurgiãodentista na estratégia saúde da família: uma contribuição à construção do SUS. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde.; v. 11, n.3, p. 44-51, 2009. Estudo preliminar sobre o tratamento da Tuberculose Luiz Henrique Guerra7, Marilei de Melo Tavares e Souza², Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves² Resumo De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Tuberculose é apontada como um dos problemas de saúde mais importantes do mundo. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ainda apresenta casos de tuberculose (TB) com taxas de incidência elevadas nas regiões Sudeste, Norte, Sul e Nordeste. O Ministério da Saúde tem seguido a recomendação da OMS, de estimular a produção científica em relação à Tuberculose. Por ser a Tuberculose a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte dentre as doenças infecciosas definidas dos pacientes com Aids (Brasil, 2015), o presente estudo tem por objetivo investigar as principais causas que levam ao abandono do seu tratamento. Busca-se a partir do estudo divulgar informações sobre desafios e ações para o controle da Tuberculose, tendo em vista que a doença leva a 4.000 (quatro mil mortes) por ano. Introdução enfrentamento da doença e do estigma, valorizando as experiências e realidades locais, constituem uma importante estratégia para o desenvolvimento de ações conjuntas de modo a enfrentar os determinantes sociais relacionados à tuberculose, em especial, os que possuem relação direta com a pobreza e a dificuldade de acesso (FPBCT, 2015). De acordo com a Portaria n.º 1.378/2013, que regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde, a integração com a Atenção à Saúde é uma das diretrizes a serem observadas, com desenvolvimento de um processo de trabalho condizente com a realidade local, que preserve as especificidades dos setores e compartilhe suas tecnologias, com vistas a racionalizar e melhorar a efetividade das ações de vigilância, proteção, prevenção e controle de doenças e promoção em saúde. Algumas ações de vigilância podem ser desenvolvidas em serviços de saúde tanto pública como privada, nos vários níveis de atenção, em laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade, bem como o desenvolvimento de estratégias e implementação de ações de educação, comunicação e mobilização social; fomento e execução da educação permanente em seu âmbito de atuação (Brasil, 2013). Mesmo com a descentralização do tratamento para a Atenção Básica, que pode ser apontada como uma das causas da redução nos índices da doença, e de o Sistema Único de Saúde (SUS), que pode disponibilizar gratuitamente o tratamento contra a Tuberculose, para atingir a cura, o paciente deve realizá-lo durante seis meses, sem interrupção. A tuberculose continua na pauta da discussão mundial sobre saúde, tendo em vista que Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, existam no mundo nove milhões de casos novos da doença. Apontada como um dos problemas de saúde mais importantes do mundo, a Tuberculose tem como principal sintoma a tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, são mais vulneráveis à doença as populações indígenas, presidiários, moradores de rua, devido à dificuldade de acesso aos serviços de saúde e às condições específicas de vida – desafio para o combate da doença; além das pessoas vivendo com o HIV. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ainda apresenta casos de tuberculose (TB), com taxas de incidência elevadas nas regiões Sudeste, Norte, Sul e Nordeste. O Ministério da Saúde tem seguido a recomendação da OMS, de estimular a produção científica em relação à Tuberculose. Uma vez que a Tuberculose é a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte dentre as doenças infecciosas definidas dos pacientes com Aids (Brasil, 2015). A partir de uma manifestação de apoio à estratégia da Organização Mundial de Saúde (OMS) convocando "solidariedade e ação global" para apoiar uma nova estratégia de 20 anos, que tem como objetivo acabar com a epidemia global de Tuberculose. A Carta aberta à população, alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose de 24 de março 2015, aponta que, apesar dos esforços e avanços em relação às ações no enfrentamento da Tuberculose no Brasil, aponta que ainda há muito a ser feito para seu efetivo controle e neste sentido, para o fortalecimento do enfrentamento da TB no Brasil. Uma vez que a doença apresenta consequências para as famílias afetadas e agravando as desigualdades. O aumento na participação das organizações da sociedade civil e grupos de pessoas afetadas no processo de 7. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Técnico de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Vassouras/Centro de Vigilância Epidemiológica. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 19 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Tuberculose. Tratamento. SUS. Diante o exposto, e cientes da importância das ações dos profissionais de enfermagem na prevenção dos agravos à saúde da população, bem como no tratamento e combate à Tuberculose, fomos levados a refletir sobre as ações em saúde, desenvolvidas pelo enfermeiro para o combate à Tuberculose. Elas têm sido efetivas para auxiliar o paciente no tratamento da Tuberculose? Para tanto temos como objetivo investigar as principais causas que podem levar ao abandono do tratamento da Tuberculose. Material e Métodos Trata-se de um estudo preliminar a partir da análise documental de artigos e de produções científicas relacionadas ao tratamento da Tuberculose, publicados entre 2010 e 2015. Resultados e Discussão O estudo apresenta-se em fase de busca, em relação ao levantamento inicial, como estratégia metodológica de adequação do projeto para auxiliar a fase de elaboração, bem como nos resultados da pesquisa a serem apresentados em seu relatório final. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusão Entendemos que há desafios no tratamento da Tuberculose que precisam ser enfrentados, mas com ações concretas com participação de vários atores envolvidos para o enfrentamento da Tuberculose. Sobretudo, para o fortalecimento das ações visando à garantia do tratamento e estratégias incluem fatores sociais e econômicos para que os pacientes não abandonem o tratamento. Referências BRASIL, Ministério da Sáude. Meta do Ministério da Saúde trabalhar para reduzir em 95% os óbitos pela doença até 2035. Brasília. MS, 2015. Disponível em:< http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agenciasaude/17137-taxa-de-mortalidade-> Acesso em 28 abr. 2015. BRASIL, Ministério da Sáude. PORTARIA Nº 1.378, DE 9 DE JULHO DE 2013. Regulamenta as responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde. Gabinete do Ministro. Brasília, Gabinete do Ministro. MS, 2013. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/ saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html> Acesso em 28 abr. 2015. SOUZAA MVN, VASCONCELOS TRA. Fármacos no combate à tuberculose: passado, presente e futuro. Quim. Nova. 2005; 28 (4): 678-682. FPBCT, Foum Parceria Brasileira Contra a Tuberculose. Carta aberta a população alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose – 24 de março, 2015. Stop TB Brasil < http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/ arquivos/anexos/ 65769deb233bd84eda3a8489aad5c302d05ecc39.PDF> 20 A representação da tecnologia no corpo do enfermeiro subjacentes ao trabalho no PSF Isack Bruno Marques9, Thiago Pontes de Oliveira César10, Pamela dos Santos Costa³, Thiago Augusto Soares Monteiro da Silva­4, Marilei de Melo Tavares e Souza5 Resumo O estudo tem por objetivo discutir a representação do trabalho na Enfermagem relacionado às tecnologias e como tem influenciado na subjetividade e no corpo do enfermeiro. Pesquisa de Campo de abordagem qualitativa com trabalhadores de Enfermagem que atuam em PSF. Análise dos dados a partir do referencial teórico de Christophe Dejours. Os resultados preliminares indicam que a tecnologia modela o corpo do trabalhador, adequando-o ao que é disponibilizado e transformando-o por cada novo aparato que surge. O corpo, por ser o lugar da subjetividade, caracteriza-se como um conjunto de possibilidades interligadas - experiências, produzindo diversos significados. O corpo enquanto objeto, força de trabalho associado à precarização e ao uso de tecnologia produz representações de sofrimento. Contudo, o uso de tecnologias pode potencializar a relação com o corpo quando dá lugar a outros dispositivos que possam produzir subjetividade. Palavras-Chave: Enfermagem. Tecnologia. Subjetividade. PSF. Introdução No âmbito do Programa Saúde da Família, os profissionais estão expostos a trabalho insalubres tanto no sentido material quanto subjetivo, submetidos a condições de trabalho precário e à baixa qualidade de vida, sendo submetidos a situações nas quais a manutenção da saúde está prejudicada. A sociedade comporta-se de forma que afetam a saúde, desenvolve-se tecnologias e forma recurso humano, bem como oferta de serviços e da formação de recursos humanos (Fleury e Ouverney, 2008). A marca do trabalho em saúde, do fazer e das relações e ações humanas que se processam em diferentes cenários de prática do enfermeiro, consolidam os espaços de trabalho e produção de cuidados. Como ocorreu no mundo do trabalho a tecnologia tem transformado nosso modo de viver, pensar, comunicar, trabalhar e cuidar. Essa mudança tem levado à ajustes no plano comportamental e no modo de subjetivação, indicando transformações no trabalho e no corpo. O desempenho do trabalho e a satisfação dos trabalhadores relacionamse com aspectos que afetam a vida laboral. Levando-se em consideração essas premissas o estudo visa discutir a representação do trabalho na enfermagem relacionado às tecnologias e como tem influenciado na subjetividade e no corpo do enfermeiro. Resultados e Discussão Os resultados preliminares indicam que as contradições e dificuldades que permeiam o processo de trabalho em saúde na contemporaneidade podem ser compreendidas como parte de um contexto maior em que se insere o mundo do trabalho hoje. Os enfermeiros que atuam no Programa de Saúde da Família (PSF) estão precarizados em suas modalidades de contratação, o que se encontra em contradição com o discurso de construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2004, através da portaria n.º 198, o Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor visando alcançar a integralidade da atenção à saúde, princípio fundamental do SUS (Brasil, 2004). A tecnologia modela o corpo do trabalhador, adequando-o ao que é disponibilizado e transformando-o por cada novo aparato que surge. O corpo por ser o lugar da subjetividade caracteriza-se como um conjunto de possibilidades interligadas - experiências, produzindo diversos significados. O corpo enquanto objeto, força de trabalho, associado a precarização e ao uso de tecnologia produz representações de sofrimento. Material e Métodos Pesquisa exploratória descritiva com abordagem 9. Universidade Severino Sombra, Discente do curso de Medicina, Iniciação Científica-IC, Vassouras-RJ, Brasil. 10. Universidade Severino Sombra, Mestrando em Ciências Ambientais, Vassouras-RJ, Brasil. 3. Universidade Severino Sombra, Enfermeira, Vassouras-RJ, Brasil. 4. Universidade Severino Sombra, Mestre em Enfermagem, Enfermeiro do HUSF, Vassouras-RJ, Brasil. 5. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 21 V JORNADA SEVERINO SOMBRA qualitativa com trabalhadores de enfermagem que atuam em PSF. Parte integrante de um projeto maior intitulado: a relação entre gênero e trabalho e a instabilidade do vínculo trabalhista das enfermeiras do Programa Saúde da Família. Leitura analítica e analise dos dados com base no método de análise do referencial teórico de Christophe Dejours (Dejours, 2004). Conclusão Buscamos com o estudo discutir precarização e representação do trabalho na enfermagem relacionado às tecnologias e como tem influenciado na subjetividade e no corpo. Verificamos que o desempenho do trabalho e a satisfação dos trabalhadores SE relacionam com aspectos que afetam a vida laboral dos enfermeiros. A intensificação laboral e a insegurança gerada pelo medo do desemprego fazem com que as pessoas se submetam a regimes e contratos de trabalho precários, percebendo baixos salários e arriscando sua vida e saúde em ambientes insalubres. O uso de tecnologias pode potencializar a relação com o corpo quando dá lugar a outros dispositivos que possam produzir subjetividade, transformando-o, como imaginação, criatividade, inventividade, requerendo dos corpos implicação pessoal, dedicação efetiva e capacidade de estabelecer conexões, redes. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA FLEURY, S.; OUVERNEY, A.M. Política de Saúde: uma política social. In: GIOVANELLA, L.; ESCOREL, S.; LOBATO, L.V.C.; NORONHA, J.C.; CARVALHO, A.I. (org.) Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, Cebes, 2008. DEJOURS, C. Subjetividade, trabalho e ação. Revista Produção, v. 14, n. 3, p. 027-034, Set./Dez. 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de atenção integral à saúde. Princípios e diretrizes. Brasília: MS, 2004. 22 Bullying no meio acadêmico de uma universidade particular Priscila Rocha Ribeiro11, Eliara Adelino da Silva², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo tem por objetivo identificar entre os acadêmicos de saúde da Universidade Severino Sombra, no município de Vassouras a opinião acerca da participação no Bullying universitário e situações relacionadas de constrangimento. A partir de uma prévia experimentação realizada durante o curso de Enfermagem. A violência no meio acadêmico tem sido alvo de uma preocupação crescente nas últimas duas décadas notam-se um grande aumento da investigação sobre o tema, em especial sobre um tipo específico de violência acadêmica. O bullying pode ser definido como uma ação em que um ou mais indivíduos agridem física, verbal ou emocionalmente outro indivíduo. O fenômeno se apresenta como um padrão repetido de intimidação física e psicológica, cuja intenção é provocar mal-estar, dominar socialmente (e fisicamente) o outro e demonstrar poder perante o grupo social. Os conflitos provenientes do bullying afetam as relações formais e informais entre os alunos podendo atingir situações de agressividade e violência. A Metodologia que auxilia o estudo foi de abordagem qualitativa. Palavras-Chave: Enfermagem. Violência. Escola. Introdução Sombra no município de vassouras a opinião acerca da participação no Bullying universitário e as situações de constrangimento a isto relacionadas. A temática da violência escolar tem sido alvo de uma preocupação crescente nas últimas duas décadas, tanto por parte da sociedade em geral quanto, especificamente, por parte da comunidade escolar. Neste tipo de comportamento estão envolvidos o agressor, o agredido, o grupo dos colegas, a própria instituição (professores, gestores escolares) e as famílias (a do agressor, a da vítima e os pais, em geral). Essa preocupação com a temática da violência traduz-se no grande aumento da investigação sobre o tema, em especial sobre um tipo específico de violência escolar – o bullying, que pode ser definido como uma ação em que um ou mais indivíduos agridem física, verbal ou emocionalmente outro indivíduo. O fenômeno se apresenta como um padrão repetido de intimidação física e psicológica, cuja intenção é provocar malestar, dominar socialmente (e fisicamente) o outro e demonstrar poder perante o grupo social (Smith, 1994; Cleary, Sullivan & Sullivan, 2003; Pereira, 2008). Os conflitos podem se transformar em comportamentos de bullying afetando as relações formais e informais entre os alunos, envolvendo por vezes, atos de extorsão, violência física ou verbal, roubo e vandalismo. Vale ressaltar que o bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima (Lopes & Saavedra, 2003). O objetivo deste estudo foi identificar entre os acadêmicos de Saúde da Universidade Severino A metodologia que auxilia o estudo é de abordagem qualitativa. Inicialmente, realizamos uma busca bibliográfica nas bases de dados: Bireme, Mendeley, repositório da UERJ e Google acadêmico. Resultados e Discussão Os resultados preliminares à média de idade dos estudantes foi compatível para a classificação de adulto jovem, que corresponde à idade de ingresso na universidade. A pesquisa avaliou apenas os acadêmicos matriculados no primeiro ano de graduação do curso de formação em Enfermagem. Verificou-se que 25% dos estudantes apresentaram idade compreendida entre 17 e 18 anos, considerados adolescentes, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) instituído no Brasil em 1990 – que considera essa fase como a compreendida entre 12 e 18 anos. Os estudantes universitários com idades entre 18 e 24 anos correspondem ao grupo mais frequentemente exposto a situações que envolvem diferentes tipos de violência. Têm maior acesso ao consumo de álcool e drogas e, ao mesmo tempo, são menos supervisionados pelos pais, quando comparados aos grupos etários mais jovens. A participação frequente em eventos violentos pode prejudicar seriamente os estudantes universitários, tanto físicos como psicologicamente. 11. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 23 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Metodologia Conclusão A atividade tem uma perspectiva crítica e contribui, pois aponta competências a serem desenvolvidas durante a graduação. Evidenciando que é preciso promover ações de incentivo para promover uma atividade e abordar, mas sobre o Bullying no meio acadêmico. Referências ABRAMOVAY, M. (Org). (2002). Escola e Violência. Brasilia: Unesco / Ucb. V JORNADA SEVERINO SOMBRA ABRAPIA, (2002). Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção a Infância e Adolescência. Acedido em 29 de Maio de 2009 em www.abrapia. org.br 24 Câncer de mama – desafios diante diagnóstico Nayara Cristina Ferreira12, Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O câncer é um dos problemas de saúde pública dos mais complexos enfrentados pelo sistema de saúde brasileira, devido a sua malignidade epidemiológica, social e econômica. Estudos apontam que pelo menos um terço dos casos novos de câncer que ocorrem atualmente no mundo, poderiam ser prevenidos. O presente estudo tem por objetivo refletir sobre o desafio da enfermagem diante o diagnóstico de câncer de mama. Busca-se compreender o impacto da doença e as repercussões para o cuidado. Estudo reflexivo a partir de uma análise documental realizada durante o curso de enfermagem. A Metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Busca-se a partir do material produzido divulgar informações sobre os desafios enfrentados pela enfermagem no tratamento do câncer de mama. Palavras-Chave: Enfermagem. Câncer de Mama. Diagnótico. Cuidado. Introdução compreender o impacto da doença e as repercussões para o cuidado voltado ao paciente e à família. De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS) com o crescente aumento de novos casos de câncer de mama em todo o mundo, mais comum entre mulheres, apesar de ocorrer em homens. No Brasil, de acordo com registros de informações sobre o câncer de mama, apontam um aumento significativo deste tipo de câncer principalmente em mulheres (Brasil, 2004). O Câncer de mama é considerado a primeira causa de morte entre as mulheres. Para o Instituto Nacional de Câncer (INCA) a detecção precoce do câncer, aliado à garantia de recursos diagnósticos e tratamento, do ponto de vista de Saúde Pública, é apontada como estratégia efetiva para prevenção do Câncer de Mama (Brasil, 2002). O impacto da doença precisa ser compreendido pelos profissionais que prestam assistência ao paciente, mas que podem estender a seus familiares. Contudo, devem ser consideradas as condições emocionais, socioeconômicos e culturais, visto que é nesse contexto que emerge a doença, e é com essa estrutura sociofamiliar que vão responder à situação de doença. A constatação da doença traz sofrimento para todos os familiares, seja pelo comprometimento da doença em si, como também pelo estigma ainda presente. Onde vivenciar o processo da doença, pode significar privação da sociabilidade cotidiana, interrupção do curso normal da vida para os enfermos e seus familiares e um novo processo e adaptação e aceitação do tratamento e as perspectivas de cura. Diante o exposto e ciente da importância da enfermagem na assistência ao portador de câncer, o estudo visa refletir sobre o desafio da enfermagem diante o diagnóstico de câncer de mama. Busca-se Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre Saúde Pública e Câncer de Mama, a partir da análise documental realizada em um estudo no decorrer do curso de enfermagem. A Metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Busca-se a com os resultados, divulgar informações sobre os desafios enfrentados pela enfermagem no tratamento de câncer de mama junto ao paciente e sua família, como subsídio para a prática de enfermagem voltada à oncologia. Resultados e Discussão O estudo apresenta-se em fase de busca parcial, em relação ao levantamento inicial, para adequação do projeto. Os resultados preliminares baseado em questões que norteiam o estudo, como as consequências do impacto da doença na vida do paciente e sua família. Apontam, para o fato, de ao receber o diagnóstico de câncer, pode ocorrer uma sobrecarga emocional tanto para o paciente, bem como para o familiar, podendo provocar vários transtornos, como depressão e ansiedade (Costa et al, 2012, p.32). Outras questões ainda estão sendo analisadas como: a presença da família pode ajudar o paciente no transcorrer do tratamento? Como a equipe de 12. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 25 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos enfermagem tem feito para dar suporte os familiares e pacientes recebem o diagnóstico de câncer? Há carência de qualificação dos profissionais de Enfermagem? Os questionamentos serão analisados em conjunto aos demais resultados da pesquisa a serem apresentados em seu relatório final. FEIJÓ, Aline Machado; SCHWARTZ, Eda; JARDIM, Vanda Maria da Rosa; LINCK, Caroline de Leon; ZILLMER, Juliana Graciela Vestena; LANGE, Celmira. O papel da família sob a ótica da mulher acometida por câncer de mama. Ciênc. cuid. saúde; 8(supl): 79-84, dez. 2009. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Buscamos uma breve reflexão sobre o desafio da enfermagem diante do diagnóstico de câncer de mama, impacto da doença e repercussões para o cuidado voltado ao paciente e à família. Compreendemos que paciente e sua família sofrem um grande impacto em suas vidas dando lugar a sentimentos e a condições objetivas de desamparo. O atendimento aos pacientes e seus familiares em atividades em grupos ou individualizadas, podem auxiliar, enquanto estratégia, na aceitação e compreensão do que está acontecendo no decorrer do tratamento. Além disso, pacientes necessitam de suporte familiar para enfrentar a doença/tratamento. Para tanto, disponibilizar um ambiente que favoreça a participação da família é fundamental, seja pelas necessidades que o paciente possa requerer, como pela possibilidade da família também se sentir apoiada, perceber que suas duvidas, perspectivas, cuidados, questionamentos e medo, serão acolhidos pelo profissional de Enfermagem. Espera-se que a pesquisa venha trazer contribuições para a discussão sobre a temática e apontar para a necessidade de realização de novas investigações na área, destinadas a avaliar, mais detidamente, o tema câncer de mama. Referências BRASIL, Ministério da Saúde. Controle de Câncer de Mama documento de consenso. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV). Rio de Janeiro, 2004.Disponível em: http://www.inca.gov.br/publicacoes/ consensointegra.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Atlas de mortalidade por câncer no Brasil 1979-1999. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV). Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:http://www.inca.gov.br/atlas/docs/introducao.pdf COSTA, Wagner Barreto; VIEIRA, Marta Raquel Mendes; NASCIMENTO, Weide Dayane Marques; PERERIA, Luciana Barbosa; LEITE, Maisa Tavares de Souza. Mulheres com câncer de mama: interações e percepções sobre o cuidado do enfermeiro, REME rev. min. enferm; 16(1): 31-37, jan.mar. 2012. FURTADO, Soraya Bezerra; LÔBO, Sâmya Aguiar; SANTOS, Míria Conceição Lavinas; SILVA, Anna Paula Sousa da; FERNANDES, Ana Fátima Carvalho. Compreendendo sentimentos acerca do câncer de mama: relato de enfermeiras Rev. RENE; 10(4): 45-51, oct.-dec. 2009. RODRIGUES, Simone Braga. Sistematização da consulta de enfermagem na admissão do cliente no setor de oncologia clínica. Trabalho apresentado ao Instituto Nacional de Câncer para obtenção do grau de Especialista. Rio de Janeiro; s.n; INCA, 2010. 21p. 26 Controle da Infecção Neonatal: Principais Causas Victoria Pereira Daniel13, Jannaina Sther Leite Godinho², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo tem por objetivo apresentar a partir de revisão bibliográfica, as principais causas da infecção neonatal na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). A partir de uma prévia do Trabalho de Conclusão de Curso realizado na Enfermagem. Busca-se a partir desse trabalho mostrar o papel do enfermeiro na conduta da prevenção na infecção neonatal. A Metodologia que auxilia o estudo é de abordagem qualitativa. Integra uma busca de artigos durante o decorrer da Disciplina Projeto de Pesquisa no Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Severino Sombra no ano de 2014. Concluímos que a atividade numa perspectiva crítica contribui, pois aponta competências a serem desenvolvidas durante a graduação. Evidenciando que é preciso promover ações de incentivo a melhoria dos fatores de infecção neonatal, através das causas relacionadas à infecção neonatal. Introdução Material e Métodos A Neonatologia vem do latim: neo - novo; nato - nascimento e logia - estudo, é o ramo da Pediatria que se ocupa das crianças desde o nascimento até aos 28 dias de idade. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal é um local onde o serviço é altamente qualificado e técnico para o tratamento de recém-natos/neonatos que apresentam disfunções clínico-cirúrgicas desde o nascimento até aos 28 dias de vida. É muito importante com essa clientela ter o cuidado nas 24 horas do dia. O Ministério da Saúde com a Portaria n.º 466, 4 de junho de 1998, define UTI como "um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de enfermagem ininterruptas, além de equipamento e recursos humanos especializados". As infecções neonatais são doenças ou síndromes de diferentes etiologias que apresentam semelhanças clínicas, representadas principalmente pelos clássicos agentes que compõem o acrônimo TORCH (Toxoplasmose, Outros: Sífilis. Doença de chagas, Malária, Hepatite B, Echerovirose, Rubéola congênita). A neonatologia é o ramo da Pediatria que se ocupa das crianças desde o nascimento até aos 28 dias de idade. Temos por objetivo apresentar a partir de revisão bibliográfica, as principais causas da infecção neonatal, identificar as medidas de controle da infecção hospitalar, analisar os fatores que contribuem para a infecção, propondo ações resolutivas para a UTIN. A metodologia que auxiliou o estudo foi de abordagem qualitativa, trata-se de uma revisão da literatura referente à infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. O método escolhido permitiu a identificação e análise de dados escritos em livros, artigos de revistas, dentre outros. A busca do material foi na base de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO), Mendeley, Google Acadêmico e o Repositório da UERJ, utilizando como limitações os textos completos no idioma português e os tipos de assuntos mais relacionados com a pesquisa. Foram utilizadas as palavras-chave: Infecção Hospitalar, UTI Neonatal, Neonatologia, Pediatria, conforme apresentação do vocabulário contido nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS). Nesses termos foram selecionados, de forma sistemática e criteriosa, um total inicial de 15 artigos pertinentes ao tema abordado e cinco Resoluções do Ministério da Saúde. Resultados e Discussão Os resultados preliminares apontam que a principal medida de prevenção para a infecção neonatal é a lavagem das mãos, o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), procedimentos invasivos e antibiótico profilaxia. Conclusão A atividade numa perspectiva crítica contribuirá, pois aponta medidas que auxiliam as competências dos enfermeiros diante da infecção neonatal. Evidenciando 13. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Técnico de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Vassouras/Centro de Vigilância Epidemiológica. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 27 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Recém-nascido. Neonatologia. Unidade de terapia intensiva neonatal. que é preciso promover ações de incentivo as melhorias no trabalho para prevenção da infecção na UTIN . Referências BRASIL. Ministério da Saúde . Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Neonatologia: Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos (UIPEA) Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES). 2010. Acesso em 10 abr. 2015. CARVALHO, M. M. et al. Infecções hospitalares nas Unidades de Terapia Intensiva em um hospital publico. Revista Interdisciplinar UNINOVAFAPI, Teresina. 2011. Acesso em 06 abr. 2015. Santos, FM. Gonçalves, VMS. Lavagem Das Mãos No Controle Da Infecção Hospitalar: um estudo sobre a execução da técnica. Revista Enfermagem Integrada Ipatinga. 2009. Acesso em 08 abr. 2015. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Tomaz VS, Neto FHC, Almeida PC, Maia RCF, Monteiro WMS, Chaves EMC. Medidas de prevenção e controle de infecções neonatais: opinião da equipe de enfermagem. Rev. Rene, Fortaleza, 2011. Acesso em 03 abr. 2015. 28 Avaliação do conhecimento da comunidade do Ipiranga, Barra do Piraí, sobre zoonoses Paula Ouverney Diniz¹, Scárlet Ruela Pereira¹, Jéssica dos Santos Brito¹, Flávia Clare Goulart de Carvalho², Álvaro Alberto Moura Sá dos Passos², Nadia Rossi de Almeida² Resumo A crescente aquisição de cães e gatos como animais de companhia e sua concentração em pequenos grupos ou em colônias têm proporcionado o surgimento das zoonoses. Os estudos epidemiológicos locais possuem relevância para as medidas de prevenção e controle das zoonoses em comunidades. O objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento da comunidade Ipiranga sobre as principais zoonoses. Um questionário com perguntas abertas sobre as principais zoonoses foi elaborado e os resultados da pesquisa revelaram que a maioria da população havia nível de conhecimento satisfatório sobre a raiva, leptospirose e escabiose. O mesmo não foi observado para as zoonoses esporotricose, salmonelose e giardíase, as quais eram desconhecidas ou de discreto conhecimento nesta comunidade. A pesquisa identificou uma fragilidade de conhecimento da comunidade Ipiranga sobre as principais zoonoses envolvidas em comunidades carentes e evidenciou a necessidade da educação em saúde nesta população. Palavras-Chave: Prevenção. Inquérito. Doenças. Cães. Gatos. Introdução comportamental, e sanitária da população. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o conhecimento da comunidade Ipiranga sobre as principais zoonoses. Entende-se por zoonoses toda doença transmitida do animal ao homem e deste, ao animal (LANGONI, 2004), através do contato direto com animais ou indireto pelo contato com secreções, fezes, urina presentes na água ou em alimentos contaminados, além de produtos de origem animal (MOREIRA et al., 2013). A estreita relação dos animais de estimação com os seus respectivos proprietários, a falta de saneamento básico, de educação sanitária e de métodos de profilaxia aumentam o índice das zoonoses nas comunidades (MORAES et al., 2013). Isso ocorre com maior frequência em comunidades carentes, principalmente, por falta de conhecimento, controle sanitário e prevenção dessas doenças (LIMA et al., 2010), tornando-se uma constante preocupação do poder público e da sociedade devido ao risco inerente à população (MOREIRA et al., 2013). Estudos epidemiológicos locais que buscam traçar um perfil da cadeia de transmissão e avaliação de conhecimento da população sobre zoonoses e comportamento de determinadas enfermidades têm importante papel para aplicação de ações preventivas em comunidades, levando-se em conta que o conhecimento sobre zoonoses nem sempre alcança a população mais exposta aos riscos constates (LIMA et al., 2010). Segundo Langoni (2004), raiva, leptospirose, leishmaniose, toxoplasmose e doença de chagas são zoonoses de maior importância e devido à escassez do conhecimento epidemiológico sobre zoonoses visa-se a conscientização para os riscos que esses patógenos podem causar, através de educação social, O presente estudo foi realizado na comunidade Ipiranga, situada no município de Barra do Piraí. No mês de abril de 2014 foram entrevistadas 28 pessoas as quais eram as responsáveis por suas residências. Um questionário sobre o conhecimento da população sobre as principais zoonoses foi elaborado contendo perguntas abertas utilizando uma linguagem simples e acessível pelos alunos do curso de medicina veterinária da Universidade Severino Sombra (USS). As doenças abordadas no questionário foram: a raiva, escabiose, esporotricose, giardíase, salmonelose e leptospirose. Dados relacionados à quantidade de moradores por residência bem como de animais também foram coletados. Logo após o questionário a população participante foi instruída sobre o controle e prevenção destas zoonoses. A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva e os mesmos apresentados em gráfico utilizando-se o programa excel versão 2010. Resultados e Discussão Os resultados da pesquisa revelaram que a média de moradores por residência na comunidade foi de 4,8 (132/28) e de animais (cães e gatos) foi de 2,7 (76/28). Todos os moradores souberam responder às questões 1. Discentes de graduação do curso de Medicina veterinária da Universidade Severino Sombra. 2. Docentes do curso de Medicina veterinária da Universidade Severino Sombra. 29 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos aplicadas sobre as zoonoses citadas. A crescente aquisição de cães e gatos como animais de companhia e sua concentração em colônias têm proporcionado o surgimento das zoonoses. Para Lima et al. (2010), a relação tão próxima do homem com seu animal de estimação seja um fator relevante para preocupação, com formas de evitar que esse convívio não se torne um fator de risco. Segundo Moreira et al. (2013) há uma escassez de informações das populações mais carentes sobre a transmissão das zoonoses. O presente estudo revelou que aproximadamente 85,7% da população havia conhecimento sobre a raiva, os quais 27 dos 28 responsáveis pelas suas residências afirmaram que os seus animais foram vacinados com as vacinas anti-rábicas de campanhas de vacinação. A maioria relatou que esta profilaxia era realizada anualmente. A leptospirose também foi uma zoonose conhecida pela maioria dos entrevistados (89,25%) os quais tinham posse das informações básicas de controle da doença. A leptospirose está intimamente associada à deficiência de saneamento básico, que constitui um fator essencial para a proliferação de roedores. Segundo Moreira et al. (2013) os grupos socioeconômicos menos privilegiados são os que apresentam maior risco de contrair a infecção. A comunidade do Ipiranga carece de saneamento básico e pode-se observar presença de lixo nas proximidades de córregos, indicando um forte fator de risco para o surgimento da doença devido ao favorecimento da proliferação de roedores. Durante o questionamento acerca da giardíase e salmonelose, alguns entrevistados relataram serem frequentes os episódios de enterites, principalmente em crianças menores de dois anos. A população foi instruída a consumir produtos de origem animal com prévio procedimento de esterilização. Para a prevenção da salmonelose houve a instrução do consumo de ovos com gema totalmente cozida e para a prevenção da Giardíase foi falada sobre a importância da desvermifugação dos animais e das pessoas, bem como o consumo de água potável. A escabiose foi de conhecimento da maioria da população e foram observadas lesões sugestivas em cães domiciliados e errantes desta comunidade. Somente 17,9% dos entrevistados possuíam alguma informação sobre a esporotricose. Esta doença acomete felinos que têm acesso à rua e é transmitida aos humanos pelo contato direto, principalmente por mordeduras e arranhaduras (LARSSON, 2011). Determinantes culturais como os comportamentais contribuem para a difusão e manutenção de doenças, como o hábito de criar animais soltos na rua, alimentá-los com restos de comida que podem conter micro-organismos patogênicos, jogar lixo nas ruas, acumular entulhos em quintais e a utilizar de terrenos baldios como depósitos de lixo (LIMA et al., 2008) como foi observado na comunidade Ipiranga. É preciso uma sensibilização das autoridades para que se promova a promoção em saúde nestas populações carentes a fim de prevenir a veiculação de zoonoses e contribuir para a formação de uma população saudável. Conclusões A pesquisa identificou uma fragilidade no conhecimento da comunidade Ipiranga sobre as principais zoonoses envolvidas em comunidades carentes e evidenciou a necessidade da educação em saúde nesta população como prevenção das zoonoses. Apoio e auxílio financeiro Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) CUNHA, M.C.M.; DUARTE, R.; SILVA, D. Conhecimentos, atitudes e práticas de moradores de um bairro, Betim (MG) sobre bem-estar animal, controle de zoonoses e controle populacional de cães. In: I CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOÉTICA E BEM ESTAR ANIMAL E I SEMINÁRIO NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA E BIOTECNOLOGIA ANIMAL, 2008, Recife. Anais... Recife: CFMV, 2008. LANGONI, H. Zoonoses and human beings, Journal of Venomous Animal Toxins incl Tropiacal Diseases, v.10, n.2, p.111, 2004. LARSSON, A.E. Esporotricose. Brazilian Journal Veterinary Research Animal Science, Sao Paulo, v. 48, n. 3, p. 250-259, 2011. LIMA, F. F.; KOIVISTO, M. B.; PERRI, S. H. V.; BRESCIANI; K. D. S.; O conhecimento de idosos sobre parasitoses em Instituições não governamentais do município de Araçatuba, SP. Revista Ciência em Extensão, v.4, n.1, p.83, 2008. LIMA, A.M.A., ALVES, L.C., FAUSTINO, M.A.G., LIRA, N.M.S. Percepção sobre o conhecimento e profilaxia das zoonoses e posse responsável em pais de alunos do pré-escolar de escolas situadas na comunidade localizada no bairro de Dois Irmãos na cidade do Recife (PE). Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, Supl. 1, p.1457-1464, 2010. MOREIRA, F. R. C.; MORAES, N. R. L.; OLIVEIRA, F. L. M.; SOUZA, M.Z.; LIMA, M.S.; COSTA.; MOREIRA, P.V.S.Q.; GÓIS, J.K. Avaliação do conhecimento de algumas zoonoses em alunos de escolas públicas nos municípios de Apodi, Felipe Guerra e Severiano Melo (RN) – BRASIL, HOLOS, Ano 29, v. 2, n.66, 2013. 30 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Referências Levantamento da ocorrência de anemia infecciosa equina (AIE) na microrregião Sul Fluminense Pedro Henrique Evangelista Guedes¹, Ponan Mattoso Rubin², Glenda Ribeiro de Oliveira³, Fábio Sartori4, Nadia Rossi de Almeida4 Resumo A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é considerada uma das principais doenças infectocontagiosas da equideocultura brasileira e gera enorme prejuízo econômico aos criadores. É causada por um retrovírus transmitido por insetos hematófagos. O diagnóstico é feito pelo teste de IDGA e os animais positivos devem ser notificados ao órgão competente e sacrificados. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de casos notificados de AIE no Estado do Rio de Janeiro e na Microrregião Sul-Fluminense entre os anos de 2004 a 2008 e 2007 a 2012, respectivamente. Os dados obtidos através da pesquisa nos órgãos fiscalizadores confirmaram o Estado do Rio de Janeiro como endêmico para a doença. Já na região sul fluminense foram observados casos isolados de AIE. Uma política mais eficaz no controle da doença deve ser instituída com o objetivo de aumentar o credenciamento das propriedades e o número de animais testados e melhorar a vigilância sobre o sacrifício de animais positivos. Palavras-Chave: Epidemiologia. Equípideos. Retrovírus. Notificação. Introdução A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é considerada uma das principais doenças infectocontagiosas da equideocultura brasileira, para a qual não há vacina e tratamento (MAIA et al., 2011). A doença é causada por um vírus da Família Retroviridae, gênero Lentivirus, que tem distribuição mundial, ocorrendo especialmente em regiões úmidas e montanhosas de clima tropical e subtropical as quais se encontram grande quantidade de vetores. Os hospedeiros da AIE são os equinos, asininos e muares e os principais vetores são insetos hematófagos, incluindo tabanídeos (Tabanus spp.) e a mosca-dos-estábulos (Stomoxys spp) (KARAM et al., 2010). A AIE foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 1968, por Dupont e desde então, representa um grande obstáculo para o desenvolvimento da equideocultura por causar prejuízos aos criadores e dificultar o acesso ao mercado internacional (ALMEIDA et al., 2006). O vírus está presente em todas as secreções e excreções de animais infectados (incluindo colostro, leite, saliva, urina e sêmen) e a transmissão pode ocorrer, também por via iatrogênica, via transplacentária ou pela monta natural (KARAM et al., 2010). O diagnóstico da AIE deve ser feito através do teste IDGA (Imunodifusão em Gel de Ágar), também conhecido como “Teste de Coggins”. Trata-se de uma prova qualitativa, preconizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Organização Mundial de Sanidade Animal, para certificar animais como livres da doença e permitir seu transporte e exportação (KARAM et al., 2010). A notificação aos órgãos competentes e a Material e Métodos Através de dados obtidos junto à Secretaria de Defesa e Sanidade Animal - SEDESA/SFA-RJ, foi possível analisar os casos de AIE notificados no Estado do Rio de Janeiro, durante o período de 2004 a 2008 (último estudo epidemiológico realizado). Os dados de notificação de casos de AIE dos anos de 2007 a 2012, na microrregião sul fluminense (Vassouras, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin e Miguel Pereira) foram cedidos pelo Núcleo de Defesa Agropecuária/Vassouras (NDA-Vassouras). A notificação da AIE foi baseada na soropositividade das amostras testadas por IDGA em laboratórios credenciados pelo MAPA. Resultados e Discussão O número de notificações anuais de AIE no Estado do Rio de Janeiro, no período de 2004 a 2008, variou entre 100 a 317 casos, sendo o menor valor referente ao ano de 2006 e o maior ao ano de 2007. O número de casos anuais no período de 2007 a 2012 na microrregião Sul-Fluminense variou de 1 a 6, sendo o menor valor referente ao ano de 2010 e o maior ao ano de 2008. 1. Discente de graduação do curso de medicina veterinária da Universidade Severino Sombra. 2. Médico veterinário autônomo. 3. Médica veterinária do Núcleo de Defesa Agropecuária. 4. Docentes do curso de medicina veterinária da Universidade Severino Sombra. 31 V JORNADA SEVERINO SOMBRA eutanásia de animais positivos são obrigatórias para o controle da doença (BRASIL, 2004). O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento de casos notificados de AIE na Microrregião Sul Fluminense no período de 2007 a 2012, comparando-se com os últimos dados de notificações no Estado do Rio de Janeiro. Em ambos os levantamentos de casos (estado e microrregião), houve oscilações nos números de notificações nos períodos avaliados, porém em relação ao estado houve decréscimo considerável de 2007 para 2008 enquanto na microrregião, no mesmo período, houve ligeiro aumento. A possível explicação para a oscilação dos números está no fato de que os proprietários só realizam o teste diagnóstico em períodos próximos às exposições agropecuárias ou eventos equestres, o que faz com que a quantidade de animais testados sofra variações dentro de um mesmo ano ou em anos subsequentes. Os dados de notificação de AIE na microrregião sul-fluminense expressam um limitado número de casos nos anos de 2007 a 2012. Cabe ressaltar que poucos animais desta região foram testados uma única vez, ou mesmo rotineiramente, se comparado com o tamanho do rebanho equídeo da região. Do total de 17 animais soropositivos para a AIE, 15 eram equinos e 2 eram asininos. Oito pertenciam ao município de Vassouras, 7 do município de Miguel Pereira, um do município de Mendes e um do município de Engenheiro Paulo de Frontin. Outra dificuldade nos estudos de prevalência da AIE está relacionada aos dados do quantitativo do rebanho brasileiro, uma vez que grande parte das propriedades não é registrada pelo IBGE e fiscalizadas pelos órgãos fiscalizadores do MAPA. Portanto, não foi possível afirmar que o número de notificações no estado ou na microrregião está aumentando ou diminuindo. Os problemas evidenciados referentes à falta de um programa efetivo de controle da entrada e saída de animais nas propriedades, sorologia periódica dos animais, de medidas de controle e profilaxia referentes aos fômites existentes nas propriedades devem-se, em grande parte, à ausência de um responsável técnico veterinário (KARAM et al., 2010). Outro fator negativo relacionado à aplicabilidade da atual legislação vigente foi a falta de anestésicos para a eutanásia de animais positivos neste período de estudo. Dos animais diagnosticados, muitos continuaram vivos atuando como fontes de infecção. A importância do diagnóstico sorológico está nos animais portadores assintomáticos, que podem soroconverter tardiamente, e desta forma, somente o monitoramento preconizado pelo MAPA garante a identificação desses animais, portanto, somente os produtores de equídeos que adotarem o programa em sua propriedade podem certificar legalmente que seus animais estão livres da doença (SANTOS et al, 2012). ou diminuição no número de notificações de AIE na microrregião Sul-fluminense, entretanto, os dados sugerem que o estado do Rio de Janeiro ainda é endêmico para a AIE. Uma política mais eficaz no controle da doença deve ser instituída com o objetivo de aumentar o credenciamento das propriedades e o número de animais testados, além de melhorar a vigilância sobre o sacrifício de animais soropositivos. Referências ALMEIDA, V. M. A.; GONÇALVES, V. S. P.; MARTINS, M. F.; HADDAD, J. P. A.; DIAS, R. A.; LEITE, R. C.; REIS, J. K. P. Anemia infecciosa equina: prevalência em equídeos de serviço em Minas Gerais. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 58, n. 2, p. 141148, 2006. BRASIL. Instrução Normativa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento número 45, de 15 de Junho de 2004. KARAM, C. H. V.; ROLIM, M. F.; GRAÇA, F. A. S.; ARAGÃO, A. P. Anemia infecciosa equina no estado do Rio de Janeiro: aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Revista Eletrônica Novo Enfoque, v. 09, n. 09, p. 01- 13, 2010. SANTOS, R.M.L.; REIS, J.K.P.; SANTOS, F.G.A.; OLIVEIRA, I.C.S. Frequência de anemia Infecciosa em equinos do Acre, 1986 a 1996. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 53, n. 3, jun. 2001. Conclusão Não foi possível confirmar um perfil epidemiológico que tenha representado um aumento 32 V JORNADA SEVERINO SOMBRA MAIA, C.A.; GARCIA, C.A.; ROSSI, D.A.; ROBERTA TORRES MELO, R.T.; MENDONÇA, E.P.; COELHO, L.R.; MONTEIRO, G.P.; NALEVAIKO, P.C. Anemia Infecciosa Eqüina – Revisão de literatura. PUBVET, Londrina, v. 5, n. 11, Ed. 158, Art. 1067, 2011. Saúde do enfermeiro na atenção básica de saúde Andreia Silva Scrobatz14, Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo Objetiva-se refletir quais os riscos que estão expostos os enfermeiros da área da saúde, a partir de artigos já publicados. A Metodologia que auxilia o estudo é de abordagem qualitativa, a partir de uma revisão bibliográfica, utilizando as bases de dados: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Mendeley e Google Acadêmico. Foram identificados 34 artigos publicados de 2009 a 2013. Para a busca foram utilizados os descritores: enfermagem do trabalho, riscos ocupacionais, estratégia saúde da família. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Os resultados preliminares apontam que os enfermeiros estão expostos a riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Busca-se a partir do material produzido divulgar informações sobre os riscos presentes no âmbito da saúde, a qual os enfermeiros estão expostos. Entendemos que ações de educação permanente voltadas à orientação e proteção dos trabalhadores da saúde, é passo fundamental para promoção da saúde. Introdução levantamento de informações na pesquisa bibliográfica ora apresentada: quais os riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores que atuam nas unidades de Saúde Pública? Assim, objetivamos refletir quais os riscos que estão expostos os enfermeiros da área da saúde, a partir de artigos já publicados. Material e Métodos A Metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. A partir de uma pesquisa bibliográfica realizada por meio de consulta na base de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), DEDALUS (Banco de Dados Bibliográficos da USP) e no Banco de Teses da Universidade de São Paulo (USP). Para a busca utilizamos os descritores: saúde pública, riscos ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e enfermagem. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Inicialmente, fez-se a leitura dos resumos para identificar a pertinência ao tema estudado, posteriormente, fez-se a busca dos artigos na íntegra. A assistência de Saúde Pública no Brasil é estruturada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais, e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. Na estrutura do SUS existem vários programas de atenção ao usuário como Programa de Saúde da Família (PSF), Hipertensão Arterial, Diabetes, Programa de Saúde do Trabalhador, entre outros. No âmbito da Atenção Básica de Saúde os enfermeiros estão expostos a diferentes tipos de riscos. Neste cenário os riscos ocupacionais que acometem os trabalhadores das instituições de saúde são oriundos de fatores físicos, químicos, psicossociais, ergonômicos, e biológicos. Sendo estes muitas das vezes, responsáveis pelos sofrimentos vividos pelos profissionais da saúde. Diante do exposto, indagamos se os trabalhadores da equipe de saúde pública estão preparados para identificar problemas de saúde de outros profissionais, se nem mesmo eles estão conscientizados dos riscos ocupacionais de seu próprio trabalho? Nosso ponto de partida está estruturado na constatação empírica de nossa vivência na prática de trabalho em Instituições de Saúde e nas evidências da literatura que indicam que muitos profissionais de saúde, em especial, os da Enfermagem, têm dificuldade em aceitar ou reconhecer os riscos no ambiente laboral e nas atividades que executam, as quais são consideradas insalubres e expõem o trabalhador a fatores de risco ocupacional. Frente ao exposto, traçamos a seguinte questão para Resultados e Discussão O estudo apresenta-se em fase de análise, em relação ao levantamento inicial, para adequação do projeto, para auxiliar como nos resultados da pesquisa a serem apresentados em seu relatório final. Os resultados preliminares apontam que a maioria dos estudos analisados abordou, de maneira conjunta, todos os fatores de risco a que estão expostos os trabalhadores que atuam em Unidades Básicas de Saúde, Unidades Básicas e Distritais de Saúde e Programas de Saúde da Família, assim encontrou-se a 14. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Técnico de Enfermagem do HUSF. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 33 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem do Trabalho. Riscos ocupacionais. Estratégia saúde da Família. identificação de mais de um fator de risco nos estudos analisados. Dentre eles estão os riscos psicossociais, com predominância de estudos sobre o estresse e a violência ocupacional; riscos biológicos, considerados como um frequente fator de periculosidade e insalubridade neste ambiente de trabalho; e riscos físicos, seguidos pelos riscos químicos e por fatores relacionados a condições ergonômicas. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Buscamos com o estudo refletir sobre os riscos a que estão expostos os enfermeiros da área da saúde, a partir de artigos já publicados. Nesse sentido, entendemos que ações de educação permanente voltadas à orientação e proteção dos trabalhadores da saúde, é passo fundamental para promoção da saúde. Contudo para o planejamento de medidas preventivas, visando à promoção da saúde dos trabalhadores nessa área, torna-se fundamental fazer o diagnóstico dos riscos ocupacionais. Recomendamos novos estudos na área com a finalidade de contribuir para a aquisição de conhecimentos que possam subsidiar melhorias nas condições de trabalho e para a elaboração de estratégias educativas direcionadas aos trabalhadores, visando à identificação dos riscos ocupacionais a que estão expostos e que medidas de segurança devem ser adotadas. Referências ALMEIDA, L.G.N.; TORRES, S.C.; Santos, C.M.F. Riscos Ocupacionais na atividade dos profissionais de Saúde da Atenção Básica. Revista Enfermagem Contemporânea, Salvador, dez. 2012; 1(1): 142-154. BESSA M.E.P., ALMEIDA M.I., ARAÚJO M.F.M., SILVA M.J. Riscos ocupacionais do enfermeiro atuante na estratégia saúde da família. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 out/dez; 18(4): 644-9. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990, Lei orgânica da Saúde – alterada. Brasília: Ministério da Saúde; 1990. Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1990/8080.htm> BRASIL. Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde - NOB - SUS 1/96. Gestão plena Acta Paul Enferm 2006; 19(2): 212-7. PERES, R.R.; CAMPONOGARA, S.; CIELO, C; SILVA, N.M.; LOURENSI C.M.; ROSSATO, G.C. Percepções de trabalhadores e estudantes atuantes em um pronto-socorro, sobre meio ambiente e saúde. Rev. Min. Enferm; 18(1): 27-40, 2014. RODRIGUES, L.M.C.; SILVA, C.C.S.; SILVA, V.K.B.A.; MARTINIANO, C.S.; SILVA, A.C.O.; MARTINS, M.O. Riscos Ocupacionais: Percepção de Profissionais de Enfermagem da Estratégia Saúde da Família. Volume 16 Número 3 Páginas 325-332 2012. SILVA, M.K.D.; ZEITOUNE, R.C.G. Riscos ocupacionais na perspectiva da enfermagem. Esc Anna Nery Ver Enferm. 2009; 3:279-86. 34 A saúde do Homem na Atenção Primária à saúde Fabiana de Souza Leal15, Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo tem por objetivo refletir sobre a importância da atenção primária junto as necessidades de saúde de homens usuários na Unidade Básica de Saúde. É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo assim, a promoção da saúde e a prevenção aos agravos evitáveis. A Metodologia que auxilia o estudo é a pesquisa qualitativa de caráter exploratório, que envolve a coleta e a análise sistemática de materiais descritivos mais sugestivos. Buscamos entender como tem se dado o acolhimento por profissionais de saúde no âmbito do SUS, traduzido e constituído pelo cuidado contínuo e adequado para as necessidades de saúde desse público. Acreditamos que para que os homens se reconheçam como sujeitos, ou seja, atentando para suas demandas, torna-se necessário estabelecer estratégias voltadas a prevenção e promoção da saúde do homem, com ações de incentivo para o autocuidado com sua própria saúde. Palavras-Chave: Enfermagem. Política de saúde. Saúde do homem. SUS. Introdução imposto pelo pesquisador. O método qualitativo segue uma sistematização progressiva de conhecimento até a compreensão da lógica interna do grupo ou do processo em estudo. Atualmente, vários estudos comparativos entre homens e mulheres têm comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as mulheres (Nard et all, 2007; Courtnay, 2007; IDB, 2006 Laurenti et all, 2005; Luck et all, 2000). A despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbimortalidade, os homens não buscam, como as mulheres, os serviços de atenção básica (Figueiredo, 2005; Pinheiro et all, 2002). O reconhecimento de que os homens adentram o sistema de saúde por meio da atenção especializada tem como consequência o agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o SUS. Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, o sofrimento físico e emocional do paciente e de sua família. De acordo com essas premissas, o estudo tem por objetivo refletir sobre a importância da atenção primária junto às necessidades de saúde de homens usuários na Unidade Básica de Saúde. O estudo está em fase de busca bibliográfica para adequação do projeto, para tanto os resultados serão apresentados posteriormente com a finalização do estudo. Preliminarmente entendemos que o importante nesse processo é a potencialidade do trabalho em saúde de construir junto aos homens condições para que eles possam reconhecer suas vulnerabilidades e serem ativos na satisfação de suas necessidades. Para que isso seja possível, é necessário que haja uma intencionalidade de reconhecer necessidades de saúde, de construir práticas menos prescritas, considerando a autoria dos sujeitos no processo saúde-doença, assim como a inserção social desses indivíduos. Conclusão Buscamos entender como tem se dado o acolhimento por profissionais de saúde no âmbito do SUS, traduzido e constituído pelo cuidado contínuo e adequado para as necessidades de saúde desse público. Conclui-se que a presente política enfatiza a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e a de sua família. Consideramos essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os serviços públicos Material e Métodos Este estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório descritivo que envolve a coleta e a análise sistemática de materiais descritivos mais sugestivos, utilizando procedimentos nos quais a intenção é de um mínimo de controle 15. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Técnica de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Vassouras, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 35 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Resultados e Discussão de saúde sejam organizados de modo acolher e fazer com que o homem sinta-se parte integrante deles. Mobilizar a população masculina brasileira pela luta e garantia de seu direito social à saúde, tornando os homens protagonistas de suas demandas, consolidando seus direitos de cidadania. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de ações programáticas estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (princípios e diretrizes)/Ministério da Saúde, Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/politica_nacional_atencao_saude_home m.pdf . <acesso em 21 abril 2014>. MACHIN, Rosana; COUTO, Márcia Thereza; DA SILVA, Geórgia Sibele Nogueira; SCHRAIBER, Lilia Blima; GOMES, Romeu ; FIGUEIREDO, Wagner dos Santos ; VALENÇA, Otávio Augusto; PINHEIRO, Thiago Félix . Concepções de gênero, masculinidade e cuidados em saúde: estudo com profissionais de saúde da atenção primária. Ciências e saúde coletiva,16(11): 4503-4512,2011.Disponível em www.mendeley.com/ library/viewer/?fileId=0cb7ee84-8ba2-83b7-7157- 930ac077ec9f<Acesso em: 15 mar 2015>. MINAYO, M.C.; DESLANDES, S.F.; NETO, O.C.; GOMES, R. Pesquisa social. Teoria, método e criatividade. Petrópolis, Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1994. V JORNADA SEVERINO SOMBRA MOURA, Erly Catarina de; LIMA Aline Maria Peixoto; URDANETA, Margarita. Uso de indicadores para o monitoramento das ações de promoção e atenção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). Ciências e saúde coletiva 17(10): 2597-2606, 2012. Disponível em: www.mendeley.com/library/viewer/?fileId=6189ad11-9e0b-55a3-6c13dd4a35aeb799< Acesso em 15 mar 2015>. 36 Assistência de Enfermagem ao paciente renal crônico em tratamento dialítico e sua família Cláudia Inácio Fidelis16, Carlos Marcelo Balbino², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo tem por objetivo descrever situações de cuidado entre o enfermeiro e o cliente renal crônico, abordar o conhecimento em saúde dos familiares de pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico e dificuldades no processo de cuidar a partir de uma prévia experimentação realizada durante o curso de enfermagem. Busca-se a partir do material produzido divulgar informações sobre o papel do enfermeiro no âmbito da saúde. A Metodologia que auxiliou o estudo foi de abordagem qualitativa. Os resultados preliminares evidenciam que para o cuidado do cliente renal crônico é evidente o uso da tecnologia e uma série de procedimentos prestados por meio da equipe de enfermagem. Em síntese, cabe ao enfermeiro assistir ao cliente de forma holística e humanizada e oferecer apoio e segurança ao familiar que exerce o papel de cuidador, reduzindo sua ansiedade, angústia e o medo diante do quadro em que o paciente se encontra. Introdução crônica ou pelo tratamento são sempre rigorosas e o grau de assimilação e de adesão ao tratamento é sempre diversificado, dependendo do valor que o indivíduo atribui a si próprio e à sua vida, do modo como as pessoas que fazem parte de sua rede familiar e social encaram essa condição e o apoio que oferecem nessa trajetória (GUALDA, 1998). Neste contexto, consideramos de máxima importância a atuação do enfermeiro que estará em contato direto com o paciente, família e demais membros da equipe multiprofissional. Para tanto, tornase imprescindível que ele utilize a comunicação de maneira adequada, com a finalidade de tentar acessar e compreender a experiência do estar doente ou de ter que viver com o doente, facilitando seu desempenho junto ao paciente, família e, também, para melhorar o seu relacionamento com os membros da equipe multiprofissional. Vale ressaltar que o relacionamento interpessoal enfermeiro– paciente, no contexto da hemodiálise, devido ao contato prolongado, favorece o estabelecimento de um vínculo terapêutico. Ao utilizarse apropriadamente da comunicação, aliada a este vínculo terapêutico, o enfermeiro tem ampliada sua capacidade de observação, podendo detectar expressões verbais e não verbais indicativas de situações relevantes, sobre as quais poderá interagir ou não, que passariam despercebidas por outros profissionais. Frente ao exposto acima, objetivamos descrever situações de cuidado entre o enfermeiro e o cliente renal crônico, abordar o conhecimento em saúde dos familiares de pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico e suas dificuldades no processo de cuidar. Atualmente, a doença renal crônica (DRC) é considerada um grande problema de saúde publica no Brasil. O diagnóstico de DRC causa um impacto profundo nos indivíduos e seus familiares, com risco de provocar desequilíbrio emocional, prejuízos físicos e em seu convívio social. O tratamento dialítico implica numa carga significativa nas famílias em que um de seus membros necessita do mesmo, pois resulta num estresse e sobrecarga, principalmente para aquele familiar que acompanha mais de perto o doente em sua peregrinação imposta pelo tratamento. Por isso o mesmo impacto sofrido pelo indivíduo doente também é observado em sua família, culminando com a necessidade de uma assistência diferenciada, minimizando o sofrimento emocional de ambos (Barreto et al, 2011). O paciente renal crônico, quando em programa de hemodiálise, convive diariamente junto ao fato de ser portador de uma doença crônica que o obriga a um tratamento doloroso, de longa duração e que provoca, juntamente com a evolução da doença, alterações de grande impacto, tanto na sua vida quanto na de seus familiares. Devido às alterações fisiológicas, tornam-se necessárias mudanças de hábitos e costumes, até então usuais, de maneira radical. O paciente renal crônico sofre mudanças nos hábitos alimentares, sendo necessária a adoção de uma dieta com diminuição de ingestão proteica, sódio, potássio e água. A sua autoimagem também é alterada pela necessidade de instalação de uma via de acesso para a diálise, ou seja, a criação de uma fístula arteriovenosa ou a inserção de cateter de duplo lúmen. As restrições impostas pela doença renal 16. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 37 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Insuficiência Renal Crônica. Diálise Renal. Enfermagem em Nefrologia. Material e Métodos JÚNIOR, H.M.M.; RIMOLI, J.; FRANCO, T.B.; BUENO, W.S. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. 4.ª ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2007. A metodologia que auxiliou o estudo foi de abordagem qualitativa. Inicialmente realizamos uma busca bibliográfica nas bases de dados: Bireme, Mendeley, e Google acadêmico entre 2009 e 2012. Parte integrante de um trabalho sobre Doença Renal Crônica, desenvolvido durante o curso de enfermagem. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre Insuficiência renal crônica, diálise renal e Enfermagem em nefrologia. REZENDE R.C., PORTO I.S. Cuidado de enfermagem para clientela em hemodiálise: suas dimensões instrumentais e expressivas. Rev. Eletr. Enf. [Internet].11(2):266-74. 2009. Resultados e Discussão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Os resultados preliminares apontam a presença do uso de tecnologia no cuidado do cotidiano da equipe de enfermagem. Foi possível também identificar existência de cuidados não técnicos, “ tecnologia leves”. Cuidado realizado junto ao cliente, quando os integrantes da equipe ouviram e interagiram durante a sessão de hemodiálise, usando o toque, as palavras, as expressões faciais e os olhares (Merhy, 2007; Barreto e Porto, 2009; Barreto e Marcon, 2012). Conclusão O estudo buscou descrever situações de cuidado entre o enfermeiro e o cliente renal crônico, abordar o conhecimento em saúde dos familiares de pacientes com doença renal crônica em tratamento dialítico e dificuldades no processo de cuidar. Ao fazermos uma reflexão sobre a problemática atual que envolve a pessoa portadora de insuficiência renal crônica, em programa de hemodiálise, percebemos que a utilização da comunicação empática torna-se fundamental no trabalho do enfermeiro. Diante da discrepância de sentimentos relacionados ao futuro e ao tratamento do familiar, cabe aos profissionais de saúde, em especial aos enfermeiros, oferecer uma assistência diferenciada e qualificada a essas famílias. Referências BARRETO M.S., AUGUSTO M.A., SEZEREMETA D.C., BASÍLIO G., MARCON S.S. Conhecimentos em saúde e dificuldades vivenciadas no cuidar: perspectiva dos familiares de pacientes em tratamento dialítico. CiencCuid Saúde,10(4):722-30, 2011 BARRETO, M.S; MARCON, S.S. Doença Renal Crônica: Vivências e Expectativas do Cuidador. Recebido em: 16.04.2011 – Aprovado em: 08.09.2011 Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, jul/set; 20(3):374-9. 2012. GUALDA, D.M.R. A Humanização no processo de cuidar. In: CIANCIRULLO, T.I., FUGULIN, F.M.T.; ANDREONI, S. A hemodiálise em questão: opção pela qalidade assistencial. São paulo: Ícone, 1998. MERHY, E.E. Um dos grandes desafios para os gestores do SUS: apostar em novos modos de fabricar os modelos de atenção. In: MERHY, E.E.; 38 A teoria e a prática na construção de um projeto político pedagógico – a busca por uma escola inclusiva Tais Curytiba Amorim¹, Rafael Carneiro de Moura Barbosa¹, Catielen dos Santos Castro¹, Marcela Aparecida da Silva Cordovino¹, Suzane de Moura Souza¹, Mônica de Carvalho Teixeira1,2 Resumo Um tema que gera grandes discussões na educação é a crença na dissociação entre teoria – conteúdo estudado na academia - e a prática – as ações pedagógicas - exercitada nas escolas. Visando estudar e entender o porquê se julga a dissociabilidade entre teoria e prática no cotidiano do curso de Pedagogia é que surgiu a possibilidade de estudarmos um documento, cuja normatização legal, faz com que as escolas precisem possuir: o projeto político pedagógico. Longe de ter este estudo como resposta geral às situações escolares, julgamos que o estudo deste documento nos forneceu pistas para compreender a filosofia de trabalho da escola e, consequentemente como se forja a prática pedagógica no interior da mesma. Palavras-Chave: Teoria. Prática. Educação Infantil. Pedagogia. Introdução Na disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Infantil, estudada ao longo do semestre de 2014/2, foi solicitado um trabalho com a orientação de analisar um Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma escola de educação infantil, escolhida pelo grupo. Evitando ficar apenas no discurso teórico, este trabalho teve o objetivo de verificar no referido documento a teoria estudada em sala de aula e, a prática (ainda que descrita em um documento oficial) de uma escola de educação infantil, percebendo até que ponto há uma dissociação ou não das teorias estudadas, promovendo ou não a inclusão das crianças que estão sob responsabilidade da escola. Em trabalhos como este, conseguimos entender que há uma intencionalidade no trabalho pedagógico, iniciando este entendimento a partir do estudo da concepção de um documento, como o Projeto Político Pedagógico, possibilitando assim, que ao longo dos estudos, os acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia, promovam debates sobre a integração entre teoria e prática. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, (LDBEN) é de fundamental importância que o PPP seja construído/reconstruído, operacionalizado e avaliado permanentemente e coletivamente pelo dirigente escolar, o pedagogo, o professor, os pais dos alunos e a comunidade em geral. Neste processo os diversos segmentos que compõem a escola e a criação de espaços e mecanismos de participação são prerrogativas fundamentais para o exercício do jogo democrático na construção de um Material e métodos A atuação de uma das componentes do grupo, em uma escola de educação infantil a professora permitiu o acesso ao documento estudado. Foram feitas algumas cópias do documento e entregues aos integrantes do grupo para realizar leituras individualmente e, em alguns momentos presenciais, nos encontrávamos para conversar sobre as impressões do grupo sobre a leitura feita e, traçar as diretrizes de trabalho, normatizando as teorias que utilizaríamos para reflexão e entendimento do documento em questão. Resultados e discussão O PPP da escola escolhida foi discutido e elaborado em reuniões pedagógicas e reuniões de pais, não houve dificuldades na elaboração e, havendo necessidade de realizar alterações ao longo do ano letivo ou posteriormente, será feito por meio de enquetes e questionários. O Projeto Político Pedagógico analisado mostrou que a filosofia deste é pautada na visão de Vigotski, um dos autores da teoria ‘histórico cultural’, pois visa o 1. Universidade Severino Sombra, Pedagogia, Vassouras-RJ, Brasil. 2. FAETERJ, Três Rios-RJ, Brasil. 39 V JORNADA SEVERINO SOMBRA processo de gestão democrática. Entender as prerrogativas de criação do referido documento, a filosofia de trabalho pedagógico nele inserida, a previsão ou não de formação continuada para os profissionais da educação e as concepções de cuidar e educar nele elencadas são as bases de orientação do trabalho em questão. Conclusões contato com o meio cultural com o qual a criança está inserida desenvolvendo sua autonomia e identidade interagindo com o outro. Sua proposta pedagógica levou em conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB 9.394/96, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, o disposto nos parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, de acordo com a Lei Municipal de Ensino e Regimento Interno da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo em vista a interação entre os diversos campos do saber e o cotidiano da criança. A prática é desenvolvida de forma consciente, pois se entende que a educação não é um fim em si mesmo. A instituição proporcionou programa de formação continuada para todos os profissionais, dado que, semanalmente, as professoras e as recreadoras de educação infantil tiveram um encontro com o orientador pedagógico para serem orientadas individualmente. Bimestralmente é realizado o encontro pedagógico que tem como objetivo discutir e avaliar o projeto do ano vigente. Pudemos dizer que o Projeto Político Pedagógico é a alma da escola, pois se foi coletivamente elaborado, pôde ajudar o grupo escolar e a comunidade a pensar a construção de uma prática pedagógica mais solidificada e coerente com a realidade dos que fazem parte da comunidade escolar. Os espaços físicos foram organizados de forma a motivar o envolvimento da criança neste mesmo espaço, promovendo uma escola inclusa com um ambiente que assegurou a acessibilidade universal e que garantiu a autonomia tanto de alunos quanto professores e demais funcionários. Os espaços construídos para criança e com a criança foram explorados pela mesma, em uma relação de interação total, de aprendizagem, de troca de saberes entre os pares, de liberdade de ir e vir, de prazer, de individualidades, de partilhas, enfim, de se divertir aprendendo. O documento estudado seguiu a orientação prescrita nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2009 (DCN) de acordo com o conceito de que o educar e o cuidar estão ligados isto é, que ambos se complementam e juntos contribuem para o bem estar da criança e o seu desenvolvimento integral cooperando para a elaboração de sua identidade e sua autonomia. 1 – A construção coletiva do PPP permitiu maior integração entre os membros da comunidade escolar e a realização de uma gestão democrática; 2 – Ao possibilitar mecanismos de formação continuada para os profissionais da educação, a escola em questão mostra que prima pela sua valorização; 3 - Mesmo que, por questões históricas a creche seja vista como assistencialista, quando as ações pedagógicas e de cuidado são desempenhadas separadamente, o documento estudado mostrou-nos que não há dissociação entre cuidar e educar. Referências BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil: Resolução n.º 5 de, 17 de Dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ content&id=12579%3Aeducacao-infantil&Itemid=859 Acessado em: 21 de Outubro de 2014 CRAIDY, Carmem e KAERCHER, Gládis E. (org.) Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre : Artmed, 2001. PRESTES, Zoia. Quando não é quase a mesma coisa – traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Campinas, SP.: Autores Associados, 2012. RUIZ, Jucilene de Souza. Educação Infantil e as Práticas de Cuidar e Educar no Contexto das Políticas Educacionais. Revista HISTEDBR on-line. Campinas, abr. 2005. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/ jornada7/_GT2%20PDF/EDUCA%c7%c3O%20INFANTIL%20E%20 AS%20PR%c1TICAS%20DE%20CUIDAR%20E%20EDUCAR%20 NO%20CONTEXTO%20DAS.pdf Acessado em: 19 de Agosto de 2014 A indissociabilidade entre as práticas de cuidar e educar requer que ambos os profissionais tenham os mesmos objetivos em suas ações, de modo que juntas proporcionem o desenvolvimento infantil nos aspectos físicos, emocional, afetivo, cognitivo, linguístico e social e assegure em sua totalidade, a identidade e a autonomia das crianças, livre de preconceitos e ideologias de caráter dominante. (RUIZ, 2005, p. 19-20) 40 V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.° 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1. pdf Acessado em: 28 de Outubro de 2014 Inclusão na velhice – ações multidisciplinares em educação e saúde para promoção da qualidade de vida Fátima Niemeyer da Rocha, Maria Elisa Carvalho Bartholo, Melissa Mana Marques, Lilia Marques Simões Rodrigues, Eliara Adelino Silva, Renata Freitas dos Santos, Diego de Oliveira Santos, Ivana de Oliveira Resumo Em 2014, no projeto de Extensão “Educação e Qualidade de Vida na Velhice”, foram desenvolvidas ações inclusivas junto aos velhos que frequentam o Centro de Convivência do Idoso de Vassouras. As oficinas realizadas foram: “Enfermagem como sensibilizador da promoção e na educação para o idoso portador de diabetes”, “Sentido de vida e superação dos desafios da velhice”, “Cine-debate do filme ‘Elsa e Fred’”, “Os alimentos funcionais: quais são e como usá-los” e “A melhoria da locomoção do idoso: a adequação do vestuário e do ambiente”. Objetivou-se possibilitar aos velhos oportunidades de discussão e reflexão sobre qualidade de vidas e questões que envolvem o envelhecimento, como amor entre idosos e relações familiares, sentido de vida e superação dos desafios da velhice, cuidado e prevenção de doenças, como diabetes, uso dos alimentos funcionais e melhoria da locomoção na velhice. Palavras-Chave: Inclusão. Velhice. Educação, Saúde. Qualidade de vida. Introdução o diabetes; as principais questões que envolvem o envelhecimento; o uso dos alimentos funcionais; e a melhoria da sua locomoção, com vista à adequação do seu vestuário e do ambiente em que vive. As ações realizadas no ano de 2014, pelo grupo que desenvolve o projeto de Extensão “Educação e Qualidade de Vida na Velhice”, se inserem no âmbito da Inclusão Social, tendo em vista o fenômeno, de amplitude mundial, do acelerado envelhecimento da população, sendo que os dados do Censo Demográfico do IBGE, do ano 2000, informam que a população brasileira com idade superior a 65 anos está em torno de 10 milhões de pessoas. A percepção de qualidade de vida envolve conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades, dependendo do momento histórico, da classe social e da cultura na qual o velho está inserido. A Organização Mundial da Saúde definiu qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”, incluindo os domínios saúde física, estado psicológico, níveis de independência, relacionamento social, características ambientais e padrão espiritual. Assim, faz parte da responsabilidade social da universidade possibilitar aos velhos da comunidade vassourense a oportunidade de reflexão sobre a qualidade de suas vidas, com foco na relação entre saúde e educação de um ponto de vista multidisciplinar. Nesta perspectiva, as ações de extensão objetivaram possibilitar aos velhos uma oportunidade de reflexão sobre a qualidade de suas vidas, através de discussões sobre: o sentido de suas vidas e a superação dos desafios da velhice; o cuidado e a prevenção de doenças como As ações foram realizadas no Centro de Convivência do Idoso do Município de Vassouras e no campus da USS. A Oficina “Enfermagem, como sensibilizador da promoção e educação para o idoso portador de diabetes”, girou em torno do cuidado integral ao portador de Diabetes Mellitus, que pode ser realizado por meio de prevenção de fatores de risco, como sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares não saudáveis, com a identificação e o tratamento de indivíduos de alto risco para essa síndrome, a identificação de casos não diagnosticados para tratamento, e a intensificação do controle de portadores para complicações agudas e crônicas. A Oficina “Sentido de vida e superação dos desafios da velhice” discutiu a resiliência, definida como a capacidade humana de enfrentar as adversidades, as pressões e as situações de estresse sem se abater, ser resistente, ir adiante e permitir a autorreconstrução. A resiliência auxilia o velho a enfrentar os desafios dos caminhos da sua existência, sendo importante o fortalecimento das suas capacidades, por meio do desenvolvimento do seu potencial criativo, das emoções positivas, do engajamento em relações interpessoais saudáveis e da identificação o seu sentido de vida. Assim, é possível ao velho aprender a ser resiliente, 1.Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 41 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos como também, aumentar, fortalecer e desenvolver o seu nível de resiliência por meio de seus recursos internos, tendo em vista que os desafios que encontra ao longo da vida podem ser reconhecidos como oportunidades para a adoção de decisões melhores e mais responsáveis, mantendo-se íntegro nas adversidades, não só superandoas, como também, se transformando e crescendo e se reinventando a partir delas. A Oficina “Cine-debate do filme ‘Elsa e Fred’” se iniciou com a apresentação do filme, como fator sensibilizador do público para a discussão a respeito de questões pertinentes ao universo dos idosos. Após a projeção, os idosos expressaram sua opinião, refletindo sobre o tema do amor entre idosos, geralmente envolto em silencio, o que propiciou a troca de experiências entre os participantes. Além disso, espelhando-se nos personagens, foi suscitada uma reflexão sobre a tutela exercida pela família sobre as pessoas mais velhas, impossibilitando-as de levar uma vida autônoma, como também sobre questões relativas à doença e à morte. Na Oficina "Os alimentos funcionais: quais são e como usá-los”, foi proferida uma palestra sobre a importância da boa alimentação em todas as etapas da vida, principalmente, na velhice, com foco nos Alimentos Funcionais. Demonstrou-se que as cores dos alimentos podem, além da apresentação dos pratos, facilitar o reconhecimento de uma nutrição que traz melhorias para a qualidade de vida, minimizando as dificuldades apresentadas, naturalmente, com o avanço da idade. Em seguida foram apresentados trabalhos de reciclagem e sustentabilidade, sendo distribuídas lembranças para os idosos, como exemplos do reaproveitamento de alimentos que, normalmente, são descartados pelas pessoas – como cascas e folhas -, que representa também uma forma de cuidar da saúde. E a Oficina “A melhoria da locomoção do idoso: a adequação do vestuário e do ambiente” apresentou uma dramatização, com danças e brincadeiras que permitiram o entrosamento do grupo de velhos. Também foi realizada a aplicação das “Escala de equilíbrio de Berg” (para determinar a capacidade dos idosos para manter seu equilíbrio) e a “Escala de Tinetti” (para identificar componentes do equilíbrio e da mobilidade que afetam as atividades da vida diária), seguidos de entrevistas com os idosos sobre a avaliação ambiental e atividades do seu cotidiano. Em todas as ocasiões, foram realizados Serviços Farmacêuticos, com aferição de pressão arterial e de glicemia. instrumentos de educação em saúde, para a promoção, prevenção e controle de doenças, o uso de alimentos funcionais e a adequação do vestuário e do ambiente para a melhoria da locomoção do idoso. Foram discutidos temas relevantes para a manutenção da qualidade de vida do velho, principalmente, no sentido da melhoria de sua capacidade de enfrentar os problemas do seu cotidiano, de se autorreconstruir para enfrentar os desafios da sua existência. A discussão desses temas proporcionou uma visão mais acurada do seu potencial criativo, da importância das emoções positivas, a necessidade de manter relações interpessoais saudáveis e de identificar o seu sentido de vida. E foi oportuno o enfoque de questões pertinentes ao universo dos idosos, como as relações amorosas na velhice, as diferenças de personalidade entre as pessoas, as vivências e condições familiares, a tutela exercida pela família sobre os velhos que, por vezes, impede sua vida autônoma, e sobre o adoecimento e a morte. As atividades alcançaram seus objetivos e possibilitaram aos velhos: - A livre expressão de suas percepções acerca dos temas discutidos nas oficinas. - A reflexão sobre a qualidade de suas vidas, a relação entre saúde e educação de um ponto de vista multidisciplinar e a respeito de questões que envolvem o envelhecimento. - A melhoria da qualidade de suas vidas, favorecendo a troca de experiências e incentivando a socialização dos velhos, através de atividades socioambientais. - A ampliação do seu conhecimento sobre seus direitos enquanto cidadãos. - A percepção da importância da realização de um trabalho mútuo e participativo junto com a comunidade acadêmica da USS. Em cada ação contamos com a participação de, em média, vinte velhos que frequentam o Centro de Convivência do Idoso do Município de Vassouras. Referências BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Estatuto do idoso. Lei nº 10.741. Brasília, 2003. CÔRTE, B.; MERCADANTE, E.; ARCURI, I. (Orgs.) Velhice, envelhecimento, complex(idade). São Paulo: Vetor, 2005. Resultados e Discussão DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice. São Paulo: EDUSP, 2004 OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. The world health report. Genebra, 2001. As Oficinas realizadas implementaram a interação entre professores, alunos e os velhos, com dinâmicas de grupo, palestras, exposição de filme e debates, como PEREIRA, R. J. et al. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Revista de Psiquiatria 42 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusões do Rio Grande do Sul, v.28, n.1, p.27-38, abr., 2006. V JORNADA SEVERINO SOMBRA XAVIERA, F. M. F.; FERAZ, M. P. T.; MARC, N. et al. A definição dos idosos de qualidade de vida. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.25, n.1, p.31-39, mar., 2003. 43 Técnica de cimentação de cerâmicas: vítreas e não vítreas Letícia de Oliveira Santos, Ingrid Rodrigues Monteiro de Castro, Larissa da Costa de Souza, Jessica Pereira dos Santos, Natalia Stelman de Jesus Araujo, Fagner da Silva, Larissa Félix Resumo A porcelana odontológica convencional é uma cerâmica vítrea que tem como principais componentes químicos minerais cristalinos. Já para as não vítreas, a literatura é vasta em informações sobre a aplicação da zircônia na Odontologia. Este trabalho tem por objetivo apresentar os tipos de técnicas de cimentação das cerâmicas vítreas e não vítreas Na cimentação de cerâmicas vítreas, o método de cimentação será adesiva e tem que fazer um ataque ácido e depois a silanização, obtendo uma boa adesividade. As não vítreas não necessitam de ataque ácido e ferulização, dentre as opções de agentes de cimentação e adesivos, os fosfatados têm demonstrado maior efetividade do que os convencionais e autocondicionantes. Podemos concluir que as cerâmicas vítreas apresentam grande potencial estético. Permitem preparos mais conservadores indicados para áreas estéticas, já as não vítreas são altamente resistentes, de baixa adesividade estética e translucidez comprometidas. Indicados para confecção de copings, depois recobertos por cerâmicas. Introdução químico na etapa de cimentação. Sistemas cerâmicos ricos em alumina ou zircônia: altamente resistentes, de baixíssimo potencial adesivo. Estética e translucidez comprometidas pela estrutura rica em óxido de alumínio e/ou óxido de zircônio. Indicados para confecção de infraestrutura e copings, depois recobertos por cerâmicas matizadas. Não são sensíveis ao condicionamento ácido e ferulização. Todo processo de condicionamento das peças protéticas deve ser realizado posteriormente à sua prova clínica, caso contrário, a superfície condicionada pode ser alterada ou contaminada, diminuindo a força final de adesão. Estudos têm sugerido técnicas de cimentação específicas para as cerâmicas a base de zircônia, não vítreas. Essas técnicas incluem métodos de tratamento de superfície a exemplo do jateamento com óxido de alumínio ou com partículas de sílica, além do uso concomitante de materiais que promovam união química ao dióxido de zircônio. A realização de um tratamento de superfície aumentou consideravelmente os valores de resistência de união entre a cerâmica de zircônia e os cimentos resinosos de uma maneira geral, sendo que quando associado ao uso de primers ou cimentos, os valores de resistência de união são ainda melhores. A aplicação de sílica na cerâmica como tratamento superficial prévio à cimentação, foi observado que aumentava os valores de resistência. As pesquisas dos últimos cinco anos mostram que ainda não há um protocolo definido de cimentação. Contudo, os resultados apontam para uma associação de métodos para que a união adesiva seja obtida. Dentre as opções de agentes de cimentação e adesivos, os fosfatados têm demonstrado maior efetividade do que os convencionais e autocondicionantes, devido à afinidade química que A porcelana odontológica convencional é uma cerâmica vítrea que possui como principais componentes químicos minerais cristalinos como o feldspato, quartzo, alumina (óxido de alumínio), e, eventualmente, caolin em uma matriz vítrea. As proporções de cada produto variam conforme o tipo particular de cada porcelana (alta, média ou baixa fusão). Já as não vítreas, a literatura é vasta em informações sobre a aplicação da zircônia na odontologia e, apesar de apresentar um desempenho mecânico (resistência à fadiga) superior, existem alguns problemas associados à zircônia, como por exemplo, a adesão (THOMPSON et al., 2011). Técnicas de cimentação convencional utilizadas com a zircônia não promovem valores de resistência adesiva suficiente (BLATZ et al., 2003; BLATZ et al., 2004). A cimentação é uma das etapas do protocolo clínico restaurador indireto que mais sofreu modificações na transição do uso de sistemas convencionais para os sistemas chamados estéticos-adesivosos ou metal-free. A cimentação, agora adesiva, é a responsável não só pela retenção das peças remanescentes dental, como também pelo selamento dentinário, distribuição de forma homogênea das cargas oclusais no conjunto denterestauração e restabelecimento de parte da resistência mecânica do dente perdida pelos processos de cárie, fratura e pela redução estrutural durante o preparo protético. Apresentam ainda um enorme potencial estético. São denominados cerâmicos feldspáticas ou cerâmicas vítreas. Permitem preparos dentais mais conservadores e são sensíveis a condicionamento 1. Universidade Severino Sombra, Discente, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente, Vassouras-RJ, Brasil. 44 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Técnica. Cimentação. Vítrea. Não Vítreas. apresentam. Na cimentação de cerâmicas vítreas, o método de cimentação será adesiva e tem de fazer um ataque ácido para criar microrretenções e depois fazer a silanização, obtendo uma boa adesividade, tendo consciência de que o sucesso será alcançado, se o profissional tiver os cuidados necessários. Este trabalho tem por objetivo apresentar os tipos de técnicas de cimentação das cerâmicas vítreas e nãovítreas. pincel, sonda e fio dental; 13) Completar a polimerização por 40 segundos, no mínimo, por face do dente; 14) Ajustes oclusais e polimento devem ser feitos com instrumentos rotatórios e refrigeração; 15) O polimento de cerâmicas ajustadas póscimentação é fundamental a fim de regularizar a superfície e reduzir o potencial de desgaste dos dentes antagonistas. Material e Métodos Técnica das não vítreas UNIÃO ENTRE CIMENTOS RESINOSOS Técnica das Vítreas Cerâmicas Vítreas ou Feldspáticas A cimentação pode ser feita com cimentos adesivos ou convencionais, dependendo do substrato adesivo do preparo dental (dente, preenchimento, núcleo metálico, núcleo cerâmico). A retenção da estrutura interna da peça ao cimento escolhido, mesmo quando adesivo, é apenas micromecânica. Todo processo de condicionamento das peças protéticas deve ser realizado posteriormente à sua prova clínica. Caso contrário, a superfície condicionada pode ser alterada ou contaminada, diminuindo a força final de adesão. A única manobra de condicionamento realizada já no laboratório é o jateamento interno das peças com óxido de alumínio entre 50 e 100m para a limpeza e aumento da superfície interna do contato. 1- Limpeza interna da peça em cuba ultrassônica ou álcool isopropílico (já vem jateada do laboratório); 2-Secar e aplicar o cimento escolhido. Sugestão: Cimentos ionomêricos convencionais o reforçados por resina: Meron, Relyx Luting Cement ,Fuji Luting Cement, Ketac Cem 1) Prova da peça. (Se isolamento absoluto foi utilizado, repetir a prova pós-isolamento. Interferências do grampo, lençol ou amarrilha podem impedir assentamento correto da peça); Cimentação Adesiva Pode ser obtida apenas com uso de materiais cimentantes que contenham monômeros fosfatados 1OMBP. Material sugerido: Cleafill Silane Kite +PANAVIA F(Kuraray Co) 1- Limpeza interna da peça em cuba ultrassônica ou álcool isopropílico (já vem jateada do laboratório); 2- Secar e aplicar agente silanizador (Clearfill SE Bond Primer+ Silano) 3- Manipular e aplicar o cimento 4- Após inserção da peça e remoção de excessos mais grosseiras, cobrir as margens com gel bloqueador de oxigênio. 2) Lavagem da peça em água corrente ou cuba ultrassônica; 3) Aplicação de ácido hidrofluorídrico gel 9-12% pelo tempo determinado pelo fabricante. Os tempos variam de 20s a 2 minutos; 4) Lavagem abundante. Pode-se lavar a peça a cuba ultrassônica ou aplicar-se jato de bicarbonato de sódio para remoção total e neutralização de ação de ácido; 5) Secar fortemente até obter superfície branca e opaca; 6) Aplicar silano já hidrolizado por, no mínimo, 60seg e secar; 7) Aplicar uma fina camada de Bond certificarse da remoção de excessos que possam comprometer a adaptação da peça e polimerizar por 20s; 8) Condicionamento de esmalte e dentina conforme abordado anteriormente; 9) Preparar cimento e aplicá-lo sobre a superfície interna da peça; 10) Inserção e estabilidade da peça. 11) Lembrar-se da fragilidade das cerâmicas vítreas 12) Pré-polimerizar por 2 a 3 segundos por face, a fim de facilitar a remoção de excessos maiores com Cimentação Convencional Limpeza interna da peça em cuba ultrassônica ou álcool isopropílico ( já vem jateada do laboratório); Secar e aplicar o cimento escolhido. Sugestão: Cimentos ionomêricos convencionais o reforçados por resina: Meron, Relyx Luting Cement ,Fuji Luting Cement, Ketac Cem. Cimentação Adesiva Pode ser obtida apenas com uso de materiais cimentantes que contenham monômeros fosfatados 1OMBP. Material sugerido: Cleafill Silane Kite +PANAVIA F(Kuraray Co) 1) Limpeza interna da peça em cuba ultrassônica 45 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Cimentação Convencional ou álcool isopropílico (já vem jateada do laboratório); 2) Secar e aplicar agente silanizador (Clearfill SE Bond Primer+ Silano) 3) Manipular e aplicar o cimento 4) Após inserção da peça e remoção de excessos mais grosseiros, cobrir as margens com gel bloqueador de oxigênio. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Podemos concluir que a aplicação de sílica na cerâmica não vítrea, como tratamento superficial prévio à cimentação, aumentava os valores de resistência. As pesquisas dos últimos cinco anos mostram que ainda não há um protocolo definido de cimentação, contudo os resultados apontam a uma associação de métodos para que a união adesiva seja obtida. Dentre as opções de agentes de cimentação e adesivos, os fosfatados têm demonstrado maior efetividade do que os convencionais e autocondicionantes, devido à afinidade química que apresentam. Na cimentação de cerâmicas vítreas, o método de cimentação será adesiva e há de se fazer um ataque ácido para criar microrretenções e depois fazer a silanização, obtendo uma boa adesividade, tendo consciência de que o sucesso será alcançado, se o profissional tiver os cuidados necessários. Referências 1 – Malheiros AS , Fialho FP , Tavarez RRJ. Cerâmicas ácido resistentes: a busca por cimentação resinosa adesiva. Cerâmica. V 59. P 124 – 128. 2013 2 – Mudado FA. Cimentação adesiva de cerâmicas à base de zircônia. Monografia. Belo Horizonte. 2012. 3 - De Freitas WM , Torres BL. Tratamento de superfície e cimentação adesiva de cerâmicas aluminizadas: revisão de literatura. Revista de odontologia da UNESP. V 38. N 2. P 93 – 98. 2009. 46 Vivência dos acadêmicos de Enfermagem frente à imunização do adulto e do idoso dentro das visitas domiciliares Michael Aubert Cordeiro, Victoria Pereira Daniel, Fabiana de Souza Leal, Eliana Pereira Silva, Mônica de Almeida Carreiro, Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves Resumo Objetivou-se relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem referente ao Estágio Curricular Supervisionado, a uma comunidade assistida, por uma Unidade Básica de Saúde da Família. As atividades foram desenvolvidas através de visitas domiciliares, por meio de um projeto universitário, à luz dos referenciais teóricos do Ministério da Saúde, para a aquisição de habilidades na saúde do Adulto e do Idoso, com foco de avaliar e levantar a situação atual das cadernetas de vacinação. A imunização é uma ação preventiva direcionada à proteção específica de saúde. Assim, este estudo teve por objetivo identificar a situação vacinal de idosos quanto às vacinas em atraso. É preciso pensar na formação de enfermeiros questionadores e participativos, profissionais com qualidade formal e política, capazes de estabelecer diálogo entre a diversidade de saberes que se encontram no cotidiano da Estratégia de Saúde da Família. Palavras-Chave: Enfermagem. Imunização. Estratégia Saúde da Família. Visita Domiciliar. Educação em Enfermagem. Introdução aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da sociedade. Este projeto é uma prática que atende aos princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, a universalidade, a integralidade, e a equidade de atenção à saúde. O Estágio Curricular Supervisionado é uma disciplina que dá suporte ao estagiário no processo de ensino-aprendizagem, para que este desenvolva a capacidade de construir e reconstruir conhecimentos científicos, a partir da teoria, de que serão desenvolvidas as habilidades de observar, criticar, planejar e executar atividades pedagógicas capazes de contribuir para a transformação da realidade em ação. A visita domiciliar é um conjunto de ações de saúde voltadas para o atendimento, seja ele assistencial ou educativo. É uma dinâmica utilizada nos programas de atenção à saúde, visto que acontecem no domicílio da família (Mattos, 1995). A assistência no domicílio deve conceber a família em seu espaço social privado e doméstico, respeitando o movimento e a complexidade das relações familiares. Ao profissional de saúde que se insere na dinâmica da vida familiar, cabe uma atitude de respeito e valorização das características peculiares daquele convívio humano. A abordagem integral faz parte da assistência domiciliar por envolver múltiplos fatores no processo saúde– doença da família, influenciando as formas de cuidar. As vacinas permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis, assim como a redução da morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização bastante custoefetiva. O desenvolvimento de políticas sociais e ações programáticas podem contribuir para a diminuição de mortes prematuras no envelhecimento, na melhoria da qualidade de vida e na inclusão dos adultos e idosos nos O presente estudo caracteriza-se por um relato de experiência vivenciado por acadêmicos do 7.º período de Enfermagem, da Universidade Severino Sombra, na assistência a algumas famílias da comunidade do bairro Matadouro e Conjunto Habitacional no Município de Vassouras-RJ, através de um projeto em que se buscou verificar o estado vacinal das famílias acompanhadas, com a intenção de promover a prevenção de doenças como o tétano acidental e a hepatite B. Inicialmente, foi feito o levantamento junto ao cliente, para saber se havia cartão de vacina e se este se encontrava atualizado. Após a investigação no prontuário do paciente José Ferreira de Souza, na Estratégia Saúde da Família, no bairro Carvalheira, confrontamos os dados informados pelos clientes, com os registros nos prontuários. Assim, iniciamos o levantamento do quantitativo de vacinas a serem administradas e os materiais de insumo necessários, como: seringas, agulhas, Descarpak, cadernetas de vacinação, mapa de vacinas aplicadas. Logo após agendamos visita aos clientes com a necessidade de atualização. A ação em saúde teve data e horário marcado previamente, para que os mesmos se organizassem em suas residências. Universidade Severino Sombra, Curso de enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 47 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Materiais e Métodos Resultados Das 40 famílias acompanhadas por nós, acadêmicos, 44 usuários tinham alguma vacina em atraso. Nos dois dias em que a ação foi desenvolvida, obtivemos uma atualização de 70% dos casos em atraso encontrados (31) usuários. Já os 30% de não cobertura foram por recusa, horário não compatível com o agendado, ou até a procura, independentemente da atualização antes da ação. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Com esta atividade, nós estagiários, percebemos o valor e a necessidade de uma maior conscientização da importância da vacinação por parte da sociedade em geral, tendo em vista que esta é essencial para o alto desempenho na prevenção e no controle de doenças imunopreveníveis. Podemos contribuir diretamente com a promoção e prevenção da saúde de nossa clientela adulta e idosa assistida no programa, que foi de suma importância participar desta ação, já que estamos num período de formação e tivemos como função orientar, educar e sensibilizar a população quanto à magnitude da vacinação, prestando assistência à clientela com responsabilidade e segurança. Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. Disponível em http://189.28.128.100/dab/docs/ publicacoes/geral/cad_vol1.pdf acedido em 14/04/2015 às 15:36 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Brasília: 2014. Disponível em http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf acedido em 13/04/2015 às 16:00 Mattos TM. Vista Domiciliaria. In KawamotoEE, Santos MCH, Mattos TM. Enfermagem comunitária. São Paulo; EPU; 1995. 200p. p.35-9. MOURA, Ana Débora Assis. Estratégia saúde da família : experiência de acadêmicos de enfermagem em estágio curricular. Rev Rene, Fortaleza, n. 12(2), p. 409-416, abr./jun., 2011. Disponível em: http://www.repositorio. ufc.br/ri/handle/riufc/4019 acedido em 13/04/2015 às 15:40 SANTOS, Beatriz Regina Lara dos et al. Situação vacinal e associação com a qualidade de vida, a funcionalidade e a motivação para o autocuidado em idosos. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2009, vol.12, n.4, pp. 533-540. ISSN 1980-5497 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v12n4/03.pdf acedido em 13/04/2015 às 15:30 48 Vem com a gente! Cláudia Inácio Fidelis, Joice de Oliveira Lopes, Luã Gianine Moreira, Priscila Ribeiro Rocha, Mônica de Almeida Carreiro, Sebastião Gonçalves, Lilia Marques Simões Rodrigues Resumo A educação em saúde constitui um conjunto de saberes e práticas orientados para a prevenção de doenças e promoção da saúde. O estudo tem por objetivo estimular adultos e idosos com doença não transmissíveis à reflexão sobre o tratamento destas doenças e orientar quanto à finalidade e uso regular dos medicamentos por meio de uma atividade educativa. Estudo reflexivo a partir de análise documental, com abordagem qualitativa. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na análise do conteúdo de Bardin. Entendemos que educação em saúde utiliza o conhecimento científico de profissionais da saúde a fim de intervir na vida cotidiana das pessoas com intuito destes adotarem novos hábitos e condutas de saúde por meio da compreensão do processo saúde-doença. Introdução modalidade de atenção, o que implica adequar certos aspectos na organização do seu processo de trabalho, bem como agregar certas tecnologias necessárias para realizar o cuidado em saúde no ambiente domiciliar (BRASIL, 2012 p.32). As doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) são doenças de longa duração que vão ocorrendo no decorrer da vida com longa duração sendo multifatoriais. São responsáveis por 74% das mortes no Brasil (dados de 2012). Consumo nocivo de álcool, tabagismo, inatividade física e alimentação não saudável são os principais fatores de risco para o desenvolvimento das DCNT. O tabagismo é um importante fator de risco para o desenvolvimento de uma série de doenças crônicas, como câncer, doenças pulmonares e doenças cardiovasculares, desse modo o uso do tabaco permanece como líder global entre as causas de mortes evitáveis. Evidências associam, também, a exposição passiva ao tabaco a esse mesmo grupo de doenças. Os padrões de atividade física da população brasileira passaram a ser estudados recentemente. A prática de, no mínimo, 150 minutos de atividade física semanal de intensidade moderada, entre os adultos residentes das capitais do Brasil, passou de 30,3% em 2009 para 33,8% em 2013. Os homens, pessoas jovens e de maior escolaridade são os mais ativos. Em 2013, 16,2% dos adultos foram considerados inativos e 28,6% relataram assistir três ou mais horas de televisão por dia. Dados obtidos em quatro grandes pesquisas representativas sobre compras de alimentos pelas famílias do Brasil, entre meados da década de 1970 e meados da década de 2000, sugerem uma redução na O presente trabalho foi elaborado por acadêmicos do grupo C do estágio da disciplina de Enfermagem do Adulto e do Idoso, do 7.° período do curso de Enfermagem da Universidade Severino Sombra, com orientação dos professores Sebastião Gonçalves e Mônica de Almeida Carreiro. O objetivo foi estimular adultos e idosos com doenças crônicas não transmissíveis, da Rua Francisco de Assis – Centro - Vassouras-RJ, pela Estratégia Saúde da Família José Ferreira de Souza- Carvalheira, à reflexão sobre o tratamento destas doenças e orientar quanto à finalidade e uso regular dos medicamentos por meio de uma atividade educativa na comunidade no dia 18 de Março de 2015, das 9 às 10h, na raia de malha próxima a rua. A educação em saúde constitui um conjunto de saberes e práticas orientados para a prevenção de doenças e promoção da saúde (Costa & López, 1996). Utiliza-se o conhecimento científico de profissionais da saúde a fim de intervir na vida cotidiana das pessoas com intuito destes adotarem novos hábitos e condutas de saúde por meio da compreensão do processo saúdedoença. Foram realizadas visitas domiciliares à comunidade onde se encontraram os seguintes problemas: não compreensão da importância do tratamento para o controle das doenças e não adesão ao tratamento medicamentoso. A atenção domiciliar é atividade inerente ao processo de trabalho das equipes de atenção básica, sendo necessário que estejam preparadas para identificar e cuidar dos usuários que se beneficiarão dessa Universidade Severino Sombra, Curso de enfermagem,Vassouras-RJ, Brasil. 49 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Educação em Saúde. Estratégia Saúde da Família. Tratamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Adesão a Medicação. Avaliação compra de alimentos tradicionais básicos, como arroz, feijão e hortaliças, e aumentos notáveis na compra de alimentos processados, acarretando aumento no consumo de gorduras saturadas e sódio. Para a realização do projeto foram escolhidas pessoas da comunidade que possuíam dificuldade de adesão ao tratamento. Um grupo de 11 pessoas, sendo 7 mulheres, 1 homem e 4 crianças que acompanharam os pais e também participaram da atividade. Todos participaram ativamente, fizeram perguntas referentes às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, tiraram suas dúvidas quanto à prevenção das doenças. Em destaque ficaram as perguntas referentes ao tratamento medicamentoso para o controle da pressão arterial, e tratamento para controle do diabetes, todas as dúvidas foram esclarecidas no momento pelos acadêmicos de Enfermagem. Quando o tema tabagismo que foi abordado ouve um entusiasmo maior de uma integrante do grupo que tinha interesse em deixar de ser tabagista e tinha muita dificuldade de controlar o vício, a mesma relatou que a palestra serviu como um grande incentivo para ela. Atividades: Estratégia Recursos utilizados Alimentação Alimentos saudáveis a serem provados na hora. Frutas diversas (banana, laranja, uva) sobre a mesa, torradas, sucos de baixa caloria e baixo teor de sódio, água disponíveis para serem consumidos na hora e para levar para casa. Consumo de sódio e açúcar em excesso Cartazes e palestra. Cartazes coloridos informativos sobre o consumo de adequado de sódio por dia e exemplos de alimentos que contém sódio em excesso. Palestra ministrada com objetivo de demonstrar os malefícios do consumo excessivo de refrigerantes/ sucos industrializados. Adesão ao tratamento medicamentoso Tabagismo Dinâmica da bola. Palestra. Conclusão Em síntese, o estudo buscou elaborar de forma educativa e dinâmica uma conscientização sobre as DCNT, buscando informá-los sobre os seus riscos à saúde e tirando suas dúvidas quanto ao tratamento, afim de que possam melhorar sua qualidade de vida. O projeto teve grande contribuição para os acadêmicos de Enfermagem, sendo uma prova de que é possível atuar ativamente na promoção da saúde da comunidade de forma educativa, onde se possa atuar de acordo com as necessidades de cada comunidade, respeitando seu perfil e necessidade do momento. Dinâmica feita por meio de uma roda, onde se coloca uma música para tocar e vão passando a bola em sequência, um para o outro. Quando a música para a pessoa estoura a bola e lê o papel que contém uma pergunta. A pessoa responde a pergunta e o profissional da saúde corrige a resposta se necessário ou parabeniza se a resposta for correta. As perguntas foram referentes ao tratamento do Diabetes, Hipertensão Arterial e Estratégia Saúde da Família. Referências Alves,V.S. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial, Interface – Comunic, Saúde, Educ, v.9, n 16, p 39-52, set 2004/fev 2005. BRASIL. Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: Promoção da Saúde, Vigilância, Prevenção e Assistência, Série Pactos pela Saúde, Ministério da Saúde, v. 8, Brasília – DF, 2008. Palestra de incentivo contra o tabagismo por meio de cartazes, informando os malefícios do tabaco para o organismo de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) BRASIL, Caderno de Atenção Domiciliar, Ministério da Saúde, v.2, Brasília – DF, 2013. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/ svs/doencas-cronicas-nao-transmissiveis. Acessado em 14/03/2015 às 15h. 50 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Tema Na rota do Aedes aegypti: educação e cultura Marise Maleck1,2,3, Igor Luiz Souza da Cruz1,3, Bárbara Mendes Pardal1,3, Nayara Batista de Oliveira1,3, Antônio José da Cruz Junior1,3, Michele Teixeira Serdeiro1,4, Jacenir Reis dos Santos Mallet4, Simone Pereira Alves¹ Resumo Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) é considerado o principal transmissor do vírus da dengue. O objetivo deste trabalho é promover a educação em saúde para o controle do mosquito vetor do vírus da dengue, através de eventos em centros culturais no município de Vassouras - RJ, utilizando como ferramentas atividades didáticas e lúdicas. Em 2012 foram desenvolvidas diversas atividades com crianças, jovens e a população, no Centro Cultural da Fundação Severino Sombra, Universidade Severino Sombra. Este evento contou com a presença de 725 visitantes. De acordo com este dado torna-se importante realizar novamente o evento “Na rota do Aedes aegypti: educação e cultura” com novas propostas e atividades. Introdução Materiais e Métodos O culicídeo Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) é considerado o principal transmissor do vírus da dengue. Este vetor se reproduz em ambientes domésticos e peridomésticos que disponham de recipientes que acumulem água, encontrados facilmente nas ruas e nos lixos das cidades. A dengue é uma doença febril aguda que vem sendo considerada a arbovirose mais importante do mundo e o problema mais grave de saúde pública (WHO, 2012) No Brasil, em 2015, foram registrados 224.101 casos notificados de dengue até 9º semana epidemiológica (SE) (01/03/2015 a 07/03/2015) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL). Embora pesquisas estejam em andamento, ainda não há vacina eficaz para o uso preventivo contra o vírus da dengue, sendo o controle da transmissão restringido apenas ao controle do mosquito vetor (CARVALHO et al, 2011). Campanhas envolvendo promoção em saúde são uma das alternativas utilizadas para tentar minimizar os surtos de dengue. A educação e a transmissão de conhecimento são fortes ferramentas capazes de transformar e induzir novos comportamentos em uma comunidade em relação a várias doenças, tendo as instituições de ensino um papel fundamental na formação destas comunidades como cidadãos disseminadores de práticas a favor da promoção em saúde. “Temas relacionados a doenças endêmicas e/ou epidêmicas precisam ser abordadas de maneira consistente, criativa, e adequadas às realidades locais” (LENZI e COURA, 2004). O objetivo deste trabalho é promover o evento “Na rota do Aedes aegypti: educação e cultura” com novas propostas e atividades a fim de sensibilizar novos multiplicadores no controle do mosquito vetor do vírus da dengue. Foram desenvolvidas diversas atividades com crianças, jovens e a população do município de Vassouras, no Cecult/FUSVE/USS em 2012. A equipe trabalhou com várias atividades direcionadas à educação, esclarecimento de dúvidas e disseminação de ideias conscientizadoras a respeito da importância da prevenção do mosquito da dengue. Estas atividades constaram de peça teatral, caixa de Pandora, corrida maluca, lupa mágica, labirinto, caça-palavras, jogo da memória e confecção de máscaras, além da realização de palestras, exposição de material sobre o ciclo de vida do mosquito, história em quadrinhos “O Mosquito Dengoso” e uma música de mesmo nome. Resultados e Discussão O evento Educação Antidengue realizado no Cecult no ano de 2012 contou com a participação de 725 pessoas. As atividades foram marcadas pela presença de crianças, adolescentes, docentes, discentes e moradores da região, e cidades vizinhas. Seu ápice foi alcançado com o sucesso obtido pela peça teatral “O Mosquito Dengoso”, que interagiu com o dinamismo dos atores e a participação dos visitantes. Foi observado que a caixa de Pandora, o labirinto, e a corrida maluca foram as atividades mais atrativas pelos estudantes. A exposição do material (in vitro), observação das formas imaturas do culicídeo por meio de microscopia óptica atraiu todos os presentes, principalmente os jovens e adultos. As ações educativas realizadas nas escolas finalizaram os resultados a confecção e exposição de cartazes a partir do aprendizado adquirido e os mesmos expostos neste 1. Laboratório de Insetos Vetores, Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ, Brasil. 2. Mestrado Profissional em Ciências Ambientais, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 3. Pró-Reitoria da Ciências da Saúde, Universidade Severino Sombra, Vassouras, RJ. 4. Laboratório de Transmissores de Leishmanioses, Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ, RJ. 51 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Aedes aegypti. Educação e cultura. Dengue. evento científico. Posteriormente os resumos e textos foram publicados na forma on-line no sítio institucional. Todas as dinâmicas foram realizadas de forma acessível e divertida, já que o objetivo foi educar, conscientizar e mobilizar os jovens cidadãos a serem contribuintes de um futuro melhor. Conclusões Os dados apresentados neste trabalho demonstraram que os objetivos propostos de conscientização não apenas de crianças e adolescentes, mas como também da população em geral foram atingidos em sua totalidade. A combinação entre educação, diversão e cultura demonstrou a necessidade da realização de novos eventos a fim de instruir e conscientizar as pessoas com relação a temas sérios e de grande importância para a promoção em saúde através de meios alternativos e divertidos. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA CARVALHO, G.H.F.; SILVA, H.H.G.; CUNHA, L.C.; SILVA, I.G. Atividade inseticida do extrato bruto etanólico de Persea americana (LAURACEAE) sobre larvas e pupas de Aedes aegypti (DIPTERA, CULICIDAE). Revista de Patologia Tropical. v.40, n.4, p. 348-361, 2011. LENZI, M.F.; COURA, L.C. Prevenção de dengue: a informação em foco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.v.37, n.4, 343-350, 2004. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global Strategy for Dengue Prevention and Control 2012-2020. Geneva: Who, 2012. Disponível em: http://www.who.int/immunization/sage/meetings/2013/april/5_Dengue_ SAGE_Apri2013_Global_Strategy.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE/BRASIL. 2015. Disponível em: http:// portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/13/Boletim-DengueSE09-2015.final.pdf 52 Análise microbiológica da água coletada em distintas fontes do distrito de Nossa Senhora do Amparo, município de Barra Mansa - RJ Lidiane Magalhães Pinto Mituiassu¹, Alessandra Souza¹, Renato Barreto de Oliveira¹, Rosana Canuto Gomes² Resumo A água potável adequada para o consumo humano, infelizmente, em muitas regiões do país ainda está aquém do que se considera ideal. Portanto, este estudo objetivou Identificar a microbiota da água consumida pelos habitantes do distrito de Nossa Senhora do Amparo, pertencente ao município de Barra Mansa - RJ. Foram coletadas quatro amostras em distintos lugares do distrito, descritas nesta pesquisa como amostra1: poço/cisterna: o qual armazena água do distrito, amostra 2: poço residencial, amostra 3: bebedouro do colégio, amostra 4: domicílio. Nestas amostras realizaram-se testes presuntivos e confirmatórios para coliformes totais e teste para detecção de coliformes termotolerantes. Observou-se, portanto, que das quatro amostras, apenas em uma delas a água estava própria para consumo, representada pela amostra 2. As demais apresentavam contaminação tanto por coliformes totais quanto por coliformes fecais- termo tolerantes. Realizou coloração de Gram para classificação das colônias em Gram + e Gram-, além de observação microscópica. Para melhor caracterização das bactérias encontradas nas amostras contaminadas, foi feito provas bioquímicas e caracterização dos possíveis gêneros. Introdução Mansa, nos locais descritos como: amostra 1: poço/ cisterna: o qual armazena água do distrito, amostra 2: poço residencial, amostra 3: bebedouro do colégio, amostra 4: domicílio.A amostragem foi realizada no mês de setembro 2014.Para contagem presuntiva de coliformes totais as amostras diluídas, em tubos com Caldo Lauril Sulfato Triptose (L.S. T) e em caldo Bile Verdes Brilhante 2% (V.B), com tubos de Durhan invertidos, foram incubadas a 37ºC entre 24-48 horas, para teste confirmatório de coliformes totais. Para detecção de coliforme termo tolerante as amostras com bactérias crescidas nos meios L.S.T e V.B foram repicadas para tubos com o Caldo Escherichia coli (E.C), incubados no tubo de ensaio a 45ºC com leitura em 24 horas. A observação das colônias crescidas que apresentavam características diferentes foram selecionadas e, após, realizado a coloração de Gram, assim, as bactérias foram classificadas como sendo do grupo das bactérias Gram+ ou Gram -, além de ter sido analisada a sua morfologia. Para realização das provas bioquímicas foram utilizados tubos testes contendo ágar TSI (triplo açúcar ferro), ágar citrato simmons,SIM,VM (vermelho de metila) e VP(voges Proskauer), a partir das colônias crescidas em meio BHI. Para a catalase, as colônias crescidas em meios BHI foram também inoculadas em caldo nutritivo onde permaneceram por 24-48hs e, após, realizado a prova supracitada. É importante tratar a água destinada ao consumo humano, pois esta é capaz de veicular grande quantidade de contaminantes, cujo consumo tem sido associado a diversos problemas de saúde1. A qualidade da água tornou-se uma questão de saúde pública devido às consequências provocadas pelas diferentes formas de contaminantes e pelo grande impacto sobre a saúde humana. No Brasil, morrem 29 pessoas ao dia por doenças decorrentes da qualidade da água e do não tratamento de esgotos2 e estima-se que cerca de 80% das enfermidades no mundo são contraídas devido à água poluída. Um método utilizado para análise da qualidade da água para consumo são os parâmetros microbiológicos, que servem para avaliar dentre outros, a quantificação de coliformes totais e termo tolerante (Escherichia coli), além da contagem de bactérias heterotróficas. Sendo assim, especificações legais definem que a água para consumo humano é aquela livre de E.coli ou coliformes termo tolerantes, sendo recomendada a sua ausência em 100 mL3,4.Portanto, este estudo objetivou Identificar a microbiota da água consumida pelos habitantes do distrito de Nossa Senhora do Amparo, e se esta é adequada para consumo. Metodologia As amostras foram coletadas no distrito de Nossa Senhora do Amparo pertencente ao município de Barra 1. Discente do curso de Mestrado Profissional em Ciências Ambientais da Universidade Severino Sombra. 2. Docente da Universidade Severino Sombra. 53 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Água potável. Microbiologia. Coliformes. Resultados e Discussão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Das quatro amostras colhidas em diferentes pontos do distrito de Nossa Senhora do Amparo, no mês de setembro de 2014, somente 25% não apresentaram contaminação por coliformes totais e fecais, a qual representada pelo local descrito como 2 na pesquisa que representa um poço residencial. As demais amostras, que somam 75%, apresentaram contaminação tanto por coliformes totais quanto fecais. Estudo microbiológico realizado em águas de abastecimento de escolas públicas do município de Ibiúna-SP mostra que 21,42% de contaminação com coliformes totais e 14,28% com E. coli, fato que pode está relacionado com as condições de armazenamento e/ou oferta desta água , sendo assim, possível fazer uma analogia aos dados encontrados na amostra 3 deste estudo. Dados do estudo realizado em Santa Fé - MG demonstrou que 43% das cisternas dos domicílios encontram-se impróprias para consumo. O que corrobora com os dados deste estudo com relação à amostra 4. Em relação aos testes bioquímicos realizados em amostras positivas de coliformes termotolerantes obtidas nos meios confirmativos para o Caldo EC. Observou-se a presença dos possíveis gêneros: Klebsiella, Shigella,Escherichia, Citrobacter, Enterobacte,Hafinia. Conclusão - Os dados citados acima reafirmam que a água se encontra imprópria para consumo, principalmente pela presença do gênero Eschericha, principal bioindicadora de dejetos fecais. - A água de consumo desses reservatórios expõe a comunidade a riscos para a saúde, por meio de doenças de veiculação hídrica; por isso se faz necessário um acompanhamento sistemático na fonte fornecedora e reservatórios para manutenção da higiene e controle microbiológico de água desses locais. Referências 1-Scuracchio, P.A. Qualidade da água utilizada para consumo em escolas no município de São Carlos-SP.Dissertação.Araraquara,2010. 2- BARCELLOS, Christovam et al. Inter-relacionamento de dados ambientais e de saúde: análise de risco à saúde aplicada ao abastecimento de água no Rio de Janeiro utilizando Sistemas de Informações Geográficas . Cad. Saúde Pública vol.14 n.3 Rio de Janeiro July/Sept. 1998.3- LEITE, M. O.; ANDRADE, N. J.; SOUZA, M. R.; FONSECA, L. M.; CERQUEIRA, M. M. O. P.; PENNA, C. F. A. M. Controle de qualidade da água em indústrias de alimentos. Leite & Derivados, v.69, p.38-45, 2003. 3- BRASIL. Portaria n° 518, de 25 de março de 2004. Legislação para águas de consumo humano. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 de mar. 2004. Seção 1. 4- Brasil. Resolução RDC n° 275, de 22 de setembro de 2005. Aprova o “Regulamento Técnico de Características Microbiológicas para Água Mineral Naturale Água Natural.Brasília;ANVISA,2005.Disponível em:http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/search.php. Acessado em: 20/10/2014. 54 A teoria e a prática na construção de um projeto político pedagógico – a busca por uma escola inclusiva. Tais Curytiba Amorim¹, Rafael Carneiro de Moura Barbosa¹, Catielen dos Santos Castro¹, Marcela Aparecida da Silva Cordovino¹, Suzane de Moura Souza¹, Mônica de Carvalho Teixeira1,2 Resumo Um tema que gera grandes discussões na educação é a crença na dissociação entre teoria – conteúdo estudado na academia - e a prática – as ações pedagógicas - exercitada nas escolas. Visando estudar e entender o porquê se julga a dissociabilidade entre teoria e prática no cotidiano do curso de Pedagogia é que surgiu a possibilidade de estudarmos um documento, cuja normatização legal, faz com que as escolas precisem possuir: o projeto político pedagógico. Longe de ter este estudo como resposta geral às situações escolares, julgamos que o estudo deste documento nos forneceu pistas para compreender a filosofia de trabalho da escola e, consequentemente como se forja a prática pedagógica em seu interior. Palavras-Chave: Teoria. Prática. Educação Infantil. Pedagogia. Introdução Entender as prerrogativas de criação do referido documento, a filosofia de trabalho pedagógico nele inserida, a previsão ou não de formação continuada para os profissionais da educação e as concepções de cuidar e educar nele elencadas são as bases de orientação do trabalho em questão. Na disciplina Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Educação Infantil, que foi estudada ao longo do semestre de 2014/2, foi solicitado um trabalho com a orientação de analisar um Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma escola de educação infantil, escolhida pelo grupo. Evitando ficar apenas no discurso teórico, este trabalho teve o objetivo de verificar no referido documento a teoria estudada em sala de aula e a prática (ainda que descrita em um documento oficial) de uma escola de educação infantil, percebendo até que ponto há uma dissociação ou não das teorias estudadas, promovendo ou não a inclusão das crianças que estão sob responsabilidade da escola. Em trabalhos como este, conseguimos entender que há uma intencionalidade no trabalho pedagógico, iniciando este entendimento a partir do estudo da concepção de um documento, como o Projeto Político Pedagógico, possibilitando assim, que ao longo dos estudos, os acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia, promovam debates sobre a integração entre teoria e prática. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 (LDBEN) é de fundamental importância que o PPP seja construído/reconstruído, operacionalizado e avaliado permanente e coletivamente pelo dirigente escolar, pelo pedagogo, pelo professor, pelos pais dos alunos e pela comunidade. Nesse processo, os diversos segmentos que compõem a escola e a criação de espaços e mecanismos de participação são prerrogativas fundamentais para o exercício do jogo democrático na construção de um processo de gestão democrática. A atuação de uma das componentes do grupo, em uma escola de educação infantil como professora, permitiu o acesso ao documento estudado. Foram feitas algumas cópias do documento e entregue aos integrantes do grupo para realizar leituras individualmente e, em alguns momentos presenciais, nos encontrávamos para conversar sobre as impressões do grupo sobre a leitura feita e, traçar as diretrizes de trabalho, normatizando as teorias que utilizaríamos para reflexão e entendimento do documento em questão. Resultados e Discussão O PPP da escola escolhida foi discutido e elaborado em reuniões pedagógicas e reuniões de pais, não houve dificuldades na elaboração e, havendo necessidade de realizar alterações ao longo do ano letivo ou posteriormente, será feito por meio de enquetes e questionários. O Projeto Político Pedagógico analisado mostrou que sua filosofia é pautada na visão de Vigotski, que é um dos autores da teoria histórico-cultural, pois visa o contato com o meio cultural no qual a criança esta inserida e em que desenvolve sua autonomia e identidade 1. Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. FAETERJ/Três Rios-RJ, Brasil. 55 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos Conclusões e interage com o outro. Sua proposta pedagógica levou em conta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB 9.394/96, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, o disposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, de acordo com a Lei Municipal de Ensino e Regimento Interno da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo em vista a interação entre os diversos campos do saber e o cotidiano da criança. A prática é desenvolvida de forma consciente, pois se entende que a educação não é um fim em si. A instituição proporcionou programa de formação continuada para todos os profissionais, dado que, semanalmente as professoras e as recreacionistas de educação infantil tiveram um encontro com o orientador pedagógico para serem orientadas individualmente. Bimestralmente é realizado o encontro pedagógico que tem como objetivo discutir e avaliar o projeto do ano vigente. Podemos dizer que o Projeto Político Pedagógico é a alma da escola, pois se este foi coletivamente elaborado, pôde ajudar o grupo escolar e a comunidade a pensar a construção de uma prática pedagógica mais solidificada e coerente com a realidade dos que fazem parte da comunidade escolar. Os espaços físicos foram organizados de forma a motivar o envolvimento da criança neste mesmo espaço, promovendo uma escola inclusa com um ambiente que assegurou a acessibilidade universal e que garantiu a autonomia tanto de alunos quanto professores e demais funcionários. Os espaços construídos para a criança e com a criança foram explorados por ela mesma, em uma relação de interação total, de aprendizagem, de troca de saberes entre os pares, de liberdade de ir e vir, de prazer, de individualidades, de partilhas, enfim, de se divertir aprendendo. O documento estudado seguiu a orientação prescrita nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2009 (DCN) de acordo com o conceito de que o educar e o cuidar estão ligados isto é, que ambos se complementam e juntos contribuem para o bem estar da criança e o seu desenvolvimento integral cooperando para a elaboração de sua identidade e sua autonomia. 1 – A construção coletiva do PPP permitiu maior integração entre os membros da comunidade escolar e a realização de uma gestão democrática; 2 – Ao possibilitar mecanismos de formação continuada para os profissionais da educação, a escola em questão mostra que prima pela sua valorização; 3 - Mesmo que, por questões históricas a creche seja vista como assistencialista, quando as ações pedagógicas e de cuidado são desempenhadas separadamente, o documento estudado mostrou-nos que não há dissociação entre cuidar e educar. Referências BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil: Resolução nº 5 de 17 de Dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_ content&id=12579%3Aeducacao-infantil&Itemid=859 Acessado em: 21 de Outubro de 2014 CRAIDY, Carmem e KAERCHER, Gládis E. (org.) Educação Infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. PRESTES, Zoia. Quando não é quase a mesma coisa – traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2012. RUIZ, Jucilene de Souza. Educação Infantil e as Práticas de Cuidar e Educar no Contexto das Políticas Educacionais. Revista HISTEDBR on-line. Campinas, abr. 2005. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/ jornada7/_GT2%20PDF/EDUCA%c7%c3O%20INFANTIL%20E%20 AS%20PR%c1TICAS%20DE%20CUIDAR%20E%20EDUCAR%20 NO%20CONTEXTO%20DAS.pdf Acessado em: 19 de Agosto de 2014 A indissociabilidade entre as práticas de cuidar e educar requer que ambos os profissionais tenham os mesmos objetivos em suas ações, de modo que juntas proporcionem o desenvolvimento infantil nos aspectos físicos, emocional, afetivo, cognitivo, lingüístico e social e assegure em sua totalidade, a identidade e a autonomia das crianças, livre de preconceitos e ideologias de caráter dominante. (RUIZ, 2005, p. 19-20) 56 V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n°9394/96 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1. pdf Acessado em: 28 de Outubro de 2014 Hemangiossarcoma Canino – Relato de caso Jéssica Cristina Ferreira Pereira, Stephane do Carmo Lima, Fabio Sartori, Ana Paula Martinez de Abreu Resumo Com o aumento do tempo médio de vida dos animais, cresce também a incidência de doenças relacionadas à idade. Dentre elas, as neoplasias. O hemangiossarcoma (HSA) é uma neoplasia maligna com alto potencial metastático, de origem endotelial vascular que acomete preferencialmente o baço; entretanto, fígado e coração são frequentemente sítios primários, sendo a forma cutânea a mais rara. Este trabalho tem por objetivo, relatar o caso de uma cadela, da raça Pitbull, de nome Sasha, que veio a óbito, em decorrência, provavelmente de um HSA. Palavras-Chave: Hemangiossarcoma. HSA. Cães. Neoplasias. Introdução avaliação bioquímica hepática e renal, é importante a realização de um coagulograma devido a possível ocorrência de CID. O diagnóstico definitivo é obtido a partir de exame histopatológico e é recomendável que se proceda a biópsia excisional da massa, por esta ser uma medida ao mesmo tempo diagnóstica e terapêutica. O presente trabalho tem por objetivo, relatar o caso de uma cadela, de nome Sasha, que teve sua necropsia realizada no Hospital Veterinário da Universidade Severino Sombra, Os avanços ocorridos ao longo do tempo no campo da Medicina Veterinária contribuíram para o estabelecimento e consolidação de melhorias nas condições de nutrição, imunização, prevenção e tratamento de doenças dos animais de companhia acompanhadas por maior interação entre proprietários e seus animais, especialmente os cães, permitindo-lhes aumentar sua expectativa de vida. Com estes fatores, surge também a necessidade de se dedicar maior atenção às afecções consideradas outrora raras devido à concentração de sua prevalência em indivíduos de idade avançada. As neoplasias se enquadram neste contexto, tornando-se cada vez mais encontradas na rotina da clínica veterinária (Ferraz, et al., 2008). O hemangiossarcoma (HSA) é uma neoplasia maligna com alto potencial metastático, de origem endotelial vascular que acomete preferencialmente o baço; entretanto, fígado e coração são frequentemente sítios primários, sendo a forma cutânea a mais rara (BROWN et al., 1985). Por se originar do endotélio de vasos sanguíneos, o hemangiossarcoma pode ocorrer em qualquer região vascularizada do corpo. Pele, pericárdio, pulmões, rins, cavidade oral, músculos, ossos, bexiga urinária e peritônio também são possíveis sítios para essa neoplasia. O HSA de átrio direito é a neoplasia cardíaca mais comum. Os sinais clínicos decorrentes do HSA variam de acordo com o local do tumor primário. O diagnóstico iniciase na anamnese do animal, onde se devem observar sintomas sugestivos a um hemangiossarcoma, deve-se também identificar possíveis massas, tumores, assim como volume abdominal. O tratamento de eleição para o HSC é a cirurgia. A excisão cirúrgica completa de um tumor localizado cura mais paciente que qualquer outra forma de tratamento. Além de exames laboratoriais pré-cirúrgicos rotineiros, como hemograma completo, Foi realizada a necropsia no Hospital Veterinário da Universidade Severino Sombra, de uma cadela, da raça Pitbull, de nome Sasha, no dia 30 de março do ano de 2014. O animal não apresentava um histórico clínico e veio a óbito no dia 19 de março do ano de 2014. O procedimento foi realizado pelas alunas Jéssica Pereira e Stephane Lima, durante a aula da matéria de Anatomia Patológica Especial, do curso de Medicina Veterinária. Inicialmente foi realizado um exame externo, em seguida, a necropsia foi iniciada com o animal em decúbito lateral esquerdo, onde, primeiramente os membros foram rebatidos e uma incisão mento-pubiana foi realizada. As cavidades foram expostas após o rebatimento do esterno e em seguida os órgãos foram removidos, inicialmente os orais e cardiorrespiratórios, seguidos pelos órgãos abdominais e por último os do sistema nervoso. A análise dos órgãos foi realizada por meio de uma divisão de sistemas, onde se analisou: 1.º Oral e cardiorrespiratório; 2.º Omento e baço; 3.º Intestinos; 4.º Fígado e estômago; 5.º Geniturinário e ânus; 6.º Sistema nervoso. Universidade Severino Sombra, Medicina Veterinária. 57 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos a um caso de Hemangiossarcoma, com o corrimento de metástases, o que, comprova o alto grau de malignidade do HSA, assim como sua capacidade metastática. Ressalta-se então a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce dos animais acometidos por tal neoplasia. A coleta para histopatologia foi realizada por meio de imprint de acúmulos de células suspeitas no baço do animal. Resultados e Discussão Referências O animal apresentava um edema na pata esquerda. Nódulos em diafragma e pulmão; pontos hemorrágicos na região torácica; alteração dos linfonodos mandibular, axilar direito e pré-escapular direito; linfonodo mandibular hemorrágico e mucosas hipocoradas. Esôfago hemorrágico; traqueia hemorrágica e contendo espuma; hemotórax e granuloma de 5° costela. Intestinos delgado e grosso hemorrágico. Tumor no fígado; degeneração hepática, estômago hemorrágico e tumor esplênico. Rim esquerdo edemaciado e hemorrágico; bexiga hemorrágica; alteração de glândula mamária e alteração de linfonodos inguinais e poplíteos. Na leitura da lâmina para leitura histopatológica do tumor esplênico, através de microscópio óptico, visualizou-se massa constituída por células altamente pleomórficas, variando de fusiformes a poliédricas, com núcleo grande e hipercromáticos, apresentando anisocitose e multinucleação. O diagnostico foi um hemangiossarcoma. Com o diagnóstico de hemangiossarcoma no baço do animal, e o fato do animal apresentar nódulos, com características sugestivas a HSA, ou seja, nódulos de coloração vermelha escuro, moles, pouco circunscritos, não encapsulados e aderidos a órgãos adjacentes, deduz-se que a possível causa mortem do animal foi complicações advindas de um hemangiossarcoma, uma neoplasia maligna comum em raças de grande porte, o que condiz com o caso citado, onde se descreve um animal da raça Pitbull. O edema na pata esquerda possui características sugestivas a um hemangiossarcoma subcutâneo, ou seja, edemas que se apresentam com a camada de pele sobreposta, o que conserva a sua aparência normal, o que vai de encontro a relatos que citam o Pitbull como uma das raças predispostas a desenvolver o HSA cutâneo. A ocorrência de nódulos disseminados em órgãos como baço, pulmão, fígado e subcutâneo, confirma o potencial metastático da neoplasia citada na literatura. O baço é citado como o principal sítio de crescimento de hemangiossarcoma, assim como fígado e pulmões, fato que condis com o caso examinado. A hemorragia generalizada é citada na literatura como a principal causa de complicações causadas pelo hemangiossarcoma, fato observado no presente trabalho. FERRAZ, J.R.S.; ROZA, M.R. CAETANO, J.J.; COSTA, C.A. Hemangiossarcoma canino: revisão de literatura. Jornal Brasileiro de Ciência Animal, v.1, n.1, p. 35-48, 2008. V JORNADA SEVERINO SOMBRA BROWN, N. O.; PATNAIK, A. K.; MACEWEN, E. G. Canine hemangiossarcoma: Retrospective analysis of 104 cases. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 186, n. 1, p. 56-58, Jan. 1985. Conclusão Os achados macro e microscópios são condizentes 58 Aleitamento materno exclusivo e a relação com a redução de internações Michael Aubert Cordeiro17, Jannaina Sther Leite Godinho², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo busca apresentar inicialmente uma revisão bibliográfica, com objetivo analisar em artigos já publicados um comparativo sobre crianças que receberam aleitamento materno exclusivo até os 06 meses de vida e as que não tiveram esta dieta exclusiva, relacionado ao processo de hospitalização. Parte integrante de uma pesquisa que investiga a relação entre a amamentação em seio materno de livre demanda com a redução das internações, além do significado do profissional enfermeiro como multiplicador dos benefícios do leite materno. A Metodologia que auxilia o estudo é de abordagem qualitativa, a partir de uma revisão bibliográfica, utilizando as bases de dados: LILACS, Bireme, Mendeley e Google Acadêmico. Utilizamos o referencial teórico da Análise do Conteúdo de Bardin, para análise. Os resultados preliminares apontam para aumento na prevalência de aleitamento materno, relacionado a uma redução das taxas de internação hospitalar por pneumonia entre as crianças com menos de 01 ano de vida. Introdução Dessa forma, a compreensão dos motivos pelos quais muitas mulheres deixam de amamentar seus filhos e a atuação junto à nutriz na tentativa de intervir nos aspectos que levam à decisão do desmame e à introdução precoce de outros líquidos ou alimentos na dieta do recém-nascido são importantes desafios das equipes de Saúde. Neste sentido, o que deve ser explorado pelos profissionais de saúde, e mesmo pelas instituições e órgãos de apoio ao aleitamento materno, é o fato deste não ser apenas um ato instintivo e puramente biológico. Trata-se de um processo multidimensional, que incorpora várias facetas da realidade vivenciada para mãe-mulher, devendo ser abordado a partir de uma visão ampla, sob a égide do trinômio mãe-filho-família e do entorno social, histórico, cultural e econômico no qual o trinômio está inserido. Com a complexidade da prática da amamentação, se faz necessária a atuação da equipe de Saúde em diversas frentes, integrando todo o serviço e mobilizando todos os profissionais. Nesse sentindo, justifica-se o trabalho das Equipes de Saúde da Família (ESF), já que é possível, por meio do vínculo família-profissional de saúde, realizar o acompanhamento e o aconselhamento das nutrizes, adequando suas ações à cultura, hábitos, crenças e posição socioeconômica, entre outros aspectos específicos das comunidades, bem como perceber as construções sociais das mães acerca do processo saúdedoença. Diante desta problemática, buscamos analisar os números de internação e realizar um comparativo entre crianças que receberam aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e as que não tiveram esta dieta Considerada uma das primeiras ações para garantir a saúde da criança, a amamentação é o melhor e mais adequado alimento que possa ser oferecido nos primeiros anos de vida. Apesar de estudos apresentarem um aumento significativo para a prática do aleitamento materno nas últimas décadas. Muito ainda deve ser feito nessa direção, para que possam atingir as metas propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com ações em saúde que devem ser intensificadas para que mais mulheres percebam a importância de amamentar (Azeredo et al, 2008). No Brasil, iniciativas têm contribuído para consolidar a prática do aleitamento materno, como a Estratégia Rede Cegonha do Ministério da Saúde, instituída no âmbito do Sistema Único de Saúde, consiste numa rede de cuidados assegurando direitos para mulher e à criança o desenvolvimento saudável (Brasil, 2011). Contudo, muitos fatores contribuem para o desmame precoce. No entanto, a falta de conhecimento sobre aleitamento materno por parte das mães tem representado um papel importante na redução da duração dessa prática. O conhecimento da mulher é, de fato, importante frente às inúmeras situações que lhe estão por vir, mas, por si só, não garante mudança de atitude no que concerne à amamentação. A atuação dos profissionais de saúde também pode ter influência negativa no estabelecimento e manutenção do aleitamento materno, caso tais profissionais não sejam capazes de enxergar além do manejo clínico e, com isto, oferecer o suporte necessário às mães. 17. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Técnico de Enfermagem, Hospital Municipal Darcy Vargas/ São Gonçalo/ Rio de Janeiro/ Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 59 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Aleitamento Materno. Internação. exclusiva. J.) [online], vol.87, n.5, pp. 399-404, 2011. Material e Métodos SILVEIRA FJ, LAMOUNIER JA. Fatores associados à duração do aleitamento materno em três municípios na região do Alto Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Cad Saude Publica; 22:69-77, 2006. Realizou-se um estudo de revisão parte integrante de um estudo maior, a partir de um levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases de dados LILACS, Bireme, Mendeley, Google Acadêmico, entre 2003 e 2015. Optou-se por trabalhos neste período por se tratar de um assunto pouco publicado dentro do foco a ser explorado. Foram utilizados os seguintes descritores para a busca: aleitamento, enfermagem; internação. Resultados e Discussão V JORNADA SEVERINO SOMBRA O estudo apresenta-se em fase de busca, em relação ao levantamento inicial, como estratégia metodológica para adequação do projeto, para auxiliar nos resultados da pesquisa a serem apresentados em seu relatório final. Os resultados preliminares apontam que em cidades que tem altas prevalências de aleitamento materno exclusivo, mas baixas prevalências de aleitamento materno, ou vice-versa, ocorreu um discreto, mas significativo aumento nas taxas de internação por pneumonia, o que pode ser indicativo de que uma população, para estar protegida, deve ter maiores prevalências de ambas as práticas de aleitamento (Occolini et al, 2011). Conclusão Entendemos que há desafios na prática do aleitamento, e para que haja aumento nas prevalências de aleitamento materno e redução das taxas de internação entre as crianças com menos de 1 ano de vida. Ainda é preciso avançar em direção a ações concretas com participação de vários atores envolvidos para a garantia do aleitamento materno exclusivo. Referências AZEREDO, Catarina Machado et al. Percepção de mães e profissionais de saúde sobre o aleitamento materno:encontros e desencontros. Rev. paul. pediatr. [online], vol.26, n.4, pp. 336-344, 2008. BRASIL, Ministério da Saúde. Poertaria n.º 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Brasília. Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: < http://bvsms.saude. gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/ prt1459_24_06_2011.html> ESCUDER, Maria Mercedes Loureiro; VENANCIO, Sonia Isoyama and PEREIRA, Julio César Rodrigues.Estimativa de impacto da amamentação sobre a mortalidade infantil. Rev. Saúde Pública[online], vol.37, n.3, pp. 319-325, 2003. OCCOLINI, Cristiano Siqueira; CARVALHO, Márcia Lazaro de; OLIVEIRA, Maria Inês Couto de and BOCCOLINI, Patricia de Moraes Mello. O papel do aleitamento materno na redução das hospitalizações por pneumonia em crianças brasileiras menores de 1 ano. J. Pediatr. (Rio 60 A humanização na assistência de Enfermagem junto ao recémnascido Nayara Cássia dos Santos Costa18, Alessandra Souza2, Marilei de Melo Tavares e Souza2 Resumo O estudo tem por objetivo realizar uma revisão bilbliográfica sobre o processo de humanização dos cuidados prestado pela equipe de Enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). O estudo é parte integrante de um Trabalho desenvolvido durante o curso de enfermagem. A Metodologia que auxilia o estudo é de abordagem qualitativa. A análise dos dados se dará a partir do referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Os resultados preliminares apontam na direção da necessidade da promoção da atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, a partir de um conjunto de ações que envolve o paciente, sua família e os profissionais de saúde. A assistência humanizada ao recém-nascido (RN), depende do investimento no acolhimento, baseado no diálogo. Entendemos que estudos voltados à área da humanização ao recém-nascido contribuem, pois aponta competências a serem desenvolvidas durante a graduação para atuação do enfermeiro na UTIN. Introdução que compreenda a dor do RN e que saiba minimizar o sofrimento e a dor do paciente e dos familiares. Ainda que promova atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso e gere um conjunto de ações na assistência que envolve o paciente, sua família e os profissionais de saúde. A assistência humanizada ao recém-nascido depende do investimento no acolhimento, baseado no diálogo. A valorização da satisfação das necessidades com vistas ao bem-estar físico e emocional e das manifestações de atenção, carinho e paciência, associando-o à afetividade própria do ser humano, integra a humanização no cuidado de Enfermagem. Para se avançar na direção à humanização e assegurar qualidade da assistência, torna-se essencial considerar as condições de oferta dos serviços e a qualificação dos trabalhadores (Chernicharo, Freitase e Ferreira, 2013). Atualmente, empreendemos esforços significativos de cuidado diante da dor do recém-nascido; os RN internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) que, são expostos rotineiramente a inúmeros procedimentos e intervenções que causam estresse e dor; indicadores de qualidade na infraestrutura da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, preconizada pela Política Nacional de Atenção ao paciente crítico (Brasil, 2009). Temos por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o processo de humanização dos cuidados prestado pela equipe de enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Material e Métodos Conclusão A metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. O estudo integra um trabalho em desenvolvimento durante o curso de graduação em Enfermagem. A partir de um levantamento inicial, de artigos consultados nas bases de dados LILACS, Mendley e Google Acadêmico, utilizando os seguintes descritores: humanização, cuidado, bebê, Enfermagem. O tratamento dos dados se dará a partir do referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Buscamos realizar uma revisão bibliográfica sobre o processo de humanização dos cuidados prestado pela equipe de Enfermagem que atua na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. É passo fundamental, estimular ações em saúde voltadas para a qualidade das relações humanas, utilizando os preceitos da humanização nas práticas assistenciais de Enfermagem direcionadas, sobretudo ao recém-nascido. Entendemos que estudos voltados à área da humanização ao recém-nascido contribuem, pois aponta competências a serem desenvolvidas durante a graduação, contribuindo com o processo de formação, Resultados e Discussão Os resultados preliminares apontam para a necessidade de profissionais capacitados e sensíveis, 18. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 61 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Humanização. Cuidado. UTI. Recém-Nascido. fortalecendo a atuação do enfermeiro na UTIN. Referências BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Políticas de Saúde. Área de Saúde da Criança. Atenção humanizada ao RN de baixo peso: método mãe canguru: manual do curso. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. Disponível em : <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/metodo_canguru_manual_ tecnico_2ed.pdf> Acesso 12 mar 2015. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS, Brasília, DF:Ministério da Saúde; 2004. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ humanizasus_2004.pdf> Acesso 12 mar 2015. CHERNICHARO, I.M.; FREITAS, F.D.S.; FERREIRA, M.A. Humanização no cuidado de enfermagem: Contribuição ao debate sobre a Política Nacional de Humanização. Revista Brasileira de Enfermagem Brasília 2013 julhoagosto, 66(4): 564 a 570. Disponível em <https://www.mendeley.com/ library/viewer/?fileId=726babad-706d-7055-5356-f266e0a0a1a6> Acesso 06 de mar 2015. FONSECA, E.L.; MARCON S.S.. Percepção de mães sobre o cuidado domiciliar prestado ao bebê com baixo peso. Revista Nacional Brasileira, Brasília 2011 jan-fev; 64(1): 11-7. 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Entendemos que a assistência prestada a criança e seu familiar diante da doença, deve considerar diferentes enfoques para o desfecho do sofrimento. Palavras-Chave: Enfermagem. Oncologia. Família. Leucemia. Pediatria. Introdução os familiares enfrentam e vivenciam o laudo positivo oncológico, a partir de uma revisão bibliográfica. Leucemias são grupos de doenças caracterizadas pelo acúmulo de leucócitos malignos na medula óssea e na corrente sanguínea (Hoffbrand et al, 2008). A leucemia linfoblástica Aguda (LLA) é o tipo de câncer mais comum na infância. Embora as causas para o desenvolvimento de leucemia ainda não sejam bem conhecidas, existem evidências para alguns fatores de risco, como exposição à radiação ionizante, medicamentos utilizados em quimioterapia e exposição ocupacional ao benzeno. O diagnóstico é feito primeiramente por hemograma, porém as alterações na quantidade dos leucócitos não são aparentes, por este motivo é de suma importância que outros exames laboratoriais sejam colhidos, a fim de diagnosticar precocemente a doença e dar inicio ao tratamento (LEITE, 2007). O tratamento da LLA é prolongado, variando de dois a três anos. Embora os esquemas terapêuticos possam mudar de centro para centro, os protocolos modernos invariavelmente são constituídos de cinco grandes fases: indução da remissão, intensificaçãoconsolidação, reindução, prevenção da leucemia no sistema nervoso central (SNC) e continuação ou manutenção da remissão (Pedrosa et al., 2002). Frente o diagnóstico de LMA, a família junto à criança vive uma experiência impactante, um momento de sofrimento intenso. Diante desse fato, indagamos como a família lida com o diagnóstico e tratamento do câncer infantil? Quais estratégias para lidar com o sofrimento vivenciado? Como tem feito o enfrentamento da doença? Como a Enfermagem poderá auxiliar a família frente a um laudo positivo de câncer infantil? Assim, o estudo objetiva compreender como Material e Métodos Resultados e Discussão O estudo se apresenta em fase de busca parcial, em relação ao levantamento inicial, para adequação do projeto, demais resultados da pesquisa serão apresentados no relatório final. Contudo, os resultados preliminares apontam diferentes histórias familiares bem como desfechos em relação às experiências vividas pelos familiares, contudo, o fio condutor é o sofrimento. Experiências estressantes e carregadas de sofrimento para a criança e sua família. O câncer infantil demanda cuidados e necessidades de mudanças, os quais podem levar a criança, o adolescente e seus familiares a um estado de depressão, isolamento, desesperança (Nascimento et al, 2010). Conclusão O estudo buscou descrever e compreender como os familiares enfrentam e vivenciam o laudo positivo oncológico, a partir de uma revisão bibliográfica. O estudo ainda está em fase preliminar, contudo 19. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 63 V JORNADA SEVERINO SOMBRA A metodologia que auxiliou o estudo foi a abordagem qualitativa. Foi realizado um levantamento bibliográfico inicial como parte integrante de um trabalho sobre câncer infantil, desenvolvido no curso de graduação em enfermagem. entendemos que a família sofre ao receber o diagnóstico do câncer infantil. Nesse sentido a assistência prestada a criança e seu familiar diante da doença, deve considerar diferentes enfoques para o desfecho do sofrimento. Referências BALINT, M. O Médico, seu paciente e a doença. Trad. de Roberto Musachio. Rio de Janeiro: Atheneu, 1988. 331p. FRANÇOSO, L.P.C. Enfermagem: imagens e significados do câncer infantil. Ribeirão Preto, 1993. 145p. Dissertação (mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. HOFFBRAND, A.V.; et al. Fundamentos em hematologia. 5.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. pp. 167-225. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer. Câncer da criança e do adolescente no Brasil: dados dos registros de base populacional e de mortalidade. Rio de Janeiro: INCA; 2008. LIMA, R.A.G. O processo de trabalho da Enfermagem na assistência a criança com câncer: análise das transformações em um HospitalEscola. Ribeirão Preto, 1990. 124p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo. V JORNADA SEVERINO SOMBRA NASCIMENTO, L.C.; OLIVEIRA, F.C.S.; MORENO, M.F.; SILVA, F.M. Cuidado espiritual: componente essencial da prática da enfermeira pediátrica na oncologia. Acta paul. enferm. [online]. 2010, vol.23, n.3, pp. 437-440. 64 Câncer de mama masculino: conhecimentos, mitos e implicações para o cuidado de enfermagem Lília Marques Simões Rodrigues, Stephanie Silva Ramos Resumo O câncer é uma neoplasia ocasionada por uma ruptura dos mecanismos regulares da multiplicação celular, uma célula começa a crescer e a se dividir desordenadamente, insensíveis aos mecanismos reguladores normais (INCA 2008). As neoplasias podem acometer diversas partes do corpo sendo a mama um local de grande frequência e incidência desta manifestação. O que é de pouco conhecimento da população é o acometimento da doença entre os homens, que pode ocorrer apesar de rara e com aumento significativo nos últimos anos. Objetivo: Identificar o conhecimento do homem sobre o câncer de mama no sexo masculino. Identificar a percepção do homem sobre sua mama. Analisar as implicações para os cuidados de Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa. Palavras-Chave: Enfermagem. Neoplasia. Mama- masculina. Introdução submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. Sua relevância baseia-se na ampliação do conhecimento de ensino acadêmico, profissionais formados e presentes no sistema de saúde e na expansão do conhecimento e informação da doença entre o público masculino e sociedade. O presente estudo nasceu a partir de lacunas identificadas numa revisão de literatura, e assim, despertaram o interesse sobre o conhecimento da população masculina com relação ao câncer de mama presente no gênero, seus mitos e os fatores culturais que o rondam. De acordo com o Ministério da Saúde (2009), o homem tem maiores taxas de mortalidade e morbidade, por fatores externos como acidentes de transito e violência ou ainda por doenças, apresentando uma expectativa de vida de 69,11 anos, enquanto para as mulheres esta expectativa é de 76,71 anos. A incidência do câncer de mama masculino aumentou significativamente de 0,86 a 1,06 por 100.000 homens ao longo de 26 anos sendo as taxas mais altas presentes na América do Norte e Europa. A média de idade entre os clientes homens com esta patologia é de 58 anos, sendo a média de idade no momento do diagnóstico de 67 anos, cinco anos a cima da média do diagnostico para mulheres. (HASS e col., 2009). O presente trabalho tem como objeto de estudo o câncer de mama masculino; seus objetivos são identificar o conhecimento do homem sobre o câncer de mama no sexo masculino. Identificar a percepção do homem sobre sua mama. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa. O estudo foi desenvolvido por meio de trabalho de campo, no mês de abril de 2015, tendo como instrumento um roteiro com questionários compreendendo questões abertas e fechadas, os sujeitos serão 30 homens de idade entre 18 e 60 anos vinculados a Universidade Severino sombra. Tendo o projeto sido Foram obtidos como resultados preliminares da pesquisa o déficit no conhecimento masculino sobre a existência do câncer de mama no gênero. Indo ao encontro de Moura et al, 2006 que deslumbra sobre o conhecimento do homem sobre o tema para que haja possibilidades de um diagnóstico precoce. Conclusão De acordo com a pesquisa desenvolvida foi possível perceber o desconhecimento da população masculina em relação à existência do câncer de mama no gênero. O que mostra o grande desafio multiprofissional e principalmente do enfermeiro, profissional que trabalha com a educação da população e prevenção relacionada à saúde, na divulgação e promoção voltada a doença. A fim de munir a população de conhecimento, visando à percepção de fatores de risco e de sinais que possam indicar a doença além de promover o auto cuidado. Referências BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa (Portugal): Edições 70 LDA, 2009. Universidade Severino Sombra - curso de graduação em Enfermagem. 65 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Resultados e Discussão CHAKORA, E. S.; Política Nacional de atenção Integral à Saúde do Homem, Esc. Anna Nery 2014; 18(4):559-561. GOMES, R., NASCIMENTO, E. F.; A produção do conhecimento da saúde pública sobre a relação homem-saúde: uma revisão bibliográfica. Cad, Saúde pública vol.22 n.º 5, Rio de Janeiro Mai. 2006 HASS, P.; COSTA, A.B; SOUZA, A.P. Epidemiologia do câncer de mama em homens. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.) vol. 68 nº. 3, São Paulo 2009. INSTITUTO NACIONAL DO CANCER (INCA)- Falando sobre câncer de mama. Rio de Janeiro, 2002. http://portalsaude.saude.gov.br/images/ pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-PNAISH---Principios-e-Diretrizes.pdf. Acessado em: 15 de janeiro de 2015 MINAYO, M. C. S.; O desafio do conhecimento- Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo, Editora Hucitec, - 12ª Ed. 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Ações de Enfermagem para o controle do câncer. Uma proposta de integração ensino-serviço. Ed. 3 Revista atualizada e Ampliada. 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/acoes_enfermagem_controle_cancer.pdf Acesso em: 06 maio. 2014 MINISTÉRIO DA SAÚDE, Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Princípios e Diretrizes. 2009, Brasília- DF. V JORNADA SEVERINO SOMBRA MOURA, A.R.; CARDOSO, A.L.H.; COSTA, A.L.; ZAGO, M.A.B.S.; BROTE M.C.; A saúde do homem em pauta: análise do conhecimento dos homens sobre o câncer de mama masculino. Ensaios e Ciência, 2006. 66 Avaliação da eficácia do tratamento multidisciplinar da síndrome do respirador bucal em longo prazo Ariadna Andrade¹, Carla Cristina Neves Barbosa² Resumo A respiração oral pode se originar de uma hipertrofia de adenoide, rinite alérgica, desvio de septo, bronquite, entre outros. E pode ter como características olhar triste, lábios hipotônicos e ressecados, alterações posturais cefálico-corporais e orofaciais, boca aberta, artresia maxilar e acentuação do crescimento facial vertical. Esse relato tem por objetivo avaliar se o tratamento multidisciplinar da Síndrome do respirador bucal após cinco anos finalizado mantém a estabilização e a eficácia. Conclui-se que o tratamento multidisciplinar em respiradores bucais tem resultados positivos se realizado de forma correta, na dependência da cooperação do paciente, e que os resultados obtidos logo após o tratamento também são observados em longo prazo nas maiorias dos casos. Palavras-Chave: Respirador bucal. Tratamento multidisciplinar. Síndrome da face longa. Terapia fonoaudiológica. Terapia fisioterápica. Introdução Gimenez e Nishimura, 2010). Esse trabalho tem por objetivo avaliar se o tratamento multidisciplinar da Síndrome do respirador bucal após cinco anos finalizado mantém a estabilização e a eficácia. A respiração normal é através da via nasal, ocorrendo da seguinte maneira: entrada de ar pelo nariz, passando pela faringe, laringe e chegando aos pulmões. Mas o indivíduo pode adquirir o hábito inadequado da respiração por algum motivo, seja ele orgânico, funcional ou neurológico. A síndrome do respirador bucal tem como causas: hipertrofia de adenóide, rinite alérgica, desvio de septo, sinusite, bronquite, hipertrofia dos cornetos nasais e infecções crônicas das amígdalas palatinas (Menezes et al 2011 e Correa, 2012). A síndrome tem mais prevalência em crianças, a respiração pode ser mista ou predominantemente bucal, é vista como um fator simples de se tratar, mas que em longo prazo pode acarretar problemas físicos, estomatognáticos, psicológicos e sociais. As principais características que podemos observar em um respirador bucal são: olhar triste e desatento, dificuldade de concentração com repercussão na aprendizagem, olheiras profundas, lábios hipotônicos e ressecados, alterações posturais cefálico-corporais e orofaciais, boca aberta, entre outras. Além disso, observa-se com frequência: artresia maxilar, arco maxilar em formato de “V”, dentes protrusos e acentuação do crescimento facial vertical, o que pode ser considerado um fator agravante em pacientes genética e estruturalmente dolicocefálicos (face longa e estreita), algumas dessas características podem se tornar irreversíveis como as alterações posturais, alterações cardiovasculares como hipertensão arterial sistêmica, craniofaciais, oclusais, vocais e articulares (Correa et al, 2012, Ferreira et al, 2007, Bertolini et al, 2005/2006, Paciente J.M.P, 20, gênero masculino, compareceu à clínica odontológica da Universidade Severino Sombra para tratamento odontológico onde sua queixa principal era que os “dentes se encontravam muito para fora”. No exame facial foi observada face comprida e estreita (dolicofacial), lábios hipotônicos, o não selamento dos lábios, atresia das narinas, olheiras profundas, lábios curtos, lábio inferior invertido, semblante de cansaço. No exame corporal observaram-se ombros arquiados, pitose abdominal e alteração postural. No exame dental foram notadas as seguintes características: classe II bilateral primeira divisão, overjet aumentado (relação horizontal entre os dentes superiores e inferiores anteriores), apinhamento anteroinferior, atresia maxilar, arco maxilar em formato de “V”. Foi proposto assim um tratamento multidisciplinar englobando fonoaudiólogo, fisioterapeuta e ortodontista. No plano de tratamento ortodôntico foi indicado a montagem da aparelhagem fixa nos arcos superior e inferior e o aparelho acessório Quadrihélice. O tratamento resultou não alinhamento e nivelamento dos arcos e na correção da má-oclusão de classe II, proporcionando um bom engrenamento entre os arcos. A sobressaliência aumentada foi normalizada. Os molares passaram a exibir uma relação de classe I. 1. Acadêmica do curso de graduação de Odontologia da Universidade Severino Sombra. 2. Mestre em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares e professora do curso de graduação de Odontologia da Universidade Severino Sombra. 67 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Relato do caso Também foi realizado o tratamento fonoaudiológico para avaliar se havia interposição lingual na fala e se havia algum hábito deletério e controle deste, o tratamento foi realizado em três etapas. E no tratamento fisioterapeutico foi realizado em três sessões por semana, de 30 minutos durante dois meses. Após cinco anos do tratamento foram realizado novamente os exames, nesses exames podemos observar os seguintes resultados: em relação ao tratamento ortodôntico observamos resultados positivos, pois obtivemos a manutenção do alinhamento e nivelamento, da expansão maxilar, da diminuição do overjet e da relação anteroposterior; sobre o tratamento fonoaudiológico foi possível observar resultado satisfatório, pois manteve o selamento labial sem esforço do músculo mentoniano; porém, o tratamento fisioterápico não teve uma manutenção eficaz, pois ainda foram observados ombros arquiados, pitose abdominal e alteração postural, este resultado pode ter ocorrido por ser um tratamento fraco para resultados a curtos prazos, não desenvolvendo corretamente a musculatura. cefálico-corporais e orofaciais, boca aberta, atresia maxilar, arco maxilar em formato de “V”, dentes protrusos e acentuação do crescimento facial vertical (Correa et al, 2012, Bertolini et al, 2005/2006, Gimenez e Nishimura, 2010). No estudo demonstrado foram observadas as características: face comprida, estreita (dolicofacial), o não selamento dos lábios, atresia das narinas, olheiras profundas, lábios curtos, lábio inferior invertido, semblante de cansaço, ombrosarquiados, pitose abdominal, alteração postural, classe II bilateral primeira divisão, apinhamento anteroposterior, atresia maxilar, arco maxilar em formato de “V”. A síndrome se origina no período pré-natal, no parto ou durante o crescimento (Abreu et al, 2008), essa alteração atinge indistinvamente qualquer idade (Santos et al, 2008). Observamos que o paciente relatado com distúrbio foi observado durante a infância. Conclui-se que o tratamento multidisciplinar em respiradores bucais tem eficácia se realizado de forma correta e que os resultados obtidos logo após o tratamento também são observados em longo prazo nas maiorias dos casos, e para que o tratamento seja realizado de forma correta é necessário uma anamnese detalhada, exame clínico minucioso, o bom planejamento e a cooperação do paciente. Discussão O tratamento multidisciplinar de um respirador bucal deve contar com a colaboração de odontopediatras, fonoaudiólogo, otorrinolaringologista, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo (Santos et al 2008), porém também pode englobar pediatra, alergista, ortodontista (Bertolini et al, 2005/2006) nesse relato foi associado ortodontista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta. A respiração bucal tem como causas mais frequentes: hipertrofia de adenoide, rinite alérgica, desvio de septo, sinusite, bronquite, hipertrofia dos cornetos nasais e infecção crônicas das amígdalas palatinas (Correa et al, 2007; Gimenez e Nishimura, 2010 e Hennig et al 2009), a forma mais comum seria a obstrução crônica de vias aéreas (Correa et al, 2007 e Yi et al, 2008) e entretanto a principal causa seria o uso de mamadeira (Santos et al, 2008). No paciente relatado foi observado que não havia nenhum desvio de septo ou obstrução das vias aérea superiores, há indícios que a síndrome pode ter sido causada por alguma alergia durante a infância. A maioria dos profissionais diagnostica a síndrome durante a anamnese (Menezes et al, 2011), porém o diagnóstico dessa síndrome é essencialmente clínico (Correa et al, 2012), concordando assim, pois o diagnóstico do caso reportado foi por meio da consulta com o ortodontista. As características dos respiradores bucais seriam olhar triste e desatento, dificuldade de concentração com repercussão na aprendizagem, olheiras profundas, lábios hipotônicos e ressecados, alterações posturais Referências 10 Menezes V.A, Cavalcanti L.L, Albuquerque T.C, Garcia A.F.G, Leal R.B. Respiração bucal no contexto multidisciplinar: percepção de ortodontista da cidade do Recife. Dental Press J Orthood. Maringá, v. 16, n.º 6, p. 84-92, 2011. 20 Correa L.H.L, Marcelino T.F, Popoaski C, Sakae T.M, Schmitz L.M. Avaliação da qualidade de vida em pacientes respiradores bucais. Arq Int Otorrinolaringol.São Paulo v. 16, n.º 1, p. 74-81,2012. 30 Ferreira L.P, Natalini V, Ramires R.R, Silva M.A.A. Rev CEFAC. São Paulo, v. 9, n. º 2, p.190-98, 2007. 40 Bertolini MM, Filho DI, Lopes ML. Contribuição multidisciplinar no diagnóstico e no tratamento das obstruções da nasofaringe e da respiração bucal. R Clin Ortodon Dental Press.Maringá, v.4, n.º 6, p.90-101, dez.2005/ jan. 2006 50 Gimenez SRML, Nishimura CM. Perfil da fala do respirador bucal. Rev CEFAC. São Paulo, v.12, n.º 3, p.505-508, 2010. 60 Santos HL, Santos HL, Santos RP. A importância da visão multidisciplinar no diagnóstico e tratamento de pacientes com síndrome do respirador bucal. Rev ABO Nac. São Paulo, v.16, n.º 4, p.230-232, 2008. 70 Hennig TR, Silva AMT, Busanelo AR, Almeida FL, Berwig LC, Boton LM. Swallowing of oral and nose breathers: speech-language and electromyography assessment. Rev CEFAC. São Paulo, v.11, n.º 4, p.618623, 2009. 80 Yi LC, Jardim JR, Pignatari SS, Inoue DP. The relationship between excursion of the diaphragm and curvatures of the spinal column in mouth breathing children. J Pedratr. Rio de Janeiro, v.84, n. º 2, p.171-177, 2008. 90 Abreu RR, Rocha RL, Lamounier JA, Guerra AF, Etiology, clinical manifestations and concurrent findings in mouth-breathing children. J Pediatr. Rio de janeiro, v. 84, n.º 6, p.529-535, 2008. 68 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusão Acompanhamento Farmacoterapêutico de pacientes portadores de doenças crônicas atendidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) Melissa Manna Marques¹, Renata Freitas dos Santos², Allan da Silva Martins², Jessica Batista da Silva², Gisele de Almeida Maia², Gessica Figueira Vieira² Resumo A pesquisa vislumbrou novo modelo de atuação do farmacêutico baseada em atitudes mais humanísticas e reflexivas, com contato direto com o paciente, abordando a prática da Atenção Farmacêutica (AF) como instrumento de educação em saúde na Estratégia de Saúde da Família de Barão de Vassouras, Vassouras-RJ. Objetivo da referida pesquisa foi prestar AF através do Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) durante as visitas domiciliares, incluindo práticas de promoção da saúde, detecção de problemas relacionados aos medicamentos (PRM), promover o uso racional de medicamentos, realização serviços farmacêuticos e garantir adesão à farmacoterapia. A metodologia utilizada foi o AFT durante as visitas domiciliares (VD), com a realização dos serviços farmacêuticos e confecção de potes ilustrativos. O AFT com 13 idosos foi feito durante seis meses, e adesão à farmacoterapia ficou evidenciada com a melhora da pressão arterial e relatos feitos por eles durante AFT, incluindo a resolução de PRM, melhorando a qualidade de vida dos acompanhados. Introdução (PRM) com a finalidade de garantir o sucesso da farmacoterapia (MACHUCA et al, 2005). A Assistência Farmacêutica (ASF) já estava inserida no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1990, quando a Lei 8080 “Lei Orgânica da Saúde” surgiu. O profissional farmacêutico tornou-se mais fortalecido com a prática da ASF, o que favoreceu também sua inserção em outras estratégias de saúde. Como exemplo o Programa de Saúde da Família (PSF), agora denominado Estratégia de Saúde da Família (ESF) cuja atuação se baseia na ASF. No ESF, os serviços básicos de saúde começam a focar na família como importante unidade programática de saúde, retirando o foco do indivíduo e introduzindo a família como um todo (ROSA et al, 2005). Uma vez que o conhecimento dos aspectos biopsicossociais em que estão inseridas estas famílias serve como facilitador para promover práticas de orientação à saúde englobando a realidade em que estão sendo submetidos. A dispensação de medicamentos não é apenas a entrega ao usuário. Compreende uma orientação correta sobre o uso dos medicamentos incluindo todas as informações necessárias para o URM. Por esse motivo surgiu o interesse de prestar AF para os idosos com farmacoterapia em ambiente não formal de educação em saúde como é feito no ESF durante as VDs, uma vez que a população assistida é humilde e muitos residem em casas quase em condições desumanas. Além da inserção de medidas educativas facilitadoras para a promoção em A reorientação da prática farmacêutica voltada para a assistência e atenção farmacêutica requer uma atitude mais humanística, assistencial e responsável para promover educação e orientação à saúde para a população visando uma melhora na qualidade de vida do usuário de medicamento. A evolução da Atenção Farmacêutica (AF), que pode também ser considerado uma revolução para a profissão, não requer um farmacêutico dispensador de medicamento, mas orientador, educador, assistencial, humanizado compatível com a nova realidade profissional em que a responsabilidade se volta para a classe. E, para o paciente com a finalidade de uma terapia medicamentosa racional permitindo uma melhora na qualidade de vida do usuário. O cuidado relacionado com a terapêutica passa a ser desejado pela sociedade (CORDEIRO et al, 2005). Nesse processo, AF tem o Acompanhamento Farmacoterapêutico (AFT) como estratégia e o foco da AF deve ser o paciente e o medicamento que este está utilizando, para promover o Uso Racional de Medicamentos (URM). Esse URM pressupõe que o paciente receba o medicamento correto, na dose e posologia adequadas, pelo tempo necessário e ao menor custo possível. Além dessas informações, colhidas no momento da dispensação, a AF também delimita possíveis problemas relacionados aos medicamentos 1. Docente Farmácia USS; Membro LAAF- Liga de Assistência e Atenção Farmacêutica. 2. Discente Farmácia USS; Membro LAAF – Liga de Assistência e Atenção Farmacêutica. 69 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Atenção Farmacêutica. Estratégia de Saúde da Família. Uso Racional de Medicamento. Problema Relacionado aos medicamentos. Visita domiciliar. possível diabetes. Durante o AFT, foram detectados PRM em 5 pacientes: saúde, realização dos Serviços Farmacêuticos e melhora da qualidade de vida da população. Objetivo O objetivo do referido trabalho foi prestar Atenção Farmacêutica (AF) através do AFT durante as visitas domiciliares. Realizar práticas de promoção da saúde, detectar/solucionar problemas relacionados aos medicamentos (PRM – resultados negativos derivados da farmacoterapia), promover o uso racional de medicamentos (URM), realizar serviços farmacêuticos e garantir adesão à farmacoterapia. Materiais e Métodos A metodologia usada foi o AFT através de visitas domiciliares para os pacientes inseridos no ESF, que tinham dificuldade de locomoção e/ou acamados. Além da realização dos Serviços Farmacêuticos, que de acordo com a Resolução n.º 499 de, 17 de dezembro de 2008, foram definidos como: Elaboração do perfil farmacoterapêutico, avaliação e acompanhamento da terapêutica farmacológica de usuários de medicamentos; Determinação quantitativa do teor sanguíneo de glicose, por punção capilar; Verificação de pressão arterial (PA); Verificação de temperatura corporal; Prestação de assistência farmacêutica domiciliar. Esse trabalho faz parte de um projeto de Extensão – Atendimento Comunitário à Saúde. O AFT foi realizado de julho a dezembro de 2014, com uma VD semanal. Em detrimento da simplificação dos esquemas de administração dos medicamentos como medida facilitadora para os pacientes idosos, foi realizada confecção de potes ilustrativos, para cada medicamento, informando o horário e a quantidade dos mesmos, com intuito de facilitar a farmacoterapia e intensificar a adesão ao tratamento. As informações prestadas durante as VD contribuíram também para o esclarecimento sobre a gravidade da doença e a necessidade de um tratamento contínuo e correto. Brito e colaboradores (2008) mostrou que o conhecimento sobre a doença gera mais responsabilidade para o paciente, intensificando a sua aceitação e contribuindo para ações e práticas educativas de promoção em saúde. Esses pacientes são estimulados em promover o autocuidado, aumentando a adesão à farmacoterapia, com a confecção de potes ilustrativos como facilitadores para utilização dos medicamentos, e melhorando sua qualidade de vida. Conclusão Resultados e Discussão Após o acompanhamento feito com os pacientes de Barão de Vassouras ficou evidenciado que a educação em saúde deve ser contínua e insistente. A demora para conscientizar as pessoas sobre a importância da adesão à farmacoterapia, incluindo o bem-estar e a qualidade de vida proporcionados por essa adesão, corroborou para o interesse do trabalho e sua continuidade. Com o AFT humanizado foi criada uma confiança e de certa forma, uma dependência dos pacientes durante as visitas domiciliares realizadas. O fato de proporcionar a atenção ao paciente como práticas afetivas facilitou a aceitação do AFT e contribuiu para metas, seguidas pelos próprios pacientes, de melhorar os problemas de hipertensão e diabetes, além da detecção dos PRMs e intervenções Farmacêuticas realizadas para melhoria da qualidade de vida desses pacientes. Dos 13 pacientes acompanhados (todos idosos) três são do sexo masculino e dez, do feminino. Todos são hipertensos e apenas dois, hipertensos e diabéticos. Durante o AFT, a aferição da PA foi realizada e em apenas um dos pacientes houve um valor acima da normalidade, segundo a Sociedade de Brasileira de Hipertensão (acima de 140 x 90 mmHg). Em relação à verificação da glicemia capilar, três pacientes apresentaram valores acima da normalidade, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (valores de glicemia < 100 mg/dl). Desses pacientes, dois são diabéticos e um não. Porém, foi feita uma Intervenção Farmacêutica solicitando exames para pesquisa de 70 V JORNADA SEVERINO SOMBRA 3 pacientes com PRM 1 – neste caso, o paciente apresentou um problema de saúde por não utilizar a farmacoterapia que necessita – desses 3 pacientes, 2 por não terem sido diagnosticados corretamente e 1 por falta de adesão à farmacoterapia (MACHUCA et al, 2005). 1 paciente com PRM 3 – neste caso, o paciente apresentou um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da farmacoterapia, ou seja, a medicamento prescrito não foi eficaz para a enfermidade da paciente (MACHUCA et al, 2005). 1 paciente com PRM 5, ou seja, o paciente apresentou um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa do medicamento, ou seja, foi detectada uma reação adversa ao medicamento (RAM) e foi realizada uma Intervenção Farmacêutica para o prescritor mostrando a insegurança do medicamento para essa paciente. Foi realizada a troca do medicamento (MACHUCA et al, 2005). Referências CORDEIRO, B. C. LEITE, S. N. (org.) O farmacêutico na atenção à saúde. Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 189p, 2005. COSTA, E. M. A. da; CARBONE, M. H. Saúde da Família – uma abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro. Editora Rúbio, 92P. 7-17, 2004. KERBER, N. P. da C.; KIRCHHOF, A. L. C.; VAZ, M. R. C. Considerações sobre a atenção domiciliária e suas aproximações com o mundo do trabalho na saúde. Cad. Saúde Pública, 24(3): 485-493, mar, 2008. MACHUCA, M.; FERNÁNDEZ-LLIMÓS, F.; FAUS, M. J. Método Dáder. Guía de seguimiento fármacoterapéutico. GIAF-UGR, 2005. MEROLA, Y. L.; EL-KHATIB, S.; GRANJEIRO, P. A. Atenção Farmacêutica como Instrumento de Ensino. Infarma 17(7/9):70-72, 2005. OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Proposta: Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Atenção Farmacêutica no Brasil: “trilhando caminhos”. Brasília: OPAS, 2002. V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRITO, D. M. S. de; ARAUJO, T. L. de; GALVAO, M. T. G.. Qualidade de vida e percepção da doença entre portadores de hipertensão arterial. Cad. Saúde Pública, abr. vol.24, no.4, p.933-940, 2008. 71 Estudo preliminar sobre a Intervenções Familiares no Tratamento da Dependência Química Fabrícia de Mello Cordeiro Moura20, Eliara Adelino Silva², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo A inclusão de intervenções focadas na família, através da terapia unifamiliar, ou da terapia multifamiliar (TGMF) vem crescendo como uma forma de enfrentar um problema tão grave e complexo como é a dependência química. Buscamos fazer um estudo retrospectivo de levantamento de dados, coletados de intervenções que têm sido realizadas com a família do dependente químico. As bases de dados Scielo e Medline foram utilizadas para a composição do presente estudo, considerando artigos indexados. Todo o material coletado, que constou de 11 artigos foi analisado quanto à sua contribuição para o objetivo do estudo. Ao pesquisar ficou evidenciado que a família cumpre um papel relevante, constituindo-se fator de risco ou proteção em relação à saúde de seus membros. Concluímos que atividades em grupo para reabilitação do dependente, com função primordial a proteção de seus membros, tendo potencial para oferecer apoio emocional para resolução de problemas e conflitos. Introdução Considerando que a família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições, o engajamento desta no tratamento é enfatizado por pesquisadores que compartilham da premissa que, com a participação da família, aumentamse as chances de sucesso no tratamento. O estudo tem por objetivo fazer uma retrospectiva do levantamento de dados das intervenções que têm sido realizadas com a família do dependente químico. Discorrer sobre a importância da família no tratamento das dependências e enfatizar a necessidade de sua participação no contexto do tratamento do dependente químico para que os resultados sejam satisfatórios. O uso de substâncias psicoativas é uma prática antiga e presente em várias culturas desde os tempos préhistóricos; portanto, faz parte da história da humanidade. Alguns povos faziam uso dessas substâncias para fins terapêuticos, outros as usavam em seus ritos religiosos. As substâncias psicoativas eram utilizadas por sociedade, conforme sua cultura, época, seus conhecimentos, e, ainda hoje, seu consumo se encontra bastante evidente e comum em algumas sociedades. Entretanto, o uso de substâncias psicoativas está cada vez mais disseminado nas sociedades, é comum deparar com a notícia de que um amigo ou familiar se tornou dependente químico. Os primeiros estudos que analisei sobre dependência química lançavam seu foco apenas no dependente, não considerando o papel da família e suas implicações nesse processo. Atualmente, os familiares constituem uma excelente fonte de ajuda no tratamento da dependência, a partir do momento em que se considera a família como um sistema que necessita de orientação e acompanhamento para que o resultado do tratamento seja mais eficiente e eficaz. As intervenções mais utilizadas no trabalho com familiares de usuários de substâncias psicoativas têm tido como base a visão sistêmica, a teoria cognitivo-comportamental e os grupos de autoajuda. Essa abordagem sistêmica busca intervir na dinâmica familiar, procurando compreender de que forma o uso de drogas está sendo utilizado para manter a homeostase das relações. Os grupos de AutoAjuda (Al-Anon, Nar-Anon), foram criados para que os familiares recebessem apoio, uma vez que suas vidas eram afetadas pelo comportamento do dependente. Metodologia Estudo de revisão utilizando as bases de dados Scielo e Medyline, considerando artigos indexados, utilizando os termos: família; tratamento e abuso de substância. Todo o material coletado, que constou de 11 artigos sobre o tema em questão foi analisado e avaliado quanto à sua contribuição para o objetivo do estudo. Em todo o material pesquisado, a família cumpre um papel relevante, constituindo-se fator de risco ou proteção em relação à saúde de seus membros. Resultados e Discussão dos dados A dependência química e problemas relacionais são quase sinônimos, portanto, as famílias quando necessitam internar um familiar fazem com muito sofrimento e com sentimentos ambivalentes de raiva, 1. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 72 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Dependência química. Família. Tratamento. dor, fracasso, impotência e um desejo enorme de ajudar. Estudo realizado em Montreal (De Civita, Dobkin & Robertson, 2000) ilustra essas contradições banalizadas muitas vezes pelo contexto terapêutico que se reduzem a uma tradução no mínimo simplista: “são famílias resistentes”. Ackerman, citado por Dualib (2006), entende a família como um grupo intermediário entre o indivíduo e a sociedade, portanto, as perturbações de personalidade e distúrbios na adaptação social seriam influenciadas continuamente pela interação familiar. Para Stanhope (1999), a família protege a saúde dos seus membros, dando apoio e resposta às necessidades básicas em situações de doença. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA Buscamos fazer uma retrospectiva do levantamento de dados das intervenções que têm sido realizadas com a família do dependente químico. As pesquisas evidenciam a etiologia multideterminada da dependência química e a família como um desses fatores determinantes. Existem poucas pesquisas associando a dependência química às intervenções focadas na família e na rede social, apesar da preocupação da sociedade com o aumento de problemas relacionados ao uso e abuso de substâncias, e consequentemente à existência de muitas famílias envolvidas. Em síntese, concluímos que atividades em grupo para reabilitação do dependente, com função primordial a proteção de seus membros, tendo potencial para oferecer apoio emocional para resolução de problemas e conflitos. Referências DUALIB, C. Acolhimento para Familiares de Dependentes: Um Olhar Sistêmico no Trabalho com Famílias. In: SILVEIRA. D. X; MOREIRA F. G. Panorama Atual de Drogas e Dependências. São Paulo, Atheneu, 2006. FIGLIE, Neliana et al . Filhos de dependentes químicos com fatores de risco bio-psicossociais: necessitam de um olhar especial?. Rev. psiquiatr. clín., São Paulo, v. 31, n. 2, 2004. Disponível em:. Acesso em: 26 Maio 2007. SCHENKER, Miriam; MINAYO, Maria Cecília de Souza. A implicação da família no uso abusivo de drogas: uma revisão crítica. Ciênc. saúde coletiva., Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, 2003. Disponível em: . Acesso em: 26 Maio 2007. SILVA, E. A. (2001). Abordagens familiares. Jornal Brasileiro de Dependência Química, 2 (Supl. 1), 21-24. Sluzki, C. E. (1997). La red social: frontera de la practica sistemica. São Paulo: Casa do Psicólogo. ZWEBEN, A. “Aconselhamento Motivacional com Casais Alcoolistas”. In: MILLER, W.R. Entrevista Motivacional: preparando as pessoas para a mudança de comportamentos adictivos. Porto Alegre: ARTMED, 2001. 73 Um estudo sobre Cirurgia Bariátrica Joice de Oliveira Lopes21, Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo buscou realizar uma revisão na literatura sobre a cirurgia bariátrica, identificando o perfil demográfico, clínico e as doenças de maior ocorrência. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados. Parte integrante de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório, desenvolvido durante o curso de Enfermagem. Foi realizada uma revisão nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS, Medical Literature - MEDLINE e Scientific Eletronic Library On-line-SCIELO. Palavras-Chave: Enfermagem. Obesidade. Cirurgia bariátrica. Introdução Material e Métodos A obesidade é uma doença crônica e vem se constituindo como fenômeno mundial relevante de saúde pública. Sua prevalência dobrou nos últimos 30 anos, é considerada a primeira epidemia do século XXI(1). Em 2008, a OMS estimou aproximadamente 2.3 bilhões de adultos com sobrepeso e mais de 700 milhões de obesos no mundo. O crescimento desse fenômeno também ocorre no Brasil. Ao longo dos últimos 30 anos o país deixou para trás índices históricos de desnutrição para ocupar lugar de destaque no ranking mundial da obesidade. Recente informação divulgada pelo Ministério da Saúde indica que o sobrepeso já atinge mais de 50% da população brasileira (Rodrigues et al, 2012). Atualmente, a obesidade representa um conjunto dos problemas mais preocupantes, uma vez que constitui um comprometimento orgânico complexo, de causas diversas e de tratamento difícil. Ela se desenvolve ao longo da vida, está geralmente associada às comorbidades e nem sempre é reversível com intervenção terapêutica. A obesidade é considerada uma doença crônica, de origem metabólica e genética, definida como um estado anormal de saúde, associado ao excesso de gordura corporal e atualmente considerada uma epidemia global. Frente às indagações, quais as dificuldades encontradas pelos profissionais da unidade básica de saúde com relação ao obeso de alto risco? Com isso, objetivamos realizar uma revisão na literatura sobre a cirurgia bariátrica, identificando o perfil demográfico, clínico e as doenças de maior ocorrência. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre obesidade e cirurgia bariátrica. Parte integrante de um estudo desenvolvido durante o Curso de enfermagem, como estratégia metodológica para avançar no aprofundamento sobre a temática. O estudo apresenta-se em fase de busca parcial, em relação ao levantamento inicial, para adequação do projeto. Os resultados serão apresentados junto ao relatório final. Conclusão Buscamos com o estudo realizar uma revisão na literatura sobre a cirurgia bariátrica, identificando o perfil demográfico, clínico e as doenças de maior ocorrência. Entendemos a importância em realizar estudo para auxiliar na busca de informações sobre a cirurgia bariátrica. Neste sentido, as ações da enfermagem voltadas aos sujeitos que buscam a cirurgia bariátrica, auxiliando no processo de orientações e promoção da saúde. Referências COSTA, Anna Christina Charbel. IVO Maria Lúcia. CANTERO Wilson de Barros TOGNINI João Ricardo Filgueiras. Obesidade em pacientes candidatos a cirurgia bariátrica. Acta Paul Enferm 2009;22(1):55-9. Disponivel em: <http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/ article/view/1268> Acessado em: 23/03/2015. 21. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 74 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Resultados e Discussão LEITE MA, VALENTE DC. Tratamento cirúrgico da obesidade mórbida: indicações, seleção e preparo dos pacientes. Programa de Auto-Avaliação. Bol Inform Col Bras Cir. 2003;2(Supl 3):5-9. Assistência ao paciente obeso mórbido submetido à cirurgia bariátrica: dificuldades do enfermeiro. Acta Paul Enferm 2009; 22(5):618-23. MOREIRA R A N, BARROS L M B, A Bezerra Rodrigues, Joselany Áfio Caetano Diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem no pósoperatório de cirurgia bariátrica. Submetido: 29/04/2013 Aceito: 04/07/2013 Rev Rene. 2013; 14(5):960-70. OLIVEIRA Michelle Santos. LIMA Eliane de Fátima Almeida. LEITE Franciéle Marabotti Costa. PRIMO Cândida Caniçali. PERFIL DO PACIENTE OBESO SUBMETIDO À CIRURGIA BARIÁTRICA. Cogitare Enferm. 2013 Jan/Mar; 18(1):90-4 PEREIRA J M; BURIOLA A A; Expectativas de Jovens obesos frente a realização de cirurgia bariatrica. Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 17 a 20 de outubro, 2011 Colloquium Vitae, vol. 3 n. Especial, jul–dez, 2011. Disponível em: <http://www.unoeste.br/site/ pos/enapi/2011/suplementos/documentos/VitaePDF/CDEnfermagem.pdf> Acesso em: 20/03/2015 VASCONCELOS, P O, NETO S B C; Qualidade de vida de pacientes obesos em preparo para a cirurgia bariátrica. PSICO, Porto Alegre, PUCRS, v. 39, n. 1, pp. 58-65, jan./mar. 2008. Disponível em: <https://www.mendeley.com/ library/viewer/?fileId=383bc6ef-a953-db0d5c36020421f05877> Acesso em: 20/03/2015 RODRIGUES, Renata Tavares Franco et al. transoperatória nas cirurgias de redução de peso: revisão integrativa da literatura. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2012, vol.46, n.spe, pp. 138-147. ISSN 0080-6234. V JORNADA SEVERINO SOMBRA GASTROMED. Instituto Zilbernstein. Obesidade. São Paulo. 2005. Disponível em: < http://www.gastromed.com.br/br/obesidade/conceitos_ iniciais.php> Acesso 17 abr 75 Reflexões fatores de risco predisponentes ao câncer em Homens Francieli Nasciemento de Souza22, Carlos Marcelo Balbino², Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo Objetivou-se avaliar fatores de risco para câncer em homens a partir de um estudo reflexivo. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre fatores de risco predisponentes ao câncer em homens. Parte integrante de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório, desenvolvido durante o Curso de Enfermagem, que inclui busca de informações sobre a faixa etária, tabagismo, alcoolismo, hábitos alimentares, hábitos sexuais, medicamentos, fatores ocupacionais, radiação solar, peso, hereditariedade. Daí, a necessidade de enfermeiros mostrarem mais efetividade no reconhecimento precoce dos fatores de risco. Palavras-Chave: Neoplasias. Fatores de Risco. Diagnóstico de Enfermagem. Introdução Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida (Inca 2015). Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma (Inca, op.cit). Diante o exposto objetivamos com o estudo avaliar fatores de risco para câncer em homens a partir de um levantamento bibliográfico. Buscamos com o estudo avaliar fatores de risco para câncer em homens a partir de um estudo reflexivo. Entendemos que os hábitos de vida e consumo estão diretamente relacionados com o desenvolvimento das neoplasias. Por exemplo, o tabagismo segundo a Organização Mundial de Saúde é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Dessas 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado). Material e Métodos Referências Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre fatores de risco predisponentes ao câncer em homens. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Disponível em: http://www.inca.org.br Conclusão MONTEIRO CA, MOURA EC, JAIME PC, LUCCA A, FLORINDO AA, FIGUEIREDO ICR, et al. Monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas por entrevistas telefônicas. Rev Saúde Pública 2005;39(1):47-7. Resultados e Discussão SILVA, A.P.S.; PINTO, F.J.M.; SOUSA, F.S., MOURÃO, C.M.L., LOPES, M.V.O.; FERNANDES, A.F.C. Fatores de risco para câncer de mama em mulheres de uma Unidade Básica de Saúde: estudo descritivo. Universidade Federal do Ceará, CE, Brasil; Universidade Estadual do Ceará, CE, Brasil; Os resultados preliminares apontam para uma 22. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Enfermagem. Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 76 V JORNADA SEVERINO SOMBRA relação do surgimento das neoplasias com hábitos de vida dos indivíduos. As causas externas predisponentes ao câncer são o ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais (Inca, 2015). Universidade Estadual da Paraíba, PB, Brasil. THULER LC. Considerações sobre a prevenção do câncer de mama feminino. Rev Bras Cancerol 2003;49(4):227-38. Ministério da Saúde (BR). Estimativa 2012: Incidência de Câncer no Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2011 [acesso em 17 de abril de 2012015]. Disponível em: http:// www.inca.gov.br/estimativa/2012/estimativa20122111.pdf GOMES R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Ciênc Saúde Coletiva. 2003;8(3):825-9. V JORNADA SEVERINO SOMBRA PINTO B.K. Etal.Identidade do homem resiliente no contexto de adoecer por câncer de próstata: uma perspectiva cultural Rev Bras Enferm. 2014 novdez;67(6):942-8. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670612. 77 Atuação do enfermeiro no âmbito do setor hoteleiro Aline Araújo Silva23, Marilei de Melo Tavares e Souza² Resumo O estudo tem por objetivo estudar o papel da enfermagem e as ações de cuidar específicas do enfermeiro voltadas para saúde do trabalhador no âmbito do setor hoteleiro. Trata-se de um estudo reflexivo a partir de uma análise documental realizada durante o curso de Enfermagem. A Metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Busca-se a partir do material produzido divulgar informações sobre o papel do enfermeiro no âmbito do setor hoteleiro. Entendemos que traçar o perfil das queixas relacionadas ao trabalho no setor hoteleiro, apontando questões relacionadas à saúde laboral, é fundamental para realizar uma ação educativa e de prevenção mais eficaz com o objetivo de minimizar seus efeitos. Auxiliando na adoção de novas medidas de segurança para possíveis riscos relacionados ao trabalho no setor hoteleiro. Introdução de inquéritos sanitários, coleta de dados estatísticos de morbidade e mortalidade de trabalhadores e etapas precedentes aos estudos epidemiológicos. Executa e avalia programas de prevenções de acidentes de trabalho e de doenças profissionais ou não profissionais, fazendo análise da fadiga, dos fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher, para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador. E não é diferente no setor hoteleiro, onde o enfermeiro atua também com uma equipe de funcionários que a todo tempo estão em contato com um público que requer muito esforço físico e mental e que precisam de cuidados específicos e direcionados para lidarem com as situações diversas de stress, euforia, desgaste físico, pressão hierárquica, saúde no trabalho, entre outros fatores (Silva, Kurcgan Queiroz, 2010). Sendo assim, o enfermeiro como promotor da saúde no trabalho deve está antenado com sua equipe e ser conhecedor de seus limites, além de dominar as áreas de conhecimento que o embase em todas as suas condutas. No Brasil, a atividade hoteleira começou no período colonial, os viajantes hospedando-se nos casarões das cidades, nos conventos, nas grandes fazendas e, principalmente, nos ranchos à beira da estrada. A chegada da corte real portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808 e, posteriormente, à abertura dos portos levaram a um aumento do fluxo de pessoas, fazendo com que casas de pensão, hospedarias e tavernas abrissem suas portas aos viajantes (Popp et al, 2009). Levando-se em consideração essas premissas temos por objetivo estudar o papel da enfermagem e as ações de cuidar específicas do enfermeiro voltadas para saúde do trabalhador no âmbito do setor hoteleiro. Material e Métodos A Metodologia que auxilia o estudo é a abordagem qualitativa. Utilizamos uma perspectiva crítica e reflexiva na análise de artigos e documentos publicados sobre o assunto em questão. Para análise dos dados recorremos ao referencial teórico na Análise do Conteúdo de Bardin. Busca-se a partir do material produzido divulgar informações sobre o papel do enfermeiro no âmbito do setor hoteleiro. Conclusão Buscamos estudar o papel da Enfermagem e as ações de cuidar específicas do enfermeiro voltadas para saúde do trabalhador no âmbito do setor hoteleiro. Entendemos que traçar o perfil das queixas relacionadas ao trabalho no setor hoteleiro, apontando questões relacionadas à saúde laboral, é fundamental para realizar uma ação educativa e de prevenção mais eficaz com o objetivo de minimizar seus efeitos. Auxiliando na adoção de novas medidas de segurança para possíveis riscos relacionados ao trabalho no setor Resultados e Discussão O enfermeiro estuda e observa condições de higiene, periculosidade e segurança no ambiente de trabalho, além de planejar e executar ações de prevenção de riscos e acidentes com os trabalhadores. Cabe a ele a coleta de dados de doenças ocupacionais, realização 23. Universidade Severino Sombra, Acadêmica do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 78 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Enfermagem. Saúde do trabalhador. Hotelaria. hoteleiro. Referências BENI, Mario Carlos. Análise Estrutural do Turismo. 2ª edição. São Paulo: Senac, 1998. CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 8ª edição. RODRIGUES, Rosa Maria .Enfermagem compreendida como vocação e sua relação com as atitudes dos enfermeiros frente às condições de trabalho. Rev Latino-am Enfermagem 2001 novembro-dezembro; 9(6): 76-82. V JORNADA SEVERINO SOMBRA SILVA, Vanda Elisa Felli da; KURCGANT, Paulina and QUEIROZ, Vilma Machado de. O desgaste do trabalhador de enfermagem: relação trabalho de enfermagem e saúde do trabalhador. Rev. bras. enferm. [online]. 1998, vol.51, n.4, pp. 603-614. 79 Risco de infecção apresentado pelo colchão da maca no pronto atendimento de emergência: Um estudo de enfermagem Eliana Pereira Silva¹, Monica de Almeida², Marilei de Melo Tavares e Souza³ Resumo Trata se de um estudo de revisão bibliográfica sobre a contaminação da maca no pronto atendimento de emergência e sua relação com o risco para desenvolver infecção no paciente, com o objetivo de verificar como a temática vem sendo abordada. A revisão bibliográfica incluiu estudos realizados sobre o tema entre 2008 e 2015 e foi realizada no período de março de 2015. Para a seleção dos artigos utilizou-se três bases de dados, Medline, Google acadêmico e Lilacs e a amostra desta revisão foi constituída de cinco artigos e uma tese de mestrado. Usamos a combinação dos descritores infecção, politraumatizado, hospital, emergência e maca. Foram incluídos artigos que falavam sobre o assunto direta ou indiretamente. Nos estudos realçou-se a presença de bactérias em objetos que direta ou indiretamente tem contato com o paciente. Essas evidências reforçam a necessidade de conhecimento e controle de fontes de patógenos no ambiente hospitalar. Não foram encontrados artigos que falassem diretamente da contaminação presente na maca na emergência. Introdução de longa permanência, e a limpeza terminal, aquela realizada na unidade sempre que o paciente deixa o leito definitivamente, seja por óbito, seja por alta ou transferência. Devido ao grande fluxo e ser um lugar utilizado para o primeiro atendimento, esta ultima devera ser a mais comum no pronto atendimento de emergência. Nas grandes urgências e emergências, observamos que o período de tempo que a enfermeira tem para preparar o micro espaço do doente para um novo atendimento, por vezes, é mínimo ou nenhum, interferindo na realização do procedimento de desinfecção terminal, em geral do espaço, do colchão e da maca, de acordo com a técnica protocolar. Diante desta problemática, buscamos identificar publicações que indiquem as condições bacteriológicas e os riscos que os profissionais da saúde podem estar submetendo o paciente, ao colocá-los em macas com colchões no pronto atendimento de urgências e emergências. Os estabelecimentos de saúde e as superfícies inanimadas que cercam o paciente guardam íntima relação com as infecções relacionadas à assistência e a saúde, sendo importantes focos de contato e de transmissão de agentes patogênicos e podem ser transferidos para as mais diversas superfícies através do contato direto e indireto. Existem inúmeras pesquisas que retratam que os artigos hospitalares podem se tornar veículos de disseminação, comprometendo a segurança do paciente. Embora as principais causas de infecção hospitalar estejam relacionadas com o doente susceptível à infecção e com os métodos-diagnósticos e terapêuticos utilizados não se pode deixar de considerar a parcela de responsabilidade relacionada aos padrões de assepsia e de higiene do ambiente hospitalar. Nos serviços de emergência os riscos inerentes à prestação da assistência de Enfermagem aumentam consideravelmente o índice de infecções, visto que os profissionais e clientes são expostos a um ambiente de trabalho que facilita o surgimento de infecções cruzadas, pela grande demanda de pacientes politraumatizados, com sangramentos e eliminações. Dentre as atividades executadas no cotidiano dos hospitais há a limpeza de unidade, reconhecendo-a como uma das formas de manter o ambiente hospitalar biologicamente seguro. A unidade do paciente tem sido definida como o conjunto de espaços e de móveis destinados a cada paciente. A limpeza realizada nos leitos pode ser dividida em dois tipos: a limpeza concorrente, que é realizada diariamente nas unidades de pacientes Material e Método Realizou-se um estudo de revisão, a partir de um levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases de dados, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (Medline) Google acadêmico, no período de março de 2015, utilizando como palavras chaves infecção, politraumatizado, hospital, maca e emergência. Foram incluídos os artigos científicos que estavam relacionados ao tema direta ou indiretamente, com identificação de contaminação de 1. Universidade Severino Sombra, Acadêmica do Curso de Enfermagem. Técnica de Enfermagem/Socorrista, Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro/Paracambi, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Doutora em enfermagem, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Enfermeira da UNIRIO, Brasil. 3. Universidade Severino Sombra, Mestre em psicologia e Doutoranda em enfermagem e biociências, Docente do Curso de Enfermagem, Vassouras-RJ, Brasil. 80 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Infecção. Politraumatizado. Hospitalar. Emergência e maca. superfícies relacionada à infecção hospitalar na maca na emergência, ter sido publicado entre 2008 e 2015 e exclusos os artigos científicos que disponibilizava somente o resumo ou que não estava relacionado com a área da saúde ou que mesmo sendo da área da saúde não abordasse o tema direta ou indiretamente. Seguindo os critérios estabelecidos, chegou-se então a seleção de sete artigos e uma tese de mestrado que abordam a temática. Todos os artigos, indexados e aprovados encontrados foram pré-selecionados e em seguida, fez-se uma leitura exploratória dos resumos com o objetivo de verificar se o artigo obtido interessava ao estudo, respeitando os critérios de inclusão estabelecidos. Desse modo foram selecionados 03 artigos que falavam indiretamente sobre o assunto. Os artigos foram lidos na íntegra de forma a serem utilizados como referencial e marco teórico para a discussão e ampliação dos conceitos sobre o tema abordado no estudo. problema que pode se agravar. Em relação à maca da emergência ser um foco de contaminação neste estudo não foi possível avaliar, as publicações encontradas não responderam diretamente ao objetivo, foi um estudo preliminar sendo necessário ampliá-lo em novas bases de dados nacionais e internacionais de forma que possa explorar adequadamente a temática. Resultados e Discussão CARREIRO Mônica de Almeida, FIGUEIREDO Nébia Maria Almeida, BRANDÃO Marcos Antônio Gomes. Cuidados de enfermagem com o colchão hospitalar - segurança do cliente no ambiente terapêutico. Rev. Enf. Profissional 2014. jan/abr, 1 (1): 165-184. <www.seer.unirio.br/index.php/ enfermagemprofissional/article/view/3539> Acessado em: 15/03/2015 as 13h50min. Referências ANDRADE Denise de, ANGERAMIA Emília LS, PADOVANIB Carlos Roberto. Condição microbiológica dos leitos hospitalares antes e depois de sua limpeza. Rev Saúde Pública 2000; 34(2) : 163-9. Disponível em: <http:// www.scielosp.org/pdf/rsp/v34n2/1952.pdf> Acesso em: 15 Mar 2015. Os artigos revisados mostram que os resultados preliminares apontam que, diversos micro-organismos são capazes de sobreviver durante semanas em superfícies dos estabelecimentos de saúde, sendo estas constantemente tocadas pelos profissionais de saúde, como grades de cama, garrotes, mesas, macas e outros objetos, e que os colchões mantêm a carga microbiana mesmo depois de sua limpeza, consequentemente, contaminarão as mãos ou luvas com micro-organismos que podem ser multirresistentes, contribuindo para a disseminação deles para os pacientes. Os estudos reforçam que a infecção continua sendo a maior causa de morbidade e de mortalidade em pacientes traumatizados ou submetidos à cirurgia de emergência, apesar dos esforços na prevenção e nos avanços na terapia antimicrobiana. A infecção pode surgir no local do trauma ou na via de acesso para o tratamento cirúrgico, mas, a mais importante é a infecção hospitalar, que ocorre em geral fora do sítio cirúrgico ou do local de trauma, como as pneumonias, infecções do trato urinário e relacionadas às punções vasculares. FERREIRA Natalia Cristina. Condições bacteriológicas da superfície das poltronas hematológicas para hemodiálise. Dissertação (mestrado) Universidade Estadual de Medicina de Botucatu, SP 2014. Disponível em: <http://base.repositorio.unesp.br/handle/11449/113878> Acessado em: 22/03/2015 às 15h20min. OLIVEIRA Adriana Cristina de; DAMASCENO Quésia Souza. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão.Rev. esc. enferm. USP vol.44 no. 4 São Paulo Dec. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0080-6234201 0000400038> Acessado em: 22/03/2015 às 18h20min. SILVAL Nayara de Oliveira; FERRAZL Patricia de Campos; SILVAL André LuizTeodoro de; MALVEZZILL Cristiane Karine; POVEDALLL Vanessa de Brito. Avaliação da técnica de desinfecção dos colchões de uma unidade de atendimento a saúde. Rev. Min. Enferm; 15(2), abril, 2011. Disponível em: <http://reme.org.br/artigo/detalhes/31> Acessado em: 23/03/2015 às 14h20min. Conclusão Em síntese, conclui-se que no serviço de emergência, a exposição a material biológico é uma realidade que se agrava, pois nos estudos, realçou-se a presença de bactérias em muitos objetos que direta ou indiretamente tem contato com o paciente. Porém, não se pode deixar de considerar a realidade das grandes urgências e emergências, que possuem alta rotatividade dos leitos com a necessidade de serem ocupados logo após sua vacância, e cuja limpeza do colchão não tem merecido a atenção necessária, acarretando um 81 V JORNADA SEVERINO SOMBRA CARVALHO Andriela Lima,OLIVEIRA Jéssica Tavares, SILVA Pamela Manoela de Freitas, BRASILEIRO Marislei Espíndula, LÀZARA Cristina Carvalho Prado. A enfermagem no atendimento emergencial: riscos e medidas preventivas de infecção. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2011 agodez 3(3) 1-16. Disponivel em: <http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>. Acessado em 16/04/2015 às 14h30min. Enfermagem perante as boas práticas da aspiração de vias aéreas Janine Oliveira dos Santos, Lilia Marques Simões Rodrigues Resumo A ventilação mecânica reduz o desconforto respiratório e consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica, esta associada à pneumonia nosocomial em UTI e apresenta elevada causa de morte. A presente pesquisa tem como objeto de estudo a enfermagem perante as boas práticas de aspiração aos pacientes com ventilação, sendo esses os que mais atuam nesse tipo de procedimento, assim é necessário que estejam capacitados a executar a técnica de maneira correta. O presente estudo tem como objetivo investigar o conhecimento dos profissionais de Enfermagem sobre a técnica de aspiração com pacientes em ventilação mecânica e analisar o impacto do cuidado de enfermagem realizado no paciente com ventilação mecânica. A abordagem metodológica trata de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva com abordagem quantitativa. O projeto será submetido a avaliação pelo comitê de ética da Universidade Severino Sombra e atendera a resolução 416/12. A pesquisa conduzida em um centro de terapia intensiva CTI adulto, a população estudada é a equipe de enfermagem. A coleta de dados será por técnica de questionário com respostas fechadas, onde os sujeitos deverão responder o questionário na frente do pesquisador, evitando assim a interferência de consulta a qualquer literatura. Introdução de traqueostomia, na ventilação não invasiva, utilizase uma máscara como interface entre o paciente e o ventilador artificial (CARRILHO,2006). Os profissionais de Enfermagem devem utilizar seus conhecimentos para prevenir a pneumonia associada a ventilação mecânica, e as boas praticas estão associadas a isso como uma boa higiene das mãos e oral, prevenir a broncoaspiração de secreções, e elevação da cabeceira 30 a 45°, cuidados com a aspiração e circuito ventilatório, e conhecer a ventilação mecânica, classificação e porque o método é utilizado. A presente pesquisa tem como objeto de estudo a enfermagem perante as boas práticas de aspiração ao pacientes com ventilação, sendo esses os que mais atuam nesse tipo de procedimento, assim é necessário que estejam capacitados a executar a técnica de maneira correta. Trago como questões norteadoras as seguintes indagações: Como a Enfermagem se comporta durante o procedimento de aspiração? Qual o conhecimento científico e técnico da enfermagem quanto a aspiração de vias aéreas? Este projeto foi escolhido por afinidade com Unidade de Terapia Intensiva e no estágio ao conhecer o ambiente os procedimentos invasivos realizados, os pacientes graves intubados e a ventilação mecânica, a interação da equipe de Enfermagem. A unidade de terapia intensiva é um ambiente hospitalar onde as tecnologias duras são predominantes, a equipe de enfermagem deve estar sempre capacitada para atuar com as inovações tecnológicas, assim como toda a equipe multiprofissional que atua nesse ambiente, a fim de prestar um cuidado de qualidade ao paciente ali, preservando a vida e a segurança. A ventilação mecânica é definida como suporte ventilatório, consiste em um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.Tem por objetivos, manutenção das trocas gasosas, correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia: aliviar o trabalho da musculatura respiratória ,evitar a fadiga da musculatura respiratória, oferecer o consumo de oxigênio adequado ao paciente, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório e permitir a aplicação de terapêuticas específicas. É classificada em dois grupos ventilação mecânica invasiva e ventilação não invasiva. Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas. A diferença entre elas fica na forma de liberação de pressão: enquanto na ventilação invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea, isto é, um tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou uma cânula Contribuição do Estudo Espera-se com o estudo a ser desenvolvido traga para discussão as “Boas Práticas” de Enfermagem na aspiração de pacientes com ventilação mecânica, para que seja oferecido a esses profissionais um melhor conhecimento científico e técnico especifico sobre o assunto, de forma que possa contribuir com a diminuição da pneumonia associada à ventilação mecânica, visto que a aspiração endotraqueal é uma pratica realizada Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 82 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Ventilação Mecânica. Cuidados de Enfermagem. Aspiração endotraqueal. muitas das vezes pelo profissional da enfermagem, visando assim melhoria na qualidade do atendimento ao prestado ao paciente. GONÇALVES,Fernanda Alves Ferreira et al. ; BRASIL,Virginia Visconde et al.; MINAMISAVA,Ruth et al.; Caixeta,Carlos Roberto; Oliveira,Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante; Cordeiro,Jacqueline Andréia Bernardes Leão.Eficácia de estratégias educativas para ações preventivas da pneumonia associada à ventilação mecânica. Esc Anna Nery [online]. 2012 out/dez;[citado 2013 mar 13];16(4):802-8. Disponível em:http://revistaenfermagem.eean.edu.br/detalhe_artigo.asp?id=821 [Links] Abordagem Metodológica MOLINARO,Laura Cristina. A Enfermagem e a Avaliação dos Parâmetros Oxihemodinâmicos diante da Aspiração Traqueal de Pacientes com Ventilação Mecânica. Rio de Janeiro, Sn,dez.2009. 79 p. Graf. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva, de abordagem quantitativa. O objetivo do estudo é capacitar a equipe de Enfermagem a executar, de maneira correta, o procedimento de aspiração, e através da pesquisa solucionar os problemas envolvidos na execução da técnica de aspiração endotraqueal. O projeto será submetido à avaliação pelo Comitê de Ética da Universidade Severino Sombra e atenderá a Resolução 466/12. Essa pesquisa será conduzida em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) de adultos, em hospital de ensino, de médio porte, localizado na região centro-sul fluminense. A população estudada será a equipe de enfermagem. Todos os integrantes da equipe do CTI serão convidados a participar da pesquisa e serão informados com relação a: objetivos, importância de sua colaboração para o desenvolvimento da pesquisa, caráter confidencial de suas respostas, fidedignidade com que os dados seriam trabalhados e o direito de desistir de participar do estudo a qualquer tempo. Os participantes que voluntariamente consentirem sua participação assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice I) e serão incluídos no estudo. Para a coleta de dados optou-se pela técnica de questionário com respostas fechadas, onde os sujeitos deverão responder o questionário na frente do pesquisador, evitando assim a interferência de consulta a qualquer literatura. A coleta de dados será realizada pela própria pesquisadora nos meses de agosto e setembro de 2015, durante os plantões diurnos e noturnos. Para o tratamento dos dados será utilizada a estatística descritiva e a análise será guiada pela literatura pertinente à temática. Referências ÁGUAS, Eliane da Silva et al. ; CUNHA, Mayara Fernandes et al.; VITORINO, Priscila Valverde de Oliveira e al. . Avaliação da aspiração traqueobrônquica em uma unidade de terapia intensiva da cidade de Goiânia. Revista Movimenta ISSN – v. 4 – n. 1 – 2011; CARRILHO, C et al. Ventilator-associated pneumonia in surgical Intensive Care Unit. Rev Bras Ter Intensiva. 2006; 18(1):38-44; CARVALHO, Carlos et al. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. J. bras. pneumol. vol.33 suppl.2 São Paulo July 2007; COSTA, D. ,Fisioterapia respiratória básica. São Paulo: Atheneu, 2004; SILVA,Sabrina Guterres da et al.; NASCIMENNTO, Eliane Regina Pereira do et al.; SALES,Raquel Kuerten. Pneumonia associada à ventilação mecânica: discursos de profissionais acerca da prevenção. Esc. Anna Nery Ver. Enferm; Apr-Jun/2014.18(2):295-295. 83 Epidemiologia de raiva bovina na microrregião Sul Fluminense Ponan Mattoso Rubin¹, Roberto Francisco Silva Moreira², Pedro Henrique Evangelista Guedes², Glenda Ribeiro de Oliveira³, Fábio Sartori4, Lidiane Castro Soares, Nadia Rossi de Almeida4 Resumo A Raiva é uma doença viral, causada por um vírus da família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, que afeta mamíferos e que se caracteriza por encefalomielite de curso agudo e fatal. Possui grande importância tanto econômica, trazendo prejuízos à pecuária, quanto em saúde pública por se tratar de uma zoonose fatal. O objetivo do presente trabalho foi fazer o levantamento epidemiológico dos casos positivos para Raiva bovina da microrregião sul fluminense no período entre 2005 e 2012 e estudar os possíveis fatores epidemiológicos associados à infecção. Os resultados apontaram 30 casos de Raiva bovina no período estudado, sendo que 50% dos animais infectados situavam-se na faixa etária menor que 12 meses e 67,5% dos infectados foram fêmeas. Demonstra-se que tais problemas interferem no fechamento do diagnóstico e que se pode estabelecer um controle de maior eficácia através de convênios e programas de incentivo à vacinação de rebanhos. Introdução Para o controle da doença existe uma variedade de atividades que podem ser realizadas, sendo a prevenção à exposição e a vacinação os principais métodos de controle. A notificação de casos suspeitos é obrigatória. O objetivo do presente trabalho foi realizar um levantamento epidemiológico dos casos positivos para Raiva bovina da microrregião sul fluminense, no período de 2005 a 2012 e estudar os possíveis fatores epidemiológicos associados à infecção. A Raiva é uma patologia viral cujo agente etiológico é um vírus de RNA envelopado pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus que possui elevado tropismo pelo sistema nervoso central e causa diversos sinais clínicos neurológicos associados à encefalomielite aguda que culminam com a morte dos animais e pessoas infectados. Segundo a OIE (Organização Internacional de Epizootias), a doença é responsável pela morte de cerca de 70 mil pessoas no mundo. É, portanto, uma enfermidade de importância mundial e uma zoonose de grande relevância em saúde pública. Sua elevada importância econômica se traduz na morte dos animais afetados e nas consequentes perdas com a produção de carne e leite e, indiretamente, no controle e profilaxia rigorosos, já que são necessárias as campanhas de vacinação das espécies susceptíveis e das pessoas que tem envolvimento direto com os animais, como os veterinários, tratadores e alunos de veterinária. Na América do Sul, a transmissão se dá, sobretudo, por vetores quirópteros hematófagos, sendo as espécies equina e bovina as mais afetadas. Os sinais clínicos variados são muitas vezes indistinguíveis de outras síndromes neurológicas e tornam indispensável à realização de um diagnóstico laboratorial. O teste de imunofluorescência direta (IFD) é utilizado como teste de triagem, devido à sua rapidez e acurácia, e a prova biológica (PB), onde há a inoculação intracerebral de amostra suspeita em camundongos, é considerada a prova de diagnóstico definitiva por apresentar uma alta sensibilidade. Material e Métodos Os dados para a realização do presente trabalho foram cedidos pelo Núcleo de Defesa Agropecuária/ Vassouras (NDA-Vassouras) em parceria com o Centro Estadual de Pesquisa e Sanidade Animal – Geraldo Manhães Carneiro, com a chancela da Dr.ª Glenda Ribeiro de Oliveira. Foram analisadas 30 fichas de notificação de casos positivos para Raiva bovina na microrregião sul fluminense (Vassouras, Mendes, Miguel Pereira, Paty do Alferes e Barra do Piraí, durante o período de 2005 a 2012. A técnica diagnóstica realizada para confirmação da Raiva bovina nos casos encontrados foi a IFD e, para os resultados inconclusivos, fez-se ainda a PB em camundongos lactentes. Resultados e Discussão Os resultados obtidos através do levantamento epidemiológico de 30 casos de Raiva bovina na microrregião sul fluminense, no período entre 2005 a 2012, estão representados na tabela 1. 1. Médico veterinário autônomo. 2. Discentes de graduação do curso de medicina veterinária da Universidade Severino Sombra (USS). 3. Médica veterinária do Núcleo de Defesa Agropecuária. 4. Docentes do curso de medicina veterinária da USS. 84 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Lyssavirus. Rebanho bovino. Infecção. RAÇA SEXO TESTE MUNICÍPIO ANO RESULTADO Mestiço Fêmea 60 Vassouras 2005 **IFD Mestiço Fêmea 84 Vassouras 2005 IFD *NI Fêmea 4-12 Paty do Alferes 2005 IFD NI Macho 12-24 Vassouras 2005 IFD Mestiço Macho 12-24 Paty do Alferes 2006 IFD NI Macho 24-36 Paty do Alferes 2006 IFD Nelore Fêmea 15 Vassouras 2006 IFD NI Fêmea 10 Vassouras 2006 IFD Canchin Fêmea 84 Miguel Pereira 2007 IFD Mestiço Macho 13 Miguel Pereira 2008 IFD Nelore Fêmea 24 Barra do Piraí 2009 IFD Mestiço Macho 24 Mendes 2009 IFD Mestiço Fêmea 10 Vassouras 2011 IFD Mestiço Macho 11 Vassouras 2011 IFD Brahman Fêmea 06 Vassouras 2011 IFD Mestiço Fêmea 24 Vassouras 2011 IFD Canchin Fêmea 84 Paty do Alferes 2011 IFD Brahman Fêmea 06 Vassouras 2011 IFD Mestiço Fêmea 24 Vassouras 2012 IFD Mestiço Macho 04 Vassouras 2012 IFD Mestiço Macho 04 Vassouras 2012 IFD Canchin Fêmea 06 Paty do Alferes 2012 IFD/***PB Canchin Macho 14 Paty do Alferes 2012 IFD GIR Fêmea 07 Vassouras 2012 IFD Mestiço Fêmea 10 Paty do Alferes 2012 IFD Mestiço Fêmea 48 Paty do Alferes 2012 IFD Mestiço Fêmea 03 Paty do Alferes 2012 IFD Mestiço Fêmea 03 Paty do Alferes 2012 IFD NI Fêmea 03 Vassouras 2012 IFD Mestiço Macho 05 Paty do Alferes 2012 IFD * Não informado **IFD – Imunofluorescência direta ***PB – Prova biológica (inoculação em camundongos) para Raiva. Cabe ressaltar que um teste estatístico para o estudo das variáveis, que permitiria fornecer dados quanto à probabilidade de risco de infecção associada ao sexo ou idade, não pôde ser realizado pela ausência de informações referentes ao total dos animais testados, independente se serem positivos para o exame de Raiva. Como o exame para o diagnóstico da Raiva somente é requisitado quando os animais apresentam forte suspeita clínica para tal doença, acredita-se que o número de animais testados seja próximo do número de animais infectados pelo vírus. Além disso, não há um controle demográfico eficaz dos rebanhos. No que refere ao sexo, 20 animais (66,7%) eram fêmeas e 10 animais eram machos (33,3%), porém estes resultados estatísticos são viciados, já que, por ser uma região predominantemente leiteira, os rebanhos são predominantemente compostos por fêmeas. Apesar de a A escolha da microrregião sul fluminense se deveu não somente por abrigar a Universidade Severino Sombra, mas principalmente, ao fato de ser uma região endêmica e de interesse para a realização do estudo epidemiológico da Raiva bovina. Do total de 30 casos de Raiva bovina identificados nesta região, 15 casos ocorreram no município de Vassouras, 11 casos no município de Paty do Alferes, 2 casos no município de Miguel Pereira. Ao realizar um estudo das variáveis possivelmente associadas à infecção, verificamos que 15 (50%) dos animais infectados ainda não haviam completado 12 meses de idade, 10 (33,3%) estavam na faixa etária entre 12 a 36 meses, e os 5 (16,7%) restantes tinham mais de 36 meses. Um estudo relacionado à variável raça não pôde ser realizado, uma vez que é uma informação que causa dúvidas entre os veterinários requisitantes do exame 85 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Tabela 1. Resultados do levantamento epidemiológico da Raiva bovina na microrregião Sul-fluminense. região ser endêmica para o vírus da Raiva e a vacinação ser obrigatória, muitos proprietários ainda não vacinam seus rebanhos, contribuindo ainda mais com o número de longo dos anos. Somente no ano de 2012, ocorreram 12 dos 30 casos existentes dentro do período de estudo. Um fator que limita um estudo de prevalência da Raiva bovina na região sul fluminense está associada à falta de cadastramento e certificação das propriedades, não se sabendo ao certo quantos animais existem nesta região, quanto mais quantos foram vacinados contra a Raiva. Isto implica falta de precisão referente à divulgação do tamanho do rebanho bovino pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conclusões A real situação epidemiológica da Raiva bovina na microrregião sul fluminense continua indefinida pelo fato de não se ter conhecimento do total de animais que compõem seus rebanhos bovinos, porém sugeriuse um relevante número de casos da doença. A falta de vacinação do rebanho ainda é o fator mais crítico para o favorecimento de infecções. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Referências ALBAS. A.; ZOCCOLARO, P. T.; ROSA, T.Z.; CUNHA, E.M.S. Diagnóstico laboratorial da raiva na região oeste do estado de São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. V.38, n.6, p.493-495, 2005. BRASIL. Controle da raiva dos herbívoros: manual técnico 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília: Mapa/ACS, 2009. CASSEB, L.M.N.; BARBOSA, T.F.S.; PEREIRA, A.S.; VIEIRA, C.A.; MEDEIROS, D.B.A.; VASCONCELLOS, P.F.C.; TRAVASSOS DA ROSA, E.S.; CASSEB, A.R.; Prevalência de raiva animal em amostras procedentes da região norte do Brasil, diagnosticadas no instituto Evandro Chagas no período de 2000 a 2004. Revista Ciência Agrária, n.46, p. 261-274, 2006. QUEIROZ, L.H.; CARVALHO, C.; BUSO, D.S.; FERRARI, C.I.L. Perfil epidemiológico da raiva na região noroeste do estado de São Paulo no período de 1993 a 2007. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v.42, n.1, p.9-14, 2009. 86 Tratamento multidisciplinar para uma Pseudoclasse III: Relato de caso Alessandra de Andrade Kano¹, Carla Cristina Neves Barbosa², Oswaldo Luiz Cecilio Barbosa¹ Resumo Com objetivo de cessar a dor oriunda de uma disfunção temporomandibular o presente relato de caso vem esclarecer que tal dor ocorria devido a uma pseudoclasse III, causada por ausências dentárias, que acarretava em diastemas generalizado. Os distúrbios da pseudoclasse III têm um significativo comprometimento estético e grande parte deles é composta pelos desvios funcionais com projeção anterior da mandíbula. Portanto, a obtenção do diagnóstico é fator primordial para o planejamento e tratamento adequados, principalmente pela recuperação e manutenção da posição anteroposterior ou da relação cêntrica dos côndilos mandibulares, por serem reconhecidas como alguns dos objetivos do tratamento ortodôntico. Avaliações que compõem o exame clínico são de extrema importância para a diferenciação entre Classe III verdadeira ou pseudoclasse III. O presente relato de caso tem como objetivo mostrar todos os passos realizados no tratamento desta má-oclusão e seu resultado final funcional e estético. Introdução Relato de caso Para diferenciação de uma classe III verdadeira para uma pseudoclasse III é imprescindível realizar um diagnóstico diferencial, em que, além da avaliação cefalométrica que avalia as estruturas esqueléticas e os componentes dentários é importante e necessário à avaliação facial, para analisar o perfil, a posição do mento com porção média da face do paciente. A ausência de dentição posterior pode ser um fator desencadeante para o prognatismo mandibular, em que a mandíbula é protruída para uma possível intercuspidação. A pseudoclasse III apresenta-se como um grande fator de risco para o desencadeamento de uma disfunção temporomandibular, e desta forma, fazendo com que o indivíduo sinta dor. Devido a um longo tempo de ausência de dentes, o paciente acaba desenvolvendo diastemas generalizados, que por sua vez poderá desencadear uma má-oclusão e sinais e sintomas de disfunção temporomandibular. O tratamento para correção de diastemas generalizados causados pelas ausências dentárias poderá ser uma associação de ortodontia, implantodontia, dentística, prótese fixa e removível. Quando o paciente apresenta boa saúde geral a implantodontia apresenta grande sucesso nas reabilitações dentárias. O objetivo deste trabalho é relatar a complexidade do tratamento de uma pseudoclasse III, em que se fez necessária à abordagem multidisciplinar, bem como a complexa trajetória para se restabelecer a função e a estética. Paciente C.M.M., sexo masculino, melanoderma, 31 anos, procurou a Clínica de Odontologia da Universidade Severino Sombra devido a uma dor na região Temporomandibular. No questionário referente à parte dentária, foi relatado que possuía o hábito de respirar pela boca e ranger os dentes. Assim, foi realizado o preenchimento da ficha de Disfunção Temporomandibular, em que, na palpação muscular o paciente relatou dor negativa na região de articulação temporomandibular, músculos (masseter, temporal, esternocleimastoideo, posteriores de pescoço, trapézio e pterigoideo externo), porém apresentava dor moderada em região de músculo pterigoideo interno. Possuía abertura de boca de 45 milímetros e estalidos na articulação temporomandibular. No exame facial constatou-se face simétrica, perfil convexo e padrão dolicofacial. Ao exame radiográfico, observaram-se os côndilos bem posicionados na cavidade glenoide. No exame clínico visualizou-se estado de saúde bucal desequilibrada devido às ausências dos dentes 11, 16, 17, 18, 25, 27, 28, 36, 37, 38, 46, 47 e 48, com tecidos periodontais saudáveis e sem presença de lesões cariosas. Apresentava Classe III de canino do lado direito e classe I de canino do lado esquerdo, mordida cruzada anterior e diastemas generalizados. Desta forma, foi proposto tratamento multidisciplinar, começando com uma placa interoclusal, para alívio de sinais e sintomas da Disfunção Temporomandibular, tratamento ortodôntico com o propósito de alinhamento e nivelamento, fechamento de 1. Discente do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra. 2. Docente do curso de Odontologia da Universidade Severino Sombra. 87 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Pseudoclasse III. DTM funcional. Diastema. Perda dentária. Reabilitação Oral. diastemas e recuperação de espaço na região do dente 11 e 25, e posteriormente uma reabilitação protética com implantes. com implante como, por exemplo, o protocolo de Branemark, em que é realizado o tratamento em duas fases: a primeira fase é cirúrgica e segunda é a protética (de reabilitação), entre uma fase e outra, que é normalmente de três a seis meses, o implante permanece livre de carga ou não, não interferindo na osseointegração (PERERA et al., 2012; TABUSE, CORRÊA e VAZ, 2014). Discussão A Pseudoclasse III é caracterizada por uma protrusão funcional da mandíbula durante a oclusão, que pode ser atribuída à inclinação dos incisivos superiores para palatina e vestibularização dos incisivos inferiores, que interferem no contato oclusal e forçam um posicionamento mesial da mandíbula, para estabelecer uma oclusão em máxima intercuspidação habitual. Com a mandíbula posicionada na mesial no momento do contato oclusal, alterando assim o posicionamento da mesma e ainda neste caso, se o paciente for capaz de estabelecer um contato topo a topo dos incisivos, quando manipulado em relação cêntrica, apresentando bom equilíbrio facial, trata-se realmente de uma pseudoclasse III (TERADA et al., 1997). A mordida cruzada anterior apresenta uma etiologia multifatorial, incluindo comprimento inadequado dos maxilares, hábitos parafuncionais, perdas dentárias, dentre outros. Entre as possibilidades terapêuticas existentes para as mordidas cruzadas que apenas tenham envolvimento dentário e muscular a terapia indicada é ortodôntica com uso de aparelhos fixos ou removíveis e desta forma, requerendo uma movimentação dentária lenta, e em contra partida, abordagens multidisciplinares que terão um resultado estético, funcional e psicológico adequados ao paciente (FRANCO et al., 2008). Há uma associação significativa entre a presença de alguns fatores oclusais (mordida aberta, mordida cruzada, ausência de cinco ou mais dentes, profundo transpasse vertical ou horizontal) com a disfunção temporomandibular, e assim as alterações oclusais fossem a principal causa da presença de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (LEITE et al. 2013,; NISHIMORI et al., 2014). A presença de espaços interdentários desfavorece a beleza do sorriso e harmonia do conjunto facial. No entanto, antes de qualquer intervenção, deve-se avaliar a necessidade e a época mais oportuna para o fechamento desses espaços, com bases em conhecimentos sólidos sobre o desenvolvimento de oclusão e sobre a etiologia das más-oclusões e dependendo de como se dá a prevalência de dentes na boca, além do fechamento dos diastemas com tratamento ortodôntico deverá ser acompanhado por instalação de próteses ou até mesmo implantes, reanatomizando o sorriso (ALMEIDA et al., 2008; GARBIN et al., 2014) . A implantodontia veio resolver grandes problemas na área de reabilitação bucal, assim, quando o paciente apresenta boa saúde bucal lhe é proposto um tratamento Conclusão No caso apresentado obteve-se sucesso devido o paciente ter sido assistido por uma equipe multidisciplinar, onde teve a mandíbula reposicionada com a placa interoclusal, os diastemas reduzidos e a recuperação de espaços tratados com aparelhagem fixa e a reabilitação bucal finalizada com implantes. Referências FRANCO, A. A.; D’ABREU, C. E. C.; SANTANA, F. F.; CEVIDANES, L. H. S.; Tratamento ortodôntico da mordida cruzada anterior no paciente adulto. Revista Ortodontia SPO, São Paulo, v. 41, n. 5, p. 303. 2008. GARBIN, A. J. I.; WAKAYAMA, B.; SANTOS, R. R.; ROVIDA, T. A. S.; GARBIN, C. A. S. Pistas diretas planas para o tratamento de mordida cruzada posterior. Revista Cubana de Estomatologia, La Habana, v. 51, n.1, p. 113-120. 2014. LEITE R. A.; RODRIGUES J. F.; SAKIMA, M. T.; SAKIMA, T. Relationship between temporomandibular disorders and orthodontic treatment: a literature rewiew. Dental Press J Orthod, Maringá, v. 18, n. 1, p. 150-7. 2013. NISHIMORI L. E.; MARTINS J. R.; MARSON, F. C.; SÁBIO, S.; SILVA, C. O.; CORRÊA, G. O. Utilização de placas oclusais em resina acrílica no auxílio do tratamento de DTMs. Revista UNINGÁ Review, Maringá, v. 17, n. 1, p. 59-64. 2014. PERERA, E. R. Z.; ORDAZ, E. H.; TORRES, M. M.; DÁVILA, H. S.; VIGOA, D. F. Rehabilitación protésica con implantes unitários. Presentación de un caso, Rev. Ciencias Médicas, Pinar Del Río, v. 16, n. 2, p. 233-40. 2012. TABUSE, H. E.; CORRÊA, C. B.; VAZ, L. G. Comportamento biomecânico do sistema prótese/implante em região anterior de maxila: análise pelo método de clivagem mecânica. Rev Odontol UNESP, São José dos Campos, v. 43, n. 1, p. 46-51. 2014. TERADA, H. H.; SUGUIMO, R.; RAMOS, A. L.; FURQUIM, L. Z.; MAEDA, L.; SILVA FILHO, O. G. Utilização do aparelho progênico para correção das mordidas cruzadas anteriores. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Maxilar, Maringá, v. 2, n. 2, p. 87-105. 1997. 88 V JORNADA SEVERINO SOMBRA ALMEIDA, R. R.; GARIB, D. G.; ALMEIDA-PEDRIN, R. R.; ALMEIDA, M. R.; PINZAN, A.; JUNQUEIRA, M. H. Z. Diastemas interincisivos centrais superiores: quando e como intervir? R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 9, n. 3, p. 137-156. 2008. Visita domiciliar no estágio de Enfermagem: um relato de experiência William Silva Brum¹, Mônica de Almeida Carreiro², Nayara de Cássia dos Santos Costa¹, Sebastião Gonçalves Cunha², Francieli Nascimento Souza¹, Lília Marques Simões Rodrigues² Resumo Este estudo consiste em um relato de experiência dos discentes da disciplina Estágio de Enfermagem na Saúde do Adulto e do Idoso, do curso de Enfermagem do 7.º período diurno da Universidade Severino Sombra. Teve o objetivo de apresentar as experiências e as atividades vividas durante o estágio e socializar experiências. A estratégia adotada para favorecer o processo de ensinar-aprender na disciplina foram às visitas domiciliares (VD), como tecnologia de interação no cuidado à saúde. Entende-se que família, comunidade e ambiente são influenciadoras no processo de adoecer dos indivíduos, os quais são regidos pelas relações que estabelecem nos contextos em que estão inseridos. A visita domiciliar é um instrumento de intervenção fundamental utilizado pelas equipes de saúde como meio de inserção e de conhecimento da realidade de vida da população, favorecendo o estabelecimento de vínculos com a mesma e a compreensão de aspectos importantes da dinâmica das relações familiares (ALBUQUERQUE, 2009). Palavras-Chave: Enfermagem. Saúde do adulto. Saúde do idoso. Saúde pública. Visita domiciliar. Introdução a sua realização; ocorre um gasto de tempo maior, tanto em locomoção como na execução da visita; é um método dispendioso, pois demanda custo de pessoal e locomoção. De acordo com KAWAMOTO et al (1995), a visita domiciliária é um método de trabalho em Enfermagem que tem como objetivo principal levar ao indivíduo, no seu domicílio, assistência e orientação sobre saúde. Este objetivo é atingido através de: Supervisão de cuidados prestados pela família, ou por um de seus membros; Prestação de cuidados de enfermagem no domicílio, quando necessário; Levantar dados sobre as condições de saneamento em que vive a família, por meio de entrevistas e observações; Orientação sobre a prestação dos cuidados no domicílio, assuntos de higiene geral etc. Para o sucesso de uma visita domiciliária, em primeiro lugar, é necessário termos uma seqüência bem elaborada dos passos: planejamento, execução, registro de dados e avaliação. Com isso, podemos apontar de acordo com KAWAMOTO et al (1995), algumas de suas vantagens: O profissional de saúde leva in loco os conhecimentos dentro do ambiente do grupo familiar, caracterizado por condições peculiares de habitação e higiene. Torna mais fácil um planejamento de ações de Enfermagem, de acordo com condições observadas no domicílio; Um melhor relacionamento do grupo familiar com o profissional de saúde, por ser sigiloso e menos formal; Há uma maior liberdade para se exporem os mais variados problemas, tendo se um tempo maior, do que nas dependências dos serviços de saúde. As três principais desvantagens ou limitações são: uma série de problemas como horário de trabalho e afazeres domésticos pode impossibilitar ou dificultar O estágio foi desenvolvido no município de Vassouras - RJ, no bairro Carvalheira, uma área urbana vinculada a uma unidade de Estratégia de Saúde da Família, com 192 pessoas cadastradas, no período de março a abril de 2014. Utilizou-se a tecnologia de visita domiciliar e o preenchimento do familiograma para coletar dados informativos e compreender o contexto de vida de cada pessoa, suas relações familiares e da produção social do processo saúde-doença. Sete estudantes realizaram o estágio. Cada estudante ficou responsável por três famílias durante o período de nove semanas, identificando e intervindo nas necessidades de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde de cada família. Resultados e Discussão Embora com pequena resistência inicial, a estratégia de visita domiciliar (VD) propiciou aos estudantes a reflexão e compreensão de que a visita domiciliar é um importante instrumento para estabelecer planos de ações a partir da entrada no ambiente familiar e do conhecimento do cenário do cliente. A experiência foi significativa, vista como uma oportunidade de Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 89 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos romper com o paradigma biomédico na assistência, oportunidade de cuidar de pessoas não adoecidas, com o olhar para a saúde e não para a doença. Conclusão Contudo, podemos observar a riqueza e a grandeza que tem uma visita domiciliar, a partir de que aprendemos que o profissional da Enfermagem tem um olhar holístico e não olha para o cliente como um ser doente, mas como uma pessoa que precisa de cuidados de saúde no meio em que vive, levando-lhe o direito ao atendimento, com respeito às diferenças e compreensão das dimensões biopsicossociais. Fica evidente a necessidade de ações em saúde pública com vistas a qualificar as ações prestadas do enfermeiro a visitas técnicas domiciliar. Ressaltando os incentivos a prevenção da ocorrência de incapacidade funcional em idosos. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA MENDES, A. O. OLIVEIRA, FA. Visitas Domiciliares pela Equipe de saúde da Família: reflexões para um olhar ampliado do profissional.Rev.Bras.Med. Fam e Com. Rio de Janeiro,v.2,n.8.jan/mar2007.253-260. <https://www.mendeley.com/library/viewer/?fileId=4c6bcf17-42db-83d758d2-57e62c113f7e> Acesso 16mar 2015. SANT’ANA, E. R. R. B; TAIA, L; MEDEIROS, M. - O significado de visita domiciliar para usuários de um programa de diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) em Goiânia. Revista Eletrônica de Enfermagem (online), Goiânia, v.3, n.2, jul-dez. 2001. <http://www.fen.ufg.br/revista> Acesso 17 abr 2015. 90 Avaliação antimicrobiana de diferentes colutórios bucais frente ao Streptococcus mutans e Lactobacillus casei Fagner Silva¹, Neila Lilyane da Silva Gomes Francisco², Sileno Correa Brum³, Carla Cristina Neves Barbosa³, Nadia Rossi de Almeida4, Lidiane de Castro Soares³ Resumo Os micro-organismos que habitam a cavidade bucal são encontrados na forma do biofilme, um dos fatores etiológicos da cárie dentária. O controle desse biofilme é essencial para a garantia da saúde bucal. Esse trabalho teve por objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de diferentes colutórios bucais frente às cepas de Streptococcus mutans e Lactobacillus casei. Foi possível observar que dos seis colutórios bucais avaliados, cinco apresentaram ação antimicrobiana. Introdução O controle do biofilme, por meio da escovação dentária e uso do fio dental, é essencial para a garantia da saúde bucal (WILLIAMS, 2011). Entretanto, este método mecânico de higiene realizado por alguns pacientes não se mostra suficiente (RAO, 2011). O uso de colutórios bucais como adjuvantes da higiene bucal mecânica tem se mostrado eficaz no controle da população microbiana, uma vez que estes produtos contêm substâncias antimicrobianas, o que possibilita a prevenção de patologias bucais e a manutenção de dentes e tecidos de suporte saudáveis (SCHAEFFER, 2011; WILLIAMS, 2011). A utilização de colutórios com bactericidas, como é o caso da clorexidina e do triclozam, poder controlar a placa e reduzir as bactérias na cavidade oral (MARINHO & ARAUJO, 2007). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de diferentes colutórios frente ao Streptococcus mutans e Lactobacillus casei. Nos últimos 30 anos, a placa bacteriana foi apontada como importante fator etiológico da doença periodontal e da cárie dentária. A placa bacteriana ou biofilme pode causar alterações de maior ou menor intensidade, em função da suscetibilidade e informação genética de cada indivíduo. Embora a higienização bucal consiga desestruturar a placa bacteriana, geralmente não é suficiente para eliminá-la em lugares inacessíveis à escovação e ao fio dental (SIMÕES et al., 2011). A cárie dentária é considerada uma doença infecciosa de alta prevalência, a qual possui caráter multifatorial, verificada pela interação de fatores como hospedeiro, dieta, microbiota e tempo. A alta ingestão de sacarose, associada à higiene oral deficiente e à presença de microrganismos patogênicos contribui para mudança ecológica do biofilme ao longo do tempo, o que pode resultar em lesões cariosas (RAMOS et al., 2012). Os Streptococcus mutans e Lactobacillus são particularmente as principais bactérias responsáveis pela formação da cárie graças à sua capacidade de multiplicação no meio ácido que originam (MARINHO & ARAUJO, 2007; WOLFF & LARSON, 2009). O Streptococcus mutans tem sido considerada a principal espécie bacteriana envolvida na formação da placa bacteriana. Os glucanos produzidos por essas bactérias facilitam a aderência e o acúmulo de microrganismos, estabelecendo uma matriz extracelular resistente às forças mecânicas normais de remoção presentes no hospedeiro, e proporcionando alguma proteção contra o sistema imune e defesas não imunes (CANETTIERI et al., 2006). Materiais e Métodos A atividade antimicrobiana dos colutórios bucais foi avaliada frente ao Streptococcus mutans e Lactobacillus casei (ATCC 7469) através da técnica de difusão em Ágar. As cepas bacterianas utilizadas foram suspensas em caldo Infusão de Cérebro e Coração Bovino (Merck), incubadas durante 24 horas a uma temperatura de 37ºC e diluídas na concentração do tubo 0,5 da escala de Mc Farland, equivalente a 1,5 x 106 células/mL. Uma suspensão bacteriana (0,1 mL) foi distribuída por toda a superfície das placas contendo Ágar Sangue de Carneiro 5% (Difco) (KOHNER et al., 1. Universidade Severino Sombra, Discente do Curso de Odontologia. 2. Universidade Severino Sombra, Técnica de Laboratório. 3. Universidade Severino Sombra, Docente do Curso de Odontologia. 4. Universidade Severino Sombra Docente do curso de Medicina Veterinária. 91 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Colutórios bucais. Streptococcus mutans. Lactobacillus casei. 1999). Posteriormente estas placas foram perfuradas e no poço formado foi inoculado 30 µl do colutório bucal. As placas foram incubadas a temperatura de 37ºC por 24 a 48 horas e o diâmetro do halo de inibição formado ao redor do poço perfurado foi medido em milímetros com o auxílio de um paquimetro. Para cada colutório foram realizadas 10 repetições e os resultados foram expressos através da obtenção das médias Foi avaliada a atividade antimicrobiana de seis colutórios bucais comumente utilizados (Quadro 1). Quadro 1. Colutórios bucais testados, fabricante e princípio ativo. COLUTÓRIO PRINCÍPIO ATIVO H2 Clean® (Dental Clean) Triclosan Listerine® (Jhonson & Jhonson) Tymol Periotrat® (Hertz Laboratorio), gluconato de clorexidine 0,12% Periogard® (Colgate Palmolive) gluconato de clorexidine 0,12% Plax Ice® (Colgate Palmolive) cloreto de Cetil Peridíneo Plax Mint® (Colgate Palmolive) cloreto de Cetil Peridíneo Resultados e Discussão Tabela 1. Média dos halos de inibição de Streptocococus mutans e Lactobacillus casei frente a diferentes colutórios bucais. Colutórios Tamanho do halo de inibição (mm) Streptococcus mutans Lactobacillus casei H2 clean® Sem halo de inibição Sem halo de inibição Listerine® 21,7 23,8 Periotrat® 14,7 17 Periogard sem álcool® 15,4 19,2 Plax Ice® 13 16,1 Plax Mint® 11,1 15,2 Conclusões Foi possível observar que a média do halo de inibição variou de acordo com a composição química do colutório. O colutório Listerine®, cujo princípio ativo é o timol, foi o que apresentou maior halo de inibição frente às duas bactérias testadas. No entanto, o colutório H2 Clean® não apresentou efeito inibitório frente ao Streptocococus mutans e Lactobacillus casei. O Periotrat® e o Periogard® apresentam a clorexidina como princípio ativo. Trabalhos como o Simões et al. (2011) relatam a eficácia deste principio frente a cepas bacterianas cariogênicas. O cloreto de cetilpiridínio, princípio ativo do Plax Ice® (Colgate Palmolive) e Plax Mint® (Colgate Palmolive) é um antisséptico muito utilizado em bochechos, devido às suas propriedades antimicrobianas. Os resultados demonstraram a sua efetividade frente a S. mutans e Lactobacillus casei, confirmando o seu principal alvo de ação, sobre bactérias Gram positivas. Os colutórios bucais à base de digluconato de clorexidina, cloreto de cetil peridíneo e timol podem ser efetivas no controle do biofilme cariogênico por Streptococcus mutans e Lactobacillus casei. Referências CANETTIERI, A.C.V.; KRETCHETOFF, F,Y.; FUJARRA, F.C.; MOREIRA, D.; UNTERKIRCHER, C.S. Efeito do anticorpo monoclonal 56G sobre o crescimento de Streptococcus mutans em caldo e no acúmulo de placa bacteriana in vitro. Cienc Odontol Bras; v.9, n. (4), p.67-75, 2006. KOHNER, J. P.; UHL, J.; KOLBERT, C.; PERSING, D.; COCKERILL, F. A Comparison of susceptibility testing methods with mecA Gene analysis for determining oxacilin (methicilin) resistance in clinical isolates of Staphylococcus aureus and coagulase -ative staphylococcus spp.. Journal of Clinical Microbiology. v.37. n.9 p.2952-2961, 1999. MARINHO, B.V.S.; ARAÚJO, A.C.S. Uso dos enxaguatórios bucais sobre a gengivite e biofilme dental. International Journal Of Dentistry, Recife, v.6, 92 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Foi possível visualizar halos de inibição de crescimento frente aos diferentes colutórios utilizados, com exceção do H2 clean. As médias dos halos de inibição estão dispostas na tabela 1. n.(4), p.124-131, 2007. RAMOS, I.AL.; LEITE, R.B.; MENEZES, K.M.; JOVITO, V.C.; C AVALCANTI, Y.W.; ALMEIDA, L.F.D.; CASTRO, R.D.; CAVALCANTI, A.L. Efeito inibitório de enxaguatórios bucais sobre o crescimento de Lactobacilos casei. Rev. bras. odontol., v. 69, n.(1), p. 107-10, 2012. RAO, D. Efficacy of an alcohol-free CPC-containing mouthwash against oral multispecies biofilms. The Journal of Clinical Dentistry, Piscataway, v. 22, n. (6), p. 187–194, 2011. SIMÕES, R.C.S.; MERLINI, S.P.; SILVA, R.P.R.; BASTOS, R.S.; TORRES, S.A.; BASTOS, J.R.M. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de enxaguatórios bucais. Rev. bras. odontol., v. 68, n. (1), p. 91- 94, 2011. WILLIAMS, M. I. The antibacterial and antiplaque effectiveness of mouthwashes containing cetylpyridinium chloride with and without alcohol in improving gingival health. The Journal of Clinical Dentistry, Piscataway, v. 22, n.(6), p. 179-182, 2011. V JORNADA SEVERINO SOMBRA WOLFF, M. S., LARSON, C. The cariogenic dental biofilm: good, bad or just something to control? Braz. Oral Res. v.23 (Supl. 1):, p.31-8, 2009. 93 Acessando e potencializando a inteligência coletiva do CAP/USS Sayão Capute¹, Magda Elâine¹, Graça Santos² Resumo Passadas três décadas da criação do CAp, muitas transformações aconteceram, justificando a necessidade de ressignificação do Projeto Político Pedagógico acessando e potencializando a inteligência coletiva do Time Gestor, melhorando a gestão de processos de ensino e aprendizagem tendo como norte o significado do Colégio de Aplicação na comunidade educacional. Para atingir o objetivo central foram apresentados novos processos e métodos de design que desafiam o Time Gestor a experimentar como o Coaching Educacional e o Design Thinking, abordagens focadas com uma escola viva, inquieta e dinâmica podem oferecer outra perspectiva ao seu trabalho docente. A participação da comunidade escolar, evidenciada pela frequência nas reuniões e encontros pedagógicos aponta a relevância dos temas encaminhados através do Projeto Acessando e Potencializando a Inteligência Coletiva do CAp/Uss. Diversos desafios são levados em conta, um deles é como redesenhar a nossa atuação para aumentar o engajamento e os resultados acadêmicos dos alunos? Palavras-Chave: Coaching Educacional. Design Thinking. Potencializando. Desenvolvimento. Inteligência Coletiva. Introdução de desenvolvimento da potencialização da inteligência coletiva CAp/USS. Como amostra do material e metodologias utilizadas foram escolhidos o Coaching Educacional e Design Thinking para criação de impacto positivo com o propósito de transformar desafios em oportunidades. Há 30 anos a missão do Colégio Sul Fluminense de Aplicação é integrar a família CAp, ministrando ensino de excelência pautado em valores sólidos, com vistas à formação de cidadãos críticos, preparandoos com competência e responsabilidade para viverem no mundo de hoje, conviverem com ele e nele serem vitoriosos. Após três décadas, há necessidade de ressignificação do Projeto Político Pedagógico com a importante missão de continuar proporcionando um ensino de excelência alinhado ao estatuto da FUSVE, além do Regimento Escolar, e desenvolver a educação no município de Vassouras. A equipe foi convidada a experimentar os desafios de maneira diferente e atuar com a orientação de um profissional atuante no universo Coaching Educacional, que desenvolve estratégias específicas para as necessidades e pontos fortes da escola. O objetivo deste trabalho centrase, essencialmente, na potencialização e melhoria da gestão de processos de ensino e aprendizagem tendo como norte o significado do Colégio de APLICAÇÃO na comunidade educacional. A partir do início do processo de desenvolvimento da educação, observou-se nas reuniões com a equipe docente a relevância dos temas encaminhados para discussão em reuniões pedagógicas e com o grupo de pais, como: Gestão Compartilhada, Visão de futuro do CAp, Pilares para o Sucesso do CAp, essencialmente a busca da resposta para os desafios deste novo tempo: O que pensar? Quais as ações? Quais são as nossas ameaças? Quais são as estratégias? Onde a escola deve focar suas ações? A partir disso, conseguimos refletir e agir no desempenho pessoal e profissional, ou seja, conseguimos acessar e potencializar a inteligência coletiva do Time Gestor. Conclusões Material e Métodos No processo de potencialização e melhoria da gestão de processos de ensino e aprendizagem, o CAp, através das ações do Time Gestor percebeu a importância da continuidade da valorização das pessoas através da reflexão e ação no uso das metodologias, técnicas e ferramentas adotadas no Coaching Educacional e no Design Thinking; sugere-se, portanto, a continuidade do projeto cocriando novas respostas para novos desafios, acelerando o empoderamento sistêmico da comunidade Para atingir o objetivo central foram apresentados novos processos e métodos de design para desenvolvimento de ações pedagógicas mais intencionais ao enfrentar e resolver os desafios atuais, por meio da cocriação das etapas do novo processo de atuação. A equipe foi preparada para apresentar seminários internos, demonstrando os processos pedagógicos antes e o depois das ações desenvolvidas junto ao processo Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 94 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Resultados e Discussão escolar. Referências SANTOS, Graça. Coaching Educacional: Ideias e estratégias para professores, pais e gestores que querem aumentar seu poder de persuasão e conhecimento. Editora Leader, São Paulo, 2012. V JORNADA SEVERINO SOMBRA SCHÖN, D. Educando o profissional reflexivo. Um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000 Kit Design Thinking para Educadores foi desenvolvida pelo Instituto Educadigital. [ capturado 22 abr.2015]. Licenciada em Creative Commons Attribution – Non Commercial – Share Alike 3.0 Unported (CC BY-NC-SA 3.0), seguindo a orientação da IDEO. Disponível em http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/ 95 Visão dos acadêmicos do Curso de Fisioterapia da Universidade Severino Sombra sobre a Equoterapia Carolina de Lourdes Julião Vieira¹, Juliana Fernandes de Souza Ribeiro² Resumo A Pró-Reitoria de Extensão Universitária da Universidade Severino Sombra desenvolve um projeto de extensão de Equoterapia, considerando a relevância dessa prática e seus benefícios tanto para a comunidade acadêmica como para a comunidade de Vassouras e região. Tomando como base os benefícios desse trabalho na prática/ aprendizagem dos alunos do curso de graduação em fisioterapia, utilizamos o “wordle”, como estratégia para apresentação de resultados de uma atividade de avaliação desenvolvida com esses alunos acima citados. O wordle é uma ferramenta pedagógica cada vez mais utilizada oportunizando discussões mais dinâmicas e produtivas. Introdução A pesquisa se fez necessária, a fim de avaliarmos a qualidade das informações do ponto de vista dos acadêmicos do curso de Fisioterapia a respeito da equoterapia. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizamos o programa Wordle que se baseia em questionamentos a um público alvo específico onde o tema central é analisado pelo programa e forma-se a nuvem de palavras. O presente trabalho tem por objetivo obter a visão dos acadêmicos do Curso de Fisioterapia da Universidade Severino Sombra sobre a Equoterapia. A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo como forma terapêutica interdisciplinar nas áreas de educação, saúde e equitação buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais (ANDE/2014). Portanto, a equoterapia é um tratamento que envolve a interação do homem e do animal como forma terapêutica de forma global envolvendo diversos aspectos. Os objetivos envolvem restabelecimento psíquico, físico, educacional e social que busca integrar o indivíduo tratado de acordo com suas necessidades evidenciando suas funcionalidades e potencialidades dispondo de um cavalo adequado e uma equipe multidisciplinar integrada e capacitada (SANCHEZCANO; 2008; Vitor, 1998). As atividades de equoterapia devem ser desenvolvidas por uma equipe multiprofissional de forma a interagirem interdisciplinarmente com no mínimo três profissionais da equipe básica, sendo primordial a presença do fisioterapeuta, psicólogo, equitador (MEDEIROS, et al.; 2002). Nosso projeto conta com a participação de uma fisioterapeuta, uma psicóloga, uma enfermeira, um veterinário e equitador. A equipe técnica na Fazenda Experimental da Universidade Severino Sombra (USS) dando suporte com a preparação dos cavalos e a equipe técnica pertencente ao projeto na coordenadoria de Extensão, fornecendo base para desenvolvimento da ação. Ainda como integrantes, participam oito acadêmicos do curso de Fisioterapia, oito acadêmicos do curso de Enfermagem, três acadêmicos do curso de Psicologia. Material e Métodos Foi realizada uma coleta de dados através da aplicação de um questionário contendo cinco perguntas. Aplicamos os questionamentos aos acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade Severino Sombra que vivenciaram e estão inseridos na Equoterapia, campo de atuação do Fisioterapeuta e da equipe multiprofissional situado na Fazenda Experimental desta instituição. Utilizamos como instrumento da pesquisa o programa Wordle, que é uma estratégia pedagógica que contribui na apresentação de resultados onde o tema central do estudo foi a Equoterapia. Utilizamos os seguintes questionamentos: 1. Qual a finalidade da Equoterapia do ponto de vista da Fisioterapia? 2. Aponte os benefícios da prática da Equoterapia para o participante. 3. Aponte os benefícios da prática da Equoterapia para o Fisioterapeuta. 4. Aponte os benefícios da prática da Equoterapia para a Equipe interdisciplinar envolvida. 1. Docente do Curso de Fisioterapia e Enfermagem da USS e coordenadora do projeto Equoterapia. 2. Docente do Curso de Psicologia da USS. 96 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Equoterapia. Wordle. Aprendizagem. 5. Aponte os pontos positivos e negativos do trabalho da Equoterapia sobre a prática interdisciplinar. Analisamos os dados obtidos através da nuvem de palavras geradas pelo programa e realizamos debate com a equipe através dos dados obtidos e construindo os resultados a partir desta análise qualitativa. Resultados e Discussão V JORNADA SEVERINO SOMBRA O primeiro wordle apresenta coordenação, reabilitação postura como palavras-chaves para traduzir a finalidade da equoterapia. Nessa nuvem as palavras paciente e trabalhar aparecem em destaque confirmando o bem-estar do paciente como maior foco da proposta. O segundo wordle apresenta benefícios da equoterapia para os praticantes tendo os termos postura, interação, controle, coordenação, postural e motora como mais colocados pelos alunos. Já na terceira nuvem observamos os benefícios da equoterapia para os alunos tendo o conhecimento, a integração, prática, grupo e trabalho as palavras-chaves que traduzem esses benefícios. A última nuvem demonstra resultados sobre a prática da equipe interdisciplinar sendo possível perceber o quanto esta modalidade de equipe contribui positivamente para reabilitação dos pacientes. Conclusão A partir do presente estudo foi possível consolidar o quanto a equoterapia é uma proposta que beneficia participantes, alunos e equipe, tendo resultados que motivam e encantam todos os envolvidos com a proposta. Além disso, vale ressaltar que o wordle é uma estratégia pedagógica que visualmente contribui muito para avaliação de propostas realizadas entre docentes e acadêmicos considerando a importância da utilização de novas propostas pedagógicas para ampliação da aprendizagem. Referências Associação Nacional de Equoterapia. ANDE-BRASIL, 2014, Curso Básico em Equoterapia. MEDEIROS, Myles & DIAS, Emília. Equoterapia, bases e fundamentos. Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2002. VITOR, F. Introdução as dificuldades de aprendizagem. 2ed. Porto Alegre. Artes Médicas. 1995. SANCHEZ-CANO, M; et al. Avaliação Psicopedagógica. Porto Alegre. Artmed, 2008. 97 Reflexões preliminares sobre a importância da prevenção do câncer de mama e a possíveis contribuições da equipe nessa proposta Sergio Henrique Machado¹, Juliana Fernandes de Souza Ribeiro² Resumo Os altos índices de câncer de mama no Brasil e no mundo mostram a relevância do tema da pesquisa e desse trabalho especificamente. Estudar e discutir medidas de prevenção do câncer de mama, promovendo saúde e qualidade de vida é de suma importância. A partir disso, a formação da equipe de saúde e da comunidade acadêmica precisa estar direcionada para esse foco da díade promoção/prevenção. Também é importante considerar a equipe interdisciplinar no processo de conscientização das mulheres em relação aos riscos do adoecer e as modalidades de prevenção. Palavras-Chave: Prevenção. Câncer de mama. Mulheres. Introdução o câncer de mama e o diagnóstico precoce da doença através da realização da mamografia. No que concerne à mortalidade, os dados do DATASUS (2014) do ano de 2012 apontam que o câncer de mama no contexto nacional foi a 7ª causa de óbitos de mulheres por residência (13.717 óbitos). Cerca de 52% dos óbitos (7.118) ocorreram na região Sudeste e 27% desses no estado do Rio de Janeiro. Dentre as medidas para o controle do câncer de mama está a adoção de práticas de prevenção no nível secundário, que incluem as ações de rastreamento para detecção precoce, para evitar a progressão da doença e aumentar a probabilidade da cura. Dentre os métodos de detecção precoce, a mamografia tem sido apontada como o mais eficaz e de acordo com o Ministério da Saúde (2007) a utilização de mamógrafos de alta resolução tem proporcionado a detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias, principalmente lesões pequenas, quando ainda não são palpáveis. Vale ressaltar que as medidas de prevenção e de controle precisam ser consideradas para além de práticas objetivas, tendo um olhar ampliado para as mulheres que vivem a realidade do adoecimento e para uma equipe interdisciplinar que contribui de forma vital para esse processo. A equipe interdisciplinar tem como direção de trabalho uma prática de integralidade onde se considera os pacientes em sua totalidade. O presente trabalho faz parte de estudos sistemáticos do grupo de pesquisa, para que a partir de pesquisas bibliográficas, a proposta prática do trabalho seja realizada sequencialmente. O projeto de pesquisa que é fio condutor desse trabalho tem como objetivo analisar a promoção da saúde de mulheres do distrito de Vassouras a partir do compartilhamento de saberes com universitários sobre Foi realizada uma pesquisa bibliográfica além de alguns encontros entre os profissionais do grupo de pesquisa para ampliação do referencial teórico e consequentemente abertura de novas direções para o desenvolvimento do trabalho. Resultados e Discussão Fica muito clara a necessidade de um levantamento sobre o conhecimento das mulheres dos distritos de Vassouras sobre o câncer de mama e o diagnóstico precoce da doença, através da mamografia considerando a importância da avaliação desses dados para um trabalho direcionado pela equipe interdisciplinar de prevenção de doenças e promoção de saúde. A partir do levantamento do conhecimento das mulheres sobre o câncer de mama e o diagnóstico precoce da doença, confirma-se a necessidade de orientação para a saúde dessas mulheres; É possível pensar, de forma preliminar, na redução de incidência do câncer de mama quando se coloca em prática uma política de saúde de prevenção ainda pouco valorizada no Brasil. Conclusão A formação do profissional da saúde se dá muito mais pelo viés do tratamento de doenças já instaladas do que por uma proposta concreta e estruturada de prevenção. De acordo com o Instituto nacional do Câncer 1. Docente do curso de Medicina da USS e coordenador do projeto de pesquisa. 2. Docente do curso de Psicologia da USS e membro do projeto de pesquisa. 98 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Material e Métodos (INCA, 2014), o câncer de mama é a maior causa mundial de morte por câncer nas mulheres, com cerca de 520 mil mortes estimadas no ano de 2012. É também a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. No Brasil, em 2014, são esperados 57.120 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. Esses dados confirmam a necessidade do trabalho de prevenção, de mudança do olhar para os pacientes deixando a compartimentalização do doente de lado e fortalecendo a visão biopsicossocial de atendimento. Importante também levar informações para os pacientes, tornar consciente, se tornar conhecedor sobre a doença e sobre os direitos de tratamento. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Informações de Saúde. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203. Consulta em 30 de maio de 2014. V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil – Síntese de Resultados e Comentários. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/ sintese-de-resultados-comentarios.asp. Consulta em 30 de maio de 2014. MELLO, A. L. S. F.; MOYSES, S. T.; MOYSES, S. J. A universidade promotora de saúde e as mudanças na formação profissional. Interface (Botucatu), Botucatu, 14(34), Sept. 2010. Disponível em: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-3283201000030 0017&lng=en&nrm=iso. Consulta em 30 de maio de 2014. 99 ÁREA DE CIÊNCIAS MÉDICAS Projetos Jovens Talentos e O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações! Construção compartilhada de saberes Ana Carolina Ferreira¹, Caio Diogo Neves¹, Amanda Cristina dos Santos¹, Jéssica Gorito¹, José Carlos Dantas Teixeira², Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves³ Resumo O projeto Jovens Talentos catalisa o potencial científico e tecnológico. Localizado no estado do Rio de Janeiro, procura integrar projeto pedagógico voltado para estudantes do ensino médio/técnico. A Universidade Severino Sombra (USS), por meio do Projeto “O Universitário Transformador na Comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, conta com oito alunos do ensino médio de instituições públicas, que como bolsistas do Projeto Jovens Talentos, realizam atividades vinculadas ao projeto, contemplado com auxílio financeiro da Faperj. O objetivo deste trabalho é relatar a construção compartilhada de saberes tanto para o aluno bolsista do Projeto Jovens Talentos como para a equipe acadêmica vinculada ao Projeto. Palavras-Chave: Aprendizagem. Medicina. Saúde. Introdução vinculada ao Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”. O Programa Jovens Talentos, de pré-iniciação científica, é destinado a estudantes do ensino médio/ técnico da rede pública estadual de educação. Lançado em 1999, por iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCT) no âmbito do programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior, tem por objetivos selecionar estudantes com grande interesse pela ciência e potencial para atuar em pesquisa científica; estimular a formação dos estudantes criando possibilidade de identificar novos quadros para atuação profissional no campo do saber científico; contribuir para a difusão dos conhecimentos científicos, desmitificando a ciência e articulando pesquisa e ensino. Trata-se de proposta que catalisa o potencial científico e tecnológico, localizado no Estado, procurando integrálo num projeto pedagógico voltado para estudantes do ensino médio/técnico. A Universidade Severino Sombra (USS), por meio do Projeto “O Universitário Transformador na Comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, conta com oito alunos do ensino médio de instituições públicas, que como bolsistas do Projeto Jovens Talentos, realizam atividades vinculadas ao projeto, contemplado com auxílio financeiro da Faperj. O objetivo deste trabalho é relatar a construção compartilhada de saberes tanto para o aluno bolsista do Projeto Jovens Talentos como para a equipe acadêmica Relato da experiência da construção compartilhada de saberes entre alunos do ensino médio - bolsistas Jovens Talentos – e os alunos do curso de graduação em Medicina, Odontologia e Medicina Veterinária, copartícipes do projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, desenvolvido nos bairros Ipiranga e Itakamosi, às margens da rodovia BR 393, em Vassouras-RJ. Resultados e Discussão Ao se elaborar o projeto de pesquisa Perfil sociodemográfico e condições de saúde dos moradores dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ (aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da USS - Parecer n.o 308.142, de 14/06/2013), a comunidade acadêmica da USS vislumbrou a possibilidade de, no seu desenvolvimento, ter a participação de alunos do Jovens Talentos, como forma de despertar a curiosidade científica destes jovens, instrumentalizá-los para o uso de ferramentas computacionais - como elaboração de planilhas e uso de programas de informática, orientá-los na criação e realização de ações de educação em saúde destinadas à comunidade lócus de realização do Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: 1. Alunos Bolsistas Jovens Talentos - Faperj. 2. Docente do curso de Medicina da USS. 3. Docente do curso de Medicina e de Enfermagem da USS. 101 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Materiais e Métodos pequenas ações, grandes inovações!” e contribuir para que construíssem conhecimento necessário a um futuro pesquisador. Isto se concretizou com o interesse de oito jovens em participar do projeto. Selecionados, estes jovens dedicam sem prejuízo às suas atividades escolares rotineiras, oito horas semanais para planejamento e execução das atividades. No desenvolvimento das ações, têm ainda a oportunidade de atuarem junto aos alunos dos cursos de graduação da USS, fato que constitui fator estimulador para que almejem cursar uma graduação, ampliando seus horizontes educacionais. Conclusões V JORNADA SEVERINO SOMBRA Concluiu-se que a participação dos alunos Jovens Talentos na Pesquisa Perfil sociodemográfico e condições de saúde dos moradores dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ ofereceu duplo ganho, pois além de instrumentalizar estes jovens para atividades das quais dependerão seus desempenhos em futuras pesquisas, contribuiu para seu crescimento pessoal haja vista a oportunidade de interação em meio aos alunos dos cursos de graduação, despertando-lhes o interesse pelo cotidiano escolar e futuro ingresso em um curso superior. Referências -BELIZÁRIO, J. Programa Jovens Talentos para a Ciência. O que é o “Jovens Talentos”? Disponível em <http://jtalentos.blogspot.com.br/2009/08/o-quee-o-jovens-talentos.html>. Acesso em 27/03/2015. -BRASIL. SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Faperj. Projeto Jovens Talentos. Disponível em <http://www. faperj.br/?id=20.3.6>. Acesso em 28/03/2015. Apoio e auxílio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) 102 Conhecimento e percepção dos moradores do bairro Ipiranga, no município de Vassouras-RJ, sobre zoonoses. Dados preliminares Larissa Vaz Perez¹, Maria Cristina Almeida de Souza² Resumo Zoonoses são doenças infecciosas transmissíveis dos animais ao homem. O conhecimento da população a respeito dessas doenças é de extrema importância para que se estabeleçam medidas de prevenção. O objetivo do trabalho é verificar o conhecimento e percepção dos moradores do bairro Ipiranga a respeito das zoonoses. Em um estudo descritivo e quantitativo, foram entrevistadas a fim de verificar o conhecimento e percepção a respeito do tema. Os resultados demonstraram baixo índice de conhecimento dessa população e uma visão errônea em vários aspectos zoonóticos. Concluiu-se que é necessário planejamento e desenvolvimento de ações em saúde sobre o tema como forma de motivar os moradores para prevenção de zoonoses. Introdução os relacionados às zoonoses. Assim, previamente ao planejamento e execução de quaisquer ações em que se almejem prevenir o surgimento de doenças, constatou-se a imprescindibilidade de se verificar o conhecimento dos moradores sobre zoonose, pois é de suma importância que se leve em consideração o papel das pessoas na determinação de condições adequadas de elementos que favorecem o aparecimento de zoonoses. Segundo Moreira et al. (2013), os problemas relacionados à saúde animal e, consequentemente, à saúde pública, podem ser minimizados quando se aplica a educação em saúde. Ainda para Moreira, levar informação para determinadas comunidades é um dos papéis fundamentais das instituições de ensino superior, melhorando as condições de vida da população e levando seus estudantes a colocar em prática os ensinamentos teóricos ouvidos em sala de aula, fortalecendo o binômio ensino-aprendizado. O objetivo deste estudo é verificar, preliminarmente, o conhecimento e a percepção dos moradores do bairro Ipiranga, no município de Vassouras-RJ, sobre zoonoses, haja vista a prevenção ao surgimento dessas doenças diretamente relacionada às ações cotidianas, cujo desenvolvimento depende do conhecimento de seus realizadores. A Organização Mundial de Saúde conceitua zoonose como infecção ou doença infecciosa transmissível dos animais vertebrados ao homem. Temse observado o crescimento do número de doenças de manifestação humana que têm interseção com o mundo animal. De acordo com Guimarães et. al. (2010), das seis doenças em que a notificação dos casos é exigida universalmente, duas pertencem a este grupo, a Peste e a Febre Amarela e ambas ocorrem no Brasil. A difusão de grande parte das zoonoses é facilitada pelo desconhecimento da população acerca do correto manejo de animais, que podem funcionar como vetores. No bairro Ipiranga, entrecortado pela estrada BR 393, na periferia do município de Vassouras, no Centro-Sul Fluminense, residem pessoas que enfrentam adversidades decorrentes de suas condições socioeconômicas. Nesse cenário, está inserido grande número de animais errantes que tem pouca ou quase nenhuma assistência médicoveterinária, contribuindo para possíveis ocorrências de doenças zoonóticas. Cães e gatos nas ruas representam um reservatório de doenças que podem afetar os seres humanos e seus animais de companhia. As zoonoses mais importantes com relação aos cães incluem a Raiva, Echinococcus, Toxocara canis e Leishmaniose, e aos gatos, a raiva, Toxocaracati e Toxoplasmose (WSPA, 2003). Neste contexto, percebeu-se a possibilidade de atuação da USS (Universidade Severino Sombra) por meio do projeto “O Universitário Transformador na comunidade, pequenas ações, grandes inovações!” – apoio e auxílio financeiro Faperj - no qual os alunos têm a oportunidade de compreender a relevância dos determinantes da saúde para o adoecimento, incluindo Materiais e Métodos Pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, na qual se utilizou para coleta de dados, um questionário estruturado contendo seis questões fechadas acerca do conhecimento e percepção dos moradores do bairro Ipiranga, no município de Vassouras-RJ, sobre zoonoses. Adicionalmente, se registraram informações 1. Curso de Medicina da USS – Discente. 2. Curso de Medicina da USS – Docente. 103 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Zoonoses. Transmissão. Reservatórios de doenças. Cães. de Moreira (2013), somente 20,8% dos entrevistados souberam responder corretamente ao conceito de zoonoses. Já no de Sampaio, 2014, 31% sabiam o que era zoonoses. Esses resultados podem ser justificados pela baixa divulgação sobre o tema em meios de veiculação em massa como televisão, rádio e internet. Acreditam que o gato pode transmitir doença ao arranhar ou morder os seres humanos, 55% (n=6). Isso exprime que há desconhecimento a respeito do modo de transmissão de zoonoses importantes como raiva e esporotricose. Entre os participantes, 9% da amostra (n=1), já tiveram escabiose. A totalidade da amostra informou que a forma correta para evitar que o vírus da raiva contamine o animal é que o mesmo seja vacinado. Isso demonstra esclarecimento a respeito da profilaxia dessa afecção, justificado pela campanha de vacinação realizada pelo gestor público, imunizando cães e gatos. Segundo o guia de vigilância epidemiológica, a vacinação periódica e rotineira de 80% dos cães e gatos pode quebrar o elo da cadeia epidemiológica de transmissão, impedindo que o vírus alcance a população, o que reforça a importância de vacinar os cães e gatos em áreas onde é realizada a campanha de vacinação. A amostra restrita a 11 moradores ocorreu devido à experimentação e validação do questionário, já que esse constitui instrumento essencial para obtenção das informações. Com os resultados dos dados preliminares é possível fazer adaptações necessárias para melhor aproveitamento do questionário em pesquisas futuras. Discussão e Resultados Os dados foram tabulados por meio do programa Excel e os resultados analisados. A idade dos participantes da pesquisa variou de 19 a 65 anos, sendo a idade média 31,72 anos. Entrevistados do sexo feminino corresponderam a 82% (n=9) e do masculino 18% (n=2). Constatou-se que 37% (n=4) tinham nível fundamental incompleto, 18% (n=2) nível fundamental completo, 18% (n=2) nível médio incompleto, 27% (n=3) nível médio completo, e nenhum participante apresentou nível superior. Acharam que os seres humanos podem adquirir doença dos animais 90,9% dos participantes. Em relação ao significado da palavra zoonose, para 45,5% da amostra (n=5), está relacionada com doença de cachorros e gatos; para 36,3% (n=4) significa doença transmitida dos animais para o homem e 18,1 % (n=2) citaram que compreendem zoonose como doença transmitida entre animais. Acreditam que leptospirose, asma, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e câncer sejam zoonoses 55% (n=6), 27% (n=3), 9% (n=1) e 9% (n=1), respectivamente (gráfico 1). Os resultados obtidos a respeito do grau de escolaridade, que se revelaram baixo nível em sua maioria, poderiam justificar a visão equivocada sobre o significado de zoonoses e sobre doenças que acreditam ser transmitidas por animais. Apesar de 55% da amostra ter respondido corretamente como sendo leptospirose uma zoonose, os outros resultados mostram enorme carência da percepção e conhecimento a respeito do tema nessa população. Comparativamente, no trabalho Conclusões Concluiu-se que o conhecimento e a percepção dos moradores de Ipiranga sobre zoonose ainda é reduzido, o que sinaliza para a necessidade do planejamento e desenvolvimento de ações de educação em saúde sobre o tema como forma de motivá-los para atitudes relacionadas à prevenção de zoonoses bem como à adoção de medidas terapêuticas nos casos onde o diagnóstico tiver sido positivo. Referências -BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Textos Básicos de Saúde Cadernos de Atenção Básica, n. 22. Vigilância em saúde. Zoonoses. 2009. -GUIMARÃES, F. F. et al. Ações da vigilância epidemiológica e sanitária nos programas de controle de zoonoses. Veterinária e zootecnia, p.151-163, 2010. -WSPA Conceitos em Bem-Estar Animal. Disponível em < http://www. worldanimalprotection.org.br/noticias/2013/wspa-difunde-conceito-debem-estar-animal-na-area-academica.aspx>. Acesso em 27/03/2015. -MOREIRA, F.R.C et al. Avaliação do conhecimento de algumas zoonoses em alunos de escolas públicas nos municípios de Apodi, Felipe Guerra e Severiano Melo (RN) – Brasil. HOLOS, ano 29, v. 2 p.66-78. 2013. -SAMPAIO, A. B. Percepção da população do município de Cruz Alta (RS) sobre zoonoses transmitidas por cães e gatos. Disponível 104 V JORNADA SEVERINO SOMBRA sobre idade, sexo e grau de escolaridade. Os dados foram coletados por única pesquisadora, no mês de março de 2015. As perguntas abordadas sobre o tema zoonoses foram as seguintes: “os seres humanos podem adquirir doença dos animais?; o que você entende sobre o significado da palavra zoonoses?; qual das doenças informadas acredita ser uma zoonose?; acredita que o gato pode transmitir doenças ao arranhar ou morder os seres humanos?; qual a forma correta para evitar que o vírus da raiva contamine o animal?; alguém da família já foi diagnosticado com zoonoses? se sim, qual doença?”. A amostra foi constituída por onze moradores, cujo critério de inclusão foi a disponibilidade e voluntariedade em responder ao instrumento de coleta de dados. Aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer n.o 308.142, de 14/06/2013), a pesquisa é parte do Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações”, que tem apoio e auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e atende às exigências da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). em<http://200.137.6.4/revistas/index.php/acta/article/view/3588/5582>. Acesso em 24/03/2015. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Apoio e auxílio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) 105 O perfil de atuação e contribuições dos alunos bolsistas de iniciação científica CNPq nos projetos de extensão comunitária Daniella Nogueira Silva Melo¹, Thiago César de Pádua¹, Maria Cristina Almeida de Souza², Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves², Henrique Magalhães Souza Lima², Marcos Antônio Mendonça² Resumo O Sistema Único de Saúde (SUS) orientou para adoção de um novo modelo de atenção à saúde da população, incentivando a adoção de ações que desconstruíssem a unicidade da visão tão somente curativista que profissionais ainda pudessem ter sobre doenças. A Lei 8080/90 propôs o cuidado preventivo entre as ações a serem realizadas na atenção primária à saúde. A iniciação cientifica aprimora-se através dos resultados alcançados por meio de ações extensionistas de promoção de saúde. Este artigo relata ações dos discentes bolsistas de iniciação científica de Medicina da Universidade Severino Sombra realizadas nas comunidades dos bairros Ipiranga e Itakamosi, enfocando contribuições tanto para o alcance dos objetivos das ações extensionistas e de pesquisa, como para formação dos alunos bolsistas, cuja atuação engloba mapeamento das desigualdades sociais, sua problematização e a elaboração de atividades para minimizá-las. O objetivo das atividades é construir conhecimento e contribuir para qualidade de vida da população. Introdução Resultados e Discussão As ações de saúde coletiva abrangem a promoção de saúde, a atenção primária adequada, a prevenção e controle de doenças crônicas, dentre outros. As ações de saúde são singulares quando atreladas à prática médica na comunidade, pois alicerçam a melhoria da qualidade de vida da população in loco e o dinamismo na atuação médica. A fim de contribuir para essas ações imprescindíveis ao bem-estar social, os alunos bolsistas de iniciação científica do curso de Medicina da Universidade Severino Sombra localizada na cidade de Vassouras-RJ identificam as necessidades populacionais, problematizam-nas e elaboram medidas para amenizálas nos Bairros Ipiranga e Itakamosi, entrecortados pela BR 393 situados no município supracitado. O objetivo desse trabalho, inserido no Projeto “O Universitário Transformador na Comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” visa descrever as contribuições dos discentes bolsistas prestadas à comunidade através de ações extensionistas. Os discentes contemplados com o auxílio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq observam e mapeiam as iniquidades sociais, condições econômicas e ambientais dos bairros Ipiranga e Itakamosi, localizados no município de Vassouras-RJ. Orientam e acompanham seus pares matriculados em períodos iniciais do curso na aplicação de questionários sobre tabagismo, diabetes, hipertensão, ecologia, zoonoses, caracteres sociais e econômicos. A pesquisa é realizada durante as visitas domiciliares quinzenais e compete aos bolsistas a síntese dos resultados que, consolidados, permitem a construção do perfil nosológico das famílias com ênfase nas doenças e agravos não transmissíveis (DANT). A atuação abrange o direcionamento do cuidado às famílias, orientações sobre controle da diabetes e hipertensão como no cuidado com a dieta alimentar e prática de exercícios físicos, feiras de saúde sobre os malefícios do tabagismo e etilismo, por exemplo, educação em saúde sobre higiene bucal através de teatros e instrumentos educativos como o escovódromo, realizados na escola dos Bairros Ipiranga e Itakamosi, a fim de que os escolares participem de ações de educação em saúde com a utilização de recursos lúdicos. Os resultados preliminares desse trabalho apontam tanto para a melhoria e qualificação na atenção médica prestada pelos acadêmicos bolsistas quanto à melhoria na orientação aos demais alunos do curso de medicina, que também atuam no Projeto “O Materiais e Métodos Estudo descritivo baseado no relato da experiência dos alunos bolsistas de iniciação científica adquirida através do projeto “O Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, que projeto conta com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj. 1. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 2. Curso de Medicina da USS – Docente. 106 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Universidade. Extensão universitária. Medicina. Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”. Desse modo, a comunidade se beneficia com a prestação do cuidado médico preventivo e humanizado, essencial para uma atenção primária à saúde de qualidade. Conclusões Verificou-se que a inserção de discentes bolsistas de Iniciação Científica do curso de Medicina da Universidade Severino Sombra – Vassouras-RJ no Projeto “O Universitário Transformador na Comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” nas comunidades dos bairros Ipiranga e Itakamosi corroborou para o desenvolvimento de investigação científica por meio da qual se construiu o perfil epidemiológico dos principais agravos crônicos prevalentes na população local, assim como contribuiu para a formação de profissionais generalistas embasados em uma prática médica preventiva e humanizada. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA -BRASIL. Presidência da República. Lei no. 8080/90, de 19/09/1980. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l8080.htm> Acesso em 01/03/2015. 107 Manual de campo para estudantes de medicina: estratégia para otimização da atenção à saúde da comunidade e do processo ensinoaprendizagem Maria Cristina Almeida de Souza¹, Thiago César de Pádua², Daniella Nogueira Silva Melo1,2, Eduardo Herrera Rodrigues de Almeida Junior¹, Elisa Maria Amorim da Costa¹, José Carlos Dantas Teixeira¹ Resumo As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em medicina (DCN) preconizam a adoção de metodologias ativas de aprendizagem (MAA) por meio de uma abordagem problematizadora do conteúdo curricular. Na USS, uma das estratégias viabilizadoras desta orientação está representada pela elaboração de um Manual de Campo para alunos dos períodos iniciais do curso de Medicina, a fim de que possam otimizar as ações de atenção à saúde realizadas na comunidade, em especial aquela residente nos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ, onde é desenvolvido o projeto “O universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, contemplado com auxílio financeiro Faperj. A finalidade desse manuscrito é descrever os objetivos do Manual de Campo para alunos do 1.º 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina da USS, estratégia para otimização da atenção à saúde da comunidade e do processo ensino-aprendizagem Introdução Material e Métodos Ao longo da história, problemas de saúde que os homens enfrentaram estiveram relacionados à natureza da vida em comunidade: ao controle das doenças transmissíveis, à provisão de água e de comida e à assistência médica necessária, entre outros. Pedagogicamente, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Medicina (DCN) preconizam, no ensino médico, a adoção de metodologias ativas de aprendizagem (MAA), por meio de uma abordagem problematizadora do conteúdo curricular, estimulando a autonomia intelectual do aluno. Assim, é imprescindível, no processo ensino-aprendizagem, que o aluno observe o contexto de vida das pessoas das quais se propõe a cuidar e assistir, compreendendo a realidade em que vivem, as relações sociais e culturais com as quais estão envolvidas haja vista que são fatores diretamente relacionados ao surgimento de algumas doenças. A fim de otimizar esta observação da realidade durante as atividades de atenção à saúde na comunidade e de incentivar o protagonismo discente no processo ensino-aprendizagem, os docentes do curso de Medicina, coordenadores do Projeto “O universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” elaboraram e adotaram um Manual de Campo em que se descrevem objetivos e sugestões de utilização. Estudo baseado na descrição dos objetivos da adoção de um Manual de Campo estruturado para alunos matriculados no 1.º, 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina da USS, participantes do projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” (auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj). Resultados e Discussão O manual foi elaborado pela equipe docente do curso de Medicina da USS, a partir das reflexões, discussões e experiências advindas com a atuação na comunidade dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ. O manual tem como objetivo auxiliar e sistematizar a atuação dos alunos do 1.º, 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina, na prestação de ações relacionadas ao cuidado das pessoas dos bairros e à assistência à sua saúde e qualidade de vida. Objetiva também otimizar o processo ensinoaprendizagem, por meio do registro das impressões dos alunos sobre a realidade observada, o contexto de vida dos moradores, as condições socioeconômicas e ambientais da localidade. Ao aluno é oportunizado realizar atividades orientadas por um roteiro, anotar 1. Curso de Medicina da USS – Docente. 2. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 108 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Ensino médico. Extensão universitária. Ações transformadoras. Medicina. suas constatações, opiniões e seus achados, registrar correlações entre o observado e o estudado nas aulas teóricas previamente assistidas, além de inserir registros fotográficos, anotar dúvidas cujos temas precisarão ser pesquisados até o próximo retorno à comunidade. Assim, o aluno pode se apropriar com maior autonomia de conceitos imprescindíveis à sua futura prática médica como território, Estratégia Saúde da Família, equipamentos sociais, Programa de Agentes Comunitários, capital social, genograma, entre outros. Conclusões Constatou-se que a utilização do Manual de Campo nas atividades comunitárias propiciou ao aluno a oportunidade de construção de conhecimentos relativos aos conteúdos observados in loco. Que é imprescindível aos futuros médicos graduados pela USS, profissionais generalistas, a visão ampliada do processo saúde-doença. Que sejam cônscios do seu papel de transformadores sociais em prol de uma sociedade equânime. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA -BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em medicina. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/cne/arquivos/pdf/Med.pdf>. Acesso em 20/02/2015. -CAMPOS, G.W.S.; GUERRERO, A.V.P. (orgs). Manual de Práticas em Atenção Básica: saúde ampliada e compartilhada. Disponível em <http:// andromeda.ensp.fiocruz.br/teias/sites/default/files/biblioteca_home/manual_ das_praticas_de_atencao_basica%5B1%5D.pdf>. Acesso em 20/02/2015. -CARVALHO, Y.M.; CECCIN, R.B. Formação e educação em saúde: aprendizados com a Saúde Coletiva. In: Campos, Gastão Wagner de Sousa et al. (orgs). Tratado de Saúde Coletiva. SP: Hucitec/ RJ: Fiocruz, 2006. p.149182. -FOSSÁ, M.I.T.; MOTA, M.S.; CARVALHO, L.; MILANO, P. Responsabilidade social: reflexão sobre extensão universitária, inclusão social, geração de trabalho e renda – A experiência do PISC em Santa MariaRS. Mediação, v. 9, n. 9, jul./dez. de 2009. -PAIM, J.S.; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde coletiva. Teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. Agência de Fomento: Faperj. Edital EXTPESQ (E_16/2014) 109 Promoção da inclusão social por meio do projeto “O universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” Thiago César de Pádua¹, Daniella Nogueira Silva Melo¹, Maria Cristina Almeida de Souza², Edsneider Rocha Pires de Souza², Elisa Maria Amorim da Costa², Marcos Antônio Mendonça² Resumo Um projeto de extensão universitária deve, idealmente, promover a inclusão social de forma a contribuir com a qualidade de vida da comunidade onde é desenvolvido. Por meio do Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, alunos e professores da Universidade Severino Sombra (USS) realizam atividades de promoção da saúde, prevenção a doenças e reabilitação dos moradores dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em VassourasRJ. Além da oferta de assistência em saúde e do aprimoramento de habilidades motoras e competências cognitivas pelos alunos no cuidado em saúde dos moradores, o projeto viabiliza oficinas de qualificação para que os membros da comunidade se capacitem para o desenvolvimento de atividade geradora de renda, que somada aos rendimentos mensais pode auxiliar na economia doméstica. Com este intuito são contempladas oficinas de capacitação em ervas medicinais e culinária. O objetivo deste trabalho é descrever as ações realizadas na comunidade, destacando a parceria universidade-comunidade. Introdução Reflete-se sobre a importância da inserção da universidade, por meio de práticas sociais e de comunicação envolvendo a sociedade, na agenda da inclusão social. Faz-se um relato de experiência advinda com o Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, nos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras/RJ, que promove além de ações de atenção à saúde, atividades contribuidoras para a inclusão social dos moradores, que têm sido beneficiados pelo resgate da cidadania, ao usufruírem da oportunidade de autopromoção, mediante a qualificação profissional e a geração de renda. Ao realizar atividades acadêmicas de caráter interdisciplinar e possibilitar a integração de diversas áreas do conhecimento, as ações extensionistas contribuem para uma nova forma de fazer ciência, de maneira integrada, revertendo a tendência de fragmentação do estudo da realidade observada na comunidade. Idealmente, além de contribuir para o processo ensinoaprendizagem discente, a realização de um projeto de extensão universitária deve contribuir para a inclusão social dos membros da comunidade, por meio de ações que, ao empoderarem e qualificarem, contribuem para melhoria de sua situação econômica, para a aquisição de hábitos saudáveis e, consequentemente, para sua qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é descrever as ações realizadas na comunidade, destacando a parceria universidade-comunidade. Conclusões O projeto “O Universitário Transformador: pequenas ações, grandes inovações!” contribuiu para a promoção da saúde dos moradores da localidade onde é desenvolvido, por meio da ação coordenada de docentes e discentes da USS, ao mesmo tempo em que, contribui para a diversificação na geração de renda destes moradores na medida em que os qualifica para atividades como culinária e produção de ervas e chás medicinais. Material e Métodos Estudo descritivo baseado no relato da experiência advinda com o projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, que conta com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj. Referências Resultados e Discussão FAGUNDES, J. Universidade e compromisso social: extensão, limites e 1. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 2. Curso de Medicina da USS – Docente. 110 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Projetos. Extensão universitária. Ações transformadoras. Responsabilidade social. perspectivas. Campinas: Unicamp, 1986. FOSSÁ, M.I.T.; MOTA, M.S.; CARVALHO, L.; MILANO, P. Responsabilidade social: reflexão sobre extensão universitária, inclusão social, geração de trabalho e renda – A experiência do PISC em Santa MariaRS. Mediação, v. 9, n. 9, jul./dez. de 2009. ROCHA, L. A. C. Projetos Interdisciplinares de Extensão Universitária: ações transformadoras. Universidade Braz Cubas, Mogi das Cruzes – SP, 2007. 84 f. (Dissertação Mestrado). PAIM, J.S.; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde coletiva. Teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Agência de Fomento: Faperj. Edital EXTPESQ (E_16/2014) 111 Manual de campo para estudantes de medicina: estratégia para otimização da atenção à saúde da comunidade e do processo ensinoaprendizagem Daniella Nogueira Silva Melo¹, Thiago César de Pádua¹, Maria Cristina Almeida de Souza², Eduardo Herrera Rodrigues de Almeida Junior², Elisa Maria Amorim da Costa², José Carlos Dantas Teixeira² Resumo As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Medicina (DCN) preconizam a adoção de metodologias ativas de aprendizagem (MAA) por meio de uma abordagem problematizadora do conteúdo curricular. Na USS, uma das estratégias viabilizadoras desta orientação está representada pela elaboração de um Manual de Campo para alunos dos períodos iniciais do curso de Medicina, a fim de que possam otimizar as ações de atenção à saúde realizadas na comunidade, em especial aquela residente nos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ, onde é desenvolvido o projeto “O universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, contemplado com auxílio financeiro Faperj. Objetiva-se, através desse texto, descrever os objetivos do Manual de Campo para alunos do 1.º, 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina da USS, estratégia para otimização da atenção à saúde da comunidade e do processo ensino-aprendizagem Introdução Material e Métodos Ao longo da história, problemas de saúde que os homens enfrentaram estiveram relacionados à natureza da vida em comunidade: o controle das doenças transmissíveis, a provisão de água e de comida e a assistência médica necessária, entre outros. Pedagogicamente, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em medicina (DCN) preconizam, no ensino médico, a adoção de metodologias ativas de aprendizagem (MAA), por meio de uma abordagem problematizadora do conteúdo curricular, estimulando a autonomia intelectual do aluno. Assim, é imprescindível, no processo ensino-aprendizagem, que o aluno observe o contexto de vida das pessoas das quais se propõe a cuidar e assistir, compreendendo a realidade em que vivem, as relações sociais e culturais com as quais estão envolvidas haja vista que são fatores diretamente relacionados ao surgimento de algumas doenças. A fim de otimizar esta observação da realidade durante as atividades de atenção à saúde na comunidade e de incentivar o protagonismo discente no processo ensino-aprendizagem, os docentes do curso de Medicina, coordenadores do Projeto “O universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” elaboraram e adotaram um Manual de Campo, cujos objetivos e sugestões de utilização estão descritos neste manuscrito. Estudo descritivo baseado nos objetivos da adoção de um Manual de Campo estruturado para alunos matriculados no 1.º, 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina da USS, participantes do projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” (auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj). Resultados e Discussão O manual foi elaborado pela equipe docente do curso de Medicina da USS a partir das reflexões, discussões e experiências advindas com a atuação na comunidade dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ. O manual tem como objetivo auxiliar e sistematizar a atuação dos alunos do 1.º, 2.º e 3.º períodos do curso de Medicina na prestação de ações relacionadas ao cuidado das pessoas dos bairros e à assistência à sua saúde e qualidade de vida. Objetiva também otimizar o processo ensinoaprendizagem, por meio do registro das impressões dos alunos sobre a realidade observada, o contexto de vida dos moradores, as condições socioeconômicas e ambientais da localidade. Ao aluno é oportunizado realizar atividades orientadas por um roteiro, anotar 1. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 2. Curso de Medicina da USS – Docente. 112 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Ensino médico. Extensão universitária. Ações transformadoras. Medicina. suas constatações, opiniões e seus achados, registrar correlações entre o observado e o estudado nas aulas teóricas previamente assistidas, além de inserir registros fotográficos, anotar dúvidas cujos temas precisarão ser pesquisados até o próximo retorno à comunidade. Assim, o aluno pode se apropriar com maior autonomia de conceitos imprescindíveis à sua futura prática médica como território, Estratégia Saúde da Família, equipamentos sociais, Programa de Agentes Comunitários, capital social, genograma, entre outros. Conclusões Constatou-se que a utilização do Manual de Campo nas atividades comunitárias, otimizou ao aluno a oportunidade de construção de conhecimento relativos aos conteúdos observados in loco e imprescindíveis aos futuros médicos graduados pela USS: profissionais generalistas com visão ampliada do processo saúdedoença, cônscios do seu papel de transformadores sociais em prol de uma sociedade equânime. Referências V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em medicina. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/ cne/arquivos/pdf/Med.pdf>. Acesso em 20/02/2015. CAMPOS, G.W.S.; GUERRERO, A.V.P. (orgs). 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Renan Santos Piveti¹, Izadora Neves¹, Gabriely Neto Leal¹, Thayane Pereira de Araújo¹, Maria Cristina Almeida de Souza², Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves³ Resumo O ser humano pode se beneficiar de atividades lúdicas, tanto pelo aspecto de diversão e prazer quanto pelo aspecto da aprendizagem. Este trabalho é um relato da experiência da realização de ações de educação em saúde sobre pediculose, pelos alunos Jovens Talentos (Faperj), para os escolares do educandário do bairro Ipiranga, lócus do “O Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”. Concluiu-se que promover ações menos formalizadas é um recurso válido para permitir a troca de ideias e saberes, contribuindo para a motivação do participante e, consequentemente, para a adoção de ações de autocuidado em saúde no seu cotidiano, imprescindíveis para sua qualidade de vida. Adicionalmente, a atividade contribuiu para que os bolsistas Jovens Talentos compreendessem a relevância da realização de ações educativas para que as pessoas possam,por meio de uma troca compartilhada de saberes, aprimorar sua autonomia. Introdução comunidade acadêmica da Universidade Severino Sombra (USS), em Vassouras-RJ. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência advinda com a realização de ações de educação em saúde sobre pediculose, pelos alunos Jovens Talentos (Faperj), para os escolares do educandário do bairro Ipiranga, lócus do O Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”. A atividade lúdica como possível mediador do processo de ensino-aprendizagem, na medida em que se ampara na intencionalidade, reciprocidade, criatividade e descontração, pode motivar as pessoas para o autocuidado em saúde e para o aprimoramento das habilidades pessoais, necessárias a este autocuidado. O ser humano pode se beneficiar de atividades lúdicas, tanto pelo aspecto de diversão e prazer quanto pelo aspecto da aprendizagem. A incorporação de brincadeiras e dramatização pode constituir estratégias pedagógicas que contribuem para o desenvolvimento pelos participantes das atividades, de habilidade motora e cognitiva capaz de contribuir para o autocuidado em saúde. O lúdico contempla os critérios para uma aprendizagem efetiva, no sentido de que chama a atenção para um determinado assunto, seu significado pode ser discutido entre todos os participantes e o conhecimento gerado a partir da atividade lúdica pode ser transportado para o campo da realidade, caracterizando a transcendência que gera estímulo ao aprendiz. As crianças em idade escolar têm papel imprescindível na adoção de hábitos saudáveis, pois como possíveis multiplicadores de informações construídas a partir de ações de educação em saúde, podem ser capazes de motivar pais a incorporarem ações cotidianas relacionadas à higiene corporal. Trabalhar de forma lúdica, através da teatralização, os temas relevantes para a promoção de saúde é um dos compromissos da Materiais e Métodos Relato da experiência advinda com a realização de ações de educação em saúde sobre pediculose, pelos alunos Jovens Talentos (Faperj), para os escolares da Escola Municipal Joaquim Pinto e Souza, no bairro Ipiranga, locus do O Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”. Foram realizadas atividades lúdicas teatrais sobre a temática pediculose, a fim de interagir com as crianças de 4 a 6 anos de idade, objetivando motivá-las para a adoção cotidiano de hábitos de higiene relacionadas à prevenção da pediculose. Resultados e Discussão O Programa Jovens Talentos, de pré-iniciação científica, é destinado a estudantes do ensino médio/ técnico da rede pública estadual de educação. Lançado em 1999, por iniciativa da FAPERJ, 1. Alunos Bolsistas Jovens Talentos - Faperj. 2. Docente do Curso de Medicina da USS. 3. Docente do Curso de Medicina e de Enfermagem da USS. 114 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Comunicação. Educação. Saúde. Atividades lúdicas. com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCT) no âmbito do programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior, tem por objetivos selecionar estudantes com grande interesse pela ciência e potencial para atuar em pesquisa científica; estimular a formação dos estudantes criando possibilidade de identificar novos quadros para atuação profissional no campo do saber científico; contribuir para a difusão dos conhecimentos científicos, desmitificando a ciência e articulando pesquisa e ensino. Trata-se de proposta que catalisa o potencial científico e tecnológico, localizado no Estado, procurando integrá-lo num projeto pedagógico voltado para estudantes do ensino médio/técnico. A USS conta com oito alunos bolsistas Jovens Talentos vinculados ao Projeto O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações! Neste trabalho se descreve a realização das atividades realizadas pelos Jovens Talentos na Escola Municipal Joaquim Pinto e Souza, no bairro Ipiranga, no 1.º Semestre de 2015. Participaram da atividade 25 escolares na faixa etária de 4 a 6 anos, matriculados na educação infantil da instituição de ensino do bairro Ipiranga. A atividade contou com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Severino Sombra (USS) que disponibilizou transporte para que os alunos Jovens Talentos se deslocassem até a o bairro, na periferia de VassourasRJ. Os jovens estavam de posse da autorização de seus responsáveis para o deslocamento até o local e foram acompanhados por representantes da USS. Tendo em vista as distintas formas de manifestações culturais e considerando-se necessária a adoção de novos paradigmas para a comunicação, o teatro se configura em instrumento eficaz de intervenção social e de educação em saúde. Além disso, a encenação ultrapassa a atividade de descontração e humor para enfatizar a reflexão, conseguindo, não raramente, romper estigmas impostos pela sociedade. O desafio de ensejar a reflexão sobre temas presentes na atualidade, como educação ambiental e a dengue, saúde bucal e cultura de paz, exige uma adequação da comunicação ao público-alvo. A partir dessa idéia, surge a possibilidade de comunicar-se por meio da narrativa cênica e da linguagem lúdica, como estratégia de construção teórica e conjugação de saberes na promoção de educação em saúde (MEIRELES et al., 2013). para a adoção de ações de autocuidado em saúde no seu cotidiano, imprescindíveis para sua qualidade de vida. A participação ativa dos alunos em relação ao tema discutido, proporcionando momento de reflexão e expressão de opiniões, desvinculados de conceitos rígidos e utópicos permitiu que a estratégia de educação adotada fosse estimulante, rompendo a barreira imposta pela palestra tradicional, que posiciona o profissional de saúde como detentor do saber. Essa evidência reafirma a importância de incentivar o uso de métodos alternativos nos processos de educação e promoção da saúde. Verificou-se que a realização de ações de educação em saúde pelos alunos bolsistas do Jovens Talentos (Faperj) contribuiu com o processo motivacional dos escolares do bairro Ipiranga, local do Projeto “O Universitário transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!” para o autocuidado em saúde, principalmente sobre o tema pediculose. MEIRELES, F.F.F.; LEITE,F.L.; PITOMBO,B.; SEREJO, F.C. Estratégia lúdica da Teatralização na Promoção de Saúde do Programa Saúde na Escola de Porto Real/RJ. Disponível em <http://www.saude.rj.gov.br/docman/svs/ centro-de-apoio-a-gestao-cgvs/expovs/trabalhos-expovs-medio-paraiba2013/9101-estrategia-ludica-da-teatralizacao-na-promocao-de-saude-doprograma-saude-na-escola-de-porto-real/file.html>. Acesso em 27/03/2015. BRASIL. SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. Faperj. Projeto Jovens Talentos. Disponível em <http://www.faperj. br/?id=20.3.6>. Acesso em 28/03/2015. Apoio e auxílio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) Conclusões Os autores concluíram que promover ações menos formalizadas pode potencializar o vínculo entre os realizadores da ação e o público-alvo das atividades, permitindo a troca de ideias e saberes, contribuindo para a motivação do participante e, consequentemente, 115 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Referências Geografia médica e o processo de adoecimento Eduardo Herrera Rodrigues de Almeida Junior¹, Maria Cristina Almeida de Souza¹, Marcos Antônio Mendonça¹, João Carlos de Souza Côrtes Júnior¹, José Carlos Dantas Teixeira¹, Thiago César de Pádua² Resumo Geografia médica evidencia a relação dos fatores ambientais com o surgimento das doenças. Imprescindível para que se graduem médicos com visão ampliada de saúde, construam ainda como alunos, o conhecimento da relação entre adoecimento e fatores ambientais, tomando ciência dos fatores multicausais relacionados ao processo saúdedoença. O objetivo deste trabalho é realizar breve revisão de literatura sobre Geografia médica e o processo de adoecimento, enfatizando a necessidade da abordagem desta temática nos currículos de graduação em Medicina. Introdução um ramo da Medicina que estuda a relação existente entre os fatores ambientais e os de saúde (ALMEIDA, 2012). Segundo Pelicioni (2005) grande parte dos agravos em saúde se relaciona com problemas ambientais, uma vez que as alterações no meio ambiente interferem na saúde e na qualidade de vida das pessoas, de forma que ambiente e saúde são indissociáveis. O objetivo desse trabalho é descrever a necessidade de o aluno do curso de Medicina observar, ao realizar atividades na comunidade, a interligação dos conhecimentos geográficos e médicos, e constatar constatando a importância do meio geográfico no aparecimento e distribuição de uma determinada doença. A Geografia Médica nasceu com Hipócrates e, portanto, com a própria história da Medicina, quando aproximadamente 480 a.C., publicou sua famosa obra “Dos ares, das águas e dos lugares”. Nesta época, ele já demonstrava a relação dos fatores ambientais com o surgimento das doenças, reconhecia a presença contínua de certas doenças que chamou de endêmicas e a frequência de outras doenças, nem sempre presentes, mas que por vezes aumentavam em demasia, a que se denominaram de epidêmicas. A partir das últimas décadas do século XIX, a Geografia Médica sofreu um declínio quando Louis Pasteur realizou pesquisas sobre a etiologia das moléstias infecciosas, atribuindo às doenças exclusivamente à multiplicação de uma bactéria e nada mais do que isto. Perdeu-se de vista o conjunto das causas que atuam sobre o ser humano sadio e enfermo, bem como o meio ambiente deixou de apresentar a importância que vinha assumindo (LEMOS & LIMA, 2002). A mudança da denominação de Geografia Médica para Geografia da Saúde ocorreu em 1976, devido à ampliação dos temas, questões e abordagens com que veio se desenvolvendo ao logo do tempo. A mudança do nome foi solicitada e justificada por ser a Geografia da Saúde considerada mais abrangente por relacionar qualidade de vida, educação, moradia, saneamento básico, infraestrutura em saúde e outros como a saúde das populações. No entanto, essa nova denominação não é utilizada em todos os países, encontrando-se ainda hoje o termo Geografia Médica (LIMA NETO, 2000). Ecologia Médica (EM), Medicina Ecológica ou Ecomedicina são terminologias utilizadas para definir Material e Métodos Relato da relação entre geografia médica e o adoecimento por meio de breve revisão de literatura. Resultados e Discussão A conferência sobre Atenção Primária à Saúde (APS), organizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Alma-Ata, na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em setembro de 1978, estreou o conceito de “Saúde para Todos”, convocando todos os países a revisarem seus sistemas de saúde, tornando-os acessíveis à população, como direito básico do cidadão. O conceito de APS foi definido nessa conferência, entendo-se a atenção como essencial à saúde, baseada num modelo prático e científico que 1. Curso de Medicina da USS – Docente. 2. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 116 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Medicina. Ensino médico. Comunidade. Ecologia. possui métodos e tecnologias universalmente acessíveis a pessoas e famílias dentro das comunidades, sendo o primeiro nível de contato do indivíduo com o sistema de saúde e condição essencial para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade (RONCOLETTA, 2010). Para a resolução da assistência em saúde, em todos os níveis de atenção, é imprescindível que os profissionais se atentem aos determinantes ambientais do processo saúde-doença (PSD). Para tanto, se faz necessário que, ainda como alunos de graduação, os médicos percebam que a degradação ambiental está diretamente associada à deterioração das condições sociais nas quais se produzem e se propagam novas epidemias (SENA et al., 2010). Conclusões Os profissionais de saúde necessitam de preparação para uma análise crítica dos desafios apresentados na área da Ecologia Médica para que sejam agentes de mudanças e transformações na saúde, no meio ambiente e, consequentemente, na prevenção de doenças. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Referências ALMEIDA, C. Entenda o que significa ecologia médica. Disponível em <http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2010/09/10/ entenda-o-que-significa-ecologia-medica.htm>. Acesso em 14/04/2014. LIMA NETO, J. E. Geografia e Saúde. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade de São Paulo, 2000. PELICIONI, M.C.F. Promoção da saúde e meio ambiente: uma trajetória técnico-política. In: PHILIPPI JUNIOR, A.; PELICIONI, M.C.F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. p. 413-420. Barueri: Manole; 2005. (Coleção ambiental, n.3). SOUZA, M.C.A. de et al. Inovação pedagógica na abordagem teóricometodológica da temática Ecologia Médica no currículo do curso de graduação em medicina. Revista Práxis, ano VI, nº 12, dez. 2014, p.77-83. Apoio e auxílio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) 117 H. Pylori e câncer gástrico – Revisão de literatura Gisele Euzébio Faria¹, Paula Pitta de Resende Côrtes² Resumo O Helicobacter pylori coloniza a mucosa gástrica por vários anos se não submetido a tratamento farmacológico adequado. Está associado ao desenvolvimento de inúmeras doenças, como o câncer gástrico, doença multifatorial com aumento significativo nos últimos anos. Um dos mecanismos de carcinogênese é infecção pela bactéria. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura em busca de artigos que relacionassem presença do H. pylori com o desenvolvimento de câncer gástrico e trazer atualização aos profissionais da área de saúde. Realizada revisão sistemática nas bases de dados Scielo, Pubmed e sites do Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer. A infecção na infância pode aumentar a prevalência da atrofia gástrica e risco de adenocarcinoma gástrico. As lesões provocadas pela bactéria dependem da sua virulência e resposta inflamatória do individuo. O tratamento dos infectados é uma forma de prevenção da transmissão da bactéria e desenvolvimento do câncer gástrico ao longo do tempo. Introdução livres gerados podem induzir danos no DNA e alteração da expressão de proto-oncogenes, além de desequilíbrio do sistema de transdução de sinais das células epiteliais gástricas, considerado carcinogênico(2,3,4,5). A infecção crônica pelo bacilo aumenta os índices de apoptose, que aceleram a progressão para gastrite atrófica e aumentam o risco para desenvolvimento de câncer gástrico. E somados com a hiperproliferação de células epiteliais gástricas, que é maior em pacientes infectados pelo H. pylori, pode levar ao acúmulo de mutações, contribuindo para a gênese do câncer gástrico­(2,4). Embora a população infectada pela bactéria seja abrangente no que diz respeito à faixa etária, o desenvolvimento de câncer gástrico raramente ocorre abaixo dos 40 anos. No entanto, a aquisição do H. pylori na infância pode levar a um aumento da prevalência da atrofia gástrica aumentando o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma gástrico (2). O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura em busca de artigos que relacionassem a presença do H. pylori com o desenvolvimento de câncer gástrico e trazer uma atualização sobre o tema aos profissionais da área de saúde, já que o câncer gástrico apresentou aumento significativo nos últimos anos e está entre as neoplasias que mais acometem a população brasileira, e com elevada taxa de mortalidade na América Latina (7). Identificado em 1982, por MARSHALL e WARREN a bactéria Helicobacter pylori (HP) é alvo de diversos estudos que vem permitindo que o conhecimento seja utilizado na prática médica de clínicos e gastroenterologistas (1,2). A bactéria é um bacilo Gram negativo com inúmeros fatores de virulência e que coloniza a mucosa gástrica por vários anos se não submetido a tratamento farmacológico adequado(1,2,3). Está adaptado à mucosa gástrica, colonizando principalmente, o antro gástrico(4) e está associado ao desenvolvimento de doenças como gastrite crônica, úlcera duodenal, carcinoma gástrico, linfoma MALT(2,3). O câncer gástrico é uma doença multifatorial e um dos seus mecanismos de carcinogênese é a infecção pelo Helicobacter pylori pela associação entre fatores do hospedeiro e fatores do bacilo, como o grau do processo inflamatório levando a alterações metaplásicas e a resposta do indivíduo (5). Outras causas de câncer gástrico são os abusos alimentares com excesso de cloreto de sódio; inibidores da secreção gástrica(6); além da associação com história familiar, seja por que estejam parasitados pelas mesmas cepas ou por que tenham uma resposta inflamatória semelhante(4). A indução de um processo inflamatório pelo H. pylori, por meio da ação de diferentes fagócitos, recrutados para o sitio da infecção, geram radicais livres em resposta a mediadores pró-inflamatórios e produtos da parede celular bacteriana(4,2). Os radicais Material e Método Estudo baseado na análise de 43 artigos publicados entre 1995 e 2015, durante os meses de janeiro a março de 1. Docente do Curso de Medicina, membro da Liga de Clínica Médica da Universidade Severino Sombra. 2. Discente do Curso de Medicina, Universidade Severino Sombra. 118 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Câncer gástrico. Helicobacter pylori. H. pylori. 2015, nas bases de dados Scielo, Pubmed e informações do Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Câncer (INCA), utilizando como palavras chaves: estômago, câncer gástrico, H. pylori, Helicobacter pylori. Destes foram selecionados seis. Os critérios de seleção foram: relação direta dos temas e/ou a data de publicação. Discussão A associação entre Helicobacter pylori e câncer gástrico é indiscutível, no entanto, os mecanismos pelos quais ocorre o desenvolvimento da doença ainda são incertos, embora se saiba que exista interação dos fatores de virulência da cepa infectante e a resposta inflamatória do hospedeiro, levando a crer que quanto mais tempo o individuo permaneça infectado pelo bacilo, maior a chance de desenvolvimento da doença, o que pode ser corroborado pelo desenvolvimento de neoplasia gástrica em indivíduos acima de 40 anos, justificando o tratamento dos pacientes infectados, principalmente os sintomáticos. Conclusão V JORNADA SEVERINO SOMBRA A aquisição do H. pylori na infância pode levar a um aumento da prevalência da atrofia gástrica aumentando o risco de desenvolver, posteriormente, adenocarcinoma gástrico. E mesmo como uma ação neutrofílica persistente é incapaz de eliminar o bacilo, deve ser estabelecido tratamento adequado a todos os portadores da bactéria, a fim de se reduzir sua transmissão e o risco do individuo infectado desenvolver câncer gástrico ao longo do tempo. Referências ¹ COELHO, Luiz Gonzaga Vaz; ZATERKA, Schlioma. II Consenso Brasileiro Sobre Helicobacter pylori. Arq. Gastroenterol. , São Paulo, v. 42, n. 2, junho de 2005. ² GUIMARAES, Jocilene; CORVELO, Tereza Cristina; BARILE, Katarine Antonia. Helicobacter pylori: fatores relacionados à sua patogênese. Rev. Para. Med., Belém , v. 22, n. 1, mar. 2008 . ³ SILVA, Maria Reis et al . Genotipagem do Helicobacter pylori no Carcinoma Gástrico e Gastrite Crónica. J Port Gastrenterol., Lisboa , v. 18, n. 5, set. 2011 . LADEIRA, Marcelo Sady Plácido; SALVADORI, Daisy Maria Fávero; RODRIGUES, Maria Aparecida Marchesan. Biopatologia do Helicobacter pylori. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 39, n. 4, 2003. 4 5 LIMA, Valeska Portela; RABENHORST, Silvia Helena Barem. Genes Associados à Virulência de Helicobacter Pylori. Revista Brasileira de Cancerologia. 2009; 55(4): 389-396. GOMES-CARNEIRO, Maria Regina; RIBEIRO-PINTO, Luís Felipe; PAUMGARTTEN, Francisco José Roma. Fatores de risco ambientais para o câncer gástrico: a visão do toxicologista. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, supl. 1, 1997 . 6 Instituto Nacional de Câncer, INCA. Disponível em: <http://www2.inca. gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/estomago/definicao> 7 119 Interação dos acadêmicos de Medicina da USS com alunos de escolas municipais: Ação de extensão em favor da saúde e da educação Paula Pitta de Resende Côrtes¹, José Raphael Bigonha Ruffato², Ricardo Nahmias Scheiner³, Joyce Abreu Rocha³, Eliton Edmilson do Couto³, Ana Paula Bastos³, Thaynara dos Santos Tavares³, Karolina Lacerda da Silva³ Resumo O acúmulo de lixo, sua coleta não seletiva, o depósito em regiões não apropriadas e práticas sanitárias inadequadas da população em relação a estes resíduos constituem preocupação ambiental e são fatores facilitadores na disseminação de doenças. O objetivo deste trabalho foi promover educação ambiental aos alunos de escolas municipais, mostrando a relação existente entre o mau tratamento dado ao lixo e a transmissão de doenças. Os acadêmicos de Medicina, através de aulas expositivas, vídeos e jogos ensinaram os alunos das escolas municipais sobre a importância da coleta seletiva do lixo e seu impacto em relação à saúde, além deu acúmulo em lugares inapropriados. Esta ação proporcionou benefícios tanto para os alunos das escolas municipais quanto para os acadêmicos do curso de Medicina, para a comunidade e para a escola em geral, a partir de uma intervenção transformadora, o que promoveu educação em saúde por meio do conhecimento adquirido na Universidade. Introdução sistemas de disposição final do lixo, que incorporem modernas tecnologias de tratamento, menores são os impactos para a saúde pública e para o ambiente. Nesse contexto é de vital importância colocar os indivíduos da sociedade como responsáveis pelo acúmulo de lixo, e cabe sim, a eles iniciar as medidas que virão a melhorar as condições em que se encontram. Cientes disso, lembremos que o Ministério da Educação determina às secretarias municipais, grandes blocos de conhecimento a serem trabalhados com os alunos, dentre eles o ambiente. É de suma importância trabalhar esse tema e tudo que o cerca com os alunos tornando-os responsáveis pelo meio em que vivem, e moldá-los cidadãos com consciência e responsabilidade social. O objetivo deste trabalho foi promover, por acadêmicos de Medicina, educação ambiental aos alunos de escolas municipais, e mostrar a íntima relação entre o mau tratamento dado ao lixo e sua consequente transmissão de doenças. O conceito de Promoção de Saúde proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde a Conferência de Ottawa, em 1986, é visto como o princípio orientador das ações de saúde em todo o mundo. Assim sendo, parte-se do pressuposto de que um dos mais importantes fatores determinantes da saúde são as condições ambientais (BRASIL, 2006). No Brasil, o conceito de saúde é entendido como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não se restringe ao problema sanitário ou à prevalência de doenças. Hoje, além das ações de prevenção e assistência, considera-se cada vez mais importante atuar sobre os fatores determinantes da saúde. É este o propósito da promoção da saúde, que constitui o elemento principal das propostas da OMS e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Quando o lixo é disposto de forma inadequada, em lixões a céu aberto, por exemplo, os problemas sanitários e ambientais são inevitáveis. Isso porque estes locais se tornam propícios para a atração de animais que acabam por se constituírem em vetores de diversas doenças, especialmente, para as populações que vivem da catação, uma prática comum nestes locais. Além do mais, são responsáveis pela poluição do ar, quando ocorre a queima dos resíduos, do solo e das águas superficiais e subterrâneas. À medida que soluções técnicas são adotadas, e quanto mais adequada for a operação dos Material e Métodos Os acadêmicos do 1.º e 2.º períodos do curso de Medicina da Universidade Severino Sombra, 2015/1, adotaram quatro escolas municipais da cidade de Vassouras-RJ, para cuidarem ao longo de sua formação: Escola Municipal Maria Rangel de Araújo, Escola Municipal Deputado José Bento Martins Barbosa. 1. Docente do curso de medicina da Universidade Severino Sombra. 2. Médico Residente de Pediatria, egresso da Universidade Severino Sombra. 3. Discentes do curso de Medicina da Universidade Severino Sombra. 120 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Ambiente. Educação em Saúde. Projeto Social. Capacitação em saúde e ambiente. Doenças transmissíveis relacionadas ao lixo. Escola Municipal Deputado José Carlos Vaz de Miranda e Escola Municipal Joaquim Pinto e Souza. Esta ação faz parte do projeto CAFFcuida, desenvolvido pelo Centro Acadêmico Fróes da Fonseca. Participaram desta ação 42 acadêmicos de Medicina, os quais foram divididos em quatro grupos e desenvolveram esta atividade, igualmente, nas quatro escolas. Inicialmente, os acadêmicos instigaram os alunos a refletirem sobre várias questões relacionadas ao ambiente, e deram abertura para que expressassem seus conhecimentos sobre o tema. Após várias falas e levantamento de diversas questões pelos alunos, estes assistiram a um vídeo didático com abordagem dos problemas e das consequências que envolvem a agressão ao ambiente. A partir do vídeo, foram trabalhados os temas abordados (como a poluição, as enchentes, o descarte inapropriado de resíduos), com diversas imagens expositivas que ilustraram o que foi abordado e as dúvidas foram retiradas. Para finalizar, foi feita uma brincadeira a fim de avaliar o que eles aprenderam a respeito das agressões ao ambiente, ao descarte apropriado do lixo seletivo, à relação do lixo com as doenças. Foram entregues aos alunos as lembranças montadas para a páscoa. educarmos, no sentido de condicionar comportamentos e adestrar, porque estes não se sustentam se não houver raízes num conjunto de valores. Essa formação, se acredita, é de origem social, histórica e coletiva. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de saneamento. Brasília: MS/ FUNASA, 2004. 328 p. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educar%20na%20diversidade. pdf http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao3.pdf PHILIPPI JR, A.; MALHEIROS, T. F. Saneamento e saúde pública: integrando homem e meio ambiente. Rev. bras. educ. med. vol.35 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2011 PHILIPPI JR, A. Saneamento saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2005. V JORNADA SEVERINO SOMBRA h t t p : / / w w w. u f j f . b r / a n a l i s e a m b i e n t a l / f i l e s / 2 0 0 9 / 1 1 / T C C SaneamentoeSa%C3%BAde.pdf Resultados e Discussão Ao todo, foram 1456 alunos de escolas municipais que participaram das atividades. Os alunos conseguiram assimilar o conhecimento proposto demonstrando através da sua participação nas tarefas e se colocaram à disposição para serem agentes modificadores do meio e disseminadores do conhecimento aprendido. Os acadêmicos, com esta ação inicial, se sentiram estimulados a participar do Projeto CAFF Cuida e entenderam a importância de ser “o médico” agente transformador do ambiente que o cerca como educador em saúde. A percepção desta responsabilidade pode contribuir para moldarmos um caráter mais humano aos nossos futuros médicos e mais comprometidos com a comunidade que os cerca. Conclusão Esta ação proporcionou benefícios tanto para os alunos das escolas municipais quanto para os acadêmicos do curso de Medicina, para a comunidade e para a escola em geral, a partir de uma intervenção transformadora, promovendo educação em saúde por meio do conhecimento adquirido na Universidade. Nessa interação, houve a oportunidade de se vivenciar a realidade na prática, possibilitando sua transformação pela reflexão construtiva, na perspectiva de uma sociedade mais justa e democrática, com qualidade de vida. Entendemos, para tanto, que nada adianta 121 Patrulheiro ambiental – Jardins Suspensos a Imagens de uma escola Marcos Antonio Mendonça¹, Elisa Maria Amorim da Costa¹, Ana Beatriz Medeiros Corrêa², Raissa Liete da Costa Santos² Resumo As mudanças nos padrões de vida resultantes do crescimento, não apenas de suas cidades, mas da crescente influência urbana decorrente do crescimento vegetativo da população. As cidades incham sem se preocupar com a degradação do ambiente. Iniciada a atividade na Escola E. M. Joaquim Pinto e Souza, de Ipiranga, o objetivo foi conhecer as crianças e iniciar o projeto Patrulheiro Ambiental, motivando-os para a conscientização da responsabilidade ambiental, desenvolver a noção de espaço para a obtenção da preocupação com a preservação ambiental. A pesquisa-ação tem como base a participação da escola e dos Jovens Talentos na mudança do cenário escolar e do desenvolvimento da cidadania. Avaliar, junto ao corpo docente, a melhor atividade para os atores sociais envolvidos – brincadeiras, a pintura de muro com o recorte ambiental e do jardim comunitário suspenso. O presente trabalho foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer 308.142 – CAAE 15973913.6.0000.5290). Palavras-Chave: Ambiente. Preservação. Saúde ambiental. Cidadania. Jovens talentos. Introdução Este projeto será parte integrante de uma ação já implementada pela Universidade Severino Sombra, na comunidade de Ipiranga, chamado de "PROJETO IPIRANGA – O UNIVERSITÁRIO TRANSFORMADOR". Através de ações recreativas e educacionais, pretende-se estimular a criação de uma Patrulha Ambiental com alunos da Escola Municipal E. M. Joaquim Pinto e Souza da localidade de Ipiranga - Vassouras – RJ, que se situa entre uma linha férrea e um rio poluído, é semi-rural e tem cerca de 1000 habitantes. Através de atividades educativo-recreativas desenvolvidas por Jovens Talentos, com supervisão docente, os alunos serão estimulados a atuar na preservação e recuperação do meio ambiente. O objetivo é conhecer as crianças e iniciar o projeto Patrulheiro Ambiental, motivando-os para a conscientização da responsabilidade ambiental e para desenvolver a noção de espaço com vistas à obtenção da preocupação com a preservação ambiental. A participação dos Jovens Talentos estimula a relação dos discentes da escola e possibilita a interação por uma maior abordagem ao meio. Resultados e Discussão O projeto apresenta resultado parcial com relatório dos Jovens Talentos: A visita ao colégio em Ipiranga teve como objetivo conhecer as crianças e criar uma base a partir da qual se escolherá o Patrulheiro Ambiental, para se ter noção do espaço onde se possam fazer algumas brincadeiras, além da montagem do jardim comunitário. Dividimos nosso tempo com ajudando os professores a passar as atividades em sala de aula. Há uma quantidade razoável de alunos por sala, o que faz com que o contato com cada aluno seja mais fácil e eficiente. À tarde, as crianças, que têm entre 4 a 8 anos, são divididas em três salas, cada uma com um professor. Exercícios, ou atividades extras, como recorte, desenho, pintura e até brincadeiras são levados para casa, por exemplo. Pinturas e recortando a boneca da cinderela e alguns vestidos para poder trocar as roupas, e nos murais estão expostos diversos trabalhos feitos por elas. O local em volta do colégio tem alto risco de dengue, devido a lixo jogado e água parada, motivo que leva o projeto a ser muito importante para termos a chance de ensinar e mostrar às crianças como é importante cuidar do ambiente e da própria saúde, Material e Métodos A pesquisa-ação tem como base a participação na escola dos Jovens Talentos na mudança do cenário escolar e no desenvolvimento da cidadania, para avaliar, junto ao corpo docente, a melhor atividade dos 1. Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Jovens Talentos FAPERJ. 122 V JORNADA SEVERINO SOMBRA atores sociais envolvidos, a partir de brincadeiras, da pintura de muro, com o recorte ambiental, e do jardim comunitário suspenso. O presente trabalho Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer 308.142 – CAAE 15973913.6.0000.5290). dos amigos e familiares, o que as conduzirá a fazer a diferença. O que o colégio também precisa agora é um pouco mais de cor. Estamos procurando uma forma de pintá-lo, de desenhar as paredes com as crianças para passar um ar mais alegre ao trabalho que se inicia. Conclusões - Início da abordagem aos discentes da Escola E. M. Joaquim Pinto e Souza, de Ipiranga. - Percepção do ambiente escolar. - Aprimoramento do pensamento metodológico da pesquisa dos Jovens Talentos. Referências DE CASTRO OLIVEIRA, Valdir. A comunicação midiática e o Sistema Único de Saúde. Interface-comunicação, saúde, educação, v. 4, n. 7, p. 7180, 2000. GRYNSZPAN, Danielle. Educação em saúde e educação ambiental: uma experiência integradora. Cadernos de Saúde Pública, v. 15, p. S133-S138, 1999. Lakatos, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica 1 Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003. V JORNADA SEVERINO SOMBRA BARBOSA, S. R. C. S. Identidade social e dores da alma entre pescadores artesanais em Itaipu, RJ. Ambient Soc, v. 7, n. 1, p. 107-131, 2004. 123 Participação de alunos do programa Jovens talentos na avaliação dos fatores de risco para doenças cardiovasculares Paula Pitta de Resende Côrtes¹, Thiago Wesley de Oliveira², André Luiz Dias Lima Bonfim², Eduardo Zannuzzi Cunha², Manoele Vasconcelos Ribeiro³, Roberta Aparecida Vieira3, Isabela Cristina Figueira Feijó Ganhadeiro4 Resumo O Programa Jovens Talentos de pré-iniciação científica é destinado a estudantes do ensino médio/técnico da rede pública estadual de educação e tem o objetivo de inserir precocemente os estudantes no meio científico. Este trabalho visa demonstrar a participação ativa de três alunas participantes do programa “Jovens Talentos/ FAPERJ” no projeto de pesquisa intitulado: Prevenção dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Introdução e ao tabagismo. Trata-se de um trabalho que catalisa o potencial científico de jovens do ensino médio de escolas públicas, que procura integrá-los em um projeto de pesquisa cujo objeto de estudo refere aos fatores de risco cardiovasculares, os quais são responsáveis pela principal causa de morte no Brasil, hoje. O objetivo deste trabalho é demonstrar a participação ativa de três alunas do ensino médio de escolas públicas, selecionadas no Programa Jovens Talentos/FAPERJ, para participar da pesquisa intitulada: Prevenção dos fatores de risco para doenças cardiovasculares encontrados nos acadêmicos do 2.º período, turma 2014/2. O Programa Jovens Talentos de pré-iniciação científica é destinado a estudantes do ensino médio/ técnico da rede pública estadual de educação. Lançado em 1999 por iniciativa da FAPERJ, o programa conta, desde 18 de julho de 2003, com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCT) no âmbito do programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior. A execução do programa é de responsabilidade do Centro de Ciências do estado do Rio de Janeiro (CECIERJ) e da Fundação Oswaldo Cruz. O programa tem como objetivos selecionar estudantes com grande interesse pela ciência e potencial para atuar em pesquisa científica; estimular a formação dos estudantes criando possibilidade de identificar novos quadros para atuação profissional no campo do saber científico; contribuir para a difusão dos conhecimentos científicos, desmitificando a ciência e articulando pesquisa e ensino. A Universidade Severino Sombra aderiu sua participação neste programa em 2003 e no ano de 2014 o nosso grupo de pesquisa, cuja linha é: “Fatores de risco para doenças cardiovasculares” passou a integrá-lo. As doenças cardiovasculares são responsáveis por altos índices de adoecimento e morte no mundo e são passíveis de prevenção quando detectadas precocemente. Apesar dos elevados investimentos, as taxas de morbimortalidade têm sofrido poucas modificações nas últimas décadas. Os melhores resultados foram com programas direcionados às mudanças de hábitos maléficos à saúde das pessoas, tais como: combate às dietas ricas em colesterol, ao sedentarismo, à obesidade Material e Métodos Este trabalho trata de um relato de experiência. No primeiro semestre de 2014, recebemos quatro alunas do ensino médio de Escolas Públicas da cidade de Vassouras-RJ para participar do processo seletivo ao Programa Jovens Talentos – FAPERJ. Deste processo, permaneceram com o nosso grupo de pesquisa três alunas as quais demonstraram muito interesse pela pesquisa científica, pelo tema estudado e pela área em questão, a Medicina. A bolsa das alunas selecionadas iniciou-se em 01/07/14 e a partir daí, começamos o trabalho. Foram apresentadas ao grupo e participaram de quatro explanações teóricas sobre o tema da pesquisa e duas, sobre formas de prevenção das doenças cardiovasculares. Após o conhecimento mais aprofundado do tema, participaram de duas explanações sobre como se 1. Docente do Curso de Medicina da Universidade Severino Sombra. 2. Discentes do curso de Medicina da Universidade Severino Sombra. 3. Docentes do Colégio Estadual Ministro Raul Fernandes, bolsistas do Programa Jovens Talentos/FAPERJ. 4. Docentes do Colégio Estadual Centenário, bolsistas do Programa Jovens. 124 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Jovens talentos. Fatores de risco. Doenças cardiovasculares. desenvolve um projeto de pesquisa. Em seguida, foram levadas ao laboratório para treinamento de todas as etapas da coleta dos dados. Primeiramente, fizemos o treinamento do questionário usado para coletar os dados dos acadêmicos e suas dúvidas foram retiradas neste momento. Após, fizemos o treinamento de como coletar as medidas dos acadêmicos: pressão arterial, medidas da cintura e quadril, relação cintura x quadril, peso e cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea) e, por fim, a forma de abordagem ao acadêmico, baseada na ética médica. Iniciamos no 1.º semestre de 2015 a coleta dos dados: os fatores de risco para doenças cardiovasculares encontrados nos acadêmicos do curso de medicina do 2.º período. Estes são coletados semanalmente, em grupos de no máximo cinco acadêmicos. Foram coletados e analisados os resultados de 25 acadêmicos. Os acadêmicos foram convidados a participar e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido antes da coleta dos dados. Os dados já coletados foram analisados e inseridos em programa Excel para posteriormente, serem construídos gráficos demonstrativos. Esta ação também está sendo desenvolvida pelas estudantes sob a orientação da coordenadora do projeto. Ao mesmo tempo estamos construindo uma ferramenta para divulgar formas de prevenção das doenças cardiovasculares. estudantes de escolas públicas a continuar seus estudos e a busca para alcançar sonhos. Por outro, mostra-se um pouco da realidade social da comunidade em que vivem os acadêmicos de Medicina, que, muitas vezes, dela se distancia. Referências IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2007/diretriz-DA.pdf MANSUR, AP e FAVARATO, D. Mortalidade por Doenças Cardiovasculares no Brasil e na Região Metropolitana de São Paulo: Atualização 2011 Instituto do Coração (InCor) – HCFMUSP, São Paulo, SP – Brasil. IV Diretrizes Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia 2010. http://portal.saude.gov.br/saude/area.HYPERLINK "http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=919" cfmHYPERLINK "http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=919" ?http://portal. saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=919id_areahttp://portal.saude.gov.br/ saude/area.cfm?id_area=919=919 Programa Jovens Talentos. http://www.faperj.br/?id=20.3.6 POLANCZYK, C. A. Fatores de risco cardiovascular no Brasil: os próximos 50 anos! Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 84(3); 199-201, março 2006. V JORNADA SEVERINO SOMBRA CORREIA, BR e CAVALCANTE, ES, E. A prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em estudantes universitários; Rev. Bras. Clin. Med, 08; 25-29; 2010. Resultados e Discussão Trata-se de um resultado parcial, pois o programa finalizará em dezembro de 2015, mas podemos afirmar que a participação das estudantes foi efetiva em todas as etapas do desenvolvimento do projeto até aqui desenvolvidas; o crescimento científico de cada uma delas foi visível; a criatividade foi ampliada e demonstrada na construção de uma ferramenta para divulgar formas de prevenção das doenças cardiovasculares; o relacionamento delas com os acadêmicos do curso de Medicina ocorreu sem barreira cultural e social, além de terem ampliada a busca por novos conhecimentos, já que aguçamos a sua curiosidade. Enfim, conseguimos verificar que, se bem conduzido por parte do grupo de pesquisadores responsáveis pelos projetos, o programa faz, efetivamente, a inclusão de estudantes do ensino médio de escolas públicas ao meio científico das escolas de ensino superior. Conclusão Trata-se de um excelente programa que aproxima estudantes do ensino público ao cotidiano de pesquisadores e de instituições de ensino superior em busca pelo conhecimento científico. Por um lado, mediante este programa, conseguimos estimular 125 Chikungunya: Perfil clínico epidemiológico no Brasil- Um artigo de revisão Thiago Wesley de Oliveira, Morena Peres Bittencourt da Silva, Paula Pita de Resende Cortes Resumo Chikungunya (VCHIK) é uma infecção causada por um arbovírus e transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado. No Brasil, há risco elevado da disseminação desse vírus, já que seus transmissores são os mesmos da dengue. Objetivos: investigar realidade dos riscos de epidemia do CHIKV no Brasil e suas repercussões clínicas na população. Material e Métodos: foram analisados, no Scielo, 5 artigos publicados entre 2013 e 2014, referentes à doença chikungunya e sua realidade epidemiológica.Resultados e discussões: artigos selecionados corroboram com a noção de riscos de epidemia do CHIKV no Brasil. Além disso, o Ministério da Saúde registrou, em 2014, casos de transmissão autóctone da febre,alertando seu potencial risco para saúde pública nacional.Conclusão: é preciso orientar a população sobre combate ao vetor e estimular a educação da equipe de profissionais de saúde para que identifique e realize diagnóstico precoce dessa febre. Palavras-Chave: Chikungunya. Epidemia. Aedes aegypti. Arbovírus. Introdução A Chikungunya (CHIKV) ou Catolotolo, como é conhecida na África, é uma infecção causada por um arbovírus do gênero Alphavírus (Togaviridae) e transmitida aos seres humanos através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. É uma doença emergente que vem se espalhando rapidamente e tem se tornado uma preocupação mundial¹. Os arbovírus têm potencial de tornarem-se importantes problemas de saúde pública no Brasil e a sua vigilância é necessária para um controle eficaz². Apesar de não haver evidências de que o vírus esteja circulando no país, por meio dos mosquitos1, vários casos importados, diagnosticados laboratorialmente, lembram o risco elevado da introdução do VCHIK no país. Em razão disso, é pertinente analisar a realidade do CHIKV no Brasil e as repercussões clínicas dessa doença³. Em face dessa perspectiva, o objetivo do presente estudo foi investigar/revisar dados bibliográficos e epidemiológicos e verificar, atualmente, o risco real de uma epidemia na população brasileira por disseminação do vírus causador da CHIKV. Resultados e Discussões A partir de 2004, foi observada a disseminação, de forma sistemática e contínua, do vírus Chikungunya (VCHIK) por vários continentes3. O Ministério da Saúde registrou em setembro de 2014, dois casos da febre de Chikungunya no município de Oiapoque, no Amapá, em pessoas que não viajaram a países onde ocorre transmissão da doença. Esses foram os dois primeiros casos de transmissão no do país, chamados de autóctones. Nas duas semanas seguintes, foram confirmados mais 41 casos autóctones, dentre os quais, 33 no município de Feira de Santana, na Bahia, e mais 8 em Oiapoque4. Mecanismos e sintomas: os mosquitos adquirem o chikungunya vírus quando ingerem sangue de algum humano infectado¹. Quando o indivíduo é picado pelo vetor, o vírus é inoculado e se espalha rapidamente, gerando uma infecção aguda que causa artralgia, poliartralgia, mialgia, dores de cabeça, exantema, conjuntivite, náuseas e febres repentinas. O período de incubação desse vírus pode variar de 3 a 7 dias e o índice de letalidade é menor do que 1%, no entanto, a apreensão mundial concentra-se no modo como a doença se manifesta. Os pacientes costumam também Material e Métodos Trata-se de uma revisão de literatura em que foram selecionados cinco artigos, divulgados entre os anos de 2013 a 2014. A escolha desse período se tornou Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 126 V JORNADA SEVERINO SOMBRA importante à medida que foi marcado por avanços dos estudos nessa área. Os trabalhos foram obtidos mediante pesquisa eletrônica com levantamento bibliográfico na base dos bancos de dados do Scielo e Pubmed. Além disso, foram utilizadas as seguintes palavras- have: Chikungunya; epidemia; Aedes aegypti; arbovírus. apresentar febre elevada, tontura, fotofobia, náuseas e/ ou vômitos por até uma semana. Os sintomas e sinais agudos da infecção pelo CHIKV resolvem-se em cerca de 7 a 15 dias. Não há vacinas preventivas disponíveis, sendo o vetor o único elo vulnerável na cadeia de transmissão da doença³. Na Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, cientistas testaram em primatas uma vacina com o vírus atenuado da febre de Chikungunya. Os animais não desenvolveram a doença e também não apresentaram efeitos colaterais, o que significa que a vacina foi eficiente e segura. Exames em humanos ainda não foram feitos, portanto embora promissora, não há garantia de que os resultados sejam os mesmos4. Esses sintomas podem ser facilmente confundidos com os da dengue, porém a grande diferença da CHIKV está no desencadeamento de intensas dores articulares e musculares que dificultam a realização de movimentos, então o indivíduo, por não achar uma posição confortável, posiciona-se de uma forma recurvada e é exatamente essa postura que justifica o nome do vírus Chikungunya que no dialeto da Tanzânia significa “aqueles que se dobram”¹. Tratamento e prevenção: para evitar que a infecção por CHIKV se dissemine no país é preciso que os profissionais de saúde sejam informados a respeito das condutas a serem tomadas diante do surgimento de novos pacientes com sintomas e a população potencialize a precaução de condutas pré-estabelecidas para o combate aos vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus². Também é importante saber para que destino o paciente viajou recentemente, o que ajuda no diagnóstico diferencial. Os principais exames diagnósticos são ELISA e PCR¹. O Brasil já se encontra capacitado para confirmar a infecção na rede de laboratórios de referência para arboviroses5. Segundo Ferreira, Anjos L.R.B.; Oliveira, Chicungunya é uma doença febril emergente que vem se espalhando rapidamente e tem se tornado uma preocupação mundial, o que vai ao encontro da lógica proposta por Morcerf C.C.P.; Benette M. M.; Moraes M.T.C; Siqueira A.A.; Silva A.C.G que apontam ser a doença que venha a causar problemas de saúde pública no Brasil. Já Vasconcelos P. F. C. observa que em 2014 foi observada a disseminação, de forma sistemática e contínua por vários continentes. O autor Tauil P.L salienta que não há vacinas preventivas disponíveis para Chicungunya. Em contraponto, Aguiar R. revela que cientistas testaram em primatas uma vacina com o vírus atenuado da febre de Chikungunya, garantindo resultado eficiente, mas sem previsão para testes em humanos. Os sintomas podem ser facilmente confundidos com sintomas da dengue, de acordo Ferreira, Anjos L.R.B.; Oliveira M. Já segundo estudos de Morcerf C.C.P.; Benette M. M.; Moraes M.T.C; Siqueira A.A.; Silva A.C.G priorizam um foco de precaução em relação à transmissão da doença, e afirmam ser preciso que os profissionais de saúde sejam informados a respeito das condutas a serem tomadas diante do surgimento de novos pacientes com sintomas e a população potencialize a prevenção. Nessa lógica, apesar do baixo grau de letalidade da doença, a forma como ela é transmitida e manifestada responde pela apreensão social em relação aos riscos de epidemia no Brasil. Conclusão É preciso estimular a educação da equipe de profissionais da saúde para que identifiquem e realizem o diagnóstico precoce dessa febre; É válido orientar a população sobre combate ao vetor. Referências 2 Morcerf C.C.P.;Benette M. M.;Moraes M.T.C;Siqueira A.A.;Silva A.C.G; et all. CHIKUNGUNYA: ARBOVIROSE COMO PROBLEMA DE SAÚDE EM EXPANSÃO – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.Revista Rede de Cuidados em Saúde. 3 Vasconcelos P. F. C.Emergência do vírus Chikungunya: risco de introdução no Brasil.Rev Pan-Amaz Saude 2014; 5(3):9-10 4 Aguiar R.Conheça melhor a doença que está chegando ao Brasil e pode causar uma epidemia pelo país. Cienc. Cult. vol.66 no.4 São Paulo Oct./ Dec. 2014 5 Tauil P.L.Condições para a transmissão da febre do vírus chikungunya. Epidemiol. Serv. Saúde v.23 n.4 Brasília dez. 2014 127 V JORNADA SEVERINO SOMBRA 1 Ferreira,Anjos L.R.B.;Oliveira M.FEBRE DE CHIKUNGUNYA: A DOENÇA “DAQUELES QUE SE DOBRAM” É UMA AMEAÇA REAL A POPULAÇÃO BRASILEIRA?. Faculdade Alfredo Nasser – Instituto de Ciências da Saúde. 2014 Insuficiência cardíaca congestiva e suas terapêuticas cirúrgicas: Uma revisão bibliográfica Rocha, D.F., Oliveira, T. W., Mituiassu A.M. Resumo A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é uma síndrome clínica de muita amplitude na atualidade e vem sendo considerada um dos grandes problemas de saúde pública, merecendo então uma maior compreensão sobre as possíveis terapêuticas cirúrgicas. Objetivo: Investigar os tratamentos cirúrgicos disponíveis que são realizados para a ICC na atualidade. Materiais e métodos: Foram analisados 6 artigos referentes a Insuficiência Cardíaca e suas principais terapêuticas cirúrgicas, do ano de 1998 ao 2014, coletados no Scielo. Resultados: Os procedimentos citados nos artigos são: revascularização do miocárdio, implante de prótese valvar, o Cardioversor-Desfibrilador Implantável e a cardiomioplastia. Conclusão: embora o transplante sendo considerado a melhor forma terapêutica no caso da ICC, como é difícil realiza-lo, outras formas terapêuticas foram desenvolvidas com intuito de aumentar a sobrevida e a qualidade de vida desses pacientes. Introdução Material e Métodos Tradicionalmente, o diagnóstico da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é feito com base na presença de determinados sinais e sintomas, caracterizando uma síndrome clínica¹. Sabe-se que o tratamento de eleição para pacientes com ICC, refratários ao tratamento medicamentoso, é o transplante cardíaco. Entretanto, devido ao número reduzido de doadores a indicação desta conduta é restrita². Em função desta realidade, formas alternativas de tratamento cirúrgico vêm sendo propostas e despertando interesse. Dentre estas, podemos citar: revascularização, implante de prótese, correção da Insuficiência Mitral e desfibrilador implantável e cardiomioplastia. Deve-se considerar que nesse contexto, diante da realidade de poucos corações para transplante, é necessário maior esclarecimento sobre algumas formas alternativas para tratamento cirúrgico de ICC³. Isso porque a IC vem se tornando um dos maiores problemas de saúde pública nos últimos anos, quer pelo aumento de sua incidência como pelos gastos que determina4. A IC é doença muito limitante, necessitando seus portadores, com certa frequência, de internações para compensação, especialmente para os casos de maior comprometimento cardíaco. Esse cenário, portanto, é pertinente e requer maiores compreensões sobre opções terapêuticas cirúrgicas5. Em face dessa perspectiva, os objetivos do presente estudo foram investigar as opções terapêuticas cirúrgicas para pacientes com ICC. Trata-se de uma revisão de literatura em que foram selecionados seis artigos, divulgados entre os anos de 1998 a 2014. A escolha desse período foi importante na medida em que foi marcado por avanços dos estudos nessa área. Os trabalhos foram obtidos mediante pesquisa eletrônica, com levantamento bibliográfico na base dos bancos de dados do Scielo. De posse das referências, procedeu-se a análise da bibliografia buscando os aspectos que valorizassem o tema investigado; e a dedicação em confrontar textos com o objetivo de manter a obra fiel. Além disso, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Insuficiência Cardíaca Congestiva; cirurgia cardíaca; miocardiopatia dilatada, revascularização. Resultados e Discussões A estratificação de risco que o paciente com ICC apresenta diante de uma cirurgia, permite prognosticar melhor o risco operatório de determinado indivíduo e tem grande importância na análise retrospectiva dos resultados cirúrgicos³. Observa-se que a fisiopatologia da ICC, miocardiopatia dilatada, apresenta, evolutivamente, mudança na geometria da cavidade ventricular esquerda. Observa- se também dilatação do anel mitral, a disfunção dos músculos papilares, que conjuntamente a alterações segmentares da contratilidade ventricular, determinam a não coaptação dos folhetos valvares com Curso de Medicina, Centro de Ciências Medicas, Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 128 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Insuficiência Cardíaca Congestiva. Cirurgia Cardíaca. Miocardiopatia Dilatada. Revascularização. subsequente escape valvar2. A revascularização do miocárdio é feita de forma completa, inclusive da região do infarto, uma vez que, havendo nessas áreas alguma quantidade de músculo viável, o mesmo será capaz de contribuir na função global do VE5. A válvula mitral é abordada nas situações em que apresenta regurgitação de grau moderado ou grave que, na maioria das vezes, é devida a falha na coaptação dos folhetos que ocorre pela dilatação do anel mitral6. O implante de prótese com consequente correção da insuficiência mitral, determina, ao contrário do que se pensava, melhora do débito cardíaco a despeito da mesma fração de ejeção. Estudos clínicos e experimentais têm demonstrado que a preservação dos folhetos, assim como das estruturas sub-valvares, determina benefícios na função ventricular, principalmente nos pacientes graves já com insuficiência cardíaca importante6. Os portadores de insuficiência cardíaca avançada têm dificuldade de manutenção do débito cardíaco. É justamente nesse caso a estimulação artificial pelos marca-passos denominados de multissítio e pelos cardioversor - desfibrilador implantável. Alguns autores chegam a chamar os desfibriladores de modo de conversão, isto é, converte uma morte súbita abortada, em uma morte lenta por insuficiência cardíaca. A cardiomioplastia consiste em reforçar o músculo cardíaco no tratamento das cardiomiopatias dilatadas. Apesar de ser indicada em pacientes com cardiomiopatias severas, depende de um período de adaptação do enxerto muscular de dois a três meses. Seu objetivo básico é a melhora do quadro de insuficiência cardíaca congestiva 6. Os artigos selecionados respaldam o propósito deste trabalho. Isso porque dispõem de estudos atualizados, perpassando, assim, pelos vieses terapêuticos viáveis para abordagem cirúrgica do paciente com quadro de ICC. Segundo os autores1, 3, 5 a presença de determinados sinais e sintomas, caracteriza a síndrome clínica de ICC. Para os autores³ o transplante cardíaco é a terapia de eleição para ICC. IC vem se tornando um dos maiores problemas de saúde pública, de acordo com os autores4. O prognóstico do paciente com ICC precisa ser estratificado, a fim de melhor compreensão sobre o risco operatório. Esse estudo realizado3 aponta para a relação entre risco operatório de determinado indivíduo e o resultado cirúrgico, o que dimensiona a importância em se aprofundar saberes sobre a fisiopatologia do paciente com ICC. Segundo os autores², a ICC corresponde à miocardiopatia dilatada, que gera mudança na geometria da cavidade ventricular esquerda, implicando, assim, em alterações de natureza estrutural e funcional. Já outros autores6 destacam que, após infarto, áreas sadias do coração contribuem para a função global do VE. Nesse contexto, deve- se levar em conta a importância dos marca-passos e implante de prótese, enfatizado por Mario R., Amar e José J.S. como alternativas para controle do DC. Conclusão - O transplante cardíaco é, sem dúvida, a melhor opção cirúrgica para o tratamento da insuficiência cardíaca terminal. Todavia, o reduzido número de doadores impede a extensão desta forma de tratamento a um número maior de pacientes. - As opções terapêuticas cirúrgicas para pacientes com ICC deverão ser aprimoradas no sentido de favorecer uma abordagem terapêutica mais segura para os pacientes, bem como priorizar uma melhora na qualidade de suas vidas. Referências 2 Buffolo E; Paula I.A; Palma H;Branco J.R.; Nova Abordagem Cirúrgica para o Tratamento de Pacientes em Insuficiência Cardíaca Refratária com Miocardiopatia Dilatada e Insuficiência Mitral Secundária. Arq Bras Cardiol, volume 74 (nº 2), 129-134, 2000 3 Cadore M.P.; Guaragna J.C.V.; Anacker J.F.A;Albuquerque L.C.; Bodanese L.C;PiccoliJ.C.E;PetracoJ.B.;Goldani M.B.miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc vol.25 no.4 São José do Rio Preto Oct./Dec. 2010. 4 Gaui E.N., Klein C.H., Oliveira G.M.M et all. Mortalidade por Insuficiência Cardíaca: Análise Ampliada e Tendência Temporal em Três Estados do Brasil. Arq Bras. Cardiol. Vol.94 São Paulo Jan 2010. 5 Barretto A.C.,Nobre M.R., Wajngarten M.,Canesin M.F.,Ballas D.,SerroAzul J.B.Insuficiência Cardíaca em Grande Hospital Terciário de São Paulo. Arq Bras Cardiol, volume 71 (nº 1), 15-20, 1998. 6 Mario R., Amar e José J.S.Alternativas cirúrgicas para o tratamento da ICC. Revista Brasileira de Cardiologiav15 129 V JORNADA SEVERINO SOMBRA 1 Villacorta H., Duarte A., Duarte N.M., Carrano A., Mesquita E.T. at all. Valor do Peptídeo Natriurético do Tipo B no Diagnóstico de Insuficiência Cardíaca Congestiva em Pacientes Atendidos com Dispnéia na Unidade de Emergência. Arq Bras Cardiol, volume 79 (nº 6), 564-8, 2002 Prevalência do tabagismo entre os estudantes de medicina da Universidade Severino Sombra Nathalye Emanuelle Souza³, Lyssa Caroline Monteiro Máximo Cartier¹, Mariana Gonçalves Garcia Rosa¹, Cintia Dos Santos Lourenço¹, Pedro Marcos Magalhães Delgado¹, Fernando De Almeida Werneck² Resumo O tabagismo é a principal causa evitável de morbidade e morte prematura. No Brasil, estima-se que ocorram 200 mil óbitos anuais relacionados ao tabaco. A educação médica é uma importante ferramenta no controle e prevenção do tabagismo. O início da vida universitária pode fazer-se em período de difícil adaptação, constituindo-se vulnerável ao início e à manutenção do uso de tabaco. Para tal, diversos estudos sugerem a criação de medidas antitabágicas, de modo que sejam direcionadas prioritariamente a essa população. Objetivo: Quantificar a prevalência de tabagistas e as atitudes relacionadas ao tabagismo entre Estudantes de Medicina da Universidade Severino Sombra (USS), em Vassouras--RJ. Metodologia: O estudo transversal, realizado com 191 acadêmicos das turmas do 5.º, 6.º e 7.º períodos letivos de Medicina da Universidade Severino Sombra (USS) do segundo semestre do ano de 2013. Questionários foram aplicados, após explanação da pesquisa, conteve perguntas sobre aspectos biológicos e demográficos, residência atual, tabagismo entre os pais, tabagismo passivo e definição de tabagismo. Resultados: 86 (45,02%) eram fumantes, fumantes casuais ou ex-fumantes, 8 (9,30%) ambos os pais eram tabagistas, 58 (67,44%) começaram a fumar por curiosidade, 45 (52,32%) tinham 16 a 18 anos quando experimentaram cigarro, 40 (46,51%) tinha por definição: tabagismo como doença, necessitando tratamento. Conclusão: a maioria dos universitários cria que o tabagismo é doença, ambos os pais eram fumantes e iniciaram o vício de 16 a 18 anos, idade esta que entraram na faculdade. Introdução em questão, visando entender se o hábito de fumar fora obtido por influências tais como: família, mídia, ou, se esse hábito era adquirido no período preparatório, durante os estudos de graduação. O tabagismo é a principal causa evitável de morbidade e morte prematura. No Brasil, estima-se que ocorram 200 mil óbitos anuais relacionados ao tabaco. A educação médica e de outros profissionais da saúde é uma importante ferramenta no controle e prevenção do tabagismo, mas tem sido subutilizada na maioria dos países, inclusive no Brasil. Há uma tendência mundial ao aumento da incidência do uso de cigarros entre a população de adolescentes e adultos jovens, principalmente entre os estudantes universitários. Estes são considerados de acentuada suscetibilidade ao envolvimento com o tabaco. A investigação em questão adquire relevância para a avaliação real do uso de tabaco em um grupo populacional jovem, formador de opinião, possibilitando o fornecimento de subsídios para futuras ações preventivas nessa população. A suposição de que profissionais da área de saúde conhecem melhor os males e consequências do fumo para a saúde e, por isso, teriam valor instrumental em campanhas para controle desse hábito; a observação sobre o aumento da prevalência de tabagismo entre as mulheres e que estas constituem a grande maioria da população da área da saúde em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil; juntos, despertaram a motivação para o estudo Objetivo Quantificar a prevalência de tabagistas e as atitudes relacionadas ao tabagismo entre estudantes de Medicina da Universidade Severino Sombra (USS), em Vassouras-RJ. Materiais e Métodos Foi realizado estudo observacional transversal em população de acadêmicos da Universidade Severino Sombra (USS) em Vassouras-RJ, no ano de 2013. A pesquisa abordou universitários do 5.º ao 7.º períodos do curso de Medicina. Para a coleta de dados foi utilizado questionário autoaplicável, desenvolvido para a pesquisa, contendo perguntas relativas ao perfil social dos universitários envolvendo a idade que experimentaram o primeiro cigarro, fatores que influenciaram a fumar, se os pais são tabagistas, necessidade de fumar junto com consumo de bebidas alcoólicas, atitude perante 1. Acadêmicos da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina. 2. Professor da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina. 3. Acadêmico da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina, Bolsista PIBIC/USS-FUSVE. 130 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Tabagismo. Estudante. Rendimento acadêmico. Nicotina. Estudantes de Ciências da Saúde. Estilo de Vida. fumante passivo, definição de tabagismo, se já houve tentativas para abandonar o vício, quantidade de cigarros fumados por dia, reação dos familiares perante o vício. Os questionários foram aplicados pelos pesquisadores nas salas de aula, após breve explicação da pesquisa e mediante assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), sem identificação pessoal. Entre todos os estudantes de medicina dos 5.º, 6.º 7.º períodos foram convidados a participar voluntariamente; entre eles, 191 concordaram em participar efetivamente do trabalho. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, da Universidade Severino Sombra (USS). (4,65%) estão em processo de aceitação, 29 (33,72%) não aceitaram, 4 (4,65%) não sabem e 42 (48,83%) a pergunta não se aplica. Conclusão •Muitos estudantes iniciam o vício no começo da universidade, dado a dificuldade de adaptação e ausência da família; •Os estudantes não veem o tabagismo como vício, ainda que estudem na área da saúde; •Medidas anti-tabágicas focadas nos universitários devem ser revistas e melhor planejadas. Resultados Referências Entre os 191 universitários avaliados, 86 (45,02%) eram fumantes, englobando fumantes, fumantes casuais ou ex-fumantes. 5 (5,81%) são fumantes, 16 (18,60%) são fumantes casuais e 54 (62,79%) são exfumantes. Desses 86 universitários, 16 (18,60%) tem pai tabagista, 8 (9,30%) a mãe era tabagista e 8 (9,30%) ambos os pais eram tabagistas. Em relação aos fatores que influenciaram ao vício, 58 (67,44%) começaram a fumar por curiosidade, 20 (23,25%) por influência de amigos, 3 (3,48%) por influência de familiares, 4 (4,65%) por ansiedade e/ou depressão e 1 (1,16%) a pergunta não se aplica. A idade em que os universitários pesquisados provaram o primeiro cigarro, 30 (34,88%) experimentaram com 15 anos ou menos, 45 (52,32%) tinham 16 a 18 anos, 11 (12,79%) de 19 a 21 anos e 0 (0%) com 22 anos ou mais. Sobre a necessidade de fumar, junto com o consumo de bebida alcoólica, 9 (10,46%) sente sempre necessidade, 9 (10,46%) sentem ,às vezes, independente de estar perto de algum fumante, 14 (16,27%) sentem, às vezes, mas somente quando acompanhado por fumante e 53 (61,62%) não sentem necessidade. Sobre a definição do tabagismo, 40 (46,51%) tinham por definição: tabagismo como doença, necessitando tratamento como toda doença, 28 (32,55%) definem como uma escolha individual, 6 (6,97%) como um processo social e 12 (13,95%) nunca pensaram sobre uma definição para o tabagismo. Sobre o abandono do vício, 6 (6,97%) tentaram abandonar o vício sem sucesso, 36 (41,86%) abandonaram o fumo, 10 (11,62%) estão tentando abandonar o vício, 16 (18,60%) não estão tentando abandonar o vício e 18 (20,93%) já abandonaram. Em relação à quantidade de cigarros fumados diariamente, 22 (25,58%) fumam 10 cigarros ou menos, 6 (6,97%) de 10 a 20 cigarros, 0 (0%) de 20 a 30 cigarros, 0 (0%) 40 ou mais e 4 (4,65%) fumam nenhum. De acordo com os universitários, a reação da família assim que começaram a fumar foi, 1 (1,16%) indiferente, considerando um hábito normal, 6 (6,97%) ficaram temerosos, mas acabaram aceitando, 4 ALMEIDA, A., BERALDO, C. L., MAGALHÃES E. F., LIMA J. P. R., GUIMARÃES M. L., RISSO W. Tabagismo e sua relação com dados sociais uso de álcool, café e prática de esportes, em estudantes da Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS), Pouso Alegre, MG – Brasil.Rev Med Minas Gerais 2011; 21(2): 168-173 MANGUS RS; Hawkins CE, Miller MJ. Tobacco and alcohol use among 1996 medical school graduates. JAMA. 1998;280(13):1192-1195. WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of health professionals in tobacco control. Geneva: WHO; 2005. 131 V JORNADA SEVERINO SOMBRA SMITH DR; LEGGAT PA. An international review of tobacco smoking among medical students. J Postgrad Med.2007.;53(1):55-62 Qualidade de vida e os sofredores de migrânea: Uma revisão de literatura Thiago Zannon Soares Nogueira¹, Nathalye Emanuelle Souza³, Mariana Leão Calumby¹, Elisangela Oliveira Afonso¹, Ana Beatriz Calmon² Resumo A Migrânea é um dos tipos de cefaleia primária, cuja etiologia é multifatorial, acometendo cerca de 15% da população mundial. Predomina mais nas mulheres do que nos homens, e causa grande impacto na qualidade de vida. São quatro as fases da migrânea: prodrômica, aura, cefaleia propriamente dita e recuperação. Nesse trabalho, os autores buscam correlacionar o efeito da migrânea sobre a qualidade de vida, através de revisão da literatura atual. Um tratamento correto, contínuo e de baixo custo, ou seja, acessíveis, são sinônimos de qualidade de vida, não apenas no mercado de trabalho, mas também no ambiente doméstico, diminuindo o estresse, ansiedade e depressão ocasionados pela Migrânea. Palavras-Chave: Cefaleia. Migrânea. Qualidade de vida. Neurologia. Introdução qualidade de vida, através de revisão da literatura atual. A Cefaleia é uma condição prevalente, incapacitante, muitas vezes sem diagnóstico e tratamento adequados. Ela afeta mais as mulheres e tem maior frequência nos anos de maior produtividade. No Brasil, as cefaleias são responsáveis por cerca de 9% das consultas em atenção primária. Estima-se que apenas 56% dos pacientes com Migrânea procuram atendimento de médico generalista e, destes, 4% e 16%, respectivamente, consultam com especialistas em cefaleias, sendo mais comum as mulheres buscarem assistência médica por esse motivo (Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, 2009). Revisão bibliográfica através do banco de dados Eletrônico, utilizando os termos: cefaleia, enxaqueca ou Migrânea, dor crônica, infância, qualidade de vida, no período de 2000 a 2014, excluindo artigos sobre cefaleias secundárias. Foram selecionados artigos científicos que relataram estudos sobre as cefaleias primárias. Síntese dos dados: foram encontrados 15 artigos científicos, sendo selecionados aqueles que relataram estudos do tipo relato de caso e revisão de literatura. Objetivo Revisão Bibliográfica Correlacionar o efeito da Migrânea sobre a Autor e ano Martins LN et al.², 2012 Zukerman E,et al.4, 2004 Gherpelli JLD6, 2002 Objetivos do estudo Relatar um caso de migrânea com aura, comparando-o à literatura atual. Estuda a qualidade de vida em populações portadoras de enxaqueca e cefaleia crônica diária. Tipo de estudo Métodos Relato de caso Estudo uma paciente do Hospital Universitário Sul Fluminense (RJ), com diagnóstico de migrânea com aura, Revisão BiRevisão de literatura, o uso bliográfica difundido de diversos instrumentos específicos para medir o impacto a curto e longo prazo da qualidade de vida nos enxaquecosos. Revisão bibliográfica Revisão de Revisão bibliográfica, no sobre o tema trataLiteratura período de 1966 a 2001, mento da cefaléia na excluindo artigos de revisão e infância e adolesregistros de casos. cência 1. Acadêmicos da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina. 2. Professora da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina. 3. Acadêmico da Universidade Severino Sombra, Curso de Medicina, Bolsista PIBIC/USS-FUSVE. 132 Conclusões A crise migranosa provoca um impacto significativo na economia e no bem-estar social de inúmeras pessoas. Sugere espaço para intervenções, de modo a reduzir custos para governos ou indivíduos, além de permitir uma melhor qualidade de vida. Poucos estudos controlados sobre o tema na faixa etária pediátrica. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Materiais e Métodos Resultados A Migrânea sem aura é frequente em, aproximadamente, 90% dos pacientes. Estudos revelam que a Migrânea ocorre três vezes mais em mulheres do que homens (Stewart,1995). A incidência aumentada de Migrânea em parentes próximos, como pais, irmãos, avós e tios, tem correlação com 50 a 90% dos casos (Topczewski, 2002). Nos Estados Unidos da América, uma corporação bancária com 92.637 empregados encontrou prevalência de enxaqueca similar as estatísticas da população geral em 7,7% dos homens e 19,6% das mulheres. Por meio desse estudo, estima-se custos de 21,5 a 24,4 milhões de dólares em relação à cefaleia tipo migranosa (Zukerman, 2004), demonstrando assim os prejuízos econômicos da Migrânea. Os indivíduos acometidos com Migrânea tem maior incidência de dores no corpo e limitação física, levando a diminuição mais significante que a osteoartrite, diabetes ou Hipertensão arterial sistêmica (Bigal, 2000). Conclusões V JORNADA SEVERINO SOMBRA •Aumento da incidência de Migrânea em todo o mundo; •Aumento nos gastos públicos na área da saúde e no comércio em geral; •Aumento de crianças e adolescentes migranosas, •Pacientes migranosos são constantemente prejudicados em sua qualidade de vida; •Pacientes migranosos são mais propensos a Depressão, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes entre outras doenças. Referências Adams A.C.; Neurologia para o Clínico – Diagnóstico e Tratamento, 1º edição; Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter Ltda, 2004. Martins L.N, Oliveira O.W.B, Pereira A.B.C.N.G, et al; Migrânea com Aura, Qualidade de Vida e Tratamento: um relato de caso, Rev. de Saúde, Vassouras, v. 1, n. 1, p. 15-24, jan./mar., 2010. Cefaleias em Adultos na Atenção Primária à Saúde: Diagnóstico e Tratamento; Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Associação Brasileira de Medicina Física e Reabilitação Academia Brasileira de Neurologia, 2009. Zukerman E, Guendler V.E, Mercante J.P,et al; Cefaleia e qualidade de vida, Einstein; 2 (Supl 1): 73-75, 2004. Kreling M.C.G.D, Cruz D.A.L.M, Pimenta C.A.M; Prevalência de dor crônica em adultos, Rev Bras Enferm; 59(4): 509-13, jul-ago 2006. 133 Promoção da inclusão social por meio do projeto “O universitário transformador na comunidade: Pequenas ações, grandes inovações!” Thiago César de Pádua¹, Daniella Nogueira Silva Melo¹, Maria Cristina Almeida de Souza², Sebastião Jorge da Cunha Gonçalves², Elisa Maria Amorim da Costa², Marcos Antônio Mendonça² Resumo Um projeto de extensão universitária deve, idealmente, promover a inclusão social de forma a contribuir com a qualidade de vida da comunidade onde é desenvolvido. Por meio do Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, alunos e professores da Universidade Severino Sombra (USS) realizam atividades de promoção da saúde, prevenção a doenças e reabilitação dos moradores dos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ. Além da oferta de assistência em saúde e do aprimoramento de habilidades motoras e competências cognitivas pelos alunos no cuidado em saúde dos moradores, o projeto viabiliza oficinas de qualificação para que os membros da comunidade se capacitem para o desenvolvimento de atividade geradora de renda, que somada aos rendimentos mensais pode auxiliar na economia doméstica. Com este intuito são contempladas oficinas de capacitação em ervas medicinais e culinária. O objetivo deste trabalho é descrever as ações realizadas na comunidade, destacando a parceria universidade-comunidade. Introdução Reflete-se sobre a importância da inserção da universidade, por meio de práticas sociais e de comunicação envolvendo a sociedade, na agenda da inclusão social. Faz-se um relato de experiência advinda com o Projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, nos bairros Ipiranga e Itakamosi, em Vassouras-RJ, que promove além de ações de atenção à saúde, atividades contribuidoras para a inclusão social dos moradores, que têm sido beneficiados pelo resgate da cidadania, ao usufruírem da oportunidade de autopromoção, mediante a qualificação profissional e a geração de renda. Ao realizar atividades acadêmicas de caráter interdisciplinar e possibilitar a integração de diversas áreas do conhecimento, as ações extensionistas contribuem para uma nova forma de fazer ciência, de maneira integrada, revertendo a tendência de fragmentação do estudo da realidade observada na comunidade. Idealmente, além de contribuir para o processo ensinoaprendizagem discente, a realização de um projeto de extensão universitária deve contribuir para a inclusão social dos membros da comunidade, por meio de ações que, ao os empoderarem e qualificarem, contribuem para melhoria de sua situação econômica, para a aquisição de hábitos saudáveis e, consequentemente, para sua qualidade de vida. O objetivo deste trabalho é descrever as ações realizadas na comunidade, destacando a parceria universidade-comunidade. Conclusões O projeto “O Universitário Transformador: pequenas ações, grandes inovações!” contribuiu para a promoção da saúde dos moradores da localidade onde é desenvolvido, por meio da ação coordenada de docentes e discentes da USS, ao mesmo tempo em que, contribui para a diversificação na geração de renda destes moradores na medida em que os qualifica para atividades como culinária e produção de ervas e chás medicinais. Material e Métodos Estudo descritivo baseado no relato da experiência advinda com o projeto “O Universitário Transformador na comunidade: pequenas ações, grandes inovações!”, que conta com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro – Faperj. Referências Resultados e Discussão FAGUNDES, J. Universidade e compromisso social: extensão, limites e perspectivas. Campinas: Unicamp, 1986. 1. Curso de Medicina da USS – Discente – Bolsista de Iniciação Científica CNPq. 2. Curso de Medicina da USS – Docente. 134 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Projetos. Extensão universitária. Ações transformadoras. Responsabilidade social. FOSSÁ, M.I.T.; MOTA, M.S.; CARVALHO, L.; MILANO, P. Responsabilidade social: reflexão sobre extensão universitária, inclusão social, geração de trabalho e renda – A experiência do PISC em Santa MariaRS. Mediação, v. 9, n. 9, jul./dez. de 2009. ROCHA, L. A. C. Projetos Interdisciplinares de Extensão Universitária: ações transformadoras. Universidade Braz Cubas, Mogi das Cruzes – SP, 2007. 84 f. (Dissertação Mestrado). PAIM, J.S.; ALMEIDA-FILHO, N. Saúde coletiva. Teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook, 2014. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Agência de Fomento: Faperj. Edital EXTPESQ (E_16/2014) 135 ÁREA DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E SOCIAIS Reflexões e apontamentos sobre o programa dinheiro direto na escola - PDDE no município de Engenheiro Paulo de Frontin- Rio de Janeiro José Paulo da Silva e Souza Júnior¹, Paulo Cesar Pereira² Resumo Na história brasileira, constata-se uma sensível demora para que a educação se tornasse atividade fim do estado e alvo de financiamento fixo e continuado. Hoje, é tida como referência para o desenvolvimento da nação e alvo de inúmeras políticas públicas, entre as quais o Programa Dinheiro Direto na Escola. O programa consiste no repasse de recursos, de forma direta, entre o executivo federal e as escolas públicas e privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, na busca por agilizar o atendimento às principais necessidades dos estabelecimentos de ensino. O estudo aqui desenvolvido tem o intuito de demonstrar a realidade encontrada em Engenheiro Paulo de Frontin-RJ e a forma de emprego dos recursos advindos do governo federal e o retorno obtido. Introdução 2001/2010 e com uma infinidade de metas e ampliação do percentual para o financiamento da educação para 7% do PIB, Meta 1 do item 11.3., subitem 1, do título V – Financiamento e Gestão, sendo tal item, vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Sem o financiamento proposto, os cerca de 30 objetivos e metas do Plano perderam em parte seu sentido e acabaram abandonadas pelo governo Lula, que em 2007 apresentou o Plano de Desenvolvimento da Educação. O Plano de Desenvolvimento da Educação, apresentado em 24 de abril de 2007, tem por objetivo a “articulação para a oferta educacional de maneira integrada e colaborativa” (PDE – sítio do MEC), entre os entes federados. Conforme expõe Saviani (2007), “o Plano se mostra bem mais ambicioso, agregando 30 ações que incidem sobre os mais variados aspectos da educação em seus diversos níveis e modalidades”. Aliado ao Decreto n.º 6.094/2007, o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, o PNE agrega ainda outras 29 ações do MEC, com o sentido de promoção da melhoria da educação oferecida no país. Tendo início em 2008, o desenvolvimento e elaboração do novo PNE, através do Ministério da Educação - MEC, com a confecção do Documento Referência CONAE 2010: Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação, sendo este o referencial para as discussões nas Conferências Municipais, Estaduais e do Distrito Federal, e a partir do já exposto pelo MEC, seriam elaboradas as modificações e ouvidas as propostas consideradas necessárias entre A regulamentação legal para a política educacional desenvolvida em terras brasileiras encontra amparo legal na Constituição Federal de 1988, juntamente à Lei 9394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996). A Emenda Constitucional 14/1996 alterou o caput do artigo 211 da CF, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/1996) em seus artigos de 8.° a 20.º explicitaram o princípio do regime de colaboração, dizendo que a União será responsável pelo sistema federal de ensino e exercerá a função redistributiva e supletiva, garantindo oportunidades equitativas para os diferentes Estados, Distrito Federal e Municípios. Já a LDB/1996 em seu artigo 8.º diz que “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino”. Com o intuito de garantir a melhor distribuição de recursos, dado o maior poder de arrecadação da União, foi criado ainda pela Emenda Constitucional 14, o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), que consistia na mudança da estrutura de financiamento do Ensino Fundamental no País (1.ª a 8.ª séries do antigo 1.º grau), ao subvincular a esse nível de ensino uma parcela dos recursos constitucionalmente destinados à educação. O Plano Nacional de Educação, Lei 10.172/2001, foi elaborado e aprovado para o exercício do decênio 1. Graduando em Tecnologia em Gestão Pública, Univ. Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Mestre em Ciências Ambientais pela Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 137 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Educação. PDDE. Políticas públicas. os entes federados. Conforme (MOREIRA, 2012, pág. 3), os recursos são transferidos na modalidade de assistência financeira automática, não dependendo, da celebração de convênio ou instrumento congênere, sendo calculado de acordo com o número de alunos extraídos do Censo Escolar do ano anterior ao do repasse e de forma integral o crescimento das transferências automáticas corresponde a maior democratização na assistência financeira a estados, municípios e Distrito Federal, na medida em que, realizadas segundo critérios fundamentados nas prioridades dos sistemas de ensino, reduzem a assistência financeira por critérios político-partidários, o que, de modo geral, acontece nas transferências voluntárias. De acordo com a resolução que criou o PDDE, seus recursos podem ser utilizados para custeio e capital. A definição constante, segundo o próprio FNDE em seu domínio eletrônico, configura custeio como recurso para execução da manutenção da estrutura física, como pintura e pequenos consertos, enquanto capital é tudo aquilo que se torna patrimônio como móveis, eletrônicos e elementos congêneres. Ainda segundo o FNDE (Manual de Orientações Básicas do PDDE, 2003), a verba recebida pode ser utilizada de diversas formas sendo as mais comuns à aquisição de material permanente; manutenção, conservação e pequenos reparos da unidade escolar; aquisição de material de consumo necessário ao funcionamento da escola; avaliação de aprendizagem; implementação de projeto pedagógico, desenvolvimento de atividades educacionais despesas cartorárias para alterações estatutárias desde que esta última sejam cobertas por recursos enquadrados na categoria custeio. desta Associação podemos dizer que o saldo financeiro é ferramenta de grande importância para a realização de manutenção e melhoria na Unidade de Ensino dada a proximidade que o responsável financeiro tem com a rotina administrativa do Colégio Municipal. A instabilidade política e a variabilidade no cargo diretivo prejudicaram o andamento das atividades da instituição, em especial, aqueles referentes à Unidade Executora. Devemos levar em conta ainda que no período não constam registros de capacitações dos executantes das receitas e a gestão dos recursos financeiros sendo o esclarecimento de dúvidas e a solução de problemas repassados em sua integralidade a Secretaria Municipal de Educação. Fundamental para o desenvolvimento social, coube à sociedade demonstrar a importância da educação, trazendo-a ao foco de políticas públicas e financiamento governamental até a garantia constitucional de direito essencial à sociedade e atividade fim do poder estatal. Através dessas garantias foram desenvolvidas estratégias e verificada a necessidade da atuação conjunta entre estado e sociedade para o desenvolvimento pleno da atividade educacional. Nesse contexto após o desenvolvimento das devidas políticas públicas e o entendimento de que a educação precisa ser compreendida e desenvolvida próxima a quem usufrui dos serviços surge o conceito do Programa Dinheiro Direto na Escola, onde à comunidade passa a ter voz ativa nas instituições e os agentes governamentais executantes da atividade fim conseguem visualizar com maior clareza os problemas enfrentados no propósito de facilitar a resolução de tais dificuldades num processo de troca junto à comunidade envolvida. O caso aqui analisado demonstra como as políticas públicas ainda necessitam de melhoramento e como o vanguardismo e paternalismo governamental em muito ainda prejudicam o desenvolvimento de um serviço efetivo e de qualidade. Verifica-se que os métodos e processos utilizados e o modelo burocrático com seus regimentos e estatutos arcaicos salvaguardam o direito de exercício quase que pleno dos desejos do poder estatal deixando de lado uma efetiva participação social e causam uma instabilidade comprometedora no andamento das atividades relativas à Unidade Executora. Relembrando ainda as questões econômicas e culturais do local estudado, podemos verificar que as despesas realizadas e os materiais adquiridos cumprem-se, em grande parte do aporte realizado, a suprir carências promovidas pelo próprio poder público deixando de lado a questão da melhoria passando para a de necessidade de utilização de recursos com materiais Material e Métodos Trata-se de pesquisa exploratória, com estudo de caso e revisão bibliográfica. Realizado no Colégio Municipal Joaquim Mendes – Engenheiro Paulo de Frontin – RJ, o projeto tem o intuito de analisar os principais gastos realizados com recursos oriundos do Programa Dinheiro Direto na Escola. Mediante análises de prestações de conta, e levando-se em consideração o período de 2009-2012, a proposta é a de se entender os referidos gastos como ferramenta de gestão escolar e desenvolvimento do ensino. Justifica-se a exclusão dos anos de 2013 e 2014 em virtude da baixa ou não execução dos recursos advindos do programa. Resultados e Discussão Por se tratar de recurso disponível diretamente para a escola, e como prevê o estatuto da Unidade Executora do Diretor Geral ser também o presidente 138 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusões que poderiam ou deveriam ser adquiridos pelo ente estatal embora esta não seja uma questão de ilegalidade visto que o Programa Dinheiro Direto na Escola preveja estas formas de utilização dos recursos e as realidades encontradas tenham peso para a utilização dos recursos disponibilizado pelo executivo federal. Vislumbra-se que a adequação da legislação faz-se necessária e evitaria distorções na execução dos recursos provenientes do PDDE, cabendo ainda o fomento a participação social evitando desta forma qualquer forma de acomodação do poder público promovendo assim a transparência de ações, a integração da sociedade no desenvolvimento de ações efetivas e resultados concretos na promoção de índices educacionais que atendam a expectativa e os desejos da sociedade. 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Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2012, vol.20, n.75, pp. 303-324. ISSN 0104-4036. SIMIELLI, Lara Elena Ramos. Coalizões em educação no Brasil: relação com o governo e influência sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Rev. Adm. Pública [online]. 2013, vol.47, n.3, pp. 567-586. ISSN 0034-7612. 139 Políticas públicas em segurança pública Marcos Paulo Ventura¹, Paulo Cesar Pereira² Resumo A descrição de um processo sucessivo, na tentativa de formular e implantar políticas de segurança pública por meio de elaboração de planos buscou compreender seus principais movimentos através de seus avanços e recuos, pressões e reações, indução e negociações que marcaram a experiência evolutiva e histórica dos diversos atores relevantes na área de segurança pública, em âmbito nacional. As avaliações e os preparos referentes às aplicações dessas políticas específicas, assim como a performance da sociedade equiparadas à postura dos profissionais da área, não têm sido apenas uma dificuldade brasileira, e sim, por boa parte do mundo onde gestores e especialistas confrontam-se aos desafios pelas reduções de índices criminais, demarcados por seus indicadores demonstrativos em uma ação dada como virtuosa, propiciando sempre um problema crônico. No ano de 2003, com a criação do PRONASCI, a esperança pela melhoria na área da segurança tornou-se mais próxima da realidade, devido à participação integrada dos entes federados, bem como o conluio das esferas jurídicas, que passaram a atuar de maneira uniforme, preparando suas forças através de planos de ação direcionados, adequando-as às necessidades regionais de acordo a suas taxas e índices criminais, aproximando a sociedade de forma participativa e colaboradora nas questões resultantes. Avaliando os resultados pelas diferentes formas de aplicações dessas políticas entre os estados do Rio de janeiro, Pará, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia, o presente artigo busca uma forma compreensiva, baseando-se nas necessidades e resultados produtores de variados reflexos positivos ou não, deixando transparente a esperança pela eficiência e eficácia do plano nacional de segurança pública aos estados Brasileiros. Introdução por suas competências, vinculadas aos compromissos da sociedade e dos profissionais de segurança em suas atividades fins, possibilitando a criação e implantação de um plano nacional unificado (PRONASCI), harmonizando as três esferas governamentais (Federal, Estadual e Municipal) e aproximando a comunidade ao poder público em prol de um mesmo objetivo. Baseado em reflexos e resultados oriundos das políticas de segurança antecedentes às atuais, o artigo buscará transparecer as mudanças e melhorias a partir da aplicação efetiva das intervenções inovadoras, comparando índices que demonstrem sua importância e eficácia e como esta se encontra sendo aplicadas além das diferentes formas de condução das políticas de segurança nos estados brasileiros e quais os índices resultantes relativos à sua eficiência através das diferenças étnicas, culturais e sociais buscando uma referência comparativa entre as regiões geográficas do Estado brasileiro nos indicadores fornecidos pelas secretarias de segurança estaduais, identificando a progressão, eficácia e eficiência durante o período de sua aplicação. A Constituição de 1988 trouxe algumas mudanças para a sociedade, contudo mantém algumas questões da Constituição anterior em relação à segurança pública. Um exemplo é a atuação de um dos órgãos responsáveis pela segurança pública, Polícia Militar, em defesa do estado, como aparelho controlador de uma maioria excluída, seguindo assim uma ideologia de controle No Brasil, uma sociedade em que se exerce democracia plena, a segurança pública garante a proteção dos direitos individuais, assegurando o exercício da cidadania. Neste sentido, a referida segurança não se contrapõe à liberdade e é condição para o seu exercício, fazendo parte de uma das inúmeras e complexas vias por onde trafega a qualidade de vida dos cidadãos. As forças de segurança buscam se aprimorar a cada dia e atingir níveis satisfatórios de qualidade que atendam à expectativa social, imbuídos pelo respeito e à defesa dos direitos fundamentais do cidadão e, sob esta óptica, compete ao Estado garantir a segurança de pessoas e bens na totalidade do território brasileiro, a defesa dos interesses nacionais, o respeito pelas leis e a manutenção da paz e ordem pública. O crescimento progressivo populacional e das demandas variadas entre os estados e a incidência da criminalidade fizeram com que as Políticas Públicas de Segurança se adequassem às necessidades em suas jurisdições de forma interventora, aplicando ações inovadoras, repressivas e pacificadoras, formuladas através de um plano estratégico, fundamentado em índices declarados por indicadores estatísticos. Seus resultados refletiram em diferentes formas, bem como a aplicabilidade em suas ações, sendo eles favoráveis ou não, comparados entre os estados brasileiros 1. Graduando em Tecnologia em Gestão Pública, Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 140 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Políticas Públicas de Segurança. PRONASCI. Resultados. social. Desde 2003, a política de segurança pública em âmbito nacional vem avançando muito através de diversas reformulações. Inicialmente, os esforços se concentraram na implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Segundo (Miki, 2011, apud Cruz, 2013, pag. 6) a experiência das políticas públicas da área da saúde serve de exemplo para a segurança, que passa a integrar as ações federais, estaduais e municipais, preservando a autonomia federativa assegurada na Constituição Federal e atribuindo coerência sistêmica às políticas da área. O governo federal deu início, em 2007, ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). O programa reconhece a violência como um fenômeno decorrente de múltiplos fatores, que requer respostas do estado intersetoriais e transdisciplinares. Nesse sentido, as políticas de segurança focalizam as raízes da violência e da criminalidade e estão articuladas permanentemente com as demais áreas, como educação, saúde e cultura. A violência e a criminalidade precisam ser compreendidas de forma ampla, permitindo que se percebam suas soluções como um conjunto de ações diversificadas, sejam elas preventivas ou repressivas qualificadas, que devem ser levadas a cabo não apenas pelas forças policiais, mas também pelos demais órgãos públicos, de forma planejada, coordenada e integrada. União, estados e municípios devem somar os esforços e atuar de forma sistêmica. A participação da sociedade e dos trabalhadores da área deve ser priorizada e assegurada em todas as esferas governamentais. Por fim, é necessário e urgente que a vigente cultura de violência seja imediatamente substituída por uma cultura de paz, cidadania e democracia participativa. (MIKI, 2011, ano 4, n.º 14). na região sudeste, o Pará, na região Norte, o estado da Bahia, como representante do Nordeste, o estado de Goiás, pelo Centro-Oeste e o Rio Grande do Sul, pela região Sul. De acordo com os indicadores analisados, dentre os delitos selecionados como Roubo, homicídio e Latrocínio e comparados nos anos de 2011, 2012, 2013, 2014, fora observado que entre as cinco escalas federadas, o Roubo prevaleceu em 1.° lugar como maior incidente, variando com maior queda no estado do Pará em - 13,13 %. O homicídio veio em segundo plano pela sua maior incidência, projetando maior queda em Goiás com – 82 % e o Latrocínio apareceu em terceiro lugar pela sua alta, mesmo assim com queda registrada também em Goiás com - 73,0%. Evidencia-se que a adoção de uma administração pública gerencial e democrática faz-se necessária e culmina com a participação popular, através de denúncias e informações ligadas ao crime de sua região de moradia, facilitou as forças de segurança a um maior monitoramento e precisão nas construções de ideias e respectivos planos de ação. Conclusões Os investimentos na área de inteligência vinculada à tecnologia, o preparo da mão de obra especializada (Policiais) e a implementação de logística adequada às realidades financeira, econômicas e sociais de cada Estado, fazendo com que seus planejamentos e estratégias tornem-se mais eficazes, propiciando opiniões que parcialmente deixaram de ser opositivas para favoráveis, proporcionando entregas proveitosas e confortáveis ao meio social. Para que as inovações nesta área atinjam um patamar satisfatório de qualidade, observa-se a carência na adequação das leis, a necessidade da criação de legislação específica para situações de conflito, a transparência que proporcione o entendimento social, participativo e crítico quanto à ação das forças de segurança que alavanque a integração de um governo democrático, neste processo de interação para que possam proporcionar resultados concretos com ênfase aos dispositivos culturais, da saúde e educação que estão diretamente ligados as questões da Segurança Pública almejada por todos como um meio de se instalar a paz e harmonia entre os cidadãos. Material e Métodos O trabalho se baseia na revisão bibliográfica e legal e no estudo das informações disponíveis em sites governamentais públicos relacionados à segurança pública. Foram selecionados cinco estados da federação, sendo um de cada região, e comparado a política pública voltada a segurança em cada um deles. Tentou-se evidenciar o alcance das políticas de segurança, nas informações colhidas dentro de um período determinado (2014 a 2015), e foram investigados os resultados obtidos durante as aplicações e intervenções feitas pela área de segurança pública de cada Estado, em até três tipos de índices criminais mais reincidentes (roubo de automóveis, homicídio e roubo generalizado). Foram selecionados os estados do Rio de Janeiro, Referências BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br Acessado em: 21/07/2014. 141 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Resultados e Discussão BRASIL. Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). Disponível em: <http://www.pronasci.gov.br>. Acessado em: 22/07/2014. MIKI. R. Política de Segurança Pública no Brasil. Revista Interesse nacional. Ano 4 - número 14 Julho-Setembro 2011.Disponível em: http:// interessenacional.com.br. Acessado em: 20/07/2014. V JORNADA SEVERINO SOMBRA CRUZ, G. B. A Historicidade da Segurança pública no Brasil e os desafios da participação popular. Cadernos de Segurança Pública Ano 5, Número 04, Março de 2013. Disponível em: http://www.isp.rj.gov.br. Acessado em 20/07/2014 142 Gestão de resíduos eletrônicos em organizações públicas Mauro Martins¹, Paulo Cesar Pereira² Resumo No Brasil, como em todo o mundo, a questão ambiental se tornou tema preocupante para a humanidade. O desenvolvimento tecnológico ocorrido nas últimas décadas levou a humanidade a uma condição de conhecimento e comunicação como nunca havia experimentado anteriormente. Entretanto, a velocidade e as pressões do mercado, levam ao descarte de grandes quantidades de material impactante ao meio ambiente. Os Resíduos eletroeletrônicos possuem grandes quantidades de metais pesados, que destinados de forma incorreta podem acarretar diversos e graves problemas (Silva, 2007). O objetivo deste estudo é verificar as práticas utilizada pela administração pública local em relação a destinação dos resíduos eletroeletrônicos, elaborando para isso o levantamento dos principais riscos ambientais e danos à saúde pública causados por esses resíduos, os aspectos da legislação ambiental vigente em relação ao tema, e a aplicação da Lei 12305/2010, que obriga a estruturação de sistemas de logística reversa para a cadeia produtiva de produtos eletroeletrônicos. Introdução A Lei 12305/2010 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e estabeleceu as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis (BRASIL, 2010). A citada lei estabelece em seu Artigo 33 que produtos eletroeletrônicos e seus componentes, sejam objeto de sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, devendo os consumidores efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que se referem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objeto de logística reversa (BRASIL, 2010). Como consumidor destes produtos a Administração Pública, que tem por um dos princípios jurídicos a responsabilidade objetiva por seus atos, consagrada no artigo 37, parágrafo 6.° da Constituição Federal (BRASIL,1988) que prevê a responsabilização do Estado, estipula os sujeitos ativos e passivos, além do direito de regresso nos casos previstos, pelo Código Civil, em seu Artigo 43., as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público respondem pelos atos de seus agentes - desde que exercidas em suas funções ou a pretexto de exercê-las e mais recentemente pelo DECRETO N.º 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 , que instituiu a obrigatoriedade da separação e a sua destinação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta (BRASIL, 2006). O objetivo do trabalho é identificar as práticas No Brasil, como em todo o mundo, a questão ambiental se tornou tema preocupante para a humanidade, deixando ser de interesse apenas de ambientalistas ou pessoas vinculadas às questões ecológicas, para ser vista como uma problemática que perpassa toda a sociedade (OLIVEIRA, s/d). O crescimento da população gera um excedente de subprodutos de suas atividades que supera a capacidade de adaptação do meio ambiente, o que pode representar ameaça à biosfera. O potencial de reaproveitamento que os resíduos representam, somado a um fator de interesse mundial que é a preservação ambiental e promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, impulsiona a necessidade de reverter essa situação (ANDRADE, 2002). Na sociedade contemporânea, o consumo elevado, o ritmo acelerado da inovação e a chamada obsolência programada fazem com que os equipamentos eletrônicos se transformem em sucata tecnológica em pouco tempo (SILVA,2007). Resíduos de equipamentos eletrônicos são o grupo de resíduos de mais rápido crescimento em muitos países. Em 2012 ocorreram vendas globais de novos equipamentos incluídos 238.500.000 televisores, 444.400.000 computadores e tablets, e 1,75 bilhão de telefones móveis. Todos estes produtos eletrônicos se tornam obsoletos ou indesejadas, muitas vezes dentro de 1-3 anos após a compra. Este volume enorme de resíduos deverá continuar crescendo 8% ao ano, por tempo indeterminado (GAO, 2012). 1. Graduando em Tecnologia em Gestão Pública, Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 2. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 143 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Resíduos Eletrônicos. Ambiente. Administração Pública. A pesquisa foi realizada através de questionários fechados e autoaplicáveis, diretos com servidores públicos dos poderes Executivo e Legislativo do município de Vassouras, Rio de Janeiro, a fim de obter dados sobre alguns aspectos envolvidos na produção, separação e destinação dos resíduos eletrônicos produzidos nestas organizações. No Brasil, país de dimensões continentais, a realidade de geração e impacto desses resíduos não é conhecida e a Política Nacional de Resíduos Sólidos vem sendo lentamente implantada, quando comparada com a velocidade da expansão tecnológica e a produção e descarte dos resíduos eletrônicos. É necessário que se estabeleça nas organizações públicas um debate a fim de que se possa assumir o cumprimento das legislações que regulem estas destinações, seja como consumidora destes produtos ou como reguladora das práticas danosas ao meio ambiente. Resultados e Discussão Referências A Secretaria de Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SDP/MDIC) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apontam que o Brasil deve gerar aproximadamente 1,100 mil toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (REEE) pequenos em 2014, e que os 150 maiores municípios brasileiros são responsáveis por aproximadamente dois terços de todo o lixo eletroeletrônico que se estima seja descartado no país. Neste volume se encontra uma parcela não dimensionada que é descartada pela administração pública e esta aja como reguladora das ações de gestão ambiental ou como indutora de boas práticas de proteção ao ambiente deve adotar medidas de redução desse impacto. Na pesquisa ficou bem evidenciado que os servidores públicos entrevistados têm percepções bem significativas da observância da obsolescência programada, na forma de descarte residual inadequado ao meio ambiente e a saúde e como responsável no papel de consumidor de eletrônicos e de sua importância dentro deste contexto. Notou-se nestes quesitos que existe uma grande consciência de sustentabilidade e dos grandes debates que este tema leva de positivo aos olhos da sociedade em seus gestos e atitudes. Nas questões relacionadas a práticas ambientais corretas, os servidores municipais demonstraram as suas visões de uma realidade sombria e desgastada. A coleta seletiva não implementada pelo município e de real importância para o descarte correto e leal dos eletroeletrônicos, fulmina com os resultados nada agradáveis com relação ao uso incorreto do aterro sanitário, que sem dúvidas terá seu tempo de uso reduzido e consequentemente com mais gastos ao município, afetando a sociedade que arcará com o custo deste sinistro. ANDRADE, Renata. “Caracterização e Classificação de Placas de Circuito Impresso de Computadores como Resíduos Sólidos”. Tese de Mestrado. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecânica. Universidade Estadual de Campinas, 2002. Material e Métodos BRASIL. DECRETO N.º 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006. Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 out 2006. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 ago 2010. BRASIL. LEI N.º 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan 2002. GAO. United States Government Accountability Office. Electronic Waste. Report to the Ranking Member, Committee on Oversight and Government Reform.Fevereiro,2012. Disponível em http://www.gao.gov/ assets/590/588707.pdf. Acesso em 07 abr 2014. OLIVEIRA, L. G. S. AAtuação dos Assistentes Sociais frente à Implementação da Política Social de Educação Ambiental. Natal: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), s/d. Disponível em:http://www.cchla.ufrn.br/. Acessado em: 09 jul.2011. SILVA, Bruna Daniela da, OLIVEIRA, Flávia Cremonesi, MARTINS, Dalton Lopes, Resíduos Eletroeletrônicos no Brasil, Santo André, 2007. The E-Waste Crisis Introduction. Disponível em http://www.e-stewards.org/ the-e-waste-crisis/. Acesso em 07 abr 2014. 144 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusões adotadas pelas organizações públicas no gerenciamento dos resíduos eletrônicos produzidos, evidenciando as políticas de redução da produção, a destinação para reciclagem e a redução de impactos ambientais. Apoiando a Colaboração entre Cientistas em uma linha de produtos de Software Científico Anrafel Fernandes Pereira Resumo Diferentes abordagens têm sido empregadas para apoiar a concepção de workflows científicos, entre elas está a abordagem de Linha de Produtos de Software. A concepção destes workflows não é uma tarefa trivial e abordagens ad hoc criam várias barreiras neste cenário. A ausência de suporte para promover a colaboração entre cientistas pode ser considerada uma barreira adicional. Este trabalho propõe uma abordagem para a concepção de workflows científicos através de uma Linha de Produtos de Software que faz uso de elementos de colaboração, a fim de apoiar a colaboração entre os cientistas, contextualizando-os sobre as atividades desenvolvidas. Para este efeito, a abordagem PL-Science foi estendida para suportar e fornecer informações que descrevem as ações tomadas pelos cientistas, sendo apresentada assim uma nova abordagem chamada de Collaborative PL-Science. Introdução PL-Science (Costa et al. 2013). Abordagens como Linha de Produtos de Software – LPS vêm sendo utilizadas como forma de auxiliar os cientistas na realização dos seus experimentos e trazer ganhos para o cenário da e-Science [Costa et al. (2013), Czarnecki et al. (2006), Filho et al. (2012), Johansen et al. (2010)]. Entretanto, a maioria dos trabalhos inseridos neste contexto não aborda os benefícios que a utilização de elementos de colaboração pode propiciar ao domínio de software científico. A necessidade de promover a colaboração neste domínio não é algo recente, tendo sido apresentado inicialmente por Wulf (1989), o qual já evidenciava alguns problemas clássicos desse cenário, como por exemplo, a dificuldade de comunicação e cooperação entre equipes distribuídas de cientistas. A utilização de elementos de colaboração (Fuks et al. 2007) neste domínio pode ser útil para apoiar a coleta e a disponibilização de decisões e resultados obtidos nos experimentos realizados, e como resultado, oportunidades de interações podem ser oferecidas. O problema de pesquisa abordado neste estudo está na ausência de suporte para colaboração entre cientistas em uma Linha de Produtos de Software Científico (LPSC) durante a concepção de seus experimentos, permitindo também a contextualização destes pesquisadores durante a concepção de seus workflows e proporcionando ainda a descoberta de novos conhecimentos sobre o domínio no qual estão inseridos. Para isso, é apresentada uma abordagem denominada Collaborative PL-Science, a qual é uma extensão da Material e métodos Um levantamento bibliográfico foi realizado para investigar possíveis trabalhos relacionados, bem como identificar formas que vêm sendo abordadas para tratar o problema levantado em outros contextos. Tudo isso permitiu que se pudesse especificar uma abordagem que buscasse minimizar os problemas levantados neste cenário (Pereira et al., 2014). Abordagem esta, que apresenta em sua estrutura um modelo arquitetural desenvolvido sob os paradigmas da SOA (Service Oriented Architecture), uma memória de grupo composta por um banco de dados relacional e por uma ontologia para representação do conhecimento do domínio, além de Web Services de colaboração que foram implementados como parte da proposta de solução, formando assim, a Collaborative PL-Science. Mais detalhes podem ser conhecidos em http://plscience.superdignus.com/. Entre os métodos de pesquisa adotados para verificar a hipótese deste estudo está a realização de provas de conceitos (Proof of Concept- PoC). Para isso, foram utilizados dados obtidos através de experimentações prévias executadas na EMBRAPA e na FIOCRUZ (Costa et al. 2013), já que o estudo desenvolvido se encontra inserido no contexto de Bioinformática, mais precisamente no desenvolvimento de workflows científicos para a realização de sequenciamento e alinhamento genético de gados de leite. Outro método de pesquisa utilizado foi o estudo Universidade Severino Sombra – Engenharia da Computação. Universidade Federal de Juiz de Fora – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação. 145 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Colaboração. Linha de Produtos de Software. Workflow Científico. e-Science. Referências de caso, realizado no laboratório de pesquisa (NEnC – Núcleo de Pesquisa em Engenharia do Conhecimento) da UFJF com o propósito de responder outras questões de pesquisas (Pereira et al., 2014). Costa, G. C. B.; Braga, R. M.; David, J. M. N.; Campos, F. C. A.; Arbex, W. 2013. PL-Science: A Scientific Software Product Line. In 2013 International Conference on Computational Science, Barcelona, 1-10. Resultados e Discussão Czarnecki, K., Kim, C. H. P., Kalleberg, K. T. 2006. Feature Models are Views on Ontologies. Proceedings of the 10th International on Software Product Line Conference, Washington, DC, USA. IEEE Computer Society, 41–51. Após a realização das avaliações propostas na Collaborative PL-Science, pode-se perceber que as lacunas observadas puderam ser tratadas, por exemplo: (i) ausência de informações sobre o contexto que envolve as atividades dos usuários, foi tratada através da criação de uma memória de grupo e, a partir dela a apresentação de informações de percepção e contexto; (ii) a ausência de um serviço para promover a interação entre os cientistas pode ser suprida, inicialmente, através de um mecanismo de suporte à comunicação possibilitando que eles pudessem trocar experiências e habilidades durante a realização das atividades; e (iii) a dificuldade para reutilização de artefatos do núcleo da LPSC, pode ser tratada através das oportunidade de consultas à memória de grupo (composta pelo Banco de Dados Relacional e pela ontologia de domínio) para buscar informações sobre como artefatos foram utilizados, em quais produtos, por quais cientistas, entre outros. A realização destas avaliações permitiu-nos ainda obter evidências sobre a viabilidade da solução, constatando ainda que a hipótese levantada é suscetível de ser explorada através de estudos experimentais adicionais. Filho, J.B.F., Barais, O., Baudry, B., Viana, W., Andrade, R. M. C. 2012. An Approach for Semantic Enrichment of Software Product Lines, Proceedings of the 16th International Software Product Line Conference SPLC 2012, Salvador, 188-195. Fuks, H.; Raposo, A. B.; Gerosa, M. A.; Pimentel, M.; Lucena, C. J. P. 2007. The 3C Collaboration Model. In Ned Kock. (Org.). The Encyclopedia of e-Collaboration. Hershey, USA, 637-644. Johansen, M. F., Fleurey, F., Acher, M., Collet, P., and Lahire, P. 2010. Exploring the Synergies between Feature Models and Ontologies. In International Workshop on Model-driven Approaches in Software Product Line Engineering, Jeju Island, South Korea, Lancester University, 163–171. Pereira, A. F., David, J. M. N., Braga, R., & Campos, F. (2014, October). CollabPL-Science: Using Collaborative Elements in a Scientific Software Product Line. In e-Science (e-Science), 2014 IEEE 10th International Conference on (Vol. 2, pp. 49-54). IEEE. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Wulf, W. 1989. The National Collaboratory. In Towards a National Collaboratory. Unpublished Report of a National Science Foundation Invitational Workshop, Rockefeller University, New York. Conclusões Considerando a especificação e implementação da abordagem proposta e sua utilização no cenário relatado acima, puderam-se destacar as seguintes contribuições: (i) a construção de uma arquitetura para fornecer informações de percepção e contexto aos cientistas e promover a interação entre eles; (ii) a oportunidade de permitir que cientistas possam tomar decisões e desenvolver seus experimentos a partir de artefatos já analisados, comentados e persistidos por outros cientistas; (iii) a aproximação entre os cientistas, bem como o conhecimento sobre a forma de atuar de cada um deles, por conduzir a uma visão mais ativa e colaborativa deste participante no seu ambiente de trabalho; (iv) a utilização do paradigma arquitetural SOA, o que possibilita a evolução, suporte e manutenção da Collaborative PL-Science; e (v) o reuso de serviços, o que colabora para o aumento da produtividade e o alinhamento com os desafios encontrados no domínio da e-Science. 146 Robótica de baixo custo aplicada à educação: Relato de uma experiência Rafael S. Souza¹, Anrafel F. Pereira1,2, Aline M. Marques¹, Flávio Duarte¹ Resumo O perfil da educação tem se modificado com o passar dos anos. Novas tecnologias e dispositivos estão sendo utilizados para aperfeiçoar os métodos de ensino tradicional, estreitando assim os laços entre o professor e o aluno. Utilizar componentes inovadores como tablets e notebooks já não é mais um diferencial. Tem-se falado muito atualmente sobre o lixo eletrônico, e este tipo de material, descartado pela sociedade, pode ser utilizado neste cenário educacional tanto para despertar a consciência do que fazer com tantos aparelhos que não tem mais uso como para criar “novos” objetos a partir do que não serve mais. Este artigo tem o objetivo de demonstrar ações que foram propostas dentro de sala de aula, que incentivaram a pesquisa e o trabalho em grupo entre os alunos, além de melhorar as práticas educacionais dentro da escola, relatando assim uma experiência prática de aplicação da Robótica no Contexto Educacional. Introdução e transformá-los em pequenos protótipos eletrônicos, de maneira que levem os participantes a refletirem e reutilizarem-nos de maneira criativa, divertida e inovadora. Como objetivos secundários a este projeto, podese dizer que estava relacionado ao interesse em aplicar novas práticas educacionais na sala de aula de maneira a atrair a atenção dos alunos, formar cidadãos mais conscientes sobre o seu papel na sociedade e ainda reter este participante como aluno na unidade de ensino. A utilização da Robótica para prática educacional está relacionada à denominada área de Robótica Pedagógica, ou Robótica Educacional e tem estado em crescente desenvolvimento ao longo de pelo menos duas décadas [Santos et al.(2010)]. Neste cenário, a Robótica Pedagógica, que consiste essencialmente na utilização de conceitos de robótica industrial no contexto educacional, tem sido integrada às mais diversas práticas e contextos educacionais. Outro tópico relacionado ao assunto abordado neste artigo diz respeito ao e-Lixo, ou lixo eletrônico. O Brasil, assim como outros países, tem visto um crescente aumento na produção e consumo de equipamentos eletrônicos, o que tem gerado uma grande quantidade de lixo eletrônico [Celinski et al. (2011)]. Sendo assim, várias propostas vêm buscando alternativas para conscientizar a população e até tratar a reutilização e o descarte adequado deste tipo de material [Oliveira et al. (2010), [Silva (2010)]. Em 2013, o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Três Rios realizou um trabalho de coleta e conscientização da população local e das cidades vizinhas sobre a importância do descarte correto do lixo eletrônico. Com a realização deste projeto, vários outros foram iniciados dentre eles o projeto denominado Robótica de Baixo Custo, iniciado em 2014 pela mesma unidade. A Robótica de Baixo Custo é um projeto de estudo e pesquisa e seu objetivo principal é o de reutilizar materiais eletrônicos descartados pela comunidade local Material e Métodos O método de pesquisa utilizado neste projeto foi o descritivo, em que se buscou conhecer mais de perto o problema levantado e suas possíveis alternativas de soluções. O projeto de Robótica de Baixo Custo foi realizado, inicialmente, com quinze alunos do curso de Montagem e Manutenção de Computadores da Escola Técnica CVT, de Três Rios, tendo como duração três meses. Para este projeto, os alunos foram separados em equipes e cada grupo ficou responsável por desenvolver um protótipo, que neste caso era um carrinho. Ao final, foram avaliadas várias características deste protótipo, como a velocidade atingida, peso, design e autonomia da bateria. Os componentes eletrônicos utilizados para a confecção destes protótipos foram retirados de diversos aparelhos eletrônicos que foram descartados pela comunidade na instituição. Foram aproveitados motores, LEDs, engrenagens e diversas peças de plástico. 1. Centro Vocacional Tecnológico, Três Rios-RJ, Brasil. 2. Universidade Severino Sombra, Vassouras-RJ, Brasil. 147 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Tecnologias. Lixo Eletrônico. Educação. Robótica. Reuso. Durante a montagem dos protótipos, os alunos puderam avaliar no projeto as leis da física sendo aplicadas, e com isso foi possível projetar “carros” com mais velocidade, aproveitando melhor a durabilidade da bateria e a estabilidade. Os protótipos foram testados em diferentes tipos de terreno e sua estrutura foi modificada até alcançar os resultados satisfatórios para o cenário. Outra aplicação deste projeto foi com uma turma de Lógica de Programação, também na mesma Escola Técnica, onde foi possível incluir, além dos componentes eletrônicos reutilizados do lixo eletrônico, a utilização do hardware livre Arduino, promovendo aos participantes o estímulo ao raciocínio lógico através da programação destes protótipos. e reutilização inteligente dos materiais eletrônicos descartados. Referências Celinski, T. M. Et Al. Perspectivas para reuso e reciclagem do lixo eletrônico. II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. Anais. 2011. Eletrônico. Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/congresso/ Trabalhos2011/III-020.pdf>. Acesso em: 24 de Março de 2015. Oliveira, R. Da S.; Gomes, E. S.; Afonso, J. C. O lixo eletrônico: uma abordagem para o ensino fundamental e médio. Química Nova Escola, v. 32, n. 4, p. 240-248, nov. 2010. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/ online/qnesc32_4/06-RSA10109.pdf>. Acesso em: 15 de Março de 2015. Santos, F. L.; Nascimento, F. M. S.; Bezerra, R. M. S. REDUC: A robótica educacional como abordagem de baixo custo para o ensino de computação em cursos técnicos e tecnológicos. In: XVI Workshop sobre Informática na Escola, 16., 2010, Belo Horizonte. Anais WIE, 2010. Disponível em: <http://www.br-ie.org/WIE2010/pdf/st06_02.pdf>. Acesso em: 17 de Março de 2015. Resultados e Discussão Silva, J. R. N. da. Lixo eletrônico: um estudo de responsabilidade ambiental no contexto no Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas. IFAM Campus Manaus Centro. In: Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, 1., 2010, Bauru. Anais… IBEAS, 2010. Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/Congresso/Trabalhos2010/III-009.pdf>. Acesso em: 10 de Março de 2015. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Com a conclusão do projeto, foi possível destacar vários aspectos positivos, dentre eles: a melhora no relacionamento entre os alunos, o aumento do interesse na pesquisa e na busca de novos conhecimentos. O desenvolvimento do projeto foi tão interessante que motivou os alunos a continuar estudando e buscar novas tecnologias como: as linguagens de programação e a utilização do hardware Livre (Arduino). Atualmente, mais da metade desses alunos que participou deste projeto ingressou na área técnica, mais especificamente, no curso técnico de informática na unidade Três Rios. Desta forma, foi possível constatar também que através do projeto, os alunos perceberam a oportunidade e a necessidade de continuar buscando e aprimorando os conhecimentos adquiridos e, além disso, criar protótipos mais autônomos e inteligentes. Conclusões A implantação e a realização do projeto de Robótica de Baixo Custo no CVT Três Rios mobilizaram os alunos a pensar no que fazer com os aparelhos que não tem mais utilidade para eles. Transformar aquilo que não “serve” mais em algo usual foi uma experiência renovadora para este projeto. A discussão em torno da postura do cidadão e do que fazer com os materiais eletrônicos que não têm mais utilidade motivou os alunos a pensarem em maneiras de descartar os materiais em local apropriado, e ainda, pensar de maneira criativa na criação de protótipos e soluções de reutilização desses componentes eletrônicos. Pode-se dizer ainda, que a experiência adquirida em sala de aula sobre o problema levantado foi levada para a casa com os alunos. Com isso, espera-se que os próprios alunos possam transmitir de alguma forma o conhecimento aos pais e familiares sobre a necessidade de pensar e agir de forma consciente no descarte 148 Um olhar sobre o lixo eletrônico: reciclagem e reuso de materiais eletrônicos no contexto educacional Carlos H. Mendes¹, Anrafel F. Pereira2,3, Aline M. Marques³, Flávio Duarte³ Resumo Atualmente, a facilidade na aquisição de eletroeletrônicos, sua rápida obsolescência, o aumento da produção em função do consumo nos níveis atuais são elementos que influenciam no crescimento do resíduo eletrônico, lixo eletrônico, lixo tecnológico, e-waste ou, simplesmente, e-lixo, terminologias variadas para referenciar o mesmo problema. Neste trabalho são apresentadas algumas ações realizadas pelo Centro Vocacional Tecnológico Três Rios, como forma de conscientizar e buscar amenizar este problema de forma inteligente. Este projeto recebeu o nome de Lixo Eletrônico - Realidade do Século XXI, e foi iniciado na instituição no ano de 2013, originando novos projetos e ações realizadas até a presente data na cidade de Três Rios. Introdução por meio de computadores reciclados. A oferta de novos produtos eletrônicos pelo mercado tem aumentado em uma velocidade muito grande, causando a obsolescência cada vez mais rápida dos eletrônicos (Corneri et al., 2010). Assim, estes equipamentos têm gerado subprodutos extremamente indesejáveis, como o chamado lixo eletrônico. Lixo Eletrônico pode ser entendido como computadores, aparelhos celulares entre outros bens de consumo eletrônicos considerados velhos ou obsoletos e que não funcionam ou não atendem mais a necessidade de seus donos (Celinski et al., 2011). O descarte inadequado deste tipo de material acaba expondo a comunidade aos perigos dos componentes químicos existentes nestes resíduos sólidos, o que acaba acarretando sérios problemas ao meio ambiente e também a população em geral (Oliveira et al., 2010). Há nestes dois autores uma divergência de opiniões quanto à nomenclatura. Lixo, segundo alguns autores, é tudo o que não tem como reaproveitar, a não ser pela reciclagem, já os resíduos, é o que foi trabalhado neste projeto, reaproveitando-os antes do processo de reciclagem. O objetivo deste artigo é apresentar ações que foram realizadas pelo Centro Vocacional Tecnológico Três Rios como forma de sensibilizar o corpo discente, a população da cidade de Três Rios - RJ e cidades vizinhas, além de empresas e até mesmo órgãos públicos, sobre alternativas que podem ser adotadas para diminuir a ação deste tipo de “lixo” na comunidade. Além disso, através das ações realizadas foi possível perceber a oportunidade de promover a inclusão social e digital Material e Métodos A metodologia adotada no trabalho incluiu uma revisão na literatura sobre ações e possíveis soluções para o problema levantado na pesquisa. A partir desta identificação foi possível definir ações concretas que poderiam ser realizadas pelo Centro Vocacional Tecnológico Três Rios na região. As principais ações definidas para este projeto foram: (i) conscientização da comunidade local sobre a importância do descarte correto do lixo eletrônico, realizada através de palestras, distribuição de folders e jornal criado pelos alunos da unidade; (ii) busca de parceiros para o projeto e uma forma de entrosamento com outros centros da unidade, tais como: Centro de Construção Civil, Centro de Idiomas e Cursos Técnicos. (iii) definição de uma maneira para receber o lixo descartado pela comunidade, e uma forma de realizar o descarte adequado para cada tipo de material; (iv) a definição de uma etapa para triagem dos materiais descartados, realização de teste dos equipamentos e montagem de “novos” computadores a partir do resíduo descartado; (v) definição do que seria feito com os computadores reciclados e como estes poderiam ser úteis no dia a dia de alguém; e (vii) definições de outros possíveis projetos que poderiam ser originados para dar continuidade ao Projeto Lixo Eletrônico. Diante das ações definidas e com o envolvimento dos parceiros necessários, deu-se início a realização das etapas especificadas para o projeto. Os resultados obtidos através da realização deste trabalho são apresentados na 1. CEFET Petrópolis – Especialização em Educação Tecnológica. 2. Universidade Severino Sombra – Engenharia da Computação. 3. Centro Vocacional Tecnológico Três Rios. 149 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Consciência Ambiental. Resíduo Eletrônico. Interdisciplinaridade. Trabalho Social. Inclusão. Conclusões Resultados e Discussão O trabalho apresentado objetivou despertar um olhar diferenciado sobre o lixo eletrônico onde, através do projeto Lixo Eletrônico – Realidade do Século XXI desenvolvido no CVT Três Rios, ações concretas estimularam a busca ao conhecimento significativo. Além do estimulo ao exercício da criatividade, da sensibilização, da organização do pensamento, da cidadania e da autonomia, polemizou questões ambientais, seu maior foco, fazendo com que os envolvidos pudessem refletir sobre suas atitudes frente a problemas que exigem respostas e, de maneira lúdica, propuseram soluções que aliam a possibilidade do crescimento econômico à sustentabilidade. A potencial reutilização dos resíduos sólidos de forma criativa e inteligente foi ponto positivo percebido no projeto, além da possibilidade de descobrir várias outras iniciativas e projetos que poderiam ser originados a partir deste projeto maior. Assim, a discussão gerada sobre o assunto aponta uma possível direção cobrando da comunidade uma postura cidadã frente à necessidade de um meio ambiente sadio. Espera-se agora que a comunidade e os próprios alunos possam aplicar em seu cotidiano estas ações iniciadas pelo CVT Três Rios e conseguir enxergar através dele novas oportunidades e iniciativas. O projeto realizado foi uma oportunidade de estreitar a relação entre Centro Vocacional Tecnológico Três Rios (Escola) e a comunidade, fazendo funcionar assim um modelo bastante utilizado por outros países para tratar alguns problemas de forma inteligente. Neste cenário, a escola se encarrega em desenvolver, juntamente com a comunidade e seus parceiros, soluções simples e inteligentes para resolver os seus problemas. Através da realização deste projeto foi possível perceber a importância do papel de uma escola proativa na comunidade, destacando ainda o ganho que a mesma adquiriu ao desenvolver um projeto como este. Assim, no âmbito educacional, destaca-se primeiramente a conscientização dos alunos sobre a importância do seu papel de cidadão consciente e proativo em sua comunidade. Destaca-se ainda, a utilização de componentes e peças de resíduo eletrônico descartado pela comunidade para montar “novos” computadores. Isto foi feito através da participação das turmas do curso de Montagem e Manutenção de Computadores da instituição, os quais foram responsáveis também pela triagem do material descartado. Tudo foi realizado de forma que pudesse permitir a continuidade do projeto através da promoção da inclusão digital. A inclusão digital neste projeto deu-se através da doação das oito “novas” máquinas recicladas construídas através dos “lixos” descartados pela comunidade para o Asilo São Vicente de Paulo, localizado na cidade de Três Rios - RJ. O projeto não contemplou somente a doação dos computadores, mas também a inserção destas pessoas no meio digital. Houve envolvimento também da turma do curso Técnico em Informática, que procurou aprofundar-se nos estudos sobre como inserir e fazer com que os computadores doados ao Asilo pudessem de fato ser útil e empregado na rotina dos idosos que ali residem. Através deste estudo, os alunos criaram um jogo da memória, recordando fatos da melhor época destes idosos, que com isso, puderam ter mais um instrumento para ser utilizado em seus momentos de lazer. O projeto ressaltou ações simples e concretas que poderiam ser realizadas com o descarte do lixo eletrônico. Além disso, deu origem a novos projetos, tais com o Projeto de Robótica de Baixo Custo, iniciado pela instituição em 2014 e o projeto de Reciclagem Consciente, iniciado este ano de 2015, o que permitirá que novos frutos também possam ser colhidos brevemente. Referências Celinski, T. M. Et Al. Perspectivas para reuso e reciclagem do lixo eletrônico. II Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental. Anais. 2011. Eletrônico. Disponível em: <http://www.ibeas.org.br/congresso/ Trabalhos2011/III-020.pdf>. Acesso em: 24 de Março de 2015. Cornieri, M. G.; Fracalanza, A. P. Desafios do lixo em nossa sociedade. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, n.16, p. 57-64, jun. 2010. Oliveira, R. Da S.; Gomes, E. S.; Afonso, J. C. O lixo eletrônico: uma abordagem para o ensino fundamental e médio. Química Nova Escola, v. 32, n. 4, p. 240-248, nov. 2010. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/ online/qnesc32_4/06-RSA10109.pdf>. Acesso em: 15 de Março de 2015. 150 V JORNADA SEVERINO SOMBRA seção seguinte. Avaliação do coagulante policloreto de alumínio (PAC) para remoção de turbidez e cor da água na ETA Cantagalo de Três Rios/RJ Lilian Tais Barbosa Ramos¹, Diego Macedo Veneu¹, Jonas dos Santos Pacheco¹, Nildo de Abreu Vieira Júnior², Ana Maria Di Salvio³ Resumo No presente trabalho foram realizados ensaios de bancada em Jar-test para otimização da clarificação de água, através do processo de coagulação e floculação. Na etapa de determinação do efeito do pH a faixa de variação foi mantida de 7 a 9. No pH 8,5 foi obtido uma remoção de 97% de turbidez e 99,4% de cor. Na etapa de coagulação, a faixa de variação para o policloreto de alumínio foi de 5 a 40 mg.L-1. Na concentração de 10 mg.L-1 foram obtidos os melhores resultados de remoção de turbidez e cor, correspondendo aos valores de 95% e 100%. Na etapa de floculação, as concentrações foram mantidas na faixa de 1 a 5 mg.L-1. Os melhores resultados de remoção de turbidez e cor foram obtidos na concentração de 1 mg.L-1, correspondendo aos percentuais de 89,3% e 88,9%, respectivamente. Palavras-Chave: Tratamento de Água. Coagulantes. ETA Cantagalo. Três Rios. Introdução Materiais e Métodos As soluções estoque de policloreto de alumínio SUPER-FLOC 100 (12% Al2O3) a 10% foram preparadas a partir do produto fornecido pela empresa Suall Indústria e Comércio Ltda. A solução do floculante aniônico a 0,1% foi preparado a partir do produto MAGNAFLOC LT fornecido pela Quimil Indústria e Comércio Ltda. As soluções para correção de pH foram preparadas através de cal hidratada 1,0% e ácido sulfúrico 0,1 M. Ensaios no Jar Test Os ensaios foram realizados em cubetas com capacidade de 2,5 L cada, com auxílio de um Jar-Test da Nova Ética. Os equipamentos utilizados para medição de pH, cor e turbidez foram os seguintes: pH-metro digital microprocessado modelo DLA-PH, colorímetro visual modelo DLNH-100 e turbidímetro modelo DLT-WV, todos do fabricante Del Lab. Amostras contendo 2,0L cada foram coletadas na entrada da ETA e colocadas nas cubetas da plataforma do Jar-Test a uma temperatura de 25° C. Em todas as etapas a velocidade de agitação na etapa de coagulação e floculação foram mantidas em 150 rpm e 40 rpm, respectivamente. Os tempos de coagulação e de floculação em 1,0 min e 15 min, respectivamente. Os ensaios foram conduzidos em três etapas: (i) efeito do pH, (ii) efeito da concentração de coagulante e (iii) efeito da concentração de floculante. 1. Universidade Severino Sombra. Engenharia Ambiental e Sanitária. 2. Companhia Estadual de Água e Esgoto. Operações - ETA. 3. Secretaria Municipal de Água e Esgoto de Barra do Piraí. Laboratório de Água e Esgoto. 151 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Preparo das Soluções Estoques O sistema de abastecimento de água para fins de consumo humano é constituído de instalações e equipamentos destinados a fornecer água potável a uma comunidade (BRAGA et al., 2005). Segundo MENDES (2006), os projetos de estações de tratamento de água (ETA) têm considerado como principais objetivos a otimização dos processos de remoção de turbidez e cor aparente, bem como a produção de água segura do ponto de vista microbiológico e químico. A produção de água potável a partir de mananciais eutrofizados potencializa os problemas e desafios a serem enfrentados pelos profissionais do setor, especialmente para ETAs já existentes, uma vez que a maioria dos sistemas produtores de água no Brasil foram concebidos há 30 ou mais anos, ou seja, é natural que as tecnologias implantadas enfrentem dificuldades para a inclusão de etapas adicionais, ou mesmo adequações do ponto de vista de inserção e/ou substituições dos produtos químicos tradicionalmente utilizados (MARCHETTO e FERREIRA FILHO, 2005 ; OLIVEIRA, 2010). O presente estudo visa à avaliação através de experimentos em escala de bancada da viabilidade técnica do coagulante policloreto de alumínio (PAC), visando à melhoria no processo de clarificação da água destinada ao consumo humano. remoção de turbidez e cor é fortemente influenciada pelo pH do meio, obtendo-se as maiores remoções de turbidez e cor em pH 8,5, correspondendo a 97% e 99,4%, respectivamente. Na concentração de 10 mg.L-1 de PAC foram observados os melhores resultados de remoção de turbidez e cor, correspondendo a 95% e 100%. Após avaliação da utilização do floculante, podese observar que o melhor resultado foi observado na concentração de 1 mg.L-1, correspondendo a remoções de turbidez e cor de 89,3% e 88,9%, respectivamente. Ao término da etapa de floculação, as amostras eram submetidas a um tempo de sedimentação dos flocos de 30 min. Antes e após os ensaios eram retiradas alíquotas de aproximadamente 200 mL para a realização das análises de turbidez e cor. Resultados e Discussão Efeito do pH Pode-se observar que à medida que o valor de pH é incrementado, o valor de turbidez decresce gradativamente de 13,9 uT em pH 7,0 para 11,6 uT em pH 8. Já os valores de cor, neste mesmo intervalo de pH, se mantêm praticamente constante na faixa de 24,3 a 25oH. A partir do pH 8, o decréscimo do valor de turbidez e cor é mais acentuado, atingindo os valores de turbidez 0,6 e 0,3 uT e de cor 0,2 e 0,1oH em pH 8,5 e 9,0, respectivamente. Nos valores de pH 8,5 e 9, foram obtidos os melhores resultados de remoção de turbidez (97 e 98,3%) e de cor (99,4 e 99,7%), respectivamente. Referências BRAGA, B. et al. Introdução a engenharia ambiental – O desafio do desenvolvimento sustentável. Prentice Hall, 2005. MENDES, C.G.N. Tratamento de águas para consumo humano – Panorama mundial e ações do PROSAB. In: PÁDUA, V.L. (coord.). Contribuição ao estudo da remoção de cianobactérias e microcontaminantes orgânicos por meio de técnicas de tratamento de águas para consumo humano, 2006. MARCHETTO, M.; FERREIRA FILHO, S.S. Interferência do processo de coagulação na remoção de compostos orgânicos causadores de gosto e odor em águas de abastecimento mediante a aplicação de carvão ativado em pó, 2005. Efeito da concentração de coagulante OLIVEIRA, T. F. Tratamento de Água para Abastecimento Público por Sistema de Separação por Membrana de Ultrafiltração: Estudo de Caso na ETA Alto da Boa Vista, São Paulo, 2010. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Observou-se que nas concentrações extremas de PAC, ou seja, de 5 mg.L-1 e de 30 e 40 mg.L-1 apresentaram os valores e remoções de turbidez e cor menos representativos. Para a concentração de 5 mg.L-1, os valores e remoções de turbidez e cor corresponderam a 17,3 uT e 11,5% e de 35oH e 0%, respectivamente. Para as concentrações de 30 e 40 mg.L-1, os valores e remoções de turbidez foram de 12,6 uT e 41,3% e de 17,0 uT e 14,4%, respectivamente. Já para a cor, os valores e remoções foram de 35oH e 0% para ambas as concentrações. Em contra partida, os resultados mais expressivos foram observados nas concentrações na faixa de 10 a 20 mg.L-1, correspondendo a valores e remoções de turbidez na faixa de 1 a 0,8 uT e de 95 e 96,3%, e remoções praticamente totais de cor (100%). Efeito da Concentração de Floculante Foi observado que o emprego do floculante foi benéfico na redução de turbidez, obtendo o melhor resultado na concentração de 3 mg.L-1, correspondendo a uma turbidez de 1,2 uT e uma remoção de 93,5%. Já para a cor, o aumento da dosagem de floculante não foi determinante, os valores obtidos nas diferentes concentrações foram os mesmos (1oH) ou maiores (1,1 e 1,2oH) que o obtido sem o floculante. Conclusões Diante dos resultados pode-se concluir que a 152 II Gincana da CPA-USS – Um relato de experiência Claudenir Pereira do Val¹, Tereza Aparecida Ferreira Dornelas², Tânia Maria Machado Pinto³, Sileno Corrêa Brum4, Magda Vieira Barbosa5, Jonas dos Santos Pacheco6 Resumo Este trabalho relata a experiência da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Universidade Severino Sombra, ao desenvolver uma ação estratégica envolvendo o corpo discente, compreendendo a importância deste segmento no processo de avaliação institucional. Neste sentido, promoveu a II Gincana da CPA, que teve como objetivo principal engajar o alunado no processo de avaliação interna por ela promovida. O evento contou com a participação de alunos, professores, membros da CPA e equipe gestora da instituição. Ao seu término pudemos perceber que os objetivos propostos foram atingidos em sua totalidade, pois houve o real envolvimento dos alunos na atividade proposta. Observamos ainda uma grande integração do alunado dos diversos cursos de graduação. Ressaltamos também que o referido evento, proporcionou à comunidade acadêmica discente, a participação efetiva nos processos de tomada de decisão da equipe gestora da Instituição. Palavras-Chave: Avaliação Institucional. Educação Superior. Gincana. USS. Introdução Neste sentido, o presente trabalho relata a experiência da CPA da USS, ao desenvolver uma ação estratégica envolvendo os alunos dos mais diversos Cursos de Graduação ofertados pela Universidade. A avaliação é um processo contínuo e de caráter reflexivo que visa o envolvimento de todos os atores de forma integrada, buscando a melhoria contínua e primando pela evolução dos três pilares de uma instituição de educação superior: ensino, pesquisa e extensão. Neste contexto, a Universidade Severino Sombra (USS), em sua prática de avaliação institucional, tem como premissa a consolidação de uma cultura avaliativa, por entender a necessidade de tornar os processos de avaliação interna desenvolvidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) e exigidos pelo MEC, através da Lei 10.861/2004, instituída pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), em um processo de prática consciente e contínua na comunidade acadêmica de modo geral. Em função da importância do processo de avaliação para a instituição, no que diz respeito à busca constante de um ensino de qualidade, torna-se necessário o envolvimento do corpo discente nesta missão, dandolhe a oportunidade de participar diretamente deste processo. O relato desta experiência é considerado relevante em função de sua abordagem, pois acreditamos que possa contribuir para profissionais da área de avaliação de outras IES, no sentido de incentivar o desenvolvimento de atividades diferenciadas na rotina de avaliação, tendo como foco o engajamento dos diversos atores institucionais nesta questão. A proposta da gincana foi construída a partir de reuniões e discussões com os membros da CPA-USS, durante o período de agosto e setembro de 2014. A comissão definiu que a atividade seria desdobrada em duas fases: a primeira, constituída pela apresentação de propostas de melhorias dos cursos ou a nível institucional (pela visão da equipe) e uma ação de responsabilidade social, com doação de itens como alimento não perecível, material de limpeza e higiene pessoal e brinquedos, para instituições carentes. A segunda fase teve como proposta atividades lúdicas como: jogo de perguntas e respostas sobre o contexto da avaliação interna e tarefas relâmpago. Nesta fase foram computados pontos sobre os percentuais de participação na Avaliação Institucional dos Cursos de Graduação envolvidos na Gincana. Resultados e discussões O evento teve a participação de 540 pessoas, entre alunos, professores, membros da CPA-USS e da equipe gestora. Sete cursos foram representados: Administração, Engenharia de Produção, Farmácia, Gestão Pública, Pedagogia, Psicologia e Odontologia. 1. Coordenadora da CPA-USS; Professora Assistente II da Universidade Severino Sombra, Curso de Administração. 2. Membro da CPA-USS; Professora Titular da Universidade Severino Sombra, Cursos: Odontologia, Engenharia Ambiental, Ciências Biológicas. 3. Membro da CPA-USS; Professora Assistente II da Universidade Severino Sombra, Curso de Pedagogia. 4. Membro da CPA-USS; Professor Adjunto I da Universidade Severino Sombra, Curso de Odontologia. 5. Membro da CPA-USS; Professora Assistente I da Universidade Severino Sombra, Curso de Enfermagem. 6. Membro da CPA-USS; Professor Assistente II da Universidade Severino Sombra, Cursos: Engenharia Ambiental, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção. 153 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Metodologia O curso Gestão Pública foi o vencedor da gincana com 470 pontos, seguido do curso de Farmácia com 460 pontos e do curso de Administração com 450 pontos. Os alunos estavam em clima de motivação e euforia, competindo com espírito de alegria e empolgação. O fato teve impacto sobre os alunos que participavam apenas como expectadores, pois estes manifestaram sua vontade em competir nas próximas edições. E os alunos envolvidos na execução das tarefas manifestaram que gostariam de participar novamente. As propostas apresentadas pelas equipes na primeira fase foram encaminhadas aos setores correspondentes para análise e retorno à comunidade acadêmica por intermédio da CPA-USS. Foram arrecadados 1912 itens que foram doados a instituições carentes. Certamente, o evento teve um potencial de sensibilização muito grande, não só por congregar a participação dos alunos dos diferentes cursos, como também promover nos expectadores o real cumprimento da função da Comissão Própria de Avaliação, tornando o processo de avaliação realístico e concreto. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Conclusão Diante do exposto, concluímos que o evento: - atingiu seus objetivos, por envolver os discentes, docentes e equipe gestora; - possibilitou um crescimento e avanços no processo de tomadas de decisão da equipe gestora com base na discussão e apresentação direta das propostas dos alunos; - proporcionou a integração entre os alunos dos diferentes Cursos, inclusive de turnos diferentes. Referências BRASIL. Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES. Brasília, DF, 15 abr. 2004. Nota Técnica INEP/DAES/CONAES N.º 065. Regulamento interno da II Gincana da CPA. 154 Educação inclusiva na escola: Desafios do corpo docente de uma escola pública Edna Rispoli, Margareth Fernandes Resumo A Educação é reconhecida como a mais importante forma de inclusão e promoção da autonomia das pessoas. Algumas pessoas têm necessidades diferenciadas, que embora não inviabilizem o seu desenvolvimento, tem demandas especiais para se educar participar na sociedade e garantir a sua autonomia e sustento. O Estado de Direito Social tem por obrigação formular e garantir políticas públicas que garantam este direito individual e coletivo. No país há algumas décadas existem dispositivos legais que garantem estes direitos, mas a operacionalização, não se mostra tão simples. Este trabalho, a partir da percepção de professores com experiência na educação que acolhe alunos com necessidade especiais, discute as principais dificuldades encontradas. Foi realizado com professores de um pequeno município do estado do Rio de Janeiro, utilizando questionários fechados sobre o tema. Observa-se que muito ainda existe a fazer de forma a garantir a cidadania plena a estes alunos. Palavras-Chave: Educação. Administração Pública. Educação Inclusiva. Professores. Desafios à inclusão. Introdução A educação é reconhecida como a ferramenta mais poderosa para mudar vidas e a sociedade. A contribuição social da educação é fundamental para a formação de indivíduos sociais, pensantes e protagonistas de importantes mudanças para uma sociedade mais justa e igualitária. O Estado de Direito Social necessita se preocupar também com as exceções da população, entre eles as pessoas com necessidades especiais. A Educação é reconhecida como direito social e não pode “deixar de fora” aqueles que fogem de um padrão. Este entendimento tem sido consolidado em quase todos os sistemas educacionais, evitando a segregação, que ao contrário do que se deseja, afasta e gera preconceito. Para estas a educação ganha um a importância capital, seja para que se sintam incluídos, seja para que alcancem a sua autonomia e exerçam de fato a cidadania, que não pode ser exclusiva dos considerados normais. Várias experiências voltadas à inclusão têm sido relatadas. Parece ser muito produtivas, se analisadas sob o aspecto individual, mas olhando coletivamente, e em especial em um país que ainda convive em meio às dificuldades organizacionais para a educação regular, e necessita ainda de muitos investimentos. A partir da perspectiva de professores de ensino médio e fundamental, de escolas do município de Paty do Alferes, evidenciaram-se as principais dificuldades identificadas por eles para que a inclusão desta clientela com necessidades especiais fosse alcançada. O presente estudo teve por objetivo rever os [...] A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). O direito à educação escolar é um desses espaços que não perderam nem perderão sua atualidade. Hoje, praticamente não há mais país que não garanta, em seus textos legais, o acesso de seus cidadãos à educação básica. Afinal, a educação escolar é uma dimensão latente da cidadania, e esse princípio é indispensável para políticas que visam a participação de todos nos espaços sociais e políticos e, mesmo, para reinserção no mundo profissional. Desse modo observou-se que a luta pelo respeito às diferenças se faz presente, ainda que não do jeito pretendido, ou seja, de modo que haja o completo respeito pelas singularidades de toda sorte podemos notar que essa luta e empreendimento por uma educação mais justa e com igualdade de oportunidade se faz presente e em contínuo avanço. De acordo com o pensamento de inclusão e respeitos às diferenças, Ferreira e Guimarães (2003, p.44) acrescentam que; [...] é preciso despertar para a respeitabilidade, a Universidade Severino Sombra/Curso de Gestão Pública. 155 V JORNADA SEVERINO SOMBRA conceitos que norteia a adoção da educação inclusiva no Brasil, suas estratégias e comparar a partir das percepções dos professores seus avanços e desafios. Na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, a respeito da educação, consta: Por essa espécie de educação se entende o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. A educação inclusiva é uma ação humanista em sua singularidade e tem por objetivo a satisfação pessoal, o crescimento, o desenvolvimento do aluno como parte do universo da escola. Numa escola inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social, onde todos têm direito a escolarização o mais próximo do normal. Há muitos problemas que impedem que a educação inclusiva atinja o objetivo desejado, um deles é o despreparo dos professores, que enfrentam dificuldade não só em transmitir para esses alunos as disciplinas especificas em suas áreas de formação, mas falta também o próprio conhecimento ”para lidar com a língua brasileira de suas ( libras) e com a presença de intérpretes em suas aulas”.(SILVEIRA E SOUZA,2011, p. 38). Isso se torna ainda mais complicado quando se trata de professores de diversas áreas, pois enfrentam grandes dificuldades em lidar com a construção do conhecimento científico voltado para esse grupo específico. Materiais e Métodos A pesquisa foi realizada em Paty do Alferes, estado do Rio de Janeiro, com vinte professores das escolas municipais e do CIEP Brizolão 278 Joaquim Osório Duque Estrada, pesquisa de campo exploratória, de caráter bibliográfico e descritiva, com aplicação de questionário, com tratamento quantitativo e qualitativo. Foi elaborado um questionário para levantamento dos dados e a aplicação do mesmo foi feita pelo autor. De posse dos resultados foi realizado um estudo, que procurou aprofundar as questões tão difíceis relativas à inclusão. Consideraçoes finais Resultados e Discussão A partir do estabelecido pelos autores e legislação, a inclusão escolar deverá ser realizada. Entretanto, os professores pesquisados demonstraram muitas dificuldades para adoção dessas práticas. A fim de facilitar essa inclusão, conclui-se que, não basta inserir alunos com necessidades especiais no ensino regular, é preciso que seja estruturado para eles um ensino de qualidade. Mais do que qualquer discussão política que indique como seguir, deve haver uma grande preocupação O levantamento constatou que 60% da educação deve estar consciente e praticar a inclusão e 40% apenas consciente. Na visão dos professores, uma educação consciente e prática fará com que os alunos se sintam reconhecidos, valorizados e respeitados. Detectouse que a equipe pedagógica não está capacitada para atender os alunos com necessidades especiais 60% e 40%, possivelmente, com muito esforço e dedicação. A equipe pedagógica se sente impotente diante das inúmeras dificuldades encontradas no atendimento aos 156 V JORNADA SEVERINO SOMBRA alunos portadores de necessidades especiais e alguns docentes mais otimistas acreditam ser possível lidar com a deficiência, apesar de ser uma tarefa árdua e difícil. Constatou-se que os professores não estão preparados para receber alunos com necessidades especiais, uma vez que 80% dos pesquisados responderam não e apenas 20%, provavelmente. Para se fazer a real inclusão é necessário haver mais preparação por parte dos professores, a qual é ainda muito ineficiente, sendo que alguns acreditam ser possível com seu conhecimento e possuir alguma experiência. O resultado da pesquisa apresenta como é difícil quebrar preconceitos na área da educação. Todos os professores responderam não (100%). A razão mais importante para o ensino inclusivo é a quebra de preconceitos. Apesar do conhecimento com respeito às diferenças e aos direitos iguais para todos, preconceitos ainda não foram vencidos totalmente. De co acordo com o que se constatou, 40% não estão preparados e 60% mais ou menos se esforçam para fazer um bom trabalho. A maioria dos professores e a comunidade procuram de alguma forma trabalhar em conjunto para que haja uma boa abordagem do ensino inclusivo, apesar da grande resistência ainda existente. Detectou-se que 80% dos professores acreditam que são poucos ou nenhum os serviços disponibilizados às crianças portadoras de deficiência e 20% não existe. Os serviços de apoio disponibilizados para os alunos com necessidades especiais são ainda muito poucos, falta apoio e sensibilidade para investir nessa área, os professores sentem-se frustrados por não disporem de serviços e materiais capazes de tornarem suas aulas mais eficientes. Ainda, no levantamento feito, quando se questionou sobre os acessos disponíveis 20% responderam acessibilidade, outros 20% atendimento educacional especializado e 60% não responderam. A adequação dos espaços e todos os demais requisitos para benefício dos alunos portadores de necessidades especiais não são suficientes, o atendimento educacional especializado é precário, e a maioria dos professores não respondeu sobre os acessos disponíveis. compreensão, a educação e a reabilitação da pessoa com deficiência, assumindo uma política de direitos humanos, que garanta a todos, indistintamente, oportunidades educacionais, laborais, de lazer e de bem estar (FERREIRA E GUIMARÃES, 2003, p.44). na preparação dos profissionais da educação, sobretudo os professores para lidar com esses alunos. A presença de uma equipe técnica capacitada e disposta a trabalhar com essas crianças, ajudando-as a sentirem-se parte de seu processo de aprendizagem e socialização com seus colegas de classe e demais membros da escola, consolidando assim o seu processo de inclusão. Sabe-se que a educação inclusiva acarreta muitas dificuldades para quem não está acostumado e esclarecido a respeito das crianças com necessidades especiais. Conclui-se que a Educação Inclusiva é uma realidade não só aqui no Brasil, mas em qualquer parte do mundo, sendo que ainda há um longo caminho a ser percorrido até alcançar-se a inclusão de todos os alunos portadores de necessidades especiais com uma inclusão escolar de qualidade, possibilitando-os a uma maior independência e autonomia em suas ações na sociedade, contribuindo com a própria evolução em prol de uma real e verdadeira integração como ser participativo e construtor da sua própria história. Referências BRASIL – CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1988. SENADO FEDERAL. V JORNADA SEVERINO SOMBRA BRASIL – Leis, Decretos etc..Lei de Diretrizes e Bases Lei nº9.394/96. Brasília,1996. CARVALHO, R.E.Escola Inclusiva. Porto Alegre: Mediação,2008. FERREIRA, Maria Elisa Caputi; GUIMARÃES, Marly. Educação Inclusiva. Rio de Janeiro DP&A, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. SILVEIRA, G. de M. Escola e Inclusão: é possível o diálogo. São Carlos: EDUFSCAR, 2007. SOUZA, O. M. A epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1987. 157 A inclusão através da música em escolas públicas municipais Patrícia Lopes de Freitas Silva, Margareth Fernandes Resumo O presente trabalho vem demonstrar a necessidade da inclusão social nas escolas públicas municipais, tendo como possibilidade de ensino a música para o desenvolvimento como foco na construção do sentimento e fazendo parte da vida dos alunos. Uma escola que, ao ampliar seus conhecimentos e sentimentos, possa proporcionar oportunidades de aprendizado a todos os alunos que precisam de inclusão, com implementação de novas metodologias pedagógicas, ofertas de atividades musicais educativas e articuladas e a otimização do espaço escolar e dos demais espaços públicos. O intuito dessa inclusão é a busca por melhorias e qualidade do aprendizado de forma sustentável a fim de promover o bem estar e o crescimento econômico e educacional das pessoas com essa necessidade. Introdução aluno uma igualdade de ensino dentro de suas limitações, tendo atividades para desenvolver suas habilidades e competências e ainda desenvolver atividades artísticas, culturais, intelectuais, entre outras dentro do aprendizado musical, que serve como terapia, cultura, incentivo futuro, para se tornar um cidadão preparado e qualificado para a competitividade que o abrangerá. A função é fazer com que o aluno queira não somente ir para a escola, mas principalmente permanecer nela, aprendendo, se qualificando e com a certeza de que, ao se formar, sairá dessa escola capacitada para enfrentar a concorrência mesmo dentro de suas limitações no mundo lá fora, com uma imensa perspectiva de vida, enxergando assim, uma possibilidade maior, e melhor de vencer uma competição no mercado de trabalho. Para acabar com a exclusão social é preciso respeitar o próximo, dando-lhe a garantia de que poderão usufruir dos seus direitos com satisfação. A inclusão social na visão de Ferreira (2000), é um conjunto de ações e meios de acabar com a exclusão social, quer seja por motivos de educação, meios geográficos, preconceitos sociais ou qualquer outra limitação aparente e não aparente. Bozon (2000) refere-se à música, questiona se é uma linguagem ou uma manifestação artística que tem o poder de fazer penetrar profundamente a alma, numa esfera em que a razão e o raciocínio lógico não penetrem, ou é simplesmente uma sucessão de sons? Para ela a música se compreende e se interpreta e se executa. É uma linguagem universal, mas com dialetos variados de cultura para cultura. Envolve a maneira de tocar, de cantar, de organizar os sons e de definir as notas básicas e seus intervalos. Já Ferreira (2001) afirma que a música é apenas alturas, intensidades, timbres, e durações. Que A proposta deste trabalho foi diversificar a rotina da escola com inclusão através da música inovando e enchendo os conteúdos direcionados a uma educação criativa e de qualidade. Tendo em vista que as escolas públicas passam por uma grande dificuldade, frequentada em sua maior parte, por pessoas de pouca posse, da classe média baixa, pessoas que não têm uma situação econômica favorável, que muitas vezes passam por privações, necessidades como má alimentação, falta de transporte, ausência de profissionais qualificados, falta de incentivo, desqualificação para receber pessoas com necessidades especiais, levando assim o aluno a desistir de frequentar a escola, tornando seus sonhos e seus objetivos ainda mais distantes. O assunto trata de um sério problema e dificuldade que há muito tempo as escolas públicas municipais vêm sofrendo. Assunto bastante discutido em que o professor tenta se adequar às necessidades dos alunos especiais em suas limitações, porém tem dizimado seu tempo para desempenhar atividades que não deveriam estar no seu dia a dia. Eles passam a ter funções que, na verdade, não são apenas de professor, mas sim de psicólogo, assistente social, e muitas vezes fazem o papel dos próprios pais, sobrecarregando os profissionais. O objetivo deste estudo foi demonstrar como a inclusão de alunos especiais tanto físicos quanto de socialização melhorara a aprendizagem usando a música como parte da matéria importante para seu desenvolvimento de forma a elevar a qualidade de ensino desse aluno, reduzindo a possibilidade de reprovação, tendo em vista que, ao proporcionar a esse Universidade Severino Sombra/Curso de Gestão Pública. 158 V JORNADA SEVERINO SOMBRA Palavras-Chave: Mais educação. Inclusão. Musicalidade e cultura. Aprendizado qualificada. interferem na maneira de sentir e de pensar. Desta forma, pode-se perceber que a música está diretamente relacionada com todo ser humano. Sua representação de sons atinge esferas diferentes conforme a maneira a que se executa. Visando que em todo seu aspecto ela produz reações no homem, que contribui em diversas situações cotidianas. O que Ferreira (2001) define como dominante suas diversas maneiras de ouvir música: “ouvir com o corpo, com o emocional, com intelecto. Desta forma produz estímulos no ser humano. Produzindo estímulo também produz reações variadas. A música não pode ser desconectada do processo de ensino-aprendizagem da escola. A criança que convive em meio a música é extremamente agradável. Adquire conceitos novos, habilidades diferentes de desenvolvimento, criatividade, tende a ter boa memória boa coordenação. E tendo em vista a obrigatoriedade das aulas de músicas nas escolas. Com a lei n.º 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, passou a valer para o ensino fundamental e médio de todas as escolas brasileiras. Essa lei altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que determina o aprendizado de arte, mas não especifica o conteúdo. Ferreira (2001) ressalta que toda criança está imersa em uma cultura que é formada pela família e por todo o grupo social em que ela cresce. É nesse contexto que haverá as relações de troca entre os indivíduos e o meio, resultando, assim, na formação social dessa criança. Portanto, a família e a escola são os maiores responsáveis por desenvolver as habilidades musicais, mostrando e estimulando a apreciação dos sons. Bozon (2000) afirma que a música é uma linguagem que não tendo diferença de qualquer outra linguagem requerendo diálogo dessa linguagem ou por meio dela. O educador por sua vez precisa conhecer o universo musical a que a criança pertence. Brito (2003) Defende a linguagem musical como uma linguagem interpretada, entendida e definida de forma variada por épocas e culturas diferentes pra cada tempo. De acordo com Ferreira (2001): Material e Métodos A pesquisa foi campo com abordagem descritiva, aplicação de questionário, com tratamento qualitativo dos dados de forma quantitativos. As pesquisas exploratórias apresentaram tema especificamente tratado em suas ocorrências nas organizações públicas em que se abordara, além da revisão da literatura, o levantamento das percepções de servidores municipais do executivo e legislativo de um município da região Sul Fluminense, a respeito do conhecimento das práticas que configuram o assédio moral e suas implicações. O questionário foi aplicado a vinte professores das escolas municipais da Região Sul Fluminense. Os servidores foram abordados no próprio ambiente de trabalho, a escola pública municipal, em horários e dias variados. Após a explicação do tema e objetivo, foi fornecido o formulário, termo de consentimento que não permitia a identificação do servidor, e este foi respondido reservadamente por cada um deles. [...] Considerar-se não músico em termos educacionais tem impedido que a música pertença ao universo escolar de maneira objetiva. Este sentimento de incapacidade musical está muito presente entre os professores generalistas, aqueles que trabalham todas as áreas do conhecimento escolar com uma turma, e os mesmos raramente incluem música em suas atividades de forma consciente e crítica. O resultado deste estranhamento que se estabelece em relação à música na educação é um dos fatores que contribuem para o distanciamento cada vez maior das questões musicais no contexto escolar. É preciso romper com este círculo vicioso e redimensionar o papel da música na escola para que as futuras gerações estejam alfabetizadas musicalmente (FIGUEIREDO, 2002, p. 51) Resultados e Discussão O questionário foi aplicado com servidores concursados e comissionados no seu local de trabalho, a escola pública com a autorização dos seus superiores hierárquicos e conforme o termo de consentimento de acordo com a resolução 196/96 do CNS, composto das seguintes questões: De acordo com a pesquisa o gráfico um apresenta que 100% dos entrevistados gostam de Segundo Ferreira (2001), o fato de não se ter 159 V JORNADA SEVERINO SOMBRA músicos nas escolas faz com que não se ensinem música. Uma vez em que se faça entender que a música está presente em tudo que se faz, ampliará o conhecimento de muitos ditos não músicos, mas, professores , a estarem lecionando com o que se entende por música. De acordo com Bozon (2000) o caráter social da música tendo sua prática própria nas relações interpessoais. Tem uma afirmativa que a música constitui um fenômeno que integra socialmente os seres humanos. A música aproxima as pessoas para estabelecerem relações de amizade, de hierarquia, de valores humanos e papéis sociais interdependentes. Sobre o incentivo do professor essas relações interpessoais levam os que se envolvem com as atividades musicais em grupos a aprender e a ter mais respeito um ao outro. Por esse motivo a música tem sido um propiciador que amplia as relações sociais, desenvolve a relação com sigo mesmo e com os demais na comunidade sócio-cultural em que se insere. Além de se desenvolver no indivíduo a musicalidade, desenvolver o autocontrole a auto-estima e muitas outras variadas potencialidades, é o que mais propicia as relações sociais harmonizadoras em vários níveis. música. Isso demonstra que a música é fundamental na vida de todos. De acordo com a pesquisa 95% responderam que a música mudaria a percepção dos alunos que precisam de inclusão e apenas 5% responderam que não. Pode-se perceber que a maioria reconhece que a música é favorável na inclusão daqueles que necessitam de alguma forma fazerem parte da vida social de uma escola. O estudo ainda apresentou que 30% das pessoas entrevistadas estudaram música, mas a maioria, 70%, nunca estudaram música em nenhuma época de sua vida. O que é lamentável uma vez que a maioria reconhece que a música é importante e que gostam de música. De acordo com a pesquisa do grupo em foco, 95% das respostas dos entrevistados alegam que a música é muito importante para ser trabalhada nas escolas, apenas 5% acham que não é importante o trabalho com a música nas escolas. Essa minoria não consegue ver a importância por não conhecer de fato um bom trabalho musical nas escolas devido não se ter esse trabalho ainda bem desenvolvido nas escolas públicas. despertando o interesse e o gosto musical. È importante levar em conta o contexto cultural já estabelecido de cada aluno, cada conhecimento já adquirido em outras épocas e trabalhos desenvolvidos em sala de aula dentro da modalidade artes em geral. Fazendo assim será obtido grande êxito. Referências BOZON, Michel. Práticas musicais e classes sociais: estrutura de um campo local. Em Pauta: Revista do Programa de Pós-Graduação em Música UFRGS, v.11 n.º 16/17. Porto Alegre: UFRGS, 2000, p.146-174. FERREIRA, Aurora. Arte, escola e inclusão: atividades artísticas, Rio de Janeiro: Vozes,, 2001 SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão – Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1999. V JORNADA SEVERINO SOMBRA Considerações finais A pesquisa demonstrou que é bastante satisfatória a inclusão através da música, pois as pessoas entrevistadas alegaram gostar de música, embora a maioria nunca tenha estudado nada referente a essa cultura nas escolas públicas. O aluno que tende a ter alguma dificuldade social quer seja física, intelectual, convívio social por exclusão terá a oportunidade de estar se sociabilizando no convívio entre pessoas de diferentes tipos de limitações. Sabendo-se que a música proporcionará benefícios aos que praticarem a musicalidade de alguma forma em sua vida. Ela só vem acrescentar e aprimorar mais ainda um currículo escolar que aderir essa nova forma de lei nas escolas públicas, onde a sua maioria são de pessoas de baixa renda que muitas vezes passam por necessidades e privações. A escola terá como auxilio de inclusão a música em um todo. A lei se apresenta como um novo alento para a educação musical em escolas públicas trazendo o ensino de música na modalidade artes precisando se destacar mais na vida daqueles que de alguma forma se encontra na exclusão social até mesmo dentro da sociedade escolar. O ensino da música em escolas públicas tende a melhorar a forma lúdica, e coletiva, com utilização de jogos, brincadeiras de roda, e nas confecções de instrumentos. A música é capaz de combater a agressividade infantil e os problemas de rejeição por meio de trabalhos corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora, desenvolvendo o espírito crítico, se fazendo conhecer as raízes brasileiras da música, 160