Jerê Filmes Moracy do Val e Sony Pictures apresentam Daniel Em Direção: Jeremias Moreira Produção: Moracy do Val Roteiro: Jeremias Moreira, Beto Moraes e Carlos Nascimbeni. com Vanessa Giácomo José de Abreu Rosi Campos e João Pedro Carvalho, como O Menino da Porteira. Uma realização Jerê Filmes 1 O RETORNO DE UM CLÁSSICO Mais de 30 anos depois do lançamento de “O Menino da Porteira”, verdadeiro clássico popular brasileiro que levou 4,5 milhões de pessoas aos cinemas, a dupla Jeremias Moreira (direção) e Moracy do Val (produção executiva) volta a se reunir. Jeremias e Moracy acabam de refilmar o grande sucesso de 1976, agora com o cantor Daniel no papel do boiadeiro Diogo (vivido por Sérgio Reis no filme original), e José de Abreu como o vilão Major Batista, interpretado anteriormente por Jofre Soares. Juliana, principal papel feminino do filme, é agora vivida por Vanessa Giácomo. Maria José Viana foi a intérprete da versão anterior. Com a ação ambientada nos nostálgicos anos 50, este novo “O Menino da Porteira” teve suas filmagens realizadas no município de Brotas, interior paulista, e na cidade cenográfica especialmente construída no Pólo Cinematográfico de Paulínia (SP). A produção é da Jerê Filmes, com distribuição da Sony Pictures. SINOPSE Interior do sudeste do Brasil, anos 50. Diogo é um peão de boiadeiro calado, introspectivo, mas de enorme coração. Quando solta a voz na cantoria, todos se encantam. Ao tocar uma grande boiada para a Fazenda Ouro Fino, de propriedade do truculento Major Batista, Diogo passa pelo Sítio Remanso, de Otacílio Mendes, onde conhece e trava amizade com Rodrigo, o menino da porteira. Porém, Otacílio é inimigo político do Major, e Diogo logo percebe a forte tensão que existe pela região. Chegando ao vilarejo, Diogo é procurado por um grupo de pequenos sitiantes que lhe revelam a maneira predatória e violenta como o Major domina o lugar, forçando os criadores a vender gado e terras pelo preço que impõe. Contra os que se recusam, ele costuma usar a violência de seus capangas. Diogo aceita levar o rebanho dos pequenos criadores para ser vendido em melhores condições, em outra região. O Major reage de maneira brutal. A situação entre Diogo e o Major fica cada vez mais insustentável. A cidade está dividida, o clima é de guerra e as conseqüências serão tragicamente inevitáveis. E como se tudo isso não bastasse, Diogo ainda se encanta com Juliana, a bela enteada do Major. O amor que surge entre eles provoca ainda mais a ira do tirano local. 2 ELENCO E PERSONAGENS DANIEL é DIOGO, o peão de boiadeiro, é o herói da história. Caladão e introspectivo, ele toca berrante como ninguém. E apesar da aparência sempre meio desconfiada, ele tem o coração do tamanho de um boi. “Fiquei feliz com o convite”, diz Daniel. “É uma honra e um enorme desafio viver esse papel. E é também uma responsabilidade fazer esse filme que trata da alma caipira, uma cultura que eu conheço e vivo desde que me entendo por gente. Para mim, é um grande prazer”. José Daniel Camillo, mais conhecido simplesmente como Daniel, é um dos maiores e mais populares cantores da música brasileira. Natural da cidade de Brotas, interior de São Paulo, sempre gostou de música sertaneja e de cantar. Começou tocando com o pai e aos cinco anos já dedilhava o violão, passando depois a participar de festivais da região, onde conheceu José Henrique dos Reis. Com ele, montou a dupla “João Paulo e Daniel”, que gravou seu primeiro disco em 1985, obteve um grande sucesso, e conquistou diversos discos de ouro e platina. Porém, em 1997, a morte de João Paulo num acidente de automóvel separou os amigos. Daniel seguiu carreira solo e realizou um antigo sonho da dupla: gravou três CDs intitulados "Meu Reino Encantando", interpretando canções clássicas sertanejas, ao lado de grandes nomes do gênero. Hoje, Daniel é um dos maiores expoentes da música brasileira romântica e sertaneja. No cinema fez participações nos longas “Xuxa Requebra” e “Didi, O Cupido Trapalhão”. “O Menino da Porteira” é seu primeiro papel como protagonista. JOÃO PEDRO CARVALHO é RODRIGO, O MENINO DA PORTEIRA. Ele vive alheio ao conflito entre o seu pai Otacílio e o Major Batista. Foi a mistura caipira do africano, do índio, do português, que esculpiu o rosto e a alma do menino Alegre, sorridente e esperto, ele é fascinado pela figura de Diogo, para quem sempre pede: “Toca o berrante, seu moço!”. “Eu gosto muito desse personagem”, conta João Pedro. “Ele corre, brinca, se diverte com os amigos e conhece um monte de lugares no campo. É muito bom”. Paulistano, João Pedro Carvalho atuou no cinema quando ainda era bebê, no filme “Acquária”, ao lado da dupla Sandy e Júnior. Ele venceu uma seleção de quase 500 garotos JOSÉ DE ABREU é O MAJOR BATISTA o vilão da história, o inimigo número 1 dos sitiantes locais. É ele quem toma as rédeas do poder e da política local à força. Usa seus capangas para fazer prevalecer a sua vontade. Obriga os sitiantes que tentam sobreviver da pequena produção a vender gado e terras pelo preço que impõe. Ressentido por não conseguir reaver as suas terras, perdidas na época da crise de 29, 3 ele conduz sua ganância em comitiva por essas bandas. “Eu também tenho a cultura sertaneja em minhas raízes”, diz José de Abreu. “Nasci no interior e passei boa parte da minha infância na fazenda. É um prazer muito grande participar de um projeto como esse, e o Major foi um presente que me deram”. José de Abreu, natural de Santa Rita do Passa Quatro, começou na dramaturgia no Teatro da Universidade Católica (Tuca), em São Paulo, com a peça “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto e Chico Buarque, em 1967. Com o sucesso do filme “A Intrusa” em 1979, começa a fazer novelas na TV Globo. Foram marcantes seus vilões, como o Eriberto, de “Porto dos Milagres”. Seus principais trabalhos no cinema foram: “JK - Bela Noite para Voar”, “Mauá: o Imperador e o Rei”, “Guerra de Canudos”, “O Cineasta da Selva”, “O Guarani”, “Lamarca”, “Luzia Homem” , “Fulaninha”, “Anjos do Arrabalde”, “Luz del Fuego”, “A Intrusa” e “Anuska, Manequim e Mulher”. VANESSA GIÁCOMO é JULIANA, uma bela jovem, professora da região, enteada do Major, e totalmente contrária aos métodos violentos de seu padrasto. “Ela é uma personagem que acredita muito nos seus ideais, e uma professora apaixonada pelo que faz”, explica Vanessa. “Cada personagem carrega uma beleza que mistura simplicidade, humildade e, ao mesmo tempo, uma riqueza e uma história de vida que muitos vão se identificar”. Vanessa Giácomo, nome artístico de Vanessa Mendes da Silva Lima, começou sua carreira no teatro, aos 13 anos de idade. Mas o público passou a conhecê-la melhor no papel principal da telenovela “Cabocla”, após pequenos papéis em “Malhação” e “Presença de Anita”. Estreou no cinema com “Canta Maria”, de Francisco Ramalho Jr. Depois participou de “A Ilha dos Escravos”, de “Os 12 Trabalhos” e do ainda inédito “Brazuca”, sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes em Londres. Atuou na minissérie “Amazônia” e na telenovela “Duas Caras”. EUCIR DE SOUZA é OTACÍLIO, pai do garoto Rodrigo, um dos líderes dos pequenos sitiantes da região que lutam contra o autoritarismo do Major. “Acredito que o cinema brasileiro precisa de projetos como esse, com qualidade técnica, uma história rica e um time de atores e profissionais de primeira linha”, diz Eucir. Formado pela ECA, USP, Eucir de Souza iniciou sua carreira em Guaxupé, MG. No cinema, atuou nos longas “Soluços e Soluções”, “Quer Saber”, “Fim da Linha” e “Através da Janela”, além de vários curtas (entre eles, o premiado “Palíndromo”). Recebeu no Festival de Brasília o Prêmio Saruê por sua interpretação no filme “Meu Mundo em Perigo” Na TV, esteve na novela “Bang Bang” e nos seriados “Carandiru” e “Antonia”. 4 ROSI CAMPOS é FILOCA, a divertida e simplória e “faz-tudo” da hospedaria da cidade, arrasta a asa para Chico Fu. “Eu já gostava e gosto muito da canção título. Poder atuar no filme que é inspirado nessa música tão rica e presente no nosso cancioneiro popular já me fez apaixonar pelo projeto logo de início”, conta Rosi. Rosi Campos é o nome artístico de Rosangela Martins Campos, nascida em Bragança Paulista. Conhecida do público pela sua atuação na série de TV “Castelo Rá-Tim Bum”, ela já atuou em inúmeras peças teatrais e dezenas de telenovelas. No cinema, esteve também em “Avassaladoras” e “Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme”. ANTONIO EDSON é Zé Coqueiro, o cozinheiro da comitiva de Diogo. "Um sujeito muito alegre, meio trapalhão, que pelo seu jeito de ser, andou tendo uns entreveros com as autoridades da cidadezinha. Mas é muito querido por todos e até arranja uma nomorada apaixonada, na figura da Filoca." Antonio Edson, que faz em "O Menino da Porteira" sua estréia cinematográfica, foi um dos fundadores, em 1982, do importante grupo teatral, o Galpão, de Belo Horizonte, pioneiro em reapresentações em praças públicas, com espetáculos como "Álbum de Família", de Nelson Rodrigues, "Romeu e Julieta", de Shakespeare, "Inspetor Geral", de Gogol, "Um Homem é um Homem", de Brecht, entre outros. VALTER SANTOS é JOÃO SÓ, um homem dividido, capataz do Major, mas com a dor da culpa que corrói os malfeitores. Já feriu e matou muitos em nome da lei do Major, mas em seu coração havia um espaço para a compaixão e o arrependimento contra as injustiças que ajuda a cometer. “O Menino da Porteira é um filme que tinha tudo pra ser um drama, por causa da história da canção, mas a direção trouxe personagens e outros elementos que trazem emoção, comicidade, aventura, e o contexto social de uma época”, afirma Valter. Valter Santos estudou no Conservatório Nacional de Teatro, no Rio de Janeiro. Atuou em vários espetáculos teatrais, como “Hair” e “A Semana” pelo qual foi premiado pela APCA. É forte presença também em telenovelas e dublagens. EDUARDO CHAGAS é CHICO FU, o fofoqueiro da cidade, leva-e-traz e capacho dos capangas do Major. “O filme, a direção, a produção, o elenco, os personagens, tudo combinou e deu tão certo que tem tudo pra ser um grande sucesso e que muitas pessoas vejam e se emocionem com esse filme”, diz Chagas. Eduardo Chagas é ator profissional desde 1979. Sua formação inclui diversas técnicas de expressão corporal e interpretação, desde comédia dell’arte, mímica e clown a taichi-chuan a balé clássico. No cinema atuou em “Querô” e “A Encarnação do Demônio”. LUI STRASSBURGUER é MILITÃO, o subdelegado corrupto de Rio Bonito e comparsa 5 do Major Batista. Juntos, tramam armadilhas e tocaias contra os sitiantes. Ele é frio, cruel, e capaz de tudo para servir ao seu patrão. “Tenho certeza que O Menino da Porteira vai atingir em cheio o coração do grande público, como foi a primeira versão, também dirigida pelo Jeremias”, afirma Lui. Lui Strassburger começou no teatro em Porto Alegre, sua cidade natal. De 1984 a 87 participou, no papel de Édipo, da peça “A Verdadeira História de Édipo Rei”, sucesso que ficou três anos em cartaz. Ainda em Porto Alegre atuou no premiado curta; “O Dia em Que Dorival Encarou a Guarda” e no longa “A Noite”. Protagonizou vários curtas como “Átimo”, “14 Bis”e “O Encontro” (onde foi premiado como Melhor Ator em Gramado, Curitiba, Juiz de Fora, Parati, Cuiabá e Belém). Atuou nos longas ”O Efeito Ilha”, “Perfume de Gardênia”, “Bicho de Sete Cabeças” e “Quanto Vale ou é Por Quilo?”. CLÁUDIA MISURRA é CAROLINA, a dedicada esposa de Otacílio e carinhosa mãe de Rodrigo. “As pessoas vão rir, se emocionar, ver uma produção de grande qualidade e, ainda desfrutar um pouco da alma caipira, do ser caipira”, afirma Cláudia. Cláudia Missura desenvolve um importante trabalho no teatro, principalmente direcionado aos públicos infantil e juvenil. No cinema, roubou a cena como a faxineira Raimunda, em “Domésticas, o Filme”. Na TV, esteve em “A Idade da Loba” e, mais recentemente, em “A Favorita”. Também no elenco: ZEDU NEVES é Dr. Almeida CARLOS MECENI é Noca NELSON PIRES é Fortunato ALCIDES MIRANDA é Teodoro JOSÉ E. ADORNO é Leobino ANTONIO GOMES é Deolindo GERMANO PEREIRA é Garoto JOSÉ FERRO é Miro JOSÉ R. SCATOLIN é Gandu pai PAULO AGNELLI é Venerando EDVAR MIRANDA é Antônio Tega MARIA JOSÉ FRANCO é Cesarina ADAIR LUIZ DE ABREU é Zeca Barbeiro ABEL GARCIA é Craro APARECIDO ANTONIO KELM é Prequeté CARLOS ALBERTO AMORIM é Antônio Cuba EVANDRO JOCIEL SANTOS é Celau 6 CURIOSIDADES DA PRODUÇÃO Baseado em letra de música Muitos filmes são baseados em livros, peças teatrais, histórias em quadrinhos ou argumentos originais. Raríssimos, porém, partem da letra de uma música como fonte de inspiração. Um destes filmes raros é “O Menino da Porteira”, idealizado a partir da famosa canção sertaneja composta por Teddy Vieira (letra) e Luizinho (música), gravada pela primeira vez em 1955. Cururu Para os estudiosos da música brasileira, a canção “O Menino da Porteira” é considerado um Cururu, ou seja, uma espécie de repente, um desafio trovado ao som de violas, gênero típico do Médio Tietê, interior paulista. Clássico instantâneo Após sua primeira gravação, em 1955, “O Menino da Porteira” tornou-se rapidamente um verdadeiro clássico do cancioneiro popular brasileiro, música obrigatória no repertório dos maiores intérpretes do gênero, até os dias de hoje. “Menino” virtual No You Tube, encontram-se mais de 200 vídeos de jovens cantando “O Menino da Porteira”. Autenticamente caipira A caracterização do personagem Zé Coqueiro foi inspirada na pintura “Caipira Picando Fumo” de Almeida Júnior (1850-1899), que é parte do acervo da Pinacoteca de São Paulo. Este pintor paulista é bastante reconhecido por abordar, em sua obra, temas nacionais, principalmente cenas do interior de São Paulo. Luz inspirada A obra do pintor paulista Almeida Júnior também serviu de inspiração para a luz do filme, a composição estética dos personagens e a ambientação do filme, sobretudo os quadros “Caipira Picando Fumo” e “Violeiro na Janela”. Histórias além do roteiro Na preparação dos atores, o diretor Jeremias Moreira, adota como técnica de trabalho trazer histórias que ele cria junto com o elenco antes de distribuir o roteiro. Desta forma, quando o ator recebe o roteiro, ele já é o personagem, ou já tem elementos para criar um personagem, independentemente da história. Os originais 7 No filme original, de 1976, o papel do boiadeiro Diogo foi vivido pelo cantor Sérgio Reis, enquanto o Major Batista (agora, na interpretação de José de Abreu), foi Jofre Soares (1918-1996). Maria Viana interpretou Juliana, papel que agora é de Vanessa Giácomo. Dor de dente real Para enfatizar ainda mais o caráter irascível e mal-humorado do seu personagem Major Batista, o ator José de Abreu imaginou que o vilão sofresse de uma crônica dor de dente. Perfeccionista, Abreu foi então ao seu dentista e pediu que ele lhe removesse uma ponte, causando assim um visível desconforto que foi “incorporado” ao personagem. Tudo novo Toda a equipe do filme foi aconselhada pelo diretor, Jeremias Moreira, a não assistir à versão original. A intenção foi a de criar um trabalho novo, sem influências anteriores. Sucesso A primeira versão do filme levou mais de 4 milhões de espectadores aos cinemas, sendo considerada uma das maiores bilheterias da época. Propaganda à moda antiga No filme, é possível observar nomes de anunciantes e patrocinadores pintados em porteiras e cercas de propriedades rurais. Embora pareça estranha nos dias de hoje, esta prática era muito comum nos anos 50 e 60, em todo o interior paulista. O primeiro sertanejo a gente não esquece Um dos destaques da trilha sonora do filme é a canção “Vida Estradeira”. Além de inédita, este é o primeiro trabalho (tanto letra como música) composto em estilo sertanejo pelo maestro e arranjador Nelson Ayres, conhecido pela sua obra instrumental. Locações autênticas “O Menino da Porteira” foi totalmente rodado no interior do estado de São Paulo, com locações na cidade de Brotas e arredores, e no Pólo Cinematográfico de Paulínia, onde foi construída uma cidade cenográfica especialmente para o filme. Remake, não: refilmagem “O Menino da Porteira” é um caso raro de refilmagem dentro do cinema brasileiro. Mais raro ainda (talvez até inédito) pelo fato de ambas as versões – a original e a atual – terem sido assinadas pelo mesmo diretor (Jeremias Moreira) e pelo mesmo produtor (Moracy do Val). 8 EQUIPE TÉCNICA PEDRO FARKAS - DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA. Diretor de fotografia dos mais conceituados, em atividade desde a década de 1980. Paulista de 1954, filho do produtor e fotógrafo húngaro Thomaz Farkas, formou-se em cinema pela ECA/USP. Participou de vários filmes como assistente de câmera e fotografia, até estrear como diretor de fotografia em “A Caminho das Índias” (1981), de Augusto Sevá. Pedro Farkas assina a fotografia de “O Menino da Porteira”, e deixa nesta obra seu selo de qualidade já conferido em "Os Desafinados", “A Ostra E O Vento”, “Ed Mort”, “Desmundo”, “Não Por Acaso”, “Memórias Póstumas”, “Vida de Menina”, “Zuzu Angel”, “Dois Córregos”, "Um Copo de Cólera", "Ele e o Boto", "Fonte da Saudade" e "Marvada Carne". NELSON AYRES - DIREÇÃO MUSICAL Apesar de sua postura sempre discreta, o pianista, arranjador e compositor Nelson Ayres é amplamente reconhecido como umas das personalidades mais importantes da musica instrumental brasileira contemporânea, um constante inovador. Iniciou sua carreira na década de 60, dividindo o palco com outros estudantes que traziam para São Paulo o nascente movimento da bossa nova, como Taiguara, Toquinho e Chico Buarque. Com uma bolsa de estudos, tornou-se o primeiro aluno brasileiro a cursar o afamado Berklee College of Music em Boston, onde, com o saxofonista Vitor Assis Brasil, criou o quinteto Os Cinco, primeiro grupo de música instrumental brasileira da costa leste americana. Nos Estados Unidos tocou e gravou com Airto Moreira e Flora Purim, Astrud Gilberto no auge de seu sucesso, Ron Carter, Walter Booker e outros músicos de peso. Na volta para o Brasil, foi procurado por músicos profissionais paulistas para transmitir o que havia aprendido em sua temporada americana. O curso informal montado para estes músicos foi a origem da Big Band de Nelson Ayres, que pode ser considerada o principal núcleo de revigoração da musica instrumental paulista da década de 70. Durante oito anos a orquestra se apresentou todas as segundas feiras para platéias lotadas no Auditório Augusta e Opus 2004, e levou musica instrumental para o circuito universitário. Foi também figura de destaque nos dois legendários Festivais de Jazz São Paulo/Montreux, apresentando-se ao lado de Benny Carter, Dizzy Gillespie e Toots Thielemans. A década de 80 foi dedicada ao Pau Brasil, um quinteto que propunha para a musica instrumental brasileira um caminho diferente do jazz-rock predominante na época. Um convite da Radio France para participação no Festival de Jazz de Paris foi o início de diversas tournées pela Europa e Japão, além da gravação de vários discos lançados internacionalmente. Com César Camargo Mariano, estrelou em 1984/85 o espetáculo Prisma, primeiro show brasileiro a usar intensivamente recursos de computação aliados a instrumentos eletrônicos. Na década de 90, Nelson Ayres voltou-se novamente para a música orquestral, atuando 9 por nove anos como regente e diretor artístico da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, sendo o principal responsável por seu enorme sucesso. Tem regido freqüentemente outras orquestras no Brasil e no exterior, incluindo a prestigiosa Orquestra Filarmônica de Israel, considerada uma das melhores do mundo, tendo estado recentemente no Brasil sob a regência de Zubin Mehta. Composições de Nelson Ayres foram gravadas por César Mariano, Milton Nascimento, Herbie Mann, Kenny Kotwick, Joyce, Ivan Lins, e Marlui Miranda, entre outros. Suas composições de musica erudita tem sido executadas por orquestras, solistas e grupos de câmara em todo o mundo, como a Orquestra Sinfônica de Jerusalém, New York Symphonyc Brass Quintet, Henry Bok e Julliard Brass Quintet. Foi comissionada pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, para compor seu Concerto para Percussão e Orquestra, estreado em dezembro de 2001 na Sala São Paulo. A partir de 2000 voltou a dedicar-se ao piano, liderando o Nelson Ayres Trio, que conta com a participação de ALBERTO LUCCAS, contrabaixo, e RICARDO MOSCA, bateria. Em 2003 lançou o CD, Perto do Coração. A faixa-título, apesar de ser instrumental, ficou entre as tres finalistas como "melhor canção" do Prêmio Tim 2004. Seu mais novo trabalho é o TRIO 202, com o violonista ULISSES ROCHA e o acordeonista TONINHO FERRAGUTTI, que estreou em abril de 2007 no prestigioso Jazz Standards, em New York. No cinema , seu trabalho pode ser conferido em “Amélia”, “Falsa Loura” e “Garotas do ABC”. ADRIAN COOPER - DIREÇÃO DE ARTE Nascido em Devon, Inglaterra, em 1945, formou-se em artes plásticas e posteriormente em cinema e televisão em Londres. Chegou no Brasil em 1975, após ter trabalhado no Chile, México e Peru, tarbalhando como diretor, diretor de fotografia, e diretor de arte. Foi diretor de fotografia e câmera nos longas-metragens “O País Dos Tenentes, “O beijo 2348/72”, e “Anahy de las Misiones” . Entre os documentários em que trabalhou como diretor de fotografia e câmera, destacam-se: “O Fio Da Memória”, “No Rio Das Amazonas” , “Fé” e “Raul, O início, o fim e o meio”. Como diretor de arte, trabalhou em longas “Marvada Carne” e “Sonho sem fim” , “O Judeu”, “Memórias Póstumas”, “Uma Vida Em Segredo”, “Desmundo”, “Jogo Subterrâneo”, “O Coronel e o Lobisomen, e “Batismo De Sangue”. Na direção de fotografia, fez “Contra Todos”, “Cabra Cega”, “Em Trânsito”. MANGA CAMPION – MONTAGEM Rodrigo Moraes Campion, paulistano de Moema, nascido em 1976, é apaixonado por filmes desde a adolescência, com uma clara predileção pela produção independente, fora do mainstream hollywoodiano. Em 1998 iniciou carreira como montador de filmes publicitários. Em 2001, conheceu o diretor Beto Brant, que o convidou para montar o seu "O Invasor", premiado em Sundance. Seguiram-se “Jogo Subterrâneo”, “O Mundo em Duas Voltas”, “Canta Maria”, “Cão Sem Dono” e o documentário de Fernando Andrade "Coração Vagabundo" (2007), sobre Caetano Veloso. 10 LUIZ MÁRIO VICENTE - PREPARAÇÃO DE ELENCO Em 25 anos de carreira Luiz Mario Vicente acumulou experiências em diversas linguagens. Da vivência acadêmica parte para a prática de seu aprendizado no CPT de Antunes Filho onde foi ator, assistente e preparador corporal por três anos. A partir daí confere incursões ao teatro de animação, dança, carnaval, encenações e projetos de pesquisa em arte educação. A diversidade de atuação e a observação destas relações o encaminham para o processo laboratorial com o ator, em cinema e TV. O curso natural das excelências adquiridas originou um olhar sensível pela verticalização da atuação, onde o ator – parceiro das descobertas – cria imagens e adquiri vidas “humanas” na história contada. É professor de interpretação para cinema, teatro e TV e tem como principais trabalhos em preparação de atores a minissérie “Cidade dos Homens”, os filmes “Querô” (prêmio de melhor ator a Maxwell Nascimento nos mais importantes festivais do Brasil), “O Magnata” e “Terra Vermelha – Birdwatchers” (projeto único de preparação com os índios Guaranis Kaiowás). Em direção teatral confere incursões nos palcos com montagens de autores como Gabriel Garcia Marques, Nélson Rodrigues, Arthur Rimbaud e Guimarães Rosa e no carnaval de São Paulo dirigindo comissões de frente, a mais de 10 anos. MARJORIE GUELLER - FIGURINO Estilista formada pelo Studio Berçot, em Paris, tem um extenso currículo em espetáculos de teatro, óperas, como as assinadas por Bia Lessa, videoclips, programas de televisão, e no cinema sua especialidade são os filmes de época. Seu trabalho como figurinista pode ser conferido nos filmes ”Desmundo”, “Vida de Menina”, “Memórias Póstumas”, “Contra Todos”, “Tônica Dominante”, entre outros. TRILHA SONORA A trilha sonora é elemento fundamental do filme “O Menino da Porteira”. Nem poderia ser diferente. Afinal, trata-se de uma rara ocasião em que um filme tem seu argumento e roteiro baseados na letra de uma canção. Marco fundamental do gênero, a música “O Menino da Porteira” foi composta em 1955 por Teddy Vieira (letra) e Luizinho (música), e gravada pelo trio Luizinho, Limeira e Zezinha, tornando-se rapidamente um clássico do cancioneiro popular brasileiro, obrigatório no repertório dos grandes intérpretes até os dias de hoje. Do cantor sertanejo de raiz ao que adota um estilo mais romântico e contemporâneo, não há astro da música sertaneja que não a inclua em seus shows e discos. 11 “O Menino da Porteira” tem incontáveis regravações, passando por interpretações de diversas duplas como Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Tião Carreiro e Pardinho, Chitãozinho e Xororó entre tantas outras. E foi na voz de Sérgio Reis, por volta de 1970, que essa moda de viola se popularizou em todo o país. Em 1977, a convite de Moracy do Val e Jeremias Moreira, Sérgio foi o protagonista do primeiro filme “O Menino da Porteira”, um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de todos os tempos. Para se ter uma idéia dessa grande popularidade até os dias de hoje, basta acessar o site You Tube. Ali, encontram-se mais de 400 vídeos de jovens, adultos e crianças cantando “O Menino da Porteira”. O CD com as músicas do filme “O Menino da Porteira” reúne tanto faixas inéditas como também clássicos da nossa música de raiz interpretados pelo cantor Daniel. Entre as canções tradicionais estão “Índia”, “Cabecinha no Ombro”, “Tocando em Frente” e “Disparada”, além, é claro, do insuperável “O Menino da Porteira”. As inéditas são “Arribada”, “Vida Estradeira”, “Meu Querido Santo Antonio” e “Boiada”. Um dos destaques da trilha sonora do filme é a canção “Vida Estradeira”. Além de inédita, esta é a primeira composição (tanto letra como música) criada em estilo sertanejo pelo maestro e arranjador Nelson Ayres, conhecido pela sua obra instrumental, que também assina a direção musical do filme e da trilha. O CD com a trilha oficial do filme traz as seguintes músicas: O Menino da Porteira (Luizinho e Teddy Vieira) com Daniel. Tocando Em Frente (Renato Teixeira e Almir Sater) com Com Daniel. Arribada (Rick) com Daniel. Vida Estradeira (Nelson Ayres) com Daniel. Cabecinha no Ombro (Paulo Borges) com Daniel. Índia (José Assunción Flores, Manuel Ortiz Guerreiro e José Fortuna), com Daniel. Meu Reino Encantado (Valdemar Reis e Vicente P. Machado) com José Camilo e Mazinho Quevedo. Disparada (Theo de Barros e Geraldo Vandré) com Daniel. Meu Querido Santo Antonio (Carlos Careqa) com Daniel e Carlos Careqa. Boiada (Rick e Daniel) com Daniel. O Menino da Porteira (versão Réquiem - Luizinho e Teddy Vieira) com Daniel. Os arranjos são de Mário Campanha. Os músicos são Mariozinho Brazil (teclados), Cláudio Rocha (baixo), Adriano Busco (percussão) e Guido Baldacin Filho (mesa de som). 12 Acompanhe a letra: Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro Fino de longe eu avistava a figura de um menino que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo: - Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo. Quando a boiada passava e a poeira ia baixando, eu jogava uma moeda e ele saía pulando: - Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando pra aquele sertão à fora meu berrante ia tocando. Nos caminhos desta vida muitos espinhos eu encontrei, mas nenhum calou mais fundo do que isso que eu passei Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei Vendo a porteira fechada o menino não avistei. Apeei do meu cavalo e no ranchinho a beira chão Ví uma mulher chorando, quis saber qual a razão - Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão! Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração! Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem quando passo na porteira até vejo a sua imagem O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem. A cruzinha no estradão do pensamento não sai Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais Nem que o meu gado estoure, e eu precise ir atrás Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais. ROTEIRO, PRODUÇÃO E DIREÇÃO CARLOS NASCIMBENI – ROTEIRO Formado em Cinema pela ECA/USP, iniciou sua carreira no cinema em 1980 como técnico de som nos filmes “Yawar Mayo – Rio de Sangre”, De Araken Vaz Galvão, produção peruano/brasileira, e “O Rei da Vela”, do Teatro Oficina. Foi montador dos filmes “Delírio e Morte de Um Retirante”, de Davi Quintans e “O Pequeno Exército Louco”, de Lúcia Murat, pelo qual recebeu o prêmio de melhor montagem no Rio 13 Cine Festival – 1984 e na XIV Jornada de Cinema da Bahia – 1984. Dirigiu os curtas “Esquisitamente Familiar”, “Um Musical”, “Sete Lições Para Se Aprender Com as Crianças os Loucos e os Ladrões”. Escreveu, dirigiu e produziu “Made In Brasil”, longa em episódios pelo qual recebeu o Prêmio Governador do Estado, de melhor roteiro. A partir dos anos 1990 trabalhou em televisão e dirigiu a telenovela “Brasileiras e Brasileiros”, no SBT, escreveu e dirigiu a minissérie Colônia Cecília na Bandeirantes, e foi Diretor Geral do Telecurso 2000 para a Fundação Roberto Marinho. Nos anos 2000, foi Gerente de Produção na Fundação Padre Anchieta, responsável pela implantação dos programas “RG”, com Soninha, “Arte & Matemática”, “Ilha Rá-Tim-Bum”, “Jazz & Cia”, “Galera” e “Contos da Meia Noite”. BETO MORAES – ROTEIRO Atuou no Telecurso 2000 e Oficinas Culturais na TV Cultura. Foi roteirista da série “Galera”, dirigida por Jeremias Moreira e exibida pela TV Cultura. A série foi indicada ao Emmy Latino em 2005. MORACY DO VAL – PRODUÇÃO EXECUTIVA Foi um dos principais responsáveis pelo grande sucesso dos filmes sertanejos dos anos 70, e da explosão do grupo “Secos & Molhados”. Foi um dos fundadores do famoso Grupo Oficina e de seu teatro. Foi também sócio do Teatro Gazeta e do Procópio Ferreira. Co-produtor de peças como “A Ratoeira”, “Godspell” e “Hair” e dos shows “Noites de Bossa” no Teatro de Arena. Na TV Excelsior foi um dos produtores do “Ensaio Geral”, com Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Geraldo Vandré, Tuca, Ciro Monteiro, Jacó do Bandolim e o maestro Radamés Gnatalli. Produziu os filmes “O Menino da Porteira”, “Mágoa de Boiadeiro”, “Chumbo Quente” (três dos grandes sucessos do gênero caipira), “Outro Lado do Crime”. “Diário da Província” e “De Cara Limpa”. Dirigiu a “Reserva Especial”, primeira produtora e distribuidora de vídeo, especializada em filmes brasileiros. JEREMIAS MOREIRA – DIREÇÃO E ROTEIRO Diretor paulista que ficou conhecido pelo seu trabalho na primeira versão de “O Menino Da Porteira”, um dos grandes sucessos de bilheteria nacional da década de 70. Nascido em Taquaritinga, mudou-se para São Paulo em 1964 e foi cursar a Escola de Belas Artes. Depois, foi assistente de Luiz Sérgio Person e de Roberto Santos. Foi diretor de produção em “Pantanal de Sangue” (1971), de Reynaldo de Barros, “Efigênia Dá Tudo O Que Tem” (1975), de Olivier Perroy, e “O Predileto” (1975), de Roberto Palmari. Foi também montador em “O Predileto” e “Diário da Província” (1979), ambos de Palmari. Estreou na direção em 1977, com “O Menino da Porteira” e em seguida fez “Mágoa de Boiadeiro”. Em ambos, foi também roteirista, co-produtor e montador. Em 1983, fez “Fuscão Preto”. Atuou também no mercado publicitário, tendo dirigido diversos 14 comerciais nos últimos 30 anos, além de ter dirigido, em 1995, a série Galera, na TV Cultura de São Paulo. UMA PRODUÇÃO JERÊ FILMES A Jerê Filmes foi criada em 1992 pelo cineasta Jeremias Moreira, diretor e co-produtor dos longas “O Menino Da Porteira” e “Mágoa de Boiadeiro”. Atuando no mercado publicitário, a produtora recebeu vários prêmios "Voto Popular" da revista “About”. Em 1999, a revista “Meio e Mensagem” lhe concedeu o prêmio de “Melhor Produtora de Filmes Infantis". Em 2006 realizou a campanha da Epson (20 filmes) que foi incluída na lista “Melhores Campanhas de 2006” da revista About. Em seu portfólio figuram campanhas para Impressoras Epson, Banco Itaú, Nestlé, Nossa Caixa, Banco do Brasil, Coca-Cola, Sadia, Yakult, Johnson&Johnson, Fotóptica, Lacta, BankBoston, Rede Globo, Audi Veículos, Kia Veículos, Fleschman-Royal. Atualmente, além de filmes publicitários, a Jerê Filmes passou a produzir curtas metragens, ele eles “As Aventuras dos Super-Poderosos” (de Lico Queiroz e Julia Jordão), “Lemon & Mora” (de Rodrigo Moreira) e “A Carteira” (também de Rodrigo Moreira). Produz também clipes e documentários e projeta novos longas-metragens, a começar por esta nova versão de seu grande sucesso "O Menino da Porteira”. FICHA TÉCNICA Direção: Jeremias Moreira Produção Executiva: Moracy do Val Roteiro: Jeremias Moreira, Beto Moraes e Carlos Nascimbeni. Direção de fotografia: Pedro Farkas Direção de arte: Adrian Cooper Montagem: Manga Campion Direção musical: Nelson Ayres Preparação de atores: Luiz Mário Vicente Produção de elenco: Quelany Vicente e Mirian Ou Figurino: Marjorie Gueller Maquiagem: Mário Lúcio Teixeira Som direto: João Godoy Sound Design: Beto Ferraz Mixagem: André Tadeu Making of: Alan Lico Still: Fabio Mattos Assistência da Produção Executiva: Débora Proença Imprensa e press book: Carolina Bressane e Celso Sabadin Coordenação de pós-produção: Gustavo Gaiarsa 15 Direção de produção: Mirela Zunino Realização: Jerê Moreira Produtora de Filmes e Vídeos Ltda. e Moracy do Val Distribuição: Sony Pictures 16