Convite à filosofia

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Convite à filosofia
A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo.
Maurice Merleau-Ponty
Não se pode aprender a filosofia;
somente se pode aprender a filosofar.
Immanuel Kant
Por que filosofia?
Entre as matérias escolares, a filosofia é vista não raro como a mais abstrata e a mais distante dos interesses humanos mais imediatos. Depois do
declínio da teologia, na Idade Moderna, coube à filosofia, a antiga serva da
teologia (conforme a máxima dos teólogos medievais), o lugar de rainha.
No entanto, ela seria também destronada com o advento das ciências positivas – aquelas que exigem o recurso da experimentação –, de modo
que hoje é comum se perguntar o porquê da filosofia, pergunta que não
é feita quando o assunto é Matemática, Física ou Biologia. Mesmo disciplinas pertencentes ao arco das ciências humanas – como Pedagogia, Psicologia e Sociologia – encontram justificativas mais facilmente que a Filosofia. Ora, estuda-se Pedagogia para se aprimorar o processo de ensino e
aprendizagem, e a Psicologia e a Sociologia são necessárias para melhor
se compreender o funcionamento da mente humana e da sociedade. Mas,
e a filosofia, serve para quê? Em uma cultura em que se valoriza sobremaneira o que tem finalidade prática e utilidade imediata, o conhecimento
filosófico parece fora de lugar, supérfluo e desnecessário.
Todavia, é justamente aí que se revela a sua imprescindibilidade. Em
uma época e uma sociedade dominadas pela técnica, com os saberes
(entre outros fatores, por causa do enorme cabedal de conhecimento e
experiência acumulados) sendo extremamente especializados e portanto
fragmentados, é indispensável um olhar que ofereça uma crítica e rigorosa
Tópicos da Filosofia da Educação
visão de conjunto de todo esse horizonte. É imperioso – sob o risco de não sabermos nos localizar e portanto ficarmos privados de ação – um saber sobre esses
saberes, um olhar sobre esses olhares, uma indagação sobre essas indagações,
uma pergunta que nasce antes e não termina depois. Por que pensamos o que
pensamos? Por que dizemos o que dizemos? Por que fazemos o que fazemos?
Nossa reflexão tem por meta a educação e, portanto, vamos direcionar para
ela nossos questionamentos. Por que tenho essas ideias acerca do processo educacional? Será que não há outra maneira de se compreender esse processo? Por
que falo dessa maneira sobre ou com nossos educandos? Por que me comporto
dessa maneira em relação a eles? A quem interessa esse método educacional?
De que ponto de vista e de que lugar social ele foi produzido? Isso é filosofia. E,
aplicando-a ao processo do aprendizado, é filosofia da educação.
Definições
Mas, afinal, o que é filosofia? Como podemos defini-la? Existem provavelmente tantas definições quantas são as escolas ou correntes da filosofia. O significado etimológico do termo é “amor à sabedoria”:
phylos = “amigo”, “amor”
sophya = “sabedoria”
Porém, antes do substantivo filosofia já era usado o verbo filosofar e o nome
filósofo. Provavelmente Pitágoras (580-500 a.C.) foi o primeiro a autodenominar-se filósofo, embora se discuta se o título possuía então o mesmo sentido que
ganharia depois, com Platão (426-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.). Para esses
dois nomes paradigmáticos do pensamento ocidental, a filosofia é resultante da
admiração e do estranhamento diante do espetáculo do mundo. Enquanto para
Platão a filosofia é o saber que, em face das contradições da realidade, atinge
a visão do verdadeiro – isto é, das ideias –, para Aristóteles a sua função é a investigação das causas e princípios das coisas. Para ele, na medida do possível,
o filósofo possui, para além da particularidade de cada objeto, a totalidade do
saber. Por isso, a filosofia é a ciência do ser enquanto ser e, em última instância, a
ciência do princípio dos princípios, da causa última.
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Convite à filosofia
Na Idade Média, a filosofia era uma aspiração à compreensão racional dos
dados da fé. Na modernidade, ela foi ganhando cada vez mais autonomia. Para
Francis Bacon (1561-1626), a filosofia é o conhecimento das coisas não pelos seus
fenômenos transitórios, mas pelos seus princípios imutáveis. Para René Descartes
(1596-1650), ela é o saber que averigua os princípios de todas as ciências e, enquanto filosofia primeira (a metafísica), ocupa-se da elucidação das verdades últimas.
John Locke (1632-1704), George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776),
cada um por sua vez, consideram-na, em geral, como crítica das ideias abstratas e
reflexão sobre a experiência. Por outro lado, Immanuel Kant (1724-1804), depois
de traçar os limites da razão, concebe a filosofia como um conhecimento racional
por princípios.
Na corrente conhecida como idealismo alemão, a filosofia é entendida ora
como o sistema do saber absoluto, dedução do mundo a partir do eu, como em
Fichte (1762-1814), ora, como em Hegel (1770-1831), como a consideração pensante das coisas, identificando-se assim com o espírito absoluto, isto é, o espírito
plenamente consciente e conhecedor de si. Para Schopenhauer (1788-1860), ela
é a ciência do princípio de razão como fundamento de todos os outros saberes
e como autorreflexão da vontade. No positivismo, a filosofia torna-se um compêndio geral dos resultados das ciências. Já para Edmund Husserl (1859-1938),
ela é uma ciência rigorosa que conduz à fenomenologia1 como disciplina filosófica fundamental. Por outro lado, para Wittgenstein (1859-1938) e os positivistas
lógicos, ela não é um saber com um conteúdo específico, mas um conjunto de
atos; não um conhecimento e sim uma atividade. Em contrapartida, para Henri
Bergson (1859-1941), a filosofia tem por objeto a substância da intuição, e ainda
que se utilize da ciência como instrumento, aproxima-se mais da arte.
Como se vê, as definições e compreensões do que seja filosofia têm sido tão
elásticas quanto contraditórias. Eis a seguir uma tentativa contemporânea de
definição da filosofia:
A filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e conceitos científicos. Não
é religião: é uma reflexão crítica sobre as origens e formas das crenças religiosas. Não é arte: é uma
interpretação crítica dos conteúdos, das formas, das significações das obras de arte e do trabalho
artístico. Não é Sociologia nem Psicologia, mas a interpretação e avaliação crítica dos conceitos e
métodos da Sociologia e da Psicologia. Não é política, mas a interpretação, compreensão e reflexão
sobre a origem, a natureza e as formas do poder. Não é História, mas interpretação do sentido dos
acontecimentos enquanto inseridos no tempo e na compreensão do que seja o próprio tempo.
Conhecimento do conhecimento e da ação humana, conhecimento da transformação temporal
dos princípios do saber e do agir, conhecimento das mudanças das formas do real ou dos seres; a
filosofia sabe que está na História e que tem uma história. (CHAUÍ, 1994, p. 17)
1
Fenomenologia é o estudo dos fenômenos, ou melhor, o estudo de como o indivíduo percebe os fenômenos, isto é, tudo aquilo que é apreendido
pelos sentidos ou pela consciência.
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Tópicos da Filosofia da Educação
Todavia, o importante em todas essas discussões é que, à medida que crescia
a consciência do problema, erigia-se pouco a pouco uma verdadeira “filosofia
da filosofia”, que tem a sua justificação no fato de a filosofia não ser nunca, por
princípio, uma totalidade acabada, mas sempre uma totalidade possível.
Divisão de tarefas
No entanto, desde cedo essa totalidade precisou de uma repartição de tarefas para poder abarcar os mais variados ângulos de seu múltiplo objeto. Ainda
que a divisão da filosofia em diferentes disciplinas não seja comum a todos os
sistemas, como ocorre em Platão ou Santo Agostinho, ela é visível em muitos
outros sistemas filosóficos. Foi em Aristóteles que apareceram pela primeira vez
as divisões que seriam tão influentes no curso da filosofia ocidental. É a partir de
seu sistema filosófico – espécie de enciclopédia do saber de seu tempo – que
se constituíram como disciplinas a lógica, a ética, a estética (poética), a Psicologia (doutrina da alma), a filosofia política e a filosofia da natureza, todas elas
dominadas pela filosofia primeira (metafísica). Ao longo do tempo, a elas viriam
se acrescentar, dominando sobretudo o ensino da filosofia até o século XIX, a
gnoseologia, a epistemologia, a ontologia, a sociologia, além de um conjunto
de matérias como filosofia da religião, filosofia do Estado, filosofia do Direito,
filosofia da história, filosofia da linguagem etc., bem como a história da filosofia.
Algumas delas se tornariam autônomas, como a Psicologia e a Sociologia. Por
outro lado, há aqueles que julgam, por diversos motivos, que se deve excluir do
corpus filosófico disciplinas como a lógica e a metafísica.
É possível estudar a filosofia de uma maneira sincrônica, isto é, abordando-a
por meio de todas essas disciplinas, sem uma preocupação específica com suas
evoluções temporais e os problemas decorrentes de influências, filiações, ramificações e desdobramentos.
Também é possível estudá-la de um ponto de vista diacrônico, a partir de uma
visada histórica, verificando no tempo o surgimento de suas principais correntes
e o desenvolvimento de suas disciplinas. Pode-se também usar uma abordagem
que se sirva de ambas as possibilidades. Por exemplo, pode-se ao mesmo tempo
estudar tanto a ética e suas exigências atuais (abordagem sincrônica) quanto a
sua evolução na história (abordagem diacrônica). Em nosso trabalho, privilegiaremos um enfoque diacrônico, lançando um olhar sobre alguns dos principais
filósofos e escolas filosóficas da história, mas sem desprezar, em alguns momentos, uma óptica sincrônica.
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Convite à filosofia
A atitude filosófica e o senso comum
Em que consiste uma atitude filosófica? Quando, de fato, estamos envolvidos
no processo filosófico? O que há de fundamental na atitude filosófica é a sua
capacidade de indagar. Perguntar:
O que a coisa é?
Como a coisa é?
Por que a coisa é assim?
Essas questões fazem parte da atitude de alguém que se coloca em uma postura filosófica frente ao mundo. O filósofo é aquele que não aceita como dadas
as respostas às questões com que ele se depara no mundo.
De fato, a filosofia é um conhecimento instituinte na medida em que questiona o saber instituído, que é o saber já posto, já estabelecido, que goza de um
certo consenso. De certa forma, é tudo aquilo que se tem por verdadeiro, por
natural – em um determinado momento, em uma determinada sociedade. Resumindo, saber instituído é o senso comum. E, nesse processo de indagação acerca
desse saber institucionalizado, o ser humano vai dando novos significados ao
mundo e à sua própria existência.
Quando nos referimos ao conceito de senso comum, nós o relacionamos ao
conhecimento fragmentado da realidade. Platão definia esse tipo de conhecimento como doxa (“opinião”). Em outras palavras, emitimos parecer sobre tudo
o que nos cerca e, no entanto, nessas opiniões nos falta uma visão da totalidade. Não conseguimos perceber que tudo se encontra inter-relacionado. Ou seja,
para que possamos ter uma visão da totalidade de um fenômeno, torna-se necessário apreendê-lo na sua relação com os demais fenômenos.
Embora Platão tenha estabelecido vários níveis de compreensão da realidade, os dois principais são a doxa e a episteme. Um indivíduo que vive no âmbito
da doxa é alguém que localiza sua existência apenas no senso comum.
Por outro lado, pensar os problemas a partir da episteme (“ciência”) é pensá-los à luz da filosofia. Essa expressão designa a capacidade de olharmos para os
fenômenos de maneira sistematizada. Uma reflexão somente é sistemática se
for rigorosa, radical e de conjunto. Para explicitar a importância desses conceitos
dentro do processo do filosofar, valemo-nos de um comentário de Maria Lúcia
de Arruda Aranha. Nesse trecho, a filosofia da vida pode ser tomada como sinônimo de doxa, opinião, senso comum:
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Tópicos da Filosofia da Educação
A filosofia é radical porque vai até as raízes da questão. A palavra latina radix, radicis significa
literalmente “raiz” e, no sentido derivado, “fundamento”, “base”. Portanto, a filosofia é radical
enquanto explica os fundamentos do pensar e do agir.
A filosofia é rigorosa porque, enquanto a filosofia de vida não leva suas conclusões até as
últimas consequências, o filósofo especialista dispõe de um método claramente explicitado
que permite proceder com rigor, garantindo a coerência e o exercício da crítica. Para justificar
suas afirmações com argumentos, faz uso de uma linguagem rigorosa, que permite definir
claramente os conceitos, evitando a ambiguidade típica das expressões cotidianas. Para
conseguir essa linguagem, o filósofo inventa conceitos, cria expressões novas ou altera e
especifica o sentido de palavras usuais.
A filosofia desenvolve uma reflexão de conjunto porque é globalizante, examina os problemas
sob a perspectiva do todo, relacionando os diversos aspectos. Enquanto as ciências examinam
“recortes” da realidade, a filosofia, além de poder examinar tudo (porque nada escapa ao seu
interesse), também visa o todo, a totalidade. (ARANHA, 2002, p. 107)
Outro aspecto a se salientar é que o conteúdo da reflexão filosófica, o tecido
do seu pensar, é a trama dos acontecimentos do cotidiano. É por isso que nesse
processo de indagação estão presentes tanto os temas aparentemente mais distantes de nossa experiência imediata quanto os problemas com que nos deparamos todos os dias em nossa vida.
Em suma, na atitude filosófica está compreendido o pressuposto de que não
podemos aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações,
os valores em geral, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais devemos aceitá-los sem antes havê-los submetido a uma crítica radical. É por essa
razão que se justifica mais uma vez a importância da filosofia em nosso trabalho
como educadores: ela impede a estagnação e ressignifica a experiência. Se educar
não se reduz apenas à transmissão de conhecimentos, mas é também uma reflexão crítica sobre o que é conhecimento e sobre o que é educação, a filosofia não
será apenas mais um conteúdo do processo educacional, mas o seu próprio alvo.
Nem dogmatismo nem ceticismo
Novamente torna-se relevante um olhar sobre a etimologia das palavras.
Skeptikós significa “aquele que observa”, “que considera”. Desse modo, cético é
aquele que observa e considera, tanto que conclui pela impossibilidade mesma
do conhecimento.
Por outro lado, dogmatikós denota “aquele que se funda em princípios”. Assim,
dogmático é todo aquele que se apega aprioristicamente aos princípios de uma
doutrina.
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Dogma, por sua vez, pode ser compreendido como um princípio fundamental e indiscutível de uma determinada doutrina ou teoria, não necessariamente religiosa. Toda vez que verdades irrefutáveis são aventadas, sem que elas
possam ser demonstradas racionalmente, na verdade são dogmas que estão
sendo aludidos.
As tradições religiosas não têm necessariamente problemas com dogmas,
pois toda fé está fundada, em última instância, em uma origem suprarracional.
Todavia, sempre que na ciência se acena para verdades indemonstráveis, muitas
vezes tomadas de empréstimo do senso comum ou da religião, se está resvalando da episteme para a doxa.
No fim das contas, tanto o cético quanto o dogmático acabam produzindo
uma visão imobilista do mundo. O primeiro porque acha impossível chegar-se
a algum conhecimento real das coisas. O segundo, porque antes de se debruçar
sobre a realidade, já traz, de antemão, as suas “verdades”.
A filosofia, ao contrário, move-se entre o ceticismo e o dogmatismo – na verdade, mais próxima do primeiro. Enquanto o cético declara que é impossível saber,
o dogmático diz que tem certeza que sabe. O filósofo, por seu turno, afirma que
não sabe, mas quer saber – tendo consciência, entretanto, que todo saber é parcial e provisório. Com efeito, “a filosofia é a procura da verdade, não a sua posse”
(ARANHA,1988, p. 51).
Texto complementar
Ciência e filosofia
(DURANT, 2000, p. 26-27)
Ciência é descrição analítica; filosofia é interpretação sintética. A ciência
quer decompor o todo em partes, o organismo em órgãos, o obscuro em
conhecido. Ela não procura conhecer os valores e as possibilidades ideais
das coisas, nem o seu significado total e final; contenta-se em mostrar a sua
realidade e sua operação atuais, reduz resolutamente o seu foco, concentrando-o na natureza e no processo das coisas como são. O cientista é tão
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Tópicos da Filosofia da Educação
imparcial quanto a natureza no poema de Turguêniev: está tão interessado
na perna de uma pulga quanto nos paroxismos criativos de um gênio. Mas
o filósofo não se contenta em descrever o fato; quer averiguar a relação do
fato com a experiência em geral e, com isso, chegar ao seu significado e ao
seu valor; ele combina coisas numa síntese interpretativa; tenta montar, de
maneira melhor do que antes, esse grande relógio que é o universo e que
o cientista perquiridor desmontou analiticamente. A ciência nos ensina a
curar e a matar; reduz a taxa de mortalidade no varejo e depois nos mata
por atacado na guerra; mas só a sabedoria – o desejo coordenado à luz de
toda experiência – pode nos dizer quando curar e quando matar. Observar
processos e construir meios é a ciência; criticar e coordenar fins é filosofia; e
porque hoje os nossos meios e instrumentos se multiplicaram além de nossa
interpretação e da nossa síntese de ideais e fins, nossa vida está cheia de som
e fúria, não significando coisa alguma. Porque um fato nada é, exceto em
relação ao desejo; não é completo, exceto em relação a um propósito e a um
todo. Ciência sem filosofia, fatos sem perspectiva e avaliação não podem nos
salvar da devastação e do desespero. A ciência nos dá o conhecimento, mas
só a filosofia nos dá a sabedoria.
Atividades
1. Com base nos trechos de Marilena Chauí e Will Durant que constam da aula,
estabeleça os pontos de convergência e divergência entre a ciência e a filosofia.
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Convite à filosofia
2. Segundo as definições de filosofia que os filósofos foram estabelecendo ao
longo dos tempos, relacione a coluna da esquerda com a da direita.
1. Bergson
2. Locke, Berkeley e Hume
3. Fichte
4. Wittgenstein
5. Kant
6. Husserl
7. Schopenhauer
((
Ciência rigorosa que conduz à
fenomenologia.
((
Tem por objeto a substância da
intuição.
((
É um conjunto de atos desprovido de
conteúdo específico.
((
Crítica das ideias abstratas e reflexão
da experiência.
((
Ciência do princípio da razão como
fundamento dos saberes.
((
Sistema do saber absoluto.
((
Conhecimento racional por princípios.
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Tópicos da Filosofia da Educação
3. A respeito das proposições de Platão sobre a doxa (“opinião”, “senso comum”)
e episteme (“ciência”), assinale, quanto aos enunciados seguintes, F (falso) ou
V (verdadeiro).
((
Pensar os problemas a partir da doxa é pensá-los à luz da filosofia.
((
O senso comum relaciona-se ao conhecimento fragmentado da realidade.
((
Ao saber instituído (episteme) contrapõe-se o saber instituinte (doxa).
((
Doxa é uma reflexão rigorosa, radical e de conjunto.
((
Episteme diz respeito à capacidade de contemplarmos os fenômenos
de maneira sistematizada.
Para produzir filosofia
Diante do aumento dos índices de violência em nosso país, não poucos têm
defendido o incremento de medidas coercitivas como ampliação das penas, diminuição da maioridade penal e sobretudo recrudescimento da repressão do
Estado. Há ainda quem, em conversas privadas, defenda o uso da tortura na investigação e a eliminação física dos criminosos. Dizem que “direitos humanos
são para humanos direitos”. Segundo o que foi explanado na aula, essa linha de
pensamento relaciona-se com a doxa ou a episteme? O que seria uma reflexão
filosófica – rigorosa, radical e de conjunto – a respeito da violência social em
nosso país?
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